Curso Selos Flowserve

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Consulta técnica na Instalação de

Selos Mecânicos

Serviços Educacionais
Serviços Educacionais

2
OLOGIA E
INSTALAÇÃO DE
SELOS MECÂNICOS

Índice Página

Introdução 3

Endereços 4

Bombas Centrífugas 5

Bomba Centrífuga Típica Química 5

Bomba Centrífuga Típica Refinaria 7

Bomba Centrífuga Típica Papel&Celuluose 9

Gaxetas 10

Como Trabalha um Selo Mecânico 11

Selos Simples 12

Selos Duplos 17

Balanceamento 20

2
Controles Ambientais 21

Planos de selagem ANSI / API 22

Lubrificação De Mancais 43

Verificações Para Um Melhor Desempenho 44

Condições Mecânicas Do Equipamento 45

Instalação De Selos Mecânicos 48

Análise De Problemas 54

Introdução

O modo de fazermos nosso negócio é mudar sempre por um bom número de


razões. Atualmente estão nos impactando a competição global, a Lei do Ar
Limpo da EPA (​Enviromental Protection Agency​) e os requisitos de
gerenciamento de segurança de processo da OHSAS.

A maioria das bombas são equipadas com selos mecânicos. Se algum deles
vaza, pode ferir talvez um dos artigos da EPA, mas certamente alguma
produção será perdida enquanto estiver sendo reparado. Isto custa dinheiro e
nos atinge na competitividade. Por outro lado, se aumentarmos a vida útil do
selo nós estaremos incrementando o tempo de operação da bomba, satisfazendo

3
as regulamentações do governo e reduzindo os nossos custos. Isto nos ajuda a
sermos mais competitivos.

“Muito temos nos preocupado com a criação de corpos técnicos capazes de


distinguir as varias tecnologias, e formularem seus próprios conceitos para
criação da excelência na industria brasileira, esperamos contribuir para a
difusão do conhecimento, e cada vez mais a criação da inteligência coletiva
na nossa industria”.

“Há bastante tempo notamos uma lacuna quando analisamos nossas


estruturas, nos preocupa o fato de não estarmos formando a quantidade de
técnicos necessários para o crescimento da industria, tentaremos esclarecer
gradativamente as duvidas mais freqüentes e com isso criar um ambiente
onde consigamos elaborar nossos próprios conceitos”.

“Muito se explora do fato de 69% das falhas de equipamentos rotativos se


darem por problemas de sistemas de selagem, mas pouco se fala que 40% são
por motivos operacionais, 24% por problemas mecânicos, 19% pelo projeto
dos planos API e apenas 9% por componentes dos selos mecânicos,
esperamos que com mais este curso da serie que a Flowserve ministra criar a
consciência coletiva para encontrar as soluções”.

Flávio Henrique de Medeiros 10/06/2002 – E-mail: [email protected]

Endereços

4
FLOWSERVE LTDA.
FLOW SOLUTIONS DIVISION
BRASIL

Rua Tocantins, 128 CEP 09580-130 São Caetano do Sul – SP


Telefone (11) 4231 6300 Fax (11) 4231 6386

Av. Santos Dumont, 7345 CEP 42700-000 Lauro de Freitas – BA


Telefone (71) 3379 1341 Fax (71) 3379 1983

Av. Dom Hélder Câmara, 5451 CEP 20771-001 Rio de Janeiro – RJ


Telefone (21) 2108 4000 Fax (21) 2108 4118

www.flowserve.com

Figuras retiradas das apostilas da Flowserve e das inúmeras apresentações


de produtos.

Adaptação e revisão: Mario Souza, Rev. 07 (08/2004)


E-mail: [email protected]

5
Bombas Centrífugas

Uma bomba centrífuga transforma energia mecânica em energia hidráulica, ou seja, dentro da
voluta, o líquido recebe pressão através do incremento de velocidade gerado pela da força
centrífuga.

Bomba Centrífuga Típica Química


Chemical Industry
Caracterizam-se por serem projetadas para serviços de baixa e média pressão e temperatura,
com produtos corrosivos. Esta bomba pode ser considerada a principal ferramenta para
movimento de fluidos da industria de química. Seu projeto é regido pela norma ANSI
(​American National Standards Institute​).

Em geral, possuem rotor aberto com palhetas traseiras e a estimativa de pressão da caixa de
selagem é a pressão da sucção mais aproximadamente 25% da pressão diferencial, quando a
bomba está em regime normal de trabalho.

6
1. Sucção

2. Rotor

3. Descarga

4. Carcaça
O propósito do selo é controlar o vazamento
do líquido (vermelho) entre o eixo (parte
5. Eixo
rotativa) e a caixa de selagem ou caixa de
gaxeta (parte estacionária).
6. Selo mecânico na caixa de gaxeta
ou caixa de selagem

7. Sobreposta

8. Mancais radiais e de escora para


suportar o eixo

7
Bomba Centrífuga Típica Refinaria
HPI (Hydrocarbon Process Industry)
Caracterizam-se por serem projetadas para serviços de alta pressão e temperatura, com
produtos não corrosivos. Esta bomba pode ser considerada a principal ferramenta para
movimento de fluidos da industria de petróleo. Seu projeto é regido pela norma API
(​American Petroleum Institute)​ .

Possuem rotor fechado com furos de balanceamento e a pressão da caixa de selagem é a


pressão da sucção mais aproximadamente 10% da pressão diferencial, quando a bomba está
em regime normal de trabalho.

Todos os selos simples usados nestas bombas são do tipo balanceado e algumas aplicações
exigem selos duplos.

8
1. Sucção O propósito do selo é controlar o vazamento
do líquido (vermelho) entre o eixo (parte
2. Rotor rotativa) e a caixa de selagem ou caixa de
gaxetas (parte estacionária).
3. Furos de balanceamento

4. Anéis de desgaste

5. Descarga

6. Carcaça

7. Eixo

8. Selo mecânico na caixa de gaxetas


ou caixa de selagem

9. Sobreposta

10. Mancais radiais e de escora para


suportar o eixo

9
Bomba Centrífuga Típica Papel&Celuluose
Pulp and Paper Industry
Esta bomba é projetada para serviços típicos da indústria de papel e serviços pesados como
cal, lama e suspensão de água na fabricação de cimento.
Os únicos aspectos são o projeto do rotor que permite passagem de grandes quantidades de
sólidos e lamas sem causar obstruções, e o ajuste axial do eixo, que pode ser feito para
determinar a folga do rotor e alterar a eficiência da bomba. Seu projeto é regido pela norma
ANSI (​American National Standards Institute​).

Em geral, pressão da caixa de selagem é a pressão da sucção mais aproximadamente 25% da


pressão diferencial, quando a bomba está em regime normal de trabalho.

Os projetos dos selos devem considerar detalhes que possam permitir ajuste axial do eixo,
como um selo simples externo ou selo cartucho interno ou externo.

10
Gaxetas

O engaxetamento não elimina e nem deve eliminar o vazamento completamente, porém


dependendo do bombeamento, pode-se reduzir a um nível tolerável, porque deve sempre
haver um pouco de gotejamento de produto para uma boa lubrificação das gaxetas.

Se o produto bombeado é um lubrificante pobre ou contém sólidos abrasivos, deve-se


considerar algumas formas de flush e/ou lubrificação na caixa de gaxetas. Para este tipo de
aplicação, deve-se suprir um fluido de resfriamento através de um anel lanterna que é
colocado na caixa de gaxeta, este método minimizará o desgaste e o entupimento. Isto
também evitará o arraste de ar para dentro do sistema quando houver uma pressão negativa.
Cuidado deve ser tomado na escolha do lubrificante externo, a importância principal é
compatibilidade. Dano e perda séria de produto podem resultar se o líquido bombeado e o
fluido externo não forem compatíveis.

Um vazamento de 40 a 60 gotas por minuto não é considerado excessivo. O vazamento é


necessário para lubrificação e dissipação de calor gerado.

Evite pressões na caixa de gaxetas acima de 50 psig. Pressões acima de 50 psig causarão
freqüente engaxetamento e manutenção da luva do eixo.
O engaxetamento geralmente contém algum tipo de lubrificante, normalmente grafite, mica
ou outras substâncias lubrificantes. Após a partida, outra lubrificação e resfriamento devem
ser fornecidos para alongar a vida do engaxetamento. Normalmente este será o produto que
está sendo bombeado. A compatibilidade do engaxetamento e o produto devem ser
considerações básica na escolha da gaxeta.

Os fabricantes de bombas usam uma variedade de materiais de engaxetamento, os anéis de


gaxeta podem ser de material duro ou mole. Algumas bombas podem ser engaxetadas com
uma combinação de anéis duros ou moles, se possível, sempre observe o manual da bomba
para um engaxetamento adequado. Normalmente uma combinação de duro e mole para
engaxetamento é instalado.Outro fator a ser considerado com o uso de gaxeta é o consumo de
energia considerando que as gaxetas funcionam como um freio em cima do eixo ou luva do
eixo.

11
Como Trabalha um Selo Mecânico

Faces em contato

As faces devem estar em contato todo o tempo, mantendo entre elas um filme do líquido de
selagem.

O conjunto flexível (componente que contém as molas) do selo deve estar livre para oscilar
axialmente para compensar desalinhamentos e mover-se axialmente contra a luva para
ajustar-se ao desgaste da face.

12
Planicidade

As faces do selo são planas com equivalência a uma banda de luz 0,0000116" (11,6
milionésimos de polegada ou ~ 0,0003 mm). Face espelhada pode não significar planicidade

Lubrificação das faces

Uma película do líquido de selagem preenche os poros e imperfeições das faces (rotor e
estator) proporcionando lubrificação e refrigeração.
A operação a seco de um selo convencional poderá destrói-lo em poucos segundos ou
comprometer sua estanqueidade para sempre.

Selos Simples
Single Seals

Descrição

Um selo simples possui apenas um conjunto de faces em contato, montado dentro da caixa de
selagem. O selo está sendo lubrificado somente pelo fluido bombeado.

A​plicação

Os selos simples (com vários projetos) utilizam líquidos limpos para que possam
proporcionar adequada lubrificação para as faces. Considerando que o selo simples deixará
passar pelas faces uma pequena quantidade do produto não são recomendados para uso com
fluidos letais, tóxicos, carcinogênicos ou outros fluidos perigosos. De qualquer maneira
deverão atender as recomendações dos órgãos de controle ambiental, EPA, OHSAS e outros.

13
Caminhos de vazamento

1. Entre a sobreposta e a face da bomba, junta ou anel-o.


2. Pela vedação do estator, anel-o.
3. Pela vedação do rotor ou conjunto rotativo, anel-o.
4. Entre as faces do selo rotor e estatua

Selo Simples Interno Molas


Single Inside Pusher Seal

14
Selo Simples Interno Fole Metálico
Single Inside Bellows Seal

Selo Simples Externo Molas


Single Outside Pusher Seal

15
Selo Simples Externo ou Interno Fole de Borracha
Single Outside or Inside Elastomer Bellows

16
Selo Simples Interno Cartucho Molas
Single Inside Cartridge Pusher Seal

Selo Simples Interno Cartucho Fole Metálico


Single Inside Cartridge Bellows Seal

17
Selo Bi-Partido
Split Seal

18
Selos Duplos
Dual Seals

Descrição

Um selo duplo é um selo que possui dois conjuntos de faces em contato, podendo estar
montados em serie, opostos ou face a face. O líquido de barreira deverá operar sempre entre
os dois conjuntos.

Áreas De Aplicação

Qualquer fluido que, por qualquer razão, não permita a adequada lubrificação das faces de
selagem pelo líquido bombeado. Fluidos ou vapores que sejam perigosos, letais, tóxicos ou
ambientalmente controlados.

19
Produto bombeado (Vermelho)
Fluido barreira de fonte externa (Azul)

Selo Duplo ​Back To Back


Dual Seal Back To Back

20
Selo Duplo ​Face To Face
Dual Seal Face To Face

Selo Duplo ​Face To Back


Dual Seal Face To Back

21
Balanceamento

O Balanceamento de selos é uma das soluções para aplicações de altas pressões e também
baixos pesos específicos (densidade), pois o mesmo consiste no princípio de diferença de
áreas, área atuação da pressão na caixa e força das molas e área de contato entre as faces,
como mostrado na figura acima.

Notem que, e pressão que atua na área 1 (A1), quando projetada na área 2 (A2), ou seja, na
face de selagem tende a ser menor, quanto maior for esta área. Para isso, é usada a equação,
Pressão = Força / Área.

22
Controles Ambientais

O fator básico a ser considerado na seleção dos controles ambientais para os selos mecânicos
é a temperatura do liquido nas faces do selo, embora um produto possa ser bombeado nas
condições da sucção abaixo da sua pressão de vapor ou ponto de ebulição, as caixas de
gaxetas de bombas podem ser armadilhas de calor, e por isto exigem análises cuidadosas.

Elas não podem dissipar eficientemente o calor adicional que é gerado nas faces do selo ou é
produzido por turbulência da rotação do selo dentro dos limites próximos da caixa de gaxeta.
A quantidade de calor gerado deste modo não deve ser grande, porém a não ser que seja
adequadamente dissipado, pode acumular-se a ponto de elevar a temperatura do líquido na
caixa de gaxeta até seu ponto de ebulição ou causar formação de bolhas do fluido, se isto
ocorrer, o selo não estará utilizando corretamente um dos planos da API (​American
Petroleum Institute) e​ ANSI (​American National Standards Institute)​ cujos arranjos de
tubulação são importantes para um bom funcionamento do equipamento.

23
Planos de selagem ANSI / API

O que são planos API ? Porque eles são necessários? Como selecionamos o plano correto?
Como solucionamos seus problemas?

Os planos de lubrificação são uma parte importante de qualquer aplicação de selagem. A


seleção, instalação e operação do plano de lubrificação são fatores críticos para o sucesso e a
confiabilidade de um selo.

Durante os próximos instantes iremos tentar responder a maioria destas questões e fornecer a
vocês algumas dicas de aplicação dos planos de lubrificação em selos mecânicos.

Antes de podermos falar dos planos de lubrificação, precisamos entender o que é importante
para a correta operação de um selo mecânico.

Um selo com lubrificação por líquido é muito simples, um selo projetado para vedar líquidos.
Na prática, o filme de fluído entre as faces de selagem é muito pequeno, algo em torno de 20
milionésimos da polegada ou 0,5 mícron.

Este filme de fluído ajuda a separar e lubrificar as faces do selo. Quando consideramos as
pressões, temperaturas e velocidades onde os selos podem rodar, isto é uma estratégia
incrível de se realizar. Isto é possível apenas se tivermos um bom fluído de filme.

O que faz um bom filme? O fluído tem que ser estável e não se quebrar em condições de
operação.

O fluído precisa ser relativamente um bom lubrificante, precisa ser mantido no estado líquido
e não vaporizar na caixa de selagem. O fluído precisa ser razoavelmente limpo e livre de
contaminação ou sólidos. E por ultimo deve ter uma viscosidade moderada.

Muitos destes termos são intencionalmente vagos neste ponto. É claro que muitas aplicações
não estão de acordo com estes requisitos. Nós somos constantemente solicitados quanto a
fluídos de selagem que não são ideais para esta função.

24
Está claro agora que os planos de lubrificação possibilitam ao selo operar com maior
confiabilidade e fornecem outros benefícios para o usuário.

Como fazemos isso? O que é exatamente um plano de lubrificação?

Planos de lubrificação são, em sua forma, projetos de linhas ou desvios do fluído de


processo. À medida que este fluído circula, ele remove calor ou altera a pressão que atua no
selo. À medida que circula, ele pode também ser resfriado, aquecido ou filtrado. No mínimo,
um plano de lubrificação normalmente consiste em um tubo conectado a uma bomba, selo
e/ou a outros equipamentos auxiliares.

Os planos de lubrificação podem também introduzir fluídos externos. Eles devem ser
injetados como fluídos de barreira ou de injeção. Estes fluidos ajudam a criar um ambiente de
selagem para o sistema.

Equipamentos auxiliares podem ser qualquer dispositivo adicionado ao selo ou a bomba. Isto
pode incluir trocadores de calor para selos, separadores de ciclone, potes, buchas, orifícios,
etc.

Por último, o plano de lubrificação pode incluir instrumentação para monitorar a pressão,
temperatura e vazão do fluído no plano de selagem.

25
Plano 01

O que é?

•​Flush​ interno, direcionado para a caixa de selagem pela descarga da bomba.


•Opera similarmente ao Plano 11.

Por que?

•Remoção de calor da caixa de selagem.


•Escorva da caixa de selagem em bombas horizontais.
•Redução de congelamento ou polimerização do fluído no Plano 11 onde a linha fica exposta.

Onde?

•Caixa de selagem especial como nas bombas ANSI


•Fluído limpo e de temperatura moderada
•Usado com selos simples, raramente usado em selos duplos

26
Cuidados

•O ​Flush normalmente não pode ser direcionado para as faces de selagem e a remoção de
calor é limitada
•Calcule o fluxo de ​Flush​ baseado em perda de carga pelos dutos internos

Plano 02

O que é?

•Caixa de selagem sem​ Flush

Por que?

•Simplicidade, sem controle ambiental

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Onde?

•Folgas grandes ou garganta da caixa de selagem aberta em serviços de temperatura


moderada
•Fluídos limpos
•Misturadores de topo ou agitadores com selagem a seco

Cuidados

•O processo deve ter margem adequada do ponto de ebulição para evitar vaporização.
•O fluído de refrigeração é necessário o tempo todo na dentro da caixa de selagem em
serviços de alta temperatura.
•Sempre usado em combinação com ​Quench​ de vapor, Plano 62

Plano 11

28
O que é?

•Flush do selo saindo da descarga da bomba passando por uma placa de orifício
•Plano de ​Flush​ padrão para selos

Por que?

•Remoção de calor da caixa de selagem


•Escorva da caixa de selagem em bombas horizontais
•Aumento na pressão da caixa de selagem e na margem de vaporização do fluído

Onde?

•Aplicações gerais com fluídos limpos


•Fluídos não polimerizantes

Cuidados

•Utilizar um orifício com um mínimo de 0.125” (3 mm) de diâmetro


•Calcular a vazão para o tamanho do orifício e para o fluxo adequado na caixa de selagem
•Aumento da margem do ponto de ebulição com o correto dimensionamento do orifício e
bucha de garganta

•Sempre usado em combinação com ​Quench​ de vapor, Plano 62


•O Flush deve ser direcionado sobre as faces de selagem com a conexão na posição de 12
horas
•A falha mais comum é obstrução do orifício, verifique a temperatura nas pontas da linha de
lubrificação

29
Plano 13

30
O que é?

•Recirculação da caixa de selagem para a sucção da bomba passando por uma placa de
orifício.
•Plano de lubrificação de ​Flush​ padrão em bombas verticais

Por que?

•Escorva contínua da caixa de selagem em bombas verticais.


•Remoção de calor da caixa de selagem

Onde?

•Bombas verticais.
•A pressão na caixa de selagem é maior que a pressão na sucção.
•Temperatura moderada e fluído com poucos sólidos.
•Fluídos não polimerizantes

Cuidados

•Escovar a linha do plano antes de dar partida na bomba vertical.


•Use uma placa de orifício com no mínimo de 0.125” (3 mm) de diâmetro.
•Calcular a correta vazão de dimensionamento da placa de orifício para se ter uma boa
circulação na caixa de selagem.

•Reduza a pressão na caixa de selagem com dimensionamento correto da placa de orifício e


bucha de garganta.

•A falha mais comum é obstrução do orifício, verifique a temperatura nas pontas da linha de
lubrificação.

31
Plano 14

32
O que é?

•Linha de Flush saindo da linha de descarga e circulação para a linha de sucção com placas
de orifício.
•Combinação dos Planos 11 e 13.

Por que?

•Escorva contínua da caixa de selagem em bombas verticais.


•Remoção de calor da caixa de selagem.
•Aumento da pressão na caixa de selagem e na margem de vaporização do fluído.

Onde?

•Bombas verticais.
•Fluído limpo, não polimerizante e com temperatura moderada.

Cuidados

•Use uma placa de orifício com no mínimo 0.125” (3 mm) de diâmetro.


•Calcule a vazão para o tamanho do orifício e a adequada vazão na caixa de selagem.
•Aumento da margem do ponto de ebulição com a correta placa de orifício e bucha de
garganta dimensionada.
•O ​Flush​ deve ser direcionado sobre as faces de selagem.
•Escorvar as linhas do plano de lubrificação antes de dar partida em bombas verticais.
• O modo típico de falha é a obstrução da placa de orifício, verifique a temperatura entre as
linhas.

Plano 21

33
O que é?

•​Flush vindo da descarga da bomba passando por uma placa de orifício e um trocador de
calor.
•O trocador de calor no ​Flush​ do Plano 11 aumenta a remoção de calor.

Por que?

•Resfriamento do selo.
•Reduzir a temperatura do fluído para aumentar a margem de vaporização do fluido.
•Redução da coqueificação

Onde?

•Serviços de alta temperatura, acima de 350 ºF (177 ºC).


•Água quente acima de 180 ºF (80 ºC).
•Fluído limpo e não polimerizante.

34
Cuidados

•O trocador de calor e suas linhas precisam ser escorvadas no seu ponto mais elevado,
escorvar antes de dar a partida.
•Quando estiver utilizando o trocador de calor para selo tipo API 682, use a vazão
especificada pela série para maximizar a transferência de calor.
•Use uma placa de orifício com um mínimo de 0.125” (3 mm) de diâmetro.
•Calcule a vazão adequada para especificar a placa de orifício para se ter uma quantidade de
líquido correta da caixa de selagem.
•Implemente a margem do ponto de ebulição com a placa de orifício e bucha de garganta
correta.
•Monitore regularmente as linhas de entrada e saída quanto à temperatura para sinais de
acumulo de sujeira e obstrução.

Plano 23

O que é?

•Circulação do ​Flush pelo dispositivo de bombeamento(anel bombeador) interno para o


trocador de calor.
35
•Plano padrão de flush em serviços com água quente

Por que?

•Resfriamento eficiente do selo com pouco trabalho do trocador de calor.


•Incremento da margem de vaporização.
•Incrementar a capacidade de lubrificação da água.

Onde?

•Serviço de alta temperatura, hidrocarbonetos de alta temperatura.


•Água de alimentação de caldeira e água quente acima de 180 ºF (80 ºC).
•Fluído limpo e não polimerizante.

Cuidados

•As linhas do trocador de calor devem ter extração de ar no ponto de maior elevação,
escorvar antes de dar partida.
•Quando utilizando um trocador de calor API 682, alimente com fluxo paralelo para
minimizar perda de carga.
•A caixa de selagem requer uma folga reduzida na bucha de garganta para isolar o fluído de
processo.
•As conexões tangenciais da sobreposta devem ter entrada por baixo e saída por cima.
•Verificar regularmente a temperatura de entrada e saída do trocador de calor quanto a sinais
de obstrução e ou sujeira.
•Fluídos de processo com metais em suspensão devem passar antes em um separador
magnético antes de entrar no trocador.

Plano 31

36
O que é?

•​Flush​ do selo saindo da descarga da bomba e passando por um separador de ciclone.


•Os sólidos centrifugados são enviados de volta para a sucção da bomba.

Por que?

•Remoção de calor da caixa de selagem.


•Remoção de sólidos do ​Flush​ e da caixa de selagem.

Onde?

•Fluídos sujos ou contaminados, água com areia ou escória na tubulação.


•Fluídos não polimerizantes.

Cuidados

•O separador de ciclone trabalha melhor com sólidos de densidade duas vezes maior que a do
fluído de processo.
• A pressão na caixa de selagem deve ser aproximadamente igual à de sucção para se ter uma
vazão adequada.

37
•As linhas do plano não devem ter placa de orifício e não é esperado que se extraia o ar da
caixa de selagem.
•A falha típica é o entupimento do separador ou das linhas, verifique a temperatura nas
linhas.

Plano 32

O que é?

•​Flush​ do selo fornecido por uma fonte externa de fluído limpo.

Por que?

•Remoção de calor na caixa de selagem.


•Remoção de sólidos e fluído de processo da caixa de selagem.
•Aumento na pressão da caixa de selagem e na margem de pressão de vapor do fluído.

Onde?

•Fluídos sujos ou contaminados, polpa e papel.


•Serviços com alta temperatura.
•Fluídos polimerizantes ou oxidantes.
38
Cuidados

•Use bucha de garganta dimensionada para segurar a pressão ou manter a velocidade de


vazão.
•Para restringir a sujeira do fluído de processo, regule a vazão do fluído.
•Para aumentar a margem de vaporização do fluído, regule a pressão de injeção.
•O fluído de fonte externa deve ser compatível com o fluído de processo.
•Monitore regularmente o sistema de controle quanto a válvulas fechadas ou sinal de
obstrução
• O ​Flushing​ deve estar operando antes que a bomba seja acionada

•Procedimentos Operacionais:
● Alinhar a injeção ​Flushing ​externo.
● Abrir a válvula de sucção
● Verifique se a vazão e/ou pressão do ​Flushing ​externo estão adequadas.
● Abra parcialmente a válvula de descarga e ligue a bomba.
● Ajuste a abertura da válvula de descarga.
● Ajuste a vazão e/ou a pressão do ​Flushing

Plano 41

Plano 41

39
O que é?

•O ​Flush saindo da descarga da bomba passando por um separador de ciclone e um trocador


de calor.
•Combinação dos Planos 21 e 31.

Por que?

•Resfriamento do selo.
•Remoção de sólidos do ​Flush​ e da caixa de selagem.

Onde?

•Serviços de alta temperatura, tipicamente até 350 ºF (177 ºC).


•Fluídos sujos ou contaminados, água com areia ou escória na tubulação.
•Fluído não polimerizante.

Cuidados

•O trocador de calor deve ter sistema de extração de ar no ponto mais alto, escorvar antes de
dar partida.

40
•Quando utilizar trocadores de calor para selo tipo API 682, alimente com a vazão
especificada para maximizar a troca de calor.
•O separador de ciclone atua melhor com sólidos de densidade duas vezes maior que a do
fluído de processo.
•A pressão na caixa de selagem deve ser aproximadamente igual a da linha de sucção para se
ter uma vazão correta.
•A falha típica deste modo é o entupimento do separador de ciclone ou das linhas – verifique
a temperatura nas linhas de circulação.

Plano 52

O que é?

•Circulação do fluído de barreira despressurizado por um reservatório.


•A circulação do fluído é feita por um anel de bombeamento montado no selo duplo.

Por que?

•O selo externo age como um backup do selo primário.


41
•Índices de vazamento nulo ou quase zero.
•Não pode haver contaminação do fluído de processo pelo fluído de barreira.

Onde?

•Usado em selos duplos e despressurizados (​Tandem)​ .


•Fluídos com pressão de vapor elevado e hidrocarbonetos leves.
•Fluídos perigosos ou tóxicos.
•Fluídos de transferência de calor.

Cuidados

•A linha deve ser auto escorvante dos vapores gerados para linha de captação ou ​flare
próximo a pressão atmosférica.
•A pressão de vapor do fluído de processo é geralmente maior que a pressão do reservatório.
•O fluído de barreira deve ser compatível com o fluído bombeado.

•O vazamento do selo primário é indicado pelo aumento de pressão no ​Vent.​


•O visor de nível no reservatório indica vazamento no selo externo.

Plano 53A

42
O que é?

•Fluído de barreira pressurizado circulando por um reservatório.


•O fluído é forçado a circular por um anel de bombeamento montado no selo duplo.

Por que?

•Isolar o fluído de processo.


•Emissão zero no processo

Onde?

•Usado em selos duplo pressurizado.


•Fluídos com pressão de vapor alta, hidrocarbonetos leves.
•Fluídos perigosos ou tóxicos.
•Fluídos de transferência de calor.
•Fluídos sujos, abrasivos ou polimerizantes.
•Agitadores ou misturadores.
•Serviço de vácuo.

Cuidados

•A linha do reservatório deve ter sua extração de ar no ponto mais elevado.


•Reservatórios pressurizados o tempo todo com carga de gás 1.5 a 2 kgf/cm².
•O fluído de barreira deve ser compatível com o de processo.
•O indicador de nível do reservatório indica vazamento nos selos interno e ou externo

43
Plano 53B

O que é?

•Fluído de barreira pressurizado circulando com um balão acumulador.


•O fluído é circulado por um anel de bombeamento montado no selo duplo.

Por que?

•Isolar o fluído de processo.


•Emissão nula do processo.
•Pressão maior que no plano 53A.

44
Onde?

•Usado em selos duplos e pressurizados.


•Fluídos com pressão de vapor alta, hidrocarbonetos leves.
•Fluídos perigosos ou tóxicos.
•Fluídos de transferência de calor.
•Fluídos sujos, abrasivos ou polimerizantes.

Cuidados

•A linha deve ser escorvada antes da partida.


•O acumulador deve estar pressurizado sempre, usualmente por uma carga de gás.
•O fluído de barreira deve ser compatível com o processo.
•Monitorar regularmente a pressão de barreira – complete o fluído de barreira manualmente
quando a pressão cair.

Plano 53C

45
O que é?

•Circulação do fluído de barreira pressurizado com um acumulador de pistão.


•O fluído é circulado através de um anel de bombeamento montado no selo duplo.

Por que?

•Isolar o fluído de processo.


•Emissão nula do processo.
•Pressões maiores que as do Plano 53A.
•Acompanhamento dinâmico da pressão do sistema.

Onde?

•Usado em selos duplos e pressurizados.


•Fluídos com pressão de vapor alta, hidrocarbonetos leves.
•Fluídos perigosos ou tóxicos.
•Fluídos de transferência de calor.

Cuidados

•As linhas do plano devem ser escorvadas totalmente antes da partida.


•A linha de referência deve tolerar contaminação com o fluído de processo sem estar
tamponada.
•O fluído de barreira deve ser compatível com o processo.

46
•O indicador de nível do reservatório indica se há vazamento tanto no selo interno quanto no
externo.

Plano 54

O que é?

•Circulação do fluído de barreira feito por um sistema externo.

Por que?

•Isolar o fluído de processo.


•Emissão zero no processo.
•O selo não pode induzir a circulação.

47
Onde?

•Usado em selos duplos balanceados.


•Fluídos de alta pressão de vapor, hidrocarbonetos leves.
•Fluído perigoso ou tóxico.
•Fluído de transferência de calor.
•Fluídos sujos, com abrasivos ou polimerizantes.
•Agitadores ou misturadores.

Cuidados

•As linhas do plano devem ser escorvadas totalmente antes da partida.


•O sistema de circulação deve estar pressurizado e energizado sempre.
•O fluído de barreira deve ser compatível com o processo.
•O indicador de nível do reservatório indica se há vazamento tanto no selo interno quanto no
externo.

Plano 62

48
O que é?

•​Quench​ externo no lado atmosférico do selo.


•Fluídos típicos do ​Quench,​ vapor, nitrogênio ou água.

Por que?

•Previne o acumulo de sólidos no lado atmosférico do selo.


•Previne cristalização.

Onde?

•Usado em selos simples.


•Fluídos oxidantes ou fluídos que coqueificam.
•Hidrocarbonetos com alta temperatura.
•Fluídos cristalizantes ou fluidos que salinizam.
•Cáusticos.
•Fluídos resfriados a menos 32 ºF (0 ºC).

Cuidados

•A entrada do ​Quench deve estar posicionada no topo da sobreposta e o dreno/saída na parte


inferior.
•A pressão no ​Quench​ deve ser limitada até 3 psi (0.2 bar) ou menos.

49
•Use bucha de garganta no lado atmosférico do selo para direcionar a vazão do ​Quench para
o dreno.
•Verificar regularmente quanto a válvulas fechadas, linhas bloqueadas e a condição do
purgador.

Plano 61

O que é?

•Idêntico ao Plano 62, mas com as conexões fechadas para uso futuro.

Lubrificação De Mancais

A maioria das bombas são lubrificadas pelo óleo contido na caixa de mancais; geralmente
são usados retentores de lábio para conter o óleo dentro do reservatório e evitar a
contaminação.

Cuidados devem ser tomados para manter o nível correto de óleo, pois ao contrário os
mancais sofrerão problemas que afetaram os selos mecânicos.

Bombas com histórico de contaminação ou perda de óleo devem merecer a instalação de


dispositivos denominados protetores de rolamento. Estes protetores utilizados poderão ser
utilizados com sistema de lubrificação por névoa (​Oil Mister​).

Ambos sistemas criam uma ligeira sobre pressão na caixa de mancais com uma atmosfera de
"fog"; isto evita que contaminantes do ar ambiente entrem na caixa de mancais.

50
51
Verificações Para Um Melhor Desempenho

9 de 10 falhas de selos e bombas são:

● Erro de Operação
● Falha de sistemas auxiliares
● Erro de Manutenção
● Falha dos equipamentos

CONSIDERAÇÕES

● A parte que falhou raramente é a causa básica da falha.

● ATÉ QUE VOCÊ CORRIJA A CAUSA BÁSICA, FALHAS REPETIDAS


OCORRERÃO.

● Em muitas plantas, um profissional de manutenção é julgado pela quantidade não


pela qualidade. Embora muitos discutam que isso seja necessário, a realidade é que
sem equipamento de qualidade, os padrões de ar limpos hoje, seriam inatingíveis.

● Em serviços de emissões controladas, a vida útil prolongada é obtida através de


procedimentos adequados. Nesta seção exploraremos aquelas coisas que nem sempre
são feitas, mas que deveriam.

52
Condições Mecânicas Do Equipamento

Jogo axial

0.002” Tolerância máxima

O que: ​Inspeção no mancal


O ajuste no alojamento faz-se
movendo o eixo para frente e
para trás.

Porque: O movimento ​axial


do eixo sobre ou embaixo
comprimirá o selo. Também
pode causar desgaste do pino
e dano por fricção a luva.

Deflexão Radial

0.002” Tolerância máxima

O que: A inspeção da
deflexão radial (para cima e
para baixo) do eixo.
Esta é uma inspeção
do mancal radial e seu ajuste
no alojamento.

Porque: A deflexão causa


desalinhamento do rotor e
estator do selo. Isto encurta a
vida do selo por trabalhar
excessivamente o

53
acionamento e membros da
mola.

54
Run-Out​ Do Eixo

0.002” Tolerância máxima

O que: Inspeção do
eixo e luva pelo relógio se
estão redondos e
concêntricos.Também o lado
do acionamento do eixo por
empeno.

Porque: ​Run-Out ou
concentricidade pode causa
desgaste irregular das faces.
Principalmente se tiver alta
rotação e o selo for grande,
causa vazamento e gera
vibração na bomba e
componentes do selo.

Perpendicularidade do
eixo

0.003” Tolerância máxima

O que: O movimento do
relógio da perpendicularidade
da face da caixa de gaxetas
do eixo. Se tiver fora pode
ser a própria face ou o ajuste
do registro da tampa traseira
(caixa de gaxetas) para o
caixa de mancal ou
adaptador. Deve ser
corrigido.

Porque: ​A falta de
perpendicularidade
sobrecarregará o selo,
ocasionando falha prematura.
55
O acionamento, selo
secundário e mecanismo da
mola podem todos ser pontos
de ​desgaste.

56
Concentricidade Da Caixa De Selagem

0.005” Tolerância máxima

O que: ​A inspeção com o relógio da sobreposta e seu ajuste no diâmetro interno da caixa de
selagem com fim de avaliar concentricidade da mesma com relação ao eixo.

Porque: ​Em muitos casos, a falta de concentricidade não é o problema principal, porém,
pode ser particularmente se um dispositivo de bombeamento estiver incorporado dentro do
selo. Porque às vezes é uma área crítica, é boa prática considerá-la sempre crítica.

Após a bomba receber manutenção e se estiver em condições de instalar a selo mecânico,


duas áreas críticas de instalação do selo devem ser avaliadas:

1. Primeiro arranjar uma área limpa na qual se possa fazer a instalação;


2. Segundo que esteja distante de possíveis áreas de contaminação ou onde haja
presença de pós e limalhas.

Após o selo estar instalado, um teste de pressão deve ser executado. Se este passo for
omitido, alguns selos falharão em serviço e serão contados como uma falha adicional.

Os selos duplos exigem somente uma tubulação com algumas ligações de teste. Em projetos
Simples ou ​Tandem com a caixa da bomba não unida, um dispositivo de teste para selar a
tampa traseira na caixa de gaxetas deve ser usado.

57
Instalação De Selos Mecânicos

Muitas falhas de selo podem ser ocasionadas por erros de instalação. A instalação cuidadosa
é um fator principal na vida de um selo.

Selo Mecânico Simples

1. Leia os folhetos de instrução e analise o desenho que acompanha cada selo.

2. Remova todas as rebarbas e arestas afiadas do eixo ou luva do eixo, incluindo arestas
afiadas de chavetas e roscas. Substitua o eixo gasto ou luvas.

3. Certifique-se que o diâmetro interno da caixa de selagem e a face da mesma estejam


sem rebarbas ou sujeiras.

4. Sobre o eixo ou luva, trace uma marca de referencia “A“ que se alinhe com a face da
caixa de selagem. Importante: certifique-se que o a luva tenha sido montada com
junta e que o rotor foi apertado.

Figura 10-1. Cálculo


do ajuste do
colar do selo.

5. Trace o ponto do ajuste do selo “B” para a distancia desejada da primeira marca de
referencia traçada A conforme a dimensão no desenho do selo mecânico.

58
6. Antes da montagem do selo, lubrifique o eixo, luva ou anel-o, vedação do eixo
levemente com lubrificante de silicone, quando instalar um projeto de selo acionado
por fricção, se a lubrificação for necessária, use água.

7. Elementos inseridos montados flexivelmente, qualquer dos dois, anel “O” ou teflon
montados, devem ser levemente lubrificados e apertados na sobreposta por pressão da
mão.

8. Instale a sobreposta com a sede sobre o eixo, tão próximos ao suporte do eixo quando
possível. Evite bater a sede contra o eixo, a mesma pode quebrar. Observação: Com
alguns projetos de equipamento este passo pode vir mais tarde.

9. Instale as partes da unidade rotativa sobre a luva do eixo na seqüência adequada. Ao


instalar selos foles de metal evite comprimir excessivamente as partes com
semelhança de folhas de fole. Manuseie as vedações secundárias de grafite com
cuidado extremo. Os anéis-v de teflon podem ser montados individualmente e não
empurrados sobre o eixo e a luva enquanto são partes do anel de selagem ou da
unidade rotativa. Evite entalhar ou beliscar qualquer borda do anel-v.

10. COLOQUE O FUNDO DA UNIDADE DE COMPRESSÃO NO MARCA B,


PONTO DE AJUSTE DO SELO, COMO DESCRITO NO PASSO 5, ACIMA.

11. Aperte todos os parafusos igualmente.

12. Limpe as faces do selo antes de completar a montagem do equipamento. As faces do


selo não devem ser lubrificadas, porém, deixadas limpas e secas.

13. Complete a montagem do equipamento, cuidado quando comprimir o selo na caixa de


selagem. Assente o anel ou a junta de vedação da sobreposta, apertar as porcas e
parafusos igualmente. Certifique-se que o anel esta corretamente alojado. Siga as
instruções Aperto excessivamente dos parafusos do anel da sobreposta podem causar
distorção que pode ser transmitida às faces casadas, resultando em vazamento.

Instalação e Investigação de Problema

Se o desenho do selo não estiver disponível, a dimensão adequada do selo, para selagens
internas pode ser determinada como segue.

59
Para Selos com vedações dinâmicas

1. Estabeleça uma marca de referencia no eixo ou face da luva com a face da caixa de
gaxetas ( ponto “A” na figura 10-1).

2. Com a sede no lugar, meça juntos a sobreposta e a unidade rotativa sobre um banco
limpo.

Figura 10-2. Cálculo do ajuste do colar do selo.


A - Face da caixa de gaxetas
B - Abertura da mola.
C - Ajuste do selo da marca de referencia.

60
3. Comprima a unidade rotativa até a abertura da mola, dimensão “B” da figura 10-2,
que iguala a dimensão gravada no colar para selos do tipo vedação dinâmica. Isto
pode ser feito inserindo uma chave "Allen" ou pedaço de cabo de ferramenta de
dimensão própria entre o colar e a unidade de compressão antes de comprimir a
unidade rotativa.

4. MEÇA A DISTANCIA “C” ENTRE A JUNTA DA SOBREPOSTA E A


EXTREMIDADE DO COLAR. ESTA É A DIMENSÃO DE AJUSTE DO COLAR.

5. Com a sobreposta e unidade rotativa montadas na vertical, medir a distância entre a


junta da sobrepostas e a traseira do colar de fixação. Anotar este valor, medir os
espaços das molas entre o colar lado interno e o anel de compressão, conhecendo o
gap das molas em condições que normalmente é 6.3 ou 3.3 mm, comparar com a
medida anterior extendido, anotar a diferença que será a medida a ser retirada do
primeiro valor conseguido, este novo valor é medida a ser utilizada na fixação do
colar do selo em relação à linha de face da caixa de selagem.

Para Selos Foles

1. Meça a distancia da marca de referencia “a” para a face da sede estacionário na placa
da sobreposta. Certifique-se ao incluir qualquer junta da sobreposta para medição
adequada. Isto é mostrado como dimensão “B” na figura 10-3.

Figura 10-3. Cálculo do ajuste do colar do selo.

2. Subtraia a dimensão “B” da dimensão “G”. Esta é a dimensão de ajuste do colar.

Selos externos devem ser ajustados com a abertura da mola (“A” na figura 10-4) igual à
dimensão gravada no colar do selo.

61
62
Figura 10-4 ajuste para selo externo

Selos cartuchos, figura 10-5 são ajustados na fábrica e são instalados como unidades
completas. Nenhuma medição de ajuste é preciso. Estas unidades contêm travas
centralizadoras e espaçadores que devem ser removidas após a unidade de selo estiver presa
na posição e o colar da luva estiver travado. Guarde as travas para serem usadas quando
reajustar o selo em ajustes ao impelido ou quando remover o equipamento para reparo.

Figura 10-5 selo cartucho pré-ajustado.

63
Selo Mecânico Duplo

1. Leia os folhetos de instrução e examine os desenhos que acompanha cada selo.

2. Remova todas as rebarbas e arestas afiadas do eixo ou luva do eixo, incluindo arestas
afiadas de chavetas e roscas. Substitua o eixo ou luvas gastas.

3. Certifique-se que o furo da caixa de selagem e a face estejam limpos e livres de


rebarbas.

4. Sobre o eixo ou luva, trace uma marca de referencia “A” que se alinhe com a face da
caixa de selagem. Importante: Certifique-se que a folga adequada do impelidor tenha
sido feita".

5. Trace o ponto de ajuste do selo “B” na distancia desejada a partir da primeira marca
de referencia traçada. O desenho dos selos mecânicos dá as dimensões de ajuste do
selo da face da caixa ao fundo, meio, ou frente do colar da unidade rotativa.
Finalmente meça e anote a dimensão “B” para a extremidade do impelidor do eixo ou
luva.

6. Antes de montar, lubrifique o eixo, luva, anel O de selagem do eixo levemente com
lubrificante de silicone fornecido com o selo. Observação: não use óleo ou silicone
quando instalar um projeto de selo acionado por fricção. Se a lubrificação for
necessária, use água.

7. Lubrifique um dos dois anéis “O” da montagem da sede com lubrificante de silicone e
aloje este anel “O” na sede. Pressione a sede externa para dentro da caixa de gaxetas
com a face da sede orientada para o lado de dentro da sobreposta. A pressão da mão é
suficiente. Posicione a sobreposta sobre o eixo ou luva com a face da sede orientada
para a câmara do selo (caixa de gaxetas). Coloque a sobreposta tão próxima ao
suporte do mancal quando possível. Não bata a sede contra o eixo, pois ele pode​,
fissurar ou quebrar.

8. Lubrifique a segunda sede e coloque o anel “O” na sede. Instale a sede pressionando
com as mãos levemente atentando para posição do pino anti-rotacional.

9. Lubrifique o eixo ou luva com o lubrificante de silicone fornecido.

10. Instale a unidade rotativa no eixo ou luva:

64
● Anel de selagem externa com vedação do eixo.
● Unidade de compressão.
● Anel de selagem interna com vedação do eixo

AS SUPERFÍCIES EM ATRITO, DO ANEL DE SELAGEM ROTATIVO


DEVEM ESTAR DISTANTES DAS MOLAS E EM DIREÇÃO ÀS SEDES
ESTACIONÁRIAS. SE OS PINOS DE ACIONAMENTO DO ANEL DE
COMPRESSÃO ENGAJAM AS FENDAS DE ACIONAMENTO NOS ANÉIS
DE SELAGEM.

11. Ajuste a unidade de compressão na marca B (frente, meio ou atrás) ao colocar


correspondendo com o desenho como descrito no passo 5.

12. Aperte todos os parafusos de ajuste, firme e igualmente.

13. Limpe as faces de selagem antes de completar a montagem do equipamento. As faces


de selagem não devem ser lubrificadas, porém devem ser deixadas limpas e secas.

14. Complete a montagem do equipamento, tendo cuidado quando comprimir o selo na


caixa de selagem. Coloque o anel da sobreposta ou a junta da sobreposta no
alojamento, apertando as porcas e parafusos iguais e firmemente. Cheque se o anel da
sobreposta não está levantado. Siga as instruções adequadas para o torque da junta de
sobreposta. Juntas de metal requerem atenção especial. Aperto excessivo dos
parafusos o da sobreposta pode causar distorção que pode ser transmitida às faces,
resultando em vazamento.

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Análise De Problemas

Selo com respingo ou névoa de produto em operação

● Vaporização e expansão do produto através das faces do selo.

● Assegure-se que o produto bombeado mantenha-se no estado líquido.

● Verifique os dados de balanço de projeto com o fabricante do selo.

● Obtenha leituras precisas da pressão na caixa de selagem, e da temperatura e


densidade do produto bombeado.

O selo vaza e congela a região da sobreposta

● Vaporização e expansão do produto através das faces do selo.

● Congelamento pode riscar as faces, especialmente sobre a face de carvão; as faces do


selo deveriam ser substituídas ou re-lapidadas antes de nova partida após as condições
de vaporização terem sido corrigidas.

O selo goteja regularmente

● Primeiro determine o local do vazamento.

● Verifique se a sobreposta esta apertada adequadamente, isto pode provocar


vazamento ou deformação.

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● As faces não estão corretamente planas.

● As vedações do rotor ou estator danificadas pela montagem ou pelo uso

● Carvão quebrado, ou face estacionária ou rotativa arranhada durante a instalação.

● Faces do selo riscadas por partículas estranhas entre elas.

● Vazamento de líquido sob a luva do eixo do equipamento.

● Acumulo de cristalização ou coque no lado externo da selagem

O selo assobia durante a operação

● Inadequada quantidade de líquido nas faces de selagem; um selo que assobia é um


selo que opera a seco, porém nem todo selo que opere a seco assobia.

● Linhas de desvio para ​flushing pode ser necessária; se já existe uma em uso, pode ser
necessário aumentar o seu diâmetro para se obter maior vazão.

Pó de carvão acumulando-se no lado externo da sobreposta

● Vaporização do líquido na caixa do selo ou ausência de lubrificação;

● Inadequada quantidade de líquido nas faces de selagem.

● Filme de líquido expandindo-se e vaporizando entre as faces do selo e deixando


resíduos que desgasta a face de carvão.

● Pressão na caixa de selagem muito alta para o tipo de selo e produto.

O selo vaza, porém nada parece estar errado.

● As faces não são planas; esta condição de não planicidade será bastante óbvia ao se
analisar o padrão de desgaste da face do selo, com leitura ótica apropriada.

● Distorção da face por temperaturas localizadas, o que não pode ser observado na
manutenção a frio do selo.

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● Tensão da tubulação distorcendo as faces da caixa de selagem; este problema é
encontrado usualmente no terminal de sucção das bombas tipo ​overhung;​ o projeto e
tamanho das bombas deste tipo não tolerarão o peso ou desalinhamentos da tubulação
de sucção sobre a porção ​overhung (pendente); quando esta condição existe, a
performance do selo é definitivamente afetada.

Tempo curto de vida do selo

● Produto abrasivo causa excessivo desgaste da face do selo; determine a fonte de


abrasivos; quando os abrasivos estão em suspensão no líquido, uma linha de desvio
para ​flushing,​ preferivelmente através da sobreposta sobre as faces do selo, melhorará
a situação mantendo as partículas abrasivas movendo-se e evitando que haja
sedimentação ou acumulo na área de selagem.

● Quando os abrasivos estão se formando devido ao resfriamento e cristalização ou


solidificação parcial na área de selagem, uma linha aquecida de ​flushing ajudará a
introduzir circulação de produto para a cavidade do selo à temperatura correta.

● Equipamento mecanicamente desalinhado.

● Verifique o equipamento para tensão indevida da tubulação, distorção sendo passada


para a área de selagem.

● Selo mostra sinais de estar operando muito quente, linha de recirculação ou desvio
pode ser necessária, mudar plano para API para 21 ou 23.

● Verifique o possível atrito de algum componente do selo ao longo do eixo; bucha


estrangulada na sobreposta, pouca folga do diâmetro externo da unidade rotativa com
o furo da caixa de selagem, e o furo da sede (​insert)​ , são alguns pontos que devem ser
checados para esta condição.

● Todas as linhas de resfriamento conectadas.

● Desobstruir as linhas de água de resfriamento (formação de incrustações nas camisas


e linhas de resfriamento) para permitir o fluxo.

● Incremente a capacidade das linhas de resfriamento.

● Medir a temperatura de entrada e saída das áreas resfriadas para deduzir se esta
havendo resfriamento.

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