Minibook EdiCase - Memória - Jan24

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Distribuição 100% gratuita - Clube de Revistas

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EdiCase Publicações
Publisher
Joaquim Carqueijó

Redação
Matilde Freitas (MTB 67769/SP)
Laleska Diniz

Revisora
Gabriele Lisboa

Design
Lais Magalhães | be.net/laismagalhaes8
Julio Cesar Prava | be.net/juliocesarprava

Edição de Áudio
Antonio Pedro Magalhães

Imagens meramente ilustrativas


Créditos: Shutterstock e Adobestock

Título
Minibook Memória

ISBN
978-65-5474-200-9

Assuntos
Saúde, memória, cérebro, saúde mental, memorização
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ALIMENTOS QUE FAZEM


BEM AO CÉREBRO

Nutricionista explica como a alimentação


contribui para o funcionamento cerebral
O cérebro é responsável pelo funcionamento de todo
o corpo e, a fim de que ele exerça corretamente a sua
função, é preciso investir em uma boa alimentação. “A
nutrição adequada e as mudanças no estilo de vida,
inclusive exercícios físicos e mentais, podem contribuir
bastante para o bom funcionamento do cérebro, além de
facilitar a captação de neurotransmissores essenciais à
memória”, explica a nutricionista Carla de Andrade.

Lembrando que a boa alimentação deve começar


na infância e se estender por toda a vida. A seguir, a
nutricionista Carla de Andrade lista quais alimentos
oferecem benefícios ao cérebro. Confira!
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Gema de ovo
Contém uma vitamina chamada colina, que ajuda a
melhorar a memória. Estudos indicam que a deficiência
de colina pode estar associada à doença de Alzheimer. O
ovo pode ser introduzido na alimentação a partir dos 8
meses de idade.

Peixes como salmão,


anchova, sardinha,
atum e arenque
Além de esses alimentos serem fortes antioxidantes,
também são fontes de ácidos graxos e ômega 3, que
auxiliam no desenvolvimento cerebral. Os peixes podem
ser introduzidos na alimentação a partir dos 9 meses de
idade, mas com cuidado, pois podem causar alergias.

Mamão, manga, pêssego,


cenoura e abóbora
São alimentos fontes de betacaroteno (pigmento
natural) e antioxidantes, que combatem o
envelhecimento celular. Podem ser introduzidos na
alimentação a partir dos 6 meses de vida.

Morango, cereja,
framboesa, amora, pitanga,
melancia e tomate
Possuem antioxidantes que combatem os radicais livres
(moléculas liberadas pelo metabolismo do corpo) e
auxiliam na melhora da memória. Essas frutas podem ser
introduzidas na alimentação a partir dos 6 meses de idade.
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Castanhas, nozes,
amêndoas, avelãs
e amendoim
Além de serem ricos em vitaminas, esses alimentos
possuem altas quantidades de antioxidantes e de
um micronutriente chamado selênio. Eles podem ser
introduzidos na alimentação a partir de 1 ano de idade,
mas com cautela, visto que podem causar alergias.

Chá-verde
Contém dopamina, ótima substância para a memória e
para a concentração.

Carnes, grãos integrais,


leguminosas, leite e derivados
Fontes de vitaminas do complexo B. Eles ajudam a
regular a transmissão entre os neurônios. Na carne
vermelha, você também encontra o ferro, que pode
colaborar para a boa memória. Todas essas opções
podem ser inseridas na alimentação a partir dos 7 meses
de idade.
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8 HÁBITOS QUE
MELHORAM A SAÚDE
DO CÉREBRO
Veja atitudes que ajudam a garantir
o bom funcionamento cerebral
para evitar problemas futuros
Por Manoella Bittencourt

Em meio a um turbilhão de informações, às multitarefas


e às pressões do cotidiano, muitas vezes negligenciamos
o que nos guia em todas as nossas ações: o cérebro. Com
sua rede complexa de bilhões de neurônios, ele controla
nossos pensamentos, emoções, memórias e nossas
funções corporais mais básicas.

Por isso, além de uma alimentação saudável, confira outros


8 hábitos que garantem a saúde e o bom funcionamento
do cérebro, essencial para uma vida plena, repleta de clareza
mental, aprendizado eficiente e bem-estar emocional.
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1. Pratique exercícios
físicos regularmente
A atividade física regular estimula o fluxo sanguíneo e
aumenta a oxigenação do cérebro, promovendo a saúde
cerebral. De acordo com o neurologista clínico Christiano
Tanuri, quando estimulamos o nosso cérebro com
exercícios, criamos redes de conexão “que estimularão
outras áreas cerebrais, ampliando a capacidade dele
em se adaptar ou criar estratégias que melhorem o
desempenho durante uma atividade intelectual”.

2. Tenha boas noites de sono


Dormir o suficiente é essencial para o cérebro se
recuperar e consolidar a memória. Procure ter uma
rotina de sono regular e de qualidade, com cerca de 7 a
8 horas de sono por noite.

“Sono é uma necessidade do organismo como outra


qualquer: comer, beber água, eliminações fisiológicas,
entre outras. É um estado de comportamento do
cérebro, em que cada pessoa possui o seu ritmo
biológico e uma necessidade. O sono de uma pessoa
não deve ser comparado com o de outra”, explica
Danielle Cogo, especialista em sono e consultora da
Philips Avent.

3. Evite o consumo
excessivo de álcool
O consumo excessivo de álcool pode causar danos ao
cérebro. “Apenas duas pequenas doses de uma bebida
alcoólica podem causar alterações nas áreas cerebrais
responsáveis pelo processamento de informação”, diz o
Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião e neurocientista do
Hospital das Clínicas de SP.
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4. Mantenha-se hidratado
A desidratação pode afetar negativamente o
funcionamento do cérebro. Consumir a quantidade
sugerida de água é importante para manter o bom
desempenho da função cognitiva (responsável pela
aquisição de conhecimento), prevenindo sintomas como
cansaço, falta de atenção e falha na memória.

5. Não fume
Fumar tabaco está associado a vários problemas de
saúde, incluindo danos ao cérebro. É recomendado
buscar ajuda de uma equipe multidisciplinar para cessar
o hábito e evitar o fumo passivo. “O ato de fumar leva ao
organismo inúmeras toxinas que afetam negativamente
o sistema imunológico da pessoa, deixando-a mais
debilitada”, explica a psicóloga Carine Eleutério.

6. Estimule o seu cérebro


Desafie o cérebro regularmente com atividades que
exigem pensamento crítico, como jogos de tabuleiro,
quebra-cabeças, leitura, aprendizado de novas
habilidades ou idiomas. “Quanto mais você repetir uma
atividade, mais a estrutura do seu cérebro muda para
se tornar eficiente nela”, afirma Werther Busato, médico
clínico, especializado em Medicina Preventiva e Saúde
do Trabalho.

Ele explica que a introdução de um novo costume


gera a produção de dopamina, conhecida como um
dos hormônios da felicidade. “Sabemos que o nosso
transmissor de dopamina é o responsável pela nossa
sensação de prazer e recompensa, sendo de extrema
importância para nossa sobrevivência”, acrescenta.
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7. Gerencie o estresse
O estresse pode afetar negativamente a saúde cerebral.
Por isso, encontre maneiras saudáveis de lidar com ele.
“[É preciso fazer] a manutenção de um programa de
atividades físicas regulares, especialmente as aeróbicas;
tirar férias do trabalho com regularidade; sorrir, pois o
riso é a face visível do bom humor, o riso faz bem à saúde
e o sorriso faz bem à mente; a estruturação do tempo,
pois a organização das tarefas e do merecido descanso
nos ajuda a reduzir o estresse; e a yoga, que tem sido
recomendada como uma técnica para auxiliar no controle
do estresse e outros problemas de saúde”, enumera o
endocrinologista Dr. Danilo Höfling.

8. Cultive boas relações


Manter uma vida social ativa ajuda a estimular o
cérebro e pode contribuir para a prevenção de doenças
neurodegenerativas, isto é, aquelas que afetam os
neurônios. Portanto, interaja com amigos, familiares e
participe de atividades em grupo.
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CONHEÇA OS
BENEFÍCIOS DO
BEIJO PARA A
SAÚDE CEREBRAL
Gesto afetuoso provoca diversas reações
no organismo e estimula a produção
de hormônios do bem-estar
Por Manoella Bittencourt

Além de ser uma linda troca afetiva entre as pessoas, o


beijo pode impactar de forma positiva a saúde mental
e cerebral. Segundo a neurociência, esse ato reduz
os sintomas da ansiedade e da depressão, além de
estimular a produção de hormônios do bem-estar.
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Relação entre o beijo


e o cérebro
O beijo é um ato carinhoso e íntimo que tem sido objeto
de estudo de diversas áreas do conhecimento, incluindo
a neurociência.

“O simples ato de trocar olhares com alguém por quem


sentimos atração física e afetiva é capaz de ativar
a vontade de beijar em nosso cérebro. Isso ocorre
porque as imagens visuais são processadas pelos lobos
occipitais [principal centro de processamento visual] e
refletem para o sistema límbico, que é responsável pelas
emoções”, diz o Dr. Fernando Gomes do Hospital das
Clínicas da USP e autor do livro Neurociência do Amor.

Durante o momento que antecede o beijo, áreas


específicas do cérebro precisam ser desativadas para que
outras possam ser ativadas, como a área tegmental ventral
no cérebro masculino, que é responsável pelo prazer.

Diversos sentidos
são ativados
As regiões do cérebro envolvidas na percepção sensorial
do beijo incluem o paladar, o tato, além das informações
sobre a temperatura, a umidade e o olfato da boca. “A
boca é uma região considerada erógena [que causa
prazer sexual] por ter uma densidade nervosa elevada,
levando informações importantes para o cérebro. O
olfato, por exemplo, participa do processo de maneira
inconsciente […]”, explica o neurocirurgião. Portanto,
a junção de reações do beijo está relacionada com o
processo de memória e de prazer.
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Sensação de pertencimento
e intimidade
O beijo é capaz de acionar o circuito cerebral do prazer
com a liberação de dopamina no sistema mesolímbico
dopaminérgico (via relacionada com o comportamento
normal de recompensa). A formação de vínculo também
está associada à diminuição da necessidade de ocupar
um espaço fixo único, ou seja, permitir que outro corpo
tenha acesso.

Outras sensações
provocadas pelo beijo
O beijo também aciona o sistema nervoso autônomo
simpático (sistema de excitação), levando a um aumento
da frequência respiratória, da frequência cardíaca e da
pressão arterial, conforme menciona o especialista.

Na sequência, aciona-se o sistema nervoso autônomo


parassimpático, responsável por uma sensação de
calma. O médico contextualiza que as emoções são
influenciadas pela atividade cerebral relacionada ao
beijo, a partir do momento em que algumas informações
remetem a memórias afetivas anteriores.

O beijo e a saúde
Doenças que afetam os neurônios podem minimizar a
possibilidade de experienciar um beijo no estado pleno,
como é o caso do AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Para ter uma troca ativa e satisfatória, é importante


que o sistema nervoso esteja saudável e funcionando
plenamente.

“No entanto, mesmo uma pessoa doente pode


experimentar um papel importante do beijo no processo
de recuperação e cura, acionando circuitos cerebrais
relacionados ao reforço positivo”, avalia o especialista.
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DESCUBRA COMO
FUNCIONA A
MEMÓRIA E FORMAS
DE EXERCITÁ-LA
Neurologistas explicam a relação entre
memória, envelhecimento e algumas doenças
Um brinquedo preferido, o cheiro da comida da avó,
aquela viagem incrível, o primeiro beijo… A vida é
formada por muitas memórias, e são elas que formam
nossa experiência de vida. Contudo, nem sempre
paramos para pensar como tudo é armazenado e
processado pelo cérebro. O que nos faz lembrar de certas
coisas e esquecermos de outras?

De acordo com a neurologista Carla Jevoux, membro


da Academia Brasileira de Neurologia, a memória é
composta por vários sistemas cerebrais diferentes. Esses
sistemas realizam diversas funções, como aquisição,
armazenamento e evocação das formações adquiridas.
“Alguns mecanismos moleculares envolvidos na formação
dessas memórias estão em estudo. A descoberta
desses mecanismos permitiria o desenvolvimento de
medicamentos para melhorar a memória”, esclarece.
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Atualmente, os medicamentos disponíveis são para
pessoas que já têm o diagnóstico de síndromes como
o Alzheimer. “No entanto, sabemos que uma região do
cérebro chamada hipocampo [envolvido na formação
das memórias] é especialmente importante, bem
como as vias que chegam e que saem do hipocampo”,
acrescenta a profissional.

Tipos de memória
São dois os tipos de memória: uma delas guarda os fatos
recentes, como o que fizemos hoje ou há alguns dias, que
é denominada memória de curto prazo. A outra guarda
nossas lembranças, fatos que aconteceram durante toda a
nossa vida, chamada memória de longo prazo.

“Existe um subtipo da memória de curto prazo,


chamado memória de trabalho, que funciona como
se fôssemos um computador on-line, permitindo a
manipulação em tempo real das informações. Sem ela,
não conseguiríamos, por exemplo, guardar um número
de telefone que acabamos de ouvir”, complementa o
Dr. André Felício, neurologista e membro da Academia
Brasileira de Neurologia.

Por que perdemos


a memória?
Em primeiro lugar, é importante frisar que
esquecimentos eventuais são comuns e, em maior e ou
menor grau, acontecem com todo mundo. Porém, os
casos frequentes, conhecidos como perda de memória
e que atrapalham mais a rotina, apresentam como
principal causa o envelhecimento ou algumas doenças,
como o Alzheimer.

“Sabemos que a diminuição da memória pode agir como


sintoma de várias outras doenças neurológicas e clínicas,
como hipotireoidismo [deficiência de hormônios da
tireoide] e hipovitaminose B12 [deficiência de vitamina
B12)], bem como parte do envelhecimento normal”,
explica Carla Jevoux.
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Relação entre memória


e envelhecimento
A neurologista comenta que, com o avançar da idade,
há menor prontidão da memória e alterações no
pensamento e raciocínio. Além disso, há mudanças na
linguagem, como a dificuldade para “encontrar a palavra
exata”, que são próprias do envelhecimento normal.

Outras doenças que


afetam a memória
Outros tipos de problemas de saúde também podem
afetar a memória. “Indivíduos com doença de Parkinson
podem apresentar pior desempenho em testes de
memória, orientação e abstração. Em pacientes com
acidente vascular cerebral, a memória é o domínio mais
afetado, sendo a memória recente o mais prejudicado”,
explica a médica.

É possível exercitar
a memória?
O neurologista André Felício afirma que o cérebro é
ávido por informação, ou seja, quanto mais lemos,
estudamos e pensamos, mais estimulamos as conexões
entre os neurônios.

“As pessoas com atividade intelectual intensa


estabelecem mais sinapses entre os neurônios, ou
seja, estimulam a formação de pontos de contato que
permitem que os neurônios se comuniquem uns com
os outros. Desse modo, é correto pensar que, quanto
mais estímulos, mais sinapses são estabelecidas e mais
memória nova é armazenada”, complementa Carla
Jevoux. Pessoas que estudam muito apresentam falhas
de memória mais tarde e mais lentamente.
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