Logistica - Materiais e Armazenamento Aula 2
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ARMAZENAMENTO
AULA 2
CONTEXTUALIZANDO
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recebido na empresa, bem como quais testes da qualidade serão necessários
para aprovar o item comprado e, por fim, como os produtos devem ser
movimentado entre as áreas. Isso justifica dedicarmos esse momento para
estudarmos estes temas e compreendermos como tais atividades podem auxiliar
a empresa e agregar valor ao produto ou serviço que oferece ao seu público-
alvo.
TEMA 1 – COMPRAS/SUPRIMENTOS
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1.1 Características dos setores de Compras
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• Comprador de material indireto: responsável por abastecer a empresa
dos demais itens, como os materiais de expediente, de uso e consumo,
escritório, limpeza, EPIs, entre outros.
• Comprador de ativo imobilizado e ferramentas: responsável por
adquirir máquinas e equipamentos e itens de ferramentaria,
principalmente para industriais ou para compras governamentais.
• Comprador de importados: embora muitas empresas já possuam
setores especializados em importação e exportação (chamados de
Comex), outras ainda mantêm a atividade de importação junto ao setor de
compras.
• Comprador de serviços ou gestão de contratos: essas atividades são
muito importantes para muitas organizações e, por isso, é comum
encontrar compradores especializados nessas atividades.
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deve estar envolvido desde o início do
processo.
Ordem de
Itens para produção
produção Ordem de
montagem
Gestão de
materiais Ordem para
terceiros
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A Figura 1 evidencia que há diferentes formas de repor os materiais em
uma organização, em que o primeiro caso (itens para produção) representa as
indústrias e as compras de matérias-primas e insumos, e o segundo caso (itens
para revenda) representa os varejistas, em que o grande volume de compras
são de produtos acabados prontos para revenda.
Para repor os itens, o gestor de materiais precisa conhecer as
perspectivas de venda e de produção da empresa para que possa programar as
compras, produção, montagem ou ordem de fabricação para terceirizados, ou
seja, ele precisa saber “o que” comprar. Sendo assim, ele terá contato
constante com a área comercial e marketing que são os responsáveis pela
previsão de vendas e, também, com o encarregado pelo Planejamento,
Programação e Controle da Produção (PPCP), que constrói o Plano Mestre de
Produção o qual determinará “quando” cada matéria-prima precisa chegar na
empresa. Depois do acordo com esses setores, o gestor de materiais estará apto
a programar as compras, informando ao comprador as duas primeiras
premissas: o que comprar e quando comprar. E quanto comprar?
Para responder a essa pergunta, temos que saber que as empresas
utilizam modelos matemáticos sistematizados que consideram as previsões de
vendas, as estatísticas dos últimos períodos e os lotes econômicos de compra e
de fabricação também. Como estamos tratando da gestão de estoques e
armazenagem, conheceremos o Lote Econômico de Compras (LEC), a qual é
uma metodologia útil para comparação das quantidades adquiridas.
O conceito do LEC defende que existe uma quantidade ótima a ser
adquirida em cada pedido, em que os custos diretamente proporcionais e os
custos inversamente proporcionais se equiparam. Por imposições/restrições do
fornecedor ou até mesmo para aproveitar promoções, os compradores compram
mais do que o necessário. Assim, calcula-se o LEC para ter essa quantidade
para comparação. O cálculo é simples e grande parte dos sistemas
informatizados de gestão de estoques já o trazem, no entanto, o gestor necessita
saber quais elementos estão envolvidos na determinação do LEC.
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Quadro 2 – Equação para calcular o LEC
Equação Elementos
Q = Quantidade do lote
Cp = Custo de preparação (obtenção)
D = Demanda
CA = Custo de armazenagem
i = Taxa de juros correntes
P = Preço que será pago ao fornecedor
OU
***Lembre-se que (CA + i x P) representa o
Custo de Carregamento (Cc), então, pode
aparecer já calculado como Cc***
Resolução:
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Depois de encontrar o LEC, aplica-se a quantidade encontrada na fórmula
do Custo Total. Os autores recomendam aplicar a fórmula do Custo Total do
Estoque para visualizar o efeito do LEC.
Ações Aplicação
CT = R$ 8.098,52
CT = R$ 8.098,53
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encontrou-se o valor de R$ 8.098,53, ou seja, praticamente não houve
alteração. Logo, pequenos arredondamentos não interferem no LEC.
d) No custo total para o LEC arredondado, os custos diretamente
proporcionais (R$ 424,50/ano) e os custos inversamente proporcionais
(R$ 424,03/ano) também ficaram praticamente iguais.
Ações Aplicação
CT = R$ 8.240,00
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quantitativa e qualitativa; e classificação e unitização”. Conheceremos as
características dessas atividades a seguir.
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embalagens tenham códigos de barras, e a empresa tenha a tecnologia
necessária para isto.
No outro método, o qual pode ser chamado de convencional, o conferente
tem acesso ao pedido de compras e à nota fiscal. A partir disso, ele conta,
confere os itens e encaminha as informações ao responsável pelo registro. Neste
modelo, o colaborador deve estar bem qualificado e consciente da importância
da sua tarefa, pois, na prática, a empresa depende da sua competência e ética
para realizar a conferência corretamente.
Após o conferente realizar sua atividade, parte do material (ou todo o lote,
depende do criticidade do item) é segregado em área apropriada para aguardar
a avaliação da qualidade, a qual será realizada por um colaborador qualificado.
Essa avaliação será realizada para aferir se os produtos recebidos atendem às
especificações técnicas previamente acordadas entre a empresa cliente e seu
fornecedor. No caso de matérias-primas, lembre-se que impacta diretamente no
produto final, por isso é comum que diversos elementos façam parte da
especificação técnica que os fornecedores precisam atender. Se for matéria-
prima para processamento, como madeira, metal, plástico, couro, papelão, entre
outros, pode ser necessário verificar o dimensional, cor, odor, espessura,
composição química, dureza, maleabilidade, entre tantos outros.
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Para que o fornecedor saiba o que é preciso atender durante o processo
de desenvolvimento e homologação dele, a empresa cliente disponibiliza todas
as informações necessárias para que sejam produzidos lotes pilotos ou amostras
para testes, antes do início do fornecimento. Assim, quando o CQ for avaliar os
produtos recebidos, já sabe exatamente quais parâmetros terá que conferir.
Essa sistemática também se aplica para produtos prontos para revenda,
que é o caso dos varejistas. Isto porque os produtos de produção nacional ou
importados precisam atender alguns requisitos, como do Inmetro (Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), o qual é responsável por
avaliar a conformidade dos produtos que estão à venda para a população.
A título de conhecimento, saiba que o CQ avalia os produtos recebidos
por meio de testes físicos, dimensionais, alguns até destrutivos e também testes
de laboratório. Para isso, utilizam recursos como equipamentos metrológicos
(paquímetros, micrômetros, relógios apalpadores e comparadores, calibradores,
medidores de espessura, esquadros e outros), normas internacionais,
regulamentos técnicos e muitos outros.
Depois que o produto está liberado, entra em cena mais uma atividade de
intralogística: a movimentação de materiais, também chamada de transporte
interno, em que os produtos podem ser movimentados diretamente para a linha
de produção, para a área de vendas ou para área de armazenagem.
A movimentação é uma atividade constante nas empresas que utilizam
materiais para produção ou produtos para venda, o que significa que os materiais
são movimentados com frequência, exigindo planejamento para evitar conflitos.
A seguir, serão apresentadas algumas características desses três destinos dos
materiais recebidos.
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supermercados e lojas de departamento. Neste caso, pense esse tipo de
empresa como “grandes estoques enfeitados/organizados para promover
venda”. Assim, a movimentação ocorre dos bastidores para a área de circulação
de clientes e não pode ocorrer o dia todo, e sim antes dos clientes chegarem à
loja. A quantidade movimentada para as áreas de vendas precisam ser
calculadas para não faltar, evitando um conceito que já conhecemos: a ruptura
de gôndola.
No entanto, se a matéria-prima ou o produto para venda não for para
consumo e uso imediato, ele será movimentado para o espaço de armazenagem,
que pode ser o depósito, o armazém ou um centro de distribuição (CD). Nestes
ambientes, podemos compreender a movimentação de materiais como uma das
principais atividades, porque, nesse tipo de negócio, o objetivo é a gestão de
estoques físicos. Assim, a movimentação de materiais é constante e, em alguns
casos, ocorre 24 horas por dia.
Considerando que a movimentação de materiais faz parte da rotina de
empresas que possuem estoques, é preciso que elas estejam organizadas para
comportar essa atividade, a qual precisa ser realizada de maneira que contemple
eficiência, eficácia e produtividade. Diante disso, o profissional de logística
precisa conhecer os princípios que tornam a movimentação de materiais, uma
atividade eficiente e de qualidade.
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Quadro 5 – Princípios da movimentação de materiais
Leis da movimentação
TROCANDO IDEIAS
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NA PRÁTICA
Resolução:
FINALIZANDO
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itens para evitar que produtos com defeito adentrem a empresa e sejam
mantidos em estoque. E, por fim, estudamos sobre a movimentação de materiais
e conhecemos alguns dos seus princípios.
Com o estudo desses temas, atingimos o objetivo proposto inicialmente,
que era conhecer algumas características do setor de compras, além de algumas
atividades decorrentes do processo de compras. Sendo assim, desejamos bons
estudos e até a próxima!
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REFERÊNCIAS
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