Crise Dinástica
Crise Dinástica
Crise Dinástica
A CRISE DE 1383/85
Disciplina de História
Gonçalo Oliveira
N.15 8ºA
Outubro de 2021
Introdução
No século XIV a Europa foi assolada por fomes, pestes e guerras que contribuíram
para uma crise com graves consequências sociais e económicas.
A crise que atingiu a Europa também afetou Portugal. Para o agravamento da crise
social e económica contribuíram ainda as guerras entre Portugal e Castela - Guerras
Fernandinas. De modo a selar a paz, D. Fernando celebrou um acordo com Castela
que estabelecia o casamento entre a sua filha D. Beatriz e o rei de Castela D. João I –
Tratado de Salvaterra de Magos.
Quando, em 1383, D. Fernando morreu, Portugal enfrentou um grave problema na
sucessão ao trono, designado por crise dinástica. D. Fernando tinha apenas uma filha,
D. Beatriz, que como estava casada com o rei de Castela, levou a que a independência
de Portugal ficasse em perigo. Havia vários candidatos ao trono português, mas
houve um que mais se destacou - D. João Mestre de Avis. Para além de D. Beatriz, era
o parente vivo mais próximo do rei falecido. A crise dinástica prolongou-se por dois
anos (1383-1385), não tendo sido fácil de resolver. As vilas e as cidades dividiram-se
no apoio a Mestre de Avis. e a D. Beatriz, filha legitima de D. Fernando. Contudo, foi
Mestre de Avis quem conseguiu maior apoio do povo e da burguesia.
Túmulo de D. Fernando I
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Contextualização Política e Histórica
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Entretanto, no dia 16 de dezembro de 1383
O assassinato o povo
do conde com receio que o rei de Castela
Andeiro
invadisse Portugal, decidiu nomear o mestre de Avis como Regedor e Defensor do
Reino. Assim, D. João tornava-se o novo regente do reino de Portugal.
Apesar desta nomeação, Portugal encontrava-se dividido entre os apoiantes de D.
Beatriz – grande nobreza e clero -, e os apoiantes de Mestre de Avis – povo,
burguesia e pequena nobreza.
O rei de Castela não aceitou D. João Mestre de Avis como Regedor e Defensor do
Reino e, por isso, invadiu Portugal em 1384, respondendo assim ao pedido de ajuda
de D. Leonor. Iniciou-se então um longo período de conflitos entre Portugal e Castela.
Em abril de 1384, deu-se a primeira grande vitória do exército português, liderado
por Nuno Álvares Pereira na Batalha dos Atoleiros. Em maio de 1384, o rei de
Castela mandou cercar Lisboa por terra e por mar, mas quatro meses depois foram
obrigados a levantar o cerco por terem sido atingidos pela peste negra.
Cerco de Lisboa
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Entretanto, em março de 1385, nas Cortes de Coimbra, teve início uma reunião com
o objetivo de escolher o sucessor do trono português. João das Regras, um famoso
jurista, defendeu Mestre de Avis contra Castela que defendeu D. Beatriz e D. João, rei
de Castela.
No dia 6 de abril de 1385 D. João Mestre de
Avis foi aclamado como D. João I, rei de
Portugal, dando-se assim início à segunda
dinastia ou dinastia de Avis.
Uma das razões para ter sido aclamado rei
foi a excelente argumentação de João das
Regras que negou o direito aos outros
candidatos de serem reis.
Uma das suas primeiras decisões enquanto
rei foi nomear D. Nuno Álvares Pereira
como o Condestável de Portugal.
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Batalha de Aljubarrota
Figuras Históricas Importantes
João das Regras: “Nascido em Lisboa entre 1340 e 1345, o Dr. João das
Regras estudou Leis e Direito em Bolonha, em cuja universidade dominavam as
doutrinas favoráveis à realeza e à burguesia e de oposição ao poder feudal.
Esta corrente favorecia o acesso a cargos públicos aos letrados burgueses em
contraposição à grande nobreza feudal. Nomeado reitor da Universidade de
Lisboa, aquando da crise de 1383-1385 coloca-se ao lado do Mestre de Avis.
Nas Cortes de Coimbra de 1385 vai ser o elemento fundamental da eleição do
Mestre de Avis como rei de Portugal.” Porto Editora – João das Regras na Infopédia [em
linha]. Porto: Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/$joao-das-regras
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Editora – D. Nuno Álvares Pereira na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. Disponível
em https://www.infopedia.pt/$d.-nuno-alvares-pereira
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Aleivosa), que fora mulher de João Lourenço da Cunha. Subiu ao trono em
1367, com 22 anos. Nesta altura, a monarquia castelhana estava envolvida em
lutas fratricidas, sendo a coroa disputada a D. Pedro, único filho legítimo de D.
Afonso XI, por seu meio-irmão D. Henrique de Trastâmara.” Porto Editora – D.
Fernando na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/$d.-
fernando