Dilson Nobre Da Silva-TCC
Dilson Nobre Da Silva-TCC
Dilson Nobre Da Silva-TCC
PALMAS - TO
2019
DILSON NOBRE DA SILVA
PALMAS - TO
2019
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais Albertino Nobre de Almeida e Maria Anunciação
Silva de Almeida, a minha esposa Raquel Ribeiro Rodrigues Nobre e ao meu filho Enzo Miguel
Rodrigues Nobre, que sempre acreditaram no meu potencial e contribuíram com essa conquista.
Amo vocês mais que tudo!
AGRADECIMENTOS
RESUMO........................................................................................................................ 10
ABSTRACT.................................................................................................................... 11
1.INTRODUÇÃO........................................................................................................... 12
2.OBJETIVOS................................................................................................................ 13
2.1 Objetivo geral........................................................................................................... 13
2.2 Objetivos específicos................................................................................................ 13
3. ANEXO 1: ARTIGO PUBLICADO NA REVISTA ELETRONICA ACERVO
SAÚDE............................................................................................................................ 14
RESUMO
O AVC é uma doença silenciosa, com grande impacto na população brasileira devido
sua grave taxa de morbidade entre o grupo de doenças vasculares, sendo a principal causa de
incapacidade e invalidez entre adultos e idosos, chegando a ser fatal em 40% a 50% das vítimas
após seis meses, onde a maioria dos sobreviventes mostram déficits neurológicos e deficiência
residual significativos, tornando o AVC a principal causa da deficiência funcional mundial. O
Ministério da Saúde afirma que os AVC são a 1º causa de morte entre as doenças
cardiovasculares no Brasil, atingindo principalmente as mulheres (OLIVEIRA; 2013).
Os AVC podem ocorrer tanto por obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro (Derrame
Isquêmico), ocorrendo em cerca de 80% dos casos, como também por hemorragias cerebrais
(Derrame hemorrágico), compreendendo os 20% dos casos restantes (AMORIM; 2012).
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de morte mundial,
variando de acordo com o desenvolvimento socioeconômico do país, assim, a grande maioria
dos casos ocorrem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, atingindo um terço da
parcela economicamente ativa nesses países. Todo esse cenário se torna mais preocupante,
porque a Organização Mundial de Saúde – OMS estima um aumento de 300% na população
idosa nos países em desenvolvimento até 2025, quando o Brasil será o 6º país em população
idosa mundial (BENSENOR, et. al.; 2015).
Na América Latina, o AVC atinge 150 pessoas a cada 100.000 habitantes, sendo letal
em quase metade dos casos. O Ministério da Saúde relata que o AVC é uma das principais
causas de óbito em adultos, responsável por 10% das internações hospitalares públicas, sendo
fatal até 12 meses depois em até 40% dos sobreviventes, pois estes necessitam de reabilitação
para as sequelas consequentes do AVC, posto que 70% não retornam ao trabalho e 30%
necessita de auxílio para caminhar, diminuindo severamente a qualidade de vida, entretanto, os
últimos avanços na prevenção, atendimento pré-hospitalar e hospitalar, como também no
tratamento das sequelas do AVC, trouxeram excepcional melhoria no prognóstico desses
pacientes(DE SÁ, et. al.; 2014).
Todo esse cenário exige políticas públicas voltadas para intervir nessa problemática,
capacitando profissionais de saúde para essa nova realidade, capazes de atuar em todos os níveis
de prevenção, tanto no combate e prevenção do AVC, como também na atenção imediata do
atendimento pré-hospitalar e hospitalar, mas também nos cuidados para recuperação das
condições de saúde do indivíduo, reabilitando-o para novas condições físicas, melhorando sua
qualidade de vida. Portanto, é evidente a importância do profissional de enfermagem no
atendimento ao paciente com AVC, tanto no atendimento pré-hospitalar, como também no
hospitalar, contribuindo sensivelmente para um melhor prognóstico na alta hospitalar, porque
potencializa resultados da reabilitação, minimizando o impacto causado pelas alterações da
função sensório-motora deixadas pelo AVC, promovendo melhor independência funcional e a
qualidade de vida nesses pacientes (SOUZA; OLIVEIRA; 2012).
Está pesquisa foi publicada na Revista Eletrônica Acervo Saúde, no mês de novembro
de 2019 que pode ser verificado através do DOI: https://doi.org.10.25248/reas.e2136.2019.
2. OBJETIVOS
Dilson Nobre da Silva1-2*, Mislene Ferreira Xavier de Melo1, Ériko Marvão Monteiro Duarte1-3, Ana Kleiber Pessoa
Borges1-4.
RESUMO
Objetivo: Identificar na literatura quais os cuidados de enfermagem no atendimento da vítima sequelado de Acidente
Vascular Cerebral. Métodos: Trata-se de uma revisão literária para identificação de diagnósticos e assistências de
enfermagem adequados para pacientes acometidos por AVC. A busca dos materiais ocorreu em bases de dados
indexados, como PubMed, Scielo e Google Acadêmico, sendo utilizado os descritores: Acidente Vascular Cerebral,
Diagnóstico de Enfermagem, Assistência de Enfermagem e Cuidados. Resultados: A amostra final foi constituída
por 13 publicações, publicadas entre 2012 e 2019. Considerações Finais: Por meio deste estudo ficou evidente a
importância dos cuidados prestados pelo enfermeiro e sua equipe na assistência ao paciente vítima de AVC. Estudos
sobre diagnósticos de enfermagem são necessários para que haja melhor conhecimento científico na enfermagem,
fundamentando melhor as intervenções de enfermagem voltadas para o controle de resultados satisfatórios,
norteando planos de cuidado baseado em evidencias, possibilitando uma promoção de bem-estar e qualidade de
vida ao paciente com AVC. Intervenções na prevenção, tratamento e reabilitação são eficazes e condizentes tendo
em vista a necessidade da comunidade e do indivíduo, as mesmas devem ser individualizadas, sistematizadas e de
qualidade.
Palavras-Chave: Acidente Vascular Cerebral, Diagnóstico de Enfermagem, Assistência de Enfermagem, Cuidados.
ABSTRACT
Objective: To identify in the literature the nursing care in the care of the sequential victim of Cerebral Vascular
Accident. Methods: This is a literary review to identify diagnoses and nursing assistence suitable for patients affected
by stroke. The search of the materials took place in indexed detabases, such as PubMed, Scielo and Google
Academic, using the descriptors: Cerebral Vascular Accident, Diagnosis of Nursing, Nursing Assistance and Care.
Results: The final sample consisted of 13 publications published between 2012 and 2019. Final Considerations:
Through this study, it was evident the importance of the care provided by the nurse and his team in the care of the
stroke patient. Studies on nursing diagnoses are necessary for better scientific knowledge in nursing, better basing
nursing interventions aimed at controlling satisfactory results, guiding evidence-based care plans, enabling a
promotion of well-being and quality of life for patients with stroke.
Key words: Cerebral Vascular Accident, Diagnosis of Nursing, Nursing Assistance, Care.
1
Universidade Federal do Tocantins (UFT), Palmas -Tocantins. *E-mail: [email protected]
2
Hospital Geral de Palmas Dr. Francisco Ayres e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (SAMU). Palmas -Tocantins.
3
Sistema único de Saúde (SUS). Palmas – Tocantins.
4
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Rio Claro, SP.
RESUMEN
Objetivo: Identificar en la literatura cuáles son los cuidados de enfermaría en la atención de la víctima
secuelada de Accidente Vascular Cerebral. Métodos: Se trata de una revisión literaria para identificar
diagnósticos y asistencias de enfermería adecuados para pacientes afectados por AVC. La búsqueda de los
materiales ocurrió en bases de datos indexadas, como PubMed, Scielo y Google Académico, siendo utilizado
los descriptores: Accidente Vascular Cerebral, Diagnóstico de Enfermería, Asistencia de Enfermería y
Cuidado. Resultados: La muestra final consta de 13 publicaciones publicadas entre 2012 y 2019.
Consideraciones Finales: A través de este estudio se puso de manifiesto la importancia de los cuidados
prestados por el enfermero y su personal en la asistencia al paciente víctima de la apoplejía. Los estudios de
diagnóstico de enfermería son necesarios para que haya mejor conocimiento científico en la enfermería,
fundamentando mejor las intervenciones de enfermería dirigidas al control de resultados satistactorios,
guiando planes de salud baseados en evidencias, posibilitando una promoción del bienestar del paciente con
derrame.
Palabras clave: Accidente Cerebral, Diagnóstico de Enfermería, Asistencia de Enfermería, Cuidado.
INTRODUÇÃO
A partir do investimento na prevenção de doenças infectocontagiosas imunopreveníveis, o perfil
epidemiológico brasileiro vem mudando para doenças crônico-degenerativas, como: doenças
cerebrovasculares, cardiocirculatórias, endócrinas, carcinogênicas e autoimunes, dentre essas doenças, o
Acidente Vascular Cerebral (AVC) vem se destacando, já representando a 3º principal causa de morte em
países industrializados, como o Brasil, e a principal causa de incapacidade entre adultos e idosos (ALMEIDA
SEM, 2012).
O AVC é uma doença silenciosa, com grande impacto na população brasileira devido sua grave taxa de
morbidade entre o grupo de doenças vasculares, sendo a principal causa de incapacidade e invalidez entre
adultos e idosos, chegando a ser fatal em 40% a 50% das vítimas após seis meses, onde a maioria dos
sobreviventes mostram déficits neurológicos e deficiência residual significativos, tornando o AVC a principal
causa da deficiência funcional mundial. O Ministério da Saúde afirma que o AVC é a primeira causa de morte
entre as doenças cardiovasculares no Brasil, atingindo principalmente as mulheres (OLIVEIRA DS, 2013).
Nos países em desenvolvimento a incidência das doenças crônicas que não são transmissíveis vem tendo
um rápido crescimento quando se comparado com países desenvolvidos, sendo que na atualidade, cerca de
dois terços dos Acidentes Vasculares Cerebrais (AVC) ocorrem nesses países. A Hipertensão Arterial
Sistêmica (HAS) é a principal causa que oferece risco para o desenvolvimento dessa patologia (LIMA AGT e
PETRIBÚ K, 2016; CARVALHO MRS, et al., 2019).
Os AVC podem ocorrer tanto por obstrução de um vaso sanguíneo no cérebro (Derrame Isquêmico),
ocorrendo em cerca de 80% dos casos, como também por hemorragias cerebrais (Derrame hemorrágico),
compreendendo os 20% dos casos restantes (AMORIM DM, 2012).
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) está dentro do grupo das principais causas de morte mundial,
variando conforme o desenvolvimento socioeconômico do país, acometendo principalmente países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, chegando a atingir um terço da parcela economicamente ativa
nesses países. Este cenário se torna preocupante, pois a Organização Mundial de Saúde – OMS estima um
aumento de 300% na população idosa nos países em desenvolvimento até 2025, quando o Brasil será o sexto
país em população idosa mundial (BENSENOR IM, et al., 2015).
Na América Latina, o AVC atinge 150 pessoas a cada 100.000 habitantes, sendo letal em quase metade
dos casos. O Ministério da Saúde relata que o AVC é uma das principais causas de óbito em adultos,
responsável por 10% das internações hospitalares públicas, sendo fatal até 12 meses depois em até 40% dos
sobreviventes, pois estes necessitam de reabilitação para as sequelas consequentes do AVC, posto que 70%
não retornam ao trabalho e 30% necessita de auxílio para caminhar, diminuindo severamente a qualidade de
vida, entretanto, os últimos avanços na prevenção, atendimento pré-hospitalar e hospitalar, como também no
tratamento das sequelas do AVC, trouxeram excepcional melhoria no prognóstico desses pacientes (DE SÁ
BP, et al., 2014).
É notório o impacto social, econômico e previdenciário do AVC, porque é um problema de saúde pública
que atinge preferencialmente a população adulta e principalmente a idosa, ainda mais aliado a informação de
que o Brasil será o sexto país em população idosa no mundo (DALPIAN APC, et al., 2013).
Todo esse cenário exige políticas públicas voltadas para intervir nessa problemática, capacitando
profissionais de saúde para essa nova realidade, capazes de atuar em todos os níveis de prevenção, tanto
no combate e prevenção do AVC, como também na atenção imediata do atendimento pré-hospitalar e
hospitalar, mas também nos cuidados para recuperação das condições de saúde do indivíduo, reabilitando-o
para novas condições físicas, melhorando sua qualidade de vida. Portanto, é evidente a importância do
profissional de enfermagem no atendimento ao paciente com AVC, tanto no atendimento pré-hospitalar, como
também no hospitalar, contribuindo sensivelmente para um melhor prognóstico na alta hospitalar, porque
potencializa resultados da reabilitação, minimizando o impacto causado pelas alterações da função sensório-
motora deixadas pelo AVC, promovendo melhor independência funcional e a qualidade de vida nesses
pacientes (SOUZA MP e OLIVEIRA IRS, 2012).
Fica evidente que a atuação da enfermagem demonstra grande importância na assistência do paciente
com AVC, sendo preciso que se discuta a prática do profissional enfermeiro neste tipo especial de
atendimento, identificando os diagnósticos de enfermagem e seus respectivos cuidados. Desta forma esta
pesquisa justifica-se pela necessidade de buscar na literatura quais os cuidados que a enfermagem deve ter
frente a um paciente vítima de AVC.
MÉTODOS
Trata-se de uma revisão de literatura, com utilização de livros e artigos indexados em banco de dados. A
busca dos materiais para esta revisão foi feita em bases de dados do PubMed (National Library of Medicine),
Scielo (Scientific Eletronic Library Online) e Google Acadêmico, sendo utilizado os descritores de ciência e
saúde: Acidente Vascular Cerebral, Diagnóstico de Enfermagem, Assistência de Enfermagem, Cuidados. Os
critérios de inclusão nesta revisão foram artigos publicados entre 2012 e 2019, disponíveis gratuitamente na
integra em português nas bases de dados que abordem a temática do estudo.
Foram excluídos da amostra os artigos cuja publicação antecede ao ano de 2012, que não contemplaram
a temática do estudo e que estavam duplicados em ambas as bases de dados. Após a busca nas bases de
dados utilizando o cruzamento dos descritores com o operador booleano “and” verificou-se que, conforme
ano de publicação entre 2012 e 2019, a base de dado que teve mais publicações foi o Google Acadêmico,
resultando em 31.240 publicações. As bases de dados Google Acadêmico, PubMed e Scielo tiveram poucas
publicações. O Quadro 2 detalha o quantitativo de publicações encontradas nas bases de dados.
Quadro 2 - Publicações selecionadas conforme tipo de estudo, objetivo, resultados e publicações entre 2012 e 2019.
AUTOR ANO TIPO DE ESTUDO OBJETIVO RESULTADOS
Almeida 2012 Estudo descritivo Verificar a epidemiologia do acidente vascular Foram registradas 160.621 internações por doenças
SRM de abordagem cerebral no Brasil. cardiovasculares em 2009. Observa-se nas publicações que há
quantitativa maior prevalência do AVC no gênero feminino (51,8%) em um
grupo de 2407 pacientes.
Amorim DM 2012 Estudo transversal, Avaliar os fatores de risco, a frequência de Foram avaliados 45 pacientes com diagnostico de AVCI, com
com o formato doença de Chagas, as características clínicas e idade entre 28 a 78 anos. 22 (48,9%) eram do gênero masculino,
caso-controle, de etiológicas em pacientes jovens com acidente houve predomínio da cor de pele negra (52,4%), seguida da parda
caráter vascular cerebral isquêmico e compará-los com (31%) e branca (16,7%), não houve pacientes de origem indígena
observacional, a população de faixa etária mais avançada e asiática. Fatores de riscos vasculares foram vistos em
descritivo e acompanhados no mesmo ambulatório de proporções variáveis na amostra, 75,6% apresentaram
analítico referência. hipertensão; 66,6% dislipidemia; 50% obesidade; 31,1% diabetes
mellitus; 20% doença arterial coronariana e 20% doença de
chagas. Foi encontrado índice elevado de tabagismo (70,5%) e
sedentarismo (48,8%).
Botelho TS, 2016 Estudo descritivo, Verificar o perfil epidemiológico dos pacientes Foram registrados no ano de 2013 26.436 internações referentes
et al. com abordagem internados devido o AVC no Brasil no ano de ao ataque isquêmico transitório (AIT) e 130.278 internações
quantitativa de 2014. referentes ao AVC não especificado em isquêmico ou
caráter explicativo hemorrágico. Houve Maior número de internações do gênero
masculino.
Bensenor 2015 Estudo descritivo, Utilizar a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) Foram estimadas 2.231 milhões de pessoas com AVC, sendo as
IM, et al. analítico, aplicada em 2013 para descrever a prevalência taxas de prevalência de 1,6% para homens e 1,4% para mulheres.
quantiqualitativo autodeclarada de AVC na população brasileira A prevalência aumentou com o envelhecimento sendo de 0.1%
(maior de 18 anos) com representação para nos estratos de 18 a 29 anos e atingindo 7,3% nas faixas etárias
todo o país, incluindo áreas urbanas e rurais, acima de 75 anos. A prevalência foi maior em indivíduos com
de acordo com sexo, raça/cor de pele, nível de menor escolaridade diminuindo à medida que a escolaridade
educação \e ocupação. aumentava. A prevalência não mudou de acordo com a raça/cor
da pele. A prevalência foi maior nas áreas urbanas em
comparação às rurais.
De Sá BP, et 2014 Pesquisa causal, Caracterizar o perfil sócio demográfico e Durante o período da pesquisa foram constatadas 9.057
al. quantitativa, epidemiológico de pacientes internados por internações pelo SUS, sendo 479 (5,28%) por doenças/ou insultos
descritiva, AVC em um hospital de médio porte no Vale do cardiovasculares. 125 internações (40,71%) foram por AVC, sendo
transversal de Taquari/RS, identificando as doenças 63 (50,4%) do sexo feminino e 62 (49,6%) do sexo masculino. A
censo associadas e manifestações clínicas, idade dos pacientes variou de 21 a 93 anos. Foram identificados 8
possibilitando uma visão ampliada sobre esta casos de Ataque Isquêmico Transitório (6,4%), 98 casos de AVCI
população, com vistas a fornecer informações (78,45) 19 casos de AVCH (15,2%).
para construção de novas estratégias de ação
na prevenção desta.
Dalpian 2013 Estudo analítico, Avaliar o grau de comprometimento da Fizeram parte da amostra oito pacientes do sexo masculino e cinco
APC, et al. descritivo, percepção corporal em pacientes pós-AVC, do sexo feminino, com idade variada entre 36 e 73 anos. Três
quantiqualitativo através da Scale for Controversive Pushing pacientes apresentaram AVCH, oito AVCI (62%) e dois não
(CSCP). sabiam informar e não dispunham de exames para verificação.
Galvão 2013 Estudo de revisão Compreender melhor a dimensão do conceito O conceito de autocuidado apresenta várias definições gerais,
MTRLS e teórica da literatura de autocuidado. com uma vasta gama relacionada com a saúde e com a pessoa.
janeiro
JMSV
Lima 2016 Estudo de revisão Verificar os diagnósticos de enfermagem Foram selecionados nove artigos, sete foram publicados em
ACMACC, et integrativa da presentes nos pacientes acometidos por AVC. periódicos brasileiros. Foi verificado elevado número de
al. literatura publicações brasileiras realizadas em Fortaleza-CE.
Oliveira DS 2013 Estudo Analisar as principais variáveis epidemiológicas As fichas de avaliação foram previamente selecionadas através do
observacional, relacionadas ao AVE, no período de 2009 a banco de dados disponibilizado pela CLIFOR (Clínica Escola de
transversal, 2012. Saúde do Unifor), situada no bairro Água Vermelha da cidade de
retrospectivo, Formiga-MG. Foram analisadas 144 fichas, sendo 63 (43,75%) de
quantiqualitativo indivíduos com AVE, 38 (60,31%) eram do gênero masculino e 25
(39,69%) feminino. A idade variou de 14 a 84 anos, 27 (42,85%)
com AVE isquêmico e 12 (19,05%) com AVE hemorrágicos.
Oliveira 2013 Estudo descritivo, Conhecer o perfil dos pacientes com AVC em A maioria dos participantes era do sexo feminino (59%), 85,2% dos
ARS, et al. transversal tratamento domiciliar, quanto à capacidade pacientes estavam acamados; 78,7% tinha dificuldade para falar;
funcional, estado mental e análise 70,5% não apresentava nenhuma doença além do AVC; 57,4%
antropométrica. não praticava nenhuma atividade física; 36,1% apresentava algum
tipo de alteração na pele e usava curativo; 32,8% tinha dificuldade
para ouvir; 11,5% era traqueostomizado e 9,8% fazia uso de
sondagem vesical.
Oliveira 2016 Estudo de caso, do Realizar a sistematização da assistência de O paciente apresentou os principais diagnósticos de enfermagem:
ALR, et al. tipo descritivo enfermagem a um paciente sequelado por mobilidade no leito prejudicada, tensão do papel do cuidador, risco
AVC, segundo a teoria do déficit do de ulcera por pressão, comunicação verbal prejudicada, terapia
autocuidado de orem. com exercício, controle muscular, apoio de tomada de decisão,
treinamento da memória, escutar ativamente, melhora da
comunicação auditiva, fala, visual, saúde emocional do cuidador e
mobilidade física prejudicada.
Silva RC, et 2015 Estudo de revisão Conhecer o papel do enfermeiro frente à O estudo possibilitou a compreensão que a educação e a pesquisa
al. bibliográfica educação permanente, como é importante que se tornam cada vez mais presentes no cotidiano do profissional de
a prática baseada em evidência seja vinculada enfermagem. Aliar a pratica baseada em evidências e a procura
à educação da equipe de enfermagem, e como pela melhor ação à educação dos profissionais de enfermagem
o enfermeiro é o responsável por promover e será um grande passo para tornar ainda melhor a qualidade do
sustentar essa realidade. cuidado prestado ao paciente.
Souza MP e 2012 Estudo bibliográfico Descrever a assistência prestada pela O papel do enfermeiro é o de coordenar, capacitar sua equipe
Oliveira IRS descritivo, de enfermagem no setor de urgência e através de orientações técnicas e auxiliares, para que possa
abordagem emergência, em âmbito intra-hospitalar, frente prestar um atendimento imediato.
qualitativa aos pacientes com AVC.
Fonte: Silva DN, Melo MFX, Duarte EMM, Borges AKP, 2019.
Muitos são os desafios para os enfermeiros que atuam na atenção básica, mas o monitoramento da
saúde da população é um dos mais importantes, posto que é a ação que pode identificar as pessoas com
perfil suscetível ao AVC, que necessitará da atenção específica de prevenção (BRASIL, 2013).
Na Atenção Básica o enfermeiro e sua equipe devem realizar ações individuais e coletivas para toda
comunidade, promovendo hábitos saudáveis de vida, para prevenção das doenças cardiovasculares, e
especificadamente para aqueles com perfil para AVC (BRASIL, 2013). O enfermeiro deve ter conhecimentos
para saber aplicar ações específicas, com grande importância nos primeiros socorros prestados à pessoa
acometida por AVC, determinando o prognóstico do paciente dentro do ambiente hospitalar (BRASIL, 2013).
Faz-se necessário o mapeamento dos pacientes de risco, para monitoramento de sinais de alerta
para AVC, a fim de garantir o acesso aos serviços de saúde, possibilitar o diagnóstico precoce e o tratamento
adequado. Em pacientes com queixas sugestivas de AVC, deve-se realizar o primeiro atendimento, avaliar
sinais vitais e glicemia (afastando o risco de hipoglicemia), realizar exame neurológico, para então entrar em
contato com a central de regulação de urgência para encaminhamento do usuário com acompanhamento
especializado e multiprofissional (BENSENOR IM, et al., 2015).
Deve-se suspeitar de AVC sempre que o paciente apresentar início súbito de déficit focal, com ou
sem alteração do nível de consciência, mantendo atenção especial aos sinais de alerta: perda de força ou
formigamento de um lado do corpo; dificuldade em falar ou compreender; perda visual em um ou ambos os
olhos; tontura, perda de equilíbrio e ou de coordenação e Dor de cabeça súbita, intensa sem causa aparente
(PADILHA ARS, 2011).
É recomendado pelo Ministério da Saúde o uso de uma escala pré-hospitalar para avaliação de AVC,
que deve ser aplicada para reconhecer os sinais mais frequentes, sendo: avaliação da face, pedindo ao
paciente que dê um sorriso e assim observar se há algum desvio da boca; avaliação da força, solicitando que
o paciente eleve os dois braços e observando se há algum que não consegue manter elevado devida a perda
da força; e observar a fala, solicitando ao paciente que repita alguma frase, como “O céu é azul” e observar
se há alteração na fala (BRASIL, 2013).
Deve-se também determinar a hora do início dos sintomas e sinais, que pode ser referida pelo
paciente (se este estiver orientado e coerente) ou pelo acompanhante; reduzir níveis pressóricos quando
pressão arterial sistólica ≥ 220 mmHg ou pressão arterial diastólica ≥ 120 mmHg, ou se outra doença
associada exija a redução da pressão arterial, como: dissecção de aorta, infarto agudo do miocárdio, edema
pulmonar; administrar grande volume de fluido em caso de hipotensão, utilizando soro fisiológico 0,9%; utilizar
antitérmico se temperatura axilar > 37,5°C, recomendada Dipirona 1g (grama) EV (endovenoso); e priorizar o
Resgate de paciente com AVC com ambulância no domicílio ou nas unidades de pronto atendimento ou
serviços 24horas (BRASIL, 2013).
Após atendimento inicial cabe ainda ao enfermeiro notificar o hospital de destino; levar o
acompanhante (preferencialmente que tenha presenciado o início dos sintomas) para o hospital; seguir
protocolo em pacientes não candidatos à terapia trombolítica, enquanto aguardam nas UPA (Unidade de
Pronto Atendeimento) 24horas por remoção ao serviço referenciado para AVC; suspender dieta até avaliação
da capacidade adequada de deglutição; realizar teste de triagem para disfagia quando não houver
possibilidade de transferência do paciente. Caso o teste tenha resultado normal, iniciar medicação oral e dieta
pastosa hipossódica, cabeceira em 90 graus, sob supervisão (BRASIL, 2013).
Outras intervenções assistenciais também devem ser realizadas, como, manter hidratação venosa
com venóclise de solução fisiológica a 0,9% EV contínuo para facilitar administração de medicações;
administrar antitérmico caso temperatura axilar ≥ 37,5° C com Paracetamol 500 miligrama VO (Via Oral)
(preferência) ou Dipirona 1g EV; administrar AAS (Ácido Acetilssalicílico) 300mg VO em 24h e Captopril 25
mg VO 6/6 horas se PAS (Pressão Arterial Sistólica) ≥ 220mmHg ou PAD (Pressão Arterial Diastólica) ≥ 120
mmHg, ou se outra condição clínica exigir (BRASIL, 2013).
Durante o período de internação do paciente na unidade hospitalar, o enfermeiro e sua equipe são
responsáveis por prevenir complicações relacionadas ao AVC, desta forma devem aplicar intervenções como
promover mobilidade e prevenir deformidades, prevenir a adução e dor do ombro, promover mudança de
posições, estabelecer um programa de exercícios, tratar a disfagia, obter o controle intestinal e vesical,
melhorar a comunicação e manter a integridade cutânea (OLIVEIRA ALR, et al., 2016).
Algumas medidas podem ser aplicadas para melhores resultados nas intervenções, como por
exemplo, por meio do posicionamento correto, usando medidas para avaliar a pressão, auxiliar no controle do
bom alinhamento corporal e evitar neuropatias compressivas, especialmente dos nervos olhar e fibular. O uso
de um travesseiro quando colocado na axila limita a rotação externa, mantendo o braço afastado do tórax. A
posição do paciente deve ser mudada a cada duas horas, para colocar um paciente em uma posição lateral
(decúbito lateral), coloca-se um travesseiro entre as pernas antes que o paciente seja virado. (OLIVEIRA ALR,
et al., 2016).
O paciente deve ser estimulado a movimentar os membros oito a cinco vezes por dia, de forma a
manter a mobilidade articular, recuperar o controle motor, evitar a deterioração adicional do sistema
neuromuscular e estimular a circulação. O exercício é valioso na prevenção da estase venosa, a qual pode
predispor o paciente à trombose e embolia pulmonar. É importante lembrar o paciente de exercitar o lado não
afetado a intervalos durante todo o dia (OLIVEIRA ALR, et al., 2016).
Diante do papel do enfermeiro na assistência à vitíma de AVC pode-se obter alguns diagnósticos e
intervenções de Enfermagem, sendo: ansiedade relacionada à morte, por fatores situacionais evidenciados
por medo da perda de capacidades físicas e/ou mentais; risco para constipação relacionado à falta de
conscientização para a ingesta hídrica; medo relacionado à perda de controle e aos resultados imprevisíveis
secundários à falta de conhecimento da patologia evidenciado por relatos verbais do paciente; hipertensão
relacionada à doença; nutrição alterada menor que as necessidades corporais relacionada à dificuldade
funcional de se alimentar; risco para integridade da pele prejudicada relacionada à dificuldade de mobilidade
e risco de queda; e déficit de conhecimento sobre a natureza de sua doença e tratamento relacionado com
não familiaridade com os recursos de informação (LIMA ACMACC, et al., 2016.)
É valido ainda ensinar técnicas de relaxamento; verificar sinais vitais regularmente, atenção especial
com pressão arterial; proporcionar ambiente arejado; orientar quanto à alimentação; estimular a ingestão de
alimentos preferidos, tendo atenção a restrições da prescrição médica; recomendar refeições pequenas e
com maior frequência; promover restrição hídrica e de sódio na dieta; monitorar o surgimento ou piora da
condição de saúde; Observar a diurese diária; instruir o paciente sobre dados relativos à doença; esclarecer
acerca do plano terapêutico; fornecer informações sobre o potencial das complicações; contatar a família para
obter sua participação; encorajar o paciente a manter-se independente e ncentivar o engajamento em
atividades de lazer (LIMA ACMACC, et al., 2016).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio deste estudo ficou evidente a importância dos cuidados prestados pelo enfermeiro e sua
equipe na assistência ao paciente vítima de AVC. Estudos sobre diagnósticos de enfermagem são
necessários para que haja melhor conhecimento científico na enfermagem, fundamentando melhor as
intervenções de enfermagem voltadas para o controle de resultados satisfatórios, norteando planos de
cuidado baseado em evidencias, possibilitando uma promoção de bem-estar e qualidade de vida ao paciente
com AVC. Intervenções na prevenção, tratamento e reabilitação são eficazes e condizentes tendo em vista a
necessidade da comunidade e do indivíduo, as mesmas devem ser individualizadas, sistematizadas e de
qualidade.
REFERÊNCIAS
1. ALMEIDA SEM. Análise epidemiológica do acidente vascular cerebral no Brasil. Rev.
Neurocienc. v.20 n.2, 2012. p. 481-482.
2. AMORIM DM. Características clínicas e fatores de riscos em pacientes jovens com acidente vascular cerebral. Salvador: UFBA,
2012. (Trabalho de Conclusão do Curso de Medicina da Universidade Federal da Bahia).
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Diretrizes de
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