Audiência Trabalhista e A Importância Do Preposto
Audiência Trabalhista e A Importância Do Preposto
Audiência Trabalhista e A Importância Do Preposto
Audiência Trabalhista significa o ato solene e formal com a presença das figuras participantes que são o juiz, reclamado, reclamante e advogados. Esse ato está previsto no artigo
813 da CLT, o juiz sempre tem por objetivo a conciliação, não ocorrendo acordo, ação prosseguirá com interrogatórios, depoimentos de pessoas das partes, a oitiva de testemunhas
e técnicos peritos quando necessário, que dará a formação do convencimento do juiz sobre a sentença. (Art 813 da CLT)
A CLT no artigo 813 determina as diretrizes para a sua realização, uma delas é que as audiências só poderão ser realizadas em dias úteis no horário entre 8hs e 18hs, e o prazo
máximo de uma audiência, não poderá ultrapassar mais de 5 horas seguidas, salvo quando se tratar de matérias consideradas urgentes, como o caso do pagamento de salários
atrasados por exemplo, que tem natureza alimentar, ou quando a empresa reclamada estar em processo de falência. (art. 768 da CLT)
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Reclamação Trabalhista
Conforme aprendemos na aula anterior, ação trabalhista se inicia com a reclamação trabalhista motivada pelo empregado que nomeia um advogado trabalhista, para representa-lo na
defesa do seu pedido de reparo financeiro, em uma das varas do trabalho. A distribuição das reclamações será feita entre as varas de Conciliação e Julgamento, que protocolam a
reclamação e notificam as partes (reclamado e reclamante) ao mesmo tempo, para comparecerem à audiência do julgamento. (Art. 841 da CLT)
Artigo 841 - § 1º - A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por
edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 3º Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)
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A primeira é de mera tentativa de conciliação, onde as partes poderão encerrar o processo, mediante acordo. Se isso não acontecer a empresa entrega a sua defesa ao Juiz e
este dará um prazo para que o advogado do reclamante se manifeste sobre o que está contido na contestação.
A segunda tipo é a audiência de instrução e julgamento, onde novamente o juiz tentará um acordo, em caso negativo, aí sim, serão ouvidas as partes e as testemunhas.
Muitas vezes, a audiência de tentativa de conciliação e de instrução e julgamento são chamadas de UNA, pois concentram numa ÚNICA audiência todos estes atos.
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A terceira e última, há audiência de julgamento, onde o comparecimento das partes não é obrigatório, e o juiz irá naquela audiência dar a sentença do processo.
Primeira Instância
A Vara do Trabalho é a 1ª instância, onde serão apreciadas as causas trabalhistas por um juiz trabalhista que deverá sempre buscar a conciliação das partes, porém se não for
possível, deverá colher seus interrogatórios, se for o caso, ouvir as testemunhas, e julgar conforme livre apreciação das provas feitas.
O Tribunal Regional do Trabalho, na forma do art. 112 da CF, prevê que cada Estado-membro da União deve ter um tribunal regional, ocorre esta determinação não tem sido
adotada, porque são atualmente 24 tribunais trabalhistas, sendo que no Estado de São Paulo são dois: o Tribunal da 2ª região (Capital de SP, ABCD, Baixada Santista e Grande São
Paulo), e o Tribunal da 15ª Região, todo o interior paulista.
Segunda Instância
O TRT serve como 2ª instância, e julga recursos oriundos da 1ª instância (varas do trabalho), além de algumas outras questões onde ele, Tribunal, atuará como 1ª instância
(mandados de segurança, ação rescisória, dentre outros.)
A Delegacia Regional do Trabalho é órgão do Poder Executivo que fiscaliza, por meio de auditores do trabalho, o cumprimento das normas trabalhistas pelas empresas. Também são
atribuições da DRT, a imposição de multas diante do descumprimento das leis, concessão de seguro-desemprego, instauração de procedimento administrativo visando o registro em
Carteira de Trabalho de empregado, dentre outros.
Litigância de Má Fé
Com a reforma trabalhista, entrou em vigor a alterações os artigos 793 A,B,C e D da CLT, que autoriza o juiz a aplicar penalidade na testemunha que agir de forma intencional ou
má fé, faltar com a verdade sobre os fatos que estão em julgamento.
Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente. Considera-se litigante de má-fé aquele que:
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Sentença
Após a audiência vem a fase em que o juiz decretará a sentença sobre os direitos que o empregado está pleiteando, a sentença poderá ser procedente ou seja o reclamante terá direito
a receber todos os direitos reclamados no processo. Sendo a sentença parcialmente concedida, significa que o juiz concedeu alguns direitos pedidos no processo e outros não e
quando a sentença é considerada improcedente, o juiz entendeu e julgou que não tinha sustentação o pedido do reclamante e não concede nenhum dos direitos pleiteados.
Caso uma das partes não concorde com a sentença do juiz, poderá ingressar com recurso no TRT regional que é a chamada segunda instância de julgamento, para tanto é necessário
a apresentação de argumentos que convençam os julgadores a modificarem a sentença do juiz da primeira instância, a decisão da segunda instância chama acordão. Não
concordando com a sentença da segunda instancia, cabe mais um recurso ao TST ? Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília.
Quando não tiver mais a possibilidade de recursos, vem a fase de liquidação de sentença e execução, que é fase que será nomeado um perito para liquidar a sentença, calcular os
valores devidos, considerando o tempo entre a primeira decisão e a última.
Execução
E a fase mais aguardada pelo vencedor da ação, pois é nessa fase final que o juiz procede a homologação dos valores corrigidos pelo perito e notifica o empregador para efetuar o
pagamento dos direitos ganhos pelo empregado, não acontecendo o pagamento por parte do empregador, a ação contínua com a inclusão do nome do empregador no BNDT, que é
um Banco Nacional de informação sobre Devedores de direitos Trabalhistas, e inicia-se pela justiça a busca por bens que possam ser penhorados para garantir o pagamento ao
empregado.
A Importância do Preposto
O artigo 843 da CLT § 1º do artigo 843 da CLT dita que não é qualquer pessoa que pode ser o preposto, mas a lei exige que quem for indicado pelo empregador, seja conhecedor dos
fatos. Não era uma regra, mas normalmente o indicado pelo empregador para a preposição era um empregado da área de Recursos Humanos, por ser conhecedor da dos direitos e
deveres da relação de emprego. Após a reforma trabalhista não é mais obrigatório que o preposto seja empregado registrado da empresa, fato que possibilita ao empregador,
contratar um preposto profissional autônomo especializado com conhecimentos jurídicos trabalhistas, para representa-lo diante das responsabilidades argumentais apresentadas na
audiência.
ATIVIDADE
A. uma
B. duas
C. Três
D.
ATIVIDADE
A. empregado
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B. Advogado do reclamante
C. empregador
D.
REFERÊNCIA
1. BRASIL. CLT. Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo: Saraiva (Atualizada), 2018.
2. MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 32ª Ed. São Paulo: Atlas, 2011.
3. GARCIA, G.B. Curso de Direito do Trabalho. 10ª edição, São Paulo: Editora Forense, 2016.
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