TCC 2

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CENTRO UNIVERSITÁRIO PROJEÇÃO

CURSO DE DIREITO

NOME DO ALUNO

EXECUCÃO PENAL NO DISTRITO FEDERAL:


EXPECTATIVAS E REALIDADE

BRASÍLIA-DF
2023
NOME DO ALUNO

EXECUCÃO PENAL NO DISTRITO FEDERAL: EXPECTATIVAS E


REALIDADE

Trabalho de conclusão de curso apresentado perante a


Banca Examinadora do curso de Direito do Centro
Universitário Projeção, como pré-requisito para a
aprovação na disciplina de “TCC 2” e para obtenção do
grau de bacharel em Direito.

Área de concentração: Direito Penitenciário

BRASÍLIA-DF
2023
RESUMO

O presente trabalho está direcionado ao estudo da Execução penal, com foco na sua
aplicabilidade no Distrito Federal, invocando o legislado e a prática real das modalidades de
regimes impostos na Capital brasileira e confrontando-os entre si. Inicialmente, cabe destacar
que a abordagem do tema requer o remetimento para as raízes do instituto e sua evolução, assim
como, um olhar detidamente voltado para a aplicação da lei 7.210 de 1984 no âmbito do Distrito
Federal, é fruto dessa comparação a conclusão alcançada no fim deste artigo.

Palavras-chave: Sanção penal; Regime inicial de cumprimento de pena; Lei de execução


penal; Estabelecimentos penais; Distrito Federal.
ABSTRACT

The present work is directed to the study of penal Execution, focusing on its applicability in the
Federal District, invoking the legislated and the real practice of the modalities of regimes
imposed in the Brazilian Capital and comparing them with each other. Initially, it is worth
noting that the approach to the theme requires a referral to the institute's roots and its evolution.
as well as a close look at the application of law 7210 of 1984 within the Federal District, the
conclusion reached at the end of this article is the result of this comparison.

Keywords: Penal sanction; initial sentence serving regime; criminal enforcement law; penal
establishments; Federal District.
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 6
2. SANÇÃO PENAL .................................................................................................................................... 6
3 SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO .......................................................................................................... 9
4. A EXECUÇÃO PENAL NO DISTRITO FEDERAL: ANÁLISE CRÍTICA ........................................................ 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................................ 25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................. 26
1. INTRODUÇÃO

A fim de contemplar a individualização das penas o legislador brasileiro inspirado pelos


Direitos Humanos, Penal, Processual Penal e pelos princípios norteadores do Direito
Constitucional Penal, criou o escalonamento dos regimes iniciais de cumprimento das penas
impostas aos contraventores e criminosos.

Cada caso concreto repercute na necessidade de alocar os reeducando de forma justa e


isonômica, desta maneira vislumbrando que não há viabilidade em manter num único
estabelecimento sob o mesmo regime privados de liberdade por tipos penais diferentes e
respeitar ainda as peculiaridades da progressão de regime, o legislador possibilitou ao
condenado por sentença transitada em julgado ou não, além da medida de segurança, três
regimes iniciais com a previsão de progressão para outro menos gravoso no decorrer da
liquidação da pena imposta, desde que, cumpridos os requisitos legais.

Regras elencadas tanto no Código Penal quanto na Lei de Execução Penal norteiam ao
julgador na imposição do regime adequado e qual estabelecimento servirá para que os objetivos
da pena sejam alcançados.

A execução penal disciplinada em lei é extremamente bela, faz a diferenciação de


diversos níveis de condenados e desenha um sistema penitenciário ideal com estabelecimentos
penais adequados e propulsores de ressocialização. Porém, na esteira da realidade fática a vida
carcerária é outra, utilizando da negligência e do descaso com a legislação vigente, a utópica
pintura legislativa é despedaçada diante à sociedade pelo próprio Estado.

Assim, no decorrer deste artigo haverá uma caminhada na trilha do conhecimento destes
regimes de cumprimento de pena e os estabelecimentos legalmente previstos para cada um e
ainda um enfrentamento com realidade vivida pelos apenados no âmbito federal com maior
ênfase no Distrito Federal, para uma melhor elucidação é necessário obter um breve
conhecimento sobre sanção penal, para enfim adentrar na discussão principal.

2. SANÇÃO PENAL

A sanção penal é a retribuição estatal imposta ao infrator de uma norma penal, é a


sanção penal que após a persecução penal gera a persecução executória.
De acordo com Fernando Capez (2011) sanção penal é a restrição ou privação de um
bem jurídico em desfavor do delinquente, a fim de aplicar a retribuição punitiva, promover a
readaptação social e prevenir que novos delitos sejam praticados tanto pelo agente quanto pela
sociedade que contemplou a punição imposta ao condenado.

Assim a sanção penal traz duas faces; a prevenção especial que tem por alvo o próprio
infrator e a prevenção geral que visa atingir a sociedade como um todo, estas se desdobram em
negativas e positivas.

As teorias absolutas revelam que a finalidade da pena é retribuir o mal causado pelo
agente, usando as leis e a força estatal para puni-lo, segregando-o em cárcere e impedindo o
cometimento de novos delitos pelo mesmo, assim como, trazer aos cidadãos uma nítida imagem
do que lhes é passível de acontecer se incorrerem nos mesmos erros de quem já sofreu a
execução penal, uma tentativa de persuasão aos que se inclinam aos atos contrários à lei a não
pratica-los, são estas respectivamente a prevenção especial e prevenção geral negativas.

Ao passo que a prevenção especial e prevenção geral positivas estão relacionadas com
as teorias relativas, com uma visão pós cumprimento de pena concentrada no agente que
desviou seu caminho e enveredou-se pela prática de delitos, para que após ser punido reflita
sobre seus atos e não continue cometendo os mesmos ou outros tipos penais, esta é a prevenção
especial positiva.

Olhando agora para a prevenção geral positiva é necessário trazer as lições de Rogério
Greco, o atual secretário de Estado de justiça e segurança pública de Minas Gerais, quando cita
Paulo de Souza Queiroz que preleciona, “para os defensores da prevenção integradora e
positiva, a pena presta-se não a prevenção negativa dos delitos, demovendo aqueles que já
tenham incorrido na prática de delito; seu propósito vai além disso: infundir na consciência
geral, a necessidade de respeito a determinados valores, exercitando a fidelidade ao direito;
promovendo, em última análise, a integração social.”

Ainda o excelso professor Rogério Greco (2022, p. 1345), conclui que, as teorias
absolutas consideram um fim em si mesmas e procuram responder à seguinte indagação:
“Porque punir?” Por outro lado, para as teorias relativas, a aplicação da pena deve ter a utilidade
de prevenir que crimes seriam cometidos no futuro e busca responder “Para que punir?”

A sanção penal pode revelar-se em duas faces sendo elas a pena e a medida de segurança.
A cerca da sanção penal na modalidade pena privativa de liberdade, o Código Penal
pátrio reduz a termo as condições de ingresso e estabelecimentos adequados para cada um dos
seus três regimes previstos, sendo eles, o fechado, o semiaberto e o aberto.
O regime fechado: regime previsto para condenados à pena de reclusão ou detenção que
supere 8 (oito) anos;
O regime semiaberto: regime previsto para condenados não reincidentes à pena de
detenção inferior a 8 (oito) anos e superior a 4 (quatro) anos;
O regime aberto: regime previsto para condenados não reincidentes a pena igual ou
inferior a 4 (quatro) anos.
Ressalte-se que há possibilidades, de acordo com o próprio texto legal penalizador que,
em determinadas situações podem ocorrer o cumprimento inicial em regime mais severo, visto
que nos casos de regime aberto e semiaberto a redação do artigo 33 do Código Penal põe entre
apostos a forma verbal “poderá”, não significando vedação a um regime inicial mais gravoso
dentre os descritos no diploma legal, tão natural é que os detentos que sofrem a regressão de
regime dividam o mesmo espaço dos reclusos, com isso, presos condenados a outra pena de
detenção ou egressos que descumprem as regras da progressão ou cometem novos delitos são
passiveis de cumprir suas penas em estabelecimento destinado aos reclusos.
Ainda com fulcro no artigo supramencionado, são estabelecimentos para os regimes
fechado, semiaberto e aberto, respectivamente, a penitenciaria de segurança máxima ou média;
colônia agrícola, industrial ou estabelecimento similar; a casa de albergado ou estabelecimento
adequado.
Já na modalidade pena restritiva de direito, também chamadas de penas alternativas,
podem ser aplicadas quando encontrados os requisitos para tal. Trata-se de limitações impostas
aos apenados como restrição de frequentar certos locais e participar de certas atividades,
recolher-se em domicílio aos fins de semana e horários noturnos, perda de bens e valores,
prestação pecuniária, prestação de serviços à comunidade e restrição de outros direitos. Para
que essa modalidade seja possível de ser aplicada o condenado não pode ter cometido crime
com violência ou grave ameaça e não pode ser reincidente em crime doloso e não possuir maus
antecedentes, a pena não pode ser superior a 4 (quatro) anos se o crime é doloso e independe
de pena se for culposo.
A pena de multa é mais uma modalidade de pena positivada no ordenamento jurídico
repressivo, é instituída para impedir penas privativas de liberdade de curta duração, o quantum
da pena é determinado pelo sistema de dias-multa, o juiz primeiro fixa a quantidade de dias-
multa e após fixa o valor de cada dia-multa, não podendo ser inferior a um trigésimo do maior
salário-mínimo vigente e nem superior a cinco vezes esse salário, sempre levando em
consideração a situação econômica do réu.
A sanção penal na modalidade medida de segurança, as medidas de segurança são
aplicadas a pessoas que cometeram crimes, mas que, em razão de problemas mentais ou
transtornos psicológicos, são consideradas inimputáveis, ou seja, incapazes de entender a
ilicitude de seus atos. Nesses casos, o juiz pode determinar a aplicação de medidas de segurança,
que têm como objetivo garantir a segurança da sociedade e a recuperação do indivíduo, neste
caso o estabelecimento penal adequado segundo a Lei de Execução Penal seriam os hospitais
psiquiátricos de custódia ou estabelecimentos similar, o que no primeiro caso restou
prejudicado pela atual resolução 487/2023 do CNJ.

Ainda acerca da sanção penal, é mister trazer um singelo relato de sua história.
Segundo a doutrina de Rogério Greco a sanção penal iniciou-se ainda no Éden com a
queda do homem por desobedecer a Deus, logo após isso, Caim foi marcado por ter matado seu
irmão e amaldiçoado por Deus.
No decorrer da história, as penas foram inseridas no contexto social para reprimir
atitudes que prejudicavam a vida em sociedade e impor que as regras fossem cumpridas, as
penas foram corporais e pecuniárias, a depender da cultura de cada lugar, as penas poderiam
ser vexatórias, cruéis e até de morte, as vinganças privadas foram sendo deixadas de lado ao
ponto que o homem evoluía e as prisões começaram a ser usadas para substituir as penas
corporais, ao passo que esse direito rudimentar foi evoluindo, as sanções penais passaram a
buscar não só a satisfação do ofendido, mas também que o delinquente e a sociedade não
praticassem atos contrários as regras impostas, assim com a evolução do direito e a contribuição
dos gregos e dos romanos, não só o direito civil teve avanços, mas o direito penal também, com
a preocupação do homem moderno com os direitos humanos as penas foram tomando formas
mais humanitárias e o Estado tomou para si o direito de punir.

3 SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO


No Brasil, conforme estatuído no art.5º, XLVI da Constituição, a lei regula, dentre
outras, as seguintes penas: privação de liberdade, perda de bens, multa, prestação social
alternativa e suspensão ou interdição de direitos, conforme Fernandes (2017).

No entanto, existe aí um contrassenso em relação ao que foi inserido por Ibrahim Abi-
Ackel apud Fernandes, na Exposição de Motivos da nova Parte Geral do Código Penal (Lei nº
7209, de 11-07-1984), onde diz: “uma política criminal orientada no sentido de proteger a
sociedade terá de restringir a pena privativa de liberdade aos casos de reconhecida necessidade,
como meio eficaz de impedir a ação criminógena cada vez maior do cárcere” (2017, p. 119).
Em relevância a este assunto, a sanção não se resume na simples consequência do ilícito, mas
visa à correção da personalidade humana. Lembrando do princípio maior da Escola
Correcionalista, que não há criminosos incorrigíveis e, sim, incorrigidos (FERNANDES, 2017).

De acordo com Fernandes, ao que consta o Brasil tem em torno de 511 estabelecimento
de confinamento, o que resulta em aproximadamente 60 mil vagas para presos, no entanto, estão
presos nestes estabelecimentos 130 mil delinquentes, o que resultaria num déficit de 70 mil
vagas. Isso sem se falar nos mais 275 mil mandados de prisão já expedidos e não cumpridos.

Fernandes (2017, P. 21) acrescenta ainda que:

Cada preso custa por mês para os cofres da nação o total de 4,5 salários-mínimos,
sendo que o gasto geral dos governos federal e estaduais é de 60 milhões num só mês,
o que equivaleria a um gasto de 720 milhões anuais, conforme da teleconferência do
Ministério da Justiça, sistema penitenciário –penas alternativas, em 30/04/96.

No entanto, apesar de todos os custos para manutenção do sistema penitenciário


brasileiro, ele não atende às necessidades do condenado e em relação à segurança da sociedade
em geral, pois é evidente para todas as pessoas quase que diariamente através da imprensa,
notícias de falta de vagas nos presídios e o estado precário dos estabelecimentos existentes,
fatos que tiram quaisquer expectativas de recuperação dos presos.

Segundo Danieli Veleda Moura (2019, p.1):

Diante da crise do sistema penitenciário, se apresenta o desvirtuamento de toda a


noção do legal e do ilegal não importando os meios a serem utilizados para efetivar o
cumprimento da pena pelo condenado, que é obrigado a viver de maneira desumana
em cubículos, sem respeito a qualquer direito que lhe é garantido por lei, como, por
exemplo, o de praticar algum trabalho que poderia abater a sua pena, na forma da
LEP.

Observa-se que a situação no sistema prisional brasileiro é realmente preocupante, em


especial, pela superlotação dos estabelecimentos de cárcere e da escassez de recursos
financeiros para a construção de novas penitenciárias.
Essa crise no sistema prisional resulta numa grande ociosidade, onde de 100.000 presos,
somente 5% trabalham; a promiscuidade, em consequência da superlotação; a formação de
organizações e associações criminosas que são comandadas por líderes que exercem poder de
dominação sobre os demais presos; acarretam em fugas, motins, greves, violência, privilégios
e discriminação de certos presos entre outros, esses são apenas alguns dos problemas hoje
enfrentados no sistema prisional brasileiro, conforme afirma Daniel Vasconcelos Coelho
(2019).

De acordo com Augusto Thompson apud Coelho, qualquer providencia no sentido de


reverter o quadro crítico do sistema penitenciário brasileiro, só terá êxito se alcançados dois
objetivos imprescindíveis:

1. Propiciar as penitenciárias condições de realizar a regeneração dos presos;

2. Dotar o conjunto prisional de suficiente número de vagas, de sorte a habilitá-lo a


recolher toda a clientela, que, oficialmente, lhe é destinada (COELHO, 2019, p.2)

Mas para que esses objetivos sejam atingidos, o Estado precisa destinar, periodicamente,
uma grande verba para a construção de novas penitenciárias, recuperar as atuais e manter um
quadro de servidores para assegurar o bom funcionamento do estabelecimento, além de fornecer
aos presos programas destinados à sua recuperação, reeducação e reintegração ao meio social,
segundo Coelho (2019).

Outra opção seria facilmente encontrada na legislação criminal pátria. Conforme afirma
Fernandes: “Trata-se da adoção de Penas Alternativas ao invés de Penas Privativas de
Liberdade” (2017, p. 122). No entanto, o autor esclarece que não significa deixar sem punição
os criminosos, mas aplicar penas condizentes com a gravidade dos seus crimes.

A ideia é de se aplicar penas já determinadas na legislação, como as restritivas de


Direitos que constam no código Penal e podem ser adotadas outras formas de sanção, como as
penas intimidatórias, vexaminosas e patrimoniais, afirma Fernandes (2019).

Segundo Bittencourt:

Propõe-se, assim, aperfeiçoar a pena privativa de liberdade, quando necessária, e


substituí-la, quando possível e recomendável. Todas as reformas de nossos dias
deixam patente o descrédito na grande esperança depositada na pena de prisão, como
forma quase que exclusiva de controle social formalizado (BITTENCOURT, 2015, p.
2).
Em continuidade ao tema, o autor recomenda que: “as penas privativas de liberdade
limitem-se às penas de longa duração e àqueles condenados efetivamente perigosos e de difícil
recuperação. Não mais se justificam as expectativas da sanção criminal tradicional”
(BITTENCOURT, 2015, p. 2)

A aplicação de penas alternativas, conforme Fernandes (2017), não é uma solução


definitiva para o sistema penitenciário brasileiro. Poderia ser em parte, mas demandaria meios
de fiscalização capazes, mas que teriam um alto custo para o Estado, custo maior do que investir
em casas de reclusão, sendo que o retorno social e educacional seria muito mais proveitoso para
a comunidade. Além disso, há a preocupação de qual o percentual de crimes que por sua
natureza menos agressiva em relação à sociedade, estariam a beneficiar os seus autores com a
adoção das Penas Alternativas

Com base no que foi proposto inicialmente neste estudo, fica evidente que desde os
primórdios da história existe uma preocupação por parte do ser humano de conter todas as
formas de violação de direitos. Observou-se que as primeiras formas de punição começaram na
própria família e logo após estendendo-se a sociedade. Além disso, os diferentes sistemas
penitenciários existentes, cada um com suas particularidades, evidenciando-se pontos positivos
e negativos de cada um.

Mas o que se deseja evidenciar com todo este contexto é que, infelizmente, todas as
formas que foram utilizadas até hoje para conter a continuidade da criminalidade através da
punição e privação de liberdade tem fracassado. A explicação para este fracasso vai depender
muito da análise e ponto de vista de cada um, mas um dos principais fatores que justificaria
esse caos atual do sistema penitenciário é a falta de planejamento e interesse de criar um sistema
prisional realmente eficaz e quem faz parte deste conjunto é toda a sociedade, mas em especial
as autoridades políticas e administrativas e os agentes responsáveis pela legislação do país.

É possível construir um sistema prisional eficaz e que produza resultados efetivos,


através da reforma e aplicação de uma legislação atualizada e de acordo com a realidade
associada a investimentos necessários na melhoria das estruturas e instalações prisionais,
voltadas para reeducação e ressocialização, onde exista um planejamento para a melhoria dos
condenados, como oferecer serviços básicos que garantam a dignidade humana como:
educação, saúde, lazer, trabalho e respeito.
Além disso, é importante ressaltar a questão das Penas Alternativas que pode ser uma
opção para melhoria do sistema prisional no Brasil no sentido de não gerar mais doutores do
crime. Se for realizado um estudo aprofundado sobre tema, com boa vontade e bom senso,
amparado pela legislação, será sem dúvida, uma excelente oportunidade para o Estado que
precisa vencer a superlotação e condições precárias de estabelecimentos prisionais e, com isso,
ter uma metodologia de punição mais adequada e eficaz à realidade de cada crime, dando a cada
condenado o tratamento de acordo com o delito cometido, assim efetivando de fato a
individualização das penas.

De acordo com o Código Penal brasileiro, existem três regimes penais: fechado,
semiaberto e aberto. O regime fechado é destinado aos crimes mais graves, enquanto que o
semiaberto e o aberto são destinados a crimes menos graves. No entanto, muitos
estabelecimentos prisionais brasileiros não oferecem as condições adequadas para os diferentes
regimes penais, o que pode prejudicar a ressocialização dos detentos.

Segundo um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) de 2019, apenas 25% das
unidades prisionais no Brasil são consideradas adequadas para o regime fechado, enquanto que
44% são adequadas para o regime semiaberto e apenas 7% são adequadas para o regime aberto
(CNJ, 2019).

Essa falta de estabelecimentos adequados pode levar à superlotação das prisões, o que
gera uma série de problemas, como a falta de espaço para as atividades de ressocialização e a
proliferação de doenças e violência entre os detentos. Além disso, a falta de separação entre os
detentos de diferentes regimes penais pode levar à influência negativa de detentos mais
perigosos sobre os demais.

A falta de estabelecimentos adequados para alguns regimes penais pode ter um impacto
negativo significativo na ressocialização dos privados de liberdade. Isso ocorre porque, quando
os presos não têm acesso a programas e tratamentos adequados em um ambiente seguro e
estruturado, suas chances de sucesso na reintegração na sociedade são reduzidas.

Por exemplo, se um preso que precisa de um tratamento de abuso de substâncias não


tem acesso a um programa de reabilitação adequado em sua prisão, é provável que continue a
lutar contra sua dependência mesmo após sua libertação. Da mesma forma, se um preso não
tem acesso a programas educacionais ou de treinamento profissional enquanto está preso, ele
pode ter dificuldades para encontrar trabalho e se reintegrar na sociedade depois de cumprir sua
pena.
Além disso, a superlotação nas prisões e a falta de recursos podem levar à violência,
abuso e negligência em relação aos presos, o que pode agravar ainda mais sua ressocialização.
Portanto, é importante que haja um compromisso contínuo com o desenvolvimento de
estabelecimentos adequados e programas de reabilitação em todo o sistema prisional, a fim de
melhorar as chances de sucesso na ressocialização dos privados de liberdade.

Segundo o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) de 2020, o


Brasil possui uma população carcerária de cerca de 748 mil pessoas, sendo a terceira maior do
mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China (BRASIL, 2020).

Diante disso, muitas dessas prisões em superlotação não oferecem condições adequadas
para a ressocialização dos privados de liberdade. De acordo com um relatório da Comissão
Parlamentar de Inquérito (CPI) do Sistema Carcerário, de 2018, a superlotação carcerária pode
ser um fator que contribui para o aumento da violência e da criminalidade, ao invés de reduzi-
las (CÂMARA DOS DEPUTADOS, 2018).

Além disso, a falta de estabelecimentos adequados para alguns regimes penais pode ter
um impacto negativo significativo na ressocialização dos presos. Conforme destaca Marinho e
Cruz (2020, p. 51), "a ausência de programas de reabilitação e ressocialização, bem como a
carência de estabelecimentos adequados para o cumprimento de penas alternativas, prejudicam
a reintegração social dos detentos, aumentando as chances de reincidência e dificultando a
redução da criminalidade".

De acordo com a Lei de Execução Penal (Lei n° 7.210/1984), é dever do Estado


proporcionar aos presos condições adequadas para o cumprimento de sua pena, incluindo
assistência material, saúde, jurídica, educacional, social e religiosa. No entanto, segundo
Zaffaroni (2003, p. 179), "as condições dos estabelecimentos penitenciários não são apenas
deficientes, mas frequentemente desumanas, impondo uma experiência que ultrapassa a simples
punição penal".

Nesse interim, é fundamental que o Estado invista na melhoria das condições carcerárias
e no desenvolvimento de programas de reabilitação para os detentos, a fim de promover sua
ressocialização e reduzir a reincidência criminal. Isso requer a adoção de políticas públicas
eficazes, que considerem as particularidades de cada região e do perfil dos presos, bem como a
destinação de recursos adequados para esse fim.
Ademais, o acesso aos programas educacionais e de qualificação profissional é essencial
para que os detentos possam se preparar para a reintegração na sociedade. De acordo com Souza
(2019, p. 59), "a educação é uma ferramenta de transformação social e pode ser uma importante
aliada na ressocialização dos presos, proporcionando-lhes oportunidades para o
desenvolvimento pessoal e profissional".

No entanto, muitas prisões brasileiras não oferecem esses programas, o que pode
contribuir para a reincidência criminal. Segundo um estudo do Conselho Nacional de Justiça
(CNJ) de 2021, apenas 27% dos detentos têm acesso a programas educacionais nas prisões
brasileiras (CNJ, 2021).

Para combater essa realidade, é fundamental que o Estado invista em programas


educacionais e profissionalizantes nas prisões. De acordo com Nascimento e Silva (2018, p.
64), "a educação nas prisões é uma das principais ferramentas para a ressocialização dos presos
e pode contribuir significativamente para a redução da reincidência criminal".

É importante destacar que a ressocialização dos presos é uma questão complexa e que
requer uma abordagem multidisciplinar. Além da oferta de programas educacionais e de
qualificação profissional, é fundamental que os detentos recebam assistência psicológica e
social, a fim de que possam lidar com as dificuldades enfrentadas durante e após o cumprimento
de suas penas.

Portanto, é fundamental que o Estado adote uma abordagem integrada, que contemple
a melhoria das condições carcerárias, a oferta de programas educacionais e profissionalizantes,
e a assistência psicológica e social aos detentos. Somente assim será possível promover a
ressocialização dos presos e reduzir a reincidência criminal no país.

4. A EXECUÇÃO PENAL NO DISTRITO FEDERAL: ANÁLISE CRÍTICA


A execução penal no Distrito Federal (DF) apresenta uma realidade desafiadora, com
uma população carcerária significativa e condições muitas vezes precárias nas unidades
prisionais.

A expectativa é de que o sistema prisional cumpra a função de ressocialização do preso,


visando a sua reintegração na sociedade, individualizando a pena e comtemplando cada
indivíduo em seu respectivo regime conforme dita a positivação da lei de execução penal. No
entanto, a superlotação, a falta de estrutura e a escassez de recursos humanos têm dificultado
esse processo.

Segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em março de 2021,


havia cerca de 18 mil presos no DF, sendo que a capacidade total do sistema é de
aproximadamente 15 mil vagas. Essa superlotação pode levar a situações de insalubridade,
violência interna e precariedade no atendimento às necessidades básicas dos detentos e por
óbvio obsta a individualização e aplicação dos regimes adequados e legais, o que dificulta o
processo de ressocialização, promove o contato de apenados e presos provisórios primários com
criminosos experientes e fortalece laços de afeição criminosa, realizando, ainda que
involuntariamente, uma interação prejudicial à sociedade e graduando o criminoso esporádico
em um habitual com os conhecimentos e novos aliados da atividade criminosa, ressalte-se que
este relacionamento não se restringe ao intramuros, os que são liberados eventualmente antes
de outros, continuam seus delitos e tornam-se, muitas das vezes, pontes de ligação entre o
externo e o ambiente carcerário, executando comandos oriundos de líderes ainda em
cumprimento de pena e emitindo ordens, com fulcro nesses comandos, aos comparsas e
simpatizantes do movimento delitivo.

Ainda dentro das expectativas, podem ser elencadas a ideal individualização da pena e inclusão
dos privados de liberdade e ou direitos em seus regimes e restrições adequados.

Dentro de um sistema penitenciário ideal, o Estado deve prover os estabelecimentos adequados


a cada regime, a fim de individualizar a pena, segregar os mais perigosos e reincidentes,
oferecer um ambiente de cumprimento de pena condizente com o tipo penal infringido por cada
preso, desmantelar as organizações criminosas e principalmente ressocializar os privados de
liberdade.

No âmbito do Distrito Federal a Secretaria de Administração Penitenciária (SEAPE-DF) possui


um único complexo que abriga os CDP I e II (centro de detenção provisória) drestinada ao
acolhimento dos presos provisórios, o CIR (centro de internação e reeducação) destinado a
receber presos em regime semiaberto com trabalho interno ou externo, além de abrigar também
ala destinada aos presos provisórios que possuem direito à prisão especial e comporta também
a ala destinada a ex-policiais, as PDF I e II (penitenciária do Distrito Federal) a PDF I é
destinada aos reeducandos do regime fechado possuindo três blocos de segurança média e um
de segurança máxima. A PDF II é a unidade de segurança máxima do complexo penitenciário
destinada aos privados de liberdade em cumprimento de pena no regime fechado, todavia,
acomoda, excepcionalmente, presos do semiaberto e reclusos provisórios. Via de regra é uma
unidade prisional de transição de regime, e fora do complexo penitenciário da Papuda, tem sob
sua tutela o PFDF (penitenciária feminina do Distrito Federal), o CIME (centro integrado de
monitoração eletrônica) e a CPP (centro de progressão penitenciária).

A localização única dos Centros de prisão provisória e Penitenciárias em si já obsta a


individualização da pena e o adequado alocamento dos presos, dada a superlotação da unidade
prisional e o grande número de presos definitivamente condenados em relação aos presos
provisórios, os blocos PDF I e PDF II, por muitas vezes são parcialmente ocupados por presos
que não cabem no CDP I e CDP II, todos esses para atendimento do público masculino.

A PFDF (penitenciária feminina do Distrito Federal), abriga em sua estrutura as mulheres


privadas de liberdade, sendo dividido apenas em alas, comportando em um único local todas as
modalidades de regime, sem oferecer estabelecimento para as presas em regime semiaberto
como acontece no CPP, na PFDF as presas provisórias são mantidas em alas do mesmo
estabelecimento que conta com oficinas de trabalho, salas de aula e berçários, assim, mais uma
evidência de descumprimento da LEP que é a realidade no Distrito Federal, para piorar a
situação, é no PFDF que está instalado a ATP, ala de tratamento psiquiátrico, tanto masculina
como feminina.

Atualmente o regime semiaberto masculino tem por unidade de acolhimento dos presos desse
regime o Centro de Progressão Penitenciária (CPP), o CPP abriga os custodiados que tenham
efetivamente implementado os benefícios legais de trabalho e saídas temporárias, além disso,
fiscaliza os sentenciados quanto ao bom e fiel cumprimento destes benefícios.

No Distrito Federal o regime aberto é concedido aos que fazem jus, contudo, não há casa de
albergado para alocar os presos do regime aberto, diante disso, esses presos são incluídos na
ficção jurídica de um regime não disciplinado em lei, a saber, o albergue-domiciliar.

Dita a lei de execução penal em seu artigo 117 que a prisão domiciliar é determinada
em situações extremamente necessárias, sendo os atores desse regime apenas os maiores de 70
(setenta anos), os acometidos de doença grave, as condenadas com filhos portadores de
deficiência física ou mental e as gestantes.

Todavia, atualmente no Distrito Federal a exceção virou regra, segundo o próprio TJDFT a vara
de execuções penais em regime aberto (VEPERA), após audiência admonitória e apreciação do
caso concreto pode incluir nessa modalidade de cumprimento de pena os presos que alcançaram
a progressão para o regime aberto, desta forma o governo se exime de construir o
estabelecimento adequado para os albergados e traz de certa forma uma insegurança e
impunidades aparentes, insegurança ao incluir no regime aberto sem as devidas medidas
garantidas por lei e impunidade aparente aos criminosos que recebem sentença para iniciar o
cumprimento de pena no regime aberto e em alguns casos não são sequer monitorados por
tornozeleiras, alguns voltam a delinquir baseando-se no lúdico pensamento que não há porque
temer a sanção que lhes é imposta. De acordo com as palavras do ilustríssimo doutrinador
Guilherme de Souza Nucci (2018), parafraseando-o, A legislação prevê a casa de albergado
para cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto e da restrição de direitos, o
que seria o recolhimento dos restritos de direitos aos finais de semana, porém, o judiciário se
viu obrigado a incluir a inadequada analogia in bonam partem após a jurisprudência firmada
pelo STF com a sumula vinculante 56, que por sua vez impede que o apenado permaneça em
regime mais gravoso que o alcançado naquele momento seja pela ínfima condenação ou pela
progressão de regime, assim, mesmo que as possíveis soluções disciplinadas pelo Supremo,
como a monitoração, não possam ser tomadas, os magistrados não podem impelir que o apenado
siga preso em regime mais gravoso, se há falta de estabelecimento ou falta de equipamento
eletrônico capaz de monitora-lo, o preso deve ser posto em regime de prisão albergue-domiciliar
por não haver outra alternativa, para o autor em comento, o ideal seria manter os apenados em
regime aberto nas condições do semiaberto.

Ainda de acordo com o professor Nucci, é desnecessário citar que não há como garantir nessas
condições que os objetivos da pena sejam alcançados, tampouco que a conduta do albergado-
domiciliar seja compatível com as regras de execução penal, visto que não há como garantir
que este reeducando não esteja cometendo novos delitos ou infrações.

Além disso, a falta de estrutura para atividades educativas, profissionalizantes e de lazer


nas unidades prisionais também dificulta a reintegração dos presos na sociedade. Embora
existam programas de ressocialização em funcionamento no DF, muitos deles não possuem
recursos suficientes para atender a toda a população carcerária.
Outro desafio para a execução penal no DF é a questão da segurança dos presídios. Em
2020, ocorreram diversas rebeliões em unidades prisionais do DF, com mortes e feridos entre
detentos e agentes penitenciários. A falta de efetivo de agentes penitenciários e a entrada de
drogas e a existência de armas artesanais nas unidades são fatores que contribuem para a
insegurança do sistema.

Diante desses desafios, é necessário investir em políticas públicas que garantam


condições dignas de vida e ressocialização para os presos, além de medidas que garantam a
segurança dos agentes penitenciários e da população em geral. A execução penal no DF deve
ser tratada como uma questão prioritária, de forma a garantir a efetivação dos direitos
fundamentais dos presos e a redução da reincidência criminal.

No Distrito Federal, a execução das medidas de segurança é regulamentada pela Lei de


Execução Penal do Distrito Federal (Lei nº 4.815/2012). De acordo com essa lei, as pessoas que
são submetidas a medidas de segurança devem ser internadas em hospitais psiquiátricos ou em
unidades especializadas, diante do cenário construído a partir da resolução 487/2023 do CNJ,
essa realidade deverá mudar, já que a aludida resolução determina o fechamento de tais
estabelecimentos até o ano de 2024.

Todavia, o DF não comporta um hospital psiquiátrico de custódia, porém, os submetidos


a medida de segurança são alocados em uma ala de tratamento psiquiátrico no interior da PFDF,
há na unidade duas alas, uma masculina e outra feminina.

A execução das medidas de segurança no Distrito Federal é de responsabilidade da


Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), por meio da Coordenação de
Saúde Mental. A SES/DF é responsável por manter as unidades de internação, bem como por
garantir a assistência médica e psicológica aos internos.

Além disso, a Lei de Execução Penal do Distrito Federal prevê que a execução das
medidas de segurança deve ser acompanhada por uma equipe técnica multidisciplinar, formada
por médicos, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais da área de saúde. Essa equipe
é responsável por avaliar o estado de saúde mental do interno, bem como por elaborar um plano
de tratamento individualizado.

Embora as medidas de segurança sejam importantes para garantir a segurança da


sociedade e a recuperação dos indivíduos que cometeram crimes, muitas vezes elas são
executadas de forma inadequada. No Distrito Federal, como em outras partes do país, as
condições das unidades de internação para pessoas submetidas a medidas de segurança são
precárias, e muitas vezes os internos não recebem a assistência médica e psicológica
necessárias.

Além disso, é comum que as medidas de segurança sejam utilizadas de forma abusiva,
como uma forma de manter as pessoas com transtornos mentais presas indefinidamente, sem
que recebam o tratamento adequado para a sua recuperação.

Para melhorar a execução das medidas de segurança no Distrito Federal, é necessário


que sejam realizados investimentos na melhoria das unidades de internação e na contratação de
profissionais capacitados para prestar assistência médica e psicológica aos internos. Além disso,
é fundamental que haja um acompanhamento adequado por parte das equipes técnicas
multidisciplinares, a fim de avaliar o estado de saúde mental dos internos e elaborar planos de
tratamento individualizados.

Outra questão importante é a necessidade de combater a utilização abusiva das medidas


de segurança, garantindo que as pessoas com transtornos mentais recebam o tratamento
adequado para a sua recuperação e reintegração à sociedade, em vez de serem mantidas presas
indefinidamente, nesse sentido a resolução 487/2023 do CNJ vem combater a perpetuidade das
internações e o cárcere psiquiátrico.

Portanto, é fundamental que as autoridades do Distrito Federal reconheçam a


importância das medidas de segurança e tomem medidas concretas para garantir a sua execução
adequada, respeitando os direitos humanos, adaptando-se aos novos ditames da resolução recém
editada e buscando a recuperação dos indivíduos submetidos a elas.

De acordo com o pesquisador Bruno Tadeu Marques, em seu livro "A Execução Penal
e os seus Desafios", o sistema carcerário do DF é um dos mais superlotados do país. Em 2019,
a taxa de ocupação das unidades prisionais do DF era de 140%, enquanto a média nacional era
de 167%, segundo dados do Infopen. Isso mostra que, apesar de estar abaixo da média nacional,
a situação ainda é preocupante e compromete a efetividade da execução penal.

Além disso, o pesquisador aponta que a superlotação é um fator que contribui para a
falta de estrutura das unidades prisionais, prejudicando a ressocialização dos presos. Segundo
ele, "é impossível fazer com que um indivíduo se reintegre socialmente se ele está em condições
subumanas e sem perspectivas de mudança de vida". Nesse sentido, é importante investir em
políticas públicas que visem à humanização das condições carcerárias e à ressocialização dos
presos.

Outro ponto destacado por Marques é a falta de investimento em medidas alternativas à


prisão, como penas restritivas de direitos e monitoramento eletrônico. Segundo ele, "a prisão
não pode ser vista como única solução para todos os crimes cometidos, pois é inegável que a
manutenção do sistema carcerário é um dos maiores problemas do país". É necessário, portanto,
investir em alternativas que reduzam a superlotação e garantam uma execução penal mais
efetiva.

Ainda sobre a falta de estrutura das unidades prisionais, o advogado Rafael Cavalcanti
Lemos, em seu artigo "A Falência do Sistema Prisional Brasileiro", destaca que "a escassez de
recursos humanos, a falta de higiene, a ausência de assistência médica e a precariedade das
instalações contribuem para o agravamento das condições carcerárias". Ele ressalta que isso
não só compromete a ressocialização dos presos, mas também coloca em risco a saúde e a vida
dos mesmos.

Por fim, o sociólogo Loïc Wacquant, em seu livro "As Prisões da Miséria", argumenta
que a superlotação e a falta de estrutura das unidades prisionais refletem uma lógica de
encarceramento em massa que é típica das sociedades contemporâneas. Segundo ele, "o
encarceramento é a resposta a uma série de problemas sociais, como o desemprego, a falta de
moradia e a falta de assistência social". Nesse sentido, é importante não apenas investir na
melhoria das condições carcerárias, mas também em políticas públicas que atuem na raiz desses
problemas sociais.

De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), órgão vinculado ao


Ministério da Justiça e Segurança Pública, a população carcerária do Distrito Federal era de
16.144 detentos em junho de 2021. Desse total, 12.016 eram presos provisórios e 4.128 eram
presos condenados. A taxa de ocupação das unidades prisionais do DF era de 140%, o que
significa que o sistema prisional do Distrito Federal ainda enfrenta problemas de superlotação.

Além disso, o Infopen, sistema do Ministério da Justiça que coleta informações sobre o
sistema prisional brasileiro, aponta que a taxa de presos por habitante no Distrito Federal é uma
das maiores do país. Em 2019, havia 660 presos para cada 100 mil habitantes no DF, enquanto
a média nacional era de 367 presos para cada 100 mil habitantes. Isso indica que o sistema
carcerário do DF é um dos mais sobrecarregados do país.
Vale ressaltar também que o sistema prisional do DF tem sido alvo de críticas por parte
de organizações de direitos humanos. Em 2020, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) realizou
uma inspeção nas unidades prisionais do DF e encontrou diversas irregularidades, como
superlotação, falta de assistência médica, precariedade das instalações e casos de tortura e
maus-tratos. O relatório da inspeção apontou que a situação das unidades prisionais do DF era
"alarmante" e que havia "um grande desafio para garantir os direitos humanos no sistema
prisional".

Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2020, o Distrito Federal


registrou 41.715 novos processos na área de execução penal, o que representa um aumento de
7,6% em relação ao ano anterior. Desse total, 20.466 processos foram de execução provisória
e 21.249 foram de execução definitiva.

Ainda de acordo com o CNJ, em 2020, foram proferidas 23.439 decisões na área de
execução penal no DF, sendo que a maioria delas (75,9%) foi proferida por juízes de primeiro
grau. Além disso, o tempo médio para o julgamento de recursos em processos de execução
penal no DF foi de 133 dias em 2020, o que representa um aumento em relação ao ano anterior
(122 dias).

No que diz respeito ao perfil dos detentos, o Depen aponta que a maioria dos presos no
DF é do sexo masculino (97,8%) e tem entre 18 e 29 anos (38,2%). A maioria é negra (61,4%)
e tem baixa escolaridade (61,1% não concluiu o ensino fundamental).

Também é importante destacar que o DF tem uma das maiores taxas de reincidência do
país. De acordo com dados do Depen, em 2020, 31,7% dos presos libertados do sistema
prisional do DF voltaram a cometer crimes. Esse dado reforça a necessidade de investir em
políticas de ressocialização e de educação nos presídios, a fim de reduzir a reincidência criminal
e promover a reinserção dos presos na sociedade.

Segundo o Relatório Anual do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública


(SINESP), em 2020, o Distrito Federal registrou 22.804 crimes contra o patrimônio, como
roubo, furto e extorsão mediante sequestro. Desse total, 14.790 foram de roubo, o que
representa um aumento de 16,5% em relação ao ano anterior.

Além disso, o SINESP aponta que o DF registrou 307 casos de homicídio doloso em
2020, o que representa uma taxa de 9,6 homicídios para cada 100 mil habitantes. Essa taxa é
menor do que a média nacional, que foi de 22,2 homicídios por 100 mil habitantes em 2020.
No entanto, é importante destacar que o DF tem uma das maiores taxas de feminicídio
do país. Em 2020, foram registrados 17 casos de feminicídio no DF, o que representa uma taxa
de 0,53 feminicídios para cada 100 mil mulheres. Essa taxa é maior do que a média nacional,
que foi de 0,40 feminicídios por 100 mil mulheres em 2020.

Por fim, vale ressaltar que o DF tem um sistema de justiça criminal bastante complexo,
com diversas instâncias e tribunais. Isso pode levar a demoras no julgamento de processos e a
uma maior burocracia na execução penal.

Diante desse cenário, é evidente que há desafios significativos a serem enfrentados na


execução penal no Distrito Federal, como a superlotação e a falta de estrutura das unidades
prisionais. É importante investir em políticas públicas que visem à humanização das condições
carcerárias, à ressocialização dos presos e à redução da população carcerária, por meio de
medidas alternativas à prisão e de reformas no sistema de justiça criminal.

Os dados apresentados indicam que a execução penal no Distrito Federal enfrenta


diversos desafios que podem afetar a sua efetividade e justiça.

Por exemplo, o grande número de processos na área de execução penal no DF pode levar
a uma sobrecarga do sistema judicial, o que pode levar a demoras no julgamento de processos
e a uma maior burocracia na execução penal. Essa situação pode comprometer a garantia do
direito constitucional à razoável duração do processo e à celeridade processual.

Além disso, o perfil dos detentos no DF, que em sua maioria são jovens, negros e com
baixa escolaridade, evidencia a desigualdade social e a falta de acesso a oportunidades e
recursos que levam muitos jovens a cometerem crimes. Isso indica a necessidade de políticas
públicas que visem à prevenção da criminalidade, como ações de educação, qualificação
profissional e inserção no mercado de trabalho.

Outra questão que afeta a execução penal no DF é a alta taxa de reincidência, o que
evidencia a necessidade de investir em políticas de ressocialização e de educação nos presídios.
É preciso oferecer oportunidades de estudo, trabalho e capacitação profissional aos detentos, a
fim de promover a sua reinserção na sociedade e reduzir a reincidência criminal.

Por fim, a alta taxa de crimes contra o patrimônio e a taxa elevada de feminicídios
indicam que há ainda muito a ser feito em termos de prevenção e combate à criminalidade no
DF. É preciso adotar políticas públicas que busquem enfrentar as raízes da violência, como a
desigualdade social, a falta de acesso a serviços públicos de qualidade e a impunidade. Somente
assim será possível garantir uma execução penal justa e efetiva no Distrito Federal.

Além dos problemas mencionados anteriormente, é importante destacar que a


superlotação das unidades prisionais no DF é uma questão crítica para a execução penal. Dados
do CNJ indicam que a taxa de ocupação dos presídios no DF chegou a 177% em 2019, o que é
considerado um índice alarmante. A superlotação pode levar a condições precárias de
alojamento e higiene, além de favorecer a disseminação de doenças e aumentar a tensão e
violência entre os detentos.

Outra questão que afeta a execução penal no DF é a falta de investimento em políticas


de alternativas penais, como a prisão domiciliar com o devido monitoramento eletrônico e a
prestação de serviços à comunidade, caso o apenado não tenha emprego fixo. A aplicação
dessas alternativas pode ajudar a reduzir a superlotação das unidades prisionais e promover a
ressocialização dos detentos, mas requer investimento em infraestrutura e capacitação dos
profissionais envolvidos na execução penal.

Outra alternativa seria a mudança na legislação de execução penal, como por exemplo,
os apenados que não praticaram crimes graves, ou em caso de crimes culposos ou cometidos
por motivo de relevante valor social ou moral, caso estejam empregados que continuassem
trabalhando e sendo monitorados com restrições de fim de semana e lugares, tendo a depender
do crime que ressarcir os prejuízos e danos causados, tendo no período de cumprimento de pena
o desconto de um quarto de seu salário para reparar os danos e prejuízos oriundos de seus atos,
ou remetidos ao fundo penitenciário estadual ou distrital ou ainda federal para ampliação dos
projetos de ressocialização e construção de estabelecimentos penais adequados a cada regime
de cumprimento de pena.

Ainda na mesma linha de raciocínio, a legislação poderia prever para que houvesse
parcerias com empresas privadas para a contratação dos apenados nos termos de um contrato
de trabalho nos moldes do trabalho já inseridos na LEP, e acrescentar outras vantagens ao
empregador parceiro, como isenção de recolhimento de INSS para os apenados e isenção do
recolhimento do FGTS, enquanto o apenado estivesse cumprindo pena estas vantagens e outra
que poderiam ser elaboradas em um estudo específico para tal modalidade de cumprimento de
pena se estenderiam por toda execução penal até a liquidação da pena. Outrossim, seria uma
boa previsão legal, a inclusão de apenados no serviço público nos mesmos moldes, em serviços
de limpeza urbana, construção civil, manutenção de bens e imóveis do poder público, com a
remuneração já positivada e constituição do pecúlio e nos moldes da lei de execução penal.

Por fim, a falta de recursos financeiros, humanos e uma legislação atual e pormenorizada
para a execução penal é um problema que afeta não apenas o DF, mas todo o sistema
penitenciário brasileiro. É necessário investir em melhorias estruturais e tecnológicas, na
qualificação dos agentes penitenciários (policiais penais) e em políticas de ressocialização e
prevenção da criminalidade. Sem tais investimentos, a execução penal no DF e no país como
um todo continuará enfrentando desafios significativos para garantir uma execução penal justa
e efetiva.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A execução penal no Distrito Federal é um assunto muito delicado e gera grande
preocupação com o passar dos anos, principalmente devido aos problemas que afetam o sistema
prisional. A superlotação, a falta de infraestrutura adequada, a falta de estabelecimentos penais
adequados a cada regime, falta de legislação contemporânea e atualizada a fim de regrar a
execução da pena e nortear os servidores penais e a ausência de políticas efetivas de
ressocialização são apenas alguns dos desafios enfrentados pelo sistema atual de execução
penal.

Os números apresentados pelo Conselho Nacional de Justiça e pelo Ministério da Justiça


e Segurança Pública demonstram a gravidade do problema da superlotação no sistema prisional
brasileiro, que afeta diretamente a garantia de uma execução penal justa e respeitadora dos
direitos humanos dos presos. No Distrito Federal, a taxa de ocupação das unidades prisionais é
de 147%, o que significa que o número de presos é quase duas vezes maior do que a capacidade
do sistema.

Além da superlotação, outros problemas afetam a execução penal no Distrito Federal,


como a falta de recursos financeiros e humanos, a falta de capacitação dos profissionais
envolvidos na execução penal e a ausência de políticas efetivas de ressocialização. Esses
problemas afetam diretamente a capacidade do sistema prisional de promover a reinserção
social dos detentos, bem como a prevenção da criminalidade.

Para enfrentar esses desafios, é preciso que sejam adotadas medidas que visem a
humanização do sistema prisional, a redução da superlotação das unidades prisionais e o
fortalecimento das políticas de ressocialização e prevenção da criminalidade. Isso requer o
comprometimento dos poderes públicos, a mobilização da sociedade civil e a adoção de uma
abordagem mais ampla e integrada para a execução penal.

É fundamental que a sociedade e os poderes públicos estejam unidos em busca de


soluções para essa questão tão complexa e urgente. A garantia de uma execução penal justa e
efetiva no Distrito Federal e no país como um todo é um desafio enorme que exige a adoção de
medidas concretas e comprometidas com os direitos humanos e a dignidade dos presos,
capacitação e valorização dos agentes penitenciários, atualmente, policiais penais,
desarticulação das organizações e associações criminosas dentro dos sistema prisional,
oportunidades de estudo e trabalho aos presos, ainda que dentro das unidades prisionais,
segregação dos presos que não apresentam disposição para a ressocialização e que tendem a
subverter a ordem e disciplina dos estabelecimentos penais.

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