Neurotransmissão

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Neurotransmissão
Tipos de transmissão sináptica

• Elétrica: onde um fluxo iônico passa da célula pré-sináptica para uma célula pós-sináptica.
• Química: o potencial de ação desencadeia a liberação de
neurotransmissores pela célula pré-sináptica na fenda sináptica.

Sinapse elétrica
• Junções comunicantes: especialização celular que conecta a
célula pré-sináptica com a célula pós-sináptica através de dois
canais transmembrânicos.
o Cada canal é formado por 6 proteínas conexina, formando
o conéxon.
o Passagem de íons e pequenas moléculas, como ATP e
pequenos mensageiros.
o Coordenação de sinalização e metabolismo entre neurônio e
células glias, assim como neurônio e neurônio.
• Fluxo passivo direto:
transmissão instantânea.
• Fluxo:
o Bidirecional: os canais
permitem que as moléculas
passem livremente de um
canal para o outro, em
qualquer direção.
o Unidirecional: passagem
apenas da célula pré-
sináptica para a célula pós-
sináptica.
• Atraso sináptico: deve-se ao
tempo que leva para o evento de
despolarização chegar até a
zona de disparo do neurônio.
o Sincronização de
populações neuronais de
células pré-sináptica e pós-
sináptica: núcleos
respiratórios no tronco,
interneurônios córtex,
cerebelo, hipotálamo,
hipocampo.

Sinapse química

• Sinalização via transmissores


químicos, cujas substâncias são
produzidas e armazenadas no
neurônio pré-sináptico e
liberada na fenda sináptica.
• Pode ocorrer entre:
o Axônio + dendritos →
sinapse axodentrítica.
o Dendrito + dendrito → sinapse dendrodendrítica.
o Axônio + soma → sinapse axossomática.
o Dendrito + soma → sinapse dendrossomática
o Axônio + axônio → sinapse axo-axônica;

Raquel Souza, 260.


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EVENTOS DE TRANSMISSÃO

• Potencial de ação invade o terminal neuronal


pré-sináptico → botão axonal → abertura de
canais de cálcio dependentes de voltagem →
fusão de vesículas na membrana plasmática
pré-sináptica → liberação de
neurotransmissores.
• Difusão de neurotransmissores na fenda →
ligação com os receptores na célula pós-
sináptica → abertura ou fechamento de
canais de membrana que alteram a
permeabilidade iônica nas células →
respostas celulares.

SÍNTESE

• Neuropeptídeos:
o São sintetizados no corpo celular
da célula e armazenados em
vesículas grandes eletrondensas
no AG.
o Os neuropeptídeos são
transportados pela proteína
cinesina para o botão axonal, por
meio de transporte ativo ao longo
dos microtúbulos.
o Medeiam repostas mais lentas.
• Neurotransmissores de baixo peso
molecular (bpm):
o Aminoácidos ou derivados de
aminoácidos.
o Medeiam respostas rápidas.
o São sintetizados no botão axonal.
➢ A partir de enzimas
produzidas no núcleo, que são
levadas para o botão axonal
por meio do transporte passivo
axonal ao longo dos
microtúbulos.
o Armazenadas em vesículas pequenas eletronlúcidas, próximas a membrana sináptica.

Raquel Souza, 260.


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LIBERAÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES

• As vesículas ficam ancoradas aos filamentos de actina por meio da proteína


sinapsina.
• O potencial de ação chega ao terminal axonal, causando uma despolarização
e, por consequência, causa a abertura de canais de Ca2+ voltagem-dependentes.
• Com o influxo de Ca2+, o íon se liga e ativa a calmodulina (CaMKII), que
fosforila a sinapsina, o que resulta na liberação das vesículas.
• Fase de iniciação:
o Ancoragem das vesículas na membrana pré-sináptica organizadas pela
SNARE.
o O Ca2+ que entra liga-se à sinaptotagmina presente na vesícula.
o Aproximação de membranas pelo complexo SNARE, pelo qual as proteínas
SNAP-25 e sintaxina da membrana plasmática da célula pré-sináptica interagem
com a proteína sinaptobrevina da membrana da vesícula.
o A sinaptotagmina ligada ao Ca2+ catalisa a fusão da membrana.

SINAPSE

• Para cada tipo de


neurotransmissor tem
vários tipos de receptores,
com diferentes
combinações de
subunidades.
• Cotransmissores em
diferentes populações de
vesículas: o botão axonal
possui diferentes
populações de vesículas e
em cada tipo de vesícula possui um neurotransmissor
diferente.
• A liberação de cada tipo diferente de vesícula depende
da frequência da estimulação:
o Uma estimulação de baixa frequência vai
induzir, preferencialmente, a liberação de
vesículas de neurotransmissores de baixo peso
molecular, já que eles estão armazenados
próximos a membrana sináptica.
o Uma estimulação de alta frequência induz a liberação dos neurotransmissores de baixo peso molecular
e de neuropeptídeos.

ARMAZENAMENTO

• Ciclo da vesícula sináptica:


o Reciclagem das vesículas tanto para impedir o aumento da
área da membrana axonal quanto para ter vesículas
disponíveis para os neurotransmissores recém-sintetizados.
o A clatrina se liga a membrana sináptica, auxiliada pelas
proteínas adaptadoras AP-2, AP-180, anfifisina, epsina, Eps-
15, iniciando o curvamento da membrana.
o A dinamina estrangula o pescoço da vesícula, liberando a
vesícula.
o A auxilina e a Hsc-70 desmontam o revestimento de clatrina,
deixando a vesícula nua.
o As vesículas então vão ser armazenadas juntas no
endossoma, cuja organela é responsável pelo brotamento de
novas vesículas que armazenam os neurotransmissores de
baixo peso molecular.

Raquel Souza, 260.


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➢ Bombas de prótons presentes no endossoma permite a entrada de H+ para o meio luminal da


organela.
➢ Um gradiente de prótons é
usado para realizar o
transporte de
neurotransmissores para
dentro das vesículas
sinápticas, através dos
trocadores de
neurotransmissores/H+.

RECAPTAÇÃO E DEGRADAÇÃO DE
NEUROTRANSMISSORES

• Três possíveis caminhos:


o Difusão para fora da sinapse.
o Recaptação por proteínas transportadoras
específicas no terminal pré-sináptico e/ou
células glias (astrócitos).
o Degradação do neurotransmissor por
enzimas específicas na fenda sináptica.
• Neurotransmissores de baixo peso molecular:
recaptação dos neurotransmissores ou
metabólitos para reutilização.

RECEPTORES

• Proteínas transmembrânicas com afinidade


pelo neurotransmissor presente na membrana
pós-sináptica.
• Alteram condutância abrindo ou fechando
canais.
• Mais de um tipo de receptor para cada neurotransmissor: variabilidade de respostas.
• Autorreceptores: as células possuem receptores para os neurotransmissores que elas mesmo liberam.
• Receptores
ionotrópicos:
o É um canal iônico:
menos seletivo.
o Resposta rápida.
o Alteração do
potencial da célula
pós-sináptica.
o 4 ou 5 subunidades:
mais variedade de
respostas.
• Receptores
metabotrópicos:
o Receptores
acoplados a
proteína G (GPCR).
o Com a ligação do neurotransmissor ao GPC, a subunidade α troca seu GDP por GTP, tornando-se ativa,
e se dissocia do complexo βγ, que também é ativado.
o Logo, as subunidades da proteína G interagem diretamente com os canais iônicos ou com enzimas, que
produzem mensageiros intracelulares que vão interagir com os canais iônicos.
o Respostas mais lentas e duradoras.
o Ativação gênica.

Raquel Souza, 260.


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POTENCIAIS PÓS-SINÁPTICAS

• A ligação do neurotransmissor com o receptor induz a abertura ou fechamento de canais iônico, o que gera
uma corrente pós-sináptica. produzindo potenciais de membrana da célula pós-sináptica (PPS) excitatório
(PPSE) ou inibitório (PPSI).
• A sinapse acontece geralmente nos dendritos ou no soma da célula pós-sináptica.
• Neurotransmissor excitatório:
o Abertura dos canais iônicos., causando uma despolarização na membrana.
o Entrada de Na+.
• Neurotransmissor inibidor:
o Abertura dos canais iônicos, causando uma hiperpolarização na
membrana.
o Entrada de Cl- ou saída de K+.

INTEGRAÇÃO SINÁPTICA

• Os íons precisam se difundirem do soma (corpo celular) ou dos


dendritos em direção à zona de disparo (cone de implantação do axônio).
• Potenciais no soma:
o São conduzidos com pequena redução e somados aritmeticamente.
o Sinapses inibitórias, geralmente.
o Potenciais nos dendritos:
o São conduzidos no soma com
decréscimo, dependendo da distância.
o Sinapses excitatórias, geralmente.

SOMAÇÃO

• Somação espacial: a célula recebe


várias sinapses de vários axônios, causando
a soma da despolarização ou
hiperpolarização.
• Somação temporal: a célula recebe
uma alta frequência de disparos de potencial
de ação de um axônio pré-sináptico,
causando a somação da despolarização ou
hiperpolarização.
• Cada neurônio recebe várias sinapses
inibitórias e excitatórias ao mesmo tempo e
a deflagração do potencial de ação depende
da soma entre a despolarização a e
hiperpolarização.

INTEGRAÇÃO NEURÔNIO-GLIA
Raquel Souza, 260.
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• Os neurônios-glia fazem parte da comunicação


neuronal.
• Embora o neurônio-glia não é excitável.
• O Ca2+ promove a liberação de gliotransmissores para
o meio extracelular, estes se ligam a neurônios-gliais ou
neurônios, modulando a atividade das células
adjacentes.
• Aumento da complexidade da interação do tecido
nervoso.

AÇÃO DE DROGAS

• Etapas da biossíntese.
• Liberação de neurotransmissores.
• Degradação enzimática.
• Recaptação de neurotransmissores.
• Sítios receptores pré e pós-sinápticos: são substâncias
agonistas ou antagonistas.

MODULAÇÃO DA ATIVIDADE SINÁPTICA

• A ativação de uma sinapse pode resultar em alterações


nos padrões de resposta, para as próximas vezes que
aquela sinapse for ativada.
o Essas alterações podem ser curtas (milissegundos) ou longas (minutos, dias, meses).
o As alterações podem contribuir para potencializar a força de uma sinapse futura ou para a suprimir
(alteração da eficácia da sinapse).
• Potencialização ou depressão a longo prazo: estímulo repetitivo de sinapses produz alterações mais
persistentes em sua eficácia de transmissão, potencializando ou deprimindo.
o Provavelmente envolve alterações pré e pós-sinápticas, como maior liberação de neurotransmissores,
aumento da sensibilidade dos receptores a esses transmissores, aumento do número de sinapses nos
dendritos e soma etc.

Raquel Souza, 260.

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