Processo Civil 2
Processo Civil 2
Processo Civil 2
AULA 02
O direito brasileiro com a edição do novo CPC, tem como objetivo primordial uma mudança
qualitativa do encontro entre as partes, não era comum que os tribunais se preocupassem
com a sistematização das audiências de conciliação ou mediação. O CNJ como órgão
catalizador editou uma resolução determinando aos tribunais do pais que criassem os seus
núcleos de conciliação, sendo um prodromo o modelo para que o novo CPC abordasse de
forma mais ampliada o instituto da conciliação. As partes devem comparecer a essa audiência
com os espíritos livres, desarmados.
A tutela provisória se divide em 2 espécies: DE URGENCIA e uma tutela que nunca existiu
claramente no direito brasileiro a DE EVIDENCIA. A tutela de evidencia foi a tese de doutorado
do ministro do STF Luiz Fucks, presidente da comissão que instituiu o novo CPC, a importância
da tutela de evidencia é que o magistrado poderá antecipar a tutela jurisdicional mesmo não
havendo a característica da urgência, os juízes brasileiros em regra não concediam tutela de
evidencia. A maior diferença entre a tutela de urgência e de evidencia, para a concessão da
tutela de evidencia não se perquire sobre a característica urgência
EX1: o autor do da demanda propôs contra o INSS uma ação de desaposentação, ele tem
direito a tutela provisória de evidencia, pois é evidente que ele tem direito a receber o valor
novo da aposentadoria.
A tutela provisória pode ser pedida diversas vezes no processo, e também pode ser pedida a
somatória das duas tutelas (urgência + evidência)
CONCESSÃO - O juiz pode conceder a tutela de imediato, sem ouvir a outra parte.
(LIMINAR) ou após justificação previa (a justificação previa ocorre quando o
magistrado não se sente apto a conceder a tutela provisória de imediato, ele
entende que não ficaram claros os pressupostos para a concessão da tutela
provisória, então ele designa uma AUDIENCIA de justificação previa, é uma
segunda chance dada pelo magistrado que não se convenceu da existência dos
pressupostos. Nesta audiência participam autor, testemunhas do autor e o réu)
OBS1: o novo CPC trouxe uma nova espécie provatória chamada ata notarial, ou
seja, aquela produzida perante o tabelião.
OBS2: observar o princípio do contraditório
** Contraditar a testemunha = impugnar
AULA 03
Assegurar o resultado útil do processo significa que a tutela provisória visa garantir
ou assegurar ao autor a utilidade do processo, ou seja, que o bem da vida
perseguido efetivamente seja alcançado.
EX: se o réu começa a dilapidar o seu patrimônio, o que vai acontecer com bem da
vida perseguido pelo autor? Ele vai desaparecer.
Por isto, que o CPC trouxe esse fundamento, para a garantia dos direitos do autor.
Para tanto, ou seja, para cumprimento da tutela provisória o novo CPC criou um
novo dispositivo especifico no art. 139, IV (para o brigar o réu a cumprir a tutela
provisória O CPC no art. 139 estabeleceu 4 medidas – indutivas, coercitivas,
mandamentais ou sub-rogatória - que podem ser tomadas pelo juiz).
O juiz quando concede a tutela provisória, muitas vezes o réu descumpre a decisão
judicial, com o novo CPC ficou clara a existência de medidas para cumprir a decisão
judicial.
** IMPORTANTE SABER TODAS AS MEDIDAS
A concessão da tutela provisória está condicionada a 3 requisitos: probabilidade
do direito e perigo de dano ou assegurar o resultado útil do processo, caso o réu
descumpra a ordem judicial o juiz tem ao seu dispor um arsenal de medidas para
fazer com que se cumpra.
** O juiz deve analisar o princípio da proporcionalidade ao utilizar as medidas para
o cumprimento das decisões judicias, é preciso uma razoabilidade.
AULA 04
AUDIENCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
O autor propôs uma demanda contra o réu e foram convocados para uma
audiência de conciliação e mediação que não deu certo, então o réu vai apresentar
a defesa, que está dividida em preliminares processuais (como consequência
extingue ou dilata o processo), prejudiciais de mérito (ex: prescrição, decadência),
e o mérito propriamente dito.
Quando o réu arguir o mérito, ele terá o ônus de provar os fatos impeditivos,
modificativos ou extintivos do direito do autor. O autor tem ônus de provar o fato
constitutivo do seu direito.
Se o réu tem o ônus de provar esses fatos, ele está sujeito ao princípio da
eventualidade, cada evento que o autor trouxer ele tem que impugnar.
**A tônica do novo CPC é o princípio da instrumentalidade das formas, diz que o
juiz deve aproveitar o máximo aquilo que foi apresentado pelas partes, se ato
atingiu seu objetivo é valido.