Almanaque 4 Estações - Ano 1 - n3
Almanaque 4 Estações - Ano 1 - n3
Almanaque 4 Estações - Ano 1 - n3
Zootecnista
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Avaliações em frigorifico.
Características sensoriais
Em ambiente competitivo, a cadeia da ovinocultura deve conhecer as
preferências dos consumidores para garantir o fornecimento de produtos de quali-
dade ao consumidor.
As características da carne que contribuem com a palatabilidade são aque-
las agradáveis ao paladar, dentre as quais sobressaem os aspectos organolépti-
cos de sabor e de suculência, em que a maciez representa o atributo de ma-
ior relevância, influenciada pelos teores de gordura na carne (BONAGURIO
et al., 2003).
Estas propriedades são geralmente avaliadas por consumidores ou
avaliadores treinados, sendo denominada análise sensorial, que é realizada por
meio dos sentidos: visual, gustativo e olfativo.
As características organolépticas da carne podem ser modificadas
pela alimentação que o animal recebe, devido à mudança no conteúdo e
composição da gordura. Os ácidos graxos podem alterar a firmeza do tecido
gorduroso (dureza), prazo de validade (oxidação lipídica e de pigmento) o sabor e
o aroma. Assim, o plano de alimentação e o peso ao abate geralmente são
variáveis consideradas pelos produtores e abatedouros como indicativos das con-
dições do produto final.
Infelizmente não é tão simples chegar a uma resposta para esta pergunta.
Em termos práticos, não existe uma resposta de qual sistema produtivo seja o mais
indicado para todas as situações.
Portanto, é fundamental o conhecimento de vantagens e desvantagens (ou
limitações) de cada sistema antes de se tomar qualquer decisão.
A terminação em confinamento pode ser realizada em aprisco suspenso com
piso ripado ou em baias de chão batido.
Aprisco suspenso
Fonte: arquivo pessoal
Confinamento de cordeiros em aprisco com piso ripado.
Fonte: arquivo pessoal
Considerações finais
GALLO, S.B.; SIQUEIRA, E.R.; DELGADO, E.F. et al. Influence of feeding re-
gime and finishing system on lamb muscle fiber and meat quality. Revista Bra-
sileira de Zootecnia, v.38, n.11, p.2204-2210, 2009.
SOARES, A.B.; AIOLFI, R.B.; BORTOLLI, M.A. et al. Produção animal e vegetal
em sistemas integrados de produção agropecuária. In: PARIS, W. et al. (Ed.).
Simpósio de Produção Animal a Pasto, 3., 2015, Dois Vizinhos. Anais... Maringá:
Sthampa, 2015. p.139-175.
Carla Bompiani d’Ancora Dias
Médica Veterinária
[email protected]
Verificação de turbilhonamento
Fonte: Arquivo pessoal.
A motilidade é a porcentagem de esperma-
tozóides em movimento retilíneo progressivo, quanto mais alta, melhor a qualidade.
O vigor é a força com que estes espermatozóides se movimentam, varia de 1
a 5, sendo 5 a melhor classificação
Através da análise da morfologia do espermatozóide, pode-se avaliar a quali-
dade e viabilidade do mesmo. Alguns defeitos são indicativos de problemas nos
órgãos reprodutivos. Os defeitos são classificados como maiores e menores, sen-
do que os maiores são os mais graves, que muitas vezes são irreversíveis, nor-
malmente ocorrem por problemas nos testículos e epidídimo e estão associados
com problemas genéticos, degeneração testicular, hipoplasia. A possibilidade de
reversão depende da causa e gravidade da mesma. Os menores normalmente são
defeitos ligados ao manejo nutricional, pequenas inflamações e manejo em geral e
normalmente são reversíveis.
Animais obesos e que ficam muito tempo deitados, podem ter dificuldade em
fazer a termorregulação dos testículos, que nada mais é do que manter a tempera-
tura adequada para que não haja danos aos testículos e à produção de esperma-
tozóides, por isso deve-se cuidar de não deixar os reprodutores ficarem muito gor-
dos.
Deve-se dar atenção especial à alimentação dos reprodutores, pois erros
na nutrição do animal podem levar à problemas reprodutivos. Deficiências de nu-
trientes, dentre eles o zinco e o iodo, podem levar a atrofia dos testículos. Algumas
plantas contém substâncias bociogênicas, que reduzem a absorção de iodo e que
podem levar ao mesmo problema, outros alimentos como o caroço de algodão
causam problemas na formação dos espermatozóides, dimi-nuindo a fertilidade
dos machos.
Como já foi dito, alguns problemas já podem ser vistos ao nascimento e ou-
tros podem surgir durante a vida do reprodutor, alguns tem reversão e outros não,
alguns só são percebidos após a avaliação do sêmen, por isso é importante fazer
este exame sempre antes de iniciar uma estação de monta, ou ao menos uma
vez ao ano, para avaliar os reprodutores que temos em casa. Na relação de um
carneiro para 50 ovelhas, este carneiro se infértil, pode deixar de produzir cerca
de 50 cordeiros no ano, o que pode passar de R$ 10.000,00 de prejuízo, quando
calculado apenas pelo preço de abate. Portanto, não perca tempo, nem dinheiro,
o diferencial está no profissionalismo, só assim podemos alcançar o sucesso!
REFERÊNCIAS
FONSECA, V.O.; VALE FILHO, V.R.; MIES FILHO, A.; ABREU, J.J. Procedimen-
tos para exame andrológico e avaliação de sêmen animal. Belo Horizonte:
CBRA, 1992. 79p.
PUGH, D.G. Clínica de ovinos e caprinos. São Paulo. Roca, 2004. 513p.
REFERÊNCIAS
PUGH, D.G. Clínica de ovinos e caprinos. Roca: São Paulo, 2004, p.353-378.
Jaciani Cristina Beal Klank
Zootecnista
P
FONTE – SENAR, 2004.
or que fazer?
Em tempos onde a carne do cordeiro teve um aumento na procura e no
seu preço, cada vez mais temos que encontrar alternativas que nos ajudem a
produzir cordeiros de alta qualidade com peso o mais rápido possível, tendo em
vista que o uso do creep também otimiza a ovelha, já que seu desgaste fisiológi-
co será menor pois o leite não será a única fonte de alimentação dos cordeiros,
podendo a mesma estar apta para a próxima cobertura num curto espaço de tem-
po, aumentando o número de parto/ano e assim viabilizando a produção de cor-
deiros o ano todo.
O ovinocultor precisa sair da criação empírica para usar todas as tecnologias
aplicáveis ao seu sistema de produção. Só assim a ovinocultura no Paraná irá
tomar seu lugar de destaque no cenário nacional, tendo em vista que todos estão
investindo em genética de ponta, não podemos admitir que o manejo nutricional e
sanitário fiquem ainda como eram a 50 anos atrás, pois cerca de 50% do potencial
genético entra pela boca, ou seja não adianta nada ter a melhor genética se a nu-
trição fica falha.
REFERÊNCIAS
Peso ao desmame
Esta pesagem é outro manejo muito utilizado, reflete juntamen-
te com o peso ao nascer, o efeito materno ou habilidade genética. Este é consider-
ado como efeitos ambientais que influenciam a prole e são determinados por
fatores genéticos e ambientais. A seleção para habilidade genética exige que se
conheça influência da ovelha na expressão de características pré-desmama de
seus cordeiros, pois estas serão utilizadas como critérios de seleção. Deve-se en-
tender que a habilidade materna não está relacionada, simplesmente com a
produção de leite da ovelha, mas também com todo ambiente que permite a ex-
pressão do potencial genético, como por ex-
emplo, a relação comportamental entre “mãe
e filhote”.
REFERÊNCIAS
COTTLE, D. J. 1991. Australian Sheep and Wool Handbook. Inkata Press Mel-
bourne. Australian. pp. 357-362.
Ingredientes:
1 pernil de cordeiro desos-
sado Preparo:
1 maço de hortelã Bata todos os temperos no liqui-
1 maço de manjericão dificador. Coloque o pernil dentro do
1/4 de uma cebola grande saco plástico e acrescente o tempero
batido, espalhando bem sobre a car-
3 colheres (sopa) de shoyo
ne. Feche o saco e deixe na geladeira
3 colheres (sopa) de azeite por 1 hora, para marinar.
1 colher (sopa) de mel Aqueça o forno a forno a 230ºC,
Suco de 1/2 limão retire o pernil do saco plástico e colo-
que ele diretamente sobre a grelha do
Sal e pimenta a gosto
forno. Não esqueça de colocar uma
1 saco plástico assadeira com um pouco de água
abaixo da grelha, para receber o suco
que irá pingar.
Vire o pernil a cada 20 minutos e
regue ele com o caldo que cai sobre a
assadeira. Asse por uma hora.
Pronto! Retire do forno, corte em
fatias e bom apetite!
Feliz Natal!