Musculo Esqueletico
Musculo Esqueletico
Musculo Esqueletico
Tipos de Músculo:
A. Esquelético
B. Cardíaco
C. Liso
Exemplos:
A. Músculos
B. Coração
C. Paredes dos vasos
sanguíneos, vísceras, …
Centenas de músculos
esqueléticos
3 funções importantes:
ULTRAESTRUTURA
Sarcómero (segmento de miofibrila compreendido entre 2
linhas Z):
Linhas Z
Linha M
Zona H
Banda I 2
Banda A Powers e Howley, 2018
1
Fibra tipo I Capilares sanguíneos Glóbulo vermelho
Grânulos de
glicogénio
Mitocôndrias
subsarcolemais
Inclusões
lípidicas
(Reservas de TRG)
3
Miofibrila Mitocôndrias intermiofibrilares
Corte transversal
Área de secção
transversal
2
5
Endomísio
Endomísio
Sarcolema e sarcoplasma
Tríade do RS:
1 Túbulo transverso (túbulos-T) – sistema T
ou sistema de túbulos transversos =
invaginações do sarcolema; local onde circula
o líquido extracelular
2 Cisternas terminais ou sacos laterais (Ca2+)
Existem 2 tríades por cada sarcómero
Miofibrilas
Sarcómero:
Linhas Z
Linha M
Zona H
Banda I 6
Banda A
3
Sarcoplasma ou citoplasma rico em:
- Proteínas solúveis
- Miofilamentos
- Mionúcleos
- Reservas de fosfatos de alta energia (CP e ATP)
- Substratos energéticos (grânulos de glicogénio e inclusões lipídicas)
- Enzimas
- Mioglobina
- Ribossomas (síntese proteica)
…
Retículo sarcoplasmático
- Rede longitudinal de tubos que se encontram paralelos
às miofibrilas envolvendo-as e que terminam em cisternas terminais (ou sacos laterais) onde:
- Função: local de armazenamento do Ca2+; liberta e reabsorve o Ca2+ (bomba de Ca2+) durante a contração e
relaxamento musculares
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
Capilarização do músculo
5
1. Contração concêntrica (encurtamento do comprimento do sarcómero)
Banda I diminui marcadamente; banda A permanece igual; zona H pode desaparecer em
contrações mais intensas.
2. Contração excêntrica (aumento do comprimento do sarcómero)
Banda A aumenta.
3. Contração isométrica (sarcómero mantém aproximadamente o mesmo comprimento)
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12
6
MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
Ca2+
13 Ca2+
*a troponina e a tropomiosina regulam a contração muscular através do controlo da ligação entre a miosina e actina (papel do
ligando-se à troponina).
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
cabeça
2ª
braço
cauda 1ª cauda cauda
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8
Titina (3º miofilamento envolvido na regulação da produção de força)
1. Estabilização do sarcómero e centralização do filamento de miosina no meio do sarcómero
2. Aumento da força quando os músculos são estirados
3. Prevenção de estiramento excessivo e lesão do sarcómero por resistência ao estiramento ativo
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Constituído por:
- cerca de 350 moléculas globulares de actina (proteína
contráctil actina G) em dupla hélice;
- moléculas de proteína reguladora* tropomiosina;
- moléculas de proteína reguladora troponina;
* Porque a sua ação regula a contração.
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
Corte transversal
Arranjo hexagonal
Se miosina no meio – 1 para 6
Se actina no meio – 3 para 1
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Processo de Excitação-Contração
Célula em Repouso:
Baixas concentrações de Ca2+ intracelular
(Ligação fraca entre actina e miosina)
Poucos locais de ligação ao Ca2+ na troponina (troponina C) estão ocupados
Tropomiosina bloqueia os locais ativos da actina impedindo que a miosina se ligue a ela
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
Excitação – contração
Relembrando…
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Após os iões de cálcio terem sido
libertados e se difundirem entre as
miofibrilas, a contração muscular
continua enquanto a concentração
de iões de cálcio permanecer alta.
Consequentemente, o complexo
troponina/tropomiosina inibe os
filamentos de actina (impede a
ligação entre a actina e a miosina) e
a célula relaxa.
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Pontes Cruzadas
ADP+Pi
ATP
Locais ativos
da actina
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
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¬ Porque razão o músculo aumenta de tamanho durante a contração muscular?
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
Relaxação
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Sequência de Eventos na Contração Muscular (McArdle et al., 2015)
Geração do potencial de ação no nervo motor
1
Libertação de acetilcolina (AcH) (neurotransmissor químico) do terminal do axónio motor para a fenda sináptica
Ligação da AcH aos receptores específicos localizados no sarcolema
3 Libertação de Ca2+ pelas cisternas terminais (sacos laterais) do RS => aumento do Ca2+ intracelular
Durante a ação muscular, a actina combina-se com a miosina. Ativação da ATPase miosínica, a qual degrada o ATP. A energia
libertada produz a formação de pontes cruzadas gerando tensão muscular
5
Deslizamento dos filamentos ou ciclo das pontes cruzadas
O ATP liga-se à miosina nas pontes cruzadas o que quebra a ligação entre a actina e miosina e permite que a miosina se dissocie
6 da actina. Os filamentos de actina e miosina deslizam um sobre o outro e o músculo encurta
O ciclo das pontes cruzadas continua enquanto a concentração de Ca2+ intracelular permanecer suficientemente elevada (devido à
7 despolarização da membrana) para inibir o complexo troponina-tropomiosina
Quando o músculo deixa de ser estimulado, a concentração de Ca2+ intracelular diminui rapidamente à medida que ele volta para as
8 cisternas terminais do RS através da bomba de Ca2+ - transporte ativo => necessita de hidrolisar ATP
A diminuição da concentração de Ca2+ intracelular leva a que a tropomiosina volte a ocupar os locais de ligação da actina à miosina
(ação inibidora). É necessário ATP para dissociar a actina da miosina (relaxação)
9 Quando não há ATP disponível Ex RIGOR MORTIS, CÃIBRAS … 29
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
Tipos de Contração
• Contração Isométrica => músculos mantém aproximadamente o mesmo
tamanho (ex. exercício estático, comum nos músculos posturais)
• Contração Isotónica ou Dinâmica
Ø Contração Concêntrica => músculo encurta
Ø Contração Excêntrica => músculo alonga
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
1 - Atividade de ATPase
2 - Propriedades das proteínas contrácteis e reguladoras
3 - Força máxima de contração
4 - Velocidade de contração
5 - Características de fadiga
6 - Perfil metabólico
7 - Diferenças morfológicas
Biópsia
muscular
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Classificação e características das fibras musculares
Fibras tipo I (lentas) Fibras tipo II (rápidas) – IIa, IIx e IIb
§ Dependem fundamentalmente do metabolismo aeróbio § Dependem fundamentalmente do metabolismo glicolítico (está bem
(oxidativo) desenvolvido)
§ Metabolismo glicolítico menos desenvolvido § Elevada concentração de enzimas glicolíticas
§ Elevada concentração de enzimas mitocondriais (oxidativas) §Défice de mioglobina => designação de FIBRAS BRANCAS
§Maior nº e tamanho de mitocôndrias, que juntamente com § Menor capilarização, menor fluxo sanguíneo e menor quantidade de
citocromos contendo ferro nelas presentes, e níveis elevados mitocôndrias dado que o metabolismo oxidativo é secundário
de mioglobina => conferem-lhes a pigmentação vermelha => § Alto nível de atividade da ATPase miosínica
designação de FIBRAS VERMELHAS § Velocidade de contração e desenvolvimento de tensão é 3 a 5x > que
§ Maior capilarização para o aporte de maior quantidade de O2 fibras tipo I
§ Baixo nível de atividade da ATPase miosínica §Rápida libertação e reabsorção do Ca++ pelo RS que é mais extensivo =>
§ Baixa velocidade de contração (e relaxamento) - libertação e início da contração + rápido (relaxamento mais rápido também)
reabsorção do Ca++ pelo RS mais lenta § Capacidade para gerar força rapidamente
§Maior fluxo sanguíneo §Elevada taxa de turnover de pontes cruzadas
§Fibras musculares mais estreitas e inervadas por §Fibras musculares mais largas para > produção de força
motoneurónios de < calibre
§Capacidade elevada de transmissão electroquímica do PA
§Geralmente são solicitadas em exercícios de baixa intensidade §Fibras inervadas por motoneurónios de > calibre
e longa duração
§Geralmente são ativadas em exercícios de alta intensidade e curta
§ Resistentes à fadiga
duração
§ Ex. Sprints e movimentos que implicam contrações musculares
explosivas como saltos e mudanças de direção as quais dependem
fundamentalmente do metabolismo anaeróbio de produção de E
§ Pouco resistentes à fadiga
As fibras tipo IIa evidenciam velocidade de encurtamento elevada e capacidade aeróbia (elevada atividade da SDH) e anaeróbia (elevada
atividade da PFK) moderadamente bem desenvolvidas. – Rápidas-oxidativas-glicolíticas
As fibras tipo IIb possuem o > potencial anaeróbio e > velocidade de encurtamento – Rápidas-glicolíticas
As fibras tipo IIx apresentam características fisiológicas e metabólicas intermédias entre as IIa e IIb. 37
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
1 - Atividade da ATPase
- Troponina
A sub-unidade T apresenta características distintas para as fibras rápidas e para as lentas
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4 - Velocidade de contração
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MUSCÚLO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
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Músculo Humano
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MUSCÚLO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
5 - Características da Fadiga
6 - Perfil Metabólico
Conteúdo em glicogénio, Triglicerídeos, ATP e CP nas fibras I, IIa e IIb no músculo humano
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- atividade da CK cerca de duas vezes mais elevada nas fibras II b do que nas I
- atividade da PFK e LDH é mais elevada nas fibras II b relativamente às fibras tipo I
- as enzimas SDH e MDH são altamente diferenciadoras do tipo de fibras, nomeadamente
no que se refere à diferença entre I e II b
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MÚSCULO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
- Do ponto de vista metabólico existem diferenças nítidas entre os dois tipos de fibras,
fundamentando-se essas diferenças na atividade das enzimas do metabolismo glicolítico e
oxidativo
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7 - Diferenças Morfológicas
Estrutura
Ultra-estrutura
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MUSCÚLO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
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Treino de Resistência
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MUSCÚLO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
-Inervação cruzada
-Electro-estimulação
-Adaptações ao treino
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- Alguns autores sugerem a existência de uma correlação forte entre VO2máx e a relação
Capilar/Fibra (C/F)
- Treino de Velocidade
não parece ter efeitos na capilarização
- Treino de Resistência
aumentos significativos na capilarização
angiogénese = formação de novos capilares
aumento da densidade capilar
aumento da relação capilar/fibra
aumento da tortuosidade capilar
- Treino de Força
não parece exercer qualquer influência na capilarização
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MUSCÚLO ESQUELÉTICO: ESTRUTURA E FUNÇÃO
Especificidade da adaptação
esforços longos e int. média – fibras tipo IIa têm maiores adaptações
treino mais intenso e intermitente – fibras tipo IIb têm maiores adaptações
esforços longos e baixa int. – fibras tipo I têm maiores adaptações
Treino de força
não parecem existir quaisquer alterações na fração mitocondrial
alguns autores sugerem a existência de diminuições na fração mitocondrial
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Músculos treinados (velocidade) têm maiores reservas de glicogénio do que músculos não treinados
Músculos treinados (resistência) têm maiores quantidades de lípidos intracelulares do que músculos não
treinados
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Remodelação da massa e função musculares
Músculo – grande plasticidade: uso vs. desuso – adaptação (hipertrofia/hiperplasia) vs. desadaptação
(atrofia)
Crescimento muscular
A) Aumento da dimensão das fibras musculares - Hipertrofia (aumento do número ou tamanho das
miofibrilas)
B) Aumento do número de fibras musculares – Hiperplasia (aumento do número de fibras)
Treino Destreino
Macrófago
Núcleos
Núcleos
Células satélite
I.Contínua (núcleos)
3 a 4 dias
II.Descontínua (células satélite)
5 a 6 dias
I. Agressões menos graves
II. Agressões mais graves
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Dôr muscular retardada
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Alterações no músculo esquelético relacionadas com o
envelhecimento
O envelhecimento está associado a perda de massa muscular (MM).
2 fases:
A) Perda lenta de 10% da MM entre os 25 e 50 anos, seguida por uma
B) Perda rápida
Entre os 50 e 80 anos perde-se mais 40% da MM, pelo que aos 80 anos,
metade da MM já foi perdida.
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