Liliana 111652

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 18

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS PARA EDUCAÇÃO-UEMAnet

UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL-UA

CURSO PEDAGOGIA

DISCIPLINA PRÁTICA CURRICULAR NA EDUCACIONAL

MARCOS DO NASCIMENTO DE SOUSA


BARBARA LAYANE VIEIRA RODRIGUES
MARIA LÚCIA DA SILVA FREITAS
DENISE SOUSA MEDEIROS
ANTONIA MARIA BARBOSA DE SOUSA
AMILTON DE SOUSA FERREIRA
LILIANA SAMPAIO BARBOSA

RELATÓRIO DO PROJETO DESENVOLVIDO NA DISCIPLINA PRÁTICA


CURRICULAR: EDUCAÇÃO, CULTURA E TRABALHO

LAGO DA PEDRA - MA
2024
MARCOS DO NASCIMENTO DE SOUSA
BARBARA LAYANE VIEIRA RODRIGUES
MARIA LÚCIA DA SILVA FREITAS
DENISE SOUSA MEDEIROS
ANTONIA MARIA BARBOSA DE SOUSA
AMILTON DE SOUSA FERREIRA
LILIANA SAMPAIO BARBOSA

RELATÓRIO DO PROJETO DESENVOLVIDO NA DISCIPLINA PRÁTICA


CURRICULAR: EDUCAÇÃO, CULTURA E TRABALHO

Relatório das atividades do projeto desenvolvido,


apresentado ao Componente Curricular Prática
Curricular na Dimensão Educacional do curso
Pedagogia – Licenciatura.

Professora: Cléia Maria Lima Azevedo

Tutor: Erivam Rodrigues da Silva

LAGO DA PEDRA - MA
2024
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 03

2. DESCRIÇÃO DO PROJETO................................................................................ 05

3. APORTE TEÓRICO DO PROJETO ..................................................................... 07

4. A PESQUISA: ANALISE E PRINCIPAIS CONCLUSÕES .................................... 08

5. INTERVINDO A PARTIR DA PESQUISA, O RELATO DA EXPERIÊNCIA ........... 10

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 11

REFERÊNCIAS

ANEXOS/APÊNDICE
1. INTRODUÇÃO

Ao longo do tempo a escrita da história humana passou por inúmeras


revoluções, principalmente devido a evolução das tecnologias. Dito isso,
notamos que hoje algumas atividades vêm perdendo espaço no mundo
capitalista. Podemos citar em especial a depreciação do manejo dos babaçuais,
típicos da região norte, nordeste e centro-oeste. De acordo com
(GUSMÃO,2022) o recolhimento do babaçu está cadavez mais escasso devido
a falta de mão de obra e a falta de engajamento das novas gerações.

Em alusão a desvalorização queremos elucidar neste projeto em


especial a temática “Educação e valorização cultural” em alusão
desvalorização das quebradeiras de coco babaçu e o incentivo à prática
esquecida”. Trabalhar essa temática é relevante, pois se trata de um assunto
em voga na sociedade, principalmente devido a desvalorização dessa prática
cultural Maranhense. Além disso, percebe-se a necessidade do
reconhecimento dessa cultura e da preservação da prática da extração do coco
babaçu.

O tema se se justifica ao fato das experiências vividas dentro da


COPPALJ (Cooperativa dos Pequenos Produtores), bem como as vivências
por meio de visitas a comunidade das quebradeiras de coco babaçu na cidade
de Lago do Junco. Notou-se por meio das visitas de campo a desvalorização
das mulheres com relação ao incentivo a perpetuação da prática da quebra do
babaçu e a falta de apoio dos donos de terras na aceitação da extração em
suas terras.

Pretende-se com este projeto de intervenção, conscientizar, a partir de


um diferencial, que é o incentivo a valorização da preservação da cultura do
manejo e extração do coco babaçu. Destacar a relevância da atividade e suas
contribuições no âmbito: ambiental, econômico, social e cultural. Promover
palestras, oficinas e campanhas nas redes sociais no intuito de fortalecer a
cultura estudada.

Faz-se necessário destacar que o projeto faz parte da disciplina –


Prática Curricular na Dimensão Político Social do curso de Pedagogia. Os
autores que servirão como base para a pesquisa serão: Luís Antônio Gusmão,
Pierre Bourdier, Viviane de Oliveira Barbosa e Andréa Lisly Gonçalves.

A metodologia do projeto é bibliográfica, uma vez que foram utilizadas várias


fontes (livros) por meio de autores, o trabalho se enquadra em pesquisa de campo,
pois o local de pesquisa foi visitado e investigado. Além disto, o projeto culminará com
as ações realizadas na cidade de Lago do Junco, Paulo Ramos e Lago dos Rodrigues,
ações como: palestras, oficinas, divulgação nas mídias sociais acerca da relevância
do tema e distribuição de alguns equipamentos de segurança com apoio COPPALJ
(Cooperativa dos Pequenos Produtores).
Contudo, percebe-se o quão é urgente que a proposta seja efetuada, pois
preservar as palmeiras e valorizar as extratoras é uma pauta importante, uma vez que,
fazendo isso é valorizado a cultura, economia e o meio ambiente.
05

2. DESCRIÇÃO DO PROJETO

A COOPALJ (cooperativa dos pequenos produtores) foi fundada em 15 de


abril de 1991 e nasceu dentro do movimento de mulheres pela luta contra a
derrubada de palmeiras de babaçu. Atualmente, a cooperativa é a única nacional
responsável pela produção de óleo orgânico de babaçu certificado pelo IBD.

Partindo desse entendimento, surgiu o interesse para a elaboração do


projeto: Educação, cultura e trabalho, uma vez que entendemos que o mesmo
contribui não só para a percepção da necessidade de preservação da prática da
extração do coco babaçu, mas também como um incentivo à nova geração, que se
mostra alheia a essa cultura primordial.

Além disso, trata-se de uma temática essencial na nossa formação


acadêmica, considerando ser a maior e mais utilizada fonte de renda da nossa
região.

Assim, nos questionamos como poderíamos utilizar o trabalho dessa


instituição, para o desenvolvimento educacional da população local? E diante dessa
problematização buscamos investigar as contribuições da mesma para a educação,
discutir como a palmeira deve ser mencionada no contexto escolar da região a partir
das orientações e ideias de diferentes teóricos, como por exemplo, Luís Antônio
Gusmão, Pierre Bourdier, Viviane de Oliveira Barbosa, Andreia Lisley Gonçalves, e
também de nossas observações de campo.

Desta maneira, objetiva-se através da educação a valorização das


quebradeiras de coco e encorajamento da prática para a geração futura, destacando
a relevância das atividades e suas contribuições, sobretudo no contexto escolar
regional.

Nesse sentido, adotamos uma metodologia bibliográfica, pois usufruímos do


conhecimento que já existia sobre o tema em questão e em seguida fizemos uma
abordagem qualitativa de caráter exploratório, caracterizada por uma pesquisa de
campo, que consistiu na observação de fatos como ocorreram espontaneamente.
De acordo com os dados levantados e as bibliografias estudadas pudemos
observar que a cultura do babaçu não só deve ser preservada e incentivada em
âmbito social, mas também no campo educativo, devendo o assunto ser inserido
nos planejamentos pedagógicos locais, objetivando que as crianças desde de a
educação infantil, desenvolvam a consciência ambiental, sobretudo a importância
de preservar a cultura do babaçu.
3. EDUCAÇÃO E VALORIZAÇÃO CULTURAL

Muito se tem discutido ultimamente, acerca da relevância da educação na


valorização da cultura e do trabalho. Dentre tantos fatores relevantes a serem
destacados temos: educação formal, não formal e valorização da cultura.

É necessário pontuar de início, que ninguém escapa da educação ela está


em todos os lugares. Podemos observá-la nas ruas, na igreja, nas praças e em
vários lugares, ou seja, a educação está ao nosso redor. Por outro lado, convém
destacar que a educação pode ser compreendida de duas formas: educação formal
e não formal. A educação formal é aquela que é desenvolvida pela instituição
escolar e tem espaço próprio onde ocorre as aprendizagens de maneira
sistemática e com regras previamente estabelecidas.

Já a educação informal é diferente da educação citada acima, pois ela não


tem local próprio e ocorre fora do sistema formal de ensino sendo ela
complementar e muito importante. Cada um dos tipos de educação é importante,
pois não se pode pensar em uma educação que se perpetua apenas nas quatro
paredes de um prédio. Com isso, entender o papel de cada uma é essencial para
uma educação plena.
Percebe-se na conjuntura atual a depreciação da cultura do manejo dos
babaçuais, típicos da região norte, nordeste e centro-oeste. Convém ressaltar que
os livros didáticos e escolas pouco ou não exploram essa cultura antiguíssima do
território maranhense. De acordo com (GUSMÃO,2022) o recolhimento do babaçu
está cada vez mais escasso devido a desvalorização à falta de mão de obra e a falta
de engajamento das novas gerações. Essa prática árdua é uma das formas de
subsistência de muitas famílias no maranhão nos dias atuais, principalmente na zona
rural.

Portanto, esses assuntos são poucos abordados na escola, e ver se há a


cultura morrendo a cada dia mais só falta de um olhar para essa cultura tão rica e
tão benéfica que está sendo deixada de lado a cada dia. Valorizar é necessário e
também ensinar as sobre essa cultura tão importante haja vista que faz parte da
nossa realidade maranhense.
4. A PESQUISA: ANALISE E PRINCIPAIS CONCLUSÕES

5. Delineamento conclusivo do grupo

Foi feito um estudo empírico em relação a cultura e o exercício das quebradeiras de coco
babaçu no município de Lago do Junco no estado do Maranhão. Todo o desenvolvimento da pesquisa
foi participante, beneficiado os saberes dos trabalhadores sobre seu campo de trabalho. Desde a colheita
do coco babaçu, a quebra ,a venda e a conversão da matéria prima de produtos que vão da culinária até
a construção de casas .

Nessa perspectiva , é tão valioso compreender a importância econômica e cultural tão


significativa que abrange um público tão alto de pessoas na luta e resistência pelo extrativismo do
babaçu há diversas gerações , e entender os aspectos educacionais que ajudam a perpetuar a cultura.

Nesse contexto, a cultura do extrativismo do coco está sendo afetada não somente no campo
, mas também no ensino ,na educação, na missão de incentivar tais gerações futuras. Com a
desvalorização e a falta de buscas de alternativas para pedagogias que reeducam e incentivam os
sujeitos a desenvolverem ações competentes em solidariedade e coletividade. São iniciativas em que
germinam uma nova forma de organização de sociedade .

Por toda essa soma cultural de caráter de identidade coletiva e ao combate pelo
reconhecimento social e valorização colocamos em prática nosso projeto de intervenção.

Nos procedimentos utilizados para a pesquisa a primeira etapa instituiu em um levantamento


bibliográfico com perquisição em leituras sobre quebradeiras de coco babaçu, acerca das categorias
conceituais norteadoras da problemática do trabalho, nesse contexto Gil (1994), explana que a pesquisa
bibliográfica apresenta-se como uma metodologia de pesquisa que subsidia teoricamente todas as
demais metodologias investigativas, que exigem estudos exploratórios ou descritivos uma vez que
permite uma ampla visão da problemática que permeia e conduz a investigação possibilitando também
a construção literária de um quadro conceitual que envolve o objeto pesquisado.

Na segunda etapa se tratou de um momento mais especifico do trabalho de campo, decorreu-


se de uma aplicação de uma entrevista feita para: quebradeiras de coco, fazendeiros, professores e
sociedade em geral onde de forma ampla podemos conhecer o tema abordado.

Na terceira etapa realizamos a intervenção do projeto de intervenção por meio de palestras,


oficinas e mobilização digital.
Por fim, chegamos a conclusão acerca do quão importante é o tema proposto e a relevância
de resgatar e valorizar essa cultura da extração e manejo do coco babaçu. Outrossim, trabalhar esse
assunto na escola é tão importante quanto trabalhar a cultura do bumba-meu-boi dentre outras, afinal,
cultura patrimônio histórico.
6. INTERVIDO A PARTIR DA PESQUISA, O RELATO DA EXPERIÊNCIA

Com base nos estudos realizados, percebe-se a depreciação cultural do manejo


e extração do coco babaçu. Percebe-se também que esse assunto raramente são
abordados nas mídias socias e tão pouco são incluídos no contexto educacional com
prática cultural nos livros ou projetos. Infelizmente, essa cultura está desaparecendo
e é dever nosso preservar e valorizar essa cultura.
A atividade de intervenção acerca problemática da desvalorização cultural
maranhense, não poderia ser outra. Regatar, valorizar e conhecer um pouco mais
dessa cultura do manejo e extração do coco babaçu.
As ações de intervenção foram realizadas nas escolas por meio de palestras
com a temática valorização da cultura maranhense. Além disso, outra ação relevante
foi a propagação de mensagens, cartazes e vídeos por meio das mídias sociais.
As palestras foram realizadas nas escolas em algumas cidades do Maranhão
como, a saber: Lago do junco, Paulo Ramos e Lago dos Rodrigues. O público alvo
foram: professores e alunos. Outrossim, foram criados folhetins e entregue aos alunos
para conscientização e valorização da cultura maranhenses. Nossa atuação também
teve como alvo as mídias socias ( Instagram, WhatsApp, facebook e Youtube) onde
divulgamos nas principais redes socias nossa mensagem em devesa da cultura
maranhense da extração e manejo do coco babaçu.
O feedback da comunidade escolar e dos professores incentivadores do projeto
foram os melhores. Muitos relatos positivos recebemos e certamente atingimos o
objetivo proposto. Infelizmente, também notamos o preconceito que algumas pessoas
tem com relação a essa prática cultural.
Trabalhar essa temática sem dúvidas trouxe inúmeras reflexões acerca da
valorização do patrimônio cultural maranhense. Esse tema em voga, certamente
contribuirá para a formação acadêmica, uma vez que cultura e educação estão
atreladas.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A disciplina de Prática na Dimensão Política Educacional, nos proporcionou uma


visão macro acerca da educação, trazendo conhecimentos profundos acerca do
entrelaço entre educação e cultura. Foi muito proveitoso trabalhar nessa perspectiva
educação e cultura, e o enriquecimento cultural certamente permeará práticas
pedagógicas futuras.
Contudo, percebe-se a grande importância de resgatar a cultura por meio da
educação. Sabe-se que, somente conhecendo é possível compreender o real valor
que uma cultura para a história de um povo. Certamente conhecendo, podemos
resgatar, regatando podemos valorizar, assim, não deixaremos nossa cultura
maranhense morrer.
REFERÊNCIAS

BARBOSA, Viviane de Oliveira. Mulheres do Babaçu: Gênero, maternalismo


emovimentos sociais no Maranhão. Tese de Doutorado, UFF: 2013.
BOURDIER, Pierre. A dominação Masculina. 5°ed. Rio de Janeiro, RJ: Bestbolso,
2017.
GONÇALVES, Andréa Lisly. História e Gênero. Belo Horizonte: Autêntica Editora,
2015.
GUSMÃO, Luís Antônio, Boas práticas no manejo dos babaçuais, Editora Central do
cerrado, 202
ANEXOS/APÊNDICE

Campanha feita e postada nas redes sociais na luta contra a valorização cultural e
resgate da cultura Maranhense.
Campanha feita e postada nas redes sociais na luta contra a valorização cultural e
resgate da cultura Maranhense.
Visita a COPPALJ (Cooperativa dos Pequenos Produtores).
Visita nas escolas para falar acerca da valorização da cultura maranhense.

Data: 09/04/2024 U.I. Educandário da Paz – Paulo Ramos

Visita nas escolas para falar acerca da valorização da cultura maranhense.

Data: 08/04/2024 – Lago dos Rodrigues


QUESTIONÁRIO ( PARA AS QUEBRADEIRAS DE COCO BABAÇU)

1) Qual a importância do coco babaçu para a economia da sua família?


2) Como essa cultura chegou até você?
3) Qual as dificuldades enfrentadas no manejo e extração do coco babaçu?
4) Qual o incentivo público ou privado que vocês recebem para continuar
produzindo?
5) Como você enxerga a importância do faz?
6) Como as novas gerações enxergam seu trabalho?

QUESTIONÁRIO ( PARA PROFESSORES)

1) Os livros didáticos abordam a valorização da cultura maranhense, como a


extração e manejo do coco babaçu?
2) Existem projetos escolares voltados a cultura maranhense? Justifique.
3) Como você enxerga essa cultura?
4) Conhece alguém que pratica essa cultura, qual sua opinião acerca disso?
Justifique.

Você também pode gostar