Apostila de EFA
Apostila de EFA
Apostila de EFA
Prof Ms.Solange Maria Bertol Copetti Apostila adaptada da prof. Aline Strapasson
GLOSSRIO Acuidade visual: nitidez. Aneurisma: dilatao de uma artria cerebral podendo levar a uma ruptura. Anomalia: uma condio anormal a qual o beb cresce. Astigmatismo: viso embaralhada. Autonomia: a competncia para o domnio do meio ambiente. Binocularidade: convergncia dos olhos para um mesmo ponto. Campo visual: graus, a viso perifrica. Cinestesia: propriocepo consciente ou sentido de posio e de movimento. Permite, sem o auxlio da viso, situar uma parte do corpo ou perceber o seu movimento. Embolia: obstruo por cogulo. Hipermetropia: no enxerga bem de perto, devido ao globo ocular pequeno ou capacidade de foco fraca. Idade Mdia: perodo histrico compreendido entre o fim do sculo V e meados do sculo XV. Independncia: a capacidade do indivduo de decidir por si s. Les autres: pessoas com outros tipos de deficincias fsicas, que no so lesados medulares, sequelados de poliomielite, paralisados cerebrais e amputados. Miopia: no enxerga bem de longe, devido ao grande globo ocular e /ou capacidade de foco muito forte. rtese: auxilia a pessoa a exercer uma funo. Ex. suportes para andar, talas. Paresia: perda parcial do movimento. Plegia: paralisia, perda total do movimento. Prtese: substitui uma parte do corpo. Ex. perna mecnica. Renascimento: segunda metade do sculo XV e sculo XVI. Sinal datilgico: alfabeto manual da Lngua Brasileira de Sinais. Slalom: manobras feitas com cadeira de rodas entre obstculos (esporte adaptado). Talidomida: analgsico muito utilizado na dcada de 60, que inibe o crescimento embrionrio dos membros do feto (amputaes congnitas). Teratgeno: qualquer substncia que possa fazer o beb desenvolver-se de maneira anormal. TEXTO: BEM-VINDO HOLANDA
Uma tentativa de ajudar pessoas que no tm com quem compartilhar essa experincia nica. Entender e imaginar so como vivenciar. Freqentemente sou solicitada a descrever a experincia de dar luz a uma criana com deficincia. Seria como...
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Ter um beb como planejar uma fabulosa viagem de frias PARA A ITLIA. Voc compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelangelo. As gndolas em Veneza. Voc pode at aprender algumas frases em italiano. tudo muito excitante. Aps meses de antecipao, finalmente chega o grande dia! Voc arruma as malas e embarca. Algumas horas depois, voc aterrissa. O comissrio de bordo chega e diz: Bem-vindo Holanda! Holanda??!! Diz voc. O que quer dizer Holanda? Eu escolhi Itlia! Eu devia ter chegado Itlia. Toda a minha vida eu quis conhecer a Itlia! Mas houve uma mudana no plano de vo. Eles aterrissaram na Holanda, e l que voc deve ficar. O mais importante que eles no levaram voc para um lugar horrvel e desagradvel, com sujeira, fome e doena. apenas um lugar diferente. Voc precisa sair e comprar outros guias. Deve aprender uma nova lngua. E ir encontrar pessoas que jamais imaginara. apenas um lugar diferente. mais baixo e menos ensolarado que a Itlia. Mas, aps alguns minutos, voc pode respirar fundo e olhar ao redor. Comea a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e at Rembrandts e Van Goghs. Mas, todos os que voc conhece esto ocupados indo e vindo da Itlia, comentando a temporada maravilhosa que passaram l. E por toda a sua vida voc dir: Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo que eu havia planejado. A dor que isso causa nunca, nunca ir embora. Porque a perda desse sonho uma perda extremamente significativa. Porm, se voc passar a vida toda remoendo o fato de no ter chegado Itlia, nunca estar livre para apreciar as coisas belas e muito especiais existentes na Holanda. (Emily Perl Knisley, 1987). POR QUE NO USAMOS MAIS O TERMO PORTADORES DE DEFICINCIA? De acordo com Carvalho (1997, p. 106), no se porta uma deficincia. Ela sentida por quem a tem e se manifesta aos demais. Em relao necessidades especiais, nem todas as pessoas que apresentam necessidades especiais so pessoas com deficincia (CARVALHO, 1997, p. 107), mas todos os que apresentam deficincia tem necessidades especiais. QUAL O TERMO CORRETO ENTO? Pessoas com deficincia (seja ela mental, fsica, auditiva ou visual). E O QUE SIGNIFICA DEFICINCIA OU PESSOAS DEFICIENTES? Pessoas deficientes so todas aquelas que esto abaixo dos padres estabelecidos pela sociedade como de normalidade, por motivos fsicos, sensoriais, orgnicos ou mentais, e em conseqncia dos quais vem-se impedidos de viver plenamente. (SILVA, 1987). COMO SO ESSAS PESSOAS1? O Censo Demogrfico de 2000, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica, levantou que 14,5% da populao brasileira (24,5 milhes de pessoas) tm algum tipo de deficincia. Entre elas, 48% apresentam Deficincia Visual, 27% possuem Deficincia Fsica, 16,7% tm Deficincia Auditiva e 8,3% revelam algum tipo de Deficincia Mental. (GORGATTI e COSTA, p.8-9). Eles podem ter deficincias visuais, auditivas, mentais ou fsicas isoladas. Mas muito mais freqente tlas combinadas, principalmente quando a causa delas abalou o sistema nervoso central, que controla todo mecanismo neuromotor do homem. ATIVIDADE PRTICA (Concepes histricas das deficincias) Formar trios: citar celebridades que tem algum tipo de deficincia, sua causa e patologia. Exemplos:
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1. Super-man, paraplgico, queda de cavalo; 2. Flvio Silvino, TCE, acidente; 3. Gerson Brener, leso cerebral, tiro; 4. Herbert Viana, paraplgico, queda de parapente; 5. Lars Grael, amputado, acidente; 6. Mohamed Ali, Mal de Parkinson, traumas; 7. Michel G. Fox, Mal de Parkinson, gentica; 8. Tom Cruise, dislxico, congnito; 9. Garrincha, DM leve; 10. Nelson Ned, nanismo, congnito. CAUSAS DA DEFICINCIA A FATORES GENTICOS 1. Hereditrios: Hipotireodismo (diminuio da secreo dos hormnios da tireide T3 e T4 (tiroxina e triiodotironina) responsveis pelo metabolismo) e Fenilcetonria (decorre em virtude da dificuldade na hidroxilao da fenilalanina em tirosina no fgado, pois a enzima fenilalanina-hidroxilase inativa. A fenilcetonria transmitida de modo autossmico recessivo, ocorrendo sobrecarga de fenilalanina e seus metablitos, lesando o SNC do feto. Os pacientes com fenilcetonria apresentam retardo psicomotor estabelecido, movimentos de bscula da cabea e corpo, urina com cheiro muito forte, comportamento agitado (32%), hipertonia muscular (75%), microcefalia (68%), hiperreflexia (35%), incapacidade de falar (63%), tremores (35%), convulso (26%). A mesma pode ser detectada pelo teste do pezinho e a teraputica consiste em dieta com baixa concentrao de fenilalanina). De acordo com Diament e Cypel (1996, p. 604) a incidncia de hipotireoidismo de 1 criana para 6.000 e de fenilcetonria de 1 para 17.000. 2. Congnitos: Sndrome de Down, Sndrome de Prader Willi, Sndrome de Rett, Sndrome de West e outras sndromes.
B FATORES ADQUIRIDOS: 1. Pr-Natais: Desnutrio da gestante; Malformaes; Problemas de sade: Diabetes2, Cardiopatia, Hipertenso.; Me muito jovem ou muito idosa (devido a idade do vulo); Infeces: Rubola, Toxoplasmose3, citomegalovirose, sfilis, HIV. Alcoolismo: pode resultar em morte ou malformao (sndrome do alcoolismo fetal, que tem como caracterstica a morte prematura ou o retardamento do crescimento);
A insulina como medicamento do diabtico causa no feto aumento de peso ao nascer, prematuridade, defeitos cardacos, ictercia, diminuio da taxa de acar no sangue, convulses, retardo mental e fsico, deformidades. 3 O vrus chama-se toxoplasma gondii.
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Tabagismo: os componentes do cigarro promovem retardamento no crescimento fetal, causa vasoconstrio sangunea placentria privando o feto dos nutrientes necessrios, nascimentos prematuros; Drogas (remdios:Talidomida uma droga tranqilizante que causa no feto: bito, malformaes ou deformidades congnitas graves; Aspirina, pode deprimir a ao do fibrinognio (um agente na coagulao do sangue) de maneira que seu uso durante os trs ltimos meses da gravidez pode resultar em um aumento na durao do parto e um aumento no tempo de coagulao; e txicos); Exposio contnua a Raios-X; Poluio industrial (chumbo, mercrio ou arsnico): causam danos no sistema nervoso central
- Prematuridade; Ps-maturidade.
Eritroblastose Fetal4 (incompatibilidade de sangue da me e do filho);
2. Peri-Natais:
Trauma de parto; (Parto demorado; cordo umbilical enrolado no pescoo); Anxia (falta de oxignio no crebro) ou hipxia (diminuio de oxignio no crebro); Hemorragia: trauma cerebral.
3. Ps-Natais:
Infeces do Sistema Nervoso Central (encefalite, sarampo, meningite...); Craniosinostose (calcificao precoce das suturas cranianas impedindo o crescimento normal do encfalo); Hemorragia Cerebral; Traumatismo cranioenceflico; Exposio a produtos qumicos muito fortes; Convulses; Prematuridade e baixo peso (desnutrio).
C FATORES PSICOSSOCIAIS: - Carncia global (afetiva, nutricional e de estmulos); - Fatores emocionais (que prejudicam o aprendizado e a adaptao social, bloqueios emocionais diversos). CONCEPES HISTRICAS DA DEFICINCIA Povos da Antigidade, em relao ao deficiente, no permitiram semelhante valorizao com o que eles denominavam de tipo ideal. Os portadores de distrbios, principalmente fsico-mentais, eram amaldioados (seriam possudos pelo demnio), sendo ento eliminados atirando-os de abismos, pensavam estar destruindo a matria e a alma desses indivduos, evitando assim a contaminao de todo um povo que necessitava ser sadio e forte para o combate corpo-a-corpo, que predominava naquela poca. (ROSADAS, 1989). Em outros casos esses indivduos, principalmente os ento deficientes mentais serviam prestimosamente aos reis, que se dedicavam apreciando suas atividades esteriotipadas, travestidos de bobos da corte. (ROSADAS, 1989).
Se a gestante tiver fator Rh (+) e o beb Rh (-), na hora do nascimento os sangues se misturam e a me passa a criar anticorpos que destruiro o prximo feto caso ela no vacine com Roghan ou Matergan.
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O problema discriminao acompanha o deficiente desde a Antiguidade. Na era Crist, eram vistos como possuidores da Graa Divina; na Idade Mdia, como pregaes do diabo e condenados s fogueiras da inquisio 5; na Renascena e Idade Moderna, a deficincia sai do territrio da magia e religio para se inserir gradativamente no territrio da Cincia; e, no sculo XX, se pensa em como abord-los dentro da sociedade. A partir de ento, criaramse leis de proteo, direitos, entre outros, que foram reformuladas e melhoradas ao longo do tempo e que atualmente, permite ao deficiente uma vida mais digna. (ASSUMPO JR.; SPROVIERI, 2000). Desde a seleo natural, alm da seleo biolgica dos espartanos que eliminavam as crianas malformadas ou deficientes, passando pelo conformismo piedoso do cristianismo, at segregao e marginalizao operadas pelos exorcistas e esconjuradores da Idade Mdia, a perspectiva da deficincia andou sempre ligada a crenas sobrenaturais, demonacas e supersticiosas. Ainda hoje, estes aspectos veiculam a ignorncia, ignorncia que, por sua vez, gera atitudes de culpabilizao, compaixo, desespero e indignao. Dentre as personalidades famosas com deficincia, em cada poca, destacamos (CARMO, 1994):
Lus de Cames, cavaleiro-fidalgo portugus, que perdeu um de seus olhos em luta contra os
marroquinos. considerado um dos maiores poetas portugueses. Galileu Galilei, matemtico, astrnomo, inventor do telescpio. Revolucionou o mundo com a teoria
heliocntrica (sistema cosmolgico que admite ser o sol o centro do universo). Ficou cego nos ltimos quatro anos de sua vida, e, mesmo assim continuou estudando e pesquisando. Johamnes Kepler, astrnomo alemo, desenvolveu importantes estudos sobre o movimento dos
planetas. Kepler tinha uma sria deficincia visual causada por sarampo aos quatro anos de idade. Ludwig Von Beethoven, considerado um dos maiores gnios da msica erudita. Perdeu totalmente
sua audio nos ltimos anos de sua vida. Mesmo assim, conseguiu compor suas obras mais famosas, Apassionata, Sonata ao Luar e Sinfonias n 3 at 6. Antnio Francisco Lisboa, O Aleijadinho, considerado um dos maiores escultores brasileiros. Vtima
de uma Tromboangite obliterante (lepra), caracterizada por ulceraes nas mos, mesmo aos setenta anos de idade esculpiu os 12 profetas no adro (terreno em frente) da Igreja de Matozinho. Seu trabalho era realizado tendo as ferramentas amarradas em suas mos, uma vez que seus dedos perdidos ou imobilizados no conseguiam mais segur-las. Apesar das evidentes demonstraes de capacidade e habilidade dos vrios deficientes ilustres, atravs da histria, a situao dessas pessoas, principalmente pertencentes s camadas mais baixas da sociedade, continuou a mesma, isto , eram marginalizadas e discriminadas. A grande maioria das instituies e organizaes de reabilitao criadas para atender os pobres, velhos e paralticos, pautava seu trabalho numa filosofia assistencialista, filantrpica e segregacionista. Cabe ressaltar, contudo, que apesar disto, os deficientes j no eram vistos mais como seres inteis ou imprestveis. Pelo contrrio, as tentativas de recuperao e aproveitamento das habilidades e capacidades dessas pessoas para o mercado de trabalho se tornou uma tendncia irreversvel. O QUE FAZER POR ELES? evitadas); Orientao familiar, porque a famlia o melhor auxiliar de reabilitao; Conscientizao social de preveno e profilaxia das deficincias (70% das deficincias podem ser
Antigo tribunal eclesistico institudo para investigar e punir crimes contra a f catlica.
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Direito educao, os estados so instados a garantir que a educao de pessoas com Tratamento adequedo/normal, sem preconceito e discriminao. deficincia seja parte integrante do sistema educativo;
De que adianta motiv-los se no acreditarmos em suas capacidades e potencialidades? Realizar tarefas por eles, proteg-los demais, no vai melhorar em nada. Devemos permitir que busquem como melhor cumprir suas tarefas do dia-a-dia. s vezes necessrio o nosso toque de ajuda, motivando-os e o elogio quando adequado e real vai estimular novas tentativas e novos desempenhos. Assim a vida, porque ser diferentes com eles?.(ROSADAS, 1989).
MEIO AMBIENTE A criana no pode se tornar normal, nem mesmo quanto a habilidade motora, mas pode ser ajudada a atravessar as etapas de desenvolvimento na ordem correta e desta forma chegar to longe quanto possa, como um indivduo. (HOLLE, 1979, p.17). A inteligncia est muito correlacionada a qualidade do ambiente familiar. As primeiras experincias da criana, o meio ambiente adequado e a educao ela imposta, so fatores influenciadores da conduta final. Criando um ambiente adequado, prevenimos em parte as deficincias, pois muitas delas so geradas pelo descuido, alimentao inadequada, falta de condies de higiene, falta de informao e desorientao familiar. Muitos dos casos de Deficincia Mental (DM) esto vinculados ao estmulo pobre do meio = DEFICINCIA MENTAL FUNCIONAL. O desenvolvimento da criana deficiente pode ser atrasado e em casos, estaciona, por isso, precisam de estmulos para acelerar o desenvolvimento e diminuir os dficits j existentes. A famlia de uma criana deficiente deve representar o primeiro e principal veculo condutor desses estmulos e deve estar preparada para caminhar de forma segura. Os hbitos e costumes desta famlia podero sofrer modificaes, o ritmo de vida poder desestruturar-se. Devem ter como meta a vitria e busc-la de todas as formas, com persistncia e confiana, porque os resultados positivos muitas vezes no acontecem de imediato, podendo desanim-la caso no tenha perseverana. Ou seja, o desenvolvimento acontece, mas demorado. Para que uma ao reabilitadora tenha sucesso, ser necessrio o auxlio familiar. Esta conhece mais do que qualquer profissional, os valores e necessidades deste paciente: o filho. Conhecemos pais que no acreditam na reabilitao do filho, no fazem nada para isso e culminam por se entregar e conformar com grave situao. Outro assunto polmico a disciplina. Geralmente uma criana deficiente indisciplinada, rebelde, cheia de vontades e no assume tarefas de responsabilidade dentro de sua casa. Na maior parte das vezes, mesmo involuntariamente, a famlia a principal responsvel por sua despadronizao. s vezes por envolv-la em um manto protetor, dando tudo, superprotegendo, acham que solucionam seus problemas. Outras evitam a repreenso e defendem teorias que afirmam ser indispensveis para uma criana deste tipo, por julg-la incapaz de distinguir o certo do errado. No caso de nossas crianas deficientes, as mesmas situaes devem ser cobradas, elas precisam participar mais efetivamente das atividades de vida diria (AVDs). seu potencial, antes desacreditado, que explode frente todas as oportunidades que lhe so oferecidas. Ela sente que tem que fazer por si s e d, por este motivo, mais valor s coisas que consegue com seus esforos. Desta forma, a criana passa a ser mais aceita pela sociedade, ganha novos espaos e oportunidades. Quanto maior a privao de experincias, mais diminuto o grau de desenvolvimento. (ROSADAS, 1989). Dando-lhes segurana, acreditando e educando para os objetivos serem atingidos, eles vo responder, dentro de suas possibilidades, de forma criativa e espontnea, como h de se esperar em qualquer criana. No
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mundo dos menores no existem diferenas. As diferenas so criadas pela sociedade, que, mal informada, as transforma em verdadeiras barreiras. preciso encarar urgentemente a criana deficiente como uma criana normal, pois o que as faz realmente deficientes a nossa forma diferente de atuar, v-las, de desacreditar e de diminuir suas potencialidades. Os parmetros que regem a educao destes indivduos tero de ser os mesmos que regem os direitos da criana: Ter um nome e uma nacionalidade; Ter direitos e benefcios sociais; Ter um lar, alimentao, recreao e assistncia mdica; Ter amor e compreenso. (ROSADAS, 1989 e 1991).
Texto complementar do livro: Doena Mental: uma lio de vida, de Maria Lenise Mazarakis. Itaja: UNIVALI, 2000. p. 108-109.
ASPECTOS SOCIAIS6
A Lei Federal 7853 define o preconceito aos deficientes como crime. Nesse sentido, nenhuma escola ou creche pode recusar, sem justa causa, o acesso do deficiente instituio. A pena aos infratores de quatro anos de priso, alm de multa. No contexto social, as pessoas com deficincia encontram inmeros problemas, entre eles: a falta de atendimento educacional e de sade especializados; o desemprego; a discriminao; o preconceito; a dificuldade de acesso aos locais pblicos, seja pela falta de transportes adequados ou por barreiras arquitetnicas. A realidade que esperamos deve ser: organizada e solidria, de acordo com o princpio constitucional da isonomia, que essencialmente um espao de luta para minimizar a desigualdade e buscarmos a igualdade de oportunidades para todos os cidados. Para buscar essa igualdade de oportunidades, as pessoas com deficincia tm que enfrentar, no seu cotidiano, o mundo fsico e as outras pessoas. O mundo fsico, criado pelo homem para o homem dito normal, o ambiente e suas barreiras. As outras pessoas so as que com seus costumes, valores, atitudes e expectativas sociais excluem por preconceito, desconhecimento ou desvalorizao a pessoa com deficincia do convvio e dos benefcios que a sociedade oferece. Tal situao pode ser denominada de segregao que uma forma de excluso to antiga quanto a humanidade, caracterizada pela ao de separar ou isolar no meio de uma sociedade as minorias. A integrao de deficientes na sociedade analisada de duas formas: h quem pense que os deficientes esto fora da sociedade e que, portanto, precisam ser integrados; h quem considere que eles nunca estiveram fora da sociedade. O que precisam no de integrao e, sim, que os processos sociais que tem contribudo para afastlos sejam destrudos ou superados. INTEGRAO E INCLUSO A palavra integrar significa, oferecer oportunidades iguais, com acesso a educao, a sade, ao trabalho, a cultura, ao lazer e a atividade fsica. Acesso ao mundo fsico sem barreiras. (AMARAL, 1994).
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A integrao escolar, cita Mantoan (2002), quando as crianas com deficincia so inseridas na escola e estas tm que acompanhar o currculo atravs do mtodo pedaggico utilizado para a populao escolar considerada normal. Ento, a integrao significa estar inserido na sociedade e ter que se adaptar ela, da forma que ele , o que muito difcil ao deficiente. O momento que ora presenciamos a transio entre a integrao e o que se denomina de incluso. A incluso a modificao da sociedade como pr-requisito para pessoa com cidadania. um processo amplo, com transformaes, nos ambientes fsicos e na mentalidade de todas as pessoas, inclusive da prpria pessoa com deficincia, que contribui para um novo tipo de sociedade. Uma sociedade que aceite e valorize as diferenas individuais, aprenda a conviver dentro da diversidade humana, atravs da compreenso e da cooperao. (SASSAKI, 1997). A estratgia da incluso deve passar pela queda de um muro: o do preconceito, que mutila e debilita qualquer processo de crescimento. (DUARTE; LIMA, 2003, p. 95). A EDUCAO ESPECIAL NA LDB 7(Lei De Diretrizes e Bases) Captulo V: Da Educao Especial Art. 58. Entende-se por educao especial, para os efeitos desta lei, a modalidade de educao escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. 1 Haver, quando necessrio, servios de apoio especializado, na escola regular, para atender s peculiaridades da clientela de educao especial. 2 O atendimento educacional ser feito em classes, escolas ou servios especializados, sempre que, em funo das condies especficas dos alunos, no for possvel a sua integrao nas classes comuns de ensino regular. 3 A oferta de educao especial, dever constitucional do Estado, tem incio na faixa etria de zero a seis anos, durante a educao infantil. Art. 59. Os sistemas de ensino asseguraro aos educandos com necessidades especiais: I. currculos, mtodos, tcnicas, recursos educativos e organizao especfica, para atender s suas necessidades; II. Terminalidade especfica para aqueles que no puderem atingir o nvel exigido para a concluso do ensino fundamental, em virtude de suas deficincias, e acelerao para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III. Professores com especializao adequada em nvel mdio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integrao desses educandos nas classes comuns; IV. Educao especial para o trabalho, visando a sua efetiva integrao na vida em sociedade, inclusive condies adequadas para os que no revelarem capacidades de insero no trabalho competitivo, mediante articulao com os rgos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas reas artsticas, intelectual ou psicomotora; V. acesso igualitrio aos benefcios dos programas sociais suplementares disponveis para o respectivo nvel de o ensino regular. Art. 60. Os rgos normativos dos sistemas de ensino estabelecero critrios de caracterizao das instituies privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuao exclusiva em educao especial, para fins de apoio tcnico e financeiro pelo Poder Pblico.
A Educao Especial no Contexto da Lei de Diretrizes e Bases da Educao. Braslia: editado pelo gabinete do Deputado Federal Flvio Arns, 1997.
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Pargrafo nico. O Poder Pblico adotar, como alternativa preferencial, a ampliao do atendimento aos educandos com necessidades especiais na prpria rede pblica regular de ensino, independentemente do apoio s instituies previstas neste artigo. COMPLEMENTO:
As escolas tm que encontrar a maneira de educar com xito todas as crianas, inclusive as que tm
deficincias graves. (Declarao de Salamanca, in: CARVALHO, 1997, p. 57). Para Carvalho (1997, p. 118) as classes de integrao deveriam ter no mximo 25 alunos incluindo 3 pessoas com deficincia apenas. As pessoas com deficincia tm direito, por cidadania, do apoio especializado tambm no ensino superior. No se trata apenas de remover barreiras arquitetnicas e atitudinais. Trata-se de dar sem paternalismo, condies de acesso, ingresso e permanncia nos cursos de 3 grau s pessoas com deficincia. (CARVALHO, 1997, p. 105).
A Primeira Guerra Mundial foi um fator essencial no uso de exerccios teraputicos e atividades recreativas que auxiliavam na restaurao da funo. Aps a Segunda Guerra Mundial, aumentou o uso de exerccios teraputicos em hospitais para a fora e funo muscular. Centros de convalescena (recuperao que se segue a doena, operao, traumatismo, etc) e reabilitao foram criados. Jogos e esportes adaptados para amputados, paraplgicos e outros com deficincias maiores tornaram-se populares. (ADAMS, 1985). As atividades fsicas para deficientes iniciaram com o intuito de reabilitar jovens lesionados nas batalhas e foram introduzidas pelo mdico (neurologista e neurocirurgio) Ludwig Guttman, que acreditava ser parte essencial do tratamento mdico para recuperao das incapacidades e integrao social. A partir de ento, vem se difundindo pelo mundo todo e hoje exerce papel fundamental na vida dos praticantes. Concebida como Ginstica para Deficientes, e mais tarde utilizando outros nomes como Ginstica Especial e Educao Fsica Adaptada (para pessoas com deficincia) termo mais utilizado em nosso pas e, que surge a partir da definio da AAHPERD (American Association for Health Physical Education, Recreation and Dance) tem essa rea, como populao alvo (ROSADAS, 1994, p. 23). A EFA a Educao Fsica aplicada em condies especiais, visando uma populao especial que necessita de estmulos especiais de desenvolvimento motor e funcional. (ROSADAS, 1991).
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Educao Fsica Adaptada tambm pode ser conceituada como a Educao que envolve modificaes ou ajustamentos das atividades tradicionais da Educao Fsica para permitir s crianas com deficincias participar com segurana de acordo com suas capacidades funcionais. (BARBANTI, 1994, p. 92). Tem como objeto de estudo a motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento s caractersticas de cada portador de deficincia, respeitando suas diferenas individuais. (SEAMAN; DE PAUW apud PEDRINELLI, 1994). A Educao Fsica Adaptada para pessoas com deficincia no se diferencia da Educao Fsica em seus contedos, mas compreende tcnicas, mtodos e formas de organizao que podem ser aplicados ao indivduo deficiente. (BUENO; RESA, 1995). A EFA uma parte da EF, cujos objetivos so o estudo e a interveno profissional no universo das pessoas que apresentam diferentes e peculiares condies para a prtica das atividades fsicas. Seu foco o desenvolvimento da cultura corporal de movimento. Atividades como ginstica, dana, jogos e esporte, contedos de qualquer programa de atividade fsica, devem ser consideradas tendo em vista o potencial de desenvolvimento pessoal (e no a deficincia em si). (PEDRINELLI; VERENGUER, in GORGATTI; COSTA, 2004). A EFA tem sido valorizada e enfatizada como uma das condies para o desenvolvimento motor, intelectual, social e afetivo das pessoas, sendo considerada, de uma maneira geral, como: atividades adaptadas s capacidades de cada um, respeitando suas diferenas e limitaes, proporcionando s pessoas com deficincia a melhora do desenvolvimento global, conseqentemente, da qualidade de vida. A EFA deve ensinar os alunos a fazerem mudanas dentro de si. Para conseguirmos isso, devemos respeitar a individualidade de cada um, respeitar suas diferenas e limitaes, trabalhar suas potencialidades, nunca subestima-los, vibrar com suas conquistas, motiv-los dar novos passos e oferecer oportunidade para que eles possam desfrutar da alegria proporcionada pela prtica recreativa e esportiva. A rea da EFA fascinante, cheia de possibilidades na qual o professor deve ser bom. No d para dar uma bola para eles brincarem, temos que orientar a brincadeira, porque se dermos a bola, muitas vezes eles no sabem nem o que fazer com ela. (STRAPASSON, 2004). A partir da Resoluo n. 03/87, do Conselho Federal de Educao, observamos no incio da dcada de 1990 a insero da disciplina EFA nos cursos de graduao de EF. (GORGATTI; COSTA, 2004, p. 13).
Atividades inadequadas aos alunos; atividades no planejadas; professores sem compromisso; no aceitam a diversidade humana; dispensa o aluno diferente das aulas; descreve as dificuldades sem apresentar as solues. Educao Fsica Adaptada (Adubo) Acessibilidade; formao profissional; avaliao das possibilidades do aluno; contedos adequados; estratgias de ensino; material adaptado. Incluso (semente) Direitos iguais para todos; diversidade humana; imposio da lei; leva em considerao os casos que no podem ser includos. Estratgias de Ensino nas Aulas de EF - Colega tutor (so os ajudantes dos deficientes nas aulas de EF); - Estilo de ensino (no ficar s no comando); - Mudana das regras (para facilitar);
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- Material adaptado; - Tarefa de casa. A EDUCAO FSICA E OS PARMETROS CURRICULARES NACIONAIS9: 1- A Educao Fsica (EF) escolar deve dar oportunidades todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrtica e no seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. Nesse sentido, cabe assinalar que os alunos com deficincia fsica no podem ser privados das aulas de EF. (p. 28). 2- O xito proporcionado nas aulas de EF gera um sentimento de satisfao e competncia, mas experincias sucessivas de fracasso e frustrao acabam por gerar uma sensao de impotncia que, num limite extremo, inviabiliza a aprendizagem. (p.38). 3- Por desconhecimento, receio ou mesmo preconceito, a maioria das pessoas com deficincia fsica foram e so excludas das aulas de EF. A participao nessa aula pode trazer muitos benefcios essas crianas, particularmente no que diz respeito ao desenvolvimento das capacidades afetivas, de integrao e insero social. (p. 40). 4- A maioria das pessoas com deficincia tem traos fisionmicos, alteraes morfolgicas ou problemas em relao coordenao que as destacam das demais. A atitude dos alunos diante dessas diferenas algo que se construir na convivncia e depender muito da atitude que cada professor adotar. possvel integrar essa criana ao grupo, respeitando suas limitaes, e, ao mesmo tempo, dar oportunidades para que desenvolvam suas potencialidades. (p. 40-41). 5- a EF para alcanar todos os alunos, deve tirar proveito dessas diferenas ao invs de configur-las como desigualdades. A pluralidade de aes pedaggicas pressupe que o que torna os alunos diferentes justamente a capacidade de se expressarem de forma diferente. (p. 85). A prtica da EF um direito de todos, e seus programas devem dar prioridade aos grupos menos favorecidos da sociedade. (ROSADAS, 1994, p. 6). ---------------------------------------------------------------------------------------------------O DEFICIENTE FSICO (DF)
Segundo Costa (1987), deficincia fsica toda e qualquer alterao no corpo humano, resultado de um problema ortopdico, neurolgico ou m formao, levando o indivduo uma limitao ou dificuldade no desenvolvimento de alguma tarefa motora. A deficincia fsica (ou motora) refere-se aos problemas steo-musculares ou neurolgicos que afetam a estrutura ou a funo do corpo, interferindo na motricidade. Ela caracterizada por um distrbio da estrutura ou da funo do corpo, que interfere na movimentao e/ou na locomoo do indivduo. As pessoas que usam prteses, muletas, cadeira de rodas ou necessitam do auxlio de rteses carregam muitos rtulos: aleijado, deficiente, impedido, inbil. Cada um tem preferncia pessoal do modo como deseja ser chamado, e isso deve ser perguntado pessoa com deficincia fsica. Alguns autores descrevem leves diferenas de significado, mas deficincia fsica a designao genrica. Ficaria mais claro se fosse utilizada a designao motora em vez de fsica, indicando que existe um problema nessa rea especificamente. (MATTOS, 2004 in GORGATTI; COSTA, 2005).
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Itens extrados dos Parmetros Curriculares Nacionais de 1997. Vol 7, Educao Fsica.
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Podemos apontar subclassificaes relacionadas natureza do sistema afetado ou quanto ao tempo de aquisio e durao do acontecimento. Quanto natureza podemos dividir as deficincias em: 1) Distrbios ortopdicos: referem-se a problemas originados nos msculos, ossos e/ou articulaes; e 2) Distrbios neurolgicos: referem-se deteriorao ou leso do sistema nervoso. Quanto ao tempo ou durao da leso, podemos citar: 1) Congnita (j presente ao nascimento) ou adquirida (adquirida aps o nascimento); 2) Aguda (manifestao intensa) ou crnica (manifestao de longa durao, sem quadro intenso); 3) Permanente (no vai mais desaparecer ou curar) ou temporria (presente por um certo perodo, depois do qual pode desaparecer ou ser curada); e 4) Progressiva (que evolui) ou no-progressiva (que no progride). (GORGATTI e COSTA, 2004). As barreiras humanas, sociais e arquitetnicas segregam estes indivduos, impondo-lhes restries ao exerccio de uma cidadania plena e de uma vida mais digna e participativa. Quando se fala de arquitetura e urbanismo, est se falando de vias pblicas, edifcios, praas, mobilirios e equipamento urbano como orelhes, bebedouros, rampas, elevadores, banheiros, etc. Tudo isso tem de ser adequado ao uso por todos os homens, inclusive, os portadores de deficincia. Eles tm o direito de uma vida normal e dependente. CAUSAS DA DEFICINCIA FSICA Causas pr-natais Causas peri-natais Causas ps-natais No Nascimento (Perinatais) Depois do Nascimento (Ps-natais)
Perodo e Causas Durante a Gravidez (Pr-natais) Genticas Infecciosas Alteraes nos gens (Trissomias e Duplicaes) Erros inatos do Outros Rubola Sfilis Toxoplasmose AIDS CMV Metabolismo
Infeco Hospitalar
Genticas
Metabolismo
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Infecciosas Rubola Sfilis Toxoplasmose AIDS CMV Infeco Hospitalar Mecnicas Quedas Traumatismos Tentativas de aborto Outras Hipertenso Problemas Cardacos Diabetes Rh negativo Sangramentos Traumas cranianos, Leses nervosas Prematuridade Hipxia ou anxia Meningite Sarampo Poliomielite Caxumba Encefalite outras
TIPOS DE DEFICINCIA FSICA 1- Paralisia Cerebral (PC): Chama-se de paralisia cerebral uma forma de Encefalopatia Crnica Infantil no evolutiva, na qual so predominantes os distrbios da motricidade. o resultado de uma leso ou mau desenvolvimento do crebro, de carter no progressivo e existindo desde a infncia. A deficincia motora se expressa em padres normais de postura e movimento, associados com um tnus postural anormal. A leso atinge o crebro quando ainda imaturo e interfere no desenvolvimento motor normal da criana. As causas mais freqentes podem ocorrer, no perodo prnatal (durante a gestao), perinatal (no momento em que ocorre o nascimento) e ps-natal (aps o nascimento). A paralisia cerebral, quanto ao tnus, se divide em:
Espstica: apresenta rigidez de movimento e incapacidade para relaxar os msculos = hipertonia muscular
patolgica. Atetsica: apresenta constantes movimentos involuntrios de contoro das extremidades e da lngua. a
falta de fixao do tnus (tanto em repouso quanto em movimento) Atxica: apresenta dificuldade de equilbrio corporal e seus movimentos so sem ritmo, e sem direo. O
que caracteriza so os movimentos incoordenados, tremores e hipotonia muscular. Mista: associao de alguns tipos acima. Na paralisia cerebral, h uma diviso quanto ao nmero de extremidades afetadas, recebendo a seguinte denominao:
Monoplegia: est afetado um membro. Hemiplegia: ambos os membros, de um mesmo lado, so afetados. Diplegia: as pernas so mais afetadas que os braos. Triplegia: trs membros so afetados. Quadriplegia: o corpo inteiro est afetado. Paraplegia: somente os membros inferiores so afetados.
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o comprometimento da medula espinhal por leso traumtica causada por arma de fogo ou branca, acidentes automobilsticos, mergulho, quedas de cavalo, entre outras. A seqela causa perda de sensibilidade e motricidade na rea afetada. A leso pode ser parcial (paresias) ou total (plegias). As leses medulares classificam em: tetraplegia e paraplegia. Nas leses medulares completas, h paralisia, perda dolorosa, temperatura, (urinrio e fecal). LESES TRAUMTICAS Fraturas-luxaes: Acidentes de trnsito, Esportes, Quedas, Acidentes de trabalho Ferimentos: Armas de fogo, Armas brancas LESES NO TRAUMTICAS Degenerativas: Enfermidades e sndromes Malformaes: Mielomeningocele Outros: Poliomielite. Nas leses cervicais altas ocorre a tetraplegia (paralisia dos quatro membros). Na tetraplegia, a insuficincia respiratria freqente, devido ao comprometimento do nervo que comanda a contrao do diafragma (nervo frnico). Nas leses cervicais baixas, observa-se paralisia dos membros inferiores e das mos. Nas leses torcicas, h paralisia de membros inferiores e tronco. Nas leses nivel lombar h paralisia de Membros Inferiores. At o incio da Segunda Guerra Mundial, nos casos de seco total da medula, a mortalidade era de quase 100% em poucos meses. Estes maus resultados eram devidos a infeces respiratrias e urinrias, e escaras de decbito. Com o advento de quimioterpicos e antibiticos, o quadro mudou. Os paraplgicos e tetraplgicos quando bem tratados no morrem mais na fase aguda... Surge ento a necessidade do tratamento de reabilitao para minimizar estas seqelas, possibilitando ao paciente uma vida o mais prximo possvel da normalidade. (CABRAL; BARROS, 1989). 3- Acidente vascular cerebral/enceflico (AVC/AVE): O acidente vascular cerebral (AVC), ou Acidente vascular enceflico (AVE), vulgarmente chamado de "derrame cerebral", caracterizado pela perda rpida de funo neurolgica, decorrente do entupimento ou rompimento de vasos sanguneos cerebrais. uma doena de incio sbito, que pode ocorrer por dois motivos: isquemia ou hemorragia. Leso de uma rea cerebral causada pela interrupo da circulao sangnea. Afeta a capacidade e o controle motor, a sensao e percepo, a comunicao, as emoes e o estado de conscincia. Causas do AVC: de todas as modalidades sensitivas (ttil, presso e propriocepo) abaixo da leso, alm de alterao do controle esfincteriano
a) Isqumica: Tumor, Malformao, Trauma, Trombose ou mbolo, Arterosclerose b) Hemorrgica: Hipertenso, Malformao, Aneurisma
Comprometimento da Motricidade: O quadro mais comum a hemiplegia em graus variados. Podem ocorrer alteraes secundrias como a Incontinncia urinria e intestinal, Perda parcial da memria, Problemas psicolgicos (depresso e instabilidade emocional), Hemianopsia perda de campos visuais e problemas perceptivos e proprioceptivos do lado afetado. 4- Deformidades da coluna vertebral: Deficincias posturais: hipercifose, hiperlordose e escoliose. Outras deformidades: Espinha bfida: Hrnia de disco, Osteofitose
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5 - Espinha Bfida: um defeito congnito, provocado pelo no fechamento de dois ou mais arcos vertebrais durante a formao da coluna vertebral na gestao. Existem 3 tipos: mielomeningocele: formao de bolsa externa com medula; meningocele: formao de bolsa externa com meninges; e oculta: o defeito vertebral existe e a medula e meninges permanecem internamente. Espinha Bfida fechada: Apresenta a cobertura da pele perfeita, pode ocorrer plos na regio lesada Quadro Clnico: deformidades dos ps, assimetria dos MMII e distrbios esfincterianos. No tem repercusso neurolgica. Pode provocar instabilidade vertebral e clnica de m postura e algias na coluna. Espinha Bfida Aberta: Meningocele: formao do saco menngeo, com liquor e meninges no seu interior. Ocorre pequena repercusso neurolgica, no ocorrendo displasia medular. Mielomeningocele: formao do saco menngeo, com liquor, meninges e medula no seu interior. Abaixo do nvel da leso h paralisia flcida. 6- Hidrocefalia: o Aumento da quantidade de liquor
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(plexo coride), circula entre o crebro e os ossos do crnio, nas cavidades cerebrais e no canal medular com a finalidade de nutrir e proteger o crebro e a medula. absorvido nas granulaes aracnodeas. O liquor se encontra no espao sub aracnoideo, entre a aracnide e a piamater. Na hidrocefalia h dilatao dos ventrculos e compresso o tecido nervoso com o estgio sseo, levando a graves conseqncias. Classificao: Hidrocefalia comunicante: ocorre aumento da produo do lquor ou falta de absoro. Hidrocefalia no comunicante: ocorre interrupo da circulao liqurica. A mielomeningocele causa de hidrocefalia no comunicante. 7. Amputaes e deformidades congnitas dos membros: a ausncia congnita ou a retirada de um segmento corporal (um ou mais membros). Nas crianas as causas mais freqentes so as malformaes congnitas. Pode-se suprir essa ausncia com uma prtese. Causas: utilizao de medicamentos durante as primeiras semanas de gestao (entre a quarta e oitava semana), vasculares (diabetes), infeces, traumas, tumores, Sndrome das bridas aminiticas 8- Distrofia muscular progressiva: So doenas neuromusculares, de carter progressivo, caracterizadas por paresia e atrofia progressiva dos msculos afetados. As DMPs englobam um grupo de doenas genticas, que se caracterizam por uma degenerao progressiva do tecido muscular. uma afeco de carter hereditrio que apresenta um comprometimento grave e progressivo da musculatura estriada. O tipo Duchene, que ocorre na infncia o mais comum. Nela, as clulas musculares se degeneram e so substitudas por colgeno e gordura.. transmitida por um gene anormal do cromossomo X ( recessivo). Geralmente transmitida da me para o filho, mas pode eventualmente ocorrer em meninas. Seus sintomas comeam a se manifestar entre os 2 e 5 anos, quando a criana comea a apresentar quedas freqentes devido a falta de fora muscular. Essa fraqueza vai aumentando gradativamente at que a criana v para uma cadeira de rodas. (MATTOS in GORGATTI; COSTA, 2005). Existem mais de trinta formas diferentes de DMPs, algumas benignas e outras mais graves, que podem atingir crianas e adultos de ambos os sexos.
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Todas atingem a musculatura, mas os msculos atingidos podem ser diferentes de acordo com o tipo de DMP. Distrofia Muscular progressiva de Duchenne: Ocorre uma mutao no brao curto do cromossomo X, desta forma, a doena atingir exclusivamente meninos. H incidncia de 1 para cada 3.500 nascimentos masculinos. A me ser portadora assintomtica, podendo ter filhas portadoras. O pai com a doena poder ter filhas portadoras. o tipo mais encontrado e tambm o mais grave, sendo que at a idade adulta o paciente estar profundamente debilitado fisicamente e psicologicamente. O gene afetado responsvel pela produo de distrofina (protena importante para evitar o dano muscular durante a contrao), levando a diminuio ou ausncia desta produo. O sentido de progresso ascendente, surgindo a debilidade primeiro em MMII. um processo indolor e h morte devido complicao crdio-pulmonares no incio da adolescncia. Sinais e sintomas: Os meninos afetados so normais at 1 ou 2 anos de vida, mas desenvolvem fraqueza muscular por volta dos 3 e 5 anos. Tem dificuldades para subir escadas, correr, levantar do cho, quedas freqentes e aumento caracterstico do volume das panturrilhas. O comprometimento muscular simtrico e inicia-se pelos membros inferiores e quadris, e, mais tarde, atinge os membros superiores. H pseudo hipertrofia das panturrilhas. Ocorre uma acentuao da lordose lombar e marcha anserina (andar de pato). Contraturas e retraes dos tendes levam alguns pacientes a andar na ponta dos ps. Comprometimento do msculo cardaco e dos msculos respiratrios. Distrofia Muscular Progressiva de Becker: fundamentalmente a mesma doena que a DMD, com um defeito gentico no mesmo lcus, mas com uma evoluo clnica mais leve e prolongada 9- Poliomielite ou Paralisia Infantil: provocada por uma infeco de origem viral, a qual afeta as clulas do corno anterior da medula, responsveis pela motricidade. A sensibilidade nesse caso no prejudicada. As seqelas variam e caso as clulas sejam destrudas acarretar em paralisia flcida do membro. De acordo com Costa (2001), a poliomielite uma doena aguda provocada pelo poliovrus (a contaminao se d pela boca e se multiplica atravs da corrente sangunea). Seqela: Paralisia das reas motoras afetadas com preservao da sensibilidade. Acomete apenas alguns msculos do hemdio. Tambm conhecida como Paralisia Infantil 10- Traumatismo cranioenceflico (TCE): alteraes ocasionadas por pancadas ou contuses na regio da cabea (encfalo). Tipos de TCE: Concusso11 Cerebral: h abalo da massa enceflica. Seqelas = confuso mental, hemiparesia/ hemiplegia. Contuso Cerebral: h amolecimento ou hemorragia cerebral. Seqelas = hemiplegia, monoplegia, afasia, distrbios psquicos e da memria. Dilacerao Cerebral: h perda de substncia enceflica por leso aberta. Seqelas = perda de conscincia, instabilidade postural, hemiplegia, disfuno mental (memria e personalidade). (COSTA, 2001). 11- Osteogne Imperfeita - Malformao ssea causada por herana gentica., onde h deficincia na produo do colgeno, comprometendo a estrutura ssea, tornando-a quebradia e com densidade diminuda. Consequncias: Fraturas e micro-fraturas; Encurvamento dos ossos das pernas, braos e coluna; Baixa estatura; Escoliose; Defeitos na formao dos dentes; Problemas na audio. 8- Deformaes sseas (luxao de quadril, p torto, escoliose): afetam principalmente os membros superiores e inferiores, a coluna vertebral e as articulaes. DICAS PARA SE RELACIONAR COM PESSOAS COM DEFICINCIA FSICA
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Choque.
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Para uma pessoa sentada em cadeira de rodas, incmo do ficar olhando para cima por muito tempo. Portanto, se a conversa for demorar mais do que alguns minutos, sente-se, para que voc e ela fiquem com os olhos no mesmo nvel; Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permisso para a pessoa; A cadeira de rodas (assim como bengalas e muletas) parte da pessoa, quase uma extenso do seu corpo. Agarrar ou apoiar-se na cadeira de rodas como agarrar ou apoiar-se numa pessoa sentada numa cadeira comum. Empurrar uma pessoa em cadeira de rodas no como empurrar um carrinho de supermercado. Quando estiver empurrando uma pessoa sentada numa cadeira de rodas, e parar para conversar com algum, lembre-se de virar a cadeira de frente, para que a pessoa tambm possa participar da conversa;
Ao empurrar uma pessoa em cadeira de rodas, faa-o com cuidado. Preste ateno para no bater nas pessoas que caminham na frente. Para subir degraus, incline a cadeira para trs, levante as rodinhas da frente e apoie-as sobre o degrau. Para descer um degrau, mais seguro faz-lo de marcha r, sempre apoiando para que a descida seja sem solavancos. Para subir ou descer mais de um degrau em seqncia, ser melhor pedir a ajuda de mais uma pessoa; Se voc estiver acompanhando uma pessoa deficiente que anda devagar, com auxlio ou no de aparelhos ou bengalas, procure acompanhar o passo dela; Se achar que ela est em dificuldades, oferea ajuda. Caso seja aceita, pergunte como deve faz-lo. No se ofenda se a ajuda for recusada; Mantenha as muletas ou bengalas sempre prximas pessoa deficiente; Se voc presenciar queda de uma pessoa com deficincia, oferea ajuda imediatamente. Mas nunca ajude sem perguntar se e como deve faz-lo; Esteja atento para a existncia de barreiras arquitetnicas quando estiver com uma pessoa com deficincia fsica;
Se a pessoa tiver dificuldade na fala e voc no compreender imediatamente o que ela est dizendo, pea para que repita. Pessoas com dificuldades desse tipo no se necessrio para que se faam entender; incomodam de repetir quantas vezes seja
No se acanhe em usar palavras como "andar" e "correr". As pessoas com deficincia fsica empregam naturalmente essas mesmas palavras;
Trate a pessoa com deficincia fsica com a mesma considerao e respeito que voc usa com as demais pessoas.
Implicaes no programa de AF Experincias de movimento so fundamentais Estimulao precoce Descoberta do prprio corpo Descoberta do outro Deve conter atividades que envolvam jogos e estmulos sensrio-motores.
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Jogos com bola devem ser estruturados passo a passo, desenvolvendo as habilidades de arremessar, lanar, receber. Primeiramente de modo esttico depois em movimento. Experincias com chute e deambulao. Utilizar o critrio de progresso individualizada esttica e depois dinmica, para introduzir jogos coletivos
Modalidades esportivas para DF Atletismo Arco e flecha Bocha Basquetebol sobre rodas Ciclismo Equitao Esgrima Futebol para paralisados cerebrais Futebol para amputados Halterofilismo Iatismo Natao Remo adaptado Tnis de campo Tnis de mesa Voleibol
Maximizar o potencial individual Focalizar o desenvolvimento das habilidades Selecionar atividades apropriadas Providenciar um ambiente favorvel aprendizagem Encorajar a auto-superao Arco, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, futebol de 7,
halterofilismo, iatismo, tiro, natao, tnis de mesa, voleibol, esgrima, rugby, tnis. O DEFICIENTE MENTAL12 (DM)
De acordo com Diament e Cypel (1996, p. 799) a deficincia mental conhecida desde a mais remota antiguidade, j era citada em cdigos e livros antes de Cristo (a.C.), referida nos trs principais livros sagrados: o Tamud, o alcoro e a Bblia (Novo Testamento).
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Dficit de inteligncia.
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Os mesmos autores afirmam que o conceito de deficincia mental baseado no dficit de inteligncia. Segundo Rosadas (1989) o deficiente mental (DM), portador de vrios fenmenos complexos, que modificam a sua conduta, relacionados a causas ainda mais complexas, nas quais a inteligncia inadequada ou insuficientemente desenvolvida constitui denominador comum. A Associao Americana de DM a define como um desenvolvimento mental insuficiente, dando como resultante que o indivduo incapaz de competir, em termos de igualdade, com os companheiros normais, ou incapaz de cuidar de si mesmo ou de seus negcios com a prudncia normal. (DIAMENT; CYPEL, 1996). Portanto, o crebro est impedido de atingir um desenvolvimento adequado, dificultando a aprendizagem e a socializao do indivduo. O conceito de quociente intelectual (Q.I.) foi estabelecido mediante provas que relacionavam a idade cronolgica e a mental, introduzindo os clssicos termos: dbeis mentais com Q.I. entre 50 a 75; os imbecis com Q.I. entre 25 e 50; e os idiotas com Q.I. abaixo de 25. Entretanto, tais termos, pelas conotaes pejorativas, caram em desuso e, em 1968, a Organizao Mundial de Sade (OMS) introduz os quatro nveis para a DM: I. Profunda Q.I. abaixo de 20 II. Severa Q.I. entre 20 e 35 III. Moderada Q.I. entre 36 e 52 IV. Leve Q.I. entre 53 e 69 V. Limtrofe Q. I entre 70 e 85 Entre os Q.I. 70 e 90 (Q.I. normal entre 90 e 120) introduziu-se o conceito de variaes normal de inteligncia em substituio aos antigos limtrofes. (DIAMENT; CYPEL, 1996, p. 800). O mtodo usado para a classificao da deficincia mental foi alvo de crticas em grandes debates, principalmente a partir da dcada de 1950. De modo geral, argumentava-se que o emprego de uma classificao tendo como nico instrumento habilidades acadmicas constitua um recurso pobre para a caracterizao do indivduo. Nesse sentido, a conduta adaptativa tambm recebeu grande ateno, e o desempenho em atividades do cotidiano, como a locomoo, a alimentao, o vestir-se e o brincar passaram a ser considerado. (DIAMENT; CYPEL, 1996, p. 78-79). Classificao da DM segundo Gimenez (2004, in GORGATTI; COSTA, 2004): a) Profundo (QI Binet < 19): Indivduo que freqentemente apresenta problemas fsicos associados deficincia mental, como graves problemas sensoriais (DV, DA) ou ortopdicos (derivados da falta ou da deformao de estruturas corporais). Esse indivduo apresenta dependncia completa e limitaes extremamente acentuadas de aprendizagem. Em razo de seu grau de limitao, recomenda-se que a interveno junto ao indivduo seja realizada no contexto domiciliar (p.80). Algumas dessas pessoas no falam, ou falam apenas algumas palavras, muitas no sabem se vestir sozinhas e algumas no sabem ir ao banheiro, a no ser que mandadas. Elas no sabem ler nem escrever, claro, no tem noo de tempo e no entendem tudo o que lhes dizem. Portanto, essas pessoas so dependentes. b) Severo (QI Binet = 20-35): ndivduo que, em geral, apresenta distrbios ortopdicos e sensoriais, bem como acentuado prejuzo na comunicao e mobilidade. Ele pode alcanar resultados ao exercer atividades condicionadas e repetitivas, desde que devidamente supervisionado, de preferncia em domiclio (p. 82). c) Moderado (QI Binet = 36-51): Indivduo com considervel atraso na aprendizagem, o qual, grande parte das vezes, apresenta problemas motores visveis. Por outro lado, geralmente tal indivduo tem certa facilidade de ajustar-se socialmente aos programas sistematizados e formao de hbitos higinicos, bem como insero social na famlia, na escola e na comunidade (p. 82). Pode tornar-se relativamente til no lar, no trabalho protegido e na comunidade.
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d) Leve (QI Binet = 55-69): Indivduo que apresenta aprendizagem lenta, mas que tem plenas capacidades para o desempenho de tarefas escolares e da vida cotidiana (p. 82). Pode alcanar independncia econmica parcial ou total. e) Limtrofe (QI Binet = 68-84): Indivduo que considerado como portador de um desvio da inteligncia, em razo de algumas dificuldades em exercer tarefas que exijam raciocnio lgico e grande demanda cognitiva (p. 82). CAUSAS DA DM Causas pr-natais: Infeces: rubola, toxoplasmose, CMV, sfilis... (principalmente nos 3 primeiros meses de gestao). Alcool, drogas, intoxicaes, radiaes Hidrocefalia Microcefalia Alteraes cromossmicas: Sndromes Erros inatos do metabolismo: galactosemia, fenilcetonria. Anxia ou hipxia (asfixia, trauma de parto, encefalopatia hipxico-isqumica) Prematuridade Baixo peso Infeces perinatais
Causas ps-natais: Infeces ( meningoencefalites e encefalites) Traumas cranianos Desnutrio protico-calrica e Privao familiar e cultural Intoxicaes exgenas (CO, Pb) Radiaes e medicamentos Convulses outras EDUCAO FSICA E DEFICINCIA MENTAL Quanto maior o grau de severidade da DM, maior a dificuldade na compreenso e realizao das tarefas propostas. PROBLEMAS: a) Apatia e problemas de ateno b) Problemas de linguagem e comunicao c) Dificuldade de compreenso de conceitos. ORIENTAES METODOLGICAS Conhecer o histrico do aluno Explicar detalhada e calmamente a tarefa ou a regra Exemplificar e demonstrar at que todos tenham entendido Iniciar o jogo com regras mais simples Posicionamento adequado do professor Estimular o aluno para que ele inicie e realize toda a atividade
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Utilizar materiais coloridos e interessantes AS ATIVIDADES DEVERO ESTIMULAR: 1. Tempo de reao simples: Ex: assim que eu disser j, voc corre 2. Tempo de reao de escolha: Ex: se eu levantar a bola azul, voc corre, se eu levantar a bola amarela, voc senta. 3. Ritmo: quicar uma bola, acompanhando as batidas de um basto no cho. 4. Agilidade: correr, passar sob uma corda e sentar-se. 5. Controle de fora: lanar uma bola leve e uma bola pesada ao parceiro. 6. Equilbrio: mantendo-se em um p s, abaixar-se e tocar a mo no cho. IMPORTANTE Algumas crianas com DM podero apresentar comprometimento no seu desenvolvimento motor, acarretando dificuldade para combinar sequncias de movimentos. Ao propor jogos, utilizar combinao de movimentos locomotores, manipulativos e estabilizadores. Ex. caminhar e correr, correr e saltar, correr e arremessar, quicar e correr, etc. comum a instabilidade emocional (aluno emburrado, teimoso) Dificuldade em aceitar a perda do jogo (medalhas) Incentivo e recompensas reais Sd Down: cuidados com rolamentos, mergulhos e sobrecarga cardaca.
Ver Filmes: Meu nome Rdio; Uma lio de amor; Dbi e Loid 2. SNDROME DE DOWN (SD)13 A Sndrome de Down (SD) decorre de um erro gentico presente j no momento da concepo ou imediatamente aps, e, ocorre de modo bastante regular na espcie humana, afetando um em cada 700 nascidos vivos (1/700). Dados histricos sugerem que os Olmecas (tribo que viveu no Golfo do Mxico de 1.500Ac a 300dC) aceitavam que os indivduos com SD resultassem do cruzamento das mulheres mais idosas da tribo com o jaguar (objeto de culto religioso). Desta forma, a criana com SD era considerada um ser hbrido (originrio do cruzamento de espcies diferentes) Deus-humano. Nas sociedades europias mais antigas, as pessoas com deficincia eram muito pouco consideradas, e os bebs com quadros mais evidentes como os SD, eram abandonados para morrer de inanio ou serem devorados por animais selvagens. Na cultura Grega, as pessoas com deficincia no eram toleradas. A filosofia Grega acreditava que eram uns tipos de monstro pertencentes outra espcie. Na idade mdia as pessoas com deficincia, foram consideradas como produto da unio entre uma mulher e o demnio. Propuseram que a criana SD e sua me fossem queimadas, pois somente entendiam o nascimento de uma criana assim atravs dessa unio. No se sabe quando o primeiro caso de SD foi descrito como uma entidade clnica distinta, porm quando Langdon Down (que emprestou o seu nome a condio, escreveu seu trabalho em 1866, assumiu que o quadro j era bastante conhecido). As pessoas com SD eram e ainda so conhecidas, erroneamente, por MONGOLIDES (termo pejorativo), devido semelhana com o povo da Monglia. GENERALIDADES DA SD A SD uma cromossomopatia, ou seja, uma doena cujo quadro clnico deve ser explicado por um desequilbrio na constituio cromossmica, caracterizando assim, uma trissomia 21.
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O termo trissomia refere-se a presena de um cromossomo a mais no caritipo de uma pessoa. Normal = 46, XY e 46, XX; SD = 47, XY + 21 e 47, XX + 21. A Sd pode ser
2-3% dos casos - Translocao - cromossomo 21 adicional fundido com outro, freqentemente no par 14. O cromossomo extra de origem de um dos pais.
1-2% dos casos - Mosaico proporo de clulas normais e clulas trissmicas, ou seja, o cromossomo extra 21 se quebra em vrios e se liga em diversos cromossomos normais. Quanto menor o nmero de clulas trissmicas, menos afetado ser o portador.
O principal fator de risco da SD a idade materna, na qual constatou o nascimento de uma criana SD para cada 392 mes com 34 anos de idade. De acordo com Baraitser e Winter (1998, p.02): Idade Materna 25 anos 35 anos 38 anos 40 anos 45 anos FENTIPO DOWN Risco de neonato vivo com Sndrome de Down 1 em 1300 1 em 380 1 em 180 1 em 100 1 em 45
BOCA: pequena, lbios finos e dentes pequenos, lngua sulcada, grande e protusa; palato elevado em ogiva. OLHOS: prega epicntica, olhos oblquos ( inclinados para cima e para fora) FACE: perfil achatado, pescoo alado com excesso de pele na nuca. Nariz pequeno e achatado ORELHAS: pequenas, arredondadas com implantao baixa.
CRNIO: microcefalia., cabea pequena, parte posterior da cabea achatados MOS E PS: grossas e curtas, prega palmar nica, dedo mnimo arqueado e com duas falanges, aumento
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Defeitos cardacos trio ventriculares, bexiga pequena, rgos sexuais hipodesenvolvidos. 95% dos SD do sexo masculino so estreis (oligoespermia diminuio no nmero de espermatozides). A ovulao ocorre em 88,5% das mulheres SD e elas podem dar a luz a crianas SD ou normais. Baixa estatura Cabelo fino e esparso Pele spera e seca Obesidade
Antes de iniciar um trabalho de EFA com alunos SD necessrio que os mesmos sejam avaliados e autorizados por um mdico responsvel, assim teremos segurana em executarmos nossas aulas e proporcionarmos a essas pessoas to especiais melhoras significativas em seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, motor, social, entre outros. DISTRBIOS DO DESENVOLVIMENTO, PERSONALIDADE E APRENDIZAGEM NA SNDROME DE DOWN (SD) A alterao genetica a causa de algumas caractersticas fsicas e mentais como: Problemas neuromotores Problemas musculo-esquelticos Problemas crdiopulmonares Deficincia mental
a) Problemas Motores: Ossos mais curtos, frouxido ligamentar (luxao), controle do equilbrio e da postura
atrasados, hipotonia, Instabilidade atlanto-axial
b) Cardiopatias congnitas
c) Malformaes intestinais
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septal muscular, defeito do canal trio-ventricular, hipertenso pulmonar e obstruo arterial, desenvolvimento anormal do parnquima pulmonar com nmero menor de alvolos e hipoplasia pulmonar...). Como defeitos vasculares encontramos a insuficincia artica e prolapso da vlvula mitral, calcificao vascular, etc.
4 - Alteraes Auditivas: Perda auditiva na maioria dos casos tendo como conseqncias problemas lingsticos e
fonolgicos. Distrofia e padro reduzido do pavilho auricular, hipotonia do meato acstico e produo aumentada de cera podem ser observados.
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Alteraes Imunolgicas: O timo (responsvel pela maturao dos linfcitos), freqentemente menor nos SD. Alteraes Esquelticas: Atraso na idade ssea, p plano grave, instabilidade patelar, escoliose traco-lombar, displasias acetabulares e alteraes da coluna cervical como a instabilidade atlanto-axial (que pode ser encontrada em cerca de 10-20% da populao Down). Ed. Fsica na Sd de Down Avaliao clnica *** Atividades aerbicas Hipotonia e hipermobilidade: problemas posturais, luxao, ps chatos, instabilidade atlanto-axial Cuidado com exerccios de hiperflexo Visuais Auditivos Tteis e proprioceptivos
CUIDADOS
ALTERNATIVAS PARA O PROFESSOR: Utilizar vrias fontes de informao simultnea para o ensino de habilidades motoras. b) Problemas de equilbrio Relacionados imaturidade do cerebelo, do aparelho vestibular e dos sistemas visual e ttil. ALTERNATIVAS PARA O PROFESSOR: Estimular as reaes de equilbrio, com cautela em atividades em plataforma e traves altas. c) Problemas ligamentares Relacionados frouxido nos ligamentos que estabilizam articulaes importantes como atlanto-axial, joelho e quadril. ALTERNATIVAS PARA O PROFESSOR: No realizar atividades que proporcionem impacto sobre a regio cervical (cabeadas no futebol, rolamentos e mergulhos). Cuidado com as atividades que envolvam articulaes de modo geral e que causem impacto, paradas e giros abruptos. d) Problemas de Hipotonia Muscular Geram atraso no DMN: controle postural do tronco e atraso na marcha. ALTERNATIVAS PARA O PROFESSOR: O professor de ed. Fsica deve contribuir com outros profissionais para ajudar no trabalho de fortalecimento dos grandes grupos musculares. e) Problemas do sistema respiratrio e circulatrio Grande incidncia Podem ser fatais
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ALTERNATIVAS PARA O PROFESSOR: Deve estar atento cianose de extremidades, queixas de falta de ar, ou cansao excessivo. Desenvolver atividades aerbicas e de resistncia muscular localizada, envolvendo potncia e fora. CONSIDERAES FINAIS DA EDUCAO FSICA NA DM PRIORIDADE: aprendizagem do movimento Anlise detalhada dos objetivos institucionais Estudo do seu aluno (pronturios) Recursos materiais e humanos (equipe) Participao efetiva do aluno e compreenso da importncia do trabalho Atividades prazeirosas. Usar a criatividade, propondo atividades interessantes que chamem ateno Fazer adaptaes nos jogos, quando necessrio (tempo e regras) No subestimar a capacidade dos alunos Evitar situaes frustrantes Quando a atividade for mais complexa, desenvolv-la lentamente e por partes Evitar instrues longas (orientaes claras e breves) Utilizar demonstraes quando necessrio. O DEFICIENTE AUDITIVO (DA) Na antiguidade, os surdos eram obrigados a enfrentarem escolas que ensinavam a oralidade forada. Em 1855, um francs chamado Kurt chega ao Brasil para dar incio ao trabalho com deficientes auditivos, pois o mesmo tambm era surdo. Caracteriza-se a deficincia auditiva como a perda total ou parcial da capacidade de ouvir ou perceber sinais sonoros, (ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004) e para detectar a surdez so feitos testes audiomtricos. Portanto, surdo o indivduo que tem perda total ou parcial, congnita ou adquirida da capacidade de compreender a fala atravs do ouvido. A deficincia auditiva um problema desafiante para a educao especial. Interfere tanto na recepo quanto na produo da linguagem em todas as dimenses do desenvolvimento, ser incapaz de ouvir e de falar uma deficincia crtica que pode dificultar o ajuste social e acadmico. (ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004). O nvel de audio pode ser medido em decibis (dB), unidade de avaliao de intensidade dos sons. A audio normal situa-se em zero dB e so consideradas significativas as perdas acima de 30 dB. A partir da recomendado o uso de aparelhos de amplificao sonora. Quanto maior o nmero de decibis necessrios para que uma pessoa possa responder aos sons, maior a perda auditiva. A adaptao do ouvido ao aparelho e a resposta aos estmulos sonoros podero caracterizar a criana como deficiente auditiva (a que discrimina o som de uma fala graas ao uso do aparelho) ou como surda (a que no compreende os sons de uma fala, apesar do uso do aparelho). (ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004). A perda auditiva pode ser condutiva (problema no ouvido externo ou mdio que interfere na capacidade de conduo do som) e sensrio-neural ou de percepo (problemas no ouvido interno ou nervo auditivo, que transmite impulso ao crebro). (ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004). H quatro categorias de perda:
1. leve (perda entre 15-30 dB, sendo desnecessrio muitas vezes o uso de aparelhos auditivos) Percebem a voz
real, porm escapam alguns elementos fonticos.
2. Moderada (perda entre 31-60 dB, pode desenvolver-se normalmente com modesta interveno e aparelho
auditivo), ouvem somente vozes altas e h considervel dificuldade de audio.
27 3. Severa (perda entre 61-90 dB, com interveno precoce, treinamento contnuo e aparelho auditivo podero ter
um desenvolvimento quase normal). No podem ouvir a voz, mas percebem sensaes auditivas.
4. Profunda (perda maior que 90 dB, desenvolvimento mais lento e com dificuldade). Problemas na aquisio da
linguagem oral. (ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004). Qualidade de som (decibis);
0 20 farfalhar das folhas, vento nas folhas (muito baixo); 20 40 conversao silenciosa, cochicho, tic tac de um relgio (baixo); 40 60 conversao normal, nen chorando (moderado); 60 80 rudo mdio de uma fbrica ou trnsito, cachorro latindo (alto); 80 100 apito de guarda ou rudo de caminho, cortador de grama, moto serra (muito alto); 100 120 discoteca, avio, megafone (ensurdecedor).
Obs: 120 dB (limiar de dor: a partir dessa intensidade, o som pode danificar as estruturas do ouvido levando a surdez). (MAUERBERG, 2006). O OUVIDO OUVIDO EXTERNO: 3 estruturas: Pavilho auricular: capta os sons Meato acstico externo: proteo (cera) Tmpano: conduz as vibraes sonoras do ouvido externo para o mdio. Funo de amplificar as informaes sonoras traduzidas pelo tmpano e transmit-las para o ouvido interno. Cclea que transforma as informaes em estmulos eltricos para o crebro Aparelho vestibular que detecta a posio da cabea em todos os momentos. Mantm o equilbrio. CLASSIFICAO DE ACORDO COM A LOCALIZAO DA LESO A) CONDUTIVA: Localizada no ouvido externo e/ou mdio. a perda ou diminuio da capacidade de conduzir o som at o ouvido interno (cclea). Reduz a intensidade do som que alcana o ouvido interno, onde comea o nervo auditivo; a seqncia de vibraes passam atravs do canal externo do ouvido, onde pode ser bloqueada em algum lugar do percurso. O ouvido interno tem capacidade de funcionamento normal, mas no estimulado para a vibrao sonora. B) NEUROSSENSORIAL: Se localiza no ouvido interno ou no nervo auditivo, que transmite impulso ao crebro. a perda da capacidade de perceber o som. **Dependendo do local da leso, poder ser afetado tambm o aparelho vestibular (equilbrio). A perda sensrio-neural pode ser completa ou parcial e afetar mais algumas freqncias (especialmente as altas) do que outras. Segundo Mosquera (2000) a deficincia auditiva sensrio-neural, ocorre quando h uma impossibilidade de recepo do som por leso das clulas ciliadas da cclea ou nervo auditivo. Essa diferenciao de leses s pode ser feita atravs de mtodos especiais de avaliao auditiva. Portanto esse tipo de deficincia irreversvel. CAUSAS DA DEFICINCIA AUDITIVA
OUVIDO MDIO: 3 pequenos ossos, o martelo, a bigorna e o estribo. OUVIDO INTERNO: 2 estruturas:
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CONGNITAS: consanguinidade, rubola materna, incompatibilidade de Rh, toxoplasmose, sfilis, drogas, alm de alteraes genticas. ADQUIRIDAS: anxia, ictercia neonatal, prematuridade e traumatismos obsttricos, TCE, infeces como meningite, sarampo e encefalite, etc. ED FSICA PARA PORTADORES DE DEFICINCIA AUDITIVA Considerar a posio do professor no momento das instrues. Clareza das explicaes; Utilizao de sinais visuais; Adequao do nmero de participantes nas atividades em grupo; Recursos materiais para enriquecer a aula. Deve-se considerar as limitaes, mas enfatizar as capacidades. Se necessrio, procurar ajuda da famlia e outros profissionais. Deve-se analisar os objetivos, sequenciando-os, seguindo uma evoluo adequada, para facilitar o progresso Se for necessrio, ensinar a tarefa por partes Estimular a participao e criatividade do aluno. Utilizar atividades baseadas na resoluo de problemas. Adapt-los s regras, realizar trocas de pares constantemente e promover atividades de grandes grupos. Durante cada atividade e quando estiver falando, o educador deve se manter de frente para o aluno No mudar constantemente as regras de uma mesma atividade Procurar utilizar os mais eficientes meios para uma comunicao eficaz. Conhecimento do corpo Percepo espacial Coordenao culo-manual Destreza manual Equilbrio Coordenao dinmica geral Atividades que estimulem os sentidos Jogos educativos em atividades coletivas Jogos desportivos Dana A comunidade surda se comunica atravs da LIBRAS Lngua Brasileira de Sinais, que possibilita o desenvolvimento cognitivo da pessoa surda. Est tramitado no Senado Federal para a aprovao, o Projeto Lei 131/96, de autoria da Senadora Benedita da Silva, que regulamenta a LIBRAS, a nvel Nacional, que passou a ser o Projeto Lei 485/98. Na lngua de um povo, inclusive na lngua de sinais, reside toda a sua esfera de pensamento, sua tradio, histria, religio e base da vida, todo o seu corao e alma. (SACKS, 1998).
do educando.
IMPORTANTE
PROPOSTA DE ATIVIDADES
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O professor de EF que trabalha com DA deve ter noes mnimas de LIBRAS, deve falar sempre de frente para o aluno e falar devagar para permitir leitura labial, no articular exageradamente as palavras, ter pacincia, enfatizar o ritmo nas aulas. Nas atividades de competio, o apito ser substitudo por bandeiras. No existem limitaes ou adaptaes maiores serem feitas no que diz respeito aos alunos com deficincia auditiva. As grandes prioridades do professor de educao fsica devem se ater s maiores defasagens dos alunos, que neste caso so o equilbrio (esttico e dinmico), a coordenao motora geral, a noo espao-temporal, a ansiedade, o isolamento social, o ritmo e a propriocepo. (ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004). Quando no entendemos um surdo, a limitao nossa. (p.37, SEED: MEC, 1998
Um cego disse que gostava muito de dormir porque no sonho ele podia ver. (autor desconhecido). Conforme Mosquera (2000, p. 27), DV a perda total ou parcial da viso, necessitando o seu portador, de recursos especficos, mtodo Braille, bengala e outros, para a alfabetizao e socializao.
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A DV caracterizada pela perda parcial ou total da capacidade visual, em ambos os olhos, levando o indivduo a uma limitao em seu desempenho habitual. A avaliao deve ser realizada aps a melhor correo ptica ou cirrgica (MUSTER; ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004). a perda total ou parcial da capacidade de ver, mesmo aps correo tica. O ser humano possui um campo visual de 180 graus e capacidade de enxergar a 120 metros de distncia. Para uma pessoa ser considerada deficiente visual, dever ter comprometimento em relao acuidade visual e ter seu campo visual restrito. Em algumas situaes, mesmo com a perda total da capacidade visual em um dos olhos ou da eviscerao (remoo cirrgica do olho), a pessoa pode apresentar boa porcentagem de viso no olho remanescente. Este indivduo no considerado portador de deficincia. (GORGATTI e COSTA, 2005). Para Freitas (1997), a deficincia visual caracteriza-se por uma limitao sensorial que pode anular ou reduzir a capacidade de ver. De acordo com Menescal (2001), uma pessoa considerada cega se ela pode ver a 6 metros o que uma pessoa de viso normal pode ver a 200 metros. Teste para viso (Escala de Snellen): apresenta letras e figuras distribudas em um plano, de maneira que a linha inferior deve ser lida de uma distncia de 6 metros aproximadamente e a superior, a 60 metros da referida escala. Se esta ltima s conseguida a uma distncia de 6, 3 ou 1 metro, o grau de viso 6/60, 3/60, 1/60 do normal. O campo de viso de aproximadamente 180, para ser considerado cego, o campo de viso deve ser restrito a 20 ou menos graus (como se visse por uma fresta). A simples utilizao de culos ou lentes de contato no suficiente para caracterizar a DV, pois a prescrio de correo ptica adequada pode conferir ao indivduo uma condio visual ideal. Todavia, mesmo usando recursos pticos e passando por interveno cirrgica, alguns indivduos continuam com a capacidade visual severamente comprometida, sendo consideradas pessoas com DV. (MUSTER; ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004). CEGUEIRA E VISO SUBNORMAL CEGUEIRA: Perda total ou resduo mnimo de viso que leva o indivduo a necessitar de recursos e equipamentos especiais para a educao (Braile). Congnita ou adquirida. VISO SUBNORMAL: Acuidade visual diminuda, necessitando de lentes ou culos para correo (miopia, hipermetropia) alm de recursos educacionais especiais A pessoa com viso sub-normal aquele que apresenta resduo visual em grau que lhe permita ler texto impresso a tinta, desde que se empreguem recursos didticos e equipamentos especiais para sua educao, excluindo as deficincias, facilmente corrigveis pelo uso adequado de lentes. Se no forem providenciados tratamentos preventivos precoces, posturas improdutivas e antiestticas podem ocorrer. comum principalmente na infncia, a criana cega ser atingida na sua percepo corporal, tornando-se ento, algumas dessas posturas, caractersticas da deficincia visual. Exemplos: Marcha, com pequena amplitude de passos;
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Elevao dos joelhos excessivamente pequena, chegando a arrastar os ps na hora de andar; Ombros ligeiramente voltados para frente, o mesmo acontecendo com a cabea; Em muitos casos, o aparecimento da hiperlordose; Em outros casos, cifose e mesmo escoliose; Aumento do tnus muscular em regio de peitoral e dorsal; Pouca amplitude da coluna cervical (falta de estmulo visual); Expresso facial sem vida. (MOSQUERA, 2000).
DEFINIO: Deficincia visual, incluindo a cegueira, designa um comprometimento da viso que, mesmo quando corrigido, prejudica o desempenho educacional da criana. O termo engloba tanto a baixa viso como a cegueira. (IDEA Indivuduals with Disabilities Education) ACUIDADE VISUAL a capacidade de distinguir detalhes. tomada a partir da relao entre o tamanho do objeto e a distncia onde est situado. Envolve a apresentao de uma sequncia de estmulos padronizados progressivamente menores, a partir de distncias padronizadas O resultado baseado na relao entre distncia/tamanho, podendo ser representado por diferentes escalas (escala optomtrica decimal de Snellen) Campo visual: avaliado a partir da fixao do olhar, quando determinada a rea circundante visvel ao mesmo tempo. Alteraes podem levar a hemianopsias (perda da metade do campo visual) e escotomas (perda da viso central ou perifrica) Binocularidade: Capacidade de fuso da imagem proveniente de ambos os olhos em convergncia ideal, o que proporciona a noo de profundidade, ou seja, a percepo de relao entre os diferentes objetos e sua disposio no espao CLASSIFICAO Parmetros legais: recursos da previdncia Parmetros clnicos: diagnstico e tratamento mdico Parmetros educacionais: recursos necessrios para aprendizagem Parmetros esportivos: categorias para competies
Classificao Educacional
Pessoa com baixa viso: aquela que possui dificuldade em desempenhar tarefas visuais, mesmo com prescrio de lentes corretivas, mas que pode aprimorar sua capacidade de realizar tais tarefas atravs de estratgias (lupas, cadernos com pautas mais grossas, livros ampliados) e modificaes ambientais (luz ampliada)
Pessoa Cega: aquela cuja percepo de luz insuficiente para aquisio de conhecimento por meios visuais, necessitando utilizar o sistema Braile em seu processo de aprendizagem.
Os estmulos visuais correspondem a 80% e os demais a 20%, portanto, devemos aprender a confiar mais nos demais sentidos. Classificao esportiva: (B = Blind = cego): B1- da falta da percepo visual at a percepo luminosa, com incapacidade de reconhecer a forma da mo em qualquer distncia ou direo.
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B2- da capacidade de reconhecer a forma da mo ou campo visual inferior a 5 graus. B3- melhor acuidade visual e campo visual maior que 5 e menor que 20 graus. Causas da Deficincia Visual Podem ser de origem congnita ou adquirida. Albinismo: deficincia na pigmentao da ris, com sensibilidade aumentada luz. Anisometropia: diferena acentuada de graus entre os dois olhos. Astigmatismo: variao na curvatura da crnea, levando a distoro e embaamento da viso. Catarata: alterao na transparncia do cristalino (opacificao). Pode ser congnita ou adquirida. Conjuntivite: Inflamao da conjuntiva (membrana que reveste a crnea) Descolamento de retina: separao das camadas da retina, decorrente de infeces e outras doenas. Diabetes: a retinopatia diabtica uma das maiores causas de cegueira no mundo. Estrabismo: desalinhamento dos olhos, impedindo a fuso da imagem. Glaucoma: aumento da presso intra-ocular. Pode ser congnito ou secundrio. uma das principais causas de cegueira no adulto. Hipermetropia: erro de refrao, dificultando focalizar objetos prximos. Miopia: dificuldade para enxergar longe. Presbiopia: processo natural do envelhecimento causando vista cansada Retinoblastoma: Tumor de origem hereditria que se manifesta nos 4 primeiros anos. Olho de gato. Retinopatia da prematuridade: alta concentrao de O2 na incubadora, provocando transtornos vasculares na retina. Rubola: a congnita pode causar deficincia visual ao feto. Sfilis: congnita ou adquirida, pode levar a DV. Traumatismos Oculares: Perfuraes ou laceraes, queimaduras por agentes qumicos trmicos, eltricos, radioativos; Toxoplasmose: inflamao da retina, podendo ser congnita ou adquirida. Retinose pigmentar: Inicia-se por volta dos 12 anos evoluindo para cegueira total por volta dos 60 anos. H degenerao progressiva das clulas da retina ORIENTAES METODOLGICAS A Ed. Fsica um meio para crianas e adolescentes cegos ou com baixa viso explorar seu espao e adquirir um bom desempenho motor para suas atividades do dia a dia. Possibilita a integrao social, quebrando preconceitos. Desenvolve a autoconfiana e autoestima, superando as barreiras impostas pela deficincia. O professor dever estar atento para Atender as necessidades especficas dos alunos; Utilizar comando verbal de maneira clara e objetiva; No mudar de local enquanto estiver explicando; Se necessrio, passar instrues atravs do tato; Orientar ao aluno quanto ao espao fsico onde est inserido, desde a disposio de materiais na quadra. Ambiente silencioso, podendo o aluno escutar a voz de comando do professor. Utilizar fitas e cordas de alto relevo Trabalhar direcionalidade. Usar pulseiras e tornozeleiras sonoras, bolas com guizos, cintos sonoros, etc.
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Pandeiros e apitos servem para direcionar o grupo. Atividades que desenvolvam fora, flexibilidade, agilidade, resistncia muscular localizada, resistncia cardiorrespiratria. Muitas vezes as atividades de velocidade e agilidade so difceis para o aluno cego. Evoluir de jogos com poucas combinaes de movimentos, indo para os mais complexos. Lanar novos desafios, apresentar novidades As atividades que envolvam explorao devero inicialmente ser realizadas em duplas ou pequenos grupos. Sempre que houver algum resduo de viso, este deve ser explorado ao mximo. Observar se a luminosidade est ajudando ou atrapalhando. Se o aluno usar culos, este dever estar bem preso Desenvolver situaes em que seja despertada a percepo corporal e o estmulo postural Os esportes mais indicados para alunos com deficincia visual so: Goalball Natao Atletismo Ginstica olmpica Futsal Dana Jud Natao Atletismo Goalball Ciclismo Futebol de cinco Equitao Xadrez Basquetebol Lutas (olmpica e greco-romana) Vela Esqui aqutico, Patinao (gelo e rodas) Canoagem Remo Corrida de orientao montanhismo Dirigir-se ao aluno chamando-o sempre pelo nome. ASSOCIAO BRASILEIRA DE DESPORTOS PARA CEGOS (ABDC)
... Ateno:
Esportes
Esportes Paraolmpicos
CUIDADOS GERAIS
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Antecipar verbalmente suas aes para no surpreender ou assustar o aluno Se for necessrio toc-lo importante avis-lo antecipadamente Intercalar alunos com e sem DV para favorecer a interao e participao de todos Trabalhar em crculo, fileiras e colunas Transmitir afetividade por meio de palavras Informar-se quanto possveis contra-indicaes. De acordo com Eichstaedt e Kalakian (MUSTER; ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004), o indivduo leva desvantagem na medida em que a deficincia visual o impede de viver como deseja. Para pessoas com DV que desejam participar de jogos como o voleibol ou o tnis de campo, a perda visual pode constituir desvantagem maior do que para aquele que pretende nadar ou jogar futebol, pois as duas modalidades citadas ainda no se encontram adaptadas s necessidades de pessoas nessas condies, ao passo que as duas ltimas so perfeitamente acessveis mediante pequenas adaptaes. Em termos de contedo, os programas de EF no se distinguem dos programas convencionais. Todavia, o processo ensino-aprendizagem pode se diferenciar quanto a adaptaes no espao fsico e de recursos materiais, utilizao de mecanismos de informao e modificaes nas regras. (MUSTER; ALMEIDA in GORGATTI; COSTA, 2004). No trabalho de EF com DV, necessitamos ofertar-lhe: segurana, silncio, orientao, descrio do ambiente e pessoas, demonstraes verbais e sensitivas e oportunizar-lhe o prazer de realizar atividades recreativas e de superar seus limites. Quando uma porta de felicidade se fecha, uma outra se abre; mas, muitas vezes, ns olhamos to demoradamente para a porta fechada que no percebemos a que se abriu. (Helen Keller). SUGESTES DE FILMES PARA A BRINCADEIRA DE MMICA: 11. O VENTO LEVOU 12. UM AMOR PARA RECORDAR 13. CAVALO DE TRIA 14. O GORDO E O MAGRO 15. FREE WILLI 16. PIRATAS DO CARIBE 17. UMA LINDA MULHER 18. ROBOCOP 19. SHERECH 20. DR DOLITLE 21. PROCURANDO NEMO 22. LIMITE VERTICAL 23. O GRITO 24. CANINOS BRANCOS 25. MEU NOME RDIO ATIVIDADES/ BRINCADEIRAS 1. Escravos de J como ciranda; 2. Roubar o Rabo; 3. Elefante Colorido; 4. Basquetinho: jogo dos 10 passes com cestas em bambols seguros pelos colegas;
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5. Irmos (com bales e papis dentro) 6. Stop/ Alerta; 7. A metade da turma vai sair da sala, colocar a venda l fora e voltar vendado ao seu lugar; 8. A outra metade vai colocar a venda (dentro da sala) e vai at o banheiro sendo acompanhado por um colega que no poder falar nada nem toca-lo; 9. Um crculo interno e externo com o mesmo nmero de pessoas, viradas umas para as outras. Os de dentro vo estar vendados e tero que descobrir, atravs do toque o respectivo colega; 10. Dana de salo em duplas, um vendado e outro no; 11. Conduo: orientao e mobilidade; 12. Trem dos cegos; 13. Corrida do Barbante; 14. Dana da cadeira; 15. Dana do arco; 16. Arremesso de basquete; 17. Calce a cadeira; 18. Adivinhe o objeto; 19. Queimada/caador de cegos: o caador fica do lado da sua equipe sem venda ajudando/orientando a sua equipe cega a matar os adversrios. Quem for morto tira a venda e vai caar; REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ADAMS, R; DANIEL, A; Mc CUBBIN, J. Jogos, Esportes e Exerccios para o Deficiente Fsico. Trad. de ngela Marx. 3.ed. So Paulo: Manole, 1985. AMARAL, L. A. Pensar a Diferena/Deficincia. Braslia: Coordenadoria Nacional para Integrao da Pessoa Portadora de Deficincia, 1994. ASSUMPO JNIOR, F; SPROVIERI, M. H. Introduo ao Estudo da Deficincia Mental. So Paulo: Memnon, 2000. BARBANTI, V. J. Dicionrio de Educao Fsica e do Esporte. So Paulo: Manole, 1994. BOCCARDI, D. Curso de Atividade Fsica Adaptada para Deficientes Mentais. SOBAMA, PUC, 14-17 de julho de 2004. BRANDO, I. Educao Fsica Adaptada. Revista de Educao Fsica do CONFEF, ano11, n. 8, agosto, 2003. Brasil. Secretaria de Educao Fundamental. Parmetros Curriculares Nacionais: Educao Fsica. Braslia: MEC/SEF, 1997. CABRAL, G; BARROS, R.S. Traumatismos Raquimedulares. In: LOPEZ, M. Emergncias Mdicas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1985. p.727-735. CARMO, A. A. do. Deficincia Fsica: a sociedade brasileira cria, recupera e discrimina. Braslia: Secretaria dos Desportos/PR, 1994. CARVALHO. R. E. A Nova LDB e a Educao Especial. 2 ed. Rio de Janeiro: WVA, 1997. COSTA, M. P. O Deficiente Auditivo. So Carlos, SP: Ed. UFSCar, 1994. DIAMENT, A; CYPEL, S. Neurologia Infantil. 3. ed. So Paulo: Atheneu, 1996. DUARTE, E; LIMA, S. T. Atividade Fsica para Pessoas com Necessidades Especiais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003. GORGATTI, M. G; COSTA, R. F. Atividade Fsica Adaptada. So Paulo: Manole, 2004. GORLA, J. I. Educao Fsica Especial: Testes. Physical-Fisio: Rolndia-Pr, 1997.
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ANEXOS Anexo 1 - Msica Do Clip Campeo (na voz de Chitozinho e Xoror) Uma chama vai nascer E vai te iluminar tambm por dentro
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E quando a luz tocar seu sentimento ir perceber O heri que existe em voc Na terra no cu no mar Valentes soldados ali se enfrentam Depois como amigos se cumprimentam Assim deve ser A vitria nem sempre vencer Superar os limites com determinao a medalha que a gente guarda no corao o momento de glria que nos faz chorar O que se escreve na histria No d pra apagar Lutar correr Querer voar um dom e Deus te fez assim Te deu coragem pra enfrentar Qualquer barreira que existir V enfrente irmo no desista jamais O destino est em suas mos Sua fora a corrente Que envolve a nao Voc j um campeo Campeooooooo...... Anexo 2 Texto Voltando da Guerra Essa histria de um soldado que finalmente estava voltando para casa depois de ter lutado no vietn. Ele ligou para seus pais quando chegou a san francisco: - me, pai, eu estou voltando para casa, mas eu tenho um favor a pedir. Eu tenho um amigo que gostaria de levar comigo. - claro, ns adoraramos conhec-lo. - h algo que vocs precisam saber, continuou o filho. Ele foi terrivelmente ferido na luta, pisou em uma mina e perdeu um brao e uma perna. No tem nenhum lugar para ir e por isso eu quero que ele v morar conosco. - eu sinto muito em ouvir isso filho. Talvez ns possamos encontrar um lugar para ele morar. - no! Quero que ele v morar conosco!! - filho, voc no sabe o que est pedindo. Algum com tanta dificuldade seria um fardo para ns. Ns temos as nossas prprias vidas e no podemos deixar que uma coisa como esta interfira em nosso modo de viver. Acho que voc deveria voltar para casa e esquecer este rapaz. Ele encontrar uma maneira de viver por si mesmo. Nesse momento o filho bateu o telefone. Os pais no ouviram mais nenhuma palavra dele.
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Alguns dias depois eles recebram um telefonema da polcia de san francisco. O filho havia morrido depois de ter cado de um prdio. A polcia acreditava em suicdio. Os pais, angustiados voaram para san francisco e foram levados para o necrotrio a fim de identificar o corpo do filho. Eles o reconheceram, mas, para o seu horror, descobriram que o filho deles tinha apenas um brao e uma perna. Anexos 3: TEXTOS PARA MEDITARMOS UM POUCO! H alguns anos atrs, nas Olimpadas Especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficincia mental ou fsica, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos. Ao sinal, todos partiram, no exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar. Todos, com exceo de um garoto, que tropeou no asfalto, caiu rolando e comeou a chorar. Os outros oito ouviram o choro, diminuram o passo e olharam para trs. Ento eles viraram e voltaram. Todos eles. Uma das meninas, com Sndrome de Down, ajoelhou-se, deu um beijo no garoto e disse: Pronto, agora vai sarar. E todos os nove competidores deram os braos e andaram juntos at a linha de chegada. O estdio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos. E as pessoas que estavam ali, naquele dia, continuam repetindo essa histria at hoje. Por qu? Porque, l no fundo, ns sabemos que o que importa nesta vida mais do que ganhar sozinho. O que importa ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir o passo e mudar de curso. VOC ACREDITA EM PAPAI NOEL? - Se voc consegue dar ouvidos a algum incapaz de pronunciar uma nica palavra... - Se voc consegue transmitir amor, carinho e sentido a algum que no consegue ouvi-lo... - Se voc consegue mexer ao menos uma palha em favor de algum incapaz de movimentar-se com as prprias foras... - Se voc capaz de aceitar e reconhecer como irmo algum excepcional... - Se voc no fica esperando ser chamado s pressas para doar sangue a algum em luta pela vida... - Se voc compreende que, atravs de uma simples doao de crneas, poder algum dia devolver a algum a felicidade de apreciar o nascer do sol, as cores da primavera e o sorriso de uma criana... - e em agradecimento a Deus pelas graas recebidas, estende ao prximo a mo amiga, solidria e fraterna, ento acredite: PAPAI NOEL EXISTE. VOC! Anexo 4 DICAS DE FILMES RELACIONADOS COM DEFICIENTES DEFICIENTES MENTAIS Forest Gump (1994) Gilbert Grape, aprendiz de sonhador (1993) Meu nome Rdio (2004) Nell (menina que foi afastada do convvio social para ser estudada, 1994) Oitavo dia (S. de Down) O piano (PPD, 1993) Simples como amar (1999) Uma lio de amor (2001) Dbi e loid Mentes que brilham
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Guardio de Memrias DEFICIENTES FSICOS Amargo regresso (paraplgico lesionado no Vietn, 1995) Carne trmula (jogador de basquete em cadeira de rodas ficou paraplgico por um tiro, 1997) Feliz ano velho (ficou paraplgico por mergulho, 1987) Gaby (PC, 1987) Meu p esquerdo (1989) Nascido em 4 de julho (paraplgico lesionado no Vietn, 1989) O leo de Lourenzo Os melhores dias de nossas vidas De porta em porta Menina de ouro Pequeno milagre Murder Ball (rugby em cadeira de rodas) DEFICIENTES AUDITIVOS Mr Holland, adorvel professor (1995) O milagre de Anne Sullivan (surdo-cega, 1962) Filhos do silncio Silncio como o gelo DEFICIENTES VISUAIS Danando no escuro (2000) Perfume de mulher (1992) A primeira vista (1999) Ray Alm dos meus olhos AUTISTAS Mercury (1998) Rain Man (1988) Bolo de neve Meu filho meu mundo DOENA MENTAL Bicho de 7 cabeas (2000) Uma mente brilhante (esquizofrenia, 2001)