Relatório Científico

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Escola Secundária de São João da Talha

Relatório Científico
sobre o Sistema
Cardiovascular e
Respiratório
[Sous-titre du document]

Gonçalo Oliveira
Introdução
Ao longo desta atividade laboratorial, iremos estudar o sistema circulatório e o sistema
respiratório de um porco, identificando os seus órgãos, as suas características e outros aspetos
importantes.

Procedimento
1. Observação do aspeto exterior e identificação dos órgãos constituintes do sistema
respiratório;
2. Identificação dos anéis de cartilagem da traqueia;
3. Comparação da rigidez dos anéis de cartilagem das partes anterior e posterior da
traqueia;
4. Comparação da consistência das vias respiratórias com o dos pulmões;
5. Introdução de um tubo de borracha na traqueia para verificar o que acontece quando
o insuflamos;
6. Identificação dos brônquios e bronquíolos existentes nos pulmões;
7. Corte de um pedaço de pulmão e colocação do mesmo numa tina com água e verificar
o que acontece.
8. Observação externa do coração e identificação dos seus constituintes;
9. Comparação da espessura das paredes dos ventrículos e das aurículas;
10. Inserir uma palhinha na artéria aorta e outra na artéria pulmonar para identificar a
extensão de cada uma;
11. Identificação das cavidades do coração e das suas válvulas.

Registo e observação de resultados


Primeiramente, nós identificamos que o sistema respiratório com o qual estávamos a realizar
a experiência era constituído pelos órgãos: laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e
pulmões. Após esta identificação, vimos que a traqueia é constituída por anéis de cartilagem
que são mais rígidos na parte anterior do que na parte posterior. O pulmão direito é
constituído por três lóbulos e o pulmão esquerdo é constituído por dois. Observámos, através
do tato, que o tecido pulmonar é esponjoso. Também vimos que, quando um pedaço de
pulmão é colocado numa tina com água, flutua (quando o insuflamos através de um tubo). Em
relação ao sistema circulatório, identificamos os constituintes do coração: pericárdio, as
aurículas, as artérias coronárias e as principais veias e artérias. Além disso, observamos as
válvulas semilunares, as válvulas auriculoventriculares, os vasos sanguíneos que estão ligados
ao coração e o septo. Vimos também, através da utilização de uma palhinha, que a artéria
aorta liga-se ao ventrículo esquerdo e a artéria pulmonar liga-se ao ventrículo direito.
Identificamos que a espessura do ventrículo direito é maior do que a espessura do ventrículo
esquerdo.
Conclusão/Discussão de resultados
• Espessura das diferentes paredes do coração e a explicação para as
diferenças de espessura:
A diferença de espessura do miocárdio nas paredes das cavidades do coração está relacionada
com a distância para a qual cada cavidade tem de bombear o sangue. Quanto mais musculosas
são as paredes maior é a força de contração e para mais longe é projetado o sangue. As
aurículas impulsionam o sangue para os ventrículos, pelo que não necessitam de paredes
muito musculosas. O ventrículo esquerdo, como bombeia o sangue para todo o corpo, tem
paredes mais espessas do que o ventrículo direito, pois este apenas impulsiona o sangue para
os pulmões, que estão próximos do coração.

• Aspeto e função das válvulas auriculoventriculares e semilunares:


As válvulas auriculoventriculares dividem-se em: válvula tricúspide (válvula
auriculoventricular direita) e válvula bicúspide ou mitral (válvula auriculoventricular
esquerda). Já as válvulas semilunares ou sigmoides dividem-se em: válvulas semilunares da
aorta (localizadas no início da artéria aorta) e válvulas semilunares da artéria pulmonar
(localizadas no início da artéria pulmonar). Ambas as válvulas auriculoventriculares e
semilunares são constituídas por filamentos muito resistentes e têm a função de assegurar
um fluxo unidirecional do sangue, ou seja, impedem que haja um retrocesso do mesmo.

• Aspeto e função do septo:


O septo corresponde à parede muscular localizado na parte inferior do coração. Este tem a
função de separar o ventrículo esquerdo do direito, para que não haja mistura de sangue
venoso (do ventrículo direito) com o arterial (do ventrículo esquerdo).

• Identificação e aspeto relevante dos órgãos do sistema respiratório:


O sistema respiratório é constituído pelos pulmões e vias respiratórias:
Vias respiratórias:
Faringe: Canal muscular, comum aos sistemas digestivo e respiratório, que estabelece a
comunicação com a laringe;
Laringe: Tubo revestido por cartilagem onde se situam as cordas vocais, duas pregas
membranosas que produzem som à passagem do ar;
Traqueia: Tubo constituído por anéis cartilagíneos incompletos (a parte posterior, em
contacto com o esôfago é muscular). A traqueia faz a comunicação entre a laringe e os
pulmões.

Constituintes dos pulmões:


Pulmões: Órgãos elásticos e esponjosos, divididos em lóbulos pulmonares (três no pulmão
direito e dois no esquerdo).
Pleura: Dupla membrana, cuja camada interna adere aos pulmões e a externa à caixa torácica.
Brônquios: Ramificações da traqueia, reforçados por anéis completos de cartilagem. Cada
brônquio penetra num pulmão e ramifica-se em brônquios secundários que, por sua vez, se
ramificam ainda mais, originando a árvore brônquica.
Bronquíolos: Canais mais finos do que os brônquios, terminais da árvore brônquica. Na sua
extremidade possuem vesículas pulmonares.
Vesículas pulmonares: As vesículas pulmonares, situadas na extremidade de cada bronquíolo,
são grupos de alvéolos pulmonares. Estes são pequenas bolsas delimitadas por paredes muito
finas e densamente revestidas por capilares sanguíneos. É nos alvéolos que se dão as trocas
gasosas entre o ar e o sangue.

• Comparação da rigidez dos anéis de cartilagem da parte posterior e


anterior da traqueia (verificação se os anéis são completos):
Na parte anterior da traqueia os anéis são rígidos e completos e na parte posterior os anéis
são menos rígidos e incompletos, pois esta, como está em contacto com o esófago, é uma
parte muscular.

• Comparação da consistência das vias respiratórias e dos pulmões:


A consistência das vias respiratórias é, principalmente, cartilaginosa, como na laringe. Estas
são revestidas por uma mucosa que possui células ciliadas e células produtoras de muco. As
impurezas do ar inspirado (poeiras e microrganismos, por exemplo) ficam retidas no muco e
são empurradas para o exterior pelo movimento dos cílios. Já a consistência dos pulmões é
esponjosa, devido à presença de milhares de alvéolos pulmonares.

• Caracterização do tecido pulmonar:


O tecido pulmonar, composto por células com propriedades de divisão, é leve, de textura
esponjosa e elástico. Essa textura esponjosa é devido à presença de alvéolos, que constituem
a maior parte deste tecido. Além disso, os pulmões acompanham os movimentos da caixa
torácica, uma vez que são elásticos e, tal como a caixa torácica, aderem à pleura.

• Explicação da estrutura do tecido pulmonar em função das observações


efetuadas durante o procedimento experimental:
Quando colocámos um pedaço de pulmão insuflado com ar numa tina com água verificámos
que este flutuou, pois este é constituído por milhares de alvéolos pulmonares que têm
propriedades que lhes permitem armazenar ar.

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