Amelia AEP
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1 Introdução......................................................................................................................................2
2 Obejectivos:...................................................................................................................................3
2.1 Geral:.....................................................................................................................................3
2.2 Específicos:............................................................................................................................3
3 Metodologia...................................................................................................................................3
4 Revisão da literatura......................................................................................................................4
4.1 Uma delimitação do conceito da Ética...................................................................................4
5 Ética na administração publica Moçambicana...............................................................................5
5.1 Princípios éticos da administração publica em Moçambique................................................6
5.1.1 Princípio do Serviço Público..........................................................................................6
5.1.2 Princípio da Legalidade.................................................................................................7
5.1.3 Princípio da Justiça e da Imparcialidade........................................................................7
5.1.4 Princípio da Igualdade...................................................................................................7
5.1.5 Princípio da Proporcionalidade......................................................................................7
5.1.6 Princípio da Colaboração e da Boa Fé...........................................................................7
5.1.7 Princípio da Informação e da Qualidade........................................................................7
5.1.8 Princípio Da Lealdade....................................................................................................7
6 Uma discussão a luz da Ética.........................................................................................................8
7 Quadro legal da ética da administração publica em Moçambique.................................................8
8 Conclusão....................................................................................................................................11
9 Referencias bibliográficas............................................................................................................12
1 Introdução
Pode-se compreender a Administração Pública como o braço executivo do governo, a
estrutura que permite formular, implantar e executar as políticas públicas por este definido;
em seguida, é possível analisá-la sob a perspetiva da prática profissional de indivíduos que se
envolvem cotidianamente nas atividades organizadas pela estrutura supracitada; por fim, ela
pode ser trabalhada como um campo de pesquisa e de produção de conhecimento sobre os
dois primeiros elementos.
I fase, de 2001 a 2005 e II fase de 2006 a 2011. A I fase teve como objetivo: a criação das
condições básicas para a implementação da Reforma do Sector Público em particular as
condições organizacionais, técnico-metodológicas e legais para a gestão da reforma e a
mobilização de recursos financeiros e humanos.
2 Obejectivos:
2.1 Geral:
2.2 Específicos:
Explicar a importância dos princípios éticos na administração publica moçambicana e
os seus valores e;
Discutir sobre ética em Moçambique.
3 Metodologia
O trabalho foi elaborado por meio da pesquisa bibliográfica e a Internet, contudo o trabalho
apresenta conteúdo descritivo e explicativo. Segundo Gil (2006:65), pesquisa bibliográfica é
aquela que é desenvolvida a partir do material já elaborado, constituído principalmente de
livros e artigos científicos. Esta é relevante para a realização dos trabalhos porque facilita a
recolha de dados, utilizando os métodos científicos. Estas são pesquisas usadas para que o
objetivo pretendido no presente trabalho fosse alcançado, e após estas pesquisas fez-se a
devida revisão das várias abordagens trazidas a tona pelos autores das obras consultadas.
4 Revisão da literatura
4.1 Uma delimitação do conceito da Ética
Falar de ética é abandonar a pretensão da neutralidade, pois o conceito exige uma tomada de
posição por parte do estudioso, que não apenas revela sua visão de como o mundo deveria
ser, mas também os valores que ele esposa e defende. Sendo um tema notoriamente difícil de
se abordar, a ética deve ser compreendida à luz da filosofia, e discutida dentro da realidade do
campo de conhecimento com o qual se trabalha. Esta seção examina inicialmente o conceito
de ética para, em seguida, partir para uma definição que norteará as discussões subsequentes.
Aristóteles, em sua “Ética a Nicômaco”, afirmou que toda arte e toda investigação buscam
um bem, que é a tendência para a qual todas as coisas convergem; esse bem é a finalidade
suprema, o “sumo bem”, para o qual, segundo ele, a ciência política (que pode discuti-lo para
todas as nações e cidades) se mostra como a discussão adequada (ARISTÓTELES, 1987). A
felicidade é identificada como esse bem supremo, e Aristóteles a discute a fundo,
considerando-a o único bem que é desejável por si mesmo, o único que não contribui para
outras coisas, o único que é bom em si. Dessa maneira, a ética é o conhecimento e a prática
do bem, da felicidade que, uma vez alcançada, leva o homem a ser bom e a agir bem. Desde
que Aristóteles produziu essa reflexão, verdadeiro “marco zero” da ética, inúmeros
pensadores se debruçaram sobre o problema e produziram suas próprias ideias, e não é tarefa
deste artigo produzir uma visão, mesmo que sumária, da história dessas reflexões. Mas era
necessário recuperá-la, haja vista que a concepção aristotélica é útil para trilhar o caminho
que liga a ética à Administração Pública.
Para essa autora, as éticas aplicadas se referem a contextos específicos nos quais se
desenvolvem análises de consequências e decisões são tomadas. Ou seja, trata-se de uma
ética circunscrita na realidade, que abandona quaisquer pretensões de universalidade para
focalizar em problemas relevantes para a área à qual se aplica, mas não necessariamente às
outras. Três características das éticas aplicadas merecem destaque: a) buscam responder
problemas práticos e concretos relacionados a práticas profissionais e sociais; b) exigem um
diálogo multidisciplinar para poderem superar o paroquialismo e as compartimentalizações
da realidade; c) apresentam-se sob a forma de práticas e discursos que interagem fortemente.
A autora ainda observa, com base na primeira dessas características, que as éticas aplicadas
se opõem ao modelo dedutivista da filosofia moral – ou seja, os princípios e normas de uma
ética aplicada são produzidos de maneira indutiva, por meio de casos particulares, de
situações concretas específicas e de decisões tomadas; uma vez aplicados a outros casos e
situações, podem aspirar ao status de guias de ação para a área ou esfera da vida ao qual se
aplicam.
Como não se tem a pretensão de esgotar a discussão sobre o conceito de ética, pode-se agora
apresentar uma definição própria, útil para os propósitos deste estudo: a ética é a reflexão
sistemática e rigorosa sobre os valores, as normas de conduta e os princípios morais que
norteiam a ação do ser humano junto aos seus semelhantes. A ética se aplica a toda esfera da
vida humana, a cada tipo de ação, dentro do quadro mais amplo dos valores morais da
sociedade; ou seja, não deveria haver tensão entre estes no sentido geral e sua aplicação a
problemas específicos, como a bioética, a administração ou o direito. Assim, a ética é uma
reflexão sobre como deveria ser o agir humano conforme uma determinada estrutura de
valores.
O governo de Moçambique ao zelar pelos interesses de cada cidadão, zela pelos interesses
gerais da sociedade e seus valores e assume um compromisso social que lhe aporta
responsabilidades:
Os funcionários, no exercício da sua actividade, devem tratar de forma justa e imparcial todos
os cidadãos, actuando segundo rigorosos princípios de neutralidade.
A ética poderia ser concebida como a reflexão moral sobre como deve ser a prática
administrativa, ao passo que a ética na administração publica seria uma qualificação dada à
prática, conforme a reflexão de um agente que analise e procure compreender a situação.
Enquanto a primeira teria um caráter geral, a segunda poderia ser simplesmente uma
qualificação concedida por alguém, aplicada a uma situação específica. Não há tensão entre
esses aspectos; códigos de ética para os servidores públicos, por exemplo, personificam a
busca por princípios de conduta moral que devem basear a prática profissional ao mesmo
tempo que permitem uma análise dessa prática e sua posterior adjetivação como “ética” ou
não.
É importante lembrar que por ética entende-se, neste estudo, como uma reflexão crítica sobre
a moralidade, tendo como objecto os juízos de valor quando se aplicam à distinção do bem e
do mal. Neste processo, buscam-se um conjunto de princípios e disposições voltadas para a
acção historicamente produzidos, cujos objectivos, são pôr limites às acções dos homens em
sociedade. E os tais princípios quando aplicados na administração publica, constituem a ética
na administração publica.
Como qualquer área do conhecimento, a Administração Pública envolve questões éticas, que
dizem respeito não somente às suas ações e resultados, mas também aos princípios que a
governam. Essas questões são tangenciadas pelos modelos que foram produzidos ao longo do
tempo para lidar com o desafio de administrar as ações governamentais na busca do governo,
mas pode-se afirmar que o tratamento dado a elas por esses modelos é insatisfatório e exige
maior aprofundamento.
As diferentes teorias éticas construídas ao longo de mais de vinte séculos de reflexão moral
podem ajudar a superar este problema. Estudos mais aprofundados sobre os fundamentos dos
modelos de Administração Pública e sobre as consequências de sua adoção, orientados por
uma perspectiva ética, devem ser empreendidos para que se possa efetivamente chegar a uma
conclusão a respeito de como se pode equacionar o problema de bem administrar as
atividades públicas, isto é, de agir de acordo com as necessidades e interesses de uma
população que clama por serviços públicos. É inegável que a Administração Pública lida com
problemas de fundo moral; como esses problemas são trabalhados é, por outro lado, uma
questão ainda em aberto.
9 Referencias bibliográficas
BENTHAM, Jeremy. Uma introdução aos princípios da moral e da legislação. São Paulo:
Nova Cultural, 1989.
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to a spring of hope. Public Administration Review, v. 57, n. 6, p. 517 – 526, nov./dec. 1997.
CORTINA, Adela; MARTÍNEZ, Emilio. Ética. São Paulo: Loyola, 2005.DAVIS, Nancy
(Ann). Contemporary deontology. In: SINGER, Peter (Org.). A companionto ethics. Oxford:
Blackwell, 1997. p. 205 – 218.
DENHARDT, Janet V.; DENHARDT, Robert B.The new public service: serving, not
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MORGAN, Douglas F. The public interest. In: COOPER, Terry L. (Ed.). Handbook of
administrative ethics. New York: Marcel Dekker, 1994. p. 125 – 146.
RAWLS, John. História da filosofia moral. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
WEBER, Max. Os fundamentos da organização burocrática: uma construção de tipo ideal. In:
CAMPOS, Edmundo (Org.). Sociologia da burocracia. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1978. p. 15 – 28.
WILLIAMS, Bernard. Moral: uma introdução à ética. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
LEGISLAÇÃO:
Lei sobre o Desvio de Fundos do Estado; Lei n°4/ 90, de 26 de Setembro, Normas de
Conduta, Direitos e deveres dos Dirigentes Superiores do Estado; República de Moçambique.
Constituição da República 2004. Imprensa Nacional. Maputo.