Processo Civil 2

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 4

Tutela Provisória

AULA 02

O direito brasileiro com a edição do novo CPC, tem como objetivo primordial uma mudança
qualitativa do encontro entre as partes, não era comum que os tribunais se preocupassem
com a sistematização das audiências de conciliação ou mediação. O CNJ como órgão
catalizador editou uma resolução determinando aos tribunais do pais que criassem os seus
núcleos de conciliação, sendo um prodromo o modelo para que o novo CPC abordasse de
forma mais ampliada o instituto da conciliação. As partes devem comparecer a essa audiência
com os espíritos livres, desarmados.

O princípio constitucional da duração razoável do processo culminou com a criação de


institutos eficazes para a garantia dos direitos dos cidadãos e das pessoas jurídicas.

A tutela provisória é um desses institutos, aquele provimento jurisdicional ou aquela tutela


jurisdicional que a parte só obtinha 5, 10, 15 anos depois ela poderá obter imediatamente
após o ingresso da petição inicial.

A tutela provisória se divide em 2 espécies: DE URGENCIA e uma tutela que nunca existiu
claramente no direito brasileiro a DE EVIDENCIA. A tutela de evidencia foi a tese de doutorado
do ministro do STF Luiz Fucks, presidente da comissão que instituiu o novo CPC, a importância
da tutela de evidencia é que o magistrado poderá antecipar a tutela jurisdicional mesmo não
havendo a característica da urgência, os juízes brasileiros em regra não concediam tutela de
evidencia. A maior diferença entre a tutela de urgência e de evidencia, para a concessão da
tutela de evidencia não se perquire sobre a característica urgência

EX1: o autor do da demanda propôs contra o INSS uma ação de desaposentação, ele tem
direito a tutela provisória de evidencia, pois é evidente que ele tem direito a receber o valor
novo da aposentadoria.

A tutela provisória pode ser pedida diversas vezes no processo, e também pode ser pedida a
somatória das duas tutelas (urgência + evidência)

ART 311, CPC – tutela de evidencia

A tutela provisória de urgência ela tem os seguintes pressupostos: 1) a probabilidade do


direito + 2) o perigo de dano ou 3) assegurar o resultado útil do processo;

1- Probabilidade do direito: com a nova recapitulação feita pelo novo CPC a


jurisprudência é fonte formal do direito, no momento em que o juiz recebe a
petição inicial ele faz uma viajem a jurisprudência dos tribunais brasileiros e
encontrando uma decisão do STF, STJ TRF e dos TJ’s está aí verificado o
pressuposto da probabilidade do direito, ou seja, os tribunais já se manifestaram
positivamente sobre aquela matéria. O STF edita 2 espécies de sumulas as simples
e as vinculantes, se o seu pedido estiver sustentado numa dessas sumulas está ali
demonstrado o pressuposto da probabilidade do seu direito em vencer a
demanda.
OBS: a sumula vinculante obriga o poder judiciário, executivo e legislativo.

Então probabilidade do direito não significa a certeza do direito, mas a


plausibilidade do direito invocado = FUMUS BONI IURIS.
Mesmo que não haja jurisprudência nos tribunais a interpretação da lei que o
advogado der, juntando com os fatos jurídicos (verídicos) apresentados podem
causar no juiz a demonstração da probabilidade do direito.

2) Perigo de dano = urgência


O perigo de dano significa os prejuízos de difícil e incerta reparação que ocorrem
caso o magistrado não conceda a tutela de urgência.

3)Assegurar o resultado útil do processo


Art. 1015, I, CPC
O recurso cabível para a tutela provisória é o agravo de instrumento.

CONCESSÃO - O juiz pode conceder a tutela de imediato, sem ouvir a outra parte.
(LIMINAR) ou após justificação previa (a justificação previa ocorre quando o
magistrado não se sente apto a conceder a tutela provisória de imediato, ele
entende que não ficaram claros os pressupostos para a concessão da tutela
provisória, então ele designa uma AUDIENCIA de justificação previa, é uma
segunda chance dada pelo magistrado que não se convenceu da existência dos
pressupostos. Nesta audiência participam autor, testemunhas do autor e o réu)
OBS1: o novo CPC trouxe uma nova espécie provatória chamada ata notarial, ou
seja, aquela produzida perante o tabelião.
OBS2: observar o princípio do contraditório
** Contraditar a testemunha = impugnar

AULA 03
Assegurar o resultado útil do processo significa que a tutela provisória visa garantir
ou assegurar ao autor a utilidade do processo, ou seja, que o bem da vida
perseguido efetivamente seja alcançado.

EX: se o réu começa a dilapidar o seu patrimônio, o que vai acontecer com bem da
vida perseguido pelo autor? Ele vai desaparecer.
Por isto, que o CPC trouxe esse fundamento, para a garantia dos direitos do autor.

Para tanto, ou seja, para cumprimento da tutela provisória o novo CPC criou um
novo dispositivo especifico no art. 139, IV (para o brigar o réu a cumprir a tutela
provisória O CPC no art. 139 estabeleceu 4 medidas – indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatória - que podem ser tomadas pelo juiz).
O juiz quando concede a tutela provisória, muitas vezes o réu descumpre a decisão
judicial, com o novo CPC ficou clara a existência de medidas para cumprir a decisão
judicial.
** IMPORTANTE SABER TODAS AS MEDIDAS
A concessão da tutela provisória está condicionada a 3 requisitos: probabilidade
do direito e perigo de dano ou assegurar o resultado útil do processo, caso o réu
descumpra a ordem judicial o juiz tem ao seu dispor um arsenal de medidas para
fazer com que se cumpra.
** O juiz deve analisar o princípio da proporcionalidade ao utilizar as medidas para
o cumprimento das decisões judicias, é preciso uma razoabilidade.

Audiência de justificação previa é uma segunda chance dada ao autor para


comprovar os pressupostos da tutela provisória, quando o juiz não fica convencido
da existência de algum desses pressupostos.
O recurso cabível é o AGRAVO DE INSTRUMENTO (art. 1015, CPC)

AULA 04
AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
O autor propôs uma demanda contra o réu e foram convocados para uma
audiência de conciliação e mediação que não deu certo, então o réu vai apresentar
a defesa, que está dividida em preliminares processuais (como consequência
extingue ou dilata o processo), prejudiciais de mérito (ex: prescrição, decadência),
e o mérito propriamente dito.

Quando o réu arguir o mérito, ele terá o ônus de provar os fatos impeditivos,
modificativos ou extintivos do direito do autor. O autor tem ônus de provar o fato
constitutivo do seu direito.

Se o réu tem o ônus de provar esses fatos, ele está sujeito ao princípio da
eventualidade, cada evento que o autor trouxer ele tem que impugnar.

Fatos impeditivos: são fatos que obstaculizam, ou impedem o desenvolvimento da


ação. Ex1: o autor não cumpriu a sua parte na obrigação, eles pactuaram que só
poderia propor a ação se o autor prestasse tal fato (um fato qualquer), se autor
propôs a ação sem cumprir com sua parte o réu pode apresentar uma exceção de
descumprimento do não adimplemento do contrato pelo autor, então é uma
clausula que vai parar o processo. Ex2: a obrigação ainda não venceu, propor uma
demanda sem que o prazo tenha vencido.

**A tônica do novo CPC é o princípio da instrumentalidade das formas, diz que o
juiz deve aproveitar o máximo aquilo que foi apresentado pelas partes, se ato
atingiu seu objetivo é valido.

Fatos modificativos: são aqueles que alteram o panorama no curso do processo.


Ex1: autor e réu estão discutindo, no curso do processo o réu paga uma parte do
valor (acontece um fato que muda o panorama inicial), se ele devia 1000 e pagou
200 o autor só poderá pleitear 800. Ex2: se ocorrer uma compensação entre autor
e réu, haverá a compensação entre débitos e créditos
** o juiz deverá ser avisado do fato modificativo (através de contestação ou
petição)

Fatos extintivos: prescrição, compensação integral, decadência, pagamento,


remissão (perdão da dívida).
Extingue o processo com resolução do mérito
** preliminares processuais extingue o processo sem resolução do mérito
*** ART. 337, 485, 487

AUDIENCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO


Para provar o fato constitutivo do autor, e os fatos modificativos, impeditivos e
extintivos do réu existem algumas espécies probatórias: testemunhal, documental,
confissão, depoimento pessoal das partes, prova pericial, inspeção judicial, ata
notarial, indícios.

Você também pode gostar