Tratamento Do Diabetes Mellitus Tipo 2 No SUS
Tratamento Do Diabetes Mellitus Tipo 2 No SUS
Tratamento Do Diabetes Mellitus Tipo 2 No SUS
Introdução
Em 2020 foi publicada a nova portaria do novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas
(PCDT) para o tratamento do diabetes mellitus tipo 2 (DM2) no SUS. Até então, o documento
oficial para orientação quanto ao cuidado com pessoa com diabetes era o Caderno de
Atenção Básica no 36 de 2013 – Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica –
DIABETES.
Vale ressaltar que a linha de cuidado para doenças crônicas do Ministério da Saúde é
direcionada para a equipe de Atenção Primária à Saúde, com uma organização que conta
com o apoio da gestão municipal e estadual. A Unidade Básica de Saúde é a porta de entrada
das pessoas com diabetes no SUS. O diagnóstico precoce e o bom tratamento desse paciente
durante as fases iniciais da doença são de fundamental importância para a prevenção da
evolução para as complicações crônicas e necessidade de encaminhamento para a atenção
especializada, onde há um número insuficiente de especialistas para o grande contingente de
pessoas com diabetes. A organização do cuidado na Atenção Primária à Saúde deverá ser
multidisciplinar, garantindo o acesso e o cuidado longitudinal para a pessoa com diabetes
que frequentemente apresenta outros fatores de risco/doenças associados (sobrepeso ou
obesidade, hipertensão e dislipidemia entre outros).
A seguir destacamos as principais abordagens recomendadas pelo PCDT 2020, por tópicos, e
com algumas considerações mais especificas da Sociedade Brasileira de Diabetes.
Rastreamento e Diagnóstico
*O IMC pode ser menor para grupos étnicos diferentes (como para os asiáticos, onde consideramos IMC ≥ 23 Kg/m2
). Fonte: Adaptado do PCDT DM2, 20201
Em relação à abordagem não medicamentosa, o PCDT recomenda para pessoas com pré-
diabetes a implementação de hábitos de vida saudáveis em conformidade com as
recomendações desta Diretriz. Deve ser incentivada a incorporação de frutas, verduras e
legumes na alimentação e evitar alimentos ricos em gordura saturada e trans. Pacientes com
DM diagnosticado também devem ser instruídos à alimentação saudável e devem receber
orientações dietéticas específicas para o DM. A recomendação de pelo menos 150 minutos
de atividade física por semana é direcionada tanto aos cuidados com pessoas com pré-
diabetes quanto para aqueles já com DM.
Tratamento farmacológico
Legenda:
Metformina
Sulfoniluréias
Insulinoterapia
A SBD considera aceitável o uso de uma seringa/agulha por dia, por insulina utilizada,
entendendo que esta será utilizada entre 1 vez (para pacientes com dose única de NPH) até
três a quatro vezes (para pacientes em uso de insulina pré-refeição ou esquema de três
doses de NPH).
Por fim, a recomendação de uso de uma agulha por dia, por insulina utilizada, está ainda em
consonância com a recomendação do Ministério da Saúde no Protocolo Clínico Diretrizes
Terapêuticas Diabetes Mellitus Tipo 1
(http://conitec.gov.br/ultimas-noticias-3/ministerio-da-saude-publica-atualizacao-do-pcdt-para
-diabete). Portanto, ao se optar por reutilização de seringa e canetas, considerar os seguintes
aspectos:
Monitoramento
Auto-monitoramento
Neste sentido, ampliar conhecimentos e habilidade para autocuidado é um dos alicerces para
o controle do diabetes e deve ser incentivado no âmbito da APS O PCDT destaca que “não
existem evidências científicas suficientes de que o automonitoramento rotineiro da glicemia
capilar (AMGC) nos pacientes com DM2 em terapia com hipoglicemiantes orais seja custo-
efetivo para o melhor controle da glicemia”. Nesses casos, a glicemia capilar pode ser
realizada na própria unidade de saúde por ocasião das visitas regulares de avaliação
definidas pela equipe, conforme protocolo instituído. Esse tipo de monitoramento deve ser
oferecido de forma contínua para os pacientes selecionados, de acordo com as circunstâncias
pessoais e o quadro clínico. Para pacientes com DM2, a frequência do AMGC deve ser
determinada individualmente, dependendo da situação clínica, do plano terapêutico.”
Importante destacar que sugestões de monitoramento de glicemia capilar para aqueles em
uso de insulina também vai depender do esquema terapêutico. Para aqueles em uso de
insulina NPH e que aventam a necessidade de regular ou de ajuste das doses de bolus,
sugere-se a realização de 6 glicemias ao dia (antes e 2 horas após o café da manhã, o
almoço, e o jantar), para identificar a maior glicemia pós-prandial (2 horas após o início da
refeição) do dia. Esse controle mais intensivo pode ser realizado por 3 dias consecutivos
antes da consulta médica para orientar os ajustes das doses. Para aqueles que já se baseiam
nas glicemias pré-prandiais para o ajuste das doses de maneira autônoma, é necessário fazer
as glicemias capilares antes de cada uma das 3 principais refeições do dia (café da manhã,
almoço e jantar).
Referências
Básica. Cadernos de Atenção Básica n o 36. Estratégias para o cuidado da pessoa com
doença crônica – DIABETES. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/estrategias_cuidado_pessoa_diab
etes_mellitus_cab36.pdf
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Torna pública a decisão de incoporar a dapagliflozina para tratamento de pacientes
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