Anotações Balistica Externa
Anotações Balistica Externa
Anotações Balistica Externa
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 2
TRAJETÓRIA .................................................................................................................................. 2
VELOCIDADE ................................................................................................................................. 6
REGIMES DE VELOCIDADE .......................................................................................................... 10
ESTABILIDADE ............................................................................................................................. 12
DESVIOS DE TRAJETÓRIA ............................................................................................................ 16
BALÍSTICA DE TRANSIÇÃO .......................................................................................................... 23
COMPARAÇÃO DE CURVAS BALÍSTICAS DE ARMAS PORTÁREIS .............................................. 24
COMPARAÇÃO DE CURVAS BALÍSTICAS DE ARMAS CURTAS .................................................... 29
TABELAS BALÍSTICAS E MPBR E MRD ......................................................................................... 30
COEFICIENTE BALÍSTICO ............................................................................................................. 31
BALÍSTICA EXTERNA PARA ESPINGARDAS ................................................................................. 35
PROBLEMAS RALACIONADOS A ESTABILIDADE E TRAJETÓRIA DE PROJÉTEIS ......................... 41
AVALIAÇÃO DE GRUPAMENTOS, MOA E MRAD ....................................................................... 46
CONFECÇÃO DE TABELAS BALÍSTICAS ........................................................................................ 53
INTRODUÇÃO
TRAJETÓRIA
VELOCIDADE
Por sua vez, o cálculo do passo de raiamento adequado para um projétil utiliza
a fórmula de Greenhill simplificada, que considera o diâmetro do projétil e o
comprimento do projétil.
Há ainda a fórmula de Greenhill com correção da densidade do projétil para
identificar o passo de raiamento mais adequado para um tipo de projétil. Nessa
fórmula, além do diâmetro e do comprimento do projétil, deve ser considerada a
velocidade na boca do cano do projétil, onde se utiliza o valor de 150 ou 180 (se a
velocidade foi maior que 2800 fps - 853 m/s), além da densidade relativa do projétil
(ex.: 10,9 pra projéteis com núcleo de chumbo)
A balística de transição é essa fase inicial do voo do projétil, onde ele já deixou
a boca do cano, mas ainda está sofrendo os efeitos da ação dos gases (colidindo e
empurrando na base e passando à frente do projétil). A balística de transição se limita
a poucos centímetros após a boca do cano e o principal objeto de estudo é a
estabilidade do projétil. Nesse curto período analisado pela balística de transição, o
projétil está exposto a uma fase turbulenta, onde ocorrem ondas de choque gases em
velocidades subsônicas e supersônicas. Equipamentos como o freio de boca e quebra
chama auxiliam a reduzir os efeitos dos gases saindo pela boca de cano.
COMPARAÇÃO DE CURVAS BALÍSTICAS DE ARMAS PORTÁREIS
Por fim, o projétil .17 HMR apresenta uma queda menor que o .30 Carbine nos
200m, sendo repetido o resultado nos 400m, motivo pelo qual representa uma boa
opção para o tiro de precisão a uma distância média.
Para definir a melhor curva balística, o atirador deve ter noção do que ele
deseja acertar ou qual a aplicação do conjunto do armamento.
Tomando por exemplo um fuzil plataforma AR, no calibre 5,56 x 45 mm, projétil
de 77gr, velocidade de 800m/s, passo de raia 1:7, com zero a 50m, vento de frente de
3m/s, haverá um desvio de queda de 10cm e lateral de 9cm a 215m e queda de 20cm
e lateral de 12cm em disparos a 250m.
Por sua vez, um fuzil na plataforma AR, no calibre 7,62 x 51 mm, projétil de
150gr, velocidade de 773m/s, passo de raia 1:11, com zero a 100m, vento de frente de
3m/s, haverá um desvio de queda de 10cm e lateral de 7cm a 190m e queda de 28cm
e lateral de 13cm em disparos a 250m.
COMPARAÇÃO DE CURVAS BALÍSTICAS DE ARMAS CURTAS
Tomando por base um fuzil AR15, no calibre .223 Rem, projétil de 77gr,
velocidade de 850m/s, a tabela da curva balística possibilidade a análise dos dados e
a verificação do MPBR, ou seja, a distância máxima que o atirador pode fazer a visada
sem compensações. Utilizando como alvo um disco de 20cm, a zeragem a 243m
permite uma trajetória mais tensa que continua na zona de precisão (área laranja) até
285m. Destaca-se que, no gráfico, a zeragem a 33m apresentou uma curva balística
semelhante à de 243m, o que demonstra que é possível zerar o armamento em um
estande razoavelmente curto e mesmo assim apresentar bons resultados a distâncias
maiores
Outra situação que pode acontecer é a uma dispersão grande a curta distância
e projéteis de pistola tombando. Tais fenomenos podem ser ocasionados em função
de irregularidades na base dos projéteis.
Destaca-se que irregularidades na base do projétil tendem a gerar problemas
muito mais graves, como a dispersão e tombamento, do que aqueles presentes na
ponta do projétil. Entretanto, as irregularidades nas pontas dos projéteis também
devem ser evitas, e são muito comuns nos projéteis do tipo soft point, onde a ponta do
projétil é de chumbo exposto. A irregularidade na ponta do projétil pode ocasionar uma
diminuição de 10% na velocidade de 50% no CB. Como solução, alguns fabricantes
utilizam uma ponta de polímero, que permite que o projétil mantenha seu CB mais alto
e tenha um comportamento similar àqueles de ponta macia ou oca (expansivos).
Atualmente, a maioria dos red dots possuem relagem em MOA, motivo pelo
qual é importante saber dessa proporção de 1 MOA = 3cm a 100m, o que reduz o
consumo de munição na hora da clicagem.
Outra unidade de medida que é utilizada na clicagem de aparelhos de pontaria
o mRad ou mili radiano, que também é oriundo da trigonometria. A maioria das lunetas
utilizam o mRad como medida angular para clicagem, onde cada clique de 0,1 mRad
equivale a 1cm de deslocamento na distãncia de 100m.