Artigo 1 - Importância Das Funções Na Engenharia
Artigo 1 - Importância Das Funções Na Engenharia
Artigo 1 - Importância Das Funções Na Engenharia
net/publication/333172197
CITATIONS READS
0 3,061
2 authors:
All content following this page was uploaded by Andréia V. R. Lopes on 17 May 2019.
RESUMO
INTRODUÇÃO
1
Universidade Federal do Pará – UFPA. E-mail: [email protected]
2
Universidade Federal do Pará – UFPA. E-mail: [email protected]
formulação dos problemas esteja numa linguagem matemática adequada
(OLIVEIRA e TYGEL, 2015).
A matemática permeia várias áreas do conhecimento, dentre elas a Física,
Química, Geologia, Biologia, Engenharias entre outras. Nestas últimas destacamos
neste trabalho aplicações da matemática nas telecomunicações.
A Classificação Brasileira de Ocupações (CBO, 2010) do Ministério do
Trabalho e Emprego, em sua terceira edição, define que a engenharia está situada
no grupo de ocupações cujas atividades principais requerem para seu
desempenho, conhecimentos profissionais de alto nível e experiência em
disciplinas como a Física, a Biologia, além de Ciências Sociais e Humanas. Dentre
suas atividades destacam-se: a de ampliar o acervo de conhecimentos científicos
e intelectuais por meio de pesquisas, aplicarem conceitos e teorias para solução de
problemas ou por meio da educação e ainda, assegurar a difusão sistemática
desses conhecimentos (MIRANDA e LAUDARES, 2011).
Entende-se que, de acordo com as competências e habilidades presentes
nas diretrizes curriculares, a Matemática torna-se indispensável na preparação do
Engenheiro para o trabalho com a tecnologia, auxiliando-o na compreensão da
realidade socioeconômica, política e cultural de seu tempo. A base da engenharia
é a Matemática e não seria possível a formação de um profissional sem sua
utilização como ferramenta de cálculos e como desenvolvimento de raciocínio
(MIRANDA e LAUDARES, 2011) (SIQUEIRA e FIRMINO, 2017).
Este trabalho apresenta, de forma breve, como os conceitos matemáticos
podem ser aplicados nas telecomunicações, desde suas funções básicas até as
mais específicas, mostrar alguns modelos matemáticos e por fim mostrar algumas
técnicas de otimização que utilizam conceitos matemáticos para aproximação de
valores ótimos para determinados coeficientes e/ou parâmetros em modelos de
radiopropagação.
Algumas funções base para a engenharia são mostradas na seção 2; as
funções especiais Gama e de Bessel e as séries de Fourier, são abordadas na
seção 3; dois modelos empíricos para a área de telecomunicação são apresentados
na seção 4 e a seção 5 conclui este trabalho.
2
Chamamos de função as expressões que buscam a associação do valor do
argumento 𝒙 a um único valor da função 𝒇(𝒙). Pode-se chamar essa função de
fórmula, relacionamento gráfico entre diagramas com a representação de dois
conjuntos, ou ainda com uma regra de associação. Onde 𝒙 é chamado de domínio
e 𝒇(𝒙) ou 𝒚 de imagem da função (LOPES, 1999).
Machado (1996) conceitua função como segue:
Quando duas grandezas x e y estão relacionadas de tal modo que para
cada valor de x fica determinado um único valor de y, dizemos que y é
uma função de x.
(MACHADO, 1996, p. 69)
Função Exponencial
Funções exponenciais tratam das funções que crescem ou decrescem muito
rapidamente, desempenhando papéis importantes na matemática, física, química e
outras áreas. São caracterizadas como uma extensão do processo de
potencialização para expoentes não inteiros (LOPES, 1999).
A função denominada exponencial possui relação de dependência e sua
principal característica é que a parte variável representada por 𝒙 se encontra no
expoente. A lei de formação de uma função exponencial indica que a base elevada
ao expoente 𝒙 precisa ser maior que 0 e diferente de 1, conforme a seguinte
notação (1).
𝒇: 𝑹 → 𝑹 𝒕𝒂𝒍 𝒒𝒖𝒆 𝒚 = 𝒂𝒙 , 𝒔𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒂 > 𝟏 𝒐𝒖 𝟎 < 𝒂 < 𝟏. (1)
A função exponencial de base 𝒂, 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙 , tem as seguintes propriedades:
𝒇(𝒙) > 𝟎 para todo 𝒙 ∈ ℝ;
𝒇(𝒙) é crescente se, e somente se, 𝒂 > 𝟏;
𝒇(𝒙) é decrescente se, e semente se, 𝟎 < 𝒂 < 𝟏;
𝒇(𝒙) é injetora;
𝒇(𝒙) é ilimitada superiormente;
𝒇(𝒙) é contínua;
𝒇(𝒙) é sobrejetora;
𝒇(𝒙) é bijetiva, isto é, possui uma função inversa chamada função
logarítmica 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙.
O gráfico de uma função exponencial permite o estudo de situações que se
enquadram em uma curva de crescimento ou decrescimento, sendo possível
3
analisar as quantidades relacionadas à curva. Em razão dessa propriedade, a
função exponencial é considerada uma importante ferramenta da Matemática,
abrangendo diversas situações cotidianas e contribuindo de forma satisfatória na
obtenção de resultados que exigem uma análise quantitativa e qualitativa. A Fig 1
mostra a curva de uma função exponencial crescente.
4
Toda função definida por 𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙, com 𝒂 > 𝟎 e 𝒂 ≠ 𝟏, sendo 𝒇: ℝ∗+ →
ℝ é denominada função logarítmica de base 𝒂. Neste tipo de função o domínio é
representado pelo conjunto dos números reais maiores que 0 e o contradomínio, o
conjunto dos reais. Alguns exemplos são mostrados em (2) até (5).
𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 𝒙 (2)
𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟏/𝟐 𝒙 (3)
𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 𝒙 (4)
𝒇(𝒙) = 𝐥𝐨𝐠 𝟐 (𝒙 − 𝟏) (5)
Seja 𝒈: ℝ∗+ → ℝ, 𝒂 ∈ ℝ∗+ , com 𝒂 ≠ 𝟏. Temos 𝒙 → 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙 com as
principais propriedades:
Se 𝒂 > 𝟏 então 𝒈 é estritamente crescente;
Se 𝟎 < 𝒂 < 𝟏 então 𝒈 é estritamente decrescente;
Sejam 𝒂 > 𝟏, 𝒙𝟏 , 𝒙𝟐 ∈ ℝ∗+ e supondo que 𝒙𝟏 < 𝒙𝟐 ; considerando
que (6) e (7).
𝒚𝟏 = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙𝟏 ↔ 𝒂𝒚𝟏 = 𝒙𝟏 (6)
𝒚𝟐 = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙𝟐 ↔ 𝒂𝒚𝟐 = 𝒙𝟐 (7)
Assim 𝒙𝟏 < 𝒙𝟐 e 𝒂𝒚𝟏 < 𝒂𝒚𝟐 . Como 𝒂 > 𝟏, segue-se que
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙𝟏 < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙𝟐 .
Para 𝒂 > 𝟏, 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙𝟏 < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙𝟐 → 𝒙𝟏 < 𝒙𝟐 ;
Para 𝟎 < 𝒂 < 𝟏, 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙𝟏 < 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙𝟐 → 𝒙𝟏 > 𝒙𝟐 ;
Para 𝒂𝐥𝐨𝐠𝒂 𝒙 = 𝒙, para todo 𝒙 em ℝ+ ;
Uma vez que 𝒂𝟎 = 𝟏, para todo 𝒂 então 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝟏 = 𝟎;
Se 𝒚 = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒙 (𝒂 > 𝟎, 𝒂 ≠ 𝟏) então pode-se resolver na forma de (8)
a (10):
𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝑨𝑩) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝑨) + 𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝑩) (8)
𝑨 (9)
𝐥𝐨𝐠 𝒂 ( ) = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝑨) − 𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝑩)
𝑩
𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝑨𝑷 ) = 𝒑 ∗ 𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝑨) (10)
A Fig 2, apresenta o gráfico da função logarítmica crescente 𝒛 = 𝒂 ∗ 𝒃 + 𝟏𝟎 ∗
𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 (𝒙). Onde mostra a perda de um sinal qualquer em relação com a distância.
5
Fig. 2. Gráfico da função logarítmica 𝒛 = 𝒂 ∗ 𝒃 + 𝟏𝟎 ∗ 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 (𝒙).
Função Polinomial
Em matemática, função polinomial é uma função 𝑷 que pode ser expressa
por (11), onde 𝒏 é um número inteiro não negativo, as variáveis da função são
expressas por (12) e os números de (13) são constantes, chamadas de coeficientes
do polinômio (GUIDORIZZI, 2001).
𝒏
(11)
𝒏 𝒏−𝟏
𝑷(𝒙) = 𝒂𝒏 𝒙 + 𝒂𝒏−𝟏 𝒙 + ⋯ + 𝒂𝟏 𝒙 + 𝒂𝟎 𝒙 = ∑ 𝒂𝒊 𝒙𝒊
𝟏 𝟎
𝒊=𝟎
𝒂𝟎 , 𝒂𝟏 , … , 𝒂𝒏−𝟏 , 𝒂𝒏 (12)
𝒙𝒏 , 𝒙𝒏−𝟏 , … , 𝒙𝟏 , 𝒙𝟎 (13)
Cada função polinomial associa-se a um único polinômio, assim as funções
polinomiais também são chamadas de polinômios. As funções polinomiais podem
ser classificadas quanto ao seu grau, e o grau de uma função polinomial
corresponde ao valor do maior expoente 𝒏 da função 𝑷(𝒙) = ∑𝒏𝒊=𝟎 𝒂𝒊 𝒙𝒊 .
Sejam 𝒇(𝒙) e 𝒈(𝒙) polinômios de graus quaisquer, temos as seguintes leis:
O grau de 𝒇(𝒙) ∗ 𝒈(𝒙) é a soma do grau de 𝒇(𝒙) e o grau de 𝒈(𝒙);
6
Se 𝒇(𝒙) e 𝒈(𝒙) têm grau diferente, o grau de 𝒇(𝒙) + 𝒈(𝒙) é igual ao
maior dos dois;
Se 𝒇(𝒙) e 𝒈(𝒙) têm o mesmo grau, o grau de 𝒇(𝒙) + 𝒈(𝒙) é menor ou
igual ao grau de 𝒇(𝒙);
Quando 𝒏 = 𝟏 temos funções polinomiais de grau 1 ou funções afim.
Logo 𝑷(𝒙) = 𝒂𝟎 𝒙𝟎 + 𝒂𝟏 𝒙𝟏 = 𝒂𝟎 + 𝒂𝟏 𝒙 e se 𝒂𝟎 = 𝟎, a função é
chamada de função afim linear;
Quando o maior expoente de 𝒏 = 𝟐, é definida como função
quadrática, seu gráfico é uma parábola e expressa por 𝒇(𝒙) = 𝒂𝒙𝟐 +
𝒃𝒙 + 𝒄;
É nulo quando todos seus coeficientes forem iguais a 0 e é dita função
constante.
a) 𝒚 = 𝒙 + 𝟓 b) 𝒚 = 𝒙𝟐 + 𝟓
7
FUNÇÕES APLICADAS A ENGENHARIA: Funções Especiais
Nessa seção serão discutidas de forma breve algumas das chamadas funções
especiais da matemática. Em teoria, essas funções compreendem um ramo da
matemática de importância fundamental para cientistas e engenheiros realmente
envolvidos com cálculos matemáticos (OLIVEIRA e TYGEL, 2015).
Função Gama
Uma das mais simples e importantes funções especiais é a função gama, cuja
teoria é um pré-requisito para o estudo de muitas outras funções especiais, entre
elas as funções de Bessel. É uma extensão da função fatorial para o conjunto dos
números reais e complexos, com argumento subtraído em 1. (OLIVEIRA e TYGEL,
2015) (VILCHES, 2010).
Para 𝒙 > 𝟎, a função gama é comumente definida por (14). E esta integral
imprópria converge para todo 𝒙 > 𝟎, e converge uniformemente no intervalo 𝜹 ≤
𝒙 ≤ 𝑳, para quaisquer 𝜹 > 𝟎 e 𝑳 > ∞; portanto 𝚪(𝒙) é contínua para todo 𝒙 > 𝟎.
∞
(14)
𝚪(𝒙) = ∫ 𝒕𝒙−𝟏 ∗ 𝒆−𝒕 𝒅𝒕
𝟎
Atenta-se que a função gama satisfaz a seguinte equação funcional (15) para
todo 𝒙 > 𝟎. E esta observação explica o porquê da função gama ser considerada
uma extensão do fatorial.
𝚪(𝒙 + 𝟏) = 𝒙 ∗ 𝚪(𝒙) (15)
Um exemplo da função gama e sua inversa é apresentado no gráfico da Fig
4.
8
Função de Bessel
A função de Bessel foi definida pela primeira vez por Daniel Bernoulli e
generalizada por Friedrich Bessel. E são certas soluções da equação diferencial
linear de segunda ordem (16) (OLIVEIRA e TYGEL, 2015).
𝒙𝟐 𝒚′′ + 𝒙𝒚′ + (𝒙𝟐 − 𝒑𝟐 )𝒚 = 𝟎 (16)
Onde 𝒑 é um parâmetro e pode assumir qualquer valor complexo, porém, para
evitar a necessidade de utilização da teoria das funções de variáveis complexas,
restringimos então, os valores de 𝒑 aos reais.
Como a função de Bessel é obtida a partir da solução de uma equação
diferencial de 2ª ordem, esta deve possuir duas soluções linearmente
independentes (FIGUEIREDO, 1997). Neste caso, são denominadas funções de
Bessel de 1ª e de 2ª espécie, sendo a 2ª também conhecida como função de Bessel
Neumann.
O método de Frobenius aplicado à (16) para a construção de soluções da
forma de (17) e supondo ainda, que não há perda de generalidade, 𝒑 ≥ 𝟎, chega-
se a função de Bessel de primeira espécie de ordem 𝒑 em (18). Para 𝒑 = 𝟎.
∞
(17)
𝒚(𝒙) = 𝒙 ∑ 𝒂𝒏 𝒙𝒏
𝒔
𝒏=𝟎
∞
𝒙 𝒑 (−𝟏)𝒏 (𝒙⁄𝟐)𝟐𝒏 (18)
𝑱𝒑 (𝒙) = ( ) ∑
𝟐 𝒏! 𝚪(𝐩 + 𝐧 + 𝟏)
𝒏=𝟎
9
∞
𝒙 𝒑 (−𝟏)𝒏 (𝒙⁄𝟐)𝟐𝒏 (19)
𝑱−𝒑 (𝒙) = ( ) ∑
𝟐 𝒏! 𝚪(−𝐩 + 𝐧 + 𝟏)
𝒏=𝟎
10
a) Função de Bessel de 1ª espécie b) Função de Bessel de 2ª espécie
11
𝝏𝓙𝒊 𝟏 𝝏𝓔 𝝏𝟐 𝓔 (27)
𝛁 𝟐 × 𝓔 = 𝛁 × 𝓜𝒊 + 𝝁 + 𝛁𝒒𝒗𝒆 + 𝝁𝝈 + 𝝁𝜺 𝟐
𝝏𝒕 𝟑 𝝏𝒕 𝝏𝒕
E de maneira análoga, tem-se a equação da onda para o campo magnético
em (28).
𝟏 𝝏𝓜𝒊 𝝏𝓗 𝝏𝟐 𝓗 (28)
𝛁 𝟐 × 𝓗 = −𝛁 × 𝓙𝒊 + 𝝈𝓜𝒊 + 𝛁𝒒𝒗𝒎 + 𝜺 + 𝝁𝝈 + 𝝁𝜺 𝟐
𝝁 𝝏𝒕 𝝏𝒕 𝝏𝒕
Tomando especificamente um meio sem perdas (𝝈 = 𝟎), livre de fontes (𝓙𝒊 =
𝒒𝒗𝒆 = 𝓜𝒊 = 𝒒𝒗𝒎 = 𝟎) e fazendo um tratamento em coordenadas cilíndricas, temos
(29).
̂ 𝝆 ∗ 𝚬𝝆 (𝝆, 𝝓, 𝔃) + 𝚨
𝚬(𝝆, 𝝓, 𝔃) = 𝚨 ̂ 𝝓 ∗ 𝚬𝝓 (𝝆, 𝝓, 𝔃) + 𝚨
̂ 𝔃 ∗ 𝚬𝔃 (𝝆, 𝝓, 𝔃) (29)
Tomando um escalar 𝝍(𝝆, 𝝓, 𝔃) e aplicando o método de separação de
variáveis, tem-se (30).
𝝍(𝝆, 𝝓, 𝔃) = 𝓯(𝝆) ∗ 𝓰(𝝓) ∗ 𝓱(𝔃) (30)
E ao restringir o problema, temos em (31) a equação de Bessel para 𝓯(𝝆).
𝟐
𝒅𝟐 𝓯 𝒅𝓯 (31)
𝝆 𝟐
+ 𝝆 + [(𝜷𝝆 )𝟐 − 𝓶𝟐 ] ∗ 𝓯 = 𝟎
𝒅𝝆 𝒅𝝆
𝟏 𝒅𝟐 𝒈
Sendo − 𝓶𝟐 = 𝒈 𝒅𝝓𝟐 . Simplificando (31), recai-se em uma equação
12
terrestres e é um dos utilizados para a Tv Digital. Este modelo permite a
determinação da intensidade de campo 𝓔, em dB 𝝁𝟏 , em função da distância. É
representado por (32). Onde 𝒇 é a frequência em MHz.
𝑳𝒃 (𝒅𝑩) = 𝟏𝟑𝟗, 𝟑 + 𝟐𝟎 𝐥𝐨𝐠 𝟏𝟎 (𝒇) − 𝓔 (32)
Para obter 𝓔, usa-se (33), onde (𝒉𝒕𝒆 ) e (𝒉𝒓𝒆 ) são a altura das antenas
transmissoras e receptora, 𝒅 é a distância do transmissor ao receptor em km e 𝒃 é
um fator de correção dependente de (𝒉𝒕𝒆 ).
ℰ = 69,82 − 6,16 log10 (𝑓) + 13,82 log10 (ℎ𝑡𝑒 ) + 𝑎(ℎ𝑟𝑒 ) − (44,9 (33)
− 6,55 log10 (ℎ𝑡𝑒 ))(log10 𝑑)𝑏
CONCLUSÃO
O ensino da matemática é muito importante para os cursos na área de exatas,
no caso dos cursos de engenharia e, mais especificamente, no curso de engenharia
de telecomunicações a fundamentação matemática é o alicerce de ensino.
Neste trabalho abordamos como o uso das funções matemáticas está
presente nessa área da engenharia. Tanto de funções básicas, como as polinomiais
que utilizadas nos cálculos de áreas e distâncias; logarítmicas, que são utilizadas
na formulação de modelos; exponenciais que se enquadram em curvas de
crescimento e decrescimento. Como nas funções especiais, que estão aplicadas
diretamente na equação da onda como no caso da função de Bessel; e o uso da
13
função gama, cuja teoria é pré-requisito para as funções de Bessel. Assim como
também mostraram dois modelos de radiopropagação para ambiente outdoor,
modelo da Recomendação ITU-R P.1546-5 utilizado para TV Digital; e o modelo
indoor para faixa de 10 GHz, onde pode ser utilizado para o estudo da propagação
do sinal em ambientes internos na 5ª Geração de Telefonia Móvel – 5G.
REFERÊNCIAS
14
VILCHES. M. Equações Diferenciais: Métodos de Séries I. Rio de Janeiro: IME.
2010. 149 p.
15