Introdução A Neurociências

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Lucas Kayzan Barbosa da Silva

Enfermeiro/ Especialista em Saúde Mental/


Mestre em Enfermagem
Todos os órgãos e tecidos do corpo
são formados por células

O encéfalo é o órgão mais sofisticado


e complexo da natureza humana
• Percebem as modificações do ambiente,
comunicam essas modificações a outros e

Neurônios
comandam as respostas corporais a essas
sensações.
• 0,01 – 0,05 mm (40 a 200 vezes a ponta de um
lápis).

Glia • Contribui para a função encefálica ao isolar,


sustentar e nutrir os neurônios vizinhos.
Cromato de Prata.
Camilo Golgi Ramon Cajal (1852-
(1843-1926) 1934)
• Teoria da Comunicação • Teoria da Comunicação
por continuidade por contato.

Avanços da
microscopia
eletrônica (1950)
Núcleo

Retículo endoplasmático
Rugoso + Ribossomos

Mitocôndrio

Retículo Endoplasmático
Liso e Aparelho de Golgi

Membrana neuronal

•Microtúbulos, Microfilamentos e
Neurofilamentos
São exclusivos do neurônio

Parte do cone de implantação

Não há ribossomos; logo, não há


síntese protéica

Ramificam-se, formando
colaterais axoniais

Sua extremidade (terminal axonal)


é chamada de botão terminal
Funcionam como espécie de antena.

Os dendritos de um neurônio são chamados


de árvores dendrítica

São recobertos pelos espinhos dendríticos


Pelo número • Unipolar

de neuritos • Bipolar

Baseada nos • Estreladas

dendritos • Piramidais

• Sensoriais Primários
Conexões • Motores
• Interneurônios
Comprimento do • Neurônios Golgi Tipo 1
axônio
• Neurônios Golgi Tipo 2

• Células colinérgicas
Baseada nos
neurotransmissores
• Células serotoninérgicas
• Dopaminérgicas, etc.
Astrócitos e Glia
Fomadora de Mielina
• Regula o espaço entre os neurônios, a
capacidade de crescimento ou
Astrócito retração deles.
• Serve como uma banha de esponja

Glia formadora de
Mielina • Servem como bainhas que isolam os
axônios (bainhas de mielina)
(Oligodendrócitos • Mielina acelera a propagação do
e Células de impulso nervoso ao longo do axônio.
Schwann)
Células ependimais
(atapetam os ventrículos)

Microglia (age como


macrófagos)
 Como os neurônios trocam mensagens?
 O que é potencial de ação.
Lucas Kayzan Barbosa da Silva
Enfermeiro/ Especialista em Saúde Mental/
Mestrando em Enfermagem
Sistema
Nervoso

SNC SNP

Cérebro, Cerebelo
SN Somático SN Autônomo
Tronco Encefálico
Medula Espinhal
O plano de secção que resulta da
divisão do encéfalo em metades
direita e esquerda iguais chama-se
plano mediano (Figura 7.3a).
Cortes paralelos ao plano mediano
estão no plano sagital.

Os outros dois planos anatômicos são


perpendiculares ao plano sagital um
do outro. O plano horizontal é paralelo
ao solo (Figura 7.3b). As secções
horizontais dividem o encéfalo em
partes dorsal e ventral.

O plano coronal é perpendicular ao


solo e ao plano sagital (Figura 7.3c).
O sistema nervoso central, ou SNC, são as porções
do sistema nervoso que estão envolvidas pelos
ossos: o encéfalo e a medula espinhal.

O encéfalo localiza-se inteiramente no crânio.


Cérebro
• A porção mais rostral e mais larga do encéfalo é o cérebro
• Está claramente dividido ao meio em dois hemisférios cerebrais,
• Separados pela profunda fissura sagital.
• Em geral, o hemisfério cerebral direito recebe sensações e controla o
movimento do lado esquerdo do corpo.
• Semelhantemente, o hemisfério cerebral esquerdo está envolvido com as
sensações e os movimentos do lado direito do corpo.

Cerebelo
• Situado atrás do cérebro está o cerebelo
• O cerebelo é primariamente um centro para o controle do movimento que
possui extensivas conexões com o cérebro e a medula espinhal. Ao contrário
dos hemisférios cerebrais, o lado esquerdo do cerebelo é envolvido com os
movimentos do lado esquerdo do corpo, e o lado direito do cerebelo é
envolvido com os movimentos do lado direito do corpo.
Tronco Encefálico
•A porção restante do encéfalo é o tronco encefálico, sendo mais bem observado
em uma visão mediana. O tronco encefálico forma o talo por onde os hemisférios
cerebrais e o cerebelo “originam-se”.
•É um conjunto complexo de fi bras e células, que, em parte, serve para enviar
informação do cérebro à medula espinhal e ao cerebelo e da medula espinhal e
cerebelo ao cérebro.
•É também uma região que regula funções vitais, como respiração, consciência e
controle da temperatura.
•Pode-se sobreviver aos danos ao cérebro ou ao cerebelo, porém os danos ao
tronco encefálico usualmente significam morte rápida.

Medula espinhal
•A medula espinhal é envolvida pela coluna vertebral óssea e está colada ao tronco
encefálico.
•A medula espinhal é o maior condutor de informação da pele, das articulações e
dos músculos ao encéfalo e do encéfalo para a
A medula espinhal comunica-se com o corpo por
meio dos nervos espinhais que formam parte do
sistema nervoso periférico (discutido anteriormente).

Os nervos espinhais emergem da medula espinhal


por meio de espaços existentes entre cada vértebra
da coluna vertebral.

Cada nervo espinhal associa-se à medula espinhal


por meio da raiz dorsal e da raiz ventral
 O SNP Somático. Todos os nervos espinhais que inervam a
pele, as articulações e os músculos que estão sob o
controle voluntário são parte do SNP somático.
 Os axônios motores somáticos, que comandam a
contração muscular, originam-se de neurônios motores da
medula espinhal ventral.
 Os somas celulares dos neurônios motores situam-se
dentro do SNC, porém seus axônios estão
predominantemente no SNP.
 Os axônios sensoriais somáticos que inervam
e coletam informação da pele, dos músculos
e das articulações, entram na medula
espinhal pelas raízes dorsais.
 Os corpos desses neurônios localizam-se
fora da medula espinhal em agrupamentos
chamados gânglios da raiz dorsal. Existe um
gânglio da raiz dorsal para cada nervo
espinhal
 O SNP visceral, também chamado de involuntário, autônomo ou
sistema nervos o vegetativo (SNV), é formado por neurônios que
inervam órgãos internos, vasos sangüíneos e glândulas.
 Os axônios sensoriais viscerais carreiam informação sobre
funções viscerais ao SNC, como, pressão e conteúdo de oxigênio
do sangue arterial.
 As fibras viscerais motoras comandam a contração e o
relaxamento dos músculos lisos que formam as paredes dos
intestinos e dos vasos sangüíneos, a freqüência da contração do
músculo cardíaco e a função secretora de várias glândulas.
 Derivados do latim, eferente (“que leva”) e aferente (“que
traz”) indicam se os axônios estão transportando
informação até ou a partir de um ponto em particular.
 Deve-se considerar os axônios do SNP relativos a um
ponto de referência no SNC. Os axônios sensoriais
somáticos ou viscerais que trazem informação para o SNC
são aferentes.
 Os axônios que emergem do SNC para inervar músculos e
glândulas são eferentes.
Além dos nervos que se originam na medula espinhal e inervam o corpo,
existem 12 pares de nervos cranianos que se originam no tronco encefálico e
inervam principalmente a cabeça.

Cada nervo craniano possui um nome e um número associado a ele.

Alguns dos nervos cranianos formam parte do SNC, outros formam parte do SNP
somático, e ainda outros formam parte do SNP visceral.

Muitos dos nervos cranianos contêm uma mistura complexa de axônios que
realizam várias funções.
 O SNC, a parte do sistema nervoso alojada no
crânio e na coluna vertebral, não está em contato
direto com o osso suprajacente. É protegido por
três membranas chamadas coletivamente de
meninges (singular: meninge), do grego para
“revestimento”.
 As três membranas são a dura-máter, a
membrana aracnóidea e a pia-máter.
 A pia-máter, do latim para “mãe piedosa”, é uma
membrana fina que adere estreitamente à superfície do
encéfalo.
 Ao longo da pia, correm os vasos sangüíneos que
finalmente penetram ao encéfalo subjacente.
 A pia é separada da aracnóide por um espaço cheio de
líquido.
 Esse espaço subaracnóideo é preenchido por um líquido
claro salgado nomeado fluido ou líquido cefalorraquidiano
ou LCR. Assim, de certa forma, o encéfalo flutua dentro da
cabeça nessa fina camada de LCR.
 Sabe-se que o encéfalo é cavernoso.

 O fluido que preenche as cavernas e os canais

dentro do encéfalo constitui o sistema

ventricular.

 O fluido que percorre esse sistema é o LCR, o

mesmo fluido do espaço subaracnóideo.


 O LCR é produzido por um tecido especial, os plexos corióideos,
nos ventrículos dos hemisférios cerebrais. O LCR flui dos
ventrículos pares do cérebro a uma série de cavidades
conectadas ímpares no centro do tronco encefálico.

 O LCR sai do sistema ventricular e entra no espaço


subaracnóideo através de pequenos orifícios ou aberturas, perto
do local onde o cerebelo se adere ao tronco encefálico.

 No espaço subaracnóideo, o LCR é absorvido pelos vasos


sangüíneos por meio de umas estruturas especiais chamadas de
vilosidades aracnóideas.

 Se o fluxo normal de LCR fosse alterado, poderia provocar um


dano encefálico.
 O córtex cerebral é responsável por muitas
das funções mentais mais complexas e
desenvolvidas, como a linguagem e
processamento de informações.
Lucas Kayzan Barbosa da Silva
Enfermeiro/ Especialista em Saúde Mental/
Mestre em Enfermagem
Membrana excitável
•Células capazes de gerar e
conduzir potenciais de ação, Membrana em repouso
que incluem tanto células
nervosas como musculares •Quando uma célula com membrana
excitável não está gerando
impulsos
No neurônio em repouso, o citosol em contato com a
superfície interna da membrana possui carga elétrica negativa
com relação ao exterior.

Essa diferença de carga elétrica através da membrana é


chamada de potencial de repouso da membrana (ou potencial
de repouso).

O potencial de ação é simplesmente uma breve inversão dessa


condição e, por um instante – de aproximadamente um
milésimo de segundo –, o interior da membrana torna-se
positivamente carregado em relação ao exterior.
Os fluidos salinos nos dois lados da
membrana

A membrana em si

As proteínas que estão inseridas na


membrana.
Difusão
Eletricidade
A membrana neuronal em
repouso é altamente
permeável ao K+ devido à
existência dos canais de
potássio.
O citosol do neurônio em repouso está carregado
negativamente em relação ao fluido extracelular.

O potencial de ação é uma inversão rápida dessa situação, de


forma que, por um instante, o lado citosólico da membrana
torna-se carregado positivamente com relação ao lado externo.

O potencial de ação é também freqüentemente chamado de


pico de potencial, potencial em ponta, impulso nervoso ou
descarga.
(1) a tachinha penetra na pele

(2) a membrana das fibras nervosas na pele


é distendida, e

(3) canais permeáveis ao Na+ abrem-se.


A entrada de Na+ despolariza a membrana, isto é, a superfície
citoplasmática (interna) da membrana torna-se menos negativa. Se
essa despolarização, chamada de potencial gerador, alcançar um
nível crítico, a membrana gerará um potencial de ação.

O nível crítico de despolarização que deve ser alcançado a fim de


disparar um potencial de ação é chamado limiar.

Potenciais de ação são causados pela despolarização da membrana


além do limiar.
A despolarização que causa potenciais de ação é
alcançada de formas diferentes em diferentes neurônios

No exemplo citado, entre neurônio e músculo, a


despolarização é causada pela entrada de Na+ através de
canais iônicos especializados sensíveis à distensão da
membrana

Em interneurônios, a despolarização é normalmente


causada pela entrada de Na+ através de canais ativados
por neurotransmissores liberados por outros neurônios.
Os potenciais de ação podem propagar-se sem
decremento ao longo dos nervos sensoriais,
porque a membrana axonal é excitável e tem
canais de sódio sensíveis à voltagem.

Para essa informação ser processada pelo resto


do sistema nervoso, é necessário que esses
sinais sejam passados a outros neurônios.
No fim do século XIX, reconheceu-se que essa
transferência de informação de um neurônio a
outro ocorria em sítios especializados de contato.

Em 1897, o fisiologista inglês Charles


Sherrington deu nome a esses sítios: sinapses.

O processo de transferência de informação na


sinapse é denominado transmissão sináptica.
Sinapses elétricas
• As sinapses elétricas são relativamente simples em estrutura
e função e permitem a transferência direta da corrente iônica
de uma célula para outra.
• As sinapses elétricas ocorrem em sítios especializados
denominados junções comunicantes.

Sinapses químicas
• O neurónio pré-sináptico liberta substâncias químicas, os
neurotransmissores, que atravessam a fenda sináptica e se
ligam aos receptores da células pós-sináptica.
As membranas pré e pós-sinápticas nas sinapses químicas são
separadas por uma fenda – a fenda sináptica, que é preenchida com
uma matriz extracelular de proteínas fibrosas. Uma das funções dessa
matriz é manter a adesão entre as membranas pré e pós sinápticas.

O lado pré-sináptico da sinapse, também chamado de elemento pré


sináptico, é geralmente um terminal axonal. O terminal típico contém
dúzias de pequenas organelas esféricas delimitadas por membranas,
denominadas vesículas sinápticas.

Essas vesículas armazenam neurotransmissores, substâncias químicas


utilizadas na comunicação com neurônios pós-sinápticos.
Muitos terminais axonais também contêm
vesículas maiores, denominadas grânulos
secretores.

Os grânulos secretores, pelo seu conteúdo


proteico solúvel, parecem escuros à
microscopia eletrônica, sendo por isso,
algumas vezes, denominados vesículas
grandes e eletronicamente densas.
Junções sinápticas também existem fora do sistema nervoso
central.

Por exemplo, axônios do sistema neurovegetativo inervam


glândulas, músculos lisos e o coração.

Sinapses químicas também ocorrem entre axônios de neurônios


motores da medula espinhal e o músculo esquelético.

Tal sinapse é chamada junção neuromuscular.


Aminoácidos comuns
•Estão entre os 20 aminoácidos que são os blocos de construção utilizados na
síntese proteica;
•Logo, são abundantes em todas as células do corpo, incluindo neurônios.

GABA e Aminas
•São produzidos apenas pelos neurônios que os liberam. Esses neurônios contêm
enzimas específicas que os sintetizam a partir de vários precursores metabólicos.
•As enzimas envolvidas na síntese de ambos neurotransmissores aminoácidos e
aminas são transportadas até o terminal axonal, e, nesse local, elas rapidamente
dirigem a síntese.
•Uma vez sintetizados no citosol do terminal axonal, os neurotransmissores
aminoácidos e aminas devem ser captados pelas vesículas sinápticas.
Peptídeos
• Peptídeos são formados quando aminoácidos são
polimerizados nos ribossomos do corpo celular.
• No caso dos neurotransmissores peptídicos, isso ocorre no
retículo endoplasmático rugoso.
• Geralmente peptídeos longos, sintetizados no retículo
endoplasmático rugoso, são clivados no aparelho de Golgi
produzindo fragmentos menores, sendo um deles o
neurotransmissor ativo.
• Grânulos secretores contendo os peptídeos processados no
Golgi desprendem-se dessa organela e são transportados ao
terminal axonal por transporte axoplasmático.
A liberação de neurotransmissores é
desencadeada pela chegada de um potencial de
ação ao terminal axonal.

A despolarização da membrana do terminal


causa a abertura de canais de cálcio
dependentes de voltagem nas zonas ativas.
As vesículas liberam seus conteúdos por um processo
denominado exocitose. A membrana da vesícula sináptica
funde-se com a membrana pré-sináptica nas zonas ativas,
permitindo que o conteúdo da vesícula seja derramado na
fenda sináptica.

A membrana vesicular é posteriormente recuperada por um


processo de endocitose, e a vesícula reciclada é recarregada
com neurotransmissor.
Neurotransmissores liberados dentro da fenda
sináptica afetam os neurônios pós-sinápticos por
se ligarem a proteínas receptoras específicas que
estão embutidas nas densidades pós-sinápticas.

A ligação do neurotransmissor ao receptor é como


inserir uma chave em uma fechadura: isso causa
uma mudança conformacional na proteína, e a
proteína então pode funcionar diferentemente.
Embora haja bem mais de 100 diferentes
receptores para neurotransmissores, eles
podem ser divididos em dois tipos:
 Canais iônicos ativados por
neurotransmissores;
 Receptores acoplados a proteínas G.
 Uma vez que os neurotransmissores liberados tenham interagido com receptores
pós-sinápticos, eles devem ser removidos da fenda sináptica para permitir um
novo ciclo de transmissão sináptica. Uma forma de isso acontecer seria pela
simples difusão do neurotransmissor para longe da sinapse. Entretanto, para a
maioria dos neurotransmissores dos tipos aminoácidos e aminas, a difusão é
auxiliada por sua recaptação para dentro do terminal pré-sináptico.

 A recaptação ocorre por ação de transportadores protéicos específicos para


neurotransmissores presentes na membrana pré-sináptica. Uma vez dentro do
citosol do terminal, os neurotransmissores podem ser degradados
enzimaticamente ou recarregados para dentro de vesículas sinápticas.
Lucas Kayzan Barbosa da Silva
Enfermeiro/ Especialista em Saúde Mental/
Mestrando em Enfermagem
A primeira molécula definitivamente identifi cada como
um neurotransmissor por Otto Loewi na década de
1920 foi a acetilcolina, ou ACo (ver Quadro 5.1).

Para descrever as células que produzem e liberam ACo,


o farmacologista britânico Henry Dale introduziu o
termo colinérgico.

Dale chamou de noradrenérgicos os neurônios que


usam o neurotransmissor aminérgico noradrenalina
(NA, também denominada norepinefrina).
Considerando a variabilidade de moléculas no encéfalo, alguns critérios são
necessários na determinação do neurotransmissor

1. A molécula deve ser sintetizada e estocada no neurônio pré-sináptico.

2. A molécula deve ser liberada pelo terminal do axônio pré-sináptico sob


estimulação.

3. A molécula, quando aplicada experimentalmente, deve produzir na célula


pós-sináptica uma resposta que mimetiza a resposta produzida pela liberação
do neurotransmissor do neurônio pré-sináptico.
 Cada neurotransmissor exerce seus efeitos
pós-sinápticos por meio da ligação a
receptores específicos. Via de regra, dois
neurotransmissores diferentes não se ligam a
um mesmo receptor; entretanto, um
neurotransmissor pode ligar-se a diferentes
tipos de receptores.
Análise neurofisiológica

• Muito do que sabemos sobre subtipos de receptores

• Foi inicialmente descoberto usando a análise

neurofarmacológica.

• Por exemplo, o músculo esquelético e o músculo cardíaco

respondem diferentemente a várias drogas colinérgicas. A

nicotina, derivada da planta do tabaco, é um agonista do

receptor no músculo esquelético, mas não tem efeito no

coração.
Por outro lado, a muscarina, derivada de uma espécie venenosa de
cogumelo, apresenta pouco ou nenhum efeito no músculo
esquelético, mas é um agonista do subtipo de receptor colinérgico
presente no coração.

Outra forma de distinguir subtipos de receptores é pelo uso de


antagonistas seletivos.

O curare, um veneno usado em pontas de flechas na América do


Sul, inibe a ação da ACo em receptores nicotínicos (causando, com
isso, paralisia), e a atropina, derivada da planta beladona,
antagoniza a ACo em receptores muscarínicos.
Análises farmacológicas similares foram usadas
para classificar os receptores da NA em dois
subtipos, α e β, e para distinguir os receptores
GABA nos subtipos GABAA e GABAB.

O mesmo pode ser dito para praticamente todos


os sistemas de neurotransmissores. Assim,
drogas seletivas têm sido extremamente úteis
para categorizar as subclasses de receptores
Com a descoberta, na década de 1970, de que várias drogas
interagem seletivamente com receptores de neurotransmissores,
os pesquisadores perceberam que poderiam usar esses compostos
para iniciar a análise dos receptores, mesmo antes de o
neurotransmissor propriamente dito ter sido identificado.

Um pioneiro nessa estratégia foi Solomon Snyder, da Universidade


Johns Hopkins, que estava interessado em estudar compostos
denominados opiáceos.
Neurônios
catecolaminérgicos
Neurônios colinérgicos (dopamina,
noradrenalina e
adrenalina)
Enzima: Enzima: Tirosina Hidroxilase
Acetilcolineste (síntese)
rase (síntese)
Monoaminoxidase
(degradação de adrenalina)
Neurônios Neurônios
serotoninérgicos (5- aminoacidérgicos
HT- (Glutamato, Glicina,
Hidroxitriptamina) Gaba)
Excitatórios
(glutamato,
Inibitórios (GABA)
adrenalina,
acetilcolina)
Adrenalina/ noradrenalina

•Fuga, medo

Acetilcolina

•Relaxamento, redução de PA , bradicardia

Dopamina

•Movimento, imaginação, planejamento,


pensamento
GABA

• Redução da Ansiedade, impulsividade

Serotonina

• Humor

Endorfinas

• Redução da dor, promoção de prazer

Melatonina

• Sono
Sistema Límbico
• Sistema Límbico
• Esse sistema é influenciado de forma majoritária
pela dopamina.
• Tem como função principal o papel de regular
processos emocionais, o que implica em regulação
do sistema nervoso autônomo e processo
motivacionais que se relacionam com a
sobrevivência do indivíduo, como fome, sede e sexo.
Via Mesolímbica
• Essa via conecta a área tegmental ventral (VTA) ao
cortex pré-fronta e ao sistema límbico através das
amigdalas, do hipocampo e do nucleus accumbens.
• Sabe-se que essa via é responsável por modular
respostas comportamentais e o sistema de
recompensa.
• A ação da dopamina gera euforia, estimulando a
busca por experiências semelhantes. Um aumento
nos níveis de dopamina nessa via se associa às bases
fisiopatogênicas da esquizofrenia.
Via Mesocortical
•É uma das maiores vias dopaminérgicas e liga
o VTA aos lobos frontais do cortex cerebral.
•Está relacionada ao desenvolvimento normal
das funções cognitivas, memória de trabalho,
atenção, recompensa e aprendizagem.
•Também está presente na fisiopatogênese da
esquizofrenia, porém devido à diminuição de
dopamina nessa via cerebral.
Via nigroestrital
• Inicia-se na área tegumentar ventral (ATV), pertencente à
formação reticular e à substância negra do mesencéfalo.
• Na substância negra origina-se a via nigro-estriada ou
nigroestriatal, que termina no corpo estriado, sendo muito
importante o controle da atividade motora somática.
• As lesões dessa área dão origem à Doença de Parkinson.
• Medicamentos que diminuem ou inibem a atividade esta
área causam sintomas de Parkinsonismo, que é composto
por Rigidez muscular (sinal da roda denteada),
bradicinesia e instabilidade postural.

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