Bad Boy Luca

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Tradução: Wall; Liah Vett; Tami D.

Denise

Revisão: Paloma; May; Lih Bitencourt

Revisão Final: Paixão

Leitura Final: Lola

Formatação: Lola

Verificação: Anna Azulzinha


Tori.

Cash Hunter é o bad boy britânico mais sexy do planeta!

Sim, ele é famoso, tatuado, e ridiculamente gostoso, mas ele

também é um boca suja, arrogante, bruto e mulherengo. E agora

ele me quer! Eu disse não, constantemente, mas aparentemente, ele

não aceita um não como resposta. Onde quer que eu esteja, ele

aparece com seus ardentes e sedutores olhos verdes. Ah meu Deus,

o ar está crepitando com a química sexual e eu não sei quanto

tempo posso resistir.

Cash.

No meu mundo, as meninas não dizem não. Todo mundo

quer um pedaço de Cash Hunter. Usar e depois seguir em frente,

serve muito bem para mim. Mas tudo que Tori Diamond me dá é

desaforo e mais desaforo. Eu sou um jogador, eu não caço boceta,

mas porra, não consigo parar de pensar naquela gatinha

selvagem. Ela me excita para caralho e isso dói. Bem. Ela é um

desafio e eu aceito esse desafio. Ela pode fingir o quanto

quiser. Nós dois sabemos que essa encenação não vai durar. Em

primeiro lugar, eu vou fazê-la implorar por mim e então eu vou

fazê-la minha.
Tori

— O que você acabou de dizer? — Dr. Maurice Strong, o


melhor cirurgião plástico de Londres, disse com uma mistura
perfeita de esnobismo britânico e desprezo mordaz. Qualquer
outra pessoa teria se encolhido, mas não Britney. Ela não
tem absolutamente nenhum problema em repetir seu
estranho pedido.

— Eu quero que você faça meus olhos parecerem como


os de um gato. Você sabe, para cima, assim. — Ela coloca
seus dois dedos indicadores sobre os cantos externos de seus
olhos e puxa a pele para cima o máximo que a sua pele de
dezessete anos permite ser puxada.

Dr. Strong olha para mim como se suspeitasse que tudo


isso é algum tipo de brincadeira colegial.

Eu vou admitir que é difícil não rir na cena louca


desenrolando diante dos meus olhos, mas eu sou muito boa
em manter minha expressão neutra. Está totalmente fora de
questão expressar até mesmo um toque de zombaria sobre as
loucuras da Britney. Eu sou paga pelo pai dela para segui-la,
buscar, transportar e geralmente bancar a babá.

Como posso descrever o meu trabalho?

Bem, eu acho que é um pouco como os limpadores de


bunda da China antiga. Não, eu não estou brincando. É
muito sério. Aparentemente, cada grande imperador tinha
um servo cujo único dever era para limpar cuidadosamente o
traseiro de seu mestre depois que ele fez o número dois, em
seguida, levar embora os preciosos excrementos reais e
eliminá-los. Você acha que seria considerado o pior emprego
que um alguém podia ter, não é?

Não era.

O mais interessante desta pequena parte do passado é


que, desde que se acreditava que o Imperador era um deus
em forma humana vindo diretamente do céu, era considerado
um trabalho incrível e avidamente disputado por muitos
candidatos.

Apenas o cara mais sortudo vai cheirar e possivelmente


tocar o cocô de um deus.

Infelizmente para mim, fora o fator da risada silenciosa


do meu trabalho, não existe tal satisfação. Não recebendo
nada de minha expressão, Dr. Strong empurra os óculos até
a metade de seu nariz (estranho como cirurgiões plásticos
nunca tem grandes narizes) e friamente encara Britney a
partir do topo de seus óculos de aros de ouro. É óbvio que ele
pensa que ela precisa de ajuda profissional.
— Você quer que eu opere seus olhos para fazer você
parecer um... gato? — Ele enuncia cada palavra lentamente,
mas deixa cair a última palavra como um tijolo no ar gelado
de seu consultório.

— Sim, é isso mesmo, — Britney confirma, exibindo um


grande sorriso feliz que parece doloroso e acenando com a
cabeça loira ansiosamente para ele.

Dr. Strong suspira, como se tivesse feito isso muitas e


muitas vezes, ou como se preferisse o trabalho de limpar
bundas. Ele aperta as mãos sobre a mesa e olha para ela
severamente.

— Sinto muito, senhorita Hunter, mas estou realmente


aqui para fazer as pessoas parecerem melhores, não as
transformar em aberrações.

Isso derruba Britney. Isso nunca acontece em seu


programa de TV favorito, Botched, onde até mesmo as
pessoas bizarras que pedem para ser transformadas em
bonecas e aliens são paparicadas e tratadas com carinho
pelos dois cirurgiões plásticos residentes. Por alguns
segundos ela realmente parece alarmada. Os olhos dela
ampliam e sua boca cai aberta. Em seguida, ela senta
rapidamente.

— Não, não, não, você não entende — diz ela, o pânico


de não ter o que ela quer transforma a sua voz no ruído
agudo e choroso que sempre machuca meus ouvidos. — Eu
não vou parecer uma aberração. Será brilhante.
— Independentemente disso, eu acho que não sou o
médico para você.

— Ah, mas eu quero que você faça isso. Você é o melhor


—ela lamenta. Ele não sabe, mas estava perto (meia polegada
entre polegar e o dedo indicador) de acontecer uma birra
colossal.

Dr. Strong assume a expressão de um homem que está


sentado em um vaso sanitário e não tem comido bastante
fibra para torná-lo um exercício interessante. Ele suspira.

— Então, ouça o meu conselho e pare de tentar


arruinar um perfeito par de olhos.

— Eu pago mais — ela oferece de repente.

Ah! Britney, Britney.

Pela primeira vez, um flash de raiva aparece no rosto do


bom doutor. Ele olha para ela com um olhar sério

— Se houver algum outro problema que você queira


discutir, por favor diga, caso contrário, essa consulta acabou.

— Mas ...— Britney grita com petulância. — Você fez


meu nariz e meus seios. Você tem que fazer os meus olhos.

— Eu não tenho que fazer nada.

— Ah, por favor— ela implora, com as mãos cruzadas


sob o queixo.

— Eu não vou fazer isso, mas se você insiste em ter


olhos de gato, sem dúvidas, há outros cirurgiões interessados
em fazer você feliz.
— Eu não quero ir para outro cirurgião. Você é o
melhor. — Dr. Strong balança a cabeça, fecha o arquivo em
sua mesa e olha para ela com um olhar frio.

— Isso é tão injusto. Quero olhos de gato. Eu não estou


pedindo algo irracional... E estou pagando. Você não pode
simplesmente me mandar embora. — Britney rosna.

— Senhorita Hunter. — Dr. Strong reprime severamente.


— Por favor, não me faça perder mais do meu tempo, minha
jovem.

Britney salta

— Vamos Tori— ela ordena ofensivamente e sai do


escritório, com seu nariz erguido no ar.

Eu dou de ombros, me desculpando com o médico e a


sigo rapidamente para fora.

Ela passa pela sala de espera e me intersecta no


corredor.

— Eu tenho que encontrar uma maneira de fazê-lo me


operar—Ela chora desesperadamente. — Você pode me
ajudar a convencê-lo?

— Eu? — Eu pergunto, assustada.

— Sim. Você. Você é sempre tão sensata, Tori.

— Para ser honesta, eu acho que seus olhos são bonitos


do jeito que são. — Ela olha para mim do jeito que eu sempre
imaginei que César olhou para Brutus depois que a faca foi
enfiada em suas costas.
— O quê? — Eu pergunto, confusa. Não é como se nós
fossemos melhores amigas ou qualquer coisa.

— Você não quer que eu seja bonita— ela grita de


repente, e corre na direção dos banheiros.

Eu olho para ela por alguns segundos antes de virar e


bater em uma parede sólida de músculos com cheiro de
colônia masculina.

Mãos fortes e maravilhosamente quentes se enrolam em


torno dos meus antebraços. Eu olho para cima. Ok, uma
longa garganta bronzeada, queixo com barba por fazer...

Oh! Meu! Deus!

Olhos verdes brilhantes e divertidos cercados por cílios


que justamente deveriam pertencer a uma menina;
sobrancelhas pretas arqueadas; cabelos desgrenhados e um
sorriso safado curvado sobre os lábios cheios e sensuais. O
tipo que você só quer afundar seus dentes. Ah, e antes de eu
desmaiar, uma covinha no queixo acabou de chegar atrasada
para a festa. Este é exatamente o tipo do homem que a minha
melhor amiga, Leah, chama de „O cara que faz acontecer‟. As
coisas simplesmente acontecem em volta dele.

— Opa, querida— ele pronuncia lentamente.

Como posso descrever a sua voz? Calda de chocolate


aquecida derramando lentamente pelas minhas costas nuas.
Eu me arrepio toda.

— Opa, você— eu coaxo.


Ele mostra os dentes brancos e retos. É um daqueles
sorrisos mágicos que implora qualquer garota racional que o
sugue fora de seu rosto.

— Foi a minha irmã que eu vi correndo para o banheiro


para uma pirada rápida?

Engulo em seco. Não era assim que eu esperava


conhecer o famoso irmão da Britney

— Poderia ser, se você for o irmão mais velho pop star.

Os olhos verdes de Cash Hunter parecem que estão em


chamas.

— Sou eu, querida. O irmão mais velho pop star.

— Ótimo. Er.... Agora seria um bom momento para me


soltar.

— Por que eu deveria? Me dê uma boa razão. — Ele


retruca preguiçosamente.

Minhas sobrancelhas voam para cima.

— O meu joelho indo para cima em uma trajetória


calculada?

Sorrindo, ele me solta e levanta as mãos em sinal de


rendição.

— Parece que capturei uma gatinha selvagem.

Minhas pernas vacilam um pouco enquanto eu dou um


passo para trás.

Ele me observa.

— Onde você esteve durante minha vida, linda?


Eu dou uma risada falsa.

— Você está usando cantadas ruins para economizar


contraceptivos?

A corrente elétrica sexy coberta de couro joga a cabeça


para trás e ri. A essa hora da manhã o cheiro da vodca que
atinge minhas narinas é forte o suficiente para me deixar
tonta.

— O que vai funcionar com você, gatinha selvagem? Meu


pau quer dizer olá a sua vagina.

— Bala de hortelã ajudaria — retruco.

— Garota, você com certeza sabe como acabar com um


momento. — Ele vasculha no bolso, encontra uma bala de
menta e coloca na boca. — Agora, a menos que você não
goste de um longo e grosso pênis, nós estamos bem.

Eu olho para ele com olhos gelados.

— Pessoalmente, acho que o tamanho é superestimado.


O pau não tem que ser grande para ser bom.

Seus olhos brilham.

— Baby, estamos com sorte. Há um homem no outro


lado do corredor que pode personalizar o meu pau na forma e
tamanho certo para você.

— Hilário— eu digo sem entusiasmo.

— Eu aposto que posso fazer você me chamar de


“papai”.

— Obrigada, mas... ugh, não.


— Certo. Mudança de tática. Não que eu esteja
desistindo de levar você para minha cama nem nada, mas
quer jantar comigo esta noite?

Ele é lindo demais para ser real.

— Cash — grita Britney.

Cash pisca para mim antes de voltar sua atenção para a


figura voando em direção a ele. Ele a pega ao mesmo tempo
que ela envolve seus braços e pernas em volta dele como uma
grande criança.

— Como você sabia onde me encontrar? —Ela pergunta.

— Não é aqui a sua segunda casa? — Pergunta


secamente.

— Não mais. Dr. Strong não vai fazer meus olhos— ela
resmunga.

— Ah sim. Por que não?

— Ele diz que eu vou acabar parecendo uma aberração.

— Hmmm ... o que você quer fazer?

Ela se desvencilha dele.

— Eu quero olhos de gato.

Os olhos lindos do Cash se alargam. Ele balança a


cabeça lentamente, enquanto ela conta a ele sobre a sua
consulta desastrosa com Dr. Strong.

— Bem, Faísca. Eu acho que os olhos de gato são uma


ótima ideia.

Jesus. Loucura deve ser de família.


— Você acha? — Britney pergunta brilhantemente, todo
o seu rosto brilhando de esperança.

— Absolutamente. É uma ótima aparência. Vai fazer


você parecer uma daquelas mulheres lindas dos anos 50 e
60.

— O quê? — Ela franze a testa.

— Sim, você sabe como Zsa Zsa Gabor.

— Zsa Zsa Gabor. Quem é essa?

— Ela é do tempo do papai— ele dá um aceno sábio. —


Ah, e como...er... qual era o nome daquela comediante que
morreu recentemente? — Ele estala os dedos e olha para
mim.

— Joan Rivers? — Eu sugiro.

Ele para de estalar e aponta para mim.

— Essa mesma. —Com um sorriso, ele se volta para sua


irmã que está olhando para ele com espanto. —
Definitivamente uma ótima aparência— diz ele, aprovando.

— Mas elas são tão ... velhas.

— E daí? Elas tinham estilo. Estilo nunca morre. Vamos


lá, vamos ver o Dr. Strong juntos. Vou te ajudar a convencê-
lo. — Ele pega seu braço.

Britney para.

— Espera um minuto. Acho que o Dr. Strong pode estar


certo, afinal. É um grande passo e eu deveria pensar um
pouco mais sobre isso.
— Ah—, diz ele inocentemente. — Você tem certeza?

— Sim— ela responde fracamente.

— Nesse caso, — ele vira para mim — O que acha de me


apresentar para essa adorável criatura?

Britney vira para mim.

— Ah, essa é Tori Diamond. Papai a contratou para ser


minha assistente pessoal.

Ele estende a mão.

— Olá, Tori Diamond. Cash Hunter, o irmão Pop Star da


Britney. Muito prazer em conhecê-la.

Eu dou um passo para frente e coloco minha mão em


suas mãos ridiculamente fortes. Droga, isso é que são mãos.
Deve ser de tanto dedilhar a guitarra. Minha imaginação voa
comigo. Um dedo inserido dentro de mim, me acariciando. Oh
Senhor! Ufa! Está quente neste corredor ou o quê?

Calor sobe até o meu pescoço. Eu limpo minha testa do


jeito mais discreto que eu posso.

Ele sorri. O bastardo irritante.

Eu limpo minha garganta.

— Encantada— eu digo com a voz mais elegante que


posso fazer.
TORI

— Nós realmente deveríamos voltar—, eu anuncio sem


jeito, olhando para Britney.

Britney olha para o irmão, com lisonjeira voz.

— Posso voltar no seu carro, Cash?

— Claro, eu te levo para casa, mas não posso ficar por


muito tempo.

— Oh! Por quê? — Ela geme.

— Estou exausto, Brit. Estive acordado a noite toda. Eu


só quero voltar para o meu apartamento e dormir. Eu passo
lá amanhã.

— Bem, você pode dormir na nossa casa. Não vamos te


incomodar. Papai não está lá, Cora nunca sai da cozinha, eu
vou ficar bem quieta e Tori aqui é mais silenciosa que um
túmulo.
Ele olha para mim com interesse.

— Uma pessoa silenciosa, hein?

— Diga que vai ficar— ela implora, esperançosa.

Ele olha para ela, sua expressão indecisa.

— Cora está fazendo a sua torta favorita de frango


defumado essa noite—, diz ela astuciosamente.

Eu de fato sei que Cora não está cozinhando nada disso.


Deveria ser uma observação silenciosa, mas eu ouço palavras
que eu não deveria dizer voando para fora da minha boca.

— Na verdade, ela não está.

Cash dirige seus olhos brilhantes para mim e eu me


sinto quente. Um sorriso malicioso aparece sobre seus lábios
enquanto ele toma sua decisão.

— Quer saber, Britney? Eu acho que poderia aceitar sua


oferta tentadora afinal.

Eu e minha boca grande.

— Oba. —Britney grita feliz saltando para cima e para


baixo como um sapo em uma floresta celebrando uma
tempestade que se aproxima.

Em uma espécie de torpor hipnótico, assisto Cash puxar


um gorro de sua jaqueta e colocá-lo em sua cabeça. Então ele
pega um par de óculos de sol e os pendura na ponte de seu
nariz. Odeio ser repetitiva, mas ele é um gostoso. Ele pode
usar esses óculos escuros sempre.

Britney enfia a mão na do seu irmão e sorri para mim.


— Vejo você em casa?

— Sim, sim, obviamente. Claro que sim— Eu balbucio


estupidamente antes de virar e bater em direto em um
homem muito gordo. Mortificada, eu faço o meu pedido de
desculpas. Claro que, com a minha sorte, ele tinha que ter
um estranho senso de humor. Ele ri e me diz para não pedir
desculpas, já que foi o melhor sexo que ele teve o ano todo.
Meu rosto queima de vergonha. Eu olho para Cash e o
bastardo irritante está tentando conter uma risada.

Tanto faz. Ergo a cabeça e vou para a porta.

Lá fora o sol está reluzindo em um Lamborghini preto


que está estacionado em frente à rampa de acesso de
cirurgia.

Sua perfeição masculina é estragada por algum


funcionário sem coração do estacionamento colando um
bilhete amarelo e preto no seu para-brisas. Estou
secretamente satisfeita. Vai, ri de mim. Descemos os degraus
de pedra e uma jovem mulher que estava andando por lá nos
olha casualmente e, em seguida, olha mais uma vez.

— Cash Hunter? — Ela pergunta, com a cabeça


empurrada para a frente como uma tartaruga, ela estava com
olhos arregalados de descrença.

— Sim, mas mantenha segredo— diz ele, com um


sorriso mágico.

Ela bate as mãos em suas bochechas.


— Meu Deus. Meu Deus. Eu não posso acreditar nisso.
Eu devo estar sonhando. Alguém me belisque rápido. Meu
Deus. Eu sou sua maior fã. Minha amiga e eu até compramos
ingressos para vê-lo em Milão, em Agosto. — Ela faz uma
pausa para tomar fôlego e lança novamente outro monólogo.
— Eu amo o seu álbum mais novo. Eu tenho o CD. É
realmente bom. Eu acho que é o seu melhor trabalho. Eu
ouço as noites antes de ir para a cama.

— Isso é quase como ir para a cama comigo— diz ele


com uma piscadela.

Oh, pelo amor de Deus. É sério isso?

A fã fica vermelha igual um pimentão.

— Você se importa se eu tirar uma selfie com você? — A


mulher jorra, sacudindo o cabelo dela e o arrumando.

— Se eu me importo? O prazer será todo meu— Cash diz


sugestivamente.

Britney solta a mão da dele e dá um passo para trás.


Obviamente ela é acostumada a esse cenário.

— Anna vai ficar com tanto ciúme— A mulher murmura


para si mesma enquanto mexe em sua bolsa. Ela localiza seu
telefone, o coloca para fora e fica lá com um olhar de
expectativa em seu rosto.

Cash levanta os dedos de sua mão direita e ela se


apressa para se aconchegar na sua jaqueta macia. Eu sei que
é macia porque senti a sensação mais cedo.

Ela segura seu telefone a nível do braço e pergunta:


— Pronto?

Ambos sorriem como gatos de Cheshire e ela tira


algumas fotos. A desculpa da selfie acaba e ela abaixa o
braço, mas a vadia não se move e continua encostada contra
o seu corpo lindo. Suavemente, Cash se afasta.

— Só uma última coisa. Posso ter o seu autógrafo? Para


a minha companheira de apartamento. Ela também é minha
melhor amiga. Ela vai ficar tão irritada se eu não levar
alguma coisa. —Ela vibra, seu rosto radiante.

— Por que não? — Cash diz, com um brilho nos olhos.

— Oh, muito obrigada. Obrigada. Ela vai ficar tão


contente. O nome dela é Anna.

Ela mexe de novo em sua bolsa, e vem com uma caneta


e um pedaço de papel amassado.

Cash pega a caneta dela e ignora o pedaço de papel.

— Nós podemos fazer melhor do que isso— diz ele com


um sorriso maroto.

Seus olhos se alargam.

— Oh!

— Posso? — Ele pergunta.

Sua cabeça balança perigosamente em seu pescoço, mas


ela está interessada.

— Claro.

Ele dá um passo para a frente, estende uma mão e


habilmente desabotoa o botão no topo da blusa. A boca dela
abre com choque, excitação e prazer. Não é uma boa visão.
Então ele se move e autografa a ondulação suave de seu
peito, logo acima seu sutiã.

— Divirta-se— Cash diz, enquanto devolve a caneta.


Rindo e sorrindo como uma tola, ela a pega.

Sim, aquilo vai agradar a sua melhor amiga com certeza.


Eu olho para Britney e ela revira os olhos para mim. Eu tento
não mostrar qualquer expressão.

— Bem, foi fantástico te conhecer. Acho que eu deveria


deixar você ir agora. Ok, tchau. Te vejo em Milão. — Ela
balbucia, segurando as pontas do colarinho da camisa.

— Sim, legal. — Cash responde se afastando dela.

Eu vejo um Bentley preto começar a avançar para a


nossa direção saindo do estacionamento, deixando alguns
carros para trás e eu viro para Britney.

— Vejo você em casa então.

Ela sorri para mim alegremente.

— Tchauuu.

Sem olhar para o irmão ou a fã enlouquecida, eu ando


na calçada e entro no Bentley.

— Ei, Victor, — eu o saúdo fechando a porta atrás de


mim. — Será apenas eu. Britney está indo para casa com seu
irmão.

— Certo, querida— ele responde, e puxa para fora na


rua.
Na minha visão periférica eu posso ver que a fã já foi
embora, Britney está sentando no banco do passageiro e
Cash está despreocupadamente arrancando a multa de seu
para-brisas. Na luz do sol do meio-dia, seus cabelos brilham
como ouro antigo e as belezas dele os fazem parecer como
deuses, ou anjos caídos. Tudo o que está faltando são as asas
brancas.

Eu afundo de volta no meu lugar.

Uau! Não foi muito legal lá atrás. O pensamento de que


terei que lutar para manter o meu plano me atinge
fortemente. O pensamento é totalmente deprimente, mas eu
me animo dizendo a mim mesma que é apenas o começo.
Sim, ele ganhou esta rodada, mas em minha defesa eu tenho
alguns fatores do meu lado.

A). Nem eu esperava que ele tivesse tanto poder de


influência.

B). Eu estava naturalmente surpresa com o elemento


surpresa, como eu não estava esperando sua chegada no
final do mês.

Lembro não ser tão dura comigo mesma. Afinal, tenho


uma queda por ele desde sempre. Pelo que me lembro, eu
estou falando daquele tipo de queda que me fazia não querer
nem olhar para outros garotos. É, essa era eu.

Quando isso começou, meus pais estavam muito bem


com isso. Por que eles não estariam? Eu tinha doze anos e
Cash tinha dezesseis anos. Awww... que fofo. Pensando sobre
isso agora, meu pai realmente pensou que era bom para o
meu desenvolvimento. Cash era membro de uma boy band
chamada Alkaline em uma terra distante chamada Inglaterra.
Uma terra ainda governada por uma rainha. Isso significava
que ele não precisaria investir em uma espingarda por pelo
menos mais alguns anos.

Durante anos eles costumavam me comprar vários


produtos de Cash. Eu tinha tudo e qualquer coisa com o seu
nome ou rosto gravado. Colchas, canetas, estojos, uma
camiseta, cartazes de tamanho natural, almofadas, canecas,
pratos, cortinas de chuveiros, até mesmo um assento
sanitário com o rosto e torso nu de Cash. Meu irmão, Brad,
comprou como uma brincadeira, mas eu adorei e por isso
ficou. O meu quarto e meu banheiro pareciam santuários
para Cash ou que a grande máquina de publicidade de Cash
Hunter acabou de vomitar em todo o meu espaço.

Quando eu fiz dezesseis anos, minha família parou de


considerar a minha paixão fofa.

Eu vim para casa da escola um dia, e minha mãe alegou


que ela quebrou acidentalmente o meu assento do vaso
sanitário enquanto ela estava limpando.

Maravilha das maravilhas, meu pai já tinha um assento


do vaso sanitário de substituição. Minha mãe aproveitou a
oportunidade para me convencer de que as cortinas do
chuveiro estavam velhas e desgastadas e já não combinavam
com o assento do vaso sanitário.

Uma viagem a Target resolveu o problema.


Em seguida, os lençóis de Cash se embolaram em nós
no secador de alguma forma e minha melhor camiseta de
Cash foi tingida de cinza quando uma velha meia preta
entrou na máquina de lavar roupa por engano. As canecas
começaram a quebrar e nunca foram substituídas.

Brad encomendou cartazes no tamanho natural de Nine


Inch Nails, desde que eram o outro grupo que eu gostava. Ele
insistiu em pendurá-los para mim depois de derrubar os
pôsteres de Cash.

— Eles estão realmente desgastados ao redor dos lábios


e bochechas, não é? Você quer que eu jogue no lixo para
você? — Ele perguntou inocentemente.

Mesmo que fosse como uma facada no meu coração ver


os pôsteres de Cash sendo jogados fora, eu sabia que minha
família estava certa. Minha obsessão estava beirando a
loucura. Estava à duas canecas de distância de ser uma
perseguidora. Ainda assim, eu não poderia suportar jogar
meus cartazes fora. Estive beijando a noite desde que tinha
doze anos, então eu rolei-los com cuidado e guardei no sótão
junto com meus noventa e seis livros de recortes de Cash.

Daquele dia em diante, eu parei de comprar


obsessivamente revistas em que ele foi destaque, e eu me
forcei a não ir para ILoveCashHunter.com, onde eu
normalmente tinha as mais recentes notícias dele. Eu até
deletei seu site dos meus favoritos.

Então, quando eu tinha dezessete anos ouvimos que


Alkaline estava vindo para Geórgia. Cash Hunter ia se
apresentar no Dome. Meus pais pensaram que eu já havia
superado aquela paixão, então eles ficaram bem felizes por
Leah e eu viajarmos para Atlanta para ver o show.

Tivemos que pagar R$ 120,00 de estacionamento,


esperar mais de uma hora para o fazer o check-in de nossas
bolsas e os refrigerantes foram R$ 21,00 cada, mas enquanto
eu estava lá com 70.000 outros fãs enlouquecidos, nada disso
importava mais. Eu me senti mais viva do que eu já estive.
Não era como vê-lo na MTV ou no YouTube. O show ao vivo
não foi como nada que eu poderia ter imaginado. Foi
indescritível.

O próprio ar estava elétrico. Centenas de focos


itinerantes se movendo sobre nós fazendo com que a noite
ficasse ainda mais quente e estávamos todos banhados em
suor mesmo antes do show começar.

O enorme palco de repente se iluminou com luzes azuis


e a música começou. Ninguém me disse que as vibrações
iriam viajar através do concreto sob meus pés, em meus
sapatos, e até em minha carne e ossos. Martelava em meu
sangue e fazia meu coração pulsar mais rápido e mais rápido.
Eu estava tão animada que o cabelo no meu corpo ficou todo
em pé.

Em seguida, o palco começou a encher com névoa de


gelo seco.

Eu mal podia acreditar que eu iria finalmente ver Cash


Hunter. Eu pensei que iria parar de respirar quando cinco
plataformas de aço começaram a subir para fora do piso do
palco. A fumaça começou a clarear e a multidão foi à loucura.
Meus olhos o encontraram imediatamente. Era inacreditável,
mas ele estava na plataforma mais próxima de nós. A luz
brilhante fez seu cabelo reluzir e seu rosto brilhava como o de
um anjo. Ele explodiu através do microfone.

— Vocês estão prontos para balançar, Atlanta? — Ele


gritou no microfone.

A multidão foi à loucura.

— Vamos ouvir isso de novo— ele gritou, e nós gritamos


até que estávamos roucas.

Faíscas explodiram quando os tambores da bateria e


guitarras começaram a introdução. Cash levantou ambas as
mãos como se fosse um deus. Lágrimas rolaram dos meus
olhos quando sua voz encheu o estádio. Olhei para ele,
hipnotizada.

Era a minha canção favorita. “As meninas que não


dizem não”.

A multidão começou a pulsar com a energia vinda dele.

Para a minha surpresa, a plataforma em que estava em


pé se transformou em uma espécie de passarela. Ele se
suportou na passarela de metal que estava se expandindo em
minha direção e eu gritei histericamente.

Como ele estava bem na minha frente, olhou


diretamente nos meus olhos e cantou: “Estive esperando por
você por toda a minha vida”.
Eu congelei. Eu senti como se ele tivesse me
eletrocutando com uma arma de choque. Tudo bem, eu não
sei qual é a sensação, mas era o que eu imaginava que seria.
Eu perdi a força nas pernas.

Ele seguiu em frente e cantou a próxima parte olhando


nos olhos de outra menina, mas a minha paixão de infância
tinha acabado de se tornar amor.

Estava apaixonada por Cash Hunter.


TORI

Naquele tempo Leah estava saindo com um cara de uma


banda de rock chamada Roll Over Beethoven. O baterista era
solteiro e ela pensou que poderíamos ser alguma coisa.

— Todo mundo sabe que a melhor maneira de superar


alguém é sair com outra pessoa— ela declarou.

Parecia uma ideia sensata. Mais sensata, de qualquer


maneira, que a fantasia que eu estava tendo com um ídolo
pop inatingível. O nome dele era Colton e ele era sexy de um
jeito sujo. O oposto de Cash. Se vestia apenas de preto e acho
que provavelmente também pintou seu cabelo de preto, mas
era um cara doce por baixo de tudo aquilo e me fazia rir.

Foi fácil beber um pouco demais e deixá-lo tirar a minha


virgindade na traseira de sua caminhonete. Nós nos
tornamos alguma coisa. O sexo era bom, mas não foi a coisa
mente, corpo e alma que estava procurando, o que foi uma
verdadeira vergonha porque ele se apaixonou por mim.

Então, uma noite eu fui a um de seus shows e eu o


encontrei pelos banheiros com as calças em torno de seus
tornozelos e seu pau dentro de outra mulher. Eu não o
amava, mas ainda estava chocada e magoada.

Ele olhou para mim com os olhos amargos e disse:

— Agora nós traímos um ao outro.

Então ele virou e continuou transando com ela. Fugi da


cena sabendo que iria machucá-lo, mas disse a mim mesma
que nunca faria isso com outro ser humano novamente. A
próxima vez que eu começar um relacionamento será quando
eu superar completamente Cash Hunter.

Meus pensamentos são interrompidos por Victor


parando o carro fora da casa. Cash e Britney ainda não
chegaram, então eu corro para o meu quarto e ando pelo
chão de um lado para o outro. Um milhão de pensamentos
passam na minha cabeça.

O grande plano veio a mim quando minha tia


mencionou que um bom amigo dela que trabalhava em uma
agência de recrutamento em Londres disse sobre um trabalho
interessante que apareceu. O pai de Cash Hunter estava
procurando por uma mulher jovem, 19-25, independente,
tolerante e que possuía um forte senso de responsabilidade
para ser uma companheira/AP (assistente pessoal) para sua
filha. Não era necessária qualquer experiência como
assistente pessoal.
Isso soou como uma descrição de mim. Eu era todas
essas coisas!

O plano era simples. Me candidatar para o emprego


como AP de Britney, ver Cash Hunter de perto, perceber que
ele era apenas um playboy babaca fabricado pela mídia e
naturalmente deixar de ser apaixonada por ele.

Mas naquele momento, parecia impossível desde que o


amigo da minha tia avisou que havia centenas de candidatos.
Imagine o meu espanto quando fui chamada para uma
entrevista e meu choque quando consegui o trabalho. Estava
convencida que era o destino. Tinha que ser. Eu, escolhida no
meio de centenas de candidatos. Era para eu estar aqui.

Então aqui estou. Perto o suficiente para ver o que Cash


realmente é.

Então porque estou andando pela sala como um animal


enjaulado?

Ouço o barulho do motor de sua Lambo, seguido por


vozes na rua abaixo. Corro para a janela para ficar atrás das
cortinas e assisti-los. Britney pula os degraus. Ele diz algo
para ela e ela ri.

Eu acho que estou andando pelo quarto, porque apesar


do que disse a mim mesma no carro... Cash Hunter é ainda
mais potente em pessoa do que dei crédito e já é bastante
óbvio que não é possível deixar de ser apaixonada por
pessoas como ele.

Eu congelo quando ouço suas vozes subindo as escadas.


Eles param no topo.
Então eu ouço a Britney falar,

— Doces Sonhos.

Passos leves rápidos vem em direção ao meu quarto.

— Entre, — eu chamo quando ela bate.

Britney coloca sua cabeça em torno da porta. Ela parece


feliz.

— Só queria que você soubesse que Cash está dormindo


no quarto de hóspedes e papai acabou de voltar para casa,
então nós vamos sair para me comprar um presente de
aniversário, não vai demorar, porque eu sei exatamente o que
quero.

Eu forço um sorriso.

— Ótimo.

— A propósito, já disse a Cora que vamos querer torta


de frango para o jantar.

— Isso é bom—digo, estendendo o meu sorriso até as


minhas bochechas doerem.

Depois que ela vai, eu olho para o relógio. É um pouco


depois de uma hora da tarde.

Eu tive um brunch então vou pular o almoço e me


guardar para um dos encantadores mimos da hora do chá de
Cora. Se não me engano, acredito que ela está fazendo
bolinhos hoje.
Eu abro uma revista que peguei na banca ontem e vou
direto para a página do horóscopo na parte de trás. Hmmm ...
Áries.

— Agir impulsivamente não é a melhor ideia esta


semana. Resista à tentação. Não coma o último biscoito do
pacote. Em vez disso, faça um inventário, organize seus
pensamentos e se prepare para a melhor aventura de sua
vida. A vida vai te surpreender.

Leio de novo. Entendi. Não aja impulsivamente.

Folheio as páginas desinteressada. Imagine minha


surpresa quando viro uma página e vejo uma grande imagem
de Cash parecendo bêbado vestido com calças de couro e
uma camisa prata. Uma loira com cabelo desgrenhado está
aconchegada nele. Eles estão em uma boate ou restaurante.
O título da matéria é:

“Será que Cash Hunter é um dos homens mais


qualificados do mundo?”

Em uma inspeção mais detalhada da foto, no reflexo no


espelho atrás deles é possível ver que sua mão direita está na
bunda da loira. Um aperto de bunda inapropriado e de mau
gosto, mas a loira não parece se importar. Ela está olhando
para ele com uma expressão maravilhada e uma expressão
estúpida em seu rosto.

Deixo meus olhos de moverem para a sua mão livre. Um


suspiro escapa da minha boca. Sempre amei as suas mãos.
Eles são grandes, fortes e viris. Sonhando com as mãos dele,
Deus, você é estúpida. Deixo a imagem e começo a examinar a
próxima.

Essa foto acaba por ser uma foto matadora dele em uma
praia ensolarada. Todos os seus músculos rígidos estão em
exibição e ele está com uma loira diferente desta vez. Essa
tem mais curvas e parece mais autoconfiante. Ela tem um
par de óculos de sol em sua cabeça, uma mão está
descansando em seu quadril bronzeado e a outra está
colocada possessivamente no peito dele.

Ele sempre teve uma queda por loiras.

Um pensamento disperso aparece em minha cabeça. Eu


sou loira.

Viro a página rapidamente e tem uma foto em preto e


branco dele em um smoking em algum tipo de premiação ou
festa de música que toma conta da página inteira. Desta vez,
eu reconheço a mulher que está com ele. Octavia Harding,
sua empresária. Exceto pelos seus seios falsos que parecem
como duas metades de uma bola de tênis empurradas
debaixo de sua pele, ela é quase uma anoréxica.

Eu não gosto dela. Eu nunca gostei.

Desde o primeiro momento que pus os olhos nela eu


senti que havia algo frio e malicioso. Um par de vezes eu vi
vídeos dela ao lado dos membros da banda com um sorriso
arrogante esticando a boca cor de carmim; ela realmente me
dá arrepios.
Eu poderia facilmente ficar sentada lá olhando para a
foto dele um pouco mais, mas eu fecho a revista e com um
estalo, jogo no cesto de lixo.

Ver a revista no lixo me faz sentir levemente vitoriosa.


Eu vou acabar com essa paixão nem que seja a última coisa
que eu faça. Decido tomar um banho.

Britney estará fora por pelo menos uma hora e um


banho sempre me relaxa. Me permite pensar e clarear as
ideias

Eu corro para o banho, despejo toda uma carga de sais


perfumados, coloco o meu cabelo em um coque bagunçado e
entro na água. Mmmm.... Essa foi definitivamente uma das
minhas melhores ideias. Inclino a cabeça para trás contra a
toalha dobrada e fecho os olhos. Vamos lá.

Eu não deveria ser tão dura comigo mesma. Primeiro,


estive apaixonada por esse cara por anos, obviamente o
primeiro encontro vai ser traumático, desastroso, ou os dois.
E realmente foram os dois. E daí? O pior já passou.

A partir de agora estou preparada. Eu li a etiqueta de


aviso dos efeitos colaterais:

— Este idiota é susceptível de quebrar o seu coração.

A coisa boa é que agora sei o quão gostoso ele é, a força


que ele exerce e as coisas serão diferentes. Se eu apenas
manter a calma e não me deixar ser afetada, pouco a pouco
ele vai revelar o seu verdadeiro eu, e vou descobrir que ele
não é tudo isso.
Uma vez que eu ver que minhas memórias dele são
todas falhas e que ele está longe de ser perfeito, vou perceber
que ele só é um herói na minha mente.

Naquele momento irei superar, ou melhor ainda, ficar


tão enojada que vou me perguntar o porquê de ter
desperdiçado tantos anos ansiando por ele. Nesse dia feliz eu
vou me demitir, ir para a casa da minha tia em Surrey e
esperar Leah se juntar a mim para o nosso mochilão vitorioso
pela Europa.

Sentada aqui nesse vapor perfumado, vejo claramente


que eu exagerei.

Não há nada com o que se preocupar. Tudo está sob


controle. Estou no controle do meu corpo e das minhas
decisões. E de certa forma é bom, porque ele começou a se
mostrar. Ele dá em cima de todas as mulheres que ele
conhece. Vagabundo. Prostituto. Mulherengo. Babaca.

Então, agora que redefini os parâmetros, posso relaxar.


Eu mexo os meus braços um pouco para circular a água
quente e expiro lentamente.

— Mmmm.

Eu começo a relaxar.

Minha mente vagueia preguiçosamente à distância. Eu


não presto muita atenção. O que você vai fazer? Estou no
banho.

Ela vai para... Cash... não, não Cash, claro que não em
Cash, apenas um homem que se parece com ele.
— Ele está na cama. Entre os lençóis de seda branca, o
seu bronzeado intenso e algum tipo de sorriso se alinhado em
seu rosto. Ele dá um tapinha no espaço ao lado dele.

E eu, estou em uma camisola preta, meu cabelo recém-


lavado como um anúncio de shampoo enquanto eu ando até
ele com um sexy e totalmente sofisticado sorriso. Quando
alcanço a cama, ele está tão ansioso para mim que me pega e
me joga na cama. Antes que eu possa dizer, “Você chamou?”,
ele tem o rosto entre as minhas coxas e começa a se deleitar.

Os meus dedos se movem para a protuberância dura


entre minhas pernas. Circula. Circula. Naquela água
maravilhosa. Ohhhh. Oh, Cash. Sim, Cash. Sim. Bem desse
jeito. Oh, Deus, sim. De repente, tudo na minha cabeça
desaparece com um solavanco. A porta do meu banheiro bate
aberta, e meus olhos se abrem. Ah Meu Deus!

Cash Hunter me tirou da minha fantasia e me trouxe de


volta para a realidade.
TORI

— O que você está fazendo aqui? — Eu guincho, me


abaixando violentamente fazendo a água vazar da banheira e
cair no chão. Da minha posição somente o meu pescoço e
minha cabeça são visíveis acima das bolhas de sabão. Eu o
encaro de boca aberta com uma mistura de incredulidade e
admiração. Oh meu! Tanta glória está na minha frente.
Abdômen, ombros, bíceps, tríceps, seis gominhos. Tudo
funciona muito bem ali... tudo é irritantemente bem feito,
uniformemente bronzeado e finalizado com uma bela
tatuagem de arte Maori.

Os pôsteres de tamanho real nunca fizeram justiça. Mas


ele era um menino. Isto é corpo de um homem. E aquele V,
que é um V que ganha de todos os Vs. Ele está vestido com
uma calça jeans azul desbotada com o botão superior
desabotoado, e espera o quê? Meus olhos arregalam como um
inspetor de segurança, quando encontra um item de proibido
na bagagem de alguém. Meu. Deus. Seu pau é enorme.

E totalmente duro.

Meus sentidos ficam fora de controle e eu me sinto


quente por toda parte. Eu poderia estar começando a ter uma
febre.

— Aqui costumava ser meu banheiro—, diz ele em tom


de conversa, enquanto pisa para o banheiro e fecha a porta.

Seu cabelo está bagunçado de sono, seus lábios um


pouco inchados e vermelhos, do jeito que crianças ficam
quando acordam, por isso é muito difícil me manter irritada,
especialmente quando meu interior está cheio de maus
pensamentos, mas tem muita coisa acontecendo. Meu plano
irá se desintegrar se eu não acabar com isso agora. Eu
preciso tirá-lo do meu banheiro neste minuto.

— Não é mais o seu banheiro. Se serve de memória, o


quarto de hóspede tem uma suíte. Então: gentilmente SAIA.

— Eu não vim aqui mijar, gatinha selvagem—, diz ele,


com seus olhos quentes e loucos.

Merda.

— O quê?

— Descobri que tenho uma coisa por meninas corajosas.


Acordei com um baita tesão.

Ele está brincando?

— Você é completamente louco.


Ele parece genuinamente surpreso.

— Louco porque eu quero ver o meu pau desaparecer


em seus doces lábios?

— Como você ousa?

Ele me dá um olhar complacente, auto satisfeito.

— Como eu me atrevo? Eu acabei de ver você olhar para


o meu pau como se fosse um pirulito que queria chupar.

Eu posso sentir a cor explodindo no meu pescoço e


bochechas. Eu fiz isso de um jeito um pouco óbvio. Tá bom,
não foi um pouco óbvio, foi uma encarada que dizia coloca-
isso-na-minha-boca-agora.

— Qualquer mulher teria olhado para um pênis ereto


sendo descaradamente exibido a menos de quinze
centímetros dela— Eu digo contrariada com o máximo de
desprezo possível dadas as minhas circunstâncias.

Ele balança a cabeça lentamente.

— Uma mulher desinteressada teria desviado o olhar.

— Você parece estar sob a falsa impressão de que estou


interessada em você. Notícia de última hora: Eu não estou.

Ele dá de ombros.

— Por que não?

— Você não é meu tipo — minto corajosamente.

— Todo mundo quer um gostinho de pau de celebridade


— ele diz, confiante.
Veja. Há valor para o meu plano e um método para a
minha loucura, afinal. Esses são exatamente os tipos de
coisas que me farão, eventualmente, acabar com essa paixão.
Rude, bruto, idiota pomposo. Como se eu tivesse sorte de ter
uma chance de ter seu pau. Mais algumas declarações e
posso ir para casa com a minha paixão completamente
acabada. Para minha alegria eu me encontro gloriosamente
com raiva dele.

— Eu sei que você acha que é mais bonito que os outros


homens e irresistível para a população feminina, mas
algumas mulheres não se interessam pelos indivíduos cujos
passatempos incluem: dar festas em que o uso de roupas é
opcional, foder meninas que não usam calcinha em banheiros
de shows e transar com tudo que se engatinha para a cama
deles.

— Para uma garota que não está interessada você sabe


muito sobre mim.

— É de conhecimento público. —Cash não aparece a


menos que tenha boceta envolvida—. — Eu defendo.

Ele sorri.

— Você pode cortar o sexo em banheiros com meninas


que não usam calcinha de sua lista. Isso perdeu o encanto
depois de um tempo.

— Tanto faz. Será que você poderia sair?

Em vez de sair ele se aproxima e senta na beirada da


banheira.
— Me dá uma boa razão para sair.

— Karma é uma cadela e você vai ter que pagar o preço


por ser um idiota?

Ele ri.

— Não se preocupe. Isso tem um final feliz.

— Você está brincando comigo? Casos de uma noite não


são considerados finais felizes. — Eu zombo.

— O que faz você pensar que eu só vou precisar de você


por uma noite?

Eu suspiro.

— Olha. Eu trabalho para o seu pai e, pasme, transar


com seu filho não está nas letras pequenas do meu contrato
de emprego.

— Nós vamos ter que rasgar o contrato e escrever um


novo.

— Isso tudo é uma grande piada para você, não é?

— Não—, ele diz, balançando o dedo indicador entre


nós. — Você não acha que nós temos um monte de vibrações
sexuais acontecendo aqui?

— Não, não temos. Em primeiro lugar, você chegou em


mim com as piores cantadas conhecidas, então você entra
aqui sem ser convidado e me diz que está com tesão. É
francamente ofensivo. Você tem um pau duro. Vai se foder.

A expressão em seus olhos se aquece. Seus olhos


brilham com interesse.
— Eu faria isso se não sofresse de pulso de
masturbador.

Minha boca cai aberta. Será que ele realmente disse o


que eu acho que ele disse?

— O que?

— É por satisfazer o meu outro... er... hobby. Você sabe,


como o cotovelo de um jogador de tênis, polegar de caçador,
cãibra de escritor. É uma lesão por esforço repetitivo...— Ele
vai parando de falar, sua voz com tom de riso reprimido.

O problema é: Ele é engraçado e estou começando a


realmente gostar desse vai e volta sarcástico. E isso é uma
coisa ruim. Uma coisa muito ruim. Eu definitivamente não
quero gostar de nada sobre ele. Eu aperto meus lábios juntos
em uma amarga linha.

— Cuidado, você estava prestes a abrir um sorriso.

— Quer saber? Eu tive o suficiente desta besteira. Eu sei


que você é filho do meu chefe e tudo mais, mas se você não
sair agora eu vou gritar, e eu posso gritar alto o suficiente
para acordar os mortos.

Ele cruza os braços sobre o peito e sorri.

— Vá em frente e grite. Papai e Britney ainda estão fora,


e Cora já está acostumada a ouvir mulheres gritando no meu
quarto.

— O que você realmente quer, Hunter? —Exijo


severamente.

— Um beijo.
— O que? Não.

— Vamos. O que você tem a perder? Se você não gostar,


vamos parar.

— Não. Absolutamente não — eu digo muito, muito


firme. Eu tenho um plano. Eu tenho tudo em mente e isso
certamente não é parte do plano. Quem sabe onde um beijo
pode levar. Até mesmo a ideia já está me dando arrepios.

— Está com medo, Diamond? — Ele provoca.

— Não — eu nego, projetando minha cabeça e


balançando da maneira que as crianças fazem quando estão
tentando irritar você. —Não sou covarde. Alguma vez passou
pela sua cabeça que eu apenas não quero te beijar?

— Não.

Eu suspiro com a arrogância. Inacreditável.

— Bem, eu não quero.

— Prove isso.

Eu jogo minhas mãos para cima, exasperada. A ação faz


meus seios saírem da água e seus olhos imediatamente vão
até eles. Eu deslizo de volta para baixo e seus olhos
lentamente voltam para o meu rosto.

— Belos peitos — diz ele, seus olhos me esquentam


lentamente.

De repente, ele levanta e dá um passo em minha


direção. Um completo movimento de macho alfa. Entro em
pânico. Meu Deus. Eu não posso deixá-lo me beijar.
Simplesmente não posso.
Eu seguro as minhas duas mãos para fora, palmas das
mãos estendidas, como se estivesse em um filme de terror
fugindo do Drácula ou qualquer outra criatura má.

— Vamos conversar sobre isso— Eu digo com urgência.

— Não vamos— ele diz e antes que eu possa fazer


qualquer coisa que ele já está dobrando sobre mim. Suas
mãos agarram meu cabelo, fazendo meu coque afrouxar e
meu cabelo soltar na sua mão. Ele fecha o punho no meu
cabelo na parte de trás da minha cabeça e puxa para baixo,
puxando meu pescoço.

— Tori— ele sussurra e depois seus lábios tocam


minha garganta exposta. A boca queima na minha pele. Meu
estômago se contrai e meu sexo começa a pulsar ansiando
por alguma coisa. Algo chamado Cash. Minhas mãos vão
para cima para agarrar seus ombros e minhas costas
arqueiam empurrando os meus peitos para fora da água.

Então seus lábios tocam os meus e para minha


surpresa, eu gemo em sua boca. Em qualquer outro momento
eu teria me afastado. Eu soo como um animal, mas naquele
momento eu não me importo. Abro a boca, nossas línguas
tocam e.... Oh Senhor, tudo desaparece. O mundo inteiro
desaparece. Eu caio em um enorme tonel de chocolate quente
ou caramelo e sou sugada cada vez mais fundo para o líquido
doce. Sinto-me derreter. Eu poderia ter ficado naquele
momento para sempre. O beijo continua..., mas ele arranca
sua boca da minha.

— O QU....?
— Você pode me agradecer mais tarde— ele murmura,
sua voz tão é grossa que é quase áspera. Com os olhos
aturdidos eu o observo caminhar até a porta, abri-la e sair
sem olhar para trás. Por alguns segundos, eu olho para a
porta fechada sem expressão. O que aconteceu? Então ouço a
risada de Britney vindo da escada. Cash diz algo que não
consigo entender e suas vozes se afastam.

Oh Jesus, estava tão envolvida que não os ouvi entrar.


Eu poderia ter sido morta por um assassino e não ter visto
ele chegar.

Sim. Isso é como eu sou.

Nenhum sentido de autopreservação.


TORI

— Tori, posso entrar? — Britney do lado de fora do meu


quarto.

Pelo amor de Deus. A última coisa que preciso é ver


alguém. E se ela perceber que eu beijei seu irmão? Então
penso na minha situação, estou no banho. Claro que vou
estar corada.

— Entre. Estou no banho, Britney— eu chamo.

Ela entra e senta no mesmo lugar que seu irmão


ocupou. Eu definitivamente não preciso me preocupar sobre
ela percebendo alguma coisa. Ela está em seu próprio
mundinho. Seus olhos estão brilhando.

— Você vem comigo para uma festa na piscina amanhã,


Tori?

Eu suspiro. Uma festa cheia de adolescentes mimados


não é a minha ideia de uma tarde divertida.

— Claro—, digo educadamente.


— Adivinha quem vai estar lá?

— Não faço ideia.

Ela animadamente junta as mãos na frente do peito.

— Taylor Swift.

Britney é uma grande fã da Taylor Swift.

— Ótimo — digo, tentando injetar algum entusiasmo em


minha voz. — Onde vai ser?

— Na casa de Cash.

— Oh! Oh, entendi. — Faço uma pausa para tossir. —


Olha, já que é a casa do seu irmão, talvez Victor possa te
levar e buscar. Você não precisa de mim lá para limitar seus
movimentos.

Ela me olha espantada.

— Você não quer vir?

— Bem, eu pensei que poderia ficar em casa e ler. Você


sabe, ter algum tempo para mim.

Seus olhos se enchem de lágrimas. Ela nunca deixa de


me surpreender, não importa quantas vezes eu presencie
esse tipo de cena, Britney pode ir de super feliz para os poços
de depressão em um minuto.

— Oh, não—, ela chora dramaticamente. — Você tem


que vir. Você sabe o papai não vai me deixar ir, se você não
for. Por favor. Essa pode ser a única chance que eu vou ter de
ver a Taylor.
Lágrimas estão escorrendo pelo seu rosto. Britney é
realmente a rainha do drama, mas parece que estou presa a
ela. Eu colo um sorriso na minha cara.

— Claro, eu vou.

Ela salta em pé e, correndo até mim, coloca as mãos de


cada lado do meu rosto e dá um beijo na minha boca. Oh,
pelo amor dos céus. Primeiro o irmão e depois a irmã.

— Eu realmente te amo, Tori—, ela diz com uma risada.


Em seguida vai para a porta e segurando na beira, ela
começa a rebolar e cantar uma canção que acabou de
inventar.

— Ah sim. Estou feliz. Tão feliz.

Tori disse, sim. Ela disse sim.

Oh sim. Estou feliz. Tão feliz.

Tori disse, sim. Ela disse sim.

Ela parece engraçada fazendo isso e eu sorrio. Eu meio


que gosto da Britney quando ela age assim. Ela é bonita e
adorável. Quando ela para de rebolar, gira em torno do
pequeno espaço como uma bailarina e diz sonhadora

— Eu não posso acreditar que vou conhecer a Taylor


amanhã. — Então ela para de repente com um olhar
horrorizado.

— Meu Deus! Acabei de perceber que eu não tenho nada


para vestir. Nós vamos ter que ir fazer compras amanhã.

— Você tem caratê, às duas horas, — Eu a lembro —


Nós podemos ir de manhã, se quiser.
Ela faz uma careta.

— Eu tenho que ir? Não posso simplesmente faltar uma


vez?

— Olha, Britney, você sabe que seu pai realmente quer


que você seja capaz de se defender. É apenas uma hora.

— Mas eu não vou estar de bom humor e vou estar


cansada depois de fazer compras. E quero ir ao cabeleireiro.
Eu preciso fazer a minha raiz— ela lamenta.

— Ok. Olha o que vamos fazer, eu vou ligar para o Sr.


Wong e ver se ele pode te encaixar em algum momento da
manhã, então nós vamos passar o resto do dia fazendo
compras.

— Tudo bem— ela concorda relutante.

— Bom. Vou ver se ele consegue te colocar às nove, tudo


bem?

— Tudo bem— Ela se ilumina. — Nós vamos ter que te


arrumar algo super sexy também. Você nunca sabe se pode
ter um cara bonitão lá para você.

— Nem preciso me preocupar. Eu tenho um monte de


coisas que posso usar.

Ela coloca as mãos nos quadris.

— Não, você não tem. Você só tem calças de brim e


camisetas.

— Eu pensei que era uma festa na piscina.


— O código de vestimenta de uma festa na piscina é: use
algo que pareça incrível quando está molhado.

— Certo.

— Ok, tenho que ir. Cash está me levando para tomar


sorvete.

— Divirta-se— eu digo.

— Quer vir com a gente?

— Não— eu digo imediatamente.

Seus olhos arregalam em surpresa com a brusquidão da


minha resposta. Eu sorrio para suavizar a grosseria da minha
recusa.

— Eu adoraria ir, mas não posso porque prometi ligar


para minha amiga nos Estados Unidos e ela vai estar
esperando a minha ligação.

Felizmente ela aceita a minha explicação

— Está bom. Até mais tarde então— ela canta.

— Até mais.

Ela pula para fora, em seguida, coloca a cabeça na porta


novamente.

— Você irá fazer a reserva no cabeleireiro para mim, não


vai?

— Claro.

— Ah, e você pode certificar que não é a Eileen que vai


fazer meu cabelo? Ela me deixa louca falando de Cash o
tempo todo.
— Oh? Sim, eu vou me certificar que seja outra pessoa.

— Obrigada — ela canta e sai do meu quarto. Meu


cérebro começa a fazer tique-taque novamente. Em um
sentimento engraçado que eu sinto sobre a situação que me
meti.

O bad boy me beijou. E eu o beijei de volta.

A água está fria. Eu realmente deveria sair.


TORI

Eu me seco e olho para o meu reflexo no espelho. Tori


Diamond. Loira, com um olhar realmente culpado em seus
olhos azuis. O grande plano está basicamente em farrapos.
Leah vai surtar quando souber o que aconteceu.

Eu olho em meu relógio, é muito cedo para ligar, ela


ainda estará dormindo. Ela é autora, trabalha até tarde e
dorme até tarde.

Abaixo minha escova de cabelo e vou até minha mesa de


cabeceira, pego meu celular e ligo para o Sr. Wong. E sim!
Sem problemas, ele vai pegar a Britney as 9h00. Então ligo
para o cabelereiro.

— Hmm... Eileen está livre amanhã à tarde?

— Não, amanhã é o dia de folga dela. — A recepcionista


diz após conferir.

— Que pena, mas tudo bem. Eu posso marcar um


horário para a Britney amanhã à tarde? Próximo as 15h00?
— Ela está reservada com Pauline as três. — Diz ela
secamente.

— Maravilhoso.

— A manicure estará livre amanhã neste horário, você


gostaria de agendar no mesmo horário?

— Porque não?

— Manicure e pedicure?

— Excelente. Até amanhã. — Digo e desligo.

Jogo meu telefone na cama e pego o Monstrosity da


minha mesa cabeceira. Monstrosity é meu diário, eu o chamo
desse jeito porque há longas garras feitas com um tecido azul
e peludo na capa.

Sento de pernas cruzadas, destranco e viro algumas


páginas até a data de hoje.

Querido Monstrosity,

Eu acho que é seguro assumir que fodi tudo.

Por pura pirraça o inimigo me beijou e eu... meio que o


beijei de volta.

Em minha defesa:

1. Não há lógica ter uma queda por ele


2. Estava enfraquecida
3. Eu fui pega totalmente desprevenida e
4. O inimigo é além de claramente rude, bruto, vulgar,
tosco, arrogante e simplesmente baixo, além de, muito
experiente. De qualquer forma eu suspeito que ele está
cobrindo seus lábios com açúcar as escondidas! Isso é sério!
Nenhum homem deveria ter o gosto tão doce, ou isso, ou é
algum tipo de magia negra.

É verdade que ele ganhou esse round, mas eu vou me


apegar ao fato de que uma batalha não faz a guerra. Nem tudo
está perdido, se eu ficar desesperada posso até investir em
armaduras para a parte de baixo do meu corpo. Por bem ou
por mal eu vou tentar me libertar dessa tormenta. E como
último recurso eu vou até considerar iniciar o Plano B.

Agora são 16h00 e para me consolar eu vou descer até a


cozinha para comer alguns biscoitos. Eu mereço isso.

Vou recomeçar amanhã.

Me deseje sorte.

Eu tranco meu diário, o coloco de volta no lugar e saio


do quarto

A casa dos Hunters tem cinco andares e é uma típica


casa da cidade de Londres nos tons de cinza, branco e preto
com o ocasional aparecimento de algo colorido para dar
glamour a decoração contemporânea. Eu desço as escadas
com seu carpete preto, minha mão escorrega através do
corrimão intrincado de ferro retorcido.

Eu passo por grandes janelas que dão visão a sala de


estar onde há fabulosas antiguidades do século XVI
compradas em Milão, sofás amarelo canário e um lustre do
Sesugo.
A cozinha é atrás de uma porta preta e branca. Eu a
abro e entro em um grande espaço retangular em marrom e
creme. Simples, limpo e cheirando como o paraíso das
comidas.

Cora, uma pequena mulher com cabelo cor de areia e


olhos azuis está sentada na ilha da cozinha assistindo
televisão. Eu olho para a TV e percebo que não é um dos
programas que ela costuma assistir. Cora é uma romântica
feroz. Ocasionalmente ela estará assistindo Cake Boss, mas
normalmente ela estará assistindo Say Yes To The Dress, I
Found The Grown ou algo que mostre uma noiva feliz.

— O que você está assistindo? — Eu pergunto enquanto


me sento ao lado dela.

— The Real housewifes Of Beverly Hills — ela diz sem


tirar seus olhos da tela.

— Como está indo?

— Eu perdi no domingo passado então estou assistindo


a reprise.

— Algo bom?

— Só tem mais 10 minutos. Assista comigo. Olhe para


essa vaca falando agora, ela é a que eu mais odeio, todo o
resto pensa que Lisa Vanderpump é a vaca, mas essa é a
real, ela está sempre causando problemas.

Eu sorrio em quão envolvida Cora está. A câmera foca


em uma bonita e impecável loira artificial.
— Essa é a Erika — Cora explica — ela é a mais rica,
todas as outras estão secretamente com inveja dela, elas não
tem aviões privados, mas tanto Erika quanto seu marido tem
um cada um.

A próxima cena mostra o que parece ser uma grande


discussão.

— Eles têm todo esse dinheiro e estão sempre brigando


por causa de coisas estúpidas — Cora diz desgostosa — Às
vezes eu só quero chacoalhá-los e bater suas cabeças idiotas
juntas.

Escondo um sorriso de sua paixão. Enquanto a


discussão continua o programa acaba, Cora balança a cabeça
exasperada e levanta. Ela vai até o forno e espia pela porta de
vidro. Assentindo com satisfação, abre a porta e puxa uma
travessa com bolinhos quentes. Cora tem luvas de amianto
então ela desenforma os bolinhos com as próprias mãos e os
arruma em uma grade resfriadora.

No freezer ela procura a tigela com creme e coloca isso


na ilha da cozinha junto com uma geleia de morango caseira.
Eu tenho que dizer que Cora faz a melhor geleia do mundo,
toda colherada tem pelo menos uma porção de morango.

Eu começo colocando dois pratos na ilha, duas facas e


duas colheres. Eu pego quatro pedaços de guardanapo e os
coloco debaixo dos pratos.

Britney tem ido para a Mrs. Ottilia Flutie-s para


terminar a escola. Lá ela aprendeu a comer laranjas com
garfo e faca diz que tem uma etiqueta para comer os
bolinhos. Mas de fato só existem duas maneiras apropriadas
de se comer os bolinhos.

Primeiro você tem que o cortar horizontalmente e é a


última vez que você irá usar uma faca no bolinho. Depois
disso o bolinho deve ser comido com as mãos, a geleia e o
creme adicionados mordida por mordida em uma face do
bolinho por vez e basicamente nunca transforme isso em um
maldito sanduiche.

Eu espalho geleia e creme o suficiente no meu bolinho


para deixar marcas de dentes e fazer a coisa de uma parte do
bolinho de cada vez e Cora utiliza o método mordida por
mordida. Os bolinhos estão tão deliciosos que nós nem
falamos. Mrs. Ottilia Flutie teria um ataque cardíaco se me
visse pegar o último pedaço com os meus dedos e chupá-los.

— O que você vai fazer amanhã? — Eu perguntei


enquanto limpava a mesa.

— Torta de maçã — Cora disse, limpando sua boca com


um guardanapo.

Eu coloquei a louça suja na lava louças.

— Com creme? — Perguntei.

— Você pode ter a sua com creme se quiser, a minha


será flambada e com sorvete, é uma deliciosa combinação.

Eu penso sobre isso por um momento, realmente parece


bom.

— Acho que vou me juntar a você.

— Você não vai se arrepender.


— Na mesma hora amanhã?

— Claro querida.

Enquanto eu saio Cora aumenta o volume da TV. Eu


marcho escada a cima, abro meu notebook e vejo que Leah já
está acordada. Eu a chamo no Skype e ela me responde
segurando uma tigela de cereais na mão.

— Hmmmm.... Deixe me adivinhar? Você conheceu a


sensação musical.

— Yeahh — eu digo com uma risada fraca, ela me


conhece tão bem.

— E — ela pergunta.

— E ele me beijou.

— Na bochecha? Na testa? Na mão?

— Nos lábios.

— Ai meu deus, você caiu na primeira armadilha.

— Bem, eu não exatamente cai! Foi apenas um beijo, eu


fui pega de surpresa, isso não vai acontecer de novo.

— Só um beijo? Então porque você está ficando


vermelha?

— Aqui está quente.

Ela balança a cabeça em desaprovação.

— Você sabe o que eu acho?

— O que?
— Eu acho que você deveria pular todas as preliminares
e ir para o Plano B. Supere isso, desenhe uma linha na porra
da areia e depois vamos sair de férias.

— De jeito nenhum, eu não estou jogando a toalha


ainda.

— Você já se jogou na toalha.

— Olhe, eu tenho mais autocontrole do que você pensa.


Eu só... preciso de um tempo para me adaptar. Isso não é
fácil para mim.

— Eu tenho novidades para você Tori: não vai ficar mais


fácil.

— Eu não estou indo para o Plano B — disse


teimosamente — Bem não agora de qualquer forma, não acho
que precise.

Ela abaixa sua tigela e suspira.

— Antes de ser direta, você sabe que eu te amo né?

— Certo — eu digo lentamente. Um discurso está vindo


em minha direção.

— Pare de delirar. Você está perdendo tempo tentando


resistir a ele. Quanto mais você resiste à tentação mais
potente isso se torna. Quanto mais tempo você continuar
passando com o cara mais forte seus sentimentos ficarão.

Claro, ela está certa.

— O homem é bom e verdadeiramente indisponível para


você a longo prazo, mas se jogar duro só fará com que ele te
persiga o que vai acabar fazendo você cair ainda mais duro.
Você precisa dizer sim, dormir com o cara uma ou duas vezes
e colocar um ponto final na sua infantil queda por ele de uma
vez por todas. Eu quero dizer, um cara que se parece tão bem
provavelmente tem um pau pequeno.

— Ele não tem — minha boca diz antes que meu cérebro
possa agir.

— O QUE? — Ela grita, seus olhos esbugalhados.

— Hmmm... ele tem um pau grande.

— E você sabe disso porquê...

— Ele teve uma ereção e eu vi isso através dos jeans


dele — eu confesso.

— Ai meu deus. Apenas deixe suas camisinhas prontas,


certo?

— Você deveria ter mais fé em mim.

— Eu tenho. Mas minha estratégia tem mérito. Bonito e


com um pau grande significa que ele definitivamente é ruim
de cama. Você vai estar querendo se livrar dele antes do que
você pensa.

Não se o beijo dele for um indicativo. Bom que eu não


sou idiota o bastante para dizer esse pensamento em
particular.

— Então quando você vai vê-lo de novo? — Ela


pergunta, pegando de volta sua tigela e colocando uma colher
cheia de cereais na boca.

— Amanhã. Ele vai dar uma festa na piscina. Britney


está muito animada porque Taylor Swift irá.
— Hmmm. Você acha que pode conseguir um autógrafo
para minha irmã?

Naquela tarde Cash não aparece pela torta de frango. Eu


como o jantar sem provar isso e me pergunto se Leah está
totalmente errada. Não vai ter necessidade de camisinha já
que Cash já perdeu o interesse em mim.
CASH

Caçador pelo nome e caçador pela natureza.

Merda. Ela é algo mais. Minha cabeça está girando e


meu sangue está latejando tanto em meu pau que eu penso
em encostar o carro e cuidar disso, mas eu não preciso ver
fotos embaraçosas de mim me masturbando em meu carro
nas notícias. Eu já fiz isso e definitivamente não preciso de
Octavia falando novamente sobre minha imagem, marca e
público.

Não.

Porém? Tori Diamond?

A assistente pessoal de minha irmãzinha. Quem iria


pensar que ela seria a coisa mais sexy a cruzar o meu
caminho em muito, muito tempo? Ela é tão sexy e não está
ligando para isso. E essa atitude dela, uma boca suja. Eu já
posso ver isso cheio com meu pau.

E que pensamento bom é esse.


Estava andando como um zumbi está manhã, estive
acordado a noite inteira festejando e tudo o que eu queria
fazer era voltar para casa e cair na cama.

Mas como o destino é, estou dirigindo pela estrada


quando eu vejo o Bentley com Victor no assento do motorista.
Na rua Harley? Isso só significa uma coisa, Britney está
aprontando novamente. Acredite em mim eu tentei ir embora,
mas eu a vi e foi como uma bebida gelada em um dia quente.
Cabelo loiro abaixo da cintura e a bunda arrebitada. Isso é
uma das razões pelas quais eu ainda acredito em milagres.

Ooooh, sim.

Se um queixo já caiu..., mas merda se ela não me


olhasse como se eu fosse um chiclete preso em seus saltos!
Isso me faz querer arrancar suas roupas e fodê-la bem aqui.

Veja bem, quando toda mulher que você conhece mal


pode esperar para chegar no seu pau e entrega tudo em uma
bandeja de prata para você, você começa a querer aquelas
que te dão um pouco de desafio. Você perde a emoção da
caçada. Deseja que alguém pudesse resistir. Todo mundo
quer um pedaço de Cash. Ela não. Isso a faz preciosa.

Eu apenas tenho que a quebrar um pouco.

Eu a segui até a casa do meu pai e direto para o meu


antigo banheiro. Então ela está nua, no banho me dando toda
aquela visão, mas eu a pego olhando para o meu pau como
um animal faminto parecendo como um maldito banquete.
Eu não sei, talvez ela nunca tenha visto um pau tão
grande, mas puta merda, eu poderia ter assado um porco na
fogueira de seus olhos.

Você tem que respeitar uma contradição como essa.

Eu digo, em um momento ela está te matando


verbalmente, te dando uma má atitude e no momento
seguinte ela está olhando para o seu pau como se isso
devesse ser registrado na lista de espécies em extinção. É um
desafio e um convite. Mas no meu caso é como provocar uma
má atitude.

Tori Diamond colocou o instinto de caçada de volta no


caçador e colocou um pouco mais de tempero maravilhoso na
minha já maravilhosa vida.

Eu olho para o velocímetro. 50 km por hora.

Não há nenhuma câmera de vigilância nessa área da


estrada então eu piso fundo no acelerador e me deleito em
assistir meu bebê de metal comer o asfalto a uma velocidade
incrível. Música está se derramando do rádio e adrenalina
está nas minhas veias. Essa brisa é inacreditável. Essa é a
minha vida. Dinheiro, boceta e velocidade.

O que mais se pode querer?


TORI

Uma prima minha que uma vez ganhou um concurso de


beleza costumava dizer que a beleza natural requer trabalhar
duro e disciplina. Eu nunca realmente entendi o que ela
queria dizer até ir às compras com Britney.

Nós passamos horas procurando pelo vestido certo, ela


tentou o que me pareceu cem diferentes peças em pelo menos
trinta lojas. Ela girou a minha frente com um vestido
espetacular e decidiu que ele fazia com que suas longas
pernas parecessem pequenas e gordas.

Ela quase caiu em lágrimas por causa da cor de um


deles, ela acreditou que fazia com que sua pele jovem
parecesse velha e enrugada. Outro vestido simples e clássico
conseguiu o pior dos insultos.

— Eu preferiria vestir uma blusa branca sem estampa


do Kanye West.
Esbocei um sorriso encontrando um doce no bolso de
minha jeans e o colocando em minha boca. Depois logo
quando estava prestes a arrancar meus cabelos de tédio nós
fomos a Couture Couture e Britney encontrou um pequeno
vestido na Clementine. Até eu tenho que admitir que esse
vestido é especial. É super sexy, na moda e perfeito para o
corpo dela.

Que bom, acho que finalmente podemos ter uma pausa


antes do horário dela no cabelereiro, mas a vida nunca é
assim tão fácil.

— Agora — Britney diz, se movendo através das araras


de vestidos — Nós temos que encontrar algo para você. Eu
acho que acabei de ver algo que seria perfeito.

Não existe nenhuma possibilidade que eu vá comprar


algo na Couture Couture. Mesmo o pequeno vestido que
Britney está carregando ao redor da loja tem uma etiqueta de
695 dólares. Isso é mais do que três semanas de salário para
mim e não há nenhuma maneira que eu vá andar por todas
as lojas de novo.

— Eu tenho um pequeno vestido preto, acho que vou


vestir isso. — Eu digo passando atrás dela.

Britney para em seus pés, transfere o peso do corpo de


um para o outro e me olha de cima a baixo. Ela me lembra de
uma daquelas divas daquele reality show Real Housewife que
a Cora gosta de assistir.

— Que vestido preto? — Ela pergunta.


— Você não viu esse, eu não me importei em
desempacotá-lo.

Ela cruza os braços.

— Eu vi isso, não é feito de tecido de camiseta?

— Hmm, é, mas eu posso vesti-lo.

— Claro que não — ela diz virando rapidamente e


fazendo uma busca rápida entre os vestidos.

— Olhe mesmo se eu decidisse comprar algo aqui, não


teria como bancar.

— Hmmm — ela diz me ignorando e continuando a


procurar.

— Britney — eu chamo, com minha voz mais alta e


impaciente.

— Você não está pagando por esse vestido, eu estou. —


Ela diz sem se virar.

Eu bufo.

— Isso é muito legal e tal, mas você não vai pagar por
isso, vai? Seu pai vai e eu acho que ele não vai gostar de ser
forçado a me comprar um vestido tão caro.

Ela se vira para me olhar surpresa.

— Meu pai não vai se importar de eu comprar um


vestido, não é como se Cash viesse para casa e desse festas
todos os dias.

Eu balanço minha cabeça.


— Se você não acredita em mim eu posso ligar para ele
agora e perguntar. — Ela desafia.

— Isso não será necessário, não é que eu não acredite


em você, eu só não me sinto confortável aceitando um vestido
tão caro de meu empregador.

— Pense nisso como um uniforme, você tem que vir a


festa comigo e você precisa de uma roupa apropriada.

— Ok, vamos fazer o seguinte: podemos passar na


Topshop ou na Miss Selfridge e eu vou encontrar algo
aceitável lá.

Ela franze o nariz em desgosto.

— Tori você não entende, né? Todo mundo lá estará


vestido para matar, você poderia ir nua em vez de ir com algo
da Topshop que daria no mesmo.

Eu a encaro sem emoção.

— É apenas um vestido — ela diz persuasivamente.

— Tudo bem.

— Bom — ela diz satisfeita e volta a sua procura, menos


de um minuto depois ela tira algo dos cabides. — O que você
acha desse? — ela pergunta triunfante.

Eu encaro o vestido maravilhada.

— Isso vai ficar lindo quando estiver molhado — ela diz,


andando ao meu redor.

Wow, eu não sei sobre isso ficando lindo quando


molhado, mas seco é maravilhoso. Eu quero dizer eu nunca
teria considerado uma estampa de zebra, semitransparente,
longo, com um decote baixo e mangas longas, mas agora que
ela apareceu com isso acenando tentadoramente na minha
frente, tenho que admitir que ela sabe sobre moda. Eu pego o
vestido dela e olho a etiqueta, um preço alto 799 dólares, na
promoção, supostamente reduzido de 1.399 dólares.

— Você viu o preço? — Eu sussurro horrorizada.

— Se você não se apressar, nós vamos perder meu


horário no cabelereiro — ela diz uma sobrancelha arqueada
em expectativa.

Eu pego o vestido dela e pulo no trocador, puxo minhas


roupas apressadamente e coloco o vestido, quando o fecho e
viro para o espelho tenho que confessar que eu nunca usei
nada tão revelador, sexy e glamoroso antes. Eu me sinto
poderosa e de um jeito engraçado um pouco como a
personagem de filme favorita da minha avó, Suzie Wong.

— Deixe-me ver — Britney chama.

Eu saio do provador.

— Como estou?

Ela me olha de cima a baixo, sorri e diz:

— Eu acho que odeio você oficialmente.

— Você não acha que é muito...hmmm....sexy?

Ela se aproxima de mim.

— Isso vai ficar tremendamente sexy quando estiver


molhado, mas esse é o ponto. — Ela explica, inclinando a
cabeça levemente enquanto ajeita o tecido em minha cintura.
Eu viro minha cabeça para ver a parte de trás do
vestido. Na verdade, já é extremamente sexy.

— Você tem certeza que seu pai não vai se incomodar?

— Eu tenho um limite de crédito, faíscas só começam a


voar quando eu o ultrapasso.

Eu sorrio para ela.

— Bem, obrigada pelo vestido. Isso é muito generoso da


sua parte.

Ela olha para baixo e por um confuso momento ela para


jovem e vulnerável.

— É apenas um vestido, você faz um monte de coisas


por mim.

— Obrigada — eu digo suavemente.

Ela ergue os olhos para mim e sorri timidamente.

— Você é bem-vinda Tori, eu realmente gosto de você.

Por uma fração de segundo eu não posso ser recíproca,


depois percebo que ela é apenas uma criança. Uma rica e
solitária criança. Dizer a ela que eu gosto dela não será uma
mentira, algumas vezes como agora e quando ela estava
pendurada na minha porta do banheiro dançando, eu gosto
dela, bastante.

— Eu também — eu digo.

Seu sorriso tímido se torna um grande de pura alegria,


isso é infeccioso e eu me encontro sorrindo largamente de
volta.
— Você está planejando deixar seu cabelo para cima ou
para baixo? — Ela pergunta de repente.

— O que você acha? — Eu pergunto, agradecendo sua


óbvia experiência quando o assunto são roupas, moda e
festas na piscina na casa de celebridades.

— Sem dúvidas, para baixo.

— Você não acha que seria muito óbvio?

— Meu deus, não. Isso é um acerto. Eu queria que meu


cabelo fosse tão bonito quando o seu, na verdade queria que
tudo em mim fosse tão bonito quanto você.

Eu franzo as sobrancelhas.

— Eu acho que você é muito mais bonita do que se dá


crédito.

— Não — ela diz chateada — Cash tem a cor e a


aparência linda da mamãe e eu tenho o do papai.

— Eu acho você linda Britney — digo sinceramente.

Ela dá de ombros.

— Você dificilmente iria me chamar de feia mesmo que


achasse que eu era, não é?

Eu a encaro atônita.

— Porque você iria pensar que eu te acho feia?

Ela dá de ombros novamente.

— Eu não te acho feia, em tudo. Na verdade, o oposto.


Você é linda, as pessoas então sempre te dizendo isso.
— Claro que eles estão. Todo mundo quer ser amiga da
irmã de Cash. — A voz dela é quase chorosa.

— Isso não é verdade —nego imediatamente, mas nós


duas sabemos que não há nada convincente nisso.

Ela sorri de repente, um forçado sorriso.

— Não importa, vamos pagar a conta e encontrar alguns


saltos matadores.

Nós paramos na Russell & Bromley e Britney pega um


par de saltos plataforma brilhantes e eu compro stilletos
prata. Meus sapatos custam 120 dólares e eu insisto em
pagar por eles. Eles custam mais do que eu costumo gastar
em um par de sapatos, mas qual o problema? Nós só vivemos
uma vez!

Depois de comprar nossos biquínis, preto para mim e


branco para Britney, nós vamos direto para o salão.
Enquanto espero pela Britney, a garota da Tailândia que faz
as unhas vem e me pergunta se que quero ter as minhas
feitas. Minhas unhas na verdade tem uma aparência bem
ruim.

— Eu vou as deixar bonitas — ela diz acenando com a


cabeça vigorosamente.

Como alguém pode resistir a um convite desses?

— Então vamos lá — eu digo. Uma pequena parte de


mim começou a ficar ansiosa sobre essa festa na piscina e
sobre ver Cash novamente.
— Manicure e pedicure? — Ela pergunta sentindo uma
presa fácil.

— Ok — eu concordo e ela me mostra suas amostras de


esmalte.

Para ser honesta ela faz com que minhas mãos e pés
pareçam muito bonitos. Me sentindo generosa eu deixo uma
boa gorjeta.

— Obrigada — ela diz com um pequeno aceno. Ela


imediatamente procura em sua caixa e cuidadosamente
pressiona um pequeno cristal na unha do meu polegar e
finaliza com uma camada de base.

— Sua carruagem te espera, Cinderela.


TORI

“Ela é a garota mais popular da barra. Ela tem sex

appeal.”

The World of Suzie Wong

O ar fresco cheira a carne assada e pulsa com música


eletrônica e os sons de uma festa muito boa. Assim que o
carro passa através da multidão de paparazzi do lado de fora
do portão, os guardas nos guiam até a casa de Cash.

A casa uma monstruosa e moderna estrutura de metal e


vidro, que se ergue como um navio.

Britney e eu descemos do carro e andamos até o time de


seguranças que fica ao redor das portas da frente. Nós
passamos pelas portas altas e pisamos no sonho de qualquer
cara.
A sala de estar tem, espere por isso, uma piscina
olímpica. Ok, de tamanho olímpico pode ser um pouco
exagerado, mas você entendeu. Está infestada com corpos
quase nus e escorregadios de meninas jovens e atraentes.
Meus olhos atordoados assistem essas meninas pularem na
água.

Oh você também deveria saber que a sala de estar tem


uma pista de dança, isso mesmo, uma plataforma um pouco
mais alta que pisca, dois bares bem abastecidos (em cada
lado da piscina) e uma gigante tela com imagens de baleias
nadando debaixo d‟água em lentidão. Tenho que admitir que
as baleias são uma ideia muito legal e surreal.

Honestamente a coisa toda parece um clipe da MTV.

Bem no meio de toda essa diversão está Cash Hunter.


Deitado em uma cama roxa inflável gigante entre duas
mulheres. Uma delas está colocando champanhe direto da
garrafa no peito dele. Me diga sobre viver um clichê.

Ainda fantástico e maravilhoso.

Isso é exatamente o tipo de coisa que estava esperando


encontrar, bem nesse minuto o cantor principal da ALKALINE
não se parece assim tão atraente. Na verdade, ele parece
superficial, egoísta, invejoso, egocêntrico, amostrado, criado
pela mídia, odioso, um idiota. Quem em seu juízo perfeito iria
querer um rei da festa como esse?

Ao meu lado Britney grita:

— Cash
Sua cabeça gira em nossa direção e nossos olhos se
encontram. De repente o sangue em minhas veias começa a
borbulhar como refrigerante. Ai meu deus. Aparentemente eu
não estou boa da cabeça. Porque eu o quero tão mal que isso
faz meu estomago doer e até que ele decida quebrar o contato
visual eu me encontro totalmente, completamente e
absolutamente incapaz de olhar para longe. Eu só fico lá
paralisada e o encarando idiotamente.

Até que seus olhos piscam e ele desvia a atenção para


Britney. Um sorriso aparece em seu rosto. Empurrando a
menina perto dele para a água ele pula e nada fortemente até
nós. Colocando suas mãos na beirada da piscina ele se ergue
facilmente. Seus olhos luminosos com reflexos de água.

A partir de sua posição agachada, ele levanta cheio de


energia sexual. Água corre de seu corpo e eu na verdade sinto
meus olhos arregalarem. Merda. Que droga! Ele ergue seus
poderosos braços e passa a mão em seu cabelo e meus olhos
apenas seguem como um cachorro de rua com fome.

Isso não é justo. Porque alguém deveria parecer assim?


Eu balanço minha cabeça para limpar o estranho efeito
hipnótico que ele está tendo em mim. Não é como se eu
quisesse que algo acontecesse entre nós.

Britney dá um passo para frente e o beija delicadamente


na bochecha.

— Ótima festa — ela diz dando um passo para trás.

— Não há muito de seu vestido — ele nota


sombriamente.
— Nós estamos aqui para nos divertir — Britney ri

Os olhos dele se estreitam com desaprovação.

— Escute Brit, eu não quero ter que banir qualquer um


daqui.

— Pelo amor de Deus não seja um estraga prazeres


Cash! Eu nunca posso sair e me divertir. — Ela grunhe.

Ele lança um olhar mal humorado.

— É sério, não sou sua BFF, sou seu irmão mais velho.

— Que horas a Taylor Swift vai chegar? — Ela pergunta,


mudando de assunto.

— Não até mais tarde.

Ela bate as mãos juntas.

— Estou tão ansiosa, eu não posso acreditar que vou


conhecê-la.

Ele sorri.

— Ela disse que está trazendo algo especial para você.

Os olhos de Britney se tornam tão grandes quanto


pratos.

— O que?

Ele levanta um molhado, musculoso e bronzeado ombro.


Ugh! Esse homem poderia começar uma nova categoria de
pornô, pornografia de ombro.

— É uma surpresa — ele diz a ela.

— Mas você sabe o que é? — Ela tenta novamente.


— Não, você vai ter que esperar.

— Tudo bem — ela concorda facilmente — Onde está


Prince?

— Trancado no meu quarto — ele diz.

— Eu posso ir vê-lo?

— Pode, mas não o deixe sair.

— Porque não? — Ela reclama.

Ele levanta as sobrancelhas significativamente.

— Porque ele vai fazer o que fez da última vez que você
deixou ele sair.

— Eu achei que aquilo fosse divertido. — Ela diz com


uma risadinha.

— Sério? Você quer repetir?

— Ok, ele pulou na piscina, ele é amigável, dificilmente é


sua culpa que todo mundo era bobo o suficiente para se
comportar como se um jacaré comedor de pessoas tivesse
estrado na piscina com eles. — Ela defende.

— Britney — Cash diz pacientemente — Depois que ele


esvaziou a piscina ele correu para fora, se chacoalhou na
mesa de buffet e babou na carne assada, então ninguém
tinha o que comer.

— De qualquer forma, seus amigos não comem — ela


retruca.

Isso aí Britney. Essa é uma versão dela que eu


realmente poderia começar a gostar.
— Prince não vai sair ou você nunca virá para minhas
festas de novo. — Ele diz. Sua voz é mais suave do que a
coisa mais suave que você pode pensar.

— Tudo bem — Britney concorda emburrada. — Eu não


vou deixá-lo sair — ela se vira para mim — Você quer vir e
conhecer o Prince, Tori?

Eu realmente quero conhecer Prince. Eu sei que ele é


um enorme tipo de cachorro com o pelo claro. Dois anos atrás
estava em todos os noticiários como ele foi encontrado no
quintal de um traficante, rosnando, com os ossos aparecendo
e as orelhas cortadas para parecer feroz. Ele já estava na
carrocinha esperando para ser morto desde que Kangals1 são
classificados em algumas cidades como uma raça perigosa,
mas então Cash viu sua foto no jornal e se apaixonou por ele.
Eu aposto que ele deve ter cobrado um monte de favores
porque conseguiu o cachorro.

Kangals são gigantes intimidantes, capazes de se


defender de lobos e ursos, mas as únicas fotos que eu vi
desse cachorro são aquelas onde ele está apoiado nas patas
traseira e descansando suas patas dianteiras nos ombros de
Cash enquanto lambe o rosto de seu mestre, como se fosse
um grande filhotinho.

1
Estou quase concordando em ir vê-lo quando Cash diz:

— Não, vá você em frente. Deixe Tori ficar aqui e me


dizer oi.

— Tudo bem — ela concorda e sai andando.

Eu respiro fundo e olho para Cash.

Deixo seus olhos fervendo fazerem uma lenta viagem


pelo meu corpo. Acho que consigo manter uma expressão
esnobe na minha cara, ou não, já que minha pele está tão
quente e sinto como se minhas sobrancelhas estivessem
pegando fogo.

Mostrando seus dentes brancos ele sorri.

— Você está fantástica, mas... estampa de zebra? Isso


certamente é propaganda falsa.

Eu franzo as sobrancelhas:

— O que você está tentando insinuar agora?

— Eu não estou tentando insinuar nada, apenas


dizendo que isso provavelmente seria mais verdadeiro vir com
estampa de gato selvagem, mas acho que nós dois sabemos
que você não é muito honesta.

— E o que isso deveria significar? — Exijo, ficando cada


vez mais irritada.

— Você quer um pouco disso — ele passa a mão por seu


irritante corpo gostoso — Mas você finge que não.

— Meu deus, você tem uma puta cabeça gigante, não é?


—Replico, irritada que ele está 101% certo.
Seus olhos brilham.

— Esse sou eu, cabeça grande, boca grande, pau


grande...

Eu rolo meus olhos tão forte que minha cabeça doí.

— Aqui vamos nós de novo.

— Porque você está tão puta comigo? Eu só estou


tentando ser prestativo. Você sabe lendo todo o rótulo, assim
não teremos surpresas mais tarde — ele abaixa a cabeça e
olha para seus pés, então seus cílios estão quase tocando as
bochechas, ele olha para mim através da cortina que eles
formam.

Maldito, mesmo sabendo de toda essa calorosa


manipulação e técnica isso ainda agita meu coração. É tão
difícil continuar fingindo e dizendo que não, quando tudo que
eu quero fazer é cair em seus braços fantásticos e deixar ele
me levar para sua amável cama.

Eu desesperadamente preciso colocar alguma distância


entre nós.

— Você não é assim tão fofo e eu nunca vou cair nesse


velho truque — eu digo juntando meu juízo.

— Nunca? — Ele pergunta.

— Nunca — eu digo firmemente.

— Você poderia esmagar um cara dizendo coisas desse


tipo — ele murmura.

— Isso não parece estar te fazendo nenhum mal. —


Retruco.
— Estou preocupado com os efeitos colaterais tardios —
ele diz suavemente, seus olhos brilhando com malícia — Com
o tempo mesmo as coisas mais difíceis podem ser tiradas.

Eu ignoro a insinuação sexual.

— Não se preocupe, eu não acho que vou estar por perto


por tempo suficiente para você sofrer tal efeito.

— Eu não sei, depois de um orgasmo explosivo, talvez


queira ficar por perto, talvez até me perseguir.

Se ele apenas soubesse, eu já estava o perseguindo.

— Homens como você dificilmente precisam se ajoelhar


e correr o risco de levar um pé na bunda.

— Aposto que você gostaria de ajoelhar, eu adoraria ver


você comer uma banana, aposto que você seria a melhor
nisso. — Ele diz sedutoramente.

Eu abro minha boca para retrucar, mas nada sai. Deus


me ajude. Eu tenho visões de mim deixando uma trilha de
beijos por sua mandíbula.

Sem aviso, ele se move mais perto, sua boca a polegadas


da minha, seus braços encostando nos meus, o cheiro de
homem limpo fazendo meus sentidos se apurarem. Em
pânico, eu me afasto.

— Só para constar — ele sussurra seriamente — Isso


não é cheiro de boceta que você está sentindo. Eu apenas
comi um sanduiche de atum.

Não há cheiro de peixe. Bastardo grosseiro. Ele sabe que


eu o quero e está apenas me mantendo na área de presa.
Uma imagem de sua cabeça entre minhas pernas atravessa
minha mente e algo dentro de mim dá um solavanco. Eu
deveria o mover para longe ou dizer algo cortante.

— Eu odeio ter que te dizer isso, mas você é realmente


uma pessoa rasa. — Eu resmungo.

Sua respiração está quente contra o meu pescoço.

— Para uma pessoa muito rasa eu posso ir muito


profundo.

— Você é inacreditável. — Respiro superficialmente.

Está claro que eu devia empurrá-lo para longe e eu


quero, eu realmente quero.

— Estou esperando que você mantenha essa ideia mais


tarde — ele diz com um sorriso.

— Você é tão cheio de merda que não deve ter espaço


para o seu cérebro.

— Eu sou um homem simples, mantenho meu cérebro


no meu pau.

— Cash — uma forte voz o chama.

Chocada pela súbita intromissão. Eu me afasto dele e


viro minha cabeça na direção da voz. Octavia Harding. Na
vida real ela parece como se vivesse de dieta, sem açúcar,
sem glúten e que injetou qualquer gordura restante em seus
lábios. Ela é tudo o que eu não sou. O desprezo em seus
olhos é calculado para tentar me fazer sentir pior do que uma
camisinha usada. Completamente me ignorando depois de
um primeiro vislumbre, ela fixa sua atenção em Cash. Ela
abre um sorriso falso.

— Eu preciso falar com você em privado — sua voz é


profissional com um tom de sexy.

Cash toma seu tempo para respondê-la

— Relaxa Octavia, é a porra de uma festa.

— EMI enviou três executivos. Eu vou relaxar quando


você os conhecer.

Sem tirar os olhos de mim ele diz:

— Diga oi para Tori Diamond primeiro.

Desprezo e ressentimento passa rapidamente por seus


olhos.

— Eu não sou paga para dizer oi para cada cadela que


você fode Cash.

Sinto uma pontada nas costas. Uau, primeira vez para


mim. Eu nunca estive cara a cara com uma vaca de 24 anos
antes.

— Não ligue para ela Tori, ela está em sua caixa de


cadela novamente. — Ele chacota, antes de virar seus olhos
para ela duramente — Tori é a nova assistente pessoal de
Britney, você pode ter que vê-la bastante, então talvez seria
bom ser boazinha.

Os lábios de Octavia se estreitam e um sorriso maligno.

— Olá

— Oi — eu digo sem sorrir.


Seus olhos se estreitam.

— Você é americana?

— Sim

Seus olhos se acendem.

— Hmmm. Você tem permissão para trabalhar neste


país? Eles normalmente não dão vistos para pequenos
serviços de assistente pessoal.

Não a soque. Não a soque. Eu dou uma longa e calma


respiração e abro minha boca:

— Tori tem permissão para trabalhar aqui. Sua mãe é


inglesa, então ela tem um passaporte americano e um inglês.
— Britney explica tendo voltado de ver Prince.

— Oi Britney, você está maravilhosa. — Octavia diz, sua


voz um grau mais quente.

— Obrigada, você também — Britney diz sem


entusiasmo.

— Eu temo que vou ter que roubar seu irmão um


pouquinho, ele tem pessoas realmente importantes esperando
por ele.

— Eles podem esperar, ninguém pediu que eles viessem.


— Cash diz friamente.

— Eu pedi — Octavia diz — ela parece se dar conta que


ela está tentando da maneira errada, então ela suaviza seu
tom — Vamos lá Cash, isso só vai levar um minuto, Gavin e
Joseph já estão lá, você pode festejar depois que terminar
com eles. Que tal isso, hein?
— Vá em frente Cash — Britney diz — Tori e eu vamos
nos ajudar bebendo ponche, estou morrendo de sede.

Ele tira seus olhos de Octavia e olha para sua irmã


firmemente.

— Você vá com calma.

— Pare de se preocupar, não sou uma maldita criança,


eu terei 18 em breve e de qualquer forma o pai disse que eu
posso ter alguns drinks.

— Certo — ele vira para mim, sua expressão esquenta —


Não perca o pensamento até que eu volte.

Eu coro até a raiz de meus cabelos, ele é como um


espinho para a bolha que eu tenho mantido por tanto tempo.
CASH

— Está a fim da assistente pessoal da sua irmã mais


nova, não é? — Octavia pergunta enquanto andamos pela
festa.

— Desde quando você se importa por quem estou a fim?

— Me desculpe, você está falando comigo, a boba que


está constantemente te livrando dos problemas.

Isso me deixa puto, eu odeio quando ela me trata como


se eu ainda tivesse dezesseis anos.

— Porcaria — eu rosno

— Ah sério? Dois DIUs? — Ela relembra docemente.

Qualquer dia desses Octavia vai chegar longe demais.

— Eu tinha a porra de dezessete anos.

— Eu quebrei a lei por você.


— E ainda está jogando isso na minha cara, você fez o
que fez e recebeu um pagamento maravilhoso para isso.

— E a gravidez?

— Pelo amor de deus, não era nem meu. — Eu retruco.

— E sobre a garota que eu tive que pagar?

Ela está brincando comigo?

— Isso foi o Gavin — eu digo em uma voz entediada.

Ela ri.

— Verdade, ele sai por aí engravidando cada mulher que


conhece.

Eu não digo nada. Nenhum ponto. Aos olhos dela eu


ainda estou saindo das fraldas.

— Isso não muda o fato de que eu não confio naquela


garota. Eu estou nesse negócio a um longo tempo e sei
quando alguém não é certo e tem algo muito errado sobre ela.
Ela deve ter projetos para você.

— Projetos? Eu sou o único correndo atrás de alguém


aqui.

Ela balança a cabeça como se eu tivesse apenas dito a


coisa mais estúpida do mundo.

— Eu não acredito em quão ingênuos os homens são.


Claro que ela quer você. É só uma técnica, jogando duro para
conseguir.

— Nesse caso, ponto para ela, a técnica está


definitivamente funcionando. Eu mal posso esperar para
chegar nas calças dela — estou na verdade cansado das
pessoas me tratando como se eu só fosse bom o suficiente
para pular em um palco e cantar as palavras que eles me
mandam.

— Eu seria cuidadosa se fosse você — ela avisa.

Eu mordo de volta a resposta. Um dia. Um dia ela vai


estar por sua conta.

— Apenas relaxe, podemos?

— Apenas lembre-se que você vale milhões, não fique


preso nas garras de uma caçadora de ouro, você poderia
arruinar seu futuro com um estúpido movimento, nós
falamos sobre isso antes, fique solteiro, jogue no campo,
muitas garotas, regularmente, desse jeito suas fãs pensam
que tem uma chance com você. Elas podem se manter
aquecidas com a fantasia de que elas serão as únicas a te
colocar uma coleira.

Eu paro de andar e olho para ela, as vezes eu acho que é


Octavia que tem as garras em mim, quanto mais velho eu fico
mais irritado fico com ela se intrometendo em meus casos.

— Eu só estou fazendo o meu trabalho — ela diz.

— Obrigado, mas acho que tenho tudo sob controle —


digo.

Quando nós chegamos ao estúdio, seguro a porta aberta


e ela passa com seus grotescos lábios apertados em um
sorriso, entro logo depois e encontro os olhos de Gavin. Ele
parece entediado, ele me cumprimenta com um levantar de
sobrancelhas. Joseph está encarando um copo de whisky
como se tivesse descoberto o sentido da vida no fundo dele.
Os outros membros da banda tiveram sorte e escaparam,
Robbie e Steven ainda estão em Milão se preparando para o
nosso show.

Do outro lado do cômodo Octavia está dizendo:

— Que bom que você conseguiu fazer isso Tony.

Ela está em sua área.

TORI

O ponche é muito doce, então eu vou atrás de uma


cerveja. Carregando nossas bebidas Britney e eu andamos ao
redor do buraco onde a carne está sendo assada.

Britney me diz que a carne e os homens a preparando


vieram da Argentina. Esse método de lento cozimento no chão
permite que as gorduras penetrem na carne enquanto é
usado bastante sal grosso e é chamado de Assado. Isso faz
com que a carne fique tão macia que você pode comê-la com
uma colher.

Conforme vamos nos aproximando o cheiro da carne faz


com que meu estômago ronque. Os homens são mais velhos e
bronzeados, com os rostos gordurosos. Eles brincam e riem
em espanhol enquanto eles distribuem porções de carne em
grades de metal. Outro homem experientemente as corta em
tamanhos menores e os arruma em uma grande travessa.

Encho meu prato com bife, provolone grelhado, pão de


alho e salada. Britney coloca um pouco de salada e uma
pequena porção de costela. Sentamos em cadeiras colocadas
do lado de fora e começamos a comer. A carne derrete na
minha boca e o queijo está delicioso, mas eu descubro que
não posso comer muito. Eu continuo pensando em Cash, me
perguntando onde ele está e o que está fazendo. Assim que
Britney termina de bicar sua comida nós voltamos e nos
juntamos a festa.

Britney vê alguém que conhece e vai dizer oi. Eu fico


perto do bar, bebendo minha cerveja e olhando ao redor.
Secretamente estou procurando por Cash. Você está
sonhando, talvez ele mude, talvez ele mude, ele não vai
mudar, ele apenas vai quebrar seu coração. Uma dor
estupida começa na região do meu peito.

— Procurando por mim? — A voz dele pergunta atrás de


mim.

— Não — eu minto, meus olhos fixam em sua covinha e


depois por todo o seu corpo até o dedo do pé. O homem é
uma montanha que grita sexo cru e testosterona. Isso coloca
meus nervos no limite.

— Você só está dizendo isso para tentar ter um


descanso — ele diz.

— Se eu quisesse dar um tempo de você, eu apenas


arrancaria meu cérebro — Ai meu deus! Eu não posso
acreditar que acabei de dizer isso. Que porra estava
pensando? Eu sinto o calor subir pelo meu pescoço até meu
rosto.

Seus olhos se brilham com malicia.

— Finalmente uma ideia que nós dois gostamos.

— Por favor, estou tentando aproveitar minha bebida


aqui — eu levanto a garrafa gelada até os meus lábios.

Os olhos dele caem para a garrafa.

— Você vai chupar meu pau como está fazendo com


essa garrafa?

— Ugh! —Resmungo, pretendendo parecer exasperada.


Mais um pouco disso e eu vou quebrar. Eu o fulmino. — Eu
juro que nunca conheci um homem mais feliz em ser baixo,
idiota e cheio de merda.

Ele sorri.

— Esse é o melhor que você pode fazer? Estou mais


ofendido pela taxa que meu banco paga.

Eu seguro um sorriso. Sei que parece que eu me


contenho como um filhotinho de cachorro, mas é muito,
muito difícil até mesmo fingir estar brava com um cara que
parece que comeu uma geladeira cheia de maravilhas.

Ele balança a cabeça.

— Vamos lá, você sabe que me quer — ele diz


persuasivamente.
Eu me sinto sem ar. Eu realmente deveria ir embora,
mas apenas não posso. Ele é como um imã. Quanto mais eu
tento afastá-lo mais ele me puxa para ele.

— Você deveria desistir enquanto está ganhando — eu


aviso.

Ele cruza os braços.

— Ganhando? Como você descobriu isso? Você ainda


está vestida.

Meu estômago se enrola com tensão sexual. Leah está


certa, esse é um jogo que eu não posso ganhar.

— Se afaste. Você não tem nenhuma chance de me tirar


desse vestido.

— Isso é um desafio ou um convite?

— Nenhum. É apenas um fato.

— Vamos testar isso, podemos? — Ele pergunta e em


um segundo ele puxa minha cerveja da minha mão, a coloca
no bar e me pega em seus braços. Por alguns preciosos
segundos estou muito envergonhada para fazer alguma coisa.
Depois percebo para onde estamos indo e já é tarde demais.

— Não se atreva! — Eu grito.

Segundos depois estou sendo arremessada, um grito


saltando de minha garganta. No momento seguinte eu atinjo
a água com um barulho alto e afundo como um saco de
batatas. Eu ouço vagamente o barulho de torcida e aplausos.
Eu emerjo e olho ao redor, ele está na beirada, com um
grande sorriso na cara. Estou tão furiosa que nem consigo
pensar direito. Bastardo. Eu viro e nado para o lado oposto
da piscina, quando eu alçando a beira uma mão agarra a
minha e me ergue da água.

CASH

Que porra é essa? Eu assisto a mão de Gavin deslizar


em volta do corpo molhado dela e uma bola de fogo sobe pela
minha espinha e explode na minha cabeça. Meu sangue ferve
enquanto o vejo passar os braços ao redor dela. O saco de
merda está tentando conquistar meu território! Olhe para ele
com aquele cabelo estupido todo espetado que ele passou
horas deixando desse jeito!

Sim claro, nós compartilhamos garotas antes. Mas Tori?


Nem se o inferno congelar! Eu vou arrancar a garganta dele
antes de deixá-lo colocar um dedo nela.

Ela é minha.

Andando a passos largos ao redor da piscina, meu


cérebro lentamente derrete em meu crânio, eu a vejo colocar
a mão no peito do bastardo. O idiota tem uma tatuagem no
peito da letra de Moulin Rouge onde se lê “Eu sou o Melhor”. É
com certeza Gavin. Da próxima vez apenas mande a porra de
um twitter. Idiota. Você sabe o que estou dizendo?

Enquanto chego perto deles ouço um pedaço da


conversa.
— Eu não vou mentir eu não acordo parecendo assim
tão bem. Algo como 12 produtos vão neste look. — Ele diz
orgulhosamente.

— Doze? — Ela soa atordoada.

— Para mais — o bastardo confirma.


TORI

— Você está pisando no meu território Gav. — Cash diz


em alto e bom som.

Gavin o olha atordoado.

— Dá o pé cara — ele diz, seus olhos disparando faíscas


de fúria.

— Certo cara, certo — Gavin murmura, dá alguns


passos para trás e dá uma bizarra risada enquanto olha ao
redor para ver se alguém testemunhou sua humilhação.
Percebendo que seu orgulho está intacto ele puxa uma
menina que estava passando e sussurra algo em sua orelha,
ela dá uma risadinha e assente, ele a leva para longe, na
direção dos jardins.

— Você está pisando no meu território? O que você é,


um cachorro? — Eu pergunto fumegando.
Ele dá de ombros, usando a postura territorial de macho
alfa como se fosse um casaco e o garoto bad boy está de
volta.

— É uma coisa de homens, você nunca entenderia.

— Você é tão idiota.

— Não — ele corrige, suas sobrancelhas se erguendo


inocentemente, um olhar malicioso em seus olhos verdes —
Eu tenho um pau, um grande.

— Ai meu deus, estou presa no tempo — digo


sarcasticamente.

Ele sorri, todo sexy com luxúria e problemas.

— Deixe ir docinho. O que vai acontecer conosco em


seguida nunca aconteceu com você antes.

— Estou molhada e puta e não estou no humor para


insinuações baratas ou a coisa toda.

Os olhos dele brilham

— Você estava indo tão bem com a primeira parte da


sua frase, mas entendo. — Seus olhos viajam pelo meu corpo,
agora que o vestido está molhado não há uma curva ou linha
que não está completamente exposta. Eu seguro meu desejo
de enrolar minhas mãos ao redor do meu corpo. Ele pega
minha mão.

— Vamos te secar e te tirar desse vestido.

Eu o deixo me guiar através da multidão e de um longo


corredor no piso térreo. Ele abre uma porta e nós estamos em
um grande quarto com uma cama gigantesca que o domina.
É claro que tem um espelho sobre isso.

De repente eu me encontro sem palavras até que tem


uma parede contra minhas costas. Meus olhos abrem
arregalados.

— Com medo? — Ele pergunta, sua respiração provoca


minha pele.

Eu levanto minha mão e dou um tapa. O barulho


reverbera no quarto vazio, eu o atingi tão forte que há uma
marca branca de minha mão em sua bochecha enquanto
minha mão arde furiosamente.

Ele gargalha, um profundo e rouco som.

— Eu sempre gostei de garotas temperamentais.

— Isso é abuso sexual — eu digo.

— Então me mostre que não me quer, diga não. — Ele


puxa o corpo para mais próximo do meu então sua ereção
está pressionando meu estômago. Engasgo, fogo liquido corre
pelas minhas veias. — Vá em frente, estou esperando — ele
desafia.

Encaro seus olhos enquanto o cheiro de seu corpo


molhado e seu perfume me atinge. Eu sinto como se tivesse
doze anos de novo e apenas irremediavelmente apaixonada
por ele como estava naquela época. Nem um pouquinho do
amor foi embora depois de todos esses anos, de fato, isso na
verdade cresceu e se tornou embaçado com luxúria. Meu
coração está batendo selvagemente em meu peito e minha
respiração está vindo rápida e difícil. Eu quero dizer não. Eu
devo dizer não. Eu vou dizer não. A resposta é não,
obviamente.

Minhas mãos pressionam seu peito para empurrá-lo


para longe, mas encontra seu peito duro. Eu juro que tento
combater o calor entre nós, mas isso está em minhas veias,
minha pele, em seus olhos, saindo de seus poros, está em
toda a parte.

Nesse momento eu percebo que você não pode desfazer


a luxúria, foi idiotice da minha parte achar que eu podia.
Pura luxúria é como um feitiço. Isso te deixa atordoado e
compele você a fazer aquilo que você não deveria. É
impossível resistir.

Na verdade, eu não quero mais resistir. Eu quero nada e


tudo o que ele está oferecendo. Eu quero aquele clímax
maravilhoso, porque não deveria ter isso? Talvez Leah
estivesse certa o tempo todo: apenas durma com ele e supere.
Meu avô me disse uma vez que as únicas coisas de que ele se
arrependia era as que ele não fez.

Ele fixa em mim seu olhar hipnotizante e eu paro de


pensar.

Eu deixo meu corpo tomar o controle. Minhas mãos


alcançam e agarram alguns fios de cabelo enquanto eu puxo
sua cabeça para baixo e ataco sua boca gananciosamente. É
como matéria e anti-matéria se tocando. Nós explodimos. Não
há outra maneira de descrever a fome violenta. Eu nunca me
senti tão viva.
Cada nervo, cada célula em meu corpo grita para ele me
tomar. A paixão é tão incontrolável quanto uma floresta
incendiando. Tudo o que eu quero fazer é arrancar suas
roupas e sentar no seu pau. Eu nunca me senti desse jeito
antes. Perdida para tudo exceto Cash. Meu corpo
sensibilizado palpita e parece estranhamente fora de controle.

Espalho minhas mãos pelo largo e forte peito, meus


dedos parecendo muito pálidos. Movendo minha cabeça, eu
mordo seu mamilo. Ele dá uma respiração superficial, mas
não me para.

— Isso mesmo gatinha, isso mesmo — ele encoraja.

Ele abre meu vestido, o joga para longe e geme ao ver


meu biquíni. Ele alcança atrás de mim e puxa as alças de
meu top e meus seios saltam livres, eles estão inchados e
pesados. Seus olhos queimam com possessividade com a
visão de meu corpo nu por exceção de um triangulo preto de
tecido.

Experientemente ele gira duro um mamilo para frente e


para trás em seus dedos. Meu corpo se arqueia para ele e ele
resmunga, o som é tão erótico e chupa meu lábio inferior,
duro, eu tremo.

— Deus, você é tão linda — ele murmura enquanto


abaixa e fica de joelhos, ele morde a corda do meu biquíni e
arranca isso do meu corpo rudemente. Eu sinto suas grandes
e largas mãos erguerem uma de minhas pernas e a colocar
sobre seu ombro. Eu começo a mover meus quadris
desesperadamente.
Ele agarra os lábios do meu sexo, os separa revelando o
tecido rosa escondido e o encara. Eu me contorço
impacientemente. Meu corpo inteiro está quente com
excitação e desejo.

Sua expressão é enigmática e ele fita o show entre


minhas pernas. Eu nunca pensei que isso seria tão excitante.
Eu me sinto suja e sem vergonha e absolutamente vibrante.

— Isso é o que eu quero gatinha. Ver suas pernas bem


abertas e desesperadas por mim. As mantenha espalhadas e
abertas — sua respiração bate em minha boceta me
inflamando. Seus dedos tocando a carne molhada e raios de
ansiedade passam por meu corpo. Ele arrasta seus dedos
sobre a camada sensível e minha cabeça cai para trás
involuntariamente, meus olhos quase fechados.

— Continue — eu apresso.

— O que você quer Tori?

— Me foda — eu digo roucamente.

Ele move sua boca através de minha boceta e por um


segundo eu olho para baixo e tiro uma foto mental dele,
irremediavelmente bonito, seus cílios se curvando contra
suas bochechas e depois o choque de sua boca se encaixando
e gananciosamente lambendo a fenda molhada entre minhas
pernas, isso tira todos os pensamentos de minha cabeça.

Isso é tão bom que eu choramingo e puxo meu centro


latejante mais forte contra sua boca. Sua língua se move
através das dobras saboreando, comendo, chupando e depois
eu sinto seu dedo, eu dou uma respiração afiada. Meus sucos
escorrem por seu dedo enquanto ele o move dentro e fora de
mim me deixando louca. O calor e a fome aumentam e
minhas coxas começam a tremer com a aproximação do
orgasmo.

— Tori — uma voz ecoa de algum lugar.

Eu congelo. Meu deus! Agora não.

— Porra! Não se atreva a parar. Você está gozando — ele


ordena asperamente.

— Ela vai entrar — eu sussurro em pânico.

— Eu tranquei a porta — ele diz e volta a devorar minha


boceta enquanto seus dedos me fodem forte.

— Tori onde está você? — Britney chama novamente e


dessa vez ela tenta a maçaneta da porta.

Eu tento não gritar, mas de repente tudo dentro de mim


quebra. É o tipo de orgasmo que te leva para outro lugar.
Você não tem controle do seu corpo. Minhas unhas cravam
em seus ombros, minha boca se abre e um grito sai.

Rapidamente Cash tapa minha boca com sua mão. Ele


me deixa imediatamente. Eu ainda estou me segurando
contra a parede dificilmente quando Cash volta com um
roupão.

— Vista isso rapidamente — ele diz, escorregando a


janela aberta, subindo nela e desaparecendo do lado de fora.

— Tori, você está aí? — Britney chama e chacoalha a


maçaneta da porta.

Eu respiro fundo.
— Estou indo — eu grito.
TORI

Eu rapidamente enfio os meus braços no roupão,


puxando as mangas para cima e dou um nó na frente,
enquanto corro para atender a porta da frente. Eu sei que
estou com rosto vermelho e estranho, mas não há nada mais
que eu possa fazer, além de enfrentar Britney. Respirando
fundo, abro a porta e Britney quase cai para dentro da sala.

Ela olha para mim acusadoramente.

— O que você está fazendo aqui?

— Eu... eu... er... fiquei molhada. Seu irmão disse que


eu poderia me secar aqui.

Isso soa tão falso que tremo por dentro, mas ela está
distraída para perceber. Ela funga alto e entra no quarto.

— Onde está o Cash agora? —, ela pergunta, entre


lágrimas.

Olho para ela, ansiosa.


— Eu não sei. Ele deve ter voltado para a festa. Você
está bem?

—Sim. Eu acho que bebi demais.

Como pode ser isso? Ela bebeu dois copos de ponche de


frutas.

— Eu quero ir para casa — diz ela.

— O quê?

— Eu quero voltar para casa.

— Agora? — Eu pergunto, incrédula.

— Sim—, ela quase está aos prantos.

Eu ergo minhas mãos em confusão. Desde que ela


descobriu a respeito dessa festa ela não parou de falar sobre
encontrar a Taylor Swift, e agora ela quer voltar sem conhecê-
la.

— Mas o que acontece com a Taylor? Ela tem um


presente para você e tudo.

Grandes lágrimas rolam no seu rosto. Eu olho para elas


com espanto.

— Não importa— ela soluça.

— Britney, qual é o problema?

— Eu só quero ir para casa, OK? —Ela lamenta.

Ergo as minhas mãos para cima.

— OK, OK. Basta esperar aqui. Vou procurar Victor e


dizer para trazer o carro de volta.
— Não, eu vou com você—, diz ela rapidamente.

— Venha então—, eu digo.

Ela chega perto de mim e pega a minha mão. Sua mão


está quente e úmida. Toco sua testa com a palma da minha
mão. Ela parece estar com febre. Eu franzo a testa. Que
estranho. Ela estava bem quando chegamos. Eu a levo
através da multidão.

Nós caminhamos rapidamente, mas eu não posso evitar


de olhar a multidão à procura de Cash. Inesperadamente
meus olhos encontram Octavia. Ela está me encarando com
uma expressão estranha. Ela sabe. Ela sabe sobre mim e
Cash. Eu desvio o olhar rapidamente e empurro Britney para
a porta da frente.

Uma mão segura meu pulso. Eu fixo meus olhos em


Cash. Eles são brilhantes. Ele colocou uma camiseta seca e
calça jeans preta e está sexy para caralho. Me sinto quente
com a memória do que fizemos minutos atrás.

— Britney não está se sentindo muito bem—, digo a ele.


Seus olhos se movem para ela. Suas sobrancelhas
levantadas.

— O que está errado, Sparkles? —Ele pergunta.

—Nada. Eu acho que só bebi demais.

— Quanto?

Ela encolhe os ombros de mau humor.

— Eu não lembro agora.

Seus olhos estreitam e sua voz soa preocupada.


— Está certo. Tori vai levá-la para casa em segurança e
eu te ligo amanhã.

— Pode dizer a Taylor que eu desesperadamente queria


conhecê-la, mas não estava me sentindo muito bem, então eu
tive que ir para casa? — ela pergunta em voz baixa.

— É claro que vou, — Cash a acalma, mas seus olhos


estão atentos e preocupados.

Por um instante estou ciente do que está acontecendo.


Eu olho novamente para Britney e de repente a vejo. Ela não
é uma menina rica e mimada. Ela está de alguma forma
terrivelmente quebrada. Eu não sou realmente sua Assistente
Pessoal. Eu sou um tipo de guardiã.

— Victor está trazendo o carro?

— Não, o carro está estacionado aqui perto, assim nós


apenas estamos indo até lá.

— Vamos, eu vou levá-la para o carro, — ele diz e fica do


outro lado dela. Juntos caminhamos para o carro em silêncio.
Cada um de nós perdidos em nossos próprios pensamentos.

Victor está sentado em um grupo com os outros


motoristas comendo um pedaço de carne assada com os
dedos. Quando ele nos vê ele coloca a carne em um grande
prato cheio de ossos, limpa as mãos em um guardanapo e
levanta. Ele caminha em direção ao carro e abre a porta
traseira. Britney olha para o irmão dela.

— Tchau— diz ela, infeliz.

— Você vai ficar bem amanhã— diz ele.


— Vejo você por aí— ele me diz.

— Sim, — eu digo sem jeito.

Nós entramos no carro e Victor engata o carro. Olho


para Britney e vejo que ela está deitada de costas, com os
olhos fechados. Parto do princípio de que ela não quer
conversar, então me viro e encaro o interior escuro.

— Há algo de errado comigo, — Britney diz, de repente,


sua voz soando muito infantil.

Eu começo encará-la. A luz dos postes mostra seus


grandes e assustados olhos.

— Sua cabeça está girando? — Pergunto.

Ela balança a cabeça negando.

— Não há nada de errado com você, Brit. Você apenas


bebeu um pouco demais. Quando chegarmos em casa, nós
vamos ter um grande copo de água e duas aspirinas e eu
prometo que você irá acordar completamente bem
novamente.

— Não é o álcool — diz ela suavemente. — Há algo


faltando em mim.

— O que?

— Eu não sou como as outras pessoas. Eu não sinto


que estou inteira. Eu me sinto vazia todo o tempo e nada que
eu faça preenche o vazio.

Olho para ela, sem palavras. O que posso dizer sobre


isso?
— Alguma vez você já perdeu algo realmente
importante? — Ela pergunta com tristeza.

— Uh ... não, não realmente.

— É assim que eu me sinto. Como se tivesse perdido


algo muito importante.

— Eu ... sinto muito.

Ela solta um gemido fino que arrepia os cabelos da nuca


e eu cubro minha boca com a mão.

— Me ajuda, Tori — ela lamenta.

Por um segundo eu fico congelada com a minha mão


sobre a minha boca, e em seguida, algo dentro de mim se
quebra e todo o ressentimento mesquinho que eu já senti por
ela se dissipa no nada.

— Venha aqui — eu digo e abro meus braços. Como


uma criança magoada, ela se arrasta em meus braços. Eu
seguro o seu corpo magro e balanço lentamente, como se
fosse sua mãe.

— Shhh ... Shh ... Shh, — Eu murmuro uma e outra vez


enquanto ela soluça toda sua frustação para fora.

Em choque percebo que tenho a julgado mal. Eu pensei


que ela era uma obcecada por sua aparência, uma típica
garota frívola e mimada que passou todos os seus dias
fazendo coisas egoístas. Mas, na verdade ela está sofrendo
alguma dor profunda e não há nada que eu possa dizer a ela
para torná-lo melhor. Seu sofrimento parece não ter fim.
Eu pego os lenços na parte de trás do encosto de cabeça
e entrego a ela. Seus soluços finalmente, diminuem, assim
nós chegamos a Londres. Ela se endireita e senta longe de
mim. Quando eu olho para ela seu rosto inchado,
avermelhado eu não sinto como se houvesse apenas dois
anos nos separando. De repente, ela parece ser anos mais
jovem do que eu. Ela assoa o nariz ruidosamente e soluça.

— Estamos quase em casa, —eu digo a ela.

Ela olha pela janela, acena com a cabeça, ela parece


cansada e cai em um moroso silêncio. O carro chega em casa,
eu abro a porta do carro e saio. O ar está fresco. Victor abre a
porta da Britney e, para minha surpresa, ele a pega em seus
braços e começa a levá-la até a porta. Fecho a porta do carro
e corro na frente para abrir a porta para ele.

Ele a leva pelas escadas, até seu quarto. Eu sigo atrás


ansiosamente. Ele a coloca em sua cama e vira para mim.

— Você pode assumir agora?

— Sim—, eu digo rapidamente.

—Certo estou indo. Boa noite.

— Boa noite—, digo, ele sai e fecha a porta.

Olho para Britney e vejo que ela se enrolou em uma bola


na cama. Eu ando e sento ao lado dela.

— Devo ajudá-la a ir para a cama? — Eu pergunto


suavemente.

Ela faz um barulho estrangulado, mas é tão baixo que


eu tenho que me aproximar para tentar pegar suas palavras.
— Você quer que eu busque um par de aspirinas?

— Não —, ela engasga.

— Eu só vou buscar um copo de água, OK?

Ela estende a mão e agarra a manga do meu roupão de


banho.

— Não vá — ela sussurra.

— Ok, eu não vou, — eu digo, tranquilizando.

Ela olha para mim, absurdamente grata por essa


pequena concessão.

— Você quer deitar aqui na cama comigo? — Sua voz é


baixa e suplicante, seu rosto é cheio de confiança infantil.
Como que essa menina vai sobreviver ao mundo lá fora?

— Tudo bem. — Eu tiro os sapatos e coloco no chão.


Então eu puxo o edredom sobre ela e deito em cima dele ao
seu lado.

— Estou aqui, — eu digo. Ela se aconchega em mim.


Seu corpo está quente. Por um tempo eu deito de costas,
congelada e dura, olhando para o teto sem saber o que fazer a
seguir, mas então me sinto bem para oferecer conforto. Então
eu viro para ela, deitada ao meu lado, gentilmente
acariciando seus cabelos.

— Durma, Britney, —eu digo suavemente.

Eventualmente, sua respiração fica profunda. Sua mão


se solta muito suavemente do meu roupão e eu lentamente
me levanto. Eu olho para ela, experimento um sentimento de
vergonha e culpa.
Senhor, que vadia julgadora eu me tornei.

Eu nunca dei a pobre menina uma chance. Dei uma


olhada nas roupas de grife e na obsessão por sua aparência
física, e apenas a julguei. Nunca me passou pela cabeça que
toda essa obsessão poderia ser um sintoma de um sofrimento
mais profundo.

Tenho sido todo esse tempo condescendente, tolerando


com o tipo de educação que mal escondia a minha
impaciência, mas todas as vezes ela olhou para mim como se
eu fosse alguém que ela pudesse confiar e chamar de amiga.
Sua ingenuidade me surpreende e de repente um forte
sentimento de protecionismo surge em mim. Ela se tornou a
irmã que nunca tive e sempre quis quando era uma
garotinha.

Olhando para sua figura suavemente respirando eu me


comprometo a encontrar uma maneira de ajudá-la. Deve
haver algo que eu possa fazer. Eu faço uma promessa, antes
de deixar esta casa eu vou chegar ao fundo de sua dor.

Curvando, sussurro em seu ouvido,

— Durma bem, pequena Brit.

Ela resmunga em seu sono.

Saio na ponta dos pés, fecho a porta suavemente e vou


para o meu quarto. Entro no banheiro e acendo a luz. Fico
encarando o espelho e de repente sinto que tudo ocorreu em
uma realidade diferente da minha, em outro mundo. Como se
tudo acontecesse com outra pessoa. Como se o orgasmo que
Cash me deu e o tempo com Britney no carro não aconteceu
comigo. Eu cubro meus olhos com as mãos.

—Uau! Que noite foi essa.

Penso em mim pressionada contra a parede, com uma


perna jogada sobre o ombro de Cash enquanto ele me comia
como um homem faminto e como se todo o mundo tivesse
sumido. Mesmo agora, o pensamento, faz meu sexo pulsar.
Eu olho para mim no espelho novamente. As minhas
bochechas cor de rosa, os olhos selvagens, e sinto um pouco
de medo. Isso não está de acordo com o plano.

— Talvez tudo vá se acertar, — Eu tento me tranquilizar.


— Talvez deva acontecer dessa forma.

Evitando me olhar, retiro a maquiagem, escovo os


dentes e uso o banheiro. Meu cabelo parece um ninho de
ratos, então desembaraço e faço uma longa trança. De volta
ao meu quarto, visto a calcinha, uma camiseta supergrande
sobre a minha cabeça, e sento na cama.

Abro a gaveta, tiro Monstrosity e começo a escrever nele.

Querido Monstrosity,

Apesar dos meus melhores esforços, infelizmente, eu


perdi outra batalha. Uma grande. Agora são uma da manhã,
então eu não vou entrar nos vergonhosos e humilhantes
detalhes da minha derrota, mas no interesse verdadeiro dos
fatos, três observações dolorosas devem ser feitas:
1. Foi uma vitória fácil para a pessoa sem escrúpulos,
e ...

2. O inimigo pode ser louco, desprovido de razão e


vontade cruel, é certo que ele zomba de mim em cada chance
que ele tem.

3. Estou muito fraca para resistir ao inimigo e é claro


agora que a guerra será perdida. Pode até ser amanhã!

Em uma nota mais brilhante, eu acho que encontrei um


amigo em um lugar inesperado. Eu irei dizer tudo sobre ela
amanhã.

Boa noite, querido Monstrosity.

Eu tranco o meu diário, coloco de volta na minha


gaveta, desligo o abajur e me deito em cima do edredom, a luz
da lua ilumina o quarto. É uma noite quente e eu estou feliz
que a brisa fresca que sopra através das janelas abertas. A
noite deve ter me cansado muito mais do que eu percebi,
porque adormeço rapidamente.
TORI

Sou acordada de repente.

Um corpo está pressionando contra mim. Tomada por


um pânico inesperado, minha reação imediata é chutar e
gritar tão alto quanto eu posso. Eu só tenho tempo de abrir a
boca antes de uma grande mão me silenciar. No prateado
brilho da lua, meus olhos temerosos colidem com os belos
olhos de Cash. Eles parecem estranhamente brilhantes e
translúcidos como esmeraldas.

Ele coloca o dedo indicador contra os lábios.

— Shhh ...—, ele diz, e como ele vê o reconhecimento em


meus olhos ele remove a mão da minha boca.

— Você me assustou. O que você está fazendo aqui? —


Eu sussurro ferozmente.

—Terminando o que comecei —, ele responde friamente.

— Então você simplesmente decidiu saltar na minha


cama como um maldito ladrão?
— Desculpe — ele diz e não soa nem um pouco
arrependido. — Mas meu pau não podia descansar pensando
em toda a ação interrompida anteriormente.

Ele está sem camisa e a pele brilhando como ouro


polido. Meu coração ainda está batendo como um tambor,
mas o medo e pânico desapareceram como um sopro de ar
quente em uma noite fria. A medida que a natureza exata da
situação atinge meu cérebro sonolento, meu corpo desperta,
excitado. Oh. Meu. Deus. Ele veio para mim. Ele veio para
mim. Cash está no meu quarto. Na minha cama. Eu mal
posso acreditar. Minha mais incrível fantasia feminina e mais
secreta se tornou realidade.

Eu olho em seus olhos lindos e todas as lógicas,


objeções racionais do porque eu não deveria caem por terra.
Eu sei que sou apenas uma outra menina que está disposta a
ser fodida por ele, e talvez eu vou me arrepender. Talvez eu
me machuque, talvez ele vá quebrar meu coração ou me
traumatizar para sempre. Ou talvez … Você sabe o que?

Cancela toda a merda do diálogo interno.

Estou aqui. Ele está aqui. Ele me quer. Eu quero ele.


Chame de plano B. Chame do que você quiser. Quem se
importa? Eu esperei tanto tempo. E daí se ele é todas as
coisas terríveis que ele é? Deixe-me ter minha única noite
com ele para que eu possa colocar esse desejo sem fim para
trás, e seguir o meu caminho feliz. Eu mereço isso.

— O que está esperando então?


Com os olhos arregalados eu o vejo levantar para longe
do meu corpo.

Completamente nu, seu pau duro como uma rocha e


com a camisinha devidamente colocada, ele ajoelha
montando em minhas coxas como uma espécie de anjo
vingador. Os músculos de suas coxas parecem fortes e
poderosos, os cabelos dourados brilham sob ao luar. Ele
envia uma rajada de emoções através do meu corpo só para
olhar para ele.

Com uma mão ele me levanta da cama, e com a outra


ele puxa a minha camiseta suavemente sobre minha cabeça.

— Porra, seus seios são perfeitos —, ele rosna, seus


olhos famintos neles.

Ele agarra os meus pulsos e os prende em cima da


minha cabeça. Por alguns segundos, ele fica me encarando,
gravando a imagem do meu corpo estendido, das minhas
mãos erguidas acima da minha cabeça. Então ele desce e tem
um mamilo na boca.

Eu suspiro pesadamente.

Ele lambe suavemente, e quando eu gemo ele chicoteia


sua língua sobre a ponta dura do meu mamilo. Eu arqueio
em sua boca e ele o chupa, saboreando. Ó Jesus. Ele não tem
ideia de quantos anos eu esperei para sentir isso. Minha
respiração fica pesada e irregular, meu corpo começa a
queimar de excitação quando ele continua chupando. Eu
movo minha cabeça de um lado para o outro. Eu quero dar
um gemido. Eu quero gemer. Eu preciso fazer algum tipo de
som, mas eu aperto meus dentes para me manter em
silêncio.

Observando com os olhos semicerrados, ele morde o


meu mamilo.

Meus olhos abrem e um suspiro involuntário é


arrancado da minha garganta.

Com o olhar fixo em mim, ele continua sugando até que


a fina linha da dor se mistura com prazer e assume uma
nuance diferente. Algo em mim começa a doer e pulsar por
mais. Eu sei que não posso ficar em silêncio por muito
tempo.

Eu olho para ele com olhos suplicantes.

— Eu vou fazer um som e alguém vai ouvir. — Minha


voz é rouca, irreconhecível.

— Eu já resolvo isso, Gatinha —, diz ele, levantando


minhas coxas ele arrasta minha calcinha pelas minhas
pernas. Faz uma bola com ela e enfia em minha boca. Eu não
posso imaginar como estou, as minhas mãos unidas acima
da minha cabeça e minha boca cheia com a minha própria
calcinha, mas algo primal e possessivo brilha em seus olhos
quando ele olha para mim.

— Mantenha essa posição. Eu quero ver seu corpo


submisso— ele ordena, quando ele solta meus pulsos.

Como um animal selvagem ele lambe minha boca, meu


rosto, meu pescoço, meus mamilos, meu umbigo até que meu
corpo fique em chamas. Finalmente, ele abre as minhas
coxas e pincela o dedo ao longo da minha fenda aquecida.

— Você está pingando, Gatinha — ele diz, e passa sua


língua ao longo da minha excitação.

Meus quadris se contorcem para cima e minhas mãos


agarram o lençol, enquanto ele hábil e surpreendente faz o
que ninguém mais já fez para mim: incita meu clitóris com os
dedos. Em seguida, ele coloca ambas as mãos sob as
bochechas de minha bunda e me levanta. Ele coloca seus
polegares nas dobras entre as minhas coxas e meu corpo.
Segurando como se estivesse em um banquete e mete sua
língua em mim.

A sensação é louca, mas, então ele faz algo que substitui


todo o resto. Ele coloca sua boca quente e úmida no meu
clitóris e chupa realmente duro, me fazendo jogar a cabeça
para trás em êxtase puro fazendo o meu corpo inteiro
levantar.

Eu me contorço e esmago o meu sexo em seu rosto


enquanto ele insere dois dedos dentro de mim. Eu começo a
ronronar como um gato. Ele continua chupando enquanto
bombeia seus dedos em mim até que eu arqueio novamente,
meus dentes apertando e meu orgasmo jorra
incontrolavelmente em sua boca. Ele parece fascinado e me
choca ver que quando estava gozando as minhas mãos estão
ainda obedientemente sobre a minha cabeça.

— É hora de alimentar essa boceta—, ele rosna, e antes


que eu possa formar qualquer tipo de pensamento, ele coloca
suas mãos em ambos os lados e une nossos quadris, me
penetrando completamente.

Eu grito com a velocidade com a qual ele movimenta seu


incrivelmente grosso pau em mim. Uma vez enterrado dentro
de mim ele fica completamente imóvel. Nossos olhos se
encontram. Meus olhos chocados e os seus estão nublados e
excitados.

— Você é tão apertada —, ele rosna.

Meu sexo ajusta e aperta em torno do seu eixo, eu


transcendo na sensação de estar tão cheia de Cash. Não tem
comparação. É muito, muito melhor do que qualquer dos
meus sonhos de menina ou mesmo as minhas fantasias mais
proibidas.

Estou tão ofegante que meu corpo enrijece.

— Relaxe— ele ordena, suas grandes mãos me


acariciando e enviando ondas de calor na minha pele.

—Continue. Não pare, — eu digo, soando sem sentido.

— Enrole suas pernas em volta de mim— ele exige.

Eu obedeço, meus quadris levantando fora do colchão.

Com os olhos presos nos meus, Cash entra em mim com


tanta força que me faz chorar. Ele sai e quando ele chega ao
meio caminho ele volta. Eu dou um gemido. Ele encontra um
ritmo constante, me batendo tão poderosamente, meu corpo
todo treme. É como se a cama estivesse balançando e
saltando.
Gemidos de prazer fogem da minha boca enquanto
esfrego meu clitóris em sua dureza. Incrivelmente todo o meu
corpo começa a comprimir mais uma vez, como se estivesse
prestes a gozar! Eu cavo meu calcanhar em sua bunda e grito
seu nome enquanto o meu corpo treme com a libertação.

— Vá em frente, Gatinha. Cavalgue em mim—, ele


rosna, os olhos febris enquanto ele empurra mais e mais
rápido.

As sensações que explodem dentro de mim são intensas


e incontroláveis, sua pélvis golpeia meu clitóris
implacavelmente. Eu sinto meus olhos rolarem para trás e
meus sentidos escaparem. Arfando de prazer me agarro a ele
com minhas pernas e meu mundo rompe. As contrações
continuam e continuam até eu perder a coordenação.

Meu corpo convulsiona e vagamente sinto que estou


sendo estendida, dobrada, pela forma que ele continua
batendo em mim. Mesmo que meu orgasmo tenha diminuído,
ele mantém meu corpo exausto na mesma posição, para que
eu possa sentir a pressão total da sua dureza contra mim.
Em seguida, é a vez dele: ele balança a cabeça para trás e,
com um baixo rugido gutural, força em mim uma última vez e
goza.

Minha mente ainda está girando, devido a intensidade


do meu clímax e minha vagina está tremendo quando ele nos
coloca de volta para a cama. Eu vou fazer algo que nunca fiz.
Eu protesto e agarro seus quadris para mantê-lo dentro de
mim. Descansando sobre os cotovelos ele puxa a calcinha da
minha boca.

— Eu penso que fui bem impressionante— ele murmura


em meu ouvido.

OMG! O pau de Cash ainda está dentro de mim.

— Sério? Eu vi mais ação nas aulas de tecelagem.

Ele ri baixinho. O som baixo ondula pelo meu corpo.

— Maldição menina, você é difícil de agradar. Você


gozou com tanta força que senti como se alguém detonasse
uma bomba em sua vagina.

— Preciso de um banho, — eu digo, e rolo para longe


dele.

Ele agarra meu ombro, vira em minhas costas, e sorri


descaradamente.

— Não se preocupe. Eu sou o tipo de sujeira que fica


impregnada, Gatinha. — Eu olho nos olhos dele. — Eu não
posso acreditar que fiz sexo com você.

— Se serve de consolo, você não tinha chances. A partir


do momento que vi você, eu sabia que não iria parar até que
você fosse minha.

Emoção formiga através da minha espinha e meu


coração acelera contra minhas costelas e eu não posso
pensar em nada, então eu apenas rolo meus olhos e finjo que
eu não me importo.

Ele salta da cama, joga a camisinha fora e começa a


puxar o seu jeans. Eu o encaro com incredulidade. É isso aí.
Ele teve o que queria. Todos os tipos de pensamentos e
cenários loucos formam na minha cabeça na velocidade da
luz.

Naquele instante eu decido que sim, ele teve o meu


corpo, mas eu nunca vou deixá-lo saber o quão louca eu sou
por ele. Ele nunca saberá que sua rejeição dói como uma
facada no peito. Ele quer ir, tudo bem, eu vou apenas dizer,
tchau e vou deixá-lo saber que ele significa tão pouco para
mim como eu faço para ele.

Pelo menos desta maneira eu vou deixar a casa de seu


pai com o meu orgulho intacto.

Ele nunca vai saber que eu o persegui durante anos ou


que a minha aparição nesta casa não é um ato aleatório do
destino. Mas, enquanto eu faço meus planos, ele vira para
mim, segura a mão, e diz:

— Vamos.
TORI

Apoio em meus cotovelos.

—Para onde?

—Até o telhado.

Eu viro a cabeça para um lado.

— É o humor britânico falando, ou é você falando em


código?

Ele balança a cabeça me zombando.

— A menos que meu pau esteja dentro de você, você


simplesmente não consegue obedecer às instruções, não é?

— Cuidado, menino-amante. Você está entrando em


território perigoso, — Eu o advirto.

— Gosto de viver perigosamente— ele diz, encolhendo os


ombros em sua camisa e fechando um par de botões.

— Você está falando sério sobre ir até o telhado? —


Pergunto.
—Claro.

—Por que você quer que a gente vá lá em cima?

— Fica mais fácil de empurrar se você for atrevida


comigo —, diz ele com um rosnado profundo.

— Ha, ha, engraçadinho.

—Você nunca foi lá em cima? — Ele pergunta


curiosamente.

— Claro que não. Sou como outros seres humanos. Eu


tendo a gastar o meu tempo sob telhados e não sobre eles.

— Vamos lá— ele insiste colocando seus sapatos. —Você


vai gostar. É bacana lá. Eu vou te mostrar o meu ultra-super-
secreto esconderijo de quando eu era um menino.

Por alguns segundos eu olho para ele indecisa, então eu


salto da cama, e deslizo minha camiseta por cima da minha
cabeça.

— Eu pensei que nunca diria isso, mas você precisa


usar umas calças, menina.

Eu sorrio para ele.

—Ainda há esperança para você, — eu digo e visto um


par de jeans.

— Pronta? — Ele pergunta.

Eu concordo.

Ele abre a porta e nós silenciosamente atravessamos ao


longo do corredor para os estreitos degraus que levam até o
sótão. As escadas rangem e eu congelo. Cash pisca para mim.
— Relaxe, você precisa bater com um bastão na cabeça
de meu pai, para acordá-lo. — Eu rio suavemente com o
pensamento do educado Sr. Hunter dormindo um andar
abaixo de nós.

No sótão há uma mesa, um par de armários e sacos de


lixo pretos com brinquedos antigos que Britney não teve
coragem de jogar fora. Tranquilamente, Cash empurra a
mesa, então é isso que está sob a janela de guilhotina. Ele
abre a janela e, colocando as mãos em ambos os lados da
moldura, ergue e vai para o telhado. Eu subo na mesa e Cash
oferece sua mão. Eu hesito. O telhado parece muito íngreme e
estamos a três andares.

—Tem certeza que isso é seguro?

—Não se preocupe, não vamos ter relações sexuais aqui.


Pelo menos não desta vez.

— Você poderia pegar leve apenas por alguns minutos,


— Eu resmungo.

—É você. Você desperta o animal excitado em mim. Toda


vez que vejo você, eu quero fodê-la sem sentido.

— E se as telhas quebrarem? — Eu digo preocupada.

— É perfeitamente seguro. Olhe, — diz ele e salta sobre


as telhas, fazendo um barulho de chocalho horrível.

— Uau, você está louco? — Eu sussurro assustada.

— Telhas de boa qualidade podem durar pelo menos


cem anos. Estes azulejos têm apenas quinze anos de idade.
— Ele move os pés em um círculo apertado. —Veja.
— Ok, Ok, — Admito rapidamente. — Só ... por favor ...
não faça isso, não mais.

Corando com uma emoção estranha, eu coloco minha


mão na sua.

Eu não tenho certeza se é porque eu poderia facilmente


acabar estatelada em uma calçada de Londres, ou porque
estou com Cash descobrindo algo sobre ele que não está no
ILoveCash.com.

Sem esforço, ele me puxa para cima e de repente estou


no telhado e perto de seu corpo. Sinto o calor saindo dele. A
noite é mais fria do que eu pensava.

— Eu te peguei— ele sussurra, seu hálito quente e


úmido contra a minha bochecha.

Aperto a mão nervosamente enquanto ele me leva


alguns passos em direção a chaminé. As beiradas quase
formam um assento e nos sentamos lado a lado, os nossos
corpos se tocando. As telhas são ásperas e fria debaixo da
minha bunda. Do canto dos meus olhos eu posso ver o quão
longe o solo é. Daqui de cima o pavimento parece muito duro.

Viro a cabeça e ele segura uma caixa de prata plana com


a tampa aberta.

No interior são cigarros enrolados à mão.

— A erva é boa —, diz ele.

— Eu não fumo.
Eu o observo extrair um cigarro e, colocando as mãos
em torno dele, o acende com um isqueiro. Ele traga
profundamente fazendo a ponta ficar vermelho-alaranjado.

Então, ele joga a cabeça para trás e exala a fumaça. Eu


assisto o prazer que ela dá. Ele dá mais um trago e vira a
cabeça para olhar para mim.

Envergonhada de ser pega encarando tão intensamente,


eu deixo meus olhos deslizar para o céu à noite, cheio de
estrelas e uma lua quase cheia.

— É bonito aqui—, digo suavemente.

—Sim, eu costumava vir aqui o tempo todo quando era


criança.

Viro para olhar para ele. Ele está olhando para um


ponto distante no horizonte. Ele não parece em nada com a
imagem de playboy.

—Sim?

— Uh huh. Eu tive que crescer rápido então costumava


vir aqui com um cigarro e revistas de sacanagem, olhar para
as estrelas e sonhar em ficar rico e famoso.

— E agora você é rico e famoso.

Uma expressão estranha cruza seu rosto.

—Sim. Agora eu sou rico e famoso.

— O que está errado?

Ele balança a cabeça.


— A grama é sempre mais verde do outro lado. Talvez
não seja o que eu pensei que iria ser.

— O que você achou que ia ser?

— Pensei que seria mais satisfatório.

Eu mordisco o lábio inferior.

—Como é que pode não ser satisfatório? Você está


levando a vida que a maioria dos homens mataria para ter.

Por um momento ele está em silêncio enquanto ele agita


as cinzas da ponta do cigarro e exala outra leva de fumaça.

— Não estou fazendo o tipo de música que quero fazer.

Eu fico olhando para ele e ele me olha de volta.

— Diga a verdade você gosta da minha música, Tori?

Eu dou de ombros.

— Acho que ninguém pode ter tudo.

Seu rosto fica neutro.

—Eu acho que não.

Estico minha mão, meus dedos em forma de pinça, e ele


desliza o cigarro entre meus dedos. Eu dou uma tragada.
Uau! Tem sido um longo tempo desde que fumei este
material. Ele tem razão. É bom. Eu expiro e fecho os olhos.

— Que tipo de música você quer fazer? — Eu digo, e


inalo novamente.

Já me sinto menos tensa. Mais relaxada. Eu acho que


realmente gosto desse cara.
Ele pega o telefone do bolso e percorre uma lista, então
ele encontra a música que ele quer que eu ouça.

— Deite e feche os olhos. —Eu me aconchego nele e


deito.

Ele coloca o telefone perto do meu ouvido.

— Quem é este? —, Pergunto.

— Disturbed, cantando The Sound of Silence.

— OK, — digo. Eu fecho meus olhos e no fundo,


assombrosamente uma bela voz jorra como um bálsamo em
meu ouvido. Suave. Suave. E assim eu sinto as lágrimas
começarem a se reunir na parte de trás dos meus olhos. Em
minha mente Cash está cantando. Enquanto a música
progride, a voz do homem se torna mais rica e mais rica e as
palavras ressoam no meu ouvido. Sob o céu noturno ao lado
de Cash, eu me tornei testemunha da escuridão de outra
pessoa. Finalmente, a voz do homem se torna empolgante e
poderosa, um grito crescente como o tipo de coisa que você
ouviria em um concerto de heavy metal.

Quando viro a cabeça, eu vejo Cash com outros olhos.


Eu pensei que veria o real e ele não viveria até a minha
fantasia, mas ele é ainda maior do que eu acreditava que
fosse.

— Por que você não faz música como essa, então? — Eu


pergunto suavemente.

—Minha gravadora não quer.

—Por quê?
— Os fãs não querem isso—, ele diz com um encolher de
ombros.

— Como você sabe que seus fãs não querem?

Ele suspira.

— Os fãs nunca querem algo diferente de você. Eles só


querem mais e mais do mesmo. Cada artista no cenário
atual, não importa o quão bem-sucedido, descobriu isso.
Quando eles produziram o tipo de música que achavam
especial, os críticos foram rápidos em acusá-los de estar se
entregando e seus fãs simplesmente não comprariam mais
seus cds.

— Mas se você não ama o que está fazendo ...

Ele joga fora o cigarro e ri, uma risada curta, amarga.

—Bem, Gatinha, todos nós temos que fazer coisas que


não queremos. Tenho certeza que todas aquelas pessoas que
trabalham em fábricas de processamento de frango ou
recolhem coisas para reciclar a partir de lixeiras prefeririam
não estarem fazendo esses trabalhos, por isso não posso
reclamar muito sobre cantar músicas adolescentes.

— Eles não têm uma escolha. Eles provavelmente iriam


passar fome, ou serem sem-teto se não fizessem. Você tem
dinheiro suficiente para ser corajoso.

Ele levanta e olha para mim, uma expressão estranha


em seu rosto.

— Coragem? Você quer ver a coragem?


Eu sinto medo no meu estômago. Ele acabou de fumar
um baseado. Nós estamos uma distância insana chão. Ele vai
fazer algo estúpido. Nós vamos morrer.

— Não seja idiota—, eu digo com firmeza.

Fixando os olhos em mim, ele levanta as mãos e começa


a andar para trás no telhado estreito em um tipo de
movimento de dança elegante.

— Pare com isso. Isso é estúpido, — eu grito, com a voz


cheia de pânico.

— Por quê? Você queria que eu fosse corajoso e isso é o


que significa a bravura quando você vai contra as gravadoras
de bilhões de dólares —, ele diz enquanto anda para trás.

— OK, entendi. ESTÁ BEM. Entendi. Agora pare. Por


favor. Você está me assustando.

— Olha, parada de mão — diz ele, e de repente está nas


palmas de suas mãos.

Com meu coração em minha boca, eu fico trêmula.

— Eu vou voltar, você é um idiota. Vá em frente e


quebre seu pescoço. Como se eu desse a mínima —, choro,
minha voz trêmula de emoção.

Ele fica em pé e me encara. Por alguns momentos, nós


estamos ambos de pé no telhado olhando um para o outro.
Então ele agacha.

— Não me olhe daquele jeito, baby.

— Sim, bem, — respiro, envergonhada pela minha


própria explosão. — Podemos apenas voltar para casa agora?
— Me desculpe, se eu te assustei— diz ele em voz baixa.

Envolvo meus braços em volta de mim e aceno.

—Desculpas aceitas.

—Lembra quando o Prince estava tão furioso com sua


gravadora que ele foi cantar com a palavra escravo, escrita
em seu rosto. Ele não estava brincando.

Eu abaixo até que sento novamente.

— Mas você pode criar algo original. Algo especial —,


digo sinceramente.

Ele balança a cabeça.

— As gravadoras não querem criatividade ou algo


especial de seus artistas. Na verdade, eles fazem de tudo para
poder nos igualar. Bonecos de merda, isso é o que nós somos.
Eles nos dão o tom, eles dão as palavras, eles até mesmo
montam os nossos passos de dança. Nós cantamos suas
palavras, e nos movemos conforme seus comandos e até
mesmo da nossa data de validade expirar, já começam a
preparação para nossas substituições.

— É exatamente por isso que você precisa seguir seu


coração. Você deve alcança as estrelas. Eu acredito que você
pode tocá-los porque você tem verdadeiramente um talento
único.

Eu inclino para trás contra a chaminé e ele caminha até


mim.

—Sua preocupação é tocante — ele diz baixinho. -


Obrigado.
Abro a boca para negar que eu me importo, mas eu não
posso. Não quando os seus olhos estão tão despidos e
sinceros. Por alguns segundos, nenhum de nós se move.
Então a máscara retorna e ele é Cash Hunter, a estrela, a
celebridade, o irrepreensível bad boy novamente. Ele coloca o
dedo debaixo do meu queixo e sorri descaradamente.

— Pronto para outra rodada na tecelagem? — Ele sorri


maliciosamente.

— Não — sussurro, mas meus olhos encaram para os


lábios avidamente.

— Porra —, diz ele, arrastando o polegar ao longo do


meu lábio inferior. — Você está me deixando louco, Gatinha.
Eu não posso nem raciocinar quando você olha para mim
assim. Tudo o que eu quero fazer é enterrar meu pau dentro
de você. — Ele arrasta seu polegar ao longo meu lábio
inferior.

Eu fico olhando os poços ardentes de fogo verde à


medida que se aproximam perto. Faíscas voam entre nós.
Sua boca é quente e tem gosto de fumaça. Eu pensei que iria
odiar, mas é sexy. Tudo sobre ele é irritantemente sexy.
Nossos lábios se encontram. Eu fico olhando para ele. As
mechas de cabelos castanhos na altura dos ombros caindo
sobre o seu pescoço forte. Estendo a mão e enrolo uma
mecha sedosa em volta do meu dedo.

— Que shampoo que você usa? — Eu sussurro em


transe hipnótico.

Ele sorri.
— Algo chamado Ten Voss. Por quê? Esta te excitando?

— Que se foda.

— Excelente sugestão—, ele rosna e, colocando a palma


da mão nas minhas costas, me puxa para perto de seu corpo.
Eu sei que eu nunca vou esquecer esse momento por quanto
tempo eu viver. Quando subi no telhado e compartilhei algo
real com Cash Hunter.

Ele me ajuda a descer do telhado, através da janela.

Eu me seguro nele. Em seguida, caminhamos pelo


corredor, silencioso como ratos. Na porta do meu quarto eu
me viro para encará-lo. Eu vejo o seu olhar.

—Cash …

— Uh ... hein?

— O que aconteceu entre nós antes foi uma espécie de


insanidade temporária. Eu .... Nós realmente não devemos
mais fazer isso. É ... er ... não está certo. Eu ... bem ...
trabalho para o seu pai, — gaguejo.

— Você tem razão, não devemos fazer novamente—, ele


murmura quando passa por mim, abre a porta e me empurra
para dentro.
TORI

Ele fecha a porta com o calcanhar e nossas bocas se


encontram, nossas línguas se enroscam, e as nossas mãos
puxam e tiram as roupas um do outro em um frenesi
selvagem.

Então estamos nus. Seus dedos são como fogo na minha


pele. Em toda parte, que ele toca, queima. Eu pressiono o
meu corpo nu em sua dureza e me esfrego contra ele. Ele me
empurra para trás até que caio na cama.

Presa em um beijo, vagamente ouço o som de um rasgo


de pacotes de preservativos.

Nossas bocas fazem um som de sucção enquanto ele se


afasta. Ele pega um travesseiro e coloca na cama.

— Não há ninguém para salvá-la agora—, diz ele


densamente, e me vira. Meu rosto cai no travesseiro.
—Levante sua bunda mais alto e me mostre sua boceta,
— ele ordena.

Eu obedeço, espalhando as minhas pernas o mais amplo


para dar uma visão melhor.

— Olhe para isso. Quente, molhada e pronta. Espalho


as minhas pernas abertas, ele fica entre elas e me fode com o
dedo. Um rio de fogo e de prazer corre pelas minhas veias
quando minha excitação explode e molha a mão e a cama.
Meu orgasmo é imediato e chocantemente explosivo. Eu
mordo o travesseiro para manter o meu grito abafado.

Possessivo, ele agarra minha bunda e mantém o polegar


preso dentro da minha boceta enquanto as ondas de
excitação correm do meu núcleo para as pontas dos meus
dedos das mãos e pés. Eu ouço sua voz ao longe.

Agarrando as bochechas da minha bunda ele empurra


para dentro de mim. Grosso, quente e incrivelmente duro.
Parece demorar uma eternidade para mim. Finalmente, ele
está em mim, eu o espremo e ordenho seu pênis com a minha
boceta. Meus músculos dançam ao redor de seu pau que
estremece através dele e pulsa dentro de mim.

—Maldição—, ele diz com uma voz sensual, e começa a


ferozmente estocar na minha boceta.

—Oh, sim. — Eu assobio.

Com os ombros tensos e seu pescoço e peito vermelhos,


ele me fode duro, ele goza dentro de mim.

— Isso foi surpreendente, —Eu ofego, olhando para ele.


Puxando para fora de mim, ele agacha entre minhas
pernas e para minha surpresa, eu sinto sua língua quente e
aveludada, lambendo minhas dobras molhadas, sua boca me
sugando.

—Oh Deus! Mais uma vez? — Eu grito.

— Eu vou fazer a sua doce boceta dolorida gozar tão


forte, que você não vai ser capaz de respirar—, diz ele e
espalha minha fenda com quatro dedos de suas mãos
mágicas. Ele fica envolto em meu calor, na minha essência,
na minha carne. Até que eu chego ao clímax novamente.
Quando os tremores secundários desaparecem, ele puxa para
cima, para mim.

— Boa — eu sussurro.

Ele ri.

— Eu tive nota A, em boceta Premium. Eu poderia


passar o dia todo tecendo.

Viro a cabeça para olhar para ele.

— Você percebe que seu polegar ainda está dentro de


mim?

Ele sorri.

—Sim. Bocetas são onde eu fico.

— Você se importaria de retirá-lo? — Eu peço em um


sotaque tipicamente britânico, que o faz rir. — Só se eu for
substituí-lo com meu pau.

—Puta merda. O que você é? Um viciado em sexo ou


algo assim? Você não teve o suficiente?
—Você está de brincadeira? Eu mal comecei.

— Ah, é? —Eu olho para baixo e seu pau já está ereto.

Eu rolo para o meu lado e agacho ao lado de seu corpo.

— Você sempre pensa em qualquer outra coisa, que não


seja transar? — Eu pergunto, envolvendo minhas mãos em
torno da base de seu pênis.

— Às vezes eu penso em fazer cestas— ele diz com um


sorriso diabólico.

—Eu quero te provar, — eu sussurro.

— Eu não vou discutir com isso.

Curvando minha cabeça, eu lentamente envolvo todo o


comprimento do seu eixo com a minha boca.

Ele geme.

— Eu amo ver meu pau desaparecer em seu rosto


bonito.

Eu olho para ele e lentamente, muito lentamente,


começo a engolir seu pênis. Polegada por polegada eu o deixo
entrar na minha garganta.

—Oh merda. Que sensação incrível — ele geme.

Ele segura a minha cabeça com as duas mãos e começa


a foder minha boca. Pré-sémen escorre pela minha garganta e
flui para fora dos lados da minha boca.

—Eu vou gozar —, ele adverte.

Eu agarro seus quadris e sugo cada vez mais forte. Os


músculos em suas nádegas tensas quando ele começa a
perder o controle e seu balanço fica mais rápido e mais
frenético. Com as mãos segurando a cabeça, ele enche a
minha boca com seu gozo.

Eu olho em seus olhos e engulo. Depois engulo de novo


quando ele jorra mais em mim.

—Uau. Isso foi incrível — diz ele, me puxando para cima


a sua boca. Nós nos beijamos. É tão suave, a minha
respiração para. O beijo termina e eu percebo que estou
deitada, minhas mãos entrelaçadas em volta do seu pescoço.
Eu olho para o seus lindos, olhos lindos.

— E sobre Tori? Conte sobre ela —, ele pergunta.

Eu não quero falar sobre mim. Eu não quero estragar o


momento com mentiras.

— Estou realmente cansada. Eu acho que deveria ir


dormir.

Sua expressão fica cautelosa.

— Claro, querida, mas eu vou perguntar novamente.

Eu vejo ele se vestir. Ele vem para a cama e olha para


mim.

— Podemos manter isso em segredo? — Eu pergunto


suavemente.

Ele toca meu cabelo.

— Eu nunca conheci uma garota que queria ser meu


segredo sujo —, ele brinca gentilmente.

— Eu prefiro que a Britney não descubra agora.


Seus olhos estreitam.

—Por quê?

Eu mordisco o lábio inferior.

—Eu não posso explicar adequadamente de uma forma


que faria sentido para você, mas encontrei um vínculo esta
noite e eu acho que ela vai sentir que não posso ser confiável
com todos os seus segredos se descobrisse que estávamos
fazendo sexo. Isso faz algum sentido?

Ele balança a cabeça.

— Certo. Minha irmã é uma menina complicada, mas


quanto tempo você está pensando em manter isso em
segredo?

— Só até que ela se sinta segura. Talvez alguns dias.


TORI

O alarme foi definido para oito horas. Eu acordei grogue


e não revigorada, e quase imediatamente senti o cheiro de
Cash nos meus lençóis. Uau! Não foi um sonho. Por mais
alguns minutos, eu abraço meu travesseiro e recordo a noite
passada. Rastejando no escuro, compartilhando uma ligação
no telhado, voltando para minha cama. Calor sobe por meu
rosto quando eu penso sobre como fui ousada. Como foi
incrível. Poderia esta ser realmente minha pequena vida?

Depois de um tempo, eu me arrasto da cama e entro no


chuveiro. Vestindo meu uniforme habitual de camiseta e
jeans, subo um andar e bato na porta de Britney.

— Vá embora, — uma voz sonolenta resmunga.

Abro a porta e entro em seu quarto.

Ela senta e quando me vê, sorri para mim.


— Desculpe, eu pensei que você fosse a Jacinda. Ela
está sempre tentando limpar meu quarto quando estou
tentando dormir.

Vou até a cama.

— Sou só eu. Eu queria ter certeza que você estava bem.


Como se sente esta manhã?

— Excelente, — diz ela um pouco contente demais, e dá


um tapinha em sua cama. — Sente. Quero falar com você.

Sento na beira da cama.

— Você não vai contar ao papai sobre o que aconteceu


ontem à noite, vai?

— Claro que não, — eu digo.

Uma expressão de alívio passa sobre seu rosto.

— Oh bom. Obrigada. Afinal de contas, nada de ruim,


nem muito ruim, aconteceu, então não há necessidade de
preocupá-lo.

— Se você quiser falar sobre qualquer coisa, estou aqui,


OK?

Ela olha para o padrão de rosas cor de rosa bordadas


em seu edredom, sua expressão indecisa, antes que ela olha
para cima com um sorriso determinado em seu rosto.

— OK. Obrigada.

— Bom. Quer tomar café da manhã comigo?

Ela sorri.

— Sim, eu definitivamente quero.


— Então vamos.

— Me dê cinco minutos, — diz ela e salta energicamente


da cama. Eu caminho até a janela e fico olhando para o
jardim. Não é um belo jardim. Ninguém nesta casa se
preocupa com ele. Alguém vem para cortar a grama e aparar
as sebes, e a parede alta de arbustos de 2rododendros no
fundo do jardim de flores morre despercebida.

Britney sai em menos tempo do que me leva a espremer


o creme dental na escova. Descemos as escadas juntas,
enquanto ela tagarela sobre uma de suas amigas mal-
intencionadas. Para ser honesta, eu tenho que concordar com
ela. Encontrei a menina uma vez e não gostei dela nem um
pouco.

O salão de café da manhã está repleto com a luz do sol,


vinda da claraboia. Cora já tirou todas as coisas para o café
da manhã. Nós deixamos cair nossas fatias de pão na
torradeira e enquanto estamos esperando por elas enchemos
nossos copos com café.

Sentamos em frente uma da outra na longa mesa. Eu


passo manteiga na minha torrada e cubro com geleia de
mirtilo enquanto Britney mal espalha manteiga em sua fatia e
uma quantidade ainda menor de 3Marmite. Eu posso sentir o
cheiro de onde estou sentada. Ugh. Como isso é mesmo
comida?

2
Planta da mesma família das azaleias.
3
Marmite (vendido na Austrália com o nome de Our Mite) é um dos produtos alimentares britânicos mais
populares. Está na categoria dos alimentos intensificadores de sabor e é muito empregado como pasta
para untar torradas.
— Papai está me levando para almoçar no Groucho
Club. Você quer vir conosco?

Eu mantenho minha torrada suspensa na frente da


minha boca.

— Você se esqueceu, Brit? Eu volto para minha tia todo


segundo sábado. Estarei de volta domingo à noite.

— Oh, — diz ela, seu rostinho enrugado. — Que horas


você vai?

— Logo após o café da manhã. Minha tia está me


levando a uma feira de antiguidades.

— Oh, — diz ela como estar sendo arrastada por uma


feira de antiguidades fosse algo que ela quisesse fazer toda a
sua vida.

Eu sorrio.

— Britney Hunter? Você odeia antiguidades!

Ela morde em sua fatia de torrada.

— Sim, eu sei, mas eu odeio mais estar aqui sozinha.

— Você não precisa estar aqui sozinha. Por que você não
pede a Natalie para vir?

— Natalie está na França.

— Certo, e Victoria?

— Nah. Não se preocupe comigo. Eu provavelmente vou


pintar durante toda a tarde.

Tomo um gole de café.

— Como é que você nunca me mostrou seu trabalho?


Ela morde o lábio inferior.

— Eu nunca mostrei a ninguém.

Olho para ela.

— Por que não?

Ela encolhe os ombros.

— Mas eu vou te mostrar. — Ela faz uma pausa. — Se


você tiver um tempo.

— É claro que eu tenho tempo, — digo imediatamente.

— Só se você quiser.

Eu olho em seus olhos.

— Eu quero, Brit.

— OK, — ela diz e uma alegria simples, infantil enche


seu pequeno rosto.

Nós terminamos nosso café da manhã e subimos as


escadas. Passamos pelo quarto que leva ao sótão onde Cash e
eu estivemos na noite passada, e vamos para o último quarto.
Carrega um sinal de crânio e dos ossos transversais nele.
Quando eu fui apresentada primeiramente ao redor da casa
este era um quarto que eu não entrei. Ela para na frente dele
e vira para mim.

— Estou muito nervosa.

— Se isso ajudar, eu não sei desenhar.

Ela ri.

— Ok. Eu confio em você. Você sempre diz a verdade.


Eu sinto minhas orelhas ficando vermelhas. Ela vira e
coloca uma chave na fechadura e gira a maçaneta. É um
quarto grande bastante arejado com um piso de madeira nua.
Há um manequim colocado em um canto, um cavalete alto no
meio do quarto, e uma enorme poltrona de veludo vermelho
escuro junto à janela. No chão ao lado da cadeira estão
pacotes vazios de batatas fritas, invólucros de chocolate
descartados e um par de romances policiais. Ao longo das
paredes há muitas telas alinhadas com a parte de trás virada
para o quarto.

— Este é o meu quarto secreto, — diz ela em voz baixa.

Eu me viro para olhar para ela.

— Eu amei ele.

Ela sorri.

— Eu também.

— Venha, então. Mostre sua arte.

Eu a sigo até as telas alinhadas contra a parede e, uma


a uma, ela as mostra para mim. Não digo nada. Basta olhar
para cada uma com cuidado. Elas são lindas, mas muito
estranhas, e me deixam com um sentimento de mal-estar. A
maioria delas são imagens de seres humanos inacabados ou
humanos com buracos cortados de seus corpos e crianças
enroladas dentro dos espaços vazios. Outras figuras são
brancas com traços característicos contra um fundo escuro.
Eles têm uma corda, como um cordão umbilical saindo deles.
— Bem? — Ela pergunta, quando eu olhei para a última
pintura.

— Eu acho que elas são estranhamente bonitas. Não


quero dizer que elas são uma caixa do chocolate bonita, mas
elas têm um monte de paixão e elas são diferentes.

— Sério?

— Absolutamente. Eu não sei muito sobre arte, mas


estas são boas. Eu nunca vi nada como isso antes. Elas são
completamente originais.

— Obrigada, — ela sussurra.

— Quem são essas pessoas? — Pergunto apontando


para as pessoas sem feições.

— Eu, — ela diz simplesmente.

Eu olho para ela com curiosidade.

— O que você quer dizer?

— É como eu me sinto às vezes. Inacabada. As partes


mais importantes de mim faltando.

— Oh, Brit, — Eu sussurro suavemente, meu coração


quebra por ela. Sua arte é a manifestação externa de seu
conhecimento instintivo de que algo está faltando ou perdido
dentro dela.

Ela balança a cabeça.

— Eu não quero que você tenha pena de mim.

— Vem cá, Billy boba.


Ela dá um passo em minha direção e eu acaricio seu
cabelo. Estranho o quanto carinho que tenho por ela agora
que eu vi o real dela.

— Eu não tenho pena de você, — eu digo a ela. — Você


tem tudo. Você é linda, você é talentosa, você tem uma
família que ama muito, você tem amigos, você tem um fundo
fiduciário, mesmo que nunca trabalhe um único dia em sua
vida, você nunca morrerá de fome ou ficará sem casa. Por que
eu teria pena de você?

Ela me olha como se não pudesse acreditar que eu quis


dizer o que eu disse.

— Na verdade, eu gostaria de ter metade do que você


tem, — eu digo a ela honestamente.

— Não, você não gostaria.

— Na verdade eu gostaria. Você sabe que você é mais


sortuda do que qualquer outra pessoa que eu conheço?
Designer de roupas e sapatos, aulas de música, férias caras.
Você só tem que abrir a boca e pedir para ele e é seu. Não é
assim para mim. Eu tive que arranjar empregos de verão para
conseguir as coisas que queria. Quando eu voltar vou ter que
pegar um empréstimo estudantil só para completar meus
estudos. Uma dívida que vou gastar uma grande parte da
minha vida profissional para pagar de volta.

Ela não disse nada, mas eu posso ver que ela está
pensando sobre o que eu disse.
— Quando eu era jovem o meu pai me contou uma
história e isso mudou a maneira que eu pensava sobre as
coisas. Você quer ouvi-la?

— Sim, por favor, — ela diz rapidamente.

— Foi sobre esses gêmeos. Um deles era um eterno


otimista. Não importa o quão ruim a situação era, ele sempre
encontrava uma razão para ser feliz, e o outro era o eterno
pessimista. Ele faria o oposto e encontrava algo para estar
triste, não importa o quão boa era a situação.

— Então, um dia, seu pai decidiu ver se ele poderia


mudar suas atitudes. No aniversário dos meninos, ele encheu
o quarto do pessimista com todos os brinquedos imagináveis.
Ele praticamente comprou ao seu filho uma loja de
brinquedos. Então encheu o quarto do optimista com esterco
de burro. Apenas uma grande pilha fedorenta de estrume no
meio do quarto da pobre criança. Quando os meninos vieram
para casa da escola, o pai disse:

— Meninos seus presentes de aniversário estão em seus


quartos.

— O pessimista correu para seu quarto e começou a


repreender seu pai por ter comprado tantos brinquedos. Ele
reclamou e chorou sobre como ele nunca teria tempo
suficiente para brincar com todos eles. Na outra sala, o
otimista começou a pular pelo monte de esterco, rindo. —Woo
hoo, — ele cantou alegremente. —Há um pônei por perto.
Tem um pônei por perto.

Britney ri.
— Eu gostaria de ser o menino do pônei em sua história.
Ele é fofo.

— Você poderia ser, — eu digo a ela suavemente.

— Obrigada pela história. É uma boa.

— De nada. — Eu olho para o meu relógio. — Eu tenho


que ir. Minha tia está esperando por mim. Vamos conversar
novamente quando eu voltar no domingo, OK?

— OK, — ela diz lentamente.

Eu começo a caminhar para a porta.

— Tori, — ela chama. — Lamento que você tenha que


fazer um empréstimo estudantil só para terminar seus
estudos.

Eu sorrio para ela.

— Tudo bem. A maioria das pessoas tem que fazer, Brit.


Apenas seja grata por tudo o que tem.

— Meu irmão gosta de você, você sabe.

— O que? Por quê? — Whoa, que saiu como guinchos


muito agudos. Eu limpei minha garganta. — Er ... o que te
faz dizer isso?

— Todo mundo sabe que você só é empurrada para a


água por uma garota que tem inveja de você, ou um cara que
tem estado excitado por você.

— Oh.

— Você gosta de meu irmão?

— Um ... eu realmente nunca pensei sobre isso.


— Sério? A maioria das garotas não consegue parar de
pensar nele.

— Bem, ele deve estar muito cansado de tudo, então. —


Eu olho para o meu relógio. — Eu tenho que ir.

— Divirta-se com sua tia.

— Eu vou. Você tenha um agradável almoço com o seu


pai.

— Tchau.

— Tchau.
TORI

Eu pego o metrô para Waterloo e depois pego o trem


para a estação de Virginia Water.

O trem está quase vazio e eu sento em um vagão com


outra pessoa e olho pela janela sem ver. Minha mente agitada
com pensamentos. Às vezes eu pego meu reflexo sorrindo
como uma tola apaixonada. Eu pergunto o que ele deve estar
fazendo. Provavelmente, ainda na cama. Eu penso em seus
lábios descendo pelo meu estômago, beijos vibrando como
borboletas.

Quando o trem chega a Staines eu ligo para minha tia, e


pelo tempo eu saio da estação de Virginia Water ela já está
esperando no estacionamento. Eu arremesso minha mochila
no porta malas do carro e entro no banco do passageiro.

— Você está bem? — Ela pergunta, sorrindo para mim e


girando a chave na ignição.

Eu sorrio de volta.
— Sim. Você teve que esperar muito tempo?

— Não, acabei de chegar aqui.

— Então, onde fica esta feira de antiguidades?

— No Runnymede Hotel. É apenas dez minutos de


distância. Espero encontrar algo especial para o aniversário
da sua mãe.

— Eu também espero, — digo, e de repente sinto falta da


minha mãe. Pego meu celular e envio uma mensagem para
ela.

Eu te amo, mãe. <3x

Sua resposta é instantânea.

Eu também. Te amo com todo meu coração, minha


querida. Ligue amanhã. Estamos na casa do vovô. Envie à sua
tia meu amor. <3 <3 <3

— Mãe envia seu amor. Ela está na casa do vovô, — eu


digo a minha tia.

Ela sorri.

— Vou ligar para ela amanhã.

Seu telefone toca e ela o ajusta na orelha e diz:

— Alô.

Com um suspiro eu me viro para olhar pela janela.

Virginia Water é uma área fora da cidade e


apropriadamente estamos ladeados em ambos os lados da
estrada arborizada por mansões enormes. Minha tia sempre
diz que sua família é a mais pobre em Virginia Water. Meu tio
comprou sua propriedade por uma quantia impensável de
£220.000 vinte anos atrás, antes de se tornar o paraíso
imobiliário para os garotos da cidade. Agora, sua casa vale
mais de £ 2,2 milhões.

— Um dia eu vou vender a minha casa e ser uma


milionária, — ela sempre brinca.

Menos de dez minutos depois de atingimos a A30,


chegamos a Runnymede Hotel. Eu caminho atrás de minha
tia de mesa em mesa olhando para bugigangas que eu teria
alegremente jogado fora, mas que aparentemente ainda é
considerado de valor.

Uma xícara de porcelana lascada que uma mulher


queria por £5,00, uma boneca empoeirada com um rosto
riscado por £20,00, toalhas de mesa amareladas, um boá
roxo de penas, mas nada disso interessa a minha tia. Ela está
determinada que vai encontrar uma joia nesse lixo e ela está
certa. Nós, bem, ela finalmente encontra um surpreendente
broche de pino Cameo Victoriano com pérolas que eu sei que
a mãe vai adorar. Minha tia pechincha e consegue um
desconto de £7,00. Eu ofereço mais £30,00 e o vendedor
envolve e coloca em um saco para mim.

Depois almoçamos no hotel, seguimos para sua casa.


Minha priminha, Tabitha, que tem oito anos vem correndo do
jardim ao lado. Ela está vestindo seu traje de banho e seu
cabelo está com tranças.

— Venha dar um mergulho, tia Tori, — ela implora.


— Estou muito cansada. Eu não dormi bem na noite
passada e agora que eu tive um grande almoço acho que vou
tirar um cochilo por um par de horas, mas olha o que eu
tenho para você.

— O quê? — Ela pergunta animadamente.

Ela foge depois que dou a ela um pacote de ursinhos de


goma. Eu me jogo no sofá e adormeço quase imediatamente.

Eu acordo com o som da voz em pânico da minha tia me


chamando.

— Há uma grande Lamborghini preta estacionando fora


da casa.

Eu pisco sonolenta.

— Céus, um homem que parece muito com Cash Hunter


está saindo dele.

Eu sento ereta.

— O que?

Minha tia se afasta da janela e olha para mim, seus


olhos brilhando com curiosidade.

— Parece que ele está vindo para cá, Tori.

Olho para minha tia com olhos horrorizados.

— Você gostaria de se refrescar primeiro, ou você está


bem com ele vendo você com baba no seu rosto? — Pergunta
ela calmamente.

Com um grito eu salto e subo as escadas.


No topo das escadas que ouço minha tia diz
graciosamente,

— Entre. Ela está lá em cima. Vou chamar.

Ela, então, finge chamar das escadas.

— Tori, você tem visita.

Corro para o banheiro e minha tia está certa. Eu pareço


uma bagunça. Com os dedos trêmulos, eu apressadamente
arrumo o meu cabelo, jogo um pouco de água fria no rosto e
passo um pouco de brilho labial e pulverizo algum perfume
de uma garrafa de vidro. Demasiado tarde eu percebo que é
ambientador. Merda. Eu tento lavar da minha pele o melhor
que posso antes de eu descer.

— Olá, — cumprimento, com um pequeno balançar


estranho da minha mão direita. Cash parece um deus vivo na
sala de estar da minha tia. Ele deixa seus olhos vagarem por
meu corpo. Maldito seja ele. Eu sinto minhas bochechas
começarem a ruborizar e minha frequência cardíaca subir.

Minha tia sorri para mim.

— Estou prestes a fazer um chá. Vocês dois gostariam


de um pouco?

— Isso é muito gentil, Sra. Carter, mas eu esperava


levar Tori para um piquenique.

As sobrancelhas de minha tia sobem até a linha de seu


cabelo.
— Oh. Sim, claro. Que ideia esplêndida. Sim, sim, vocês
devem aproveitar este tempo bom. Isso é se Tori estiver feliz
com a ideia, é claro.

Sinto que ambos os olhos se voltam para mim.

— O que você tem em sua cesta de piquenique? —


Pergunto.

Ele sorri.

— Eu não faço ideia. Pedi a cesta de piquenique deluxe


da minha delicatessen local.

— Isso vai servir, — eu digo com um sorriso.

— A que horas você vai trazer Tori de volta?

Eu lanço um olhar para minha tia que diz que não


tenho mais doze anos.

— Brincadeira, — ela diz com uma risada.

Cash e eu fingimos rir com ela.

— Certo, nós deveríamos ir, — diz Cash.

— Eu te ligo mais tarde, — eu digo a minha tia.

— Por favor, ligue, — ela diz com ênfase, enquanto ela


caminha conosco até a porta da frente.

Ela permanece na porta e observa enquanto


caminhamos pela entrada.

Há pelo menos meio-pé entre nós.

Eu sorrio para ele.

— Então, como você me encontrou?


— Você lembra de responder a uma pequena pergunta
chamada parente próximo em seu formulário de emprego?

Eu concordo.

— Eu pensei que a informação era pessoal e


confidencial.

— Escorreguei nessa categoria na noite passada quando


estava comendo você. Agora pode ser uma boa ideia acenar
para sua tia, docinho.

— Não me chame assim, — eu digo, enquanto me viro


para acenar alegremente para minha tia.

Minha tia acena de volta.

Quando eu viro, Cash também está acenando para


minha tia.

Ele abre a porta do carro e eu entro no interior preto.


Dentro dele é todas as linhas lustrosas e tão super
masculinas, eu me sinto um pouco como Naomi Watts
quando ela foi carregada pela palma da mão do King Kong,
palma de mão de couro.

— Gostei, — eu digo.

— É sempre bom quando uma menina está


impressionada com o seu... equipamento, — ele diz com um
sorriso predatório.

— Você sabe que às vezes eu fantasio em dar uma


bofetada em você?
Ele ri e liga do motor. O rugido é incrivelmente Alpha.
Entendo porque estes tipos de carros são padrão para os
homens bem sucedidos no mundo inteiro.
TORI

— Onde está a sua segurança? — Eu grito por cima do


barulho do motor.

— Vamos apenas dizer que eles ainda estão em algum


lugar na M25 dirigindo em um Range Rover SUV padrão e
esperando eu chegar aonde eu estou indo em uma única peça
para eles não terem que procurar um novo empregador
amanhã, — ele diz dando um sorriso largo.

— Por que você faria algo tão egoísta e juvenil?

— Você não entenderia, mas às vezes sinto que estou


vivendo em uma bolha. Não posso ir a lugar nenhum como
uma pessoa normal. Quando estou nos Estados Unidos, nem
posso caminhar até o meu carro, tenho que correr rodeado
por musculosos em ternos. Hoje eu queria apenas ser
qualquer cara levando uma menina em um encontro.

— Para onde estamos indo? — Pergunto.

— Pennyhill Park, — diz ele.


— Muito elegante, — eu digo.

Minutos mais tarde, chagamos em um impressionante


conjunto de portões pretos e dourados. A propriedade é
bonita com árvores maduras e centenas de coelhos correndo
em volta. A estrada sinuosa leva a uma mansão estupenda.
Cash desliga o motor.

— Uau! Isto é incrível, — exclamo.

— Não é? — Ele diz enquanto aperta um botão. As


portas deslizam para cima e eu saio e olho em volta com
admiração.

— Pensei que estávamos fazendo um piquenique.

— Nós estamos. No nosso quarto de hotel.

Ele estende as chaves do carro a um manobrista


uniformizado e diz sobre a cesta de piquenique que precisa
ser trazida para dentro. Em seguida, estende seu braço para
mim.

Com um pequeno sorriso eu seguro. Sinto como se


estivesse em um sonho. Como é possível que isso esteja
acontecendo comigo? Uma pequena voz zomba.

— Melhor aproveitar, Docinho. É tudo baseado em um


pacote de mentiras e isso vai vir desabar sobre sua cabeça
muito em breve.

— O quê? — Cash pergunta quando estamos no pórtico


de pedra grande.

— Eu não disse nada, — eu digo.

— Sim, você disse. Você disse não.


— Oh. Eu não quis dizer isso. Apenas esmagada pela
beleza deste lugar, eu acho, — minto rapidamente.

À medida que caminhamos para a grande recepção com


a sua lareira de pedra maciça, eu tenho o primeiro indício de
como é a vida de celebridades. Os sorrisos largos, a polidez
excessiva, os olhos brilhantes, o não pode fazer é muito para
sua atitude. Somos apresentados a Heywood Suite, que é
ricamente decorada em tecidos opulentos.

— Esta é a única suíte com seu próprio terraço privado,


— diz o carregador quando abre a porta do terraço. Dou um
passo para fora e a vista do hotel tira o meu fôlego. Eu fico lá
fora admirando a vegetação exuberante enquanto Cash dá
gorjeta ao carregador e fecha a porta. Ele vem para ficar atrás
de mim.

— Você gosta disso?

Eu viro para encará-lo. Ele tirou a jaqueta de couro e o


magnetismo do homem me atinge como uma parede de
tijolos.

— O que há para não gostar? É, sem dúvida, bonito.

— Aparentemente, é muito popular entre os recém-


casados e as pessoas que comemoram ocasiões especiais
como nós, — diz ele.

— É uma ocasião especial?

— Existe alguma razão pela qual não deveria ser? — Ele


pergunta suavemente, avançando sobre mim. Eu sei que
continuo dizendo isso, mas ele realmente é muito gostoso. —
A menos que você tenha algum segredo escuro profundo que
está escondendo de mim? — Ele termina.

Eu sinto a cor drenando do meu rosto.

— Por que você diria uma coisa assim? — Pergunto.


Minha voz é estridente e em pânico.

— Eu não sei. Você me diz, — diz ele em voz baixa.

Dou um passo para trás, nervosa.

— O que você quer dizer?

— Como um namorado, talvez?

O alívio que flui em meu corpo é indescritível. Oh,


graças a Deus. Afinal de contas, não vou ser horrivelmente
exposta a quilômetros de distância de qualquer lugar, depois
de tudo. Exultante, eu bato ar com a mão direita como se
estivesse espantando uma mosca, ou ele acaba de expressar
a ideia mais louca que eu já ouvi.

— Eu? Namorado? Quer dizer, Pffff.

Ele olha para mim com curiosidade e percebo que é


possível que minha reação tenha sido um pouco acima do
normal.

Eu respiro fundo.

— O que eu quis dizer é que não é especial porque nós


estamos apenas enganando os outros. Certo?

— Sim, estamos apenas enganando, — ele diz enquanto


me agarra e me joga sobre seu ombro como um saco de
batatas. Ele me leva até o quarto e me joga ainda gritando e
protestando em uma cama enorme.

— Sexo à tarde em um quarto de hotel? É um pouco


decadente mesmo para você, não é? — Eu dou risada.

Ele agarra meu pé direito, tira minha sandália preta, e


joga atrás dele.

— É um trabalho árduo, mas alguém tem de fazê-lo, —


diz ele, agarrando o meu outro pé.

Eu desabotoo meu jeans.

— Não coloque a sua volta na minha conta, — eu digo


enquanto se eu me livro dela.

— Meu pau nunca me perdoaria se eu não me esforçar


para o trabalho, — ele responde, agarrando as bainhas da
minha calça jeans e puxando pelas minhas pernas antes dele
atirá-la em algum lugar atrás dele.

Eu agarro a ponta da minha camiseta e puxo sobre


minha cabeça.

— Você fala como se seu pau tivesse uma mente


própria.

— Regra número um. Todos os paus têm uma mente


própria. Qualquer homem que diz o contrário, ele é um
fuckboy mentiroso, filho da puta, — diz ele, puxando o meu
sutiã aberto, e atirando-o para baixo.

Eu ligo meus dedos no cós da minha calcinha.

— O que é um fuckboy?
— Fuckboy: tipicamente, um homem que se refere a
suas conquistas como contagem de seu corpo, espera o sexo
depois de comprar uma refeição barata, mensagens, ou pior
se transforma em sua casa durante as ligações por besteiras
por horas.

— Desculpe, — eu interrompo, completamente nua. —


Você não apareceu na minha cama durante horas fazendo
ligações por besteiras.

Ele tira seus sapatos, com os olhos brilhando.

— Isso não conta. Cavei minha armadilha de sedução


bem antes das doze quando o horário de ligações por
besteiras oficiais começa.

— Tenho certeza que o inferno vai congelar antes que


alguém o engane por um fuckboy, — digo sarcasticamente.

Como resposta, ele puxa sua camiseta preta sobre a


cabeça e é como um truque de mágica. Muito quente. De
repente eu não quero mais falar e ele ganhou a discussão.
Chocante como apenas a visão deste homem pode ter todo o
meu corpo em polvorosa como este. Até eu conhecê-lo, posso
contar em minhas mãos a quantidade de vezes que eu fiz
sexo. Agora não posso ter o suficiente.

Sinto desejo se espalhando em minhas veias como uma


corrente elétrica. A excitação percorre meu corpo. Eu olho
para as tatuagens, os músculos, a delícia absoluta de Cash
Hunter como ele tira seu cinto e arranca sua calça jeans por
suas coxas musculosas. Sua cueca boxer forma terrivelmente
uma tenda.
Eu rastejo até a beira da cama. Estendendo uma mão,
coloco um dedo em sua cueca. Segurando seus olhos, puxo
lentamente pelo material. Ele vem com um rosnado de lobo.
Quando ele está perto o suficiente eu sento nas minhas coxas
e arrasto o material listrado preto e branco para baixo por
suas coxas musculosas. Quando atinge os joelhos, ela fica
solta e cai sozinha para se juntar ao redor de seus pés.

Ele está totalmente nu.

Eu coloco as mãos em seu pesado saco, tão macio


quanto a melhor pele de criança com uma mão. Seus
testículos são duas formas ovais perfeitas. Com a outra mão,
eu agarro a base do seu pênis ereto. Está apenas a
centímetros de distância da minha boca e parece grande e
com raiva. Veias azuis/verdes dançam sobre a pálida
superfície. Ele olha para mim com um olhar intenso, sensual
naqueles belos olhos verdes. Eu movo a cabeça para a frente
e envolvo meus lábios em torno da pele macia e acetinada.

Ele geme e empurra suas mãos no meu cabelo e me


puxa contra ele, forçando minha mandíbula aberta, me
forçando a tomar a cabeça do pênis grosso mais profundo.

— Oh Deus, sim, — ele incentiva.

Eu começo a chupar descontroladamente, furiosamente


balançando minha cabeça para trás e para frente, tomando
mais e mais de sua dureza na minha boca com cada viagem
para baixo em seu eixo. Eu quase engasgo, mas continuo
indo, determinada a engolir tudo, até que de repente ele me
puxa. Em um instante ele me agarra e me joga na cama.
Eu o vejo rolar uma camisinha sobre a sua ferramenta
com os olhos arregalados.

O peso de seu corpo se instala sobre mim, afastando


minhas coxas. Imediatamente abro minhas pernas e empurro
meus quadris para cima em um convite aberto quando eu
tranco minhas pernas ao redor de seus quadris.

— Sim, — ele rosna quando a cabeça de seu pênis


encontra minha boceta e entra. Eu sinto cada centímetro de
seu pau conforme lentamente desliza em minha apertada,
lisa abertura. Meus músculos apertam em torno da espessa
intrusão. Ele abaixa o corpo em cima de mim. A sensação de
seu cabelo do corpo esfregando contra a meus seios e
estômago enquanto ele se move sobre mim deixa minha pele
em chamas.

O cheiro deliciosamente masculino dele me deixa tonta


quando ele empurra cada vez mais fundo dentro de mim até
que está dentro até as bolas. Movimentos lentos, golpes
rápidos, deslizando profundamente, paradas rasas, ele
continua balançando meu corpo até que eu sinto meus
dentes afundando violentamente em seu ombro.

Ele bate com força contra mim.

— Vai está gozando? Sim? — Ele rosna.

Mantenho o aperto de morte em seu corpo como o brilho


dentro de mim se torna um intensamente feroz. Enquanto
meu corpo arqueia, sacode e convulsiona, seu ritmo de
repente vacila e ele estica o pescoço e grita,

— Tori.
Ele solta meu corpo e deita ao meu lado, olhando para o
teto. Nossa respiração se equilibra lentamente

— Eu continuo recebendo cheiros do cheiro de maçã, —


diz ele preguiçosamente.

Merda. Eu me mexo ligeiramente.

— Er ... Eu acho que vi uma macieira na varanda.

Ele vira a cabeça e me encara com seus olhos de


esmeralda.

— Está vindo de você, não é?

— Posso ter acidentalmente pulverizado um refrescante


de quarto com cheiro de maçã em meus pulsos, mas eu o
lavei, então não pode ser realmente eu.

Ele pega meu pulso e cheira o interior profundamente.

— Eu acho que você acabou de arruinar todas as maçãs


para mim. — Ele olha para mim. — Eu vou ficar duro cada
vez que ver uma.

Eu olho para o machucado que minha mordida deu e


engulo em seco. O que há com esse homem? Ele só tem que
olhar para mim e vou embora. Há um negócio inacabado
rodopiando entre nós de novo. Eu acho que ele poderia estar
prestes a inclinar a cabeça e me beijar, quando eu peido.
Muito alto. Eu sinto meus olhos alargarem e vejo os seus
fazerem o mesmo. Ficamos olhando um para o outro por
alguns segundos. Eu tive brócolos no almoço? Graças a
Deus, não.

Então minha boca se abre e eu pergunto:


— Foi você?

Seus olhos arregalaram ainda mais.

— Não. Eu pensei que fosse você.

Eu balancei minha cabeça lentamente, meu rosto está


rapidamente se tornando mais e mais vermelho e seus olhos
estão se tornando mais e mais brilhantes.

— Isso é uma merda para negar, — diz ele.

Eu dou de ombros.

— Então o que você vai fazer sobre isso?

— Só há uma coisa a fazer, — diz ele zombando


seriamente.

— O quê? — Eu pergunto relutantemente.

— Terei que identificá-lo pelo cheiro, — ele diz, e levanta


um canto do edredom e cheira o ar que sai.

Eu tomo um furtivo inspirar demasiado rápido e não há


cheiro saindo.

Todo mundo sabe que peidos ruidosos não tem cheiro.

— Bem? — Pergunto.

— Inconclusivo. Vou ter que cheirar a fonte do cheiro.

— Não, você não vai, — Eu deixo escapar e começo a me


afastar. Ele me pega pelos braços e metade fica contra mim,
me prendendo completamente.

— Você tem uma escolha. Eu cheiro sua bunda ou eu


faço você confessar.
Eu rio.

— Me faça confessar.

Eu pensei que a julgar pelo olhar ardente nos olhos dele


que ele ia me beijar ou fazer algo sexy para mim. Nunca
passou pela minha cabeça que a sua ideia de me fazer
confessar é me fazer cócegas. Ele é muito bom no que faz. Ele
faz cócegas em mim até que estava enrolada em uma bola e
rindo tanto em meu estômago que dói, e eu estou tentando
recuperar o fôlego.

— Fui eu. Fui eu, — Eu suspiro, finalmente, incapaz de


tomar outro segundo mais.

Ele para de me fazer cócegas e beija a ponta de um seio.

— Veja como a vida é melhor quando diz a verdade.

Eu fico fria por dentro. Oh Deus! Se ele soubesse. Tudo


sobre mim é uma mentira. Eu toco a parte dura de sua maçã
do rosto.

— Eu não queria mentir. Estava apenas brincando com


você.

Ele me olha com curiosidade.

— Eu sei disso.

Eu sorrio.

— Só queria que você soubesse.

Ele esfrega o queixo.

— Nós estamos falando sobre a mesma coisa aqui?

— Sim. Você disse que trouxe uma cesta de piquenique?


Ele salta da cama, observo suas longas costas
bronzeadas e sua apertada bunda enquanto ele caminha
completamente nu para fora do cômodo. Eu fecho meus
olhos. Está bem. Está bem. É apenas uma aventura. Ele vai
perder o interesse em breve e ninguém saberá.

Sento.
CASH

Down in The DM The Art of The Hustle

Até o momento que eu volto com a cesta, ela puxou uma


toalha de banho grande em torno de seu corpo e dobrou uma
extremidade entre seus seios. Parece muito sexy. Eu fico na
porta olhando para ela. Mechas de cabelo cor de ouro caem
em ondas em torno de seu rosto e pescoço. A garota é muito
bonita para o meu gosto.

— O quê? — Ela pergunta, com a boca vermelha e


inchada de chupar o meu pau tão longo e duro. Só de pensar
em seus lábios enrolados em torno do meu pau me faz ficar
duro novamente.

Porra. Isso vai ser um problema.

Eu nunca quis uma mulher tão completamente, mesmo


depois de empurrar nela tantas vezes. Eu tenho regras, cara.
Normalmente, por agora meu pau e eu já estaríamos
encontrando uma saída. Dizendo nosso adeus da maneira
mais diplomática possível, que nós descobrimos na verdade
não existe. Adeus tem a tendência infeliz de fazer meninas
eminentemente racionais se transformarem num piscar de
olhos em psicóticas delirantes. Minha experiência: quanto
mais cedo você fizer a sua saída, melhor ela vai cai na real.

Eu ando até a cama, coloco a cesta sobre ela, contorno e


depois subo nela. Eu começo a soltar o cabelo dela. Não seja
ninguém que você não é. Esse é o meu lema, mas me foda se
essa merda não for real. Eu afofo o cabelo de sereia dela.

— Assim é melhor, — eu digo suavemente.

Ela olha para mim com olhos arregalados.

O clima no quarto muda.

— Você é um anjo? — Pergunto. Porra, olhe para mim


sendo brega.

— Não, mas obrigada pelo constrangimento que você


criou, — diz ela, mordendo o lábio inferior.

— Você pensou em mim na noite passada depois que


saí? — Pergunto.

— Não, — diz a mentirosa descarada.

— Eu pensei.

Ela enrubesce vermelho brilhante.

— Você está um tom interessante de vermelho, — Eu


zombo.
Ela cobre suas bochechas aquecidas com as palmas das
mãos.

— O que você espera? É uma imagem gráfica.

— Que diabos? Você acabou de chupar meu pau e eu


acabei de te foder sem sentido.

Ela deixa cair os olhos.

— É diferente quando é feito no calor do momento.

Eu abro a toalha.

— Cash, — ela protesta, mas não muito.

— Abra suas pernas. Eu quero olhar.

Lentamente as coxas abertas para revelar a seus cabelos


loiros e por baixo, dobras molhadas de carne muito rosa. Não
há nada mais doce do que uma boceta totalmente inchada
após uma boa foda. Meu pau contorce. No meu mundo você
fica viciado em drogas, bebidas e bocetas. Repare que eu
disse bocetas. Sempre plural. Por que se contentar com uma
quando você pode ter todas? Mas ela está me pegando de
surpresa, grande momento. Um olhar para sua boceta e eu
quero fodê-la novamente e novamente e porra novamente.

— Deslize o dedo na sua boceta, — eu digo a ela.

— Pare de ser um pervertido, — diz ela e fecha as pernas


com um estalo.

— Vá em frente, seja selvagem para mim. Brinque com


você mesma.
Ela abre as pernas lentamente. O mel espesso está
escorrendo dela. Ela coloca sua palma no triângulo dourado
de cabelo e lentamente move seu dedo ao redor e em torno de
seu clitóris liso. Ela está tão excitada que é protuberante
como uma pequena pérola branca de seu capo de carne. Seu
sexo está realmente latejando.

Estendo a mão e empurro meu dedo em sua abertura.

Ela engasga.

Eu empurro para dentro e fora dela.

Sua respiração fica mais rápida e empurro dois dedos


nela e ela começa a circundar seu clitóris mais rápido. Eu a
observo deitada lá dando prazer a si mesma e é uma visão
gloriosa. Enfio um terceiro dedo dentro dela, bombeio
duramente até que seu corpo inteiro arqueia para trás.

Nesse ponto eu não posso suportar mais e eu a empurro


de volta na cama e mergulho duro e profundamente nela. Seu
gemido é um som bonito e sinto o sangue subindo e pulsando
em minhas veias quando eu bato meu comprimento inteiro
nela. Eu não paro até que ambos explodam.

— Porra, não usamos nenhuma proteção, — diz ela, me


assustando.

Eu franzo a testa. Em que eu estava pensando? Não


acredito que fiz isso. Eu nunca fui desprotegido com qualquer
uma.

— Você está em qualquer tipo de proteção? — Pergunto


com urgência, erguendo meu corpo suado e encharcado.
— Sim, — diz ela. — Eu tenho uma dessas coisas de
cinco anos sob a minha pele.

Eu dou um suspiro de alívio. Porra, estou perdido com


esta garota.
TORI

— É para os dois? — Pergunto puxando mais e mais


pacotes de comida para fora da cesta de piquenique. — A
delicatessen certeza embalou um monte de comida.

— Você come o que pode e vou terminar o resto. Após


essa sessão eu preciso de sustento, — Cash diz, parecendo
extremamente presunçoso.

Anexado à tampa do cesto há pratos, talheres e copos.


Eu os pego e coloco na cama. Cash vai e pega o champanhe
que foi sentado no gelo e enche nossos copos.

Nós tilintamos copos e bebemos.

— Por uma vida boa, — diz Cash.

— Por uma vida boa, — Eu ecoo.

Abro uma caixa transparente de antepasto e mordisco


um pouco da carne fria enquanto ele pega um pedaço de uma
torta de carne de porco.

— Coisas boas, — diz ele com prazer.


— Sim, muito saboroso, — concordo, engolindo um
pouco de salada de batata.

Ele pega um sanduíche Muffeletta. É feita a partir da


ponta resistente um pedaço de pão italiano e empilhadas com
carnes curadas, azeitonas picantes e salada.

— Você gosta de comida italiana? — Ele pergunta antes


de encher a boca com comida.

— Amo, — eu digo.

— Eu também, — diz ele. — Então, de qual Estado você


é?

— Geórgia.

— Ah, é? — Ele enxuga as mãos no guardanapo. — Eu


fiz um tour a alguns anos atrás, em Atlanta.

Eu limpo minha garganta e tento olhar para ele com


uma expressão interessada.

A verdade é que eu nunca levei em consideração o quão


difícil seria mentir para ele. Não admitir que estava em
Atlanta para o seu show parecia terrivelmente errado, mas
admitir isso significa que tudo vai desmoronar.

— Como foi?

— Sim, foi bom, — diz ele com um olhar lânguido em


seus olhos. — Eu lembro distintamente que as meninas da
Geórgia eram lindas.

Chocante, mas eu nunca tive um pressentimento sobre


a pessoa ciumenta sou. Tenho vontade de dar um tapa em
seu rosto presunçoso. Tomo um gole de champanhe e sorrio
com força.

— Estou feliz que você tenha se divertido.

Seus olhos se iluminam.

— Você é ciumenta?

— Provavelmente tão ciumenta como você é com o cara


que estava naquela época, — Eu digo friamente.

Ele arranca um pedaço de pão e mergulha no patê de


azeite e figo.

— Agora você está apenas sendo uma nuvem sobre o


meu sol, — ele resmunga.

Eu sorrio por dentro.

— Quer um pouco de salada de batata?

— Sim, passe, — ele diz e mastiga pensativamente. —


Então quem era esse cara?

— Ninguém que você conhece.

— Eu sei disso. Você estava apaixonada por ele ou algo


assim?

— Sim, estava apaixonada por ele. Olha podemos não


falar sobre ele?

Eu pego um pacote de biscoitos da cesta.

— O que na terra é um biscoito de marsala?

— Eles têm especiarias indianas nele, — diz ele.

Faço uma careta.


— Um biscoito com especiarias indianas?

— Experimente, — Ele sugere.

Abro o pacote e dou uma pequena mordida em um


biscoito.

— Isso não é ruim, — Eu digo.

— Me deixe provar, — ele diz, e pega a minha mão. Eu o


vejo trazer minha mão aos seus lábios. Ele morde o biscoito
enquanto olha nos meus olhos.

— Diga mais sobre Tori, — ele diz baixinho.

— Não há realmente muito o que contar. Eu venho de


uma família de quatro pessoas, os meus pais e meu irmão e
eu. Meu pai analisa números e dados em planilhas de
computador, mas nenhum de nós descobriu exatamente o
que ele faz. Minha mãe é uma dona de casa. Ela é engraçada,
doce e sinto falta dela, e meu irmão está na faculdade. Eu
vou me juntar a ele neste outono.

— Como você era quando criança? Aposto que você


tinha alguma boca em você.

— Na verdade não. Eu era uma criança muito calma e


isolada. Minha mãe disse que eu me recusava a falar com
alguém a não ser que me desse doces primeiro, e mesmo
assim eu era uma cadela sobre isso— Ele ri.

— E você? — Eu pergunto.

— Eu era um garoto confuso. Eu não consigo explicar,


mas pensamentos vinham muito rápido na minha cabeça.
Tão rápido que era como uma torneira deixada em aberto no
total. A água continuamente correndo para um buraco na
pia. Era como ser bombardeado. Eu não conseguia processá-
los assim que atuava.

Ele dá de ombros e pega um dos pratos de plástico de


coquetel de camarão.

— TDAH não era uma condição disponível, então, os


médicos pensaram que poderia ter sido uma forma leve de
autismo. Eles queriam me dar medicação para me acalmar,
mas meu pai se recusou. Eu tinha sete anos. Ele pensou que
era uma fase passageira.

Ele toma um gole de champanhe.

— Foi difícil para mim, mas era um inferno para todos


aqueles que estavam ao meu redor desde que eu estava
constantemente atacando. Acho que meu pai estava prestes a
desabar quando estávamos passando por uma loja de música
um dia e havia uma guitarra elétrica vermelho brilhante na
janela. Eu tinha sete anos de idade, mas sabia imediatamente
que eu queria tocá-la. Ele me levou e o vendedor me deixou
colocar a correia sobre a minha cabeça e conectou ao
amplificador. — Ele balança a cabeça com a memória.

— Eu não podia acreditar. No momento em que as


primeiras notas atingiram o meu cérebro, o incessante rio de
pensamentos parou. Eu não deixaria a loja sem a guitarra.
Tornou-se a minha salvação. Eu não queria ter aulas. Eu
tocava apenas para parar de pensar. Eu me trancava no meu
quarto e tocava por horas. Com o passar dos anos, meu
cérebro se acalmou, ou incrivelmente se reconectou, quem
sabe, mas quando tinha 11 anos, acho que eu era um garoto
muito normal.

— Meu Deus. Isso é incrível, — eu digo.

Ele balança a cabeça.

— Foi muito incrível.

— Então, como você acabou como o vocalista do


Alkaline?

— Quando eu tinha quinze anos eu vi um anúncio em


um jornal. O anúncio chamava jovens rapazes inteligentes,
extrovertidos e ambiciosos que também podiam cantar e
dançar. Eu respondi e o resto é como dizem história, mas o
suficiente sobre mim.

Ele levanta uma sobrancelha perguntando.

— Como é que uma garota da Geórgia acaba


trabalhando como PA (Assistente Pessoal) da minha irmã?

Eu respiro fundo. Eu não preciso mentir. A única coisa


que vou omitir mencionar será a minha razão para querer
trabalhar com sua irmã.

— Minha melhor amiga Leah e eu decidimos ter um ano


de folga antes de irmos para a faculdade. Queríamos por uma
mochila nas costas e rodar Europa e Ásia. Fazia sentido para
nós começar nossa viagem da Inglaterra desde que minha tia
estava aqui. O plano era para eu vir primeiro e passar um par
de semanas com minha tia e priminha, mas então a minha
tia disse sobre um trabalho de PA para uma menina que não
exigia qualquer habilidade PA. Era mais uma coisa de
companheiro. Parecia a coisa perfeita.

Eu dou de ombros e sorrio.

— Então eu me candidatei. Seu pai me entrevistou e


para meu choque, ele me ofereceu o emprego enquanto eu
ainda estava na entrevista. Disse que me escolheu sobre
centenas de outros candidatos porque eu era exatamente o
tipo empreendedora inteligente que procurava ampliar os
horizontes da sua filha. Aparentemente, eu era a única
candidata da América e ele estava esperando que um pouco
da minha independência e coragem passaria para sua filha.
Depois de ouvir a sua história da guitarra eu acho que ele
está esperando que eu tenha o mesmo efeito em sua irmã que
sua guitarra tinha em você e ele vai ficar muito decepcionado.

Cash sorri.

— Como vai o trabalho?

— Bem, para começar sua irmã não se mostrou amável.


Eu pensei que ela era muito mimada, egoísta e ridiculamente
obcecada pela aparência dela, mas o trabalho pagava bem.
Tinha acomodações o que significava que eu não tinha que
procurar quartos ou me preocupar com o custo de vida, e
então eu pensei que eu ia ficar. — Faço uma pausa e respiro
fundo. — No entanto, eu tive uma mudança de coração desde
então. Britney cresceu em mim.

Ele sorri.
— Sim, minha irmã é como a porra de uma trepadeira.
Antes que você perceba que ela se entrelaçou em torno de seu
coração.

Eu franzo a testa.

— Como é que o seu pai a deixou fazer uma cirurgia


plástica quando ela tinha quinze anos?

— Ela guardou seu dinheiro e fez os seios dela


secretamente. Ela arranjou uma identidade falsa e tudo. Meu
pai estava sentado em seu escritório e recebeu um telefonema
do hospital para vir e pegar sua filha. Ela foi operada. Meu
pai estava lívido.

— Uau, — eu digo com admiração. — Meu pai teria me


matado.

— Sim e ele deixou que ela fizesse seu nariz, porque


estava tão determinada a fazer que não sairia de seu quarto
por semanas. Ele a fez prometer que se ele a deixasse fazer o
nariz, ela esperaria até os dezoito anos antes de pensar em
outras cirurgias reconstrutivas. Uma vez que ela deu sua
palavra ele a levou para o melhor médico em Londres.

— E agora seu décimo oitavo aniversário está chegando


e ela está fazendo perguntas sobre os olhos de gato.

— Exatamente.

— Posso te perguntar uma coisa sobre Britney?

— Pergunte.

— Será que algo de ruim aconteceu com ela quando ela


era jovem?
Ele me olha severo.

— Não. Por quê?

— Você sabe que ela pinta certo?

— Sim, mas ela não vai mostrar a ninguém.

— Bem, ela me mostrou.

— O quê? — Ele olha para mim atônito.

Eu concordo.

— Ela desenha pessoas inacabadas e pessoas com


buracos ou cordas saindo de seus umbigos, ela diz que
sempre se sente como se alguma parte importante dela
estivesse perdida ou faltando. Você pode pensar por que ela
se sentiria assim?

Cash olha para mim.

— O quê? — Eu pergunto.

— Merda, — ele respira.

— O que é? — Eu pergunto novamente.

— Não pode ser. É incrível demais, — diz ele quase para


si mesmo.

— Diga o que é? — Exijo impacientemente.

— Minha mãe morreu pouco depois que ela deu à luz a


Britney e foi um momento muito traumático para todos nós,
então meu pai tomou a decisão de não contar a Britney que
ela tinha uma irmã gêmea que morreu naquele dia.

Eu suspiro em estado de choque, minhas mãos correndo


para cobrir minha boca.
— Meu Deus. Eu sabia que os gêmeos têm uma ligação
invisível, mas é realmente possível que ela sinta falta da
irmã?

Ele dá de ombros.

— Soa totalmente estranho, mas não há realmente


nenhuma outra explicação para as pinturas que você
descreve. Britney tem tido o melhor de tudo o que meu pai
poderia fornecer.

— Você vai dizer a ela? — Eu sussurro.

— Vou dizer ao meu pai. Ele saberá o que fazer.

De repente lágrimas enchem os meus olhos quando


penso Britney. Como incompreendida ela era.

— Pobre Britney, — eu sussurro.

— Ei, por que você está chorando? — Ele pergunta,


chocado.

— Cebolas malditas, — eu fungo.

— Que cebolas? — Ele pergunta, enquanto ele corre


para o meu lado da cama, fazendo parte da comida tombar
sobre o edredom.

— Você está destruindo a cama, — murmuro,


envergonhada que eu chorei na frente dele.

Ele me empurra para as minhas costas.

— Sua atitude cara durão é apenas um ato, não é?


Dentro você é tão suave como um marshmallow.

— Não, eu não sou, — eu nego.


— Não, — diz ele em voz baixa. — Você é bonita quando
chora por outra pessoa.
TORI

Depois de jogar a sobra da comida fora, vamos para


uma caminhada no jardim encantador, com os seus arbustos
floridos e majestosas árvores altas. Há coelhos em todos os
lugares e eu coloquei a salada e cenouras cortadas que eu
encontrei na cesta de piquenique no chão, e vejo encantada
como as criaturas domésticas vêm até nós e os comem bem
na nossa frente. Eles são tão bonitos que eu faço um vídeo
deles no meu telefone para mostrar a minha priminha.

Quando o último pedaço de alimento acaba e narizes


tremendo se afastam de repente eu sinalizo um pé de
morango com um único, morango vermelho brilhante
aninhado nos arbustos.

— Olhe para isso, — eu choro. — Parece uma joia.

— Vou pegar para você, — diz Cash.

— Não, apenas deixe. Você não sabe o que está


escondido nos arbustos, — Eu advirto.
— Sou maior do que o que está escondido ali, — ele diz,
enquanto caminha em direção à planta. Ele fica no meio dos
arbustos ao lado do pé de morango e se dobra.

— E agora para ganhar o cobiçado prêmio para minha


senhora, — ele diz, dobrando pega o morango com grande
floreio.

Balanço a cabeça e rio. Ele traz de volta para mim e


coloca em meus lábios.

— Seus olhos são de um verde tão incomum, — eu digo,


olhando para as profundezas verdes.

Ele dá de ombros descuidadamente.

— Quando eu era bebê, eles eram como os seus, de um


azul brilhante. Então, um dia, quando eu tinha uns cinco
anos, ficaram verdes.

Olhando para essas profundezas verdes, eu abro minha


boca e tomo uma mordida.

— Oh yeah, babyyyyy, — ele diz com uma voz profunda


sexy, conforme a minha língua sai para lamber o suco
esguichando os meus lábios.

Então seu rosto muda, ele pisca.

— O que?

— Oh merda, — ele amaldiçoa, e sentado na grama


começa a arrancar seus sapatos e jogá-los fora. Então ele
levanta e começa a desabotoar e abrir o zíper das suas calças
antes de arrancá-las com urgência pelas pernas. Ele chuta as
calças e eu as vejo.
Formigas. Formigas vermelhas irritadas. Por toda as
pernas.

Xingando, ele começa a bater nelas e freneticamente


tirando de suas pernas e eu sinto o riso borbulhando dentro
de mim. Não posso evitar. Eu rio tanto que tenho que cair no
chão e segurar meu estômago. Ele cai ao meu lado.

— Eu arrisco a vida e membros para conseguir um


morango e você ri de mim, — ele diz com petulância fingida.

— Desculpe, Sr. Faço Primeiro Penso Depois, mas eu


avisei. Lembra? Sou maior do que o que está escondido nos
arbustos? Embora você tivesse razão sobre essa parte.

— Uma garota engraçada. Você pode pelo menos me


beijar para melhorar, — diz ele.

— Vamos voltar e colocar um pouco de gelo, — sugiro.

Ele ri.

— Não dói tanto. Estava apenas tentando.

Eu soco seu ombro.

— Awww, — ele grita.

Eu balanço minha cabeça.

— Você é como uma rainha do drama.

— E você é azeda como limão.

Eu olho para ele.

— Sinto muito que você foi mordido por formigas, — eu


digo.

Ele levanta as sobrancelhas.


— Não parece.

—Vamos tirar sua cabeça de suas ... er ... lesões.

— Eu sei exatamente o que vai tirar minha cabeça das


malditas mordidas, — ele interrompe.

— Não, não é isso, — eu digo rapidamente. — Eu vou


fazer uma pergunta e você responde, mas muito rápido, sem
pensar sobre isso.

— Como isso vai ajudar?

— Vai ser divertido. Então você pode virar e me


perguntar o que quiser, ok?

Ele esfrega as mãos.

— Legal.

— Certo. Primeira pergunta. Nome do seu ator favorito.

— Matthew McCononaughey.

— Atriz favorita?

— Angelina Jolie.

Eu concordo.

— Nome da atriz que você mais gosta.

— Ela é como Deus sabe quantos anos agora, mas


Cameron Diaz.

— Sério?

— Oh, sim, de verdade. E eu posso ter mais uma?

Eu sorrio.

— Continue.
Ele sorri.

— Jennifer Lawrence. Agora ela...

— A celebridade que você não gostaria de ter? — Eu


interrompo rapidamente.

— Kim Kardashian.

Eu olho para ele com curiosidade.

— Por quê?

— Você viu sua fita de sexo? Cara essa é uma mulher


preguiçosa.

Eu ri.

— A sério?

— Sério, alguém me mostrou.

— Certo, cor favorita?

— Azul da sorte.

— Comida favorita?

— Macarrão com queijo.

— Artista musical favorito?

— Aww, querida. Isso é como me pedir para escolher


entre as minhas costelas. Elas são todas necessárias.

Eu sorrio.

— Diga alguns.

— Led Zeppelin, Prince, Chuck Berry, Pink Floyd, Bob


Dylan, Tupac, Michael Jackson, The Beatles, Oasis, Coldplay,
Green Day, The Killers, Maroon Five. A lista continua.
— Você é secretamente gay?

Seus olhos se arregalam.

— Vem cá, sua pequena...

Eu rio.

—Palavra favorita?

— Sexo.

Eu balanço a cabeça.

— Você tem que ser tão previsível?

Ele abre as palmas das mãos para cima.

— O que você quer de mim? Eu sou homem.

— Maior arrependimento na vida?

— Passo.

— O maior erro na vida?

— Passo.

Nós olhamos nos olhos e percebo que ele tem um


enorme arrependimento que não quer falar.

— Programa de TV favorito? — Pergunto.

— Fresh Prince of Bel Air4. E minha vez já?

Eu sorrio para ele.

— Sim, é a sua vez.

— Seu sorriso está me matando.

Sinto corar com a intensidade de seus olhos.

4
Um maluco no pedaço – SBT
— Isso não é uma pergunta. Você deveria estar fazendo
perguntas.

— Posso pegar seu número?

— Não.

Ele ri.

— Filme favorito?

— Como Perder um Homem em Dez Dias.

Ele balança a cabeça.

— Ah .... Agora tudo faz sentido.

— Você deveria disparar as questões muito


rapidamente, — eu lembro

— Animal favorito?

— Beija Flor.

Suas sobrancelhas sobem.

— Cor favorita?

— Verde.

— Pessoa favorita?

— Minha mãe.

— Cantor favorito?

— Você.

Ele congela.

— Eu pensei que não gostava das minhas canções, —


diz ele lentamente.
— Eu amo a sua voz, só não cavo a sua música, — eu
respondo tranquilamente.

Ele olha para mim.

— Já terminei de jogar. Vamos voltar para o nosso


quarto.

Meu coração vibra quando ele pega minha mão. Em


seguida, estamos correndo de volta para o nosso quarto.
Chegamos sem fôlego, rindo.

Eu amo este homem. Deus, eu o amo tanto.

Estava tão cansada depois de fazermos sexo que


cochilei. Quando acordei novamente, está escuro e estou
sozinha na cama. Lembro que fomos para um grande
banheiro e nos banhamos no impressionante box de vidro.
Nossos corpos escorregaram e deslizaram entre si.

Como eu gargalhei.

Eu me embrulhei no lençol e sai. Encontrei Cash no


terraço. Ele está sentado no chão vestindo sua calça jeans. A
cesta de piquenique está aberta e há comida ao redor dele.

Ele vira a cabeça para olhar para mim, seus lábios


gordurosos, uma coxa de frango agarrado entre os dedos.

— Você doidinho! Comendo frango depois do anoitecer


como um homem das cavernas, — eu digo suavemente.
— Quer ver o que mais eu faço depois de escurecer como
um homem das cavernas? — Ele pergunta.

Eu sorrio.

— Que horas são?

— Quase nove. Está com fome? Ainda há um monte de


comida aqui, ou eles têm um premiado restaurante no térreo.
Podemos comer alguma coisa.

— Nah, eu realmente deveria voltar.

— Você tem certeza que não quer ficar à noite? — Ele


parece desapontado.

— Sim.

Ele levanta e vem em minha direção.

— Por que não?

— Eu não acho que a minha tia iria gostar. É um mau


exemplo para a minha priminha. Crianças hoje em dia são
tão perspicazes. Elas pegam tudo. Além disso, é uma grande
coisa para Tabitha e eu fazermos panquecas para o café da
manhã no domingo de manhã. É como uma tradição...— Eu
paro, porque ele está me observando, seus dentes perfeitos
brilhando no escuro.

— Agora eu sei por que meu pai escolheu você, — diz


ele, sorrindo grande.
CASH

— Vocês dois estão chegando? — A tia de Tori pergunta


depois de abrir a porta tão de repente que Tori quase cai
dentro da casa.

Automaticamente estendo a mão e agarro o braço de


Tori enquanto ela se estabiliza novamente.

— Oh, eu sinto muito, querida. Você estava encostada


na porta? — Sua tia pergunta.

Eu tento manter uma cara séria enquanto Tori


murmura algo indistinto e sua tia se vira para mim.

— Gostaria de entrar para uma bebida?

— Na verdade, eu tenho que pegar a estrada.

— Só vai levar um minuto.

Eu olho para Tori e ela dá de ombros com uma


expressão que diz: é o seu funeral.

Eu ativo o meu modo charme.


— Tudo bem, mas eu tenho que sair logo.

Eu percorro o corredor, e para que você saiba, há cerca


de dez pessoas na sala de estar. Todas elas estão olhando
para mim e sorrindo. Aww Porra. Eu olho para Tori e ela
sorri. Pelos próximos dez minutos eu dou autógrafos. Mesmo
antes que a tinta sobre o último esteja seca, estou dizendo as
minhas despedidas, e viro para Tori.

— Talvez, Tori, possa me acompanhar até lá fora.

— Claro. — Diz ela, com a voz mais doce do que açúcar.

Nós saímos pela porta da frente e me viro para ela.

— Obrigada pelo aviso. — Eu digo a ela.

— Tenho certeza que você faria o mesmo por mim. — Diz


ela.

— Isso mesmo. — Eu digo e a agarro pelos antebraços.

— Não se atreva. — Ela adverte.

Eu abaixo a cabeça e a beijo nos lábios. Um beijo longo


e apaixonado.

Por trás das janelas há muitas bocas abertas. Muitas


perguntas que precisam de respostas. Pobre Tori.

— Você vai direto para o inferno, sabia? — Ela cospe.

— Tenho seguido nesse caminho há algum tempo. —


Digo, inclinando a cabeça para a dela. — Durma bem,
Gatinha. — Eu digo com uma piscadela.

Ela bate à porta antes de eu chegar ao meu carro. Isso


só deixa meu sorriso ainda maior. Eu dou uma rápida olhada
pela área. Sem paparazzo escondido nos arbustos ou entre as
latas de lixo. Tudo está bem hoje.

Do carro eu ligo para meu pai e digo que eu tenho que


falar com ele. Ele me pede para passar lá, então eu dirijo até
sua casa. Depois de Britney ir para a cama vamos para sua
sala de estudo para compartilhar um conhaque. Então digo o
que Tori me falou sobre a arte de Britney. Para meu espanto
meu pai cai em prantos. Eu nunca percebi que, mesmo
depois de todos esses anos da morte de minha mãe, ainda
doía tanto.

— Eu posso falar com Brit sobre isso. — Eu ofereço.

— Não. Não. Esse é meu trabalho, meu filho. Esse é meu


trabalho. — Ele diz com tristeza.

No momento em que vou embora é quase uma da


manhã. No meu caminho para o carro Gavin me liga. Há uma
festa. Eu quero ir?

Eu quero foder, Tori.

— Não, cara. Estou exausto. Divirta-se.

— O que, você está brincando comigo? Francine está


aqui. — Diz ele.

Eu penso sobre Francine. Longo cabelo escuro, tetas


fantásticas, suga um pau como uma profissional de alto nível
e gosta na bunda.

— Aproveite. — Eu digo e termino a ligação.

Meu pau não está duro por Francine. Está esticando


meu jeans por Tori.
Ela é a única que eu quero. A única festa que eu quero
ir. Por um segundo eu paro maravilhado. Eu não pareço
como eu. Nem um pouco.

Entro no meu carro e ando pelas ruas de Londres. Em


minha mente Tori está de joelhos. Ela abre a maldita boca
bonita e pergunta:

— Você se importa se eu der um boquete? Estou


morrendo por um gosto do seu pau.

Eu vejo seus olhos abertos olhando para os meus. Sua


boca e língua com fome de mim. Eu bato a mão do meu pau e
assumo o controle. Dou um empurrão em sua boca sexy e
perversa.

Faço absorver tudo. Transando até que eu explodo


dentro dela. Então eu seguro seu rosto no meu pau e a deixo
me drenar. Até a última selvagem, gota de esperma.

— Agora, me faça sua, — diz ela e abre as pernas para


me mostrar sua doce boceta rosa. Linda para caralho.

Porra, é como se eu lambesse meus lábios e saboreasse


sua vagina.

Eu chego ao meu apartamento, fecho a porta e vou


direto para o meu quarto à prova de som. Eu fecho a porta e
começo a tocar minha música. O resto do mundo se dissolve.
É como se eu tivesse tomado uma boa batida. Estou bem e
refrescado. Eu paro de pensar no gosto doce e selvagem de
Tori Diamond.
Eu toco minha guitarra. Faz um longo tempo desde que
toquei. Aqui a música que faço é real. Não vai ser a porcaria
que sou forçado a cantar para o resto do mundo. Aqui eu não
vou deixar a música cair.
TORI

Até o momento em que voltei para a casa de Hunter na


noite de domingo, Britney falou sobre sua irmã gêmea. Ela
veio para o meu quarto e eu imediatamente vi que havia algo
diferente sobre ela. Uma nova confiança interna.

Agora ela sabe que não há nada de errado com ela. Ela
realmente sofreu uma perda e mesmo que não soubesse
disso, seu corpo sabia e sofria. Todos esses anos ela estava
de luto por sua irmã gêmea e não sabia. Agora que ela
entende isso talvez ela possa começar a curar. Por um
segundo, ela fica ali olhando para mim, então ela corre para o
quarto e joga os braços finos ao redor do meu pescoço. Eu
abraço de volta com força. É uma velha e engraçada vida. Eu
nunca sonhei que viria a amar a Britney assim, e ainda assim
eu amo. Percebo agora que, mesmo se eu deixar a Inglaterra
esta noite, e nunca mais voltar, pelo menos eu terei feito algo
de bom para ela.
— Obrigada, — ela diz simplesmente e se afasta de mim.

Eu balanço minha cabeça.

— Eu não fiz nada.

— Papai está certo. Você é especial, — diz ela.

Eu levo com prazer. Eu gosto do pai de Britney. Ele é


um homem bom. Ele lembra de um professor distraído,
gentil.

— Você sabe quando eu disse aquela história dos


gêmeos. Eu não sabia sobre sua irmã.

— Eu sei disso. De qualquer forma essa é uma história


bonita. Ela me ensinou alguma coisa, — ela diz com um
sorriso feliz.

— Bom. Como você se sente agora? — Pergunto.

— Sinto como se eu finalmente terminei um quebra-


cabeça de 10.000 peças. Eu não me sinto feliz ou vitoriosa,
mas eu me sinto vingada. Eu nunca mais vou pensar que sou
estranha, ou há algo de errado comigo. Eu sou igual a todo
mundo, só que perdi minha outra metade.

— Sim? — Eu digo, sorrindo para ela.

— Sim, e você sabe o que mais, eu me sinto mais forte e


mais certa sobre o futuro.

— Oh, Britney. Estou tão feliz por você.

Ela abaixa a voz.


— Eu acho que enquanto estou aqui nós podemos bem
discutir a festa de aniversário surpresa que papai está
fazendo para mim neste sábado.

— Hã? Você sabe sobre isso?

— Duh! Claro. Papai tem uma nota em sua agenda


dizendo: — Festa de aniversário surpresa da Britney.

Eu ri. Isso é exatamente o tipo de coisa que eu teria


esperado do pai de Britney.

— Não acha que deveria me dizer sobre isso para que eu


possa fazer algumas decisões importantes, e não vir a ser um
desastre completo?

Eu ri.

— Sem chance, — eu digo.

É quase meia-noite e eu já estou na cama quando Cash


me envia uma mensagem.

Me encontra?

Assim que eu vejo a mensagem meu coração começa a


bater.

Onde você está?

Sua resposta é instantânea.

Ao virar da esquina.
Minhas mãos estão tremendo de emoção enquanto
digito.

Te vejo em breve.

Eu não sei onde ele estava quando mandou uma


mensagem, mas tenho apenas tempo suficiente para saltar da
cama e me vestir antes da porta abrir e ele estar ali, mão no
pescoço e algum tipo de perigoso em seus olhos. Menino mau
sexy, ele é.

— Hey, — eu sussurro.

Ele não fala, apenas anda até mim e molda o seu corpo
ao meu.

— Deus, eu senti falta do seu corpo, — ele sussurra com


a voz rouca. Nossos olhos se encontram, o seu me devora. Ele
inclina a cabeça e inala o cheiro do meu cabelo.

Graças a Deus eu lavei-o esta noite.

— Vamos lá, — diz ele. — Vou levá-la para uma festa.

— O quê? — Eu deixo escapar. — Eu não estou vestida


para uma festa.

— Vamos nos vestir na minha casa, — diz ele.

— O que você quer dizer?

Ele coloca os dedos em meus lábios.

— Shhh ... apenas confie em mim.

De repente, a noite parece deter a aventura mais


emocionante.
— OK, — eu sussurro, e nós cuidadosamente saímos da
casa de seu pai.

Fora na porta da frente, ele para e acende um cigarro e


coloca entre seus lábios.

— Sem segurança de novo? — Eu digo.

— Não, mas eles vão estar por aí mais tarde. — Ele


acende, inala profundamente e nós andamos na rua para
onde seu carro está estacionado. Ele rapidamente agita o
cigarro e nós entramos.

É uma sensação estranha dirigir pelas ruas quase


vazias de Londres, de cima para baixo, o vento no meu
cabelo. Eu viro para olhar para Cash e eu não posso evitar a
sensação de que meu coração vai quebrar com todo o amor
que sinto por ele. Ele vira para mim e sorri torto.

Seu apartamento está em Park Lane, no último andar de


um edifício antigo. Nós pegamos o elevador e Cash coloca a
chave na porta. Seu apartamento é como a sua casa. Toda de
vidro e moderna. A sala de estar é uma vasta área vazia. As
paredes são revestidas com sofás. Perfeito para uma festa. Há
uma grande e moderna pintura em uma parede.

— Onde é a festa? — Pergunto.

— No clube mais exclusivo em Londres. É chamado de


The Box. — Ele acrescenta: — Não há telefones celulares ou
câmeras permitidas por isso tudo o que acontece no The Box
permanece no The Box.
Ele abre uma porta para uma sala onde há uma cama
com uma carga de caixas de sapato nela, e um trilho de
roupas sobre rodas.

— Continue. Encontre algo lá para usar. O código de


vestimenta é de glamour / elegante.

— Como você sabia o meu tamanho?

— Você deixou o seu vestido na minha casa. Eu dei ao


meu PA, Alison. O que você vê é o seu melhor esforço.

Eu fico olhando para ele. Ele foi para um monte de


problemas

— Obrigada, — murmuro.

— Estarei ao lado pegando meu equipamento.

Ele fecha a porta e eu corro através das roupas. Oh la la!


Cada uma é pura e simplesmente de morrer, impressionante.
Eu nunca possuí algo tão caro ou tão bom em toda a minha
vida. É realmente difícil escolher, mas eventualmente eu me
contento com um vestido preto e dourado lindo.

O rótulo diz Orchidees Noires e é muito chique. O


corpete é feito inteiramente de flores de ouro polido, com ouro
cintilante enroscado segurando as flores. É sem mangas, com
um decote profundo.

Não há flores na cintura, então, elas começam


novamente na curta ondulante saia de tule. Na altura do
quadril as flores param e o resto da saia é de tule preto puro.

Eu tiro minha calça jeans e percebo que as minhas


pernas estão cheias de cabelos ouro minúsculo.
Hmmm ... eu fico na frente do espelho indecisa. Vai ser
um pouco embaraçoso ter um barbeador de Cash, mas que
merda? Eu não vou estragar um vestido tão magnífico com
pernas por fazer.
TORI

Deixo o quarto em que estou e passo a sala de estar


para o próximo quarto.

A porta está aberta e eu entro. O quarto está vazio, mas


devo estar no quarto de Cash, porque há roupas na cama. Eu
vou para o banheiro e fico de pé na porta.

Cash tomou banho, seu cabelo está molhado e ele está


de pé na frente do espelho com apenas uma toalha pequena
em torno de seus quadris. Seu rosto está cheio de creme de
barbear e só há uma tira esculpida através do creme.

Ele congela e nós olhamos fixamente um para o outro no


espelho. Isso poderia ter sido realmente estranho eu pedindo
para emprestar sua máquina, então eu sorrio e digo:

— Vamos fazer isso por você.

Eu ando até ele e deslizo entre ele e a pia. Existe um


pequeno sorriso puxando sua boca.
— Eu não estava pensando em doar sangue esta noite,
— ele diz.

Pego a lâmina de sua mão sem resistência. Muito


lentamente arrasto a navalha pelo seu rosto através da
espuma branca.

Seus olhos nunca me deixam.

— Às vezes, é uma boa ideia deixar alguém fazer o


trabalho, — Eu sussurro, enquanto mergulho a cabeça do
barbeador na pia cheia de água quente e agito para tirar o
creme e pedaços de cabelo. Eu passo a navalha para baixo
em sua barba com cuidado, meticulosamente até que o
último cabelo se foi. Então tiro a toalha de seus quadris, um
ato que faz com que seus olhos arregalem, e uso para passar
suavemente em seu rosto.

— Veja, — eu digo baixinho, olhando para a ereção em


sua glória. — Nunca tem sangue depois.

Seus olhos estão infundidos com luxúria. Sinto uma


piscina de umidade entre minhas pernas. Ele enrola suas
mãos grandes em torno de minha bunda e me levanta até a
borda da pia.

Ele rasga minha calcinha do meu corpo e abre as


pernas. Segurando os grossos nós de músculos fortes em
seus ombros, eu espalho meus joelhos quase aos meus
ombros.

Ele olha para baixo entre as minhas pernas, os olhos


quentes e com fome, e desenha os dedos ao longo da minha
rachadura, já lisa com suco.
Eu choramingo.

Ele insere um dedo longo em mim.

— Oh, — eu choro.

Rindo suavemente, ele agarra meus quadris e empurra


em mim até meus olhos ampliarem e minha boca se abrir em
um O.

Com os olhos brilhando nos meus, ele me fode com


força. O som de carne batendo na pia rangendo, os nossos
grunhidos atingindo as telhas de mármore e ecoando em
torno de nós. Ele me bate incansavelmente até que eu sinta
como se um enorme motor está sendo ligado dentro de mim e
suas lâminas estão começando a virar. Mais e mais rápido
eles vão até que eu estou praticamente vibrando com a
intensidade do clímax que se aproxima.

— Estou gozando, —choro quando a máquina começa a


lançar faíscas.

Tremendo, torcendo e empurrando, eu caio no mesmo


vazio fantástico que ele mergulha.

Contra a minha orelha, ele ri, um lindo e profundo


estrondo.

— Esse foi o melhor barbear que já tive.

Ele puxa para fora e seu sêmen escorre de mim. Ele


inclina para a frente e morde meu lábio inferior.

Eu inclino para trás e olho em seus olhos. Ele tem suas


pálpebras pesadas e escuras com a sensualidade, e eu me
sinto de repente triste. Este deve ser meu homem. Eu já sei
que eu nunca vou superá-lo.

— Qual é o problema? — Ele pergunta.

Eu balanço minha cabeça.

— Nada, — eu sussurro. Torcendo meu corpo ao redor,


pego a navalha onde a deixei. — Estava realmente atrás
disso, — Eu disse.

— Muito bem feito, — diz ele.

Sua risada quente e rica me segue até que eu feche a


porta do meu quarto. Sem perder tempo, eu vou diretamente
para o banheiro.

Sentado na beira da banheira eu raspo minhas pernas.


Então eu volto para o quarto e visto o bonito vestido em ouro
e preto. Ele se encaixa como um sonho.

Eu fico na frente do espelho e pasmo comigo mesma.


Uau! Incrível. Eu quase não posso acreditar que eu pareço
assim. Quem iria acreditar que eu poderia parecer com uma
estrela de cinema em um tapete vermelho?

Eu corro para as caixas de sapatos e abro todas. Eu


poderia ter ido com um par ouro ou mesmo com as botas do
inferno que eu já vi em uma revista, mas eu me apaixono por
um fabuloso par carregando uma etiqueta que eu nunca ouvi.
Sophia Webster.

Eles têm saltos feitos de bolas brilhantes cor de


papoula, e é o mais próximo que um sapato pode chegar a
uma verdadeira confecção. Eles não teriam parecido fora de
lugar em uma dessas velhas lojas antiquadas. Eu coloco a
pulseira de ouro em torno de meus tornozelos e me sinto
como um milhão de dólares.

Rapidamente abro as outras caixas. Encontro novos


cosméticos em uma e em outra encontro acessórios de
cabelo. Eu aplico alguma maquiagem enfumaçada nos meus
olhos, um toque de blush nas maçãs do meu rosto, e um
pouco de brilho labial nude nos lábios. Então coloco meu
cabelo para cima com alguns dos pinos de ouro que encontro
na caixa de acessórios. Retiro alguns cachos soltos para
enquadrar o rosto e pescoço.

Então ando até o espelho e olho para o meu reflexo. A


mulher no espelho nem se parece comigo.

Eu pego meu celular e tiro um par de fotos de mim


mesma para mostrar mamãe e Leah. Há uma pequena bolsa
preta entre os acessórios. Eu coloco o brilho labial, o meu
cartão de crédito e meu celular nela e a fecho.

Pegando a echarpe preta que vem com o vestido, eu saio


do quarto.

Cash já está na sala de estar. Ele está vestindo uma


jaqueta creme com lapelas, uma camisa branca, uma gravata
borboleta de seda preta e calças pretas de corte fino. Tudo é
perfeitamente cortado e dá uma libertina e diabólica
aparência. Ao som da minha chegada ele se vira, a garrafa de
cerveja no caminho para sua boca permanece suspensa no
ar. Ele não sorri.
Apenas olha para mim como se ele mesmo não pudesse
acreditar em seus olhos.

Sinto-me ruborizar.

Ele coloca a garrafa de cerveja para baixo em um balcão


e caminha para mim.

— Cristo, — ele sussurra.

Posso me ver refletida em seus olhos, um duende de


forma estranha. Eu toco meu cabelo autoconsciente.

— Estou vestida demais ou algo assim?

Ele sorri. Um sorriso estranho.

— Você não está vestida demais. Você, Tori Diamond,


está dolorosamente linda.

O tempo está parado. O mundo para de girar. Eu até


paro de respirar.

Cash Hunter acha que sou dolorosamente linda. Então


estendo a mão e finjo endireitar sua gravata borboleta já reta.

Ele estende o cotovelo.

— Devemos?

Eu deslizo minha mão através dele.

— Eu não consigo superar sua transformação, Gatinha,


— ele murmura, com os olhos me escaneando da cabeça aos
pés.

A Mercedes com janelas escurecidas está esperando por


nós do lado de fora. Assim que aparecemos na porta, os
seguranças de Cash acenam para ele e entram em ação. Eles
correm em direção ao Mercedes e mantem aberta as portas
do passageiro. Cash me instala dentro do carro e em seguida,
dá a volta para o outro lado. Quando ele desliza no meu lado,
dois SUVs pretas guincham uma parada na frente e na
traseira da Mercedes.

Eu vejo os homens corpulentos rapidamente entrarem


nos dois SUVs. Eles dão um sinal claro e a Mercedes começa
a se mover. Nós viajamos imprensados entre os dois SUVs.

Não é uma longa jornada para Brewer Street, no coração


do Soho.
TORI

Alan Walker - Faded

Se não fosse a longa fila de pessoas esperando para


entrar e os notáveis grandes seguranças em frente as portas
de madeira, eu nunca imaginaria que aquelas portas eram a
entrada para uma impertinente Londres burlesca e cabaré
fantasia. Um lugar que é suposto dar uma das mais
estranhas experiências de boate em toda a vida noturna de
Londres.

Mesmo antes da Mercedes parar, os seguranças de Cash


saltaram de seus veículos e caminharam rapidamente para o
nosso carro. Todos os olhos viraram imediatamente curiosos
em nossa direção com o conhecimento de que uma
celebridade está prestes a sair dela.

A porta tanto de Cash e a minha são abertas ao mesmo


tempo. Eu tomo uma profunda respiração e saio nervosa.
Assim, muitos olhos estão em mim. Então Cash sai do outro
lado e instantaneamente há gritos e assobios selvagens. As
pessoas começam a chamar seu nome. Câmeras começam a
piscar.

Cercado por sua equipe ameaçadora de guardas, Cash


olha para mim, sorri e graças a Deus, pega a minha mão na
sua. Então nós somos rapidamente escoltados para as portas
de entrada.

De repente, um bando de meninas sai da fila e correm


para a frente guinchando o nome de Cash e estendendo suas
mãos para tocá-lo. Eu imediatamente me sinto intimidada
pelo surto, mas Cash parece levar tudo na boa. Ele solta
minha mão e paramos. Ele até mesmo agita algumas mãos.
Uma menina implora o autógrafo dele e de repente empurra o
braço para ele. Imediatamente a equipe de segurança de
Cash forma uma parede para bloqueá-la.

— Ei, está tudo bem, — Cash diz, e pega uma caneta de


um dos seguranças da equipe para assinar seu braço.

— Eu te amo, — ela grita enquanto as cordas vermelhas


são levantadas e somos levados rapidamente para o que
parece ser um grande teatro com dois andares e metros e
metros de veludo vermelho luxuoso, embelezado de ouro
requintado e velas em todos os lugares.

Belezas nuas e oleadas pendem do teto e dançam no


topo de banheiras. Eu sei, estranho, mas maravilhoso. Uma
mulher chamada Ashleigh, uma das anfitriãs, vem para
mostrar uma área de festa privada e isolada.
Há assentos vermelhos de banquete e eles já estão cheio
de gente. As únicas pessoas que reconheço são Octavia e
Gavin e dois outros membros da Alkaline. Octavia sorri com
força para mim e Gavin me dá um sorriso lento.

Cash começa a me apresentar a eles. Há muitos para


lembrar, mas a coisa que eu observo de imediato é a rapidez
com que a outras mulheres me olham de cima para baixo,
então imediatamente decidem me ignorar. À medida que nos
misturamos eu sou deliberadamente acotovelada para fora do
caminho. Desgostosa, eu solto a mão de Cash e quase
instantaneamente outras pessoas me empurram do caminho,
como água fechando algo. Eu viro para voltar para a mesa e
um par de braços fortes me pega pelos antebraços.

— Ei, — Cash diz, me virando. — Onde você acha que


vai?

— Olhe. Eu sei que todo mundo quer falar com você. Eu


não os culpo, você é a estrela. Eu só vou voltar para a mesa e
esperar por você lá.

Ele franze a testa.

— Porra nenhuma. Você está comigo. Se eu quisesse


passar a noite com eles, eu teria vindo sozinho.

— Cash, — alguém chama.

— Veja, — eu digo suavemente.

— Não, eu não vejo, — ele diz e colocando o braço em


volta da minha cintura vira para a pessoa que o chamou.
Agora que está claro que eu farei parte da conversa e não
posso ser empurrada para fora, alguns do grupo
relutantemente me incluem em sua discussão.

Entendo que minha voz não é bem-vinda, então não digo


muito. Eu só ouço o que todo mundo tem a dizer e tento não
prestar atenção em Cash avidamente ou não me distrair com
o polegar esfregando lentamente nas minhas costas.

Graças a Deus pelos shows! Eu assisti com algo


semelhante ao espanto. Não admira que eles tenham uma
proibição de telefones e câmeras. Ninguém em casa
acreditaria no show de cabaré no The Box.

Dois travestis nus sugam o conteúdo de uma garrafa de


champanhe em suas bundas e, em seguida, espirra sobre o
público. Não você não entendeu isso errado. Eu disse bunda
e não boca. Cash ri da minha chocada expressão e me diz
que isso é o que significa transcender o conceito de
indecência! Há também shows de strip e um bastante
impressionante comedor de fogo.

Eventualmente, o alimento é pedido. Todo mundo tem


hambúrgueres e batatas fritas, uma vez que parece ser a
única coisa no menu. Após o show, o DJ toca abundância de
hits de dança e a pista de dança enche. Quando Cash pede
desculpas para ir ao banheiro, Robbie, um dos outros
membros da banda, que está muito bêbado, se vira para mim
e diz:

— Ei, Yoko. — Há algo desagradável em sua voz. Isso


recebe a atenção de toda a tabela.

— Do que você me chamou? — Pergunto.


— Você está planejando ser uma Yoko? — Ele diz
novamente, desta vez mais alto.

Eu sinto meu rosto começar a queimar. O que é uma


Yoko? Todos os olhos na mesa estão em mim. Alguns deles
estão zombando abertamente.

— Deixe ela em paz, Robbie, — diz Gavin.

— Não, a deixe responder, — Octavia diz, sua


mandíbula apertada.

Sento para frente, a raiva assalta em meu intestino, mas


eu mantenho minha voz ainda. De maneira nenhuma vou
deixar esse bando de mimados, intitulados de olhos verdes,
merdas de imaturos chegar a mim.

— Eu responderia se soubesse sobre o que estava


falando.

— Você sabe da Yoko Ono. O grande erro de John


Lennon. A cadela que dividiu os Beatles.

Com a exceção de Gavin todos naquela mesa eram


hostis comigo.

As mulheres estão borbulhando com ciúme e os homens


se sentem ameaçados que eu vou atrair sua estrela preciosa
para longe deles. Cash e eu estamos quase começando nosso
relacionamento, é a apenas o estágio de sexo, e ainda assim
todas essas pessoas me veem como uma espécie de Jezabel.

— Não tenho absolutamente nenhuma intenção de


quebrar o grupo, —digo claramente.
— Vamos esperar que sim, — um homem em um terno
diz sarcasticamente.

Octavia não diz nada. Apenas me olha com ódio


brilhando em seus olhos.

A intensidade de sua animosidade me choca e viro


cegamente para a única pessoa que parece oferecer qualquer
tipo de apoio.

Gavin pisca para mim como se dissesse que fiz bem e eu


agradeço.

Todo mundo está deliberadamente me observando e


tentando me fazer sentir indesejada, então eu casualmente
pego uma frita do meu prato e coloco delicadamente em
minha boca, como se não sentisse as ondas de ódio vindo
para mim. Mastigo lentamente, o sabor parece um maço de
frios jornais na minha boca. Então, sem aviso, todo mundo
começa a falar e rir normalmente, eu olho para eles pensando
que eu devo estar louca quando sinto uma mão quente no
meu ombro. Ah, eles o viram chegando. Eu olho para cima
para ele com alívio.

— Quer dançar? — Ele pergunta.

Eu não posso nem falar. Apenas aceno e fico de pé. Ele


me leva a uma das plataformas pequenas levantadas em todo
o clube que estão sendo usadas como minipistas de dança.
Desvaneço quando Cash me leva em seus braços. Ele não
dança como qualquer outra pessoa. Ele apenas me segura
perto de seu corpo, suas mãos me envolvendo, e move
lentamente, de modo que a única coisa entre nós é a música
que roda em torno de nós. Ele olha nos meus olhos e sorri
tanto tempo e lento e acho que meu coração vai parar. Todo o
tempo eu posso sentir sua ereção imprensar no meu
estômago.

— Isso é o que você faz, — ele sussurra.

— O quê? — Eu sussurro de volta.

Ele põe a testa na minha.

— Você me faz desvanecer.

Meu cérebro se recusa a acreditar. Impossível.

— Não o adorado, famoso, deus do sexo, Cash Hunter?


— Eu coaxo.

Seus lábios estão uma polegada de distância do meu.

— Você sempre tem que ser irritante? — Ele pergunta.

— Eu percebo besteiras quando cheiro, — eu digo.

Ele ri.

— Você está certa. A verdade é que você me deixa duro


para caralho que não posso sequer pensar direito mais, — diz
ele e leva meus lábios.

Meu coração bate e eu realmente sinto como se estivesse


me afogando em Cash Hunter. Quando ele tira sua boca eu
olho para ele, atordoada, minhas pernas como geleia e minha
cabeça gira.

— Desculpe, podemos ter um autógrafo, por favor? —


Uma voz diz e eu salto.
Assustada, eu balanço a cabeça para duas jovens não
muito mais velhas do que eu, seus rostos animados e cheios
de emoção.

Elas estão olhando para Cash como se não pudessem


acreditar em seus olhos. Viro a cabeça de volta a ele e ao
contrário de como ele foi lá fora, há agora uma expressão de
extrema irritação no rosto. Ele fecha os olhos, toma uma
respiração profunda, e se vira para elas.

— Não agora, — diz ele com firmeza.

Elas parecem tão completamente esmagadas que sinto


muito por elas. Eu me vejo nelas. Uma vez essa era eu. Eu
teria matado por um autógrafo. OK talvez não matado, mas
eu não poderia ter comido durante dias, ou algo igualmente
difícil. Viro para Cash e sorrio.

— Vá em frente. Eu não me importo.

Uma expressão cruza seu rosto. Ele olha de repente


cansado e mais velho. Ele me deixa ir e vira em direção a
elas, o rosto público de Cash Hunter cai no lugar e ele pisca
um de seus sorrisos de superstar.

Uma delas entrega um guardanapo de papel e a outra


um pedaço de papel com logotipo do clube na parte superior.
As meninas olham para ele com adoração enquanto ele
assina. Eles agarram os seus prêmios ao peito e elas
agradecem profusamente.

Ele vira para mim.


— Você está pronta para pegar a estrada? — Eu
concordo.

Ele pega a minha mão e nós vamos em direção à


entrada.

— Você não tem que dizer a seus amigos primeiro? —


Eu pergunto curiosa.

— Nah, eles vão descobrir isso em breve.


CASH

— Se você não tirar esse vestido agora eu vou rasgá-lo —


digo a ela, quando fecho a porta atrás de mim e inclino contra
ela.

Ela vira com os olhos piscando. Ela não gosta de receber


ordens. No entanto, ela chega atrás para o zíper. Eu a vejo
deslizar as pequenas peças pretas de material coberto de
flores de ouro para baixo dos braços. Ela não está vestindo
um sutiã e os mamilos já estão duros como pedras pequenas
prontas.

Cuidadosamente, ela sai do vestido. Vejo pendurar o


vestido sobre uma cadeira. Há algo insolente sobre a maneira
como ela deliberadamente tira em seu próprio tempo doce,
mesmo que eu saiba que ela está selvagem por isso e
encharcada.

Faz eu querer puni-la.

Transar com ela até que sua boceta esteja crua.


— Vá para o meu quarto e sente na cama. Com as
pernas abertas.

Por um segundo, ela me encara desafiadoramente, em


seguida, ela vira e obedece. Eu puxo minha gravata borboleta
e vejo seu traseiro sexy enquanto ela anda nua, mas naqueles
saltos sexy, em direção ao meu quarto.

Eu começo a desabotoar minha camisa.

— E, porra, não tire esses sapatos, — Eu chamo.

Ela não responde.

Porra, a menina está implorando para ser punida.

Dou mais alguns segundos antes de aparecer na porta,


sem terno, sapatos e camisa. Ela está sentada apoiada contra
os travesseiros e como instruí suas pernas estão abertas. Sua
vagina está inchada, as dobras brilhantes projetam
convidativamente para fora dos seus lábios sexuais. E aquele
pequeno buraco apertado. Parecia implorar para ser
preenchido e meu pau pulsava para entrar nele.

Sorrio lentamente enquanto arranco a última das


minhas roupas e avanço.

Seus olhos estão fixos no meu pau e seu peito sobe e


desce rapidamente.

Quando estou perto o suficiente, o cheiro inebriante de


sua excitação enche minhas narinas e essa coisa estranha e
bela acontece novamente. O resto do mundo deixa de
importar. Eu perco o controle.
Como um homem faminto, ataco violentamente o sexo
deliciosamente pegajoso dela. Enfio minha língua em seu
buraco e ela engasga meu nome. Assistindo seu rosto, eu
continuo empurrando minha língua profundamente dentro
dela até que eu sinto o seu batimento cardíaco dentro de sua
vagina. Rápido. Animado. Surpreendente. Então chupo seu
clitóris como um homem sugando um pedaço de caramelo até
que ela goza com uma força que sacode seu próprio núcleo.

Ergo minha cabeça e vejo.

Espalhada no meu travesseiro. Seu cabelo de anjo


emaranhado, sua boca separada, os olhos vidrados, e seus
seios maduros corados. Deixo meus olhos viajarem até seu
sexo, aberto, indefeso, e pulsando por mim ... e eu sinto
aquele selvagem e feroz desejo de marcá-la.

Chamá-la minha.

Porra, fazê-la minha.

Colocando minhas mãos em cada lado de seu corpo, eu


a monto. Ela choraminga e suas mãos apertam meus braços
firmemente enquanto a cabeça espessa do meu pau a
estende.

— Oh, Cash, — ela treme quando eu forço até que sua


boceta engole todo o meu pau. Todo seu corpo se sacode
enquanto eu a furo ferozmente. Não demora muito para eu
explodir dentro dela, minha semente derramando em toda
parte, cobrindo seu interior.

Eu puxo fora dela e caminho até o armário. Eu abro e


remexo dentro de uma gaveta. Eu coloco minhas mãos sobre
um vibrador vermelho. Eu trago de volta para a cama. Ela
ainda está ali deitada, com as pernas abertas e minha porra
escorrendo dela.

TORI

Eu fico olhando para ele em silêncio.

Ele segura um vibrador vermelho para mim.

— Coloque dentro de você e se faça gozar, — diz ele.

— Estou cansada. Eu não quero gozar mais.

— Faça isso por mim, — ele me persuade suavemente.


— Eu quero assistir.

Estendo minha mão e ele coloca nela. É feito de


borracha e está frio. Eu nunca tive um vibrador dentro de
mim antes.

— Coloque para mim, — eu digo.

Ele balança a cabeça.

— Eu quero ver você dar prazer a si mesma.

— Por favor, —imploro.

Ele pega o vibrador e abaixa entre as minhas pernas. A


cabeça é muito grossa e ele coloca na minha entrada e
empurra para dentro de mim enquanto avidamente observa a
coisa vermelha entrar em mim.
— Jogue com você mesmo enquanto eu te fodo com isso,
— diz ele.

Eu círculo meu clitóris enquanto ele empurra o


instrumento espesso em mim. Quanto mais alto eu subo
mais sua velocidade aumenta até que finalmente o clímax
vem tão forte que eu soluço seu nome. Ele fica lá me olhando.
Eu alcanço o vibrador para puxá-lo.

— Não tire o brinquedo, — ele comanda.

Eu deixo de lado o brinquedo e permito pendurar minha


mão mole para o lado do colchão. Incapaz de suportar os
olhos em mim e com o brinquedo ainda dentro da minha
boceta saciada, eu viro. Ele circula um tornozelo com a mão e
levanta minhas pernas para que elas façam um grande V. Eu
vejo o brinquedo vermelho brilhante saindo dela.

— Bonita, — ele diz suavemente.

Ele pega o brinquedo, puxa para fora de mim com um


som de sucção e coloca entre meus lábios.

Dou uma respiração afiada e no começo eu me recuso a


abrir a boca. Eu o encaro desafiadoramente. Então,
lentamente, abro a boca e o brinquedo desliza entre meus
lábios.

— Chupe, — ele ordena.

Eu obedeço.

Ele sorri lentamente. Então, ele abaixa e chupa minha


boceta. Dá voltas até todos os sucos saírem.
Gosto da sensação de seu lamber suave. Quando ele
levanta a cabeça eu suspiro.

— Isso foi bom, — eu sussurro.

— Isso vai ser melhor do que bom, — ele diz, e empurra


seu pau em mim mais uma vez. Ele me bate até que ele goze,
com as mãos segurando meus quadris possessivamente e
com um rugido triunfante. Ele deita ao meu lado, o cheiro de
sexo em volta de nós.

— Cash?

— Mmmm ...

— Por que você não queria dar um autógrafo a essas


duas meninas no clube? Pareceu um pouco mau. Era tão
pouco para fazer e era óbvio como era importante para elas.
Teria sido algo que teria estimado por um longo período de
tempo, talvez mesmo para o resto das suas vidas. Anos a
partir de agora elas vão falar sobre a vez que se encontraram
com Cash Hunter.

Por alguns segundos Cash não diz nada e acho que ele
não vai me responder, então ele suspira.

— Os fãs pensam que possuem você. Eles têm o direito


de andar até você em qualquer lugar que o ver e ter seu
pequeno pedaço de você. Na maior parte eu posso colocar o
meu rosto de “artista” e assinar seus CDs ou pequenos
pedaços de papel ou partes do corpo, mas às vezes, como
hoje à noite, quando eles querem se intrometer mesmo em
meus momentos de menor privacidade e beleza, eu perco
isso.
Ele vira a cabeça para olhar para mim.

— Porra, Tori, alguns deles são tão loucamente, eles


simplesmente não podem ter o suficiente. Eles estão tão
loucos que realmente vêm até mim e dizem que seus quartos
são santuários para mim! Você pode acreditar nisso? Eles
possuem cada registro de Cash Hunter, caneca, colher,
fronha, boneco. Porque eles assistem cada vídeo e
documentário e leem cada artigo de revista sobre mim, eles
pensam que sabem quem eu sou. Como eu penso. Como eu
me sinto. Eles pensam que conhecem o verdadeiro Cash
Hunter.

Ele levanta em seu cotovelo.

— Cash Hunter é uma fantasia. Criado em parte por


mim, mas principalmente pelas máquinas fotográficas da
empresa, e reforçadas por uma mídia mercenária faminta de
escândalos de celebridades. A ironia é que mesmo eu não sei
quem é a porra de Cash Hunter querida.

Ele coloca a mão na minha barriga e acaricia


distraidamente.

— Os piores são os que espreitam você e tentam passar


o seu número para você através de todos os meios possíveis.
Eles vão bombardear o registro da empresa com mensagens
de amor e tudo o mais. Eles virão para shows e eles vão
mentir, enganar e fazer qualquer coisa para chegar nos
bastidores. Esses são os que querem ficar comigo. Como se
ser fodida por mim fosse mudar suas vidas de alguma
maneira significativa. Há algumas que prometem nunca lavar
novamente. Quer dizer que você pode acreditar que merda!

Ele balança a cabeça e eu sinto escoar a frieza em meu


coração. Eu me vejo do seu ponto de vista. A fã louca que ele
está descrevendo uma vez fui eu. Meu quarto era um
santuário para ele. Eu li e assisti tudo sobre ele e me
convenci de que eu estava apaixonada por ele.

— Não é maravilhoso que seus fãs te amem tanto? — Eu


sussurro.

— Não, não é maravilhoso ser assediado, ou ter suas


roupas arrancadas de seu corpo, ou ter meninas fazendo
amizade com sua irmã apenas para chegar até você. Isso
definitivamente não é maravilhoso quando uma delas veio à
porta, quebrou uma janela e acabou dentro da minha casa.
Ela disse à polícia que ela não queria causar qualquer dano.
Ela era apaixonada por mim e só estava procurando
lembranças minhas.

— Bem, eu realmente deveria ir, —digo e minha voz


treme. Meu coração estava ferido. O que ele vai pensar
quando eu disser sobre mim? Sobre a eu de verdade? A eu
que era louca por ele? A que atravessou metade do mundo
para fechar a porta na minha paixão? Será que eu também
me tornaria essa pessoa que ele tem tanto desprezo?

— Você está bem? — Ele pergunta com uma careta.

Eu forço um sorriso.

— Sim. Só não quero cair acidentalmente no sono aqui.


— Quando você pretende dizer a minha irmã? Eu não
gosto deste ficar se esgueirando?

— Em breve, — eu prometo.

Mas primeiro eu tenho que dizer sobre a eu real e então


você não vai querer estar em um relacionamento comigo.
TORI

Desde que a festa de aniversário de Britney não é mais


uma surpresa, ela decidiu fazê-la uma semana depois. Logo
após o show de Alkaline em Milão, na verdade. O show é em
uma sexta-feira e a festa será naquela noite de sábado na
residência Hunter. O plano é que todos possam voar de volta
para ela.

Os dias que antecederam o show são um tempo ocupado


para Cash. Ele está no estúdio de gravação trabalhando em
seu novo álbum. Ele trabalha a partir do meio da manhã até
tarde da noite ou até mesmo as primeiras horas da manhã,
então ele envia um carro para me levar ao seu apartamento
para se certificar de que eu já esteja lá pelo tempo que ele
entra.

Mesmo que ele tenha trabalhado durante todo o dia e às


vezes parecesse morto em seus pés, ele ainda estará cheio de
energia reprimida. Na maioria das noites ele cai sobre mim
como um animal faminto. Depois disso, ele está sempre com
fome.

— O que acha de um pouco de comida chinesa? —


Pergunta ele naquele dia.

— Já é uma hora. Eu vou engordar comendo tão tarde


todas as noites. — Eu resmungo.

— De jeito nenhum. Você come apenas o suficiente para


existir.

— Eu como muito durante o dia, obrigada. Está tudo


bem para você. Você está praticando movimentos de dança
durante todo o dia e queimando a energia em shows, mas
comer a esta hora da manhã é uma má notícia para alguém
cuja ideia de exercício é mergulhar um par de nuggets de
frango em molho de churrasco.

Ele sorri e me entrega o folheto com o menu do Green


Jade Royal Cuisine. Na frente contém a legenda em letras
vermelhas.

“Coma mais! Quanto mais pesado você for, mais difícil


será sequestra-lo.”

— Obrigada pela sugestão Green Jade Real Cuisine, mas


não tenho absolutamente nenhuma intenção de frustrar os
meus sequestradores por me deixar ficar gorda.

Cash ri.

— Bem. Você pode me assistir comer.


Ele liga e faz um pedido que iria alimentar uma equipe
de futebol. Depois que ele termina a chamada, ele deixa cair o
celular sobre a mesa, e caminha até mim.

— A comida estará aqui em trinta minutos. Quer ter um


chuveiro comigo?

— Festas a meia-noite e chuveiros. Todas as ofertas


perigosamente tentadoras, mas eu acho que vou passar.

Ele inclina a cabeça.

— Estranho como isso saiu como uma pergunta. Isso


pretendia ser uma ordem.

Eu rio.

— Eu não sei com que tipo de garotas você estava


pendurado, mas toda essa merda de homem das cavernas
macho não funciona comigo.

— Não? — Ele pergunta como se desse uma


consideração séria a minha declaração.

— Não, — eu digo com firmeza.

Ele balança a cabeça, se abaixa e me apanha ainda


rindo e protestando.

Sim, tomamos um banho, muito interessante. Um que


realmente abriu meu apetite. Corada e envolvida em uma das
grandes toalhas de Cash, eu sento na sala de estar ao lado
dele com toda a comida distribuída na mesa baixa de café.

Eu assisto suas mãos grandes e maravilhosamente


masculinas desembrulhar uma panqueca, espalhar uma fina
camada de molho de ameixa nela e carregá-la com carne de
pato desfiado.

Em seguida, ele coloca pepino juliene e cebolinha em


cima da carne, enrola-a, e dá uma mordida saudável.

— Então, o que você fez no trabalho hoje? — Pergunto.

— Você seriamente quer saber?

Eu pego um biscoito de camarão.

— Uh huh.

— Estávamos entregando os vocais para as novas faixas.

Eu mordo o biscoito e deixo-o derreter na minha língua.

— Como está soando?

— Eles têm que misturá-lo ainda mais claro, e o produto


final soará totalmente diferente, mas até agora, não é ruim.

— Bom, —digo e casualmente pego uma garra do


caranguejo e mergulho em um recipiente com molho de
pimentão doce. — Então ... Octavia estava lá?

Ele começa a construir outra panqueca.

— Ela apareceu um pouco, sim.

Eu arrasto a garra no molho.

— Ela não ficou?

Ele para de mastigar.

— Octavia no estúdio? Não, ela apenas registra o estúdio


às vezes para nós.
— Será que ela não fica para se certificar de que tudo
funciona e coisas assim?

— Octavia tem muitos talentos, mas ela não é


engenheira de som ou produtora de música.

— Mas ela é uma boa gerente, não é?

Ele pega um par de pauzinhos.

— Ela é um agente de Relações Públicas formidável. Ela


pode fazer o público pensar que o preto é branco e branco é
você.

Eu deixo meu dedo traçar a beira da mesa.

— Cash, você já, eu quero dizer, você tem ... hum.

Ele usa seus pauzinhos para pegar um pedaço de


frango.

— O que? Cuspa.

— Você sabe, você já, bem, dormiu com Octavia?

Ele me dá um olhar estreitado.

— Porra Tori. O que você pensa que eu sou? A mulher é


minha gerente.

— É apenas a maneira como ela fala. Como se possuísse


você, ou tivesse algum tipo de seguro em você.

Ele olha para mim, incrédulo.

— Então você acha que peguei ela?

— Eu só estou perguntando.
— Bem, a resposta à sua pergunta original é um grande,
gordo nunca. Ela é a última pessoa que você tem que se
preocupar ou sentir ciúmes. Ela não tem nada que eu quero.

Eu aceno, aliviada, mas tentando não mostrar.

— Eu não estou com ciúmes ou qualquer coisa assim, —


nego formalmente.

Ele sorri de repente.

— Você não está com ciúmes? Você está totalmente


ciumenta.

— Eu não estou.

— Então, por que todas as perguntas? — Ele questiona.

Eu dou de ombros.

— Eu só queria saber onde me encaixo no esquema das


coisas.

Ele coloca seus pauzinhos para baixo, move para trás


na cadeira, então enrola sua mão em torno de meus pulsos e
me puxa para que eu caia em seu colo. Levemente ofegante
eu olho para o seu rosto.

— Onde você se encaixa? Você se encaixa, porque eu


meio que gosto de transar com a pequena PA da minha irmã.

Eu deslizo minha mão debaixo de sua camisa e


levemente arranho a pele do seu peito nu.

— Meio que gosta?

— Apague isso. Porra, eu não me canso da pequena PA


da minha irmã.
Eu rio.

— Sim?

— Sim, ela me tem todo amarrado em torno de seu dedo


mindinho.

— Certo. Eu só vou arquivar isso em Ficção, posso?

Seus olhos ficam subitamente sérios.

— Por quê? Não parece assim para você?

Eu olho em seus olhos.

— Você quer saber o que realmente parece para mim. A


verdade verdadeira?

Ele balança a cabeça lentamente.

— Você tem tantas opções. Você vai jogar comigo por um


tempo, então vai me deixar. Se eu acho que é apenas sexo,
então vou estar bem quando esse dia chegar. Se eu achar que
é alguma outra coisa, eu vou ser ferida.

Ele acaricia meu cabelo.

— Eu não sei o que o futuro nos reserva, Tori, mas sei


algo. Eu nunca me senti assim com qualquer menina antes.
Eu não posso nem suportar quando você fala com outros
homens. Tenho vontade de arrancar a cabeças deles.

Eu sinto uma onda de pura alegria encher meu coração.


Meus lábios alargam e eu não consigo parar de sorrir como
uma idiota.

— Sério?

— Honesta verdade de Deus.


Naquele momento eu realmente quero confessar sobre a
minha paixão de infância, por isso que eu tenho o trabalho de
PA para a sua irmã, basicamente tudo, mas ele tem um
camarão e coloca-o na minha boca.

— Não há mais conversa. Eu tenho outras coisas


planejadas para essa tua boca.
TORI

Às vezes Cash olha para mim com algo mais do que


luxúria em seus olhos, mas uma parte de mim se segura e
nunca revelei que estou apaixonada por ele. Eu nunca
poderei deixar passar o que ele disse sobre esses fãs loucos
que constroem santuários. Eu sei que deveria dizer, mas cada
vez que tento, eu simplesmente não consigo dizer, e quanto
mais eu deixo de falar, mais difícil se torna dizer a verdade.
Eu prometo a mim mesma que vou dizer a ele. Em breve.
Muito em breve.

No sábado à noite antes da festa de Britney, eu me


encontro com Cash na porta da frente em um top preto
atrevido que deixa o meu umbigo à mostra, uma saia de
couro, e botas de couro preto.
Seus olhos arregalam.

— Bem, bem, — ele pronuncia lentamente.

Mas eu balanço minha cabeça e o pegando pela mão,


sento na mesa de jantar, onde coloquei a minha surpresa.

— Que...

— Shhh, — digo e coloco uma peruca marrom escura


em sua cabeça. Então eu colo um nariz falso, mas parece real
em seu rosto. Usando um quadrado de esponja, eu aplico
uma base ligeiramente mais escura que sua pele em todo o
seu rosto e cuidadosamente misturo em seu cabelo, em
seguida, coloco um pouco em seu pescoço também. O resto é
fácil. Eu coloco um bigode e barba pequena e voilá ele está
irreconhecível.

Eu inclino para trás para admirar os meus esforços.

— Para onde estamos indo? — Ele pergunta, seus olhos


vivos com entusiasmo.

— The Ministry Of Sound, —digo com um sorriso. Eu


tenho vontade de ir lá desde que cheguei neste país.

Nos esgueiramos na parte de trás do prédio e chamamos


um táxi preto que passa.

Há uma longa fila de pessoas que serpenteia ao redor do


prédio e nos juntamos a ela. Cash parece impaciente. Eu
percebo que ele nunca entrou na fila para ir a qualquer lugar.
Não importa aonde ele vá, ele é introduzido imediatamente e
levado para as seções VIP.
Eu não acho que ele gosta da experiência de espera na
fila. Bem-vindo ao mundo real. Pior ainda, quando chegarmos
à entrada eu largo minha bolsa e enquanto estou no chão
pegando meu batom os seguranças dizem a Cash que ele não
pode entrar. Eles não o consideraram bom o bastante para
entrar em seu clube! Mas quando eu me endireito eles me
dizem que eu posso entrar.

Digo que estou com Cash, e depois de uma breve


hesitação nós dois entramos. Eu não consigo parar de rir ao
ver a expressão no rosto de Cash. Ele olha chocado. Ele
nunca foi recusado em qualquer lugar. Lá dentro é o mesmo,
ninguém corre para servi-lo, paira sobre cada palavra sua, ou
importuna por autógrafos. Eu acho que ele poderia ter
secretamente odiado ser completamente ignorado, mas depois
de um tempo ele realmente se acostuma.

Ele pode se comportar do jeito que quiser, sem se


preocupar com isso virando notícia, e a maneira como ele se
comporta é quase fazendo sexo comigo na pista de dança.
Nós bebemos, dançamos, nós rimos, falamos e simplesmente
desfrutamos estando um com o outro. Assim como qualquer
outro casal normal em um clube.

Quando ficamos cansados, sentamos nos alto-falantes


enormes com um grupo de outros foliões. Sentamos com os
ombros tocando e nossas pernas balançando enquanto
falamos com os outros. Eles são pessoas comuns, realmente
agradáveis e sem ir ao ar. A conversa é leve e fácil.
Oferecem comprimidos que afirmam ser fantásticos,
mas nós recusamos. Estamos em uma elevação natural que é
difícil de bater com produtos químicos. Eles parecem muito
fora, mas são simpáticos. Eles dizem que são da Itália e que
estão trabalhando em um dos restaurantes em Chelsea. Uma
das meninas realmente diz a Cash que ele deveria raspar a
barba porque assim pareceria um pouco com Cash Hunter.

— Você sabe o que? Eu acho que ela poderia estar certa,


— digo examinando atentamente o rosto de Cash.

— Não, — Cash diz modestamente.

— Sim, — diz ela. — Você deve fazer a barba. Você vai


ser, como se diz, um bell-uomo.

— Um homem bonito, — seu namorado, o chef, oferece.

— Você gosta de Cash Hunter? — Eu pergunto a ela.

— Siiiiiim, — diz ela. — Eu o amo. — Ela balança a


cabeça em admiração. — Ele é muito bonito.

O namorado dela pega meus olhos e gira o dedo


indicador no lado de sua cabeça.

— Ela está louca, — diz ele.

— Por que ela está louca? Eu gosto dele também, —


Rosella, a garçonete, admite desafiadoramente.

Seu namorado balança a cabeça, exasperado.

Eu olho para Cash.

— Eu também. Eu sou louca por ele também.


— Você está tentando me fazer ciúmes? — Cash
pergunta.

— Sim, — eu digo.

Então Stefano, o cara único no grupo, vem até nós com


sete garrafas de cerveja e a conversa se move para outras
coisas.

Quando estamos saindo, Cash puxa quatro bilhetes


para o seu show em Milão do bolso de trás.

— Melhores lugares da casa. Se você não quiser ir,


venda na Internet. Eles são no valor de £ 200,00 cada, — diz
ele.

Enquanto eles ainda estão olhando para os bilhetes


estupefatos, escapamos. Lá fora já está claro. São quatro
horas da manhã, mas estamos bem acordados. Táxis
reunidos chamam por nós.

— Devemos pegar um deles? — Pergunto.

— Sim, vamos comer alguma coisa no Soho, — diz ele


com a emoção de um menino.

Eu olho para ele, tão feliz que eu acho que vou estourar.

Nós sentamos em um restaurante chinês comendo


lagosta com gengibre e ovo frito com arroz. Nos beijamos e
seu bigode cai em seu arroz. Ele pega com os pauzinhos e
coloca de volta em seu rosto coberto de arroz e faz uma cara
engraçada. Eu rio tanto que meu estômago dói. No táxi de
volta eu caio dormindo no peito de Cash. Ele me acorda ao
virar da esquina da residência Hunter. Abro os olhos, olho em
seus olhos e ofegante sussurro seu nome em surpresa.

— Cash. — Então eu lembro onde estou.

— Vamos, eu vou levá-la na porta da frente, — diz ele.

Eu fico por um momento na calçada. É quase cinco e


meia e há um homem passeando com seu cachorro. Eu acho
que nenhum de nós queria que a noite terminasse. Eu olho
ao nosso redor. Então eu digo:

— Durma bem.

— Vá em frente. Vou esperar até você entrar e fechar a


porta.

Estou na frente dele, desesperadamente não querendo


que a noite termine. Eu nunca quero esquecer esta noite.

— Foi uma bela noite. Posso tirar uma foto de você


assim? — Pergunto.

Ele faz poses estranhas para mim e rindo eu tiro


algumas fotos.

— Vejo você amanhã, — eu digo.

— Até mais tarde, — diz ele.

Eu corro até as escadas. Abro a porta, entro e aceno


para ele.

— Pelo jeito esqueci de te dizer que o seu nariz parece


ridículo, —digo.

Ele toca o nariz falso e ri. Eu fecho a porta e encosto


nela. Cristo, estou tão apaixonada.
O tempo parece passar tão rapidamente. Antes que eu
saiba, Cash está me dizendo que vai partir para Milão de
manhã.

— Eu queria que você viesse comigo, — diz ele.

— Eu vou com a Britney mais tarde na parte da manhã


como nós combinamos. De qualquer maneira, você estará em
ensaios e passagens de som e não vai ter tempo para mim.

Ele faz uma carranca.

— Vou permitir isso agora, mas juro que se você não


disser a Britney logo eu vou dizer a ela. A). Eu acho que é
besteira, Britney vai se importar de qualquer maneira. B) se
ela não gostar, terá que passar por cima disto. Eu amo minha
irmã, mas não vou eu vou deixá-la se intrometer nos meus
romances.

— Vou dizer a ela depois de sua festa de aniversário,


OK? — Eu prometo.

Ele não sabe que estou apenas ganhando tempo. Eu


preciso dizer a ele sobre mim, mas tenho medo que isso
possa arruinar tudo, por isso continuo adiando.

— É melhor, — diz ele com uma careta, — porque quero


que todos saibam que você é minha.

— Realmente eu sou sua? —Pergunto inocentemente.

— Toda minha. Cada polegada.


— Aja como se fosse, — eu digo com uma piscadela.

Então ele faz.


TORI

— Você está pronta, Brit? — Eu pergunto, batendo na


porta do quarto. Britney está sempre atrasada. Espero que
ela tenha pelo menos terminado de arrumar as malas.

— Entre, — ela chama. Sua voz soa estressada.

Eu viro a maçaneta e entro. Parece que uma bomba


atingiu o seu quarto. Lá tem roupas e sapatos sobre toda a
cama e no chão.

— Que diabos, Brit? Nós estamos indo por um dia! —


Exclamo incrédula.

— Eu sei. Eu sei, mas não podia decidir o que vestir. Se


tirasse todas as roupas e sapatos que poderia querer, então
eliminaria a possibilidade de estar devastada se a coisa que
eu realmente quero usar estiver na Inglaterra, — ela explica
com a lógica incompreensível.
— Certo, — eu digo, piscando lentamente. — Podemos
estabelecer que você tem tudo o que poderia querer, e que é
seguro fechar a sua mala e levá-la lá para baixo?

— Eu acredito que sim. No entanto, ainda tenho que


correr para o chuveiro primeiro.

— OK, rapidamente, por favor. Victor vai estar aqui em


dez minutos, — Apelo, deliberadamente aumentando a
urgência na minha voz.

— Não se preocupe, ele vai esperar, — diz ela friamente.

— Vou estar no meu quarto, — eu digo e a deixo.

Na minha cama está minha mochila. Eu só coloquei


duas mudas de roupas e não peguei nada para o show, já que
Brit e eu vamos às compras assim que chegar a Milão.

Eu ando até a janela e olho para fora. A rua está quieta


e eu de repente me sinto um pouco triste. Eu não ouvi sobre
Cash desde a última noite quando ele pegou seu voo,
enquanto estávamos todos dormindo. Enviei um texto quente
quando acordei esta manhã dizendo a ele como estava
animada. Acho que esperava um texto, algo, qualquer coisa,
mas nada.

Eu sinto um desconforto maçante no meu estômago,


mas digo a mim mesma que, obviamente, ele está
terrivelmente ocupado. Talvez ele dormiu no voo, e então sem
dúvida, foi atacado no hotel por hordas de adolescentes
gritando. De lá, os membros da banda teriam sido levados ao
estádio para os seus ensaios.
Um pensamento horrível, de repente entrou na minha
cabeça.

E se não é o maravilhoso homem engraçado, bonito, que


me seduziu tão perversamente que me encontrará em Milão,
mas o Cash Hunter, o Deus do Sexo e Menino mau? E se ele
estiver diferente? E se eu sou apenas uma garota com quem
ele transou e ele já seguiu em frente? O pensamento me
perturba, mas eu me tranquilizo rapidamente que tudo vai
ficar bem. Eu não deveria estar tão insegura.

Eu viro rapidamente quando ouço a voz de Britney


dividir o ar da casa. Sr. Hunter está fora e só Cora está.

— Preciso de ajuda Tori, não posso fechar minha mala,


— ela chora, ainda está em seu roupão de banho, seu cabelo
ainda molhado.

— Não se preocupe. Deixe isso para mim, —digo


automaticamente.

A verdadeira luta segue, mas eu domino a mala


sentando sobre ela e pressionando as bordas e Britney
empurra para baixo os bloqueios.

Ela bate palmas em agradecimento.

— Vamos, Brit. Seque o cabelo e se vista, — insisto.

— Sim, mãe, — diz ela descaradamente.

Assim quando ela liga o secador de cabelo, a campainha


da porta toca. Eu corro para a janela e vejo o carro
estacionado na rua abaixo.
— Victor já está lá fora, —grito sobre o som do secador
de cabelo.

— Seu transporte está aqui. Vocês estão prontas? —


Cora grita do fundo dos degraus.

Eu rapidamente corro para o topo das escadas e grito:

— Indo, — e retorno para apressar Britney. Finalmente,


depois que seu cabelo está seco e ela se atirou em algumas
roupas casuais, ela está sobre a mala gemendo que é muito
pesada para carregar. Eu vou até lá e eu mal posso movê-la.

Digo para esperar no quarto enquanto levo rapidamente


as minhas coisas das escadas para o carro e pergunto ao
motorista se ele se importaria de pegar a mala de Britney no
andar de cima, uma vez que é muito pesada para nós. Victor
sai imediatamente do seu assento e vai para cima.

— Tenha um bom tempo, sim? — Cora diz para mim.

— Eu tenho certeza que vou, — eu respondo quando


Britney desce com o motorista, que parece ter subestimado
totalmente o peso da mala, com o rosto vermelho como
beterraba e ele está respirando bastante pesadamente.

— Muito obrigada, — Britney diz enquanto ele abre a


porta.

Eu me ofereço para ajudar, mas, sendo um homem, ele


se recusa virilmente. Eu aceno adeus a Cora que está de pé
na porta, braços cruzados e sorrindo. Britney já tomou seu
lugar no interior, o motorista vai para frente e eu pulo para
dentro da parte traseira ao lado de Britney.
— Espero não ter esquecido alguma coisa. — Ela diz
com uma voz questionadora.

— E se você fizesse? — Eu digo, virando para ela. — Isso


só iria tornar nossa viagem uma aventura, — eu digo com um
sorriso.

Ela franze o nariz.

— Uma aventura? Como pitoresca, mas sim, suponho


que poderia ser uma aventura. — Ela toca meu braço. —
Estou muito feliz por você não estar cansada, Tori. Todo
mundo que conheço teria feito um ponto de fingir quão
tedioso tudo foi, mas você só vê tudo como se fosse um
presente emocionante.

— Para ser honesta, eu ainda não consigo acreditar que


estou indo para Milão em um jato particular, — Eu digo
animadamente.

— Oh, você vai se divertir, Tori. Eu voei algumas vezes


com Cash em seu jato e o voo comercial, simplesmente não
chega perto depois de ter voado no privado, — diz ela, com a
voz animada e alegre.

Eu sorrio feliz para ela. É maravilhoso ver o quanto ela


mudou, de mimada e infantil a estar feliz, jovem e alegre.

Uma hora depois chegamos ao aeroporto da cidade de


Docklands e o nosso motorista para ao lado de um jato
particular prata brilhante Embraer Legacy 500 com a sua
porta aberta, uma aeromoça sorrindo está nele. Assim como
nos filmes.
Britney ri quando vê minha reação espantada.

— É apenas um avião Tori.

— Apenas um avião? — Exclamo quando Victor abre a


porta.

— Feche a boca, — ela diz e me puxa para fora atrás


dela.

Um homem toma nossas malas e Britney sobe os


degraus me puxando quando uma rajada de vento quase me
derruba no último. Dentro, somos recebidas e mostradas a
cabine suntuosa. Eu largo meu corpo no assento de pelúcia e
é como cair em uma cama de luxo. Britney senta à minha
frente e ela está rindo do choque atordoado no meu rosto. Eu
rio para ela e, em seguida, um tratamento de estrela começa.
Toalhas quentes seguidas de champanhe rosa e um prato de
deliciosos canapés.

— Meu Deus, Britney seu irmão é uma joia. Isto é


apenas tão impressionante.

Britney levanta seu copo.

— Para nós termos um tempo fabuloso.

Nós brindamos.

— Para um tempo fabuloso, — Eu ecoo.

— Yay, — ela grita feliz. — Nós vamos ter um tempo


brilhante. Eu só sei disso.

Tomo um gole do champanhe gelado e deito.

— Mmmm.
Logo, o champanhe e o serviço fantástico me colocaram
em um ambiente descontraído. Brit está jogando Candy
Crush em seu celular e eu fecho os olhos e deixo minha
mente vaguear longe de Cash e saber o que ele está fazendo
agora. A próxima coisa que eu sei é que Britney está me
sacudindo com entusiasmo.

— Estamos aqui Tori! Estamos aqui!

— O quê? — Eu pergunto confusa.

— Olhe, nós estamos acima de Milão, — diz ela.

Eu puxo minha persiana e a luz do sol me atordoa


temporariamente antes de eu ver que ela está certa, estamos
apenas sobre o Milão.

— Parece incrível, — eu digo quando o piloto anuncia


que estamos preparando para descer. Britney alcança minha
mão e prende firmemente na dela. Alguns minutos depois,
aterrissamos em Milão.
TORI

Quando estamos prestes a desembarcar, um dos


tripulantes vem falar com a gente.

— Vocês têm uma mensagem da Sra. Knowles, a


secretária do Sr. Hunter, para que você saiba que ela
providenciou um motorista que fala Inglês. Ele irá levá-la
onde quer que você queira ir e vai esperar por você. Por favor,
não vá a qualquer lugar sem ele.

— Legal, — eu digo.

Agradecemos ao resto da tripulação à medida que


saímos do avião e entramos no sol glorioso. Mesmo que seja
apenas onze da manhã já está muito quente. Nossos
passaportes são verificados, em seguida, caminhamos para
uma Mercedes preta em marcha lenta na pista.

— Bem-vindas a Milão, — o motorista diz quando


chegamos ao carro. — Eu sou Fabio e eu vou cuidar de vocês
durante a sua estadia aqui.
— Ciao, Fabio, — Britney saúda alegremente e desliza
elegantemente na porta que ele mantém aberta para ela. Eu
entro do outro lado. Ele vai até a frente, entra, e vira para nós
passando para ambas os cartões com o seu número de
celular.

— Telefone para mim quando quiser ir a qualquer lugar


ou se você precisar de mim, Signorin, — diz ele.

Nós murmuramos nossos agradecimentos, e ele coloca o


carro em movimento. É só então eu ouço meu telefone soar e
ansiosamente pego da minha bolsa. Meu coração dispara
quando eu leio o texto.

Hey Gatinha. Estive pensando sobre não parar de te


foder. Meu pau está selvagem e estou me sentindo arrogante.
Então, se considere avisada. Compre algo sexy de morrer para
esta noite. Vejo você depois. X

Britney vê o largo sorriso no meu rosto e vira para mim


com um inquiridor olhar.

— Alguém te fez feliz, — diz ela.

— Sim, — eu digo.

Mal capaz de conter a minha felicidade, eu descanso e


vejo a paisagem ensolarada passar por nós. Uma hora mais
tarde, viramos nos fabulosos pilares que atravessam a
entrada do Hotel Principe di Savoia.

— Uau, é de tirar o fôlego, — Eu jorro.

— Eu sei e não posso esperar para ver nossos quartos.


O motorista nos deixa na entrada principal e entramos
no foyer enorme com a sua fabulosa cachoeira como peça
central. Na recepção somos recebidas por uma morena
italiana sensual e diz que temos uma suíte no piso superior.
Ela também passa um envelope branco com os nomes de
Britney e o meu nele.

— OMG! Vai ser muito divertido, temos a nossa própria


suíte juntas, — Britney grita enquanto eu abro o envelope.

— O que está no envelope? — Ela pergunta.

— Os nossos passes para o palco e ... uma carta, — eu


respondo.

— O que ela diz? — Ela pergunta espiando por cima do


meu ombro e lendo a carta.

Por alguns segundos, há silêncio enquanto lemos a


carta, em seguida, Britney está fazendo uma dança feliz ali
mesmo no hall de entrada elegante que cheira a muita grana.

— Ha, ha, ha, eu não posso acreditar. Cash pediu a Sra.


Knowles para abrir contas para nós na Fendi, Prada,
Moschino, Gucci e Versace. Nós podemos comprar o que
quisermos, — ela canta.

— A Sra. Knowles é realmente eficiente, — digo em voz


baixa. Eu nunca fui tão mimada em toda a minha vida.

— Brilhante, brilhante, brilhante estamos todas


organizadas, — Britney diz quando o funcionário se aproxima
e nos leva para o andar superior. A nossa suíte é de morrer
com uma mistura de elegância clássica e contemporânea
moderna. Britney reivindica o quarto com vista para a rua e
eu pego o com vista do jardim e piscina. Os banheiros são
impressionantes com mármore rosa e jacuzzi de
hidromassagem. Eu me jogo na cama e penso em Cash. Eu
mal posso esperar para vê-lo mais tarde.

— O que você quer fazer agora, Brit? — Eu grito em toda


a sala. — Nós temos seis horas antes precisar sair para o
estádio.

— Compras, obviamente, — diz ela aparecendo em


minha porta. — O que mais há para fazer em Milão? Vamos
às lojas da lista da Sra. Knowles.

Eu chamo o motorista e nos encontramos na


Quadrilatero d-oro (Retângulo de ouro). Nós visitamos tantas
lojas que perdi a conta. Na maior parte olhei com admiração
para a beleza, o brilho do design, e as incríveis escolhas que
eu vejo em exposição em Milão. As cores brilhantes, linhas
clássicas.

Britney compra uma roupa de calças listradas na Fendi


e um vestido muito bonito na Moschino. Ela também
encontra um saco de pele de cobra na Gucci e um par de
botas em Prada. Acho a compra perfeita em Versace. Um
minivestido com estampa de leopardo apertado e com uma
gola alta. O assistente de vendas, um homem gay com belos
olhos, em seguida, sugere um par de sapatos que eu nunca
pensaria em usar com o meu vestido estampado. Um Medusa
plataforma. Eu coloco e fico de pé.

— Muito sexy, — diz ele em seu forte sotaque italiano.


— Eles são perfeitos. Compre, — Britney diz com muita
firmeza.

Eu ando para cima e para baixo da loja. Ele quer uma


gata selvagem. Ele terá uma gata selvagem.

— OK, — eu digo.

São quase duas horas e estamos muito famintas,


portanto, paramos para almoçar no Caffè Baglioni no outro
lado da rua. Entre nós elegantes pratos de ovos e trufas,
steak tartare, salmão defumado, e lavamos tudo para baixo
com uma garrafa de champanhe.

Chegamos ao hotel bastante alegres, um pouquinho


bêbadas, e cerca de duas horas antes de sair para o estádio.
A adrenalina já está fluindo no meu sangue. Eu não posso
esperar para ver Cash. É como se nós não estivéssemos
separados por apenas algumas horas, mas semanas.

Britney está em seu quarto com a música a vários


decibéis de dança e está ocupada experimentando várias
roupas para depois, então eu decido aproveitar a Jacuzzi. Eu
deito e fecho os olhos. Com a adorável sensação de jatos de
água delicadamente explodindo em meu corpo, uma imagem
de Cash, a primeira vez que ele entrou no meu banheiro com
suas mercadorias de dar água na boca em exposição vem na
minha cabeça.

Lembro do seu cheiro viril, seu torso muscular


bronzeado, suas grandes mãos quando espalham minhas
pernas e imediatamente o meu corpo começa a doer por sua
marca de prazer. Minhas mãos se movem por conta própria e
começam a apertar meus seios e acariciar meus mamilos,
antecipando como será sentir ser tomada e fodida duramente
por Cash novamente.

Parece um sonho impossível que estarei na plateia


assistindo o herói de muitos dos meus sonhos molhados
adolescentes, e eu não vou gritar ou chorar seu nome, mas
vou voltar para casa com a coisa real, Cash Hunter.

Eu fico na frente do espelho, meu cabelo solto e


brilhante para trás, os olhos vivos com entusiasmo, a minha
pele rosada com todo o sangue correndo loucamente em volta
do meu corpo, e com apenas uma maneira de descrever o
meu vestido: sexy, sexy, sexy.

Eu só peço a Deus que Cash não ache que é muita


sacanagem.

Entro no quarto de Britney. Ela está entrando em uma


camisa de manga comprida com uma saia de linha, com
guarnição do laço preto. Sento na cama e digo que ela parece
incrível, mas ela tira e tenta mais duas roupas antes de eu
olhar para o meu relógio incisivamente, dizendo a ela para
não demorar muito mais tempo senão vamos perder o
concerto.

— Certo. Seja um diabo e abra uma garrafa de


champanhe e prometo que estarei pronta em quinze minutos.

Eu abro a garrafa que estava no gelo desde que entrei e


pego dois copos, e depois volto para seu quarto. Eu sirvo o
Champanhe e ofereço um copo.

— Para uma noite fabulosa, — diz Britney.


— Para um tempo fabuloso, — eu brindo.

— Estou tão feliz que estou com você, Tori, — Britney ri.

— E estou tão feliz, Britney, de vê-la feliz, — digo. Eu


quase não posso acreditar como a menina está mudando. Eu
mal reconheço este bom coração de menina quente.

Quinze minutos depois, ela está toda arrumada com


esmero no vestido preto e rosa Moschino que nós compramos
mais cedo e nós estamos prontas para rolar.

Eu chamo Fabio que diz que ele já está lá embaixo.

Ela pula para seus pés.

— Será que estou bem? — Ela pergunta e faz uma


rápida e ligeira volta instável.

— Eu vou ter dificuldade em manter os caras longe de


você esta noite, — digo a ela.

— Você não ouse, — ela adverte e começa a rir.

Deixamos a suíte e descemos. No foyer, um grupo de


rapazes italianos manda beijos e gritam,

— Bella, Bella.

Sorrimos e mantemos em movimento. Fabio está fora da


entrada, fumando um cigarro, olhando fresco e descontraído.

— Mediolanum Forum, Assago5? — Ele pergunta.

— Si, — eu confirmo.

5
O local do Show
À medida que saímos do pátio do hotel, eu percebo que
mal posso esperar para chegar lá, mas contenho meu
entusiasmo ao lado de Britney.

—Vaffanculo6 — Fabio grita furiosamente enquanto


freia.

Ambas, Britney e eu pulamos e nos apoiamos nos


assentos em nossa frente.

Ele encontra nossos olhos no espelho retrovisor.

— Desculpa. Toda vez que tem um grande show, o


trânsito fica muito ruim, — diz ele.

— Será que vamos chegar a tempo? — Britney pergunta


com a voz em pânico.

— Não se preocupe, Signorina. Eu sei todas as estradas


secundárias.

6
Palavrão em italiano
TORI

No final, leva apenas meia hora antes de avistar


enormes outdoors de publicidade da Alkaline em ambos os
lados da estrada. A banda parece fabulosa na foto do outdoor,
mas os meus olhos são atraídos para a grandiosa imagem de
Cash. Ele parece incrível. Fábio evita a enorme multidão que
está em uma longa fila de espera e nos deixa na entrada VIP.

Mostramos nossos passes VIP para dois seguranças


corpulentos.

— Vocês estão com a banda? — Um dos homens


pergunta.

Britney intervém antes que eu possa responder.

— Onde ficam os camarins da banda? Meu irmão é o


vocalista.

— Os vestiários ficam do outro lado da Arena—, o cara


diz, dando de ombros. — Nós estamos na seção Sul e eles
estão na Norte.
Olhamos desanimadas. Depois do que parece ser um
caminho terrivelmente longo, finalmente chegamos ao lado
Norte. Nós, então, temos que subir um grande lance de
escada até o outro andar. Meu coração bate forte tanto de
exaustão quanto do pensamento de ver Cash.

No topo das escadas, mais segurança nos aguarda e


temos que exibir nossos passes novamente. É um verdadeiro
centro de atividade agora, com pessoas correndo para todo
lado, falando em walkie-talkies. Nós paramos do lado de fora
de uma porta que diz: Camarim da Banda. Privado. Não
Entre. Em um cartão, abaixo do aviso, lê-se: Cash Hunter. Eu
sinto, de repente, dificuldade em respirar, e puxo a barra do
meu vestido apertado. Britney bate na porta e grita,

— Você está decente? Estamos entrando.

Cash responde,

— Entre—, e Britney gira a maçaneta.

Dentro, Cash e Gavin estão sem camisa e sentados em


cadeiras próximos um do outro, dedilhando suas guitarras.
Um número de garrafas de cerveja vazias está no chão.
Ambos olham para cima e seus olhos correm pelo meu corpo,
no meu vestido muito revelador.

— Ei, — Cash diz, sorrindo lentamente.

— Ei, — Gavin repete.

Cash larga sua guitarra e levanta. Estranhamente,


Britany não corre para ele ou se atira nele. Em vez disso, ela
morde o lábio e diz:
— Desculpe, eu não percebi que você não estava
sozinho.

— Como se isso já tivesse te impedido antes—, Cash diz


e acena para ela com a mão. Ela vai até ele e, formalmente,
beija sua bochecha.

— O que aconteceu com você? Finalmente cresceu? —,


ele pergunta, surpreso e divertido com a restrição que ela
está mostrando.

— Pare de me envergonhar—, ela sussurra.

Cash me dá um sorriso sexy e eu me sinto muito


desajeitada com a presença de Britany e de Gavin. Eu não
quero que nenhum deles perceba nada, mas cada instinto
primário grita para eu correr para ele e saltar em seus
braços.

— Quer uma cerveja, Tori? — Ele oferece, seus olhos


vivos com luxúria.

— Não, obrigada. Bebemos o champanhe que estava na


suíte. Cortesia da casa — digo.

Ele ri.

Gavin vira para Britney.

— Como foi sua viagem e hotel? — Ele pergunta


casualmente.

— Tudo foi perfeito — diz ela.

— Isso é ótimo.

— E para você, Tori? — Cash pergunta suavemente.


— Eu nunca fui tão mimada na minha vida—, respondo
com sinceridade.

— Sério?

Eu olho profundamente em seus olhos. A química


sexual pulsa entre nós.

— Sério.

— Onde está o resto da banda? — Britney pergunta.

— Em seus camarins, mais adiante, — Gavin responde.

— E quando você entra no palco?

Cash olha para o relógio e dá de ombros.

— Em menos de quarenta e cinco minutos.

Ele fixa seus olhos verdes em mim de novo e atravessa o


cômodo com as mãos nos bolsos da frente da calça jeans,
inclina a sua estrutura muscular contra a parede. Como ele é
lindo! Ele está tão perto que eu sinto o cheiro de sua pele.

— Primeira vez que você vai me ver tocar ao vivo, não é?


Você está animada?

Eu sinto meu rosto corar pela mentira que estou


vivendo. Vou dizer a verdade. Em breve.

— Muito—, eu respondo o mais calmamente possível.

— Como está se sentindo? — Eu pergunto, mudando o


foco.

Ele sorri e se inclina um pouco para a frente.

— Fantástico. Traga as brilhantes luzes.


— Sem nervosismo? — Eu pergunto, minha pele
formigando com sua proximidade.

— Consumimos tudo aquilo mais cedo—, diz Gavin.

Meus olhos se movem para as garrafas vazias. Ele não


parece bêbado, mas há uma espécie de tensão nele.

— De qualquer forma, vocês, garotas, têm um lugar na


primeira fila com sua própria varanda logo acima do palco.
Sean, meu estradinha, irá levá-las para lá pouco antes de nós
entrarmos—, ele diz, enquanto caminha de volta para sua
cadeira.

Há uma batida na porta e Octavia entra. Ela assimila a


cena em um piscar de olhos e sua boca se aperta. Cash pega
sua guitarra despreocupadamente e dedilha alguns acordes.

— Mexam-se, rapazes. Está na hora da maquiagem e


verificação de figurino. Vocês entrarão em trinta minutos. —
Ela vira para Gavin. — Gav, não é hora de voltar ao seu
próprio camarim? — Sua voz severa transforma a atmosfera
fresca, sexualmente carregada, em uma atmosfera de
turbulência e atividade. Uma garota carregando dois estojos
pretos de maquiagem entra rapidamente no camarim e
começa a abri-los.

Octavia vira para mim com um sorriso falso estampado


em seu rosto. Eu percebo que ela está gostando de sua
posição de poder.

— Qual é o seu nome de novo, querida?


— Tori—, Britney inocentemente responde, não
percebendo que Octavia sabe exatamente quem eu sou.

— Certo. Desculpe, Britney e Tori, mas eu não posso ter


minhas estrelas distraídas tão perto do show, então vou ter
que pedir às duas para sair agora—, ela diz, enquanto uma
voz crepitante soa através do seu walkie-talkie.

— Pelo amor de Deus! Eu já estou indo! — Ela responde


rapidamente.

— Deixe-as em paz, Octavia. Elas estão apenas


aproveitando um pouco dos bastidores. Não estão
atrapalhando absolutamente nada—, Cash diz enquanto
reposiciona sua cadeira, de modo que está olhando para o
espelho.

Ela estoura com esta declaração.

— Realmente, Cash! Eu já tenho trabalho suficiente, não


preciso dessa besteira. Você conhece as regras. Ninguém,
além dos artistas, equipe de maquiagem e diretoria são
permitidos nos camarins, uma hora antes do show começar.

Ela está falando com Cash mas os olhos estão focados


em mim e claramente a irritação em seu rosto é para mim.

Cash parece com uma nuvem de tempestade e sinto que


ela feriu muito o seu orgulho e ele está prestes a atacar.

— Estou fora, — Gavin diz a ninguém, e rapidamente sai


da sala.

—Vamos, Brit. Vamos nos acomodar na primeira fila—,


eu digo, na esperança de acalmar a situação, fazendo uma
saída rápida. Depois de tudo o que Cash tem feito por nós, a
última coisa que eu quero fazer é causar uma cena pouco
antes de ele subir ao palco.

— Peça a Sean para vir e mostrar os assentos para as


garotas—, Cash diz a Octavia friamente.

Ela fala em seu walkie-talkie e, sem demora, há uma


batida na porta. É um jovem que devia estar no corredor.
Assim que ele nos leva, ouço Cash dizer:

— Não tão rápido, Octavia. Eu quero falar com você.


CASH

— Eu tenho um milhão de coisas para fazer. Então, é


melhor que seja algo bom. — Octavia me dá um olhar feroz,
mas isso não vai me esfriar. Não quando meu sangue está
fervendo.

— Eu acho que você deve ter interpretado mal o


trabalho de empresária da banda, então me deixe te explicar.
Você tem que organizar, ordenar e agendar tudo que envolva
esta banda. Gravação, entrevistas de publicidade, turnês,
festas e hotéis. O que você não tem que fazer é falar comigo
dessa droga de maneira condescendente que acabou de fazer.
Eu posso te dizer agora que, da próxima vez que você fizer
isso, será a porra da última vez. Você será demitida— eu digo
a ela.

Ela lambe os lábios e olha para a garota da maquiagem


que finge estar muito ocupada limpando suas escovas.
— Olha, Cash. Eu só estou tentando fazer o que é
melhor para a banda, OK? Às vezes eu sou um pouco áspera,
mas foram os meus altos padrões que trouxeram esta banda
para onde está hoje.

Cruzo meus braços sobre o peito e olho para ela com as


sobrancelhas erguidas.

— Desculpe pelo modo como falei com você—, diz ela


com um sorriso forçado.

— Desculpas aceitas.

Ela amplia o seu sorriso.

— A coisa mais importante agora é que vocês arrasem.

— Estamos em sintonia, então.

— OK, ótimo. Eu tenho algumas coisas para resolver.


Vou ver todos vocês antes que entrem. — Ela coloca a mão na
maçaneta e a gira.

— Oh, mais uma coisa. Não use aquele tom mal-


intencionado com a Tori novamente ou você vai estar à
procura de uma nova banda para empresariar.

Ela não é rápida o suficiente para esconder o ódio que


cruza seu rosto à menção do nome de Tori. Por que ela
deveria odiá-la tanto é um mistério para mim. Ela nunca
odiou nenhuma das outras garotas com quem estive. Ela
assente uma vez com força e sai.

Depois que ela se vai, a garota da maquiagem avança


com seu recipiente de base. Olho para o meu reflexo no
espelho e penso em Tori. Porra! Ela me derrubou quando
entrou pela porta com aquele vestido. Cristo! Eu queria jogá-
la contra a parede e possui-la naquele momento. Só de
pensar nisso, fico duro.

O único problema é que eu não era o único a desejá-la.

Eu vi algo nos olhos de Gav que fez meu sangue ferver.


Eu já o avisei uma vez, então espero que não seja o que acho
que é. Ele sabe que não deve se meter com a Tori. Desafie e
mexa com o que é meu e você estará em rota de colisão, cara.
Mais cedo ou mais tarde, eu o enfrentarei e não vai ser nada
legal.

— Olhe para baixo, por favor—, a garota instrui.

Eu olho para baixo e ela começa a passar o delineador


preto sobre as minhas pálpebras.

Eu desvio a minha atenção para a única coisa que


importa no momento. Prazer. Eu vou dar àquela bocetinha
apertada, doce e impulsiva, tudo o que ela puder manipular.
TORI

Tinie Tempah - Written In The Stars ft. Eric Turner

— Merda! Eu nunca vi Octavia agir daquela forma. Que


bruxa! Ela não tinha direito de nos fazer sair. Que falta de
respeito! Eu sou irmã dele, pelo amor de Deus! — Britney
resmunga furiosamente enquanto nos dirigimos aos nossos
lugares. — Que inferno! Ela nem teria um emprego se não
fosse pelo meu irmão.

— Olha — eu digo, — eu queria dar um tapa nela


também, mas Cash tem tido tanto problema para organizar
tudo para nós, que a última coisa que eu queria fazer era
causar uma cena pouco antes de ele entrar no palco.

— Mas Cash queria que nós ficássemos—, ela insiste.

— Eu sei que ele queria, mas isso realmente importa?


Você se divertiu tanto até agora e a tendência é melhorar.

Ela sorri.
— Você está certa. Nós vamos nos divertir muito.

Cash estava perfeito, temos uma das melhores vistas


nesta arena inteiramente para nós, e Sean dispôs bebidas e
lanches também. A excitação está aumentando no estádio e
todo mundo está cheio de expectativa e energia enquanto se
aproxima o momento da aparição da banda. Finalmente, todo
o público de mais de 15.000 pessoas está gritando pela
banda.

A gritaria para e a multidão irrompe em um rugido alto


de emoção

Enquanto cinco figuras, mais sombra do que realidade,


passeiam pelo palco escurecido. Canhões de luz explodem em
torno deles, enquanto a batida de condução começa e as
luzes do palco banham a banda em um caleidoscópio de tirar
o fôlego, com rápidas mudanças de cores. Telas enormes que
cercam a arena capturam cada movimento que eles fazem.

— Bona sera, Milano—, Cash grita, com a mão levantada


acima da cabeça.

Os fãs gritam a saudação de volta para ele, e o ar


literalmente vibra.

— Vocês estão prontos para dançar e arrasar? — Ele


pergunta.

Os aplausos e gritos de sim são instantâneos e


ensurdecedores.

Gavin diz algo para o público também, mas eu não o


escuto, porque Cash está olhando diretamente para mim.
Meu coração para de bater. Não consigo me mover. Eu só fico
ali paralisada e olhando até que ele pisca e se afasta de mim.
Eu o vejo energicamente correr para o outro lado do palco,
enquanto a introdução da primeira música, Let´s Hang Out,
começa a tocar. A multidão enlouquece. A voz rica e profunda
de Cash faísca mais selvagem gritando.

Britney, como a maioria dos fãs, pula, vibra, aplaudindo


e dançando ao ritmo. A atmosfera é tão elétrica, com a
vibração da batida poderosa e a moagem de todas as pessoas
abaixo, que é contagiante e meu corpo reage à vibração
também.

Lembro da primeira vez em Atlanta, estar lá, bem no


meio da energia, e como me senti bem, vendo Cash naquele
palco, tão perto, mas tão inalcançável. Agora, estou aqui, com
um lugar VIP, bem em frente ao palco e ele está tão lindo
como sempre, mas, desta vez, ele é meu.

Pelo menos por esta noite.

Eu olho ao redor no mar de jovens garotas balançando


com a batida e cheias de entusiasmo selvagem com a visão
desses homens jovens, bonitos viris e, pela primeira vez, eu
entendo como deve ser para esses artistas. Naquele palco,
eles são maiores do que a vida. Heróis. Animados pelo álcool
e com os hormônios sem controle, eles prestam atenção na
arena, em suas fãs fervorosas e veem o alvo.

Embora os membros da banda sejam todos bonitos e


sejam bons, Cash tem aquele algo mais. Ele transpira
confiança, presença e uma sensualidade crua. Ele é também
o mais lindo. Ouvir o nome de Cash ser gritado por tantas
garotas bonitas, me deixa um pouco insegura e eu tenho que
lembrar a mim mesma que sou eu que ele escolheu para
estar com ele esta noite.

Durante uma hora, a banda desfila e executa


movimentos de dança com aparente energia ilimitada,
recebendo todo o amor que vem de seus fãs, enquanto uma
canção após a outra reverbera toda a arena lotada. Britney
ainda está dançando perto de mim, tentando me encorajar a
participar, usando várias expressões faciais, mas o calor ao
redor é tão intenso, que eu tenho que me sentar para esfriar
um pouco.

Então é hora do final e Tinie Tempah, todo vestido de


preto com uma jaqueta vermelha, se junta à banda no palco.
Para a alegria de Britney, Tinie deseja um feliz aniversário.
Eu olho para ela com um sorriso e ela está vermelha por
causa do esforço, prazer e excitação.

Uma garota traz algumas caixas para o palco. Os


membros da banda pegam as caixas e sentam com as costas
viradas para o público. Quando eles viram, todos estão
usando sapatos vermelhos que combinam com a jaqueta
vermelha de Tinie. Juntos, eles cantam Writs in the Stars e eu
sinto a música em meus ossos. Como a letra da música, as
estações vêm e vão, mas eu nunca vou mudar. Meu amor por
Cash está escrito nas estrelas.

Depois, todos eles fazem o habitual salto famoso de


Dizzee Rascal e a multidão se torna uma enorme massa
movimentada de pessoas pulando para cima e para baixo,
enquanto eles gritam,

— Pule, Pule, Pule.

Ofegante, a banda anuncia o quanto ama seu público e


agradece a todos.

— Grazie a tutti. Vejo todos vocês no próximo ano—, os


caras dizem antes das notas do seu maior sucesso soarem.
The Girl Who Cant Say No. No refrão, a banda deixa o público
cantar.

Duas repetições depois, a multidão está aplaudindo


persistentemente, implorando por mais, mas os caras fazem
sua despedida.

— Buona Notte, Milan. — Eles se curvam juntos e saem


do palco.

Quando eles desaparecem de vista, Sean já está lá para


nos levar de volta para o camarim. O ar frio ao longo do
corredor do camarim bate em meu rosto e eu o recebo de bom
grado, após a atmosfera cheia de vapor na arena. Britney
ainda está agitada e sorri feliz quando um rapaz de cabelo
vermelho e sardas vem até nós.

— Britney? — Ele diz com um sotaque inglês.

— Sim—, diz ela com cautela.

— Seu irmão providenciou para você conhecer Tinie


Tempah.

— O quê? —, Britney exclama.


— Sim, eu tenho que levá-la até ele. O homem tem um
presente de aniversário para você.

— Um presente de aniversário, para mim? — Britney


repete com espanto.

— Se você quer vir comigo, vou levá-la até ele e trazê-la


de volta.

Ela se vira para mim.

— Vem comigo?

Balanço a cabeça e sorrio pela sua excitação.

— Vá em frente. Eu vou esperar para você no camarim


do Cash.

Sufocando o grito que ameaça escapar do fundo da


garganta, Britney junta as mãos no rosto antes de plantar um
grande beijo na minha bochecha.

— Este é o melhor aniversário de todos—, ela me diz e


sai com o homem.

Eu ainda estou sorrindo enquanto caminhamos pelo


corredor quando avisto Cash caminhando em nossa direção.

— Eu vou sair, então—, diz Sean. Levantando a mão em


um aceno, ele começa a voltar para o lugar de onde viemos.

Eu fico onde estou, congelada, e vejo Cash andando a


passos largos em minha direção. Ele parece tão diferente.
Quando ele me alcança, olho em seus olhos e posso ver que
ele está excitado. O Show o deixou com uma adrenalina alta.
Eu sinto meu corpo respondendo ao seu. Eu quase
posso ouvir seu coração batendo com força no peito. Há um
brilho de suor em seu rosto e corpo. Sua camiseta está
encharcada e colada ao seu corpo e cada músculo está
notavelmente em exibição. Sua pele está formigando como se
ele estivesse cheio de eletricidade estática.

Seus olhos caem do meu rosto para o meu peito. Em


seguida, ele pega meu pulso e me puxa ao longo do corredor
até chegarmos a uma porta. Ele chuta para abri-la e me puxa
para um pequeno banheiro. Ele tranca a porta e vira para
mim, respirando com dificuldade. Ele me agarra pela cintura,
me puxa com força para si e eu bato contra seu corpo. Então,
ele cai na minha boca e me devora. Me come viva. É como os
fogos de artifício de Quatro de Julho. Minhas mãos se
entrelaçam em seu cabelo encharcado. Eu chupo sua língua
quando ele a enfia na minha boca.

— Me foda, Tori—, ele rosna.

— O que, aqui?

Ele balança a cabeça ligeiramente.

— Eu pensei que transar no banheiro perdesse o seu


encanto depois de um tempo, — eu digo.

— Quando você vem para mim, desse jeito, eu transo


com você em qualquer lugar—, diz grosseiramente. Ele puxa
minha saia para cima, juntando-a em volta da minha cintura,
arranca a minha calcinha, rasgando e atirando-a ao chão.

— Oh —, eu suspiro, despertada pela violência e


urgência em sua ação.
Ele me gira de modo que eu fique de frente e meus pés
estão plantados em cada lado do vaso.

— Mãos na parede —, ele ordena.

Eu obedeço imediatamente e ouço o som dos dentes de


metal de seu zíper e o farfalhar de suas roupas sendo
rapidamente abaixadas. Segundos depois, ele puxa a minha
bunda para cima e mergulha todo o seu pau em mim, o
comprimento inteiro, em um único movimento.

— Oh Deus, Cash, — eu grunho.

Segurando meus quadris com força, ele me come


energicamente. Empurrando mais profunda e mais
vigorosamente até sentir como se todo o banheiro estivesse
vibrando e tremendo com seus impulsos.

— Está bom para você? — Ele rosna, batendo ainda


mais forte em mim.

— Sim—, eu suspiro.

— Sim?

— Sim, — eu ofego.

— Você vai me deixar te foder no banheiro de novo?

— Sim—, eu choro.

— Depois de cada show?

— Sim. Cada. Show.

— Bom.

— Sem fãs? — Pergunto.

Ele não pausa ou sossega.


— Sem fãs.

— Só eu?

— Só você.

E então eu me encontro gozando. É tão poderoso que me


atordoa. Meu corpo vibra incontrolavelmente. Através das
ondas de êxtase, eu sinto o pau de Cash crescer dentro de
mim. Eu o senti explodir e até sinto sua quente inundação
dentro de mim. Ofegante e com ele ainda enterrado dentro de
mim, ele coloca suas mãos sobre as minhas na parede. Viro a
cabeça e ele me beija.

— Você é um menino mau, — eu sussurro.

— Você é uma safadinha—, ele sussurra de volta.

Eu sorrio.
TORI

Enrique Iglesias - I Like It

Estamos todos no clube Just Cavalli. É extravagante,


com luzes de neon roxas e garotas vestidas com asas de anjo
dançando próximas aos pilares metálicos. A festa do Alkaline
está espalhada por uma grande área, um pouco dela fluindo
ao ar livre com uma pista de dança enorme e tochas. Eu
estou em uma pequena enseada e observo a multidão que
surge em torno de Cash, onde quer que ele vá. Todo mundo
quer um pedacinho dele. Ele olha para mim e acena, mas eu
balanço minha cabeça.

— Vou ao banheiro—, eu articulo em silêncio e aponto


na direção dos banheiros.

Alguém chama e ele se afasta de mim depois de articular


em silêncio as palavras,

— Estarei aqui esperando por você.


Eu viro em direção aos banheiros e esbarro em Gavin.

— Perdão—, eu peço desculpas.

— Tudo bem—, diz ele com um sorriso preguiçoso.

— Foi um ótimo desempenho hoje—, eu digo.

— Obrigado. Eu sou muito bom como reserva.

Minhas sobrancelhas se erguem.

— Você não acredita nisso. Você tem tantas fãs quanto


Cash.

Ele sorri.

— Eu suponho que você esteja certa. Eu,


definitivamente, tenho mais do que eu posso lidar, de
qualquer forma.

Sem saber ao certo como reagir, sorrio educadamente.

— Como você está se entendendo com os outros?

Eu olho com desconfiança.

— Nada bem. Eles parecem me odiar mesmo antes de


abrir a minha boca.

Ele ri.

— Não é você, querida. Venha, eu vou te comprar uma


bebida e dizer como tudo funciona neste negócio.

Eu olho na direção de Cash e vejo que ele está ocupado


e levará algum tempo para vir. Além disso, eu realmente
quero saber o que estou fazendo de errado e Gavin é o único
que parece gostar de mim, afinal. Eu sorrio agradecida para
ele.
— Obrigada. Eu vou realmente apreciar quaisquer
pistas que você possa me dar.

Nós vamos para o bar e Gavin tamborila os dedos no


balcão.

— Tequila está bom para você?

Eu assinto e ele pede duas doses de tequila com lima e


sal e duas garrafas de cerveja. Nós bebemos a tequila com
lima e sal rapidamente. Percebo que os seus olhos
permanecem em minha boca quando coloco o limão entre
meus lábios e chupo. Então ele pega sua garrafa e eu pego a
minha. Ele aponta para um sofá que um casal acabou de
desocupar.

— Vamos ficar confortáveis—, diz ele.

Eu o sigo e nós nos sentamos à mesa. Uma garçonete


traz mais duas tequilas e nós a viramos imediatamente.

— Ooh—, eu expiro. — Chega!

Ele sorri.

— Leve, né?

— Eu não tenho pernas ocas como você—, eu respondo.

Ele ri.

— Então—, eu digo inclinando. — Diga, o que estou


fazendo de errado? Porque todo mundo me odeia tanto.

— Você não está fazendo nada de errado, amor. Cabelos


longos e loiros, lábios grandes, sedutora e olhos azuis. O que
há para não gostar? — Ele pergunta alegremente.
Eu franzo a testa com a descrição sexual, mas tenho
notado que este é o jeito que todos os membros da banda
falam. Eles sempre parecem que estão dando em cima de
você, mesmo quando não estão.

— Se Cash estivesse namorando Ke$ha ou Selena


Gomez ou qualquer outra celebridade, não haveria nenhum
problema—, explica. — Mas, como ele escolheu uma garota
comum, faz com que todos se transformem em monstros de
olhos verdes, pensando que você subiu de posto e tomou o
que não merece. Enquanto você estiver com o Cash, vai ter de
lidar com isso. Nunca vai parar. Eles sempre vão te odiar.

Encaro com tristeza.

— Isso não parece muito esperançoso. Não há qualquer


coisa que eu posso fazer para melhorar a situação?

— Não. Quanto mais agradável você for para eles, pior


eles serão para você. Sua melhor aposta é a de simplesmente
ignorá-los e desfrutar do seu tempo com Cash. Em breve, vai
acabar.

Meus olhos arregalam. Ele, com certeza, não pegou leve.


Eu pego minha cerveja e tomo um pequeno gole. Uma coisa é
dizer para mim mesma que, obviamente, o meu
relacionamento não vai durar. Como é possível? Nós somos
de mundos diferentes. Mas outra coisa bem diferente é ouvir
tão claramente de outra pessoa. Engulo a cerveja, sinto o nó
na garganta e meus olhos inesperadamente se enchem de
lágrimas. Por que estou chorando, eu não sei.
— Ei—, diz ele, com o rosto enrugando, e coloca uma
mão no meu ombro.

— Oh, Deus, eu me sinto como uma idiota—, eu digo,


pressionando suavemente meus dedos nos cantos dos meus
olhos para não estragar a maquiagem.

— Venha aqui—, diz, e de repente me arrasta para ele.


Antes que eu percebesse, ele me puxa e está me beijando. Na
boca! É preciso um segundo para eu superar o choque do fato
de estar no seu colo, suas mãos em volta da minha cintura, e
sua boca quente na minha. Eu viro meu rosto e, colocando as
duas mãos sobre seu peito, eu o empurro para longe. Eu o
afasto com tanta força, que caio para trás. Pouso no chão
humilhada e furiosa. Da minha posição de bruços no chão,
eu vejo que Britney está em pé de frente para Gavin. Seu
rosto está torcido com raiva, ou talvez mesmo ódio.

— Levante —, ela rosna.

— Que porra é essa? — Diz ele.

— Levante, seu vermezinho.

— Se acalme, Britney—, ele diz, olhando ao seu redor,


preocupado.

— Se você não levantar, eu vou dizer ao meu irmão o


que você fez.

Ele voa do seu assento e olha para ela com olhares


esquivos.

— Escute—, ele começa a explicar, mas não vai adiante.


— Isso é pelo que você fez para mim—, diz ela, e dá um
doloroso golpe de karatê no lado de seu pescoço. Ele fica
pálido, seu corpo se curva, e sua boca abre e fecha como um
peixinho dourado.

— Isto é pela Tori—, ela grita ferozmente e acerta dois


golpes em rápida sucessão em sua barriga. Ele agarra seu
estômago e se curva mais ainda. Seu rosto se contorce e uma
som rouco sai de sua boca.

— E este é por mexer com a namorada do meu irmão—,


diz ela, e executa um pontapé lateral nos testículos de Gavin
como Rita Ora faz na barriga do bandido em seu vídeo Black
Widow.

Seus olhos incham com a agonia e o choque, então ele


pisca e cai para o lado, derrubando um banquinho. Ele se
enrola no chão, sons estranhos de asfixia saindo de sua boca
aberta.

— Ah, e apenas no caso de não estar perfeitamente claro


ainda, você não está convidado para a minha festa, amanhã
—, Britney cospe. Ela se vira para mim. — Vem, Tori. Vamos.

Estou atordoada demais para fazer qualquer coisa,


então Britney me dá sua mão e me ajuda a levantar do chão.
Dou mais uma olhada em Gavin se contorcendo no chão
antes de me afastar. Todas as pessoas a nossa volta, estão
olhando. Assim que damos nosso primeiro passo, ficamos
cara a cara com Octavia. Sua boca está aberta de espanto.
Ela a mantém fechada, e lançando um olhar furioso para nós,
ela corre para ajudar Gavin.
Nós caminhamos para o banheiro sem dizer uma
palavra. Viro para encarar Britney.

— O que ele fez para você?

Ela respira estremecendo.

— Sabe aquela noite, na festa, na casa de Cash.

— Sim—, eu digo.

— Ele me empurrou contra a parede e forçou seus dedos


dentro de mim. Eu não esperava aquilo, então fiquei muito
chocada para fazer qualquer coisa, mas, felizmente, alguém
entrou na sala e ele me soltou. Eu fugi e fui encontrar você.

— Oh! Meu Deus, não. —Olho para ela com horror. De


repente, tudo faz sentido. É por isso que ela estava chorando
daquele jeito. Que bastardo doente. Eu queira ter chutado
seu rosto também.

— Por que você não contou a ninguém? — Eu pergunto


gentilmente.

— Eu não queria colocá-lo em apuros. Eu sempre gostei


dele e estava com medo de que talvez eu tivesse o encorajado.
Eu gostei quando ele começou me beijando, mas então ele
começou a ficar bruto.

— Oh, Britney. Não é sua culpa. Eu sou muito mais


velha que você e ele conseguiu me pegar de surpresa. Eu
pensei que ele era um cara legal tentando me ajudar. Foi
tudo apenas fingimento.

— Eu acho que ele deve ter muito ciúmes de Cash. É por


isso que ele fez isso comigo e com você.
— Porra, Brit, quando você descobriu sobre mim e
Cash?

— Eu sei há muito tempo. Vocês dois são como dois


elefantes vagando sobre a casa à noite.

— Nós realmente não fazemos esse barulho todo,


fazemos? — Eu protesto, rosto vermelho.

— Vocês acordaram papai—, diz ela, sem rodeios.

— O quê? —, eu digo horrorizada.

— Exatamente.

Meu queixo cai.

— Sr. Hunter sabe?

— Um ... Eu devo ter contado a ele—, ela confessa com


um sorriso malicioso.

Meus olhos se abrem.

— Você não contou—, eu grito.

— Eu contei—, ela admite calmamente.

— Ele não está chateado, está?

— Por que ele deveria estar?

— Meu Deus! Estou pirando agora. Diga exatamente o


que ele disse—, eu exijo urgentemente.

— Na verdade ele apenas riu e disse: —Parece que eu


matei dois coelhos com uma só pedra.

Eu olho para ela, preocupada.

— O que isso deveria significar?


Ela encolhe os ombros.

— Você sabe como papai é. Ele está sempre falando em


enigmas. Eu perguntei, mas ele se recusou a explicar melhor.

Eu mastigo meu lábio inferior.

— E você não se importa?

— Importar? —, ela pergunta com uma voz surpresa. —


Eu acho que é maravilhoso. Eu gostaria que ele casasse com
você.

Olho para Britney, todos os tipos de pensamentos e


sensações batem em mim diante de suas palavras inocentes.
Casar? Cash e eu? Eu tinha treze anos quando comprei um
pequeno anel de ouro falso e fingi ser Sra. Cash Hunter.

— Não é esse tipo de relacionamento—, eu lamento.

— Mas você não gostaria de casar com meu irmão? Vai


ser tão divertido. Nós vamos ser irmãs de verdade, então.

— É muito cedo para dizer, Brit. Nós mal nos


conhecemos. — Faço uma pausa por um segundo e
rapidamente mudo de assunto. — Você vai contar a Cash
sobre o que Gavin fez com você?

— Eu não sei—, diz ela, pensativa. — Isso poderia


acabar com o Alkaline.

— Mas você tem que dizer a alguém. O que ele fez foi
errado. Ele vai fazê-lo para mais alguém, se não houver
consequências. Talvez você devesse, pelo menos, dizer para
seu pai.
— Você está certa. Vou dizer para papai. Ele saberá o
que fazer. Ele sempre sabe.

Eu sorrio para ela.

— Você foi durona lá fora. Essas aulas de autodefesa


certamente vieram a calhar.

— Olhe para as minhas mãos—, diz ela, mostrando as


mãos.

Elas ainda estão tremendo da reação e eu as agarro com


as minhas.

— Eu sei que o seu pai vai ficar muito orgulhoso com o


que você fez hoje. Isso foi muito corajoso—, eu digo a ela.

Ela sorri para mim.

— Eu não sou a mesma pessoa que era antes. Graças a


você.

— Estou tão orgulhosa de você, Brit. Você percorreu um


longo caminho em um curto espaço de tempo. Obrigada por
me defender.

Ela olha para suas unhas falsas indiferente.

— Sem problemas. Eu sempre posso encaixar um pouco


de drama na minha vida.

Eu rio.

— Cash estará procurando por você. Você deve retocar o


seu batom rapidamente—, diz ela.

Eu olho para o espelho e vejo que meu batom está


manchado e espalhado pela minha bochecha esquerda. Pego
um pouco de papel higiênico e limpo a boca e rosto antes de
aplicar uma nova camada de batom. Então eu me viro e a
abraço.

— Você sabe que eu não o beijei voluntariamente, certo?

— Eu te conheço e conheço Gavin—, ela diz


simplesmente.

Eu sorrio para ela.

— Anda, vamos encontrar Cash—, diz ela.

Saímos. Enrique Iglesias está cantando I Like It, e Cash


está lá fora procurando por nós.

— Onde é que vocês duas foram? Eu tenho procurado


em todo lugar por vocês, garotas.

Nós voltamos para a festa e nem Gavin nem Octavia


estão lá.
TORI

— Acorde, seu pedaço de mau caminho.

Eu gemo e, me afastando da voz, me enrolo em uma


bola apertada.

— Anda. Eu tenho algo realmente especial para mostrar


a você— diz Cash no meu ouvido.

Abro um olho.

— O quê?

— Quer ver A última ceia? — Ele lambe o lábio.

Minha tia me disse que veio para Milão e, embora ela


quisesse, desesperadamente, ver A Última Ceia, ela não pôde.
Ela brincou que ingressos para a ver foi mais difícil do que os
convites dos bancos dianteiros para um desfile de moda de
Gucci. Eu abro ambos os olhos.

— Você tem ingressos?

— Três, para ser exato.


Eu me estico luxuosamente e bocejo. Como pode esse
cara ter tanta energia? Ele ilumina um palco por mais de
uma hora, festeja até tarde da noite, tem relações sexuais até
as primeiras horas da manhã, e acorda cedo.

Ele mordisca meu lóbulo. Ele está começando alguma


coisa aqui.

— A menos que você só queira ficar na cama e nós


podemos transar a manhã inteira.

Eu recuo um pouco.

— Embora isso soe delicioso, eu quero ver A Última


Ceia.

Ele sorri. Arrogante e confiante.

— Foi o que pensei.

— Que horas são? — Pergunto.

— Nove.

— Já?

— Entra no chuveiro e vou acordar Brit—, diz ele,


fugindo do quarto.

Totalmente nua, fui para o chuveiro. A água morna cai


sobre mim, espirrando pela minha cabeça, rosto e ombros. É
uma boa maneira de acordar. Eu já estou fora do chuveiro e
vestindo minhas roupas quando Cash volta.

— Britney está se preparando? — Pergunto.

— Ela não quer vir.

— Por que não? Eu pensei que ela amasse arte.


— Sim, a coisa moderna. Sua resposta mal-humorada
exata foi: — Vá embora. Eu não vou sair da cama para ficar
meia hora na frente de uma pintura que tem sido tão
fortemente restaurada, não é nem mesmo mais a obra de
Leonardo.

Eu rio. Isso é a cara da Britney.

— Você disse a ela que é um mural e não uma pintura?

— Não. Eu não acho que faria muita diferença.

— Então, o que ela quer fazer? — Eu pergunto, pegando


o secador de cabelo.

— Ela quer ver o Duomo de modo que ela vai nos


encontrar antes de partimos. Vou mandar o motorista buscá-
la e trazê-la para nós.

Eu aponto o secador de cabelo para ele.

— Você não está preocupado em ser reconhecido e


assediado?

Ele caminha até a mesa e pega a barba e o bigode que


usou naquela noite que fomos para o Ministry of Sound.

Eu ri.

— Brilhante ideia.

Oh meu Deus!!!!!

Temos que passar por uma câmara de controle de


umidade antes de entrarmos no refeitório, onde teremos
apenas quinze minutos antes do próximo lote de pessoas
entrar. Entramos, calados e admirados. Não há nada naquela
sala, exceto uma pintura da crucificação de Jesus na parede
da frente.

Eu fico na frente do mural parcialmente danificado e


respiro profundamente.

A pintura está desbotada e até mesmo esquisita, mas é


mais majestosa do que qualquer coisa que eu já tenha visto
antes. Eu não sou uma conhecedora de arte, e estou bem
certa de ter visto outras pinturas e afrescos com tanta
atenção aos detalhes, mas talvez seja o assunto que prende a
minha completa atenção. A pintura captura o momento
culminante quando Jesus diz:

— Um de vocês me trairá.

Da Vinci conseguiu capturar a atmosfera de choque,


espanto e raiva entre os seus discípulos. As expressões nos
rostos dos apóstolos, seus movimentos de mão, e as posturas
de seus corpos contam uma história fascinante do despertar
de desconfiança em um grupo coeso de pessoas.

Eu vejo Judas. O cara mau. Há sal derramado na frente


dele, e ele está segurando um saco de pratas em sua mão
esquerda. Sua mão direita e a de Jesus estão
simultaneamente, pegando um pedaço de pão.

A voz do guia vem através do dispositivo no meu ouvido


dizer que o ponto de fuga para a pintura está na têmpora
direita de Jesus. É aí que o meu olho vai e, de repente, sou
movida pelo olhar de resignação suave e paz de uma forma
que eu nunca vi por ele. Pobre Jesus.
Eu dou uma rápida olhada em Cash e ele está olhando
para mim. A barba e o bigode fazem seus olhos parecerem tão
verdes quanto a grama na primavera.

— Gosta? — Ele pergunta.

— É absolutamente impressionante.

Ele sorri.

Então, o nosso tempo acaba e todos nós saímos do


convento através de uma loja de presentes e marchamos para
a rua.

— Você está com fome? — Pergunta Cash.

Na luz do sol brilhante, seu disfarce parece realmente


falso e estúpido, mas me ocorre, então, que eu não me
importo mais com o que ele se parece. Eu o amo pelo que ele
é. Pelas coisas que ele diz e faz, e pela maneira que ele toca
minha alma, sem sequer tentar.

— Bem ...—, ele pede.

Eu sorrio para ele.

— Eu poderia comer um cavalo.

Nós descemos a calçada de mãos dadas até que vemos o


carro de Fábio vindo, lentamente, em nossa direção. Nós
entramos e, vinte minutos mais tarde, estamos em Via Santa
Radegonda. Há uma longa fila que serpenteia toda a rua.

— Deve ser algo muito especial, julgando pelo tamanho


da fila. O que é isso?
— É chamado panzerotti. É um pastel triangular com
todo tipo de recheio. Você pode comê-lo frito ou cozido.

Entramos no fim da fila com todos os outros turistas e


moradores de Milão. Ela se move muito rápido e logo estamos
dentro de uma loja indescritível que mais parece um boteco
de comida para viagem. Eu peço a versão frita de Nutella e
Cash pede dois, o clássico com tomate e muçarela e outro
com salame.

Agarrando as nossas cervejas e sacos de papel


gordurosos de panzerotti, vamos para a piazza, onde nos
juntamos a outras pessoas que têm a mesma ideia.
Encontramos um local ensolarado e nos sentamos para
comer nossos pastéis.

Cash tira um pedaço de seu panzerotti e a muçarela


amarela e cremosa escorre.

— Bom? — Pergunto.

Ele lambe os lábios.

— Delicioso.

Eu mordo e mastigo lentamente. Tem gosto misturado


de rosquinha e pizza. A massa é macia e muito doce.

— Gosta? — Cash pergunta.

— Sim. Muito saborosa. — Eu tiro o meu suéter. O sol


bate na minha cabeça e ombros. É uma sensação boa estar
comendo à luz do sol aberto com Cash.
— Você já foi traído, eu quero dizer, de um jeito grande,
como na Última Ceia? — Eu pergunto, lambendo um pouco
de Nutella do meu dedo.

— Não—, diz ele mordendo seu pastel. — Você já foi?

Eu balanço minha cabeça.

— Eu tenho uma vida muito protegida. Quero dizer,


minha mãe e meu pai não teriam sequer me deixado vir para
a Inglaterra, se minha tia não estivesse morando aqui. Mas é
bom que alguém que tem estado em todo o mundo e vive o
tipo de vida grande e brilhante que você vive nunca tenha
sido traído.

Ele toma um gole de sua cerveja e olha para mim sem


expressão.

— Eu tenho sido traído muitas vezes, Tori. Não na


categoria Última Ceia, claro, mas ...

— Sinto muito por ouvir isso—, eu digo com sinceridade.

— Não sinta. Vem com o território. Você quer fama e


fortuna, então, não espere amigos leais também.

Eu fico olhando para ele com curiosidade.

— Você não tem pessoas que você confia?

— Eu confio em meu pai—, ele diz simplesmente.

—Ninguém mais?

Ele olha para mim solenemente.

— Eu confio em você um bocado.


Engulo em seco. As mentiras que eu disse, elas não são
uma traição. Elas não são para machucar ele ou qualquer
outra pessoa. Posso dizer sinceramente que eu nunca vou
traí-lo. Nenhuma quantidade de prata ou ouro pode me
tentar a traí-lo. Eu coro e sorrio para ele timidamente.

— Obrigada por confiar em mim. Eu nunca trairei sua


confiança.

A maneira como ele olha para mim, me faz sentir como


se eu tivesse pisado em um dos meus sonhos adolescentes.
Meu coração acelera enquanto eu dou uma mordida
ocasional no meu pastel.

Ele dá um sorriso torto.

— Um cara poderia se apaixonar por uma garota como


você.

Sua declaração é tão chocante que eu acidentalmente


engulo a comida em minha boca. Ele desliza pela minha
garganta e se aloja no topo da minha traqueia, e, antes que
eu possa tossir, minha traqueia fecha hermeticamente em
torno dele.

Eu já assisti aula de primeiros socorros. Esse aperto da


morte é chamado de reflexo de afogamento. Isso significa que
se você cair na água, a traqueia fecha para te dar alguns
minutos para que você possa sair da água. Esse reflexo salva-
vidas agora aconteceu e formou o selo perfeito. Eu parei de
respirar porque o oxigênio não pode entrar ou sair dos meus
pulmões, e porque não há ar para vibrar a minha laringe, eu
não posso nem mesmo fazer um som.
Por alguns segundos loucos, meu primeiro sentimento
não é medo, mas embaraço. Eu estou sufocando. Todo
mundo vai virar e olhar. Eu realmente acho que posso tentar
tossir, ou sorrateiramente, bater na minha garganta.

—Qual é o problema? — Cash pergunta, seus olhos se


estreitando.

Abro a boca. Claro, não sai nada, mas pontos pretos


aparecem de repente na minha visão. Isso é quando o medo e
o pânico se instalam. Alguém precisa fazer a manobra
Heimlich agora, ou eu vou morrer aqui. Em uma praça na
Itália, onde ninguém me conhece.

— Cristo. Você está sufocando—, ele diz rouco e, de pé,


me puxa para ficar de pé. Ele envolve seus braços em volta de
mim, põe um punho abaixo do meu esterno, e faz uma série
de compressões duras e afiadas (e, francamente violentas),
para tentar forçar a obstrução para fora.

Não funciona.

O pedaço de massa se recusa a ceder. O dia brilhante


está lentamente se transformando em um túnel estreitamento
escuro. Então, morrer é assim. Enquanto meus joelhos
dobram, Cash ruge no meu ouvido,

— Vamos lá, Tori. — Ele dá uma alçada bem grande,


que eleva os meus pés do chão e me faz pensar que minhas
costelas estão rachando.

O alçapão se abre e eu suspiro uma golfada de ar limpo


antes que ele dê um tapa de novo.
— Que droga—, Cash amaldiçoa furiosamente, e bate de
novo, ainda mais duro. Desta vez eu tusso, vomito, e ele entra
em minha boca. Eu o cuspo. Um caroço viscoso.

Ele me vira para encará-lo.

Lágrimas correm pelo meu rosto. Eu olho para seu rosto


branco.

— Você salvou a minha vida—, eu sussurro.

—Que porra, Tori? Você me assustou muito.

Eu fico olhando para seus olhos, selvagens com medo e


ansiedade.

—Eu sinto muito.

Ele me agarra de repente e me puxa para perto de seu


corpo e eu ouço o seu coração disparado no peito.

— Você ficou azul, Tori—, ele diz, sua voz é quase um


soluço.

— Sinto muito—, eu sussurro novamente.

—Está certo. Está bem. Está tudo bem agora —, ele


canta.

— O que está acontecendo aqui?

A intrusão repentina nos sacode do nosso próprio


mundinho. Nós viramos para a voz e vemos Britney olhando
para nós com uma expressão inquiridora.

— Tori quase sufocou até a morte—, Cash responde com


a voz rouca.

— Sério? Meu Deus. Eu perdi tudo, então.


Nós caminhamos até o Duomo juntos. Cash nunca solta
minha mão. Às vezes eu o pego olhando para mim quase
ansiosamente.
TORI

Flo Rida - Wild Ones ft. Sia

Chegamos de volta às 14:00 no sábado e Cash e eu nos


separamos no aeroporto. Ele tem coisas para fazer e eu tenho
que voltar para a residência Hunter para me certificar de que
tudo corra bem para a festa hoje à noite.

— Vejo você esta noite—, diz ele, beijando a ponta do


meu nariz.

— Até lá, então—, eu digo.

No meu coração, eu sei que não posso mais adiar dizer a


verdade sobre mim, e eu prometo a mim mesma que vou
dizer esta noite, depois da festa. Eu não sei como ele vai
reagir, mas ele deve se importar um pouco. Não é tão grande
o meu crime.

Então, eu era uma fã. Tudo bem, era a fã louca, louca


que ele descreveu, mas isto ainda não me faz uma pessoa má.
Eu não prejudiquei ninguém. Eu só era jovem. Certamente
ele vai ver que, ao contrário dos outros fãs enlouquecidos, eu
não vim para a casa de seu pai para roubar lembranças, mas
em uma tentativa, não importa quão equivocada, de me
curar.

Eu cometi um erro por não confessar, no início do nosso


relacionamento, que era uma fã, mas estava envergonhada.
Quem nunca cometeu um erro na vida? Estou muito nervosa
sobre a tarefa à frente, mas vou tomar algumas doses de
vodca, e eu vou ser corajosa.

Eu visto um minivestido azul cobalto, de corte solto, de


babados, que Britney e eu compramos antes de sairmos para
Milão. Com seu decote alto, quadrado, que conecta alças
finas que moldam um V atrás, é divertido e atrevido. Eu
completo com sapatos de plataforma de tirinhas transversais
de camurça e vou para o quarto de Britney. Ela está em pé,
de sutiã e calcinha, olhando para a montanha de roupa em
sua cama.

— Ajude—, diz ela.

— Eu pensei que você ia usar vestido sem alças de


paetês a la Taylor Swift—, questiono.

— Eu não tenho mais certeza. — Ela me olha de cima a


baixo. — Você está linda, por sinal.

— Obrigada—, eu respondo e caminho em direção a ela.


Eu vou para a pilha de roupas e começo a colocá-los de volta
em seus cabides. Localizo o vestido marrom a la Taylor Swift
embaixo do terceiro vestido e o retiro.
— Como você pode não usar isso? É tão bonito! —, eu
digo, segurando.

Ela sorri de repente.

—Você está certa. É lindo e eu vou usar.

— É tão apertado que você não será capaz de chutar as


bolas de ninguém—, eu digo a ela enquanto a ajudo a fechá-
lo.

Ela ri e calça um par de botas pretas Dolce & Gabbana.

—Uau, — eu digo.

—Você não está dizendo isso por dizer?

— Juro.

Enquanto Britney começa a sua maquiagem, eu desço e


encontro pessoas que já estão começando a chegar. Lara, a
organizadora da festa, está riscando seus nomes de sua lista.
Eu atravesso o corredor e vejo que os fornecedores
prepararam suas mesas no jardim, e toda mobília da grande
sala de estar foi transferida para outros quartos. Há um DJ
com a sua discoteca móvel. Eu saio para a cozinha, onde
Cora está excitante com a sua versão de doses de gelatina. A
dela tem uma mistura de rum, conhaque e suco de limão. Eu
a ajudo a colocá-los em tigelas com gelo.

— Experimente um—, diz ela.

Eu sento em um banquinho.

— Só se você beber comigo—, eu digo.


Então, sentamos e tomamos a nossa primeira dose
juntas.

— Ele é um bom menino, sabe.

— Quem? — Eu pergunto, mastigando gelatina.

—Você sabe quem.

Eu paro de mastigar.

—Você sabe?

Ela se inclina para mais perto.

—Todo mundo sabe.

Eu suspiro.

— Eu deveria ter dito a você, mas eu não sabia se ia


durar. Você sabe como é. Cash é uma grande estrela e eu sou
apenas a ajuda contratada.

Ela estende sua mão cheia de veias e cobre as minhas


com elas.

— Você não é apenas a ajuda contratada. Não saia por


aí dizendo coisas tão estúpidas. Você não é iletrada como eu.
Você tem um grande futuro à frente. Agarre com as duas
mãos. Ele não é melhor do que você.

Eu cubro sua mão com a minha outra mão.

— Você não sabe, Cora. Não é tão simples como você


pensa. Eu menti para Cash sobre algo importante. Eu vou
tentar fazer tudo certo esta noite, mas eu não sei se consigo.
Eu não sei como ele vai reagir. Portanto, esta noite pode até
ser a minha última noite aqui.
— Não seja tão boba—, ela repreende. — Conheço Cash
desde que ele era um menininho e ele tem um coração de
ouro. Diga a verdade e eu prometo a você que não será a sua
última noite aqui.

Eu mastigo meu lábio inferior nervosamente.

— É realmente uma coisa grande.

— Então, quanto mais cedo você tirar isso do caminho,


melhor para ambos— ela diz com firmeza.

Eu forço um sorriso.

— Estou com tanto medo de estragar tudo.

— Pense nisso desta maneira. O que você tem, se você


não tem confiança?

Eu concordo.

—Você está certa. Vou dizer a ele esta noite depois da


festa.

— Boa menina. — Ela sorri. —Mais uma dose.

Eu rio.

— Eu vou ficar bêbada antes da noite começar.

— Para lidar com algumas das pessoas que se


penduram em torno desta família, você precisa estar
bêbada—, diz ela, revirando os olhos.

Eu rio e nós mandamos mais duas doses de gelatina


para dentro.
—Bem, não posso me esconder aqui para sempre—, digo
escorregando para fora do banco. — Acho que é melhor eu ir
ver o que Britney está fazendo. Me deseje sorte.

— Boa sorte, Tori.

— Até mais, — eu digo e saio pela porta para o corredor


que parece ter enchido consideravelmente na meia hora que
passei na cozinha.

Assim que chego na escada, vejo Octavia. Ela está


descendo vestida com um fabuloso vestido de couro preto no
comprimento da panturrilha e sapatos brancos. Eu congelo
com o seu olhar. É vingativo e vitorioso. Ela desce até o
último degrau e para na minha frente.

— Sorria. É uma festa—, ela pronuncia lentamente, e eu


não consigo evitar o arrepio de desconforto que sobe pela
minha espinha.

Não respondo e ela vai para a sala principal, onde a


música começou latejante. Enquanto eu fico lá, assistindo
sua figura se afastar, um par de mãos envolve meu corpo e
toda a tensão em meu corpo some. Eu relaxo em seu corpo
duro. Ele passa as palmas das mãos pelas curvas dos meus
quadris e planta um beijo no meu ombro nu.

— As suas costas estão quase nuas—, ele rosna.

Eu me viro. Com uma camisa preta e jeans azul escuro,


ele é 360% de puro deslumbramento. Tudo em mim está
clamando por ele.
— É de propósito—, eu murmuro. — Eu queria te
distrair. Há muitas garotas linfas aqui.

Ele olha nos meus olhos.

—Você me conhece. Eu não iria a qualquer lugar onde


as bocetas não estivessem correndo livre, mas ultimamente,
tudo o que estou desejando é o seu corpo doce. — Ele me
puxa para perto de seu corpo para que eu possa sentir sua
ereção. — Sente isso? É você. Eu simplesmente não consigo
manter minhas mãos longe de você. Você é tão gostosa.

Minha respiração para mesmo quando sinto uma


espécie de terror doente na boca do meu estômago. Como ele
vai reagir quando eu disser a verdade? Será que ele ainda vai
me querer? Eu coloco meu dedo em sua covinha no queixo.

— Você está muito gostoso, mas você já sabe disso, não


é, querido?

Ele ri.

—Classe, bunda e toda uma carga de ousadia, esta é a


minha garota.

— Eu gosto de deixar uma impressão duradoura—, eu


digo tão indiferente quanto eu posso, mas minhas palavras
soam ocas, como se eu estivesse fingindo, e meu coração fica
como uma pedra no meu peito.

— Você está usando calcinha? — Ele sussurra perto de


meus ouvidos.

Eu me inclino para trás.


— Estou usando um minivestido, Cash! Claro que estou
usando calcinhas.

— Que pena. Eu amo a ideia de você andando por aí,


nua, e a qualquer momento, eu poderia encontrá-la em um
canto escuro e meter o dedo em você.

Meu coração bate duro pela imagem que ele evoca.

—Não. Você está fazendo eu ficar molhada.

Ele sorri.

— Vamos dar um pulinho até seu quarto para uma


rapidinha?

Deus, como eu adoraria dizer sim. Subir e apenas por


um tempo esquecer que eu tenho essa tarefa dolorosa pela
frente.

— Você não quer ver a Britney primeiro? — Eu


pergunto.

— O que você quer, baby? Você quer que eu vá ver


minha irmã, ou você quer que eu a leve para cima e fure sua
boceta molhada até o final do meu pau?

Minha respiração começa a ficar ofegante. Eu não


deveria estar fazendo isso. Isto é errado.

— Me leve lá para cima, — eu sussurro.

Ele pega a minha mão e me puxa escada acima para o


meu quarto. O lugar está tão cheio agora que temos de
negociar com pessoas sentadas nos degraus e aquelas
descendo. Ele fecha a porta do quarto e a tranca. Em
seguida, ele dá dois passos em minha direção e cai de
joelhos. Ele levanta meu vestido sedutor e desaparece dentro
dele.

— O que você está fazendo? —, eu suspiro.

— Abra suas pernas. Eu vou fazer você gozar no meu


rosto—, diz ele, enquanto puxa minha calcinha pelas minhas
pernas.

Eu abro as minhas pernas e ele desliza a ponta da


língua entre as minhas dobras molhadas e rodopia a língua.
Eu agarro seus ombros e mordo o lábio para não gemer. Ele
continua deslizando sua língua em golpes longos, demorados
e deliciosos.

— Droga. Você está me matando com a sua língua—, eu


chio.

— Esqueça minha língua. É com meu pau que você tem


que se preocupar, gata.

Alguém tenta abrir a porta e eu congelo, mas ele não


para até que eu goze com um grito abafado de êxtase, e até
que seu pênis esteja completamente saciado.

— Merda. Eu acho que nunca tive tanto sexo com uma


garota só —, diz ele.

— É uma coisa ruim?

—Não. Vamos. É hora de pegar uma bebida para minha


garota.

— Minha garota?

—Sim. Minha garota. Você é minha, Tori Diamond—, diz


ele de forma possessiva e abre a porta.
TORI

Estamos no meio da escada quando eu sei que algo está


errado. A música parou e eu posso ouvir a voz de Octavia
vindo da sala principal. Não há nenhuma outra voz, exceto a
dela. Ela parece estar lendo algo em voz alta.

De repente, meu sangue corre frio. Estou sem ação. Não


posso me mover. Meus pés sentem como se estivessem
enterrados em concreto.

Oh, Jesus. Não. Não. Não.

Como pode ser isso? Não pode ser real. Por favor, não
seja real.

Eu viro para olhar para Cash. Há uma carranca em seu


rosto. Instintivamente, ele sabe que algo está errado, mas ele
ainda não percebeu o que ela está lendo. É um maldito
pesadelo. Eu só tenho que acordar, mas eu não consigo
acordar. Eu já estou acordada.
Então meu cérebro fica louco e eu corro para a sala de
estar. Posso vê-la no final do mesmo, cercado por pessoas. A
voz que ela está usando para ler é diferente do seu habitual, e
ela mudou seu sotaque para o de um americano. Sei que ela
está fingindo que sou eu!

— Pode acreditar, Monstruosidade? Eu consegui o


emprego. Eu vou ter que aturar uma adolescente totalmente
egoísta, vazia, auto absorvida, mas vai valer a pena. Eu
finalmente, finalmente vou conhecer Cash Hunter. O cara
que eu fui loucamente apaixonada desde que tinha treze
anos. Tem sido um longo tempo, mas aqui estou.

— Pare com isso—, eu grito, meu corpo tremendo


incontrolavelmente.

Octavia para de ler e sorri para mim. É o sorriso cruel,


triunfante de um vencedor. O sorriso de quem sabe que vai
levar tudo que você acha precioso. Naquele momento, eu a
odeio. Eu realmente sinto vontade de matá-la.

Freneticamente, eu olho para todos os rostos de todas


as pessoas ali reunidas. Alguns estão olhando para mim com
desgosto, pena, outros estão zombando. Eu olho para Britney
e ela está olhando para mim com tanta dor.

Jesus.

Eu quero gritar que não é verdade. Isso foi no início. Eu


mudei de ideia. Eu a amo como uma irmã agora, mas minha
garganta se fechou.
Viro para ver Cash de pé perto da porta e ele parece tão
chocado. Ele está olhando para mim como se não me
conhecesse. Como se eu o tivesse enganado ou traído.

Jesus.

Não é assim, eu quero gritar.

Eu não vim aqui para perseguir você. Eu vim aqui para


superar. Eu ia dizer esta noite. Mas quando abro a minha
boca, não sai nada. Estou tão envergonhada, tão humilhada,
me sinto sufocada. Eu suspiro para o ar encher meus
pulmões vazios e meu peito dói. Literalmente, dói para
respirar. Lágrimas começam a inundar a minha visão e eu
pisco.

Com um grito de vergonha e derrota, eu corro para fora


da sala, fora do corredor, através da porta aberta, descendo
os degraus de pedra, e saio para a rua.

CASH

É como um furacão que vem de lugar nenhum. Primeiro,


as telhas são arrancadas do telhado. Enquanto centenas
delas voam fora, a água começa a entrar na casa, em
seguida, as vigas racham e, com um som doentio, o conjunto
de telhado voa.

Isso é o que este instante parece.


Um momento, minha vida está ótima, minha mão está
na pele quente das costas de Tori, seu sorriso familiar e sexy,
então, no instante seguinte, o céu rasga e liberta este vórtice
negro. Seu único propósito era destruir tudo em seu
caminho. Em segundos, ele suga o que eu acreditava ser
meu. E não há porra nenhuma que eu possa fazer sobre isso.

Eu olho para Octavia lendo um livro azul peludo e não


registro o que está acontecendo. Minha mente se recusa a
acreditar que... que aquele veneno saindo de sua boca
poderia ter nascido da cabeça de Tori. Adorável, bondosa
Tori..., mas um olhar para o rosto horrorizado, culpado de
Tori, e eu sei que é verdade.

Esse é o seu diário.

Ela realmente escreveu essas palavras de ódio e ela é


aquela assediadora louca que cada celebridade teme. Eu
nunca ouvi os sinos de alerta. Nem uma única vez. Seu
disfarce foi perfeito. Ela se insinuou perfeitamente na casa de
meu pai. Uma impostora. Ela não é real. Nada foi real. Eu
pensei que eu tivesse colocado a minha língua em sua boceta
e sentido seu batimento cardíaco. Eu sei a verdade agora. Eu
não sabia. Foi tudo uma mentira elaborada.

Em um silêncio estranho, eu a vejo fugir. Estranho. Eu


não a impeço. Eu a deixo ir. Nem mesmo parece real. Ela
deixou um livro virado para baixo para marcar a sua página.
Ela nunca vai terminá-lo agora. Então eu olho para o rosto de
Brit e meu coração se parte por ela. Eu começo a ferver. Eu
caminho até Octavia. Como ela se atreve? Eu gostaria de
estapear seu pescoço magro. É tentador, tão tentador. Ela
está a seis pés de distância, quatro, dois, um. Zero.

Eu levanto minha mão.

— Ela não era boa. Fiz um favor. — Sua voz é fria e


dura.

Eu olho em seus olhos. Engraçado como eu nunca havia


olhado profundamente em seus olhos antes. Maliciosos.

— Você é uma cadela, Octavia. Você não me fez um


favor. Você apenas conseguiu sua demissão.

Estendo a minha mão e arranco o livro dela.

—Cash—, Octavia chama.

Eu a ignoro e ando até Britney.

—Você quer vir comigo, Brit?

Seu rosto está branco e seu queixo é vacilante. Ela


balança a cabeça.

—Não, você vai. Eu vou ficar bem. Esta é a minha festa.

Encaro, mesmo em meu momento de perda ocorre o


quanto ela mudou. Ela costumava ser tão frágil e instável.

Em seguida, ela faz algo estranho. Ela sobe nas pontas


dos pés e sussurra em meus ouvidos. Suas palavras são
como um relâmpago. O mundo inteiro fica vermelho.
TORI

Os paparazzi me ignoram completamente, e eu corro


pela rua com meu vestido pouco divertido, atrevido e sem
calcinha. Eu não sei o que fazer. Eu não posso voltar. Eu não
tenho dinheiro nem mesmo para fazer um telefonema. Desço
as escadas na estação de metrô. Lágrimas estão escorrendo
pelo meu rosto. Eu vou ao inspetor da bilheteria e digo que
não tenho dinheiro, mas se ele me deixar passar pelas
catracas, volto amanhã e pago. Ele é um homem de meia
idade, negro e gentil. Ele me leva para o balcão onde ele me
compra um bilhete.

— Para onde? — Ele pergunta.

—Virginia Water. — Eu tento lutar contra o soluço


dentro de mim. Ele está forçando o caminho como uma
tempestade.

Ele me entrega o bilhete.

— Ouça querida. Nunca é tão ruim quanto parece.

— Obrigada. — Um soluço escapa, o som saindo de


dentro de meu peito. Eu me sinto como se estivesse
desmoronando.

Ele me dá um tapinha no braço e eu desço a escada


rolante. Na estação de Waterloo, eu saio e encontro o meu
caminho até a estação de trem. Eu espero pelo meu trem e
depois entro e sento em uma cadeira vazia e olho fixamente
para fora da janela. Alguém vem sentar à minha frente. Eu
olho para cima confusa. Uma mulher em um vestido cinza e
branco longo sorri amavelmente para mim

—Você está bem?

— Sim—, eu sussurro.

Tudo o que vejo na minha cabeça é Octavia lendo meu


diário com aquela voz estranha e o rosto de Cash. Ele parecia
que tinha sido esfaqueado. Eu nunca o vi daquele jeito. Ele
estava branco sob seu bronzeado.

Oh Deus! Britney.

O rosto dela. Sua festa de aniversário foi destruída.

Deus, por que eu mantive esse diário? Eu franzo a testa.


Como ela conseguiu isso? A cadela odiosa deve tê-lo levado
do meu quarto. Quando eu a vi descendo as escadas, ela já
devia ter pego. Mas ela não estava segurando. Ela deve tê-lo
colocado em outro lugar temporariamente para esperar o
melhor momento. Eu me lembro dela me dizendo para sorrir.

E o prêmio de Idiota do Ano vai para ...

Lágrimas correm pelo meu rosto. Eu estraguei tudo, e de


forma tão espetacular também.

Quando a mulher em frente vai embora na próxima


estação, um homem senta ao meu lado.

— Você precisa de ajuda? — Ele pergunta.

Eu balanço minha cabeça. Não consigo falar. O


movimento do trem fez eu me sentir fisicamente doente.
Quando eu chego a Virginia Water, tropeço para fora do trem
e sento por um instante no banco antes de fazer uma
chamada a cobrar para a minha tia. Ela me diz que estará lá
em dez minutos. Sento nos degraus do lado de fora e espero
por ela. Assim que o carro chega, ela salta e vem para mim.
Eu mal consigo ficar de pé. Eu sei que meu rosto deve estar
vermelho e os olhos inchados.

— Ei, ei, ei—, ela me acalma enquanto dá os últimos


passos na minha direção.

— Oh, tia Claire. O que eu vou fazer? Eu baguncei tudo.


—As palavras são derramadas da minha boca enquanto eu
caio em seus braços.

— Shhh, está tudo bem, está tudo bem—, ela canta


suavemente.

Ela me abraça apertado enquanto eu choro aos soluços.


Acho que as pessoas passam e provavelmente olham para
nós, mas eu estou morta para tudo.

Eventualmente, minha tia suspira.

— Vamos lá, vamos para casa.

Me sinto ferida, golpeada e irreparavelmente danificada,


mas os meus pés de alguma forma avançam e eu entro no
carro. Minha tia fecha a porta do carro e fica no assento do
motorista. As lágrimas caem e caem. Elas se recusam a
parar. Alguma parte de mim não vai desistir, mas eu sei, no
meu coração dolorido, que ele se foi.

Não há mais ilusões. Não mais finais felizes de contos de


fadas. Esta é a vida real. Ele se foi.
BRITNEY

Taio Cruz - Break Your Heart ft. Ludacris

Eu fico na ponta dos pés, seguro o ombro do meu irmão


e, colocando meu ouvido próximo a ele, sussurro,

— Você não pode confiar no Gavin também. Ele tentou


me estuprar em sua festa.

Claro que você quer saber por que eu sussurrei aquele


pouco de veneno bem naquele momento confuso quando o
coração de meu irmão estaria batendo rápido o suficiente
para explodir?

Não é porque eu sou uma criadora de problemas.

É porque eu olho para seu rosto chocado (que estava


brilhando menos de quinze minutos atrás) e sinto uma onda
de compaixão por ele. Ali está ele. Um Deus do sexo. Onde
quer que vá, ele é cercado e amado pelo mundo todo.
Praticamente, qualquer mulher que ele quiser, ele pode ter e
ainda, e, ainda assim, naquele instante, eu percebo que ele é
a pessoa mais solitária do mundo.

Não há uma única pessoa no mundo com exceção do


meu pai, eu e Cora, que ele pode realmente confiar. Eu sabia
que se eu não contasse a ele sobre Gavin, tudo o que eu
estaria fazendo seria levá-lo por um caminho onde ele iria
ficar chocado com outra traição.

É como se eu desse um tapa. Todo o seu corpo contrai


com as minhas palavras e ele olha para mim como se fosse
sua culpa que Gavin seja um bastardo. Ele pega a minha
mão delicadamente como se tivesse medo que eu fosse me
quebrar naquele momento, e eu digo claramente. Eu queria
poupá-lo da humilhação de estar aqui. De ter seu coração
arrancado do peito na frente de uma plateia.

—Vá agora. Estou bem.

— Mas você ...—, ele para como se fosse doloroso demais


para sequer dizer as palavras.

— Eu sou uma menina grande. Consigo lidar com isso.

Ele balança a cabeça, se vira e sai da sala. O cômodo é


tão silencioso que você poderia ter ouvido um alfinete cair.
Vou até Octavia. Ela pisca lentamente para mim.

— Saia da minha casa, sua cadela vingativa, — eu rosno


para ela.

Há suspiros chocados ao nosso redor. Ninguém nunca


viu esse meu lado. Eu sou a irmã mais maluca. Seja bom
comigo e chegue ao meu irmão.
Ela dá um passo para trás.

— O que há de errado com você? Não mate o


mensageiro. Eu não sou a cadela aqui. Tori Diamond é uma
vagabunda mentirosa e trapaceira, e eu só expus a verdade.
Você deveria estar me agradecendo. Ela estava prestes a
arruinar o seu irmão. Você não via que ele estava intoxicado
por ela?

Eu olho para ela.

—Sim, Tori acabou por ser uma cobra na grama, mas


eu sempre gostei dela, havia algo amável e gentil com ela,
mas você, uma cadela mercenária, fria, de coração negro, eu
não gostei desde o primeiro segundo que olhei para você.

Deixei meus olhos correr pelo seu corpo magro em seu


vestido de couro de designer.

—Tori tem mais classe em seu dedo mindinho do que


você jamais sonhou em ter.

Seus olhos registam choque e fúria. Ela sempre me


tratou como a irmãzinha inconsequente. Bem, eu não sou.
Não mais. Graças a Tori. Então eu não vou dizer uma palavra
ruim sobre ela.

— Você não quis dizer isso—, diz ela, tentando parecer


digna, mas seu rosto está vermelho com a humilhação.

— Eu nunca quis nada mais na minha vida. Saia da


minha casa antes que eu chame os seguranças para
acompanhá-la. Com os abutres paparazzi reunidos lá fora,
isto daria uma leitura matutina muito interessante.
Por um segundo, ela hesita, então ela levanta o queixo
orgulhosamente, e sai. O som de seus saltos estalando no
chão de madeira é alto.

Eu olho para o DJ e sorrio para ele.

— Podemos ter um pouco de música antes que esta


festa morra de tédio?

Ele levanta as sobrancelhas de forma impressionada e


toca uma versão acelerada do Taio Cruz e Ludacris, Break
Your Heart. A adrenalina está bombeando em minhas veias,
mas logo as lágrimas virão. Com a minha cabeça erguida alta,
me afasto para a cozinha. Cora. Cora vai saber o que fazer.

CASH

Agarrando o diário venenoso de Tori em minhas mãos,


eu saio pela porta da cozinha, atravesso o jardim, e salto
sobre a parede de tijolos. Estou a meio caminho do jardim da
Sra. Herrington-Little, quando ela me vê através da janela da
cozinha e vem abrir a porta de correr.

—Limpe seus pés —, ela instrui como se eu ainda


tivesse treze anos.

Eu limpo os pés e automaticamente pergunto sobre seu


filho. Minha voz soa normal, não como se minha cabeça
estivesse pegando fogo e o nome de Tori está vibrando no
meu peito como um telefone celular, porra. Cash chamando
Tori. Cash chamando Tori. Cash chamando Tori. Porra.

Sra. H fala sobre seu filho enquanto ela me caminha


para a porta da frente. Eu não ouço uma palavra.

Eu abro a porta.

— Obrigado, Sra. H.

Eu ando para a rua e caminho para baixo, com a cabeça


abaixada. Eu viro à esquerda no final da estrada e,
casualmente, vou em direção ao meu carro. Um homem
desalinhado, em pé, perto da porta da frente do meu pai, me
vê. Merda. Ele levanta a câmera de lente longa e começa
tirando. Ele alerta os outros e eles começam a correr para
mim. Todo mundo querendo tirar a melhor foto. Eles me
fazem lembrar de um bando de hienas. Eu fico no meu carro
e aperto o pedal.

Digito o número de Gavin.

Ele responde no terceiro toque. Sua voz é cautelosa.

—Ei, mano.

— Nós precisamos conversar—, eu digo, minha voz


completamente normal.

—Sim, eu concordo. Vamos falar, cara.

— Onde você está agora?

—Em casa, mas eu tenho companhia.

—Livre-se dela.

—Certo. Certo. Entendi —, ele gagueja.


Eu desligo.

Como estou dirigindo, minha mente volta para Tori. Eu


ainda posso sentir o cheiro dela em mim. Porra, eu estava
dentro de sua vagina menos de uma hora atrás. Minha mão
bate no volante e o carro desvia descontroladamente. Alguém
atrás de mim buzina. Idiota. Apertei o botão que desce o vidro
da minha janela. O ar fresco da noite entra enquanto eu dou
o dedo médio e acelero tão rápido que meus pneus guincham.

O guarda de segurança em seu posto acena e me deixa


passar pelos portões. Eu paro o carro na frente da casa e
corro. Antes que eu possa colocar o dedo na campainha, o
mordomo de Gavin, Jeremy, abre a porta. Ele é tão pálido e,
ainda assim, sempre me lembra do que você esperaria
encontrar dentro de um caixão forrado de cetim.

— Boa noite, Sr. Hunter—, ele cumprimenta


formalmente.

Eu não tenho tempo para gentilezas.

— Onde ele está?

— Na sala azul, Sir —, diz ele, seus olhos mostrando


apenas o lampejo de surpresa. Há esperança ainda para ele.

Eu ando a passos largos em direção ao quarto e abro a


porta sem bater. Eis que estou à porta e olho para ele. Eu o
conheço desde que tinha quinze anos, mas parece que nunca
realmente o conheci.

Ele está escorado, nervosamente, na grande lareira de


mármore. Ele, obviamente, me ouviu entrar e está esperando
por mim. Ele tem a expressão de alguém prestes a fugir.
Covarde do caralho.

— Por que a Britney? — Eu pergunto, a fúria na minha


voz mal controlada.

Gavin dá de ombros.

— Estava bêbado, cara. Eu não sabia o que estava


fazendo. Do contrário, eu nunca teria a tocado. Você tem que
acreditar em mim.

Eu fico olhando para ele. Mentiroso do caralho.

— Estava bêbado. Estava escuro. Eu nem sabia que era


ela. Eu pensei que era uma garota. Por favor. Você deve saber
que eu nunca faria algo assim.

— Diga algo que eu posso acreditar —, digo friamente.

Sua boca treme enquanto analisa seu próximo


movimento.

— É a verdade, cara. Você tem que acreditar em mim.


Eu juro que é verdade. — Ele dá alguns passos para a frente,
sua voz suplicante, sua expressão evasiva. — Nós somos
companheiros. Você me conhece. Posso ter qualquer garota
que eu quiser.

Olhe para ele. Quão fraco ele é. Eu nem sequer dei um


soco ainda e ele está tremendo como uma folha.

— Então, por que ela? Todas as mulheres do mundo e


você pegou a minha irmã. Você pensou que eu não iria
descobrir ou quando eu descobrisse, eu me afastaria e veria a
minha irmã ser ferida por um porco, cheirador de cocaína,
lambedor de ácido, restos de pele como você? O que você
pensa que eu sou? Um idiota? Um covarde como você?

— Oh droga, Cash. Estava tão perdido. O que você quer


de mim? Ela deu em cima de mim—, ele chora
desesperadamente.

De todas as coisas que sua língua do diabo poderia ter


dito. Aquela foi a pior. Em um piscar de olhos, eu tinha
coberto a distância entre nós e batido o punho em seu rosto.
Dor arde o meu braço enquanto minha mão se conecta com
sua mandíbula. Ele tropeça para trás, o sangue fluindo de
sua boca e derramando pelo queixo. Eu não permito nem
mesmo um breve segundo para ele para recuperar o fôlego.
Eu me dirijo a ele novamente e ele tenta dar um golpe
desleixado. Eu o evito facilmente.

O sangue ferve nas minhas veias enquanto agarro sua


cabeça em minhas mãos e trago meu joelho até seu nariz. Há
um barulho de rachadura sem corte antes que ele grita de
dor. Eu libero a cabeça. Duas correntes de carmesim estão
saindo de suas narinas e seu nariz está torcido. Ele agarra
meu corpo numa espécie de abraço protetor. Eu inclino
minha cabeça para trás e a esmago na sua. Estrelas
estouram na minha visão, mas ele cai no chão quase
inconsciente.

Sua boca se move, mas as palavras não saem.

— Não diga a ninguém a sua versão do que aconteceu,


não chame seu nome, ou chegue perto dela novamente, ou eu
juro que vou destruí-lo — Pego um punhado de seu cabelo. —
Está me entendendo?

Ele balança a cabeça fracamente. Abro meu pulso e sua


cabeça aterrissa no tapete com um ruído surdo. Eu estou
sobre ele observando seu peito subir e descer com a
respiração fraca, então, caminho até a garrafa de uísque
sobre a mesa e me sirvo de uma dose generosa.

Jeremy entra na sala. Seu rosto é impassível.

— Devo servir, senhor? — Ele pergunta.

— Estou bem, obrigado.

— Devo, talvez, chamar um médico? — Ele pergunta


como se estivesse me perguntando se deveria trazer o chá.

— Essa é uma ótima ideia, Jeremy. — Eu tomo o resto


da bebida e vou embora sem olhar para trás.

Eu entro no meu carro e aperto o acelerador. O carro


voa até ouvir o som de sirenes. Eu olho no espelho retrovisor
e vejo a luz azul piscando. Porra. Com a potência desse carro,
poderia ultrapassá-los, mas eu não vou.

Às vezes, o futuro está escrito nas estrelas. Eu pego meu


celular e ligo para o meu advogado.
CASH

— Esse sou eu em uma briga de galos perdendo para a


merda de um pombo.

Não é o meu advogado que chega a mim primeiro. É


Octavia. Ela anda pela pequena sala utilitária na delegacia
sem descanso.

—Esquece, Octavia. Você está desperdiçando seu tempo.


Está tudo acabado para mim, de qualquer maneira. Eu não
vou voltar.

— Por que está tudo acabado? O que isso tem a ver com
a banda?

Octavia parece quase tão maléfica quanto um escorpião


que está escalando o berço de um bebê.

Eu olho nos olhos dela.

— Não há como estar na mesma sala que Gavin depois


do que ele fez.
— Ela era uma vagabunda. Ela o procurou. — Sua voz
está cheia de raiva.

Eu a encaro, incrédulo.

— Do que você está falando? Você realmente acredita


que minha irmã foi atrás daquele desperdício de pele sem
cérebro?

Pela primeira vez desde que eu a conheço, ela olha para


mim com confusão.

— Sua irmã?

A realização é instantânea. Bile sobe na minha garganta.


Meus olhos se estreitam para ela.

—Você estava falando da Tori, não estava?

Ela se recupera rápido.

— Bem, isso não é importante agora.

Frustração borbulha dentro de mim.

— O que ele fez com ela? — Eu pergunto com suavidade


enganosa.

Ela hesita, então dá de ombros. Ela não se importa que


está rasgando meu peito e arrancando meu coração.

— Eu a vi no colo do Gavin. Ela estava beijando ele.

Minha respiração sai ruidosamente. Eu nunca quis


bater numa mulher antes, mas eu queria socar seu rosto
impiedoso de plástico.

— Ela não era boa. Veja quanto dano ela causou. Não
deixe ela estragar tudo. Por favor, Cash.
— Sai daqui— eu digo com os dentes cerrados. Meu
estômago queima. Fique calmo, coração. Fique calmo.

— Porra. Eu não aceito isso. Eu trabalhei em torno do


relógio, fiz um monte de favores, fiz ameaças e vendi a porra
da minha alma para manter sua história de merda fora da
mídia.

— Parece que você perdeu seu tempo. Estou fora.

Ela olha para mim, incrédula.

— Você é realmente tão estúpido? Você realmente quer


jogar sua carreira fora por causa de uma psicopata
mentirosa? Você nem mesmo sabe quem ela é. Nós já
passamos por muita coisa e vamos superar isso se ficarmos
juntos.

Eu olho para ela, impassível.

— Vá se foder Octavia. Eu não me importo se eles vão


acabar comigo nas manchetes. Eu não me importo se a
gravadora vai me demitir e nenhuma outra me contratar. Eu
realmente estou fazendo isso.

Ela balança a cabeça em desgosto.

— Sabe qual é seu problema? Você começou a acreditar


no seu próprio estilo. Você não passa de um garoto mimado
sem talento. O vocalista de uma banda de garotos que canta
jingles para adolescentes e você não é nada sem mim guiando
sua carreira —, ela berra furiosamente.

Eu bato palmas.
— Bravo. Finalmente, o momento da verdade. Um pouco
do que Octavia realmente pensa. Eu realmente prefiro isso do
que todas aquelas mentiras repugnantes. A banda pode
continuar sem mim. Encontre um substituto para mim. Não
deve ser muito difícil considerando que eu não tenho talento.

— Você vai se arrepender, mas será tarde demais. Se eu


sair por essa porta, eu juro, não haverá caminho de volta
para você.

— Tchau.

Ela cerra os punhos apertados e fala com raiva.

—Eu fiz você e eu posso acabar com você também

— Divirta-se fazendo isso.

Ela vira sobre os calcanhares e caminha até a porta. Ela


coloca a mão na maçaneta, se vira e sorri.

— Eu sei que você está chateado agora. Não importa. Já


cuidei de tudo. Claro que eu não vou acabar com você. Eu me
preocupo com você. Você é como o filho que nunca tive.

Eu estremeço. A ideia dela como uma figura materna me


faz querer vomitar.

— Você precisa de mim—, ela acrescenta ferozmente.

Eu balancei minha cabeça lentamente.

— Sim, precisa. Você é muito imaturo. Você verá em


breve que a sua carreira não existe sem mim.

Eu dou de ombros.

—Você deveria ir. Você está desperdiçando seu tempo.


Ela abre a porta e sai. Ouço seus saltos clicando
acentuadamente pelo corredor.

Como ela já conseguiu me convencer de que estava


agindo para o meu bem?

Muitos anos atrás, enquanto estava na América eu fui a


um restaurante para uma refeição e o cara que estava
fazendo os hambúrgueres na cozinha me reconheceu. Eu não
era uma celebridade, mas era uma estrela em ascensão. Ele
saiu e me disse que já teve um hit estourado. Ele vendeu
milhões. Eu nunca esqueci o que ele disse.

— Esta indústria está cheia de sanguessugas. Eles colam


suas bocas na sua pele e te chupam até secar. Quando não há
mais nada para drenar eles caem fora para procurar a
próxima vítima inocente.

TORI

Naquela noite eu não consigo dormir. Eu deito na cama


com as cortinas abertas, olhando para um céu sem estrelas.
O tempo todo a minha mente está repetindo a cena de
Octavia lendo meu diário em voz alta e meu corpo está alerta
para escutar o telefone ou o som de um carro estacionando
na estrada do lado de fora. Ele vai me perdoar. Ele vai ligar.
Ele tem que me perdoar. O simples pensamento de ficar sem
ele me dá palpitações cardíacas.
Às seis da manhã eu finalmente caio no sono, exausta e
derrotada. O som de um carro chegando até a nossa rua me
acorda às nove horas. Eu corro para a janela e olho para
baixo. Por um segundo, meu coração para.

É Victor. Então eu o vejo sair do carro, abrir o porta-


malas, e tirar uma grande caixa de papelão.

Eu tenho que cobrir a boca para conter os soluços. Eu o


vejo caminhar e chegar até a casa. Eu ouço a campainha
tocar e eu ouço a minha tia respondê-la, mas eu não saio do
meu quarto. Eu só fico na janela e observo Victor voltar para
o carro e ir embora.

Depois de alguns minutos, minha tia chega e bate na


porta.

Eu sento na cama e digo:

— Entre.

Ela vem com a caixa.

— As suas coisas. Foi legal da parte deles, não foi? —


Diz ela, colocando a caixa em cima da mesa nas
proximidades.

Minha garganta está quente e apertada. Concordo com a


cabeça em silêncio.

— Você quer descer para o café da manhã?

— Daqui a pouco— Eu digo suavemente.

— Ok, te vejo lá embaixo, então— diz ela.


— Ok— eu digo, aliviada de que minha tia não quer falar
sobre isso.

Ela fecha a porta e sai. Eu levanto e caminho até a


caixa. Eu puxo a fita adesiva a abro. A primeira coisa que eu
vejo é o meu celular. Eu o ligo e verifico se tem alguma
mensagem. Nada. Verifico as chamadas recebidas e.... nada.
Há uma carta. Eu reconheço a escrita no envelope como a de
Cora.

Cara Tori,

Eu sinto muito querida, que aconteceu daquele jeito. Você


não merecia aquilo. Eu ainda acredito em você. Deve haver
uma maneira de resolver isso. Se eu posso te ajudar de algum
jeito, me avise e eu vou fazer tudo que posso.

Com amor e abraços, Cora

Sinto lágrimas borrando minha visão. Largo a carta e


mexo na caixa. O vestido com estampa de leopardo está lá
junto com os sapatos Medusa de três tiras. Na parte inferior
da caixa eu encontro um outro envelope com a escrita do Sr.
Hunter sobre ele. No interior, há um cheque para mim, a
soma equivalente aos salários de dois meses. Ele foi preso um
post-it com palavras de agradecimento. Eu penso no rosto da
Britney quando Octavia estava lendo o meu diário e eu tenho
que fechar os olhos e respirar lenta e profundamente, ou o
pesar que sinto vai me fazer gritar incontrolavelmente.

Se ao menos eu não tivesse levado aquele diário maldito


comigo ou se eu nunca tivesse escrito aquelas coisas. Se ao
menos eu tivesse falado tudo para Cash mais cedo. Eu tive a
oportunidade perfeita enquanto estávamos lá em cima, mas
em vez disso eu tive relações sexuais com ele.

Estúpida. Estúpida. Estúpida. Então de repente eu


percebo que meu diário não está na caixa. Me pergunto quem
está com ele e porque não me devolveram. Espero que esteja
com a Britney, porque se ela ler tudo, ela vai perceber que eu
só senti que ela era superficial e egoísta antes daquela noite
na festa da piscina. No momento em que fomos para Milão
juntas, ela era a irmã que nunca tive.

Eu me visto, tranço o meu cabelo, me concentrar na


vida mundana é a melhor distração da dor e vou lá embaixo,
onde eu falo com minha tia e finjo que não estou morrendo
por dentro. Minha mãe chama e eu repito a mentira de que
estou bem com falsa alegria.

—Tem certeza? — Ela pergunta.

— Sim, eu tenho certeza. Foi tudo um mal-entendido


estúpido.

—Mas sua tia disse...

— De qualquer forma, foi melhor assim—, eu


interrompo, a calando com eficiência brutal.

—Eu te amo, Tori —, diz ela após uma dolorosa pausa.

— Eu também te amo, mãe—, eu digo, e minha voz


quase quebra, mas consigo controlá-la o suficiente para dizer
adeus.

É ainda mais difícil quando o meu pai vem ao telefone e


pergunta se eu quero que ele me envie um bilhete para casa.
Então, eu só quero rastejar em seu colo e gritar da maneira
que eu costumava fazer quando eu era uma menina e alguma
coisa dava errado na minha vida.

No entanto, quando Leah liga, as barreiras caem. Eu


não tento esconder a minha dor.

Eu digo tudo. Cada detalhe odioso do meu mundo


implodido.

— Meu coração está partido, Leah —, eu soluço. Eu


nunca pensei que iria doer tanto.

Então eu choro muito.


CASH

A porta se abre e um homem em um uniforme da polícia


entra.

— Você está livre para ir agora, Sr. Hunter. — Eu


levanto e começo a caminhar em direção à porta.

— Er... Você se importa de assinar este CD para a


minha sobrinha?

Eu viro para olhar para ele.

— Eu... er... corri para pegá-lo durante o almoço. É


aniversário dela no próximo mês— Ele segura o CD e uma
caneta para mim.

— Qual é o nome dela? —, Pergunto.

— Athena Williams, mas apenas Athena vai ser ótimo.

Eu pego o CD, assino e devolvo.

Ele sorri.
— Tudo bem, Senhor. Obrigado por isso. Tome cuidado
agora.

— Não tem problema, — eu digo, e caminho para fora da


porta.

Do lado de fora está cinza. Não há um único repórter ou


equipe de TV de esperando. Eu tenho que dar crédito a
Octavia. Ela sabe o seu trabalho.

Eu paro nos degraus de pedra e de repente lembro


daquela noite que a Tori me vestiu com bigode, barba e nariz
falso. Parece que foi uma vida atrás. Eu estava feliz. Mas tudo
isso era uma mentira. Que ela se foda. Eu não preciso dela.

Uma mulher está chegando até os degraus, nossos olhos


se encontram. Ela me reconhece. Eu deixei meus olhos
deslizarem para longe e, mantendo minha cabeça para baixo,
começo a descer os degraus. Eu não tenho rodas. Os filhos da
puta apreenderam o meu carro, mas tanto faz. Piso na
calçada e continuo caminhando.

Quando eu vejo um táxi eu faço sinal. Me sento na parte


de trás do táxi e não me permito pensar. Quando o táxi vira
em minha rua. Eu balanço minha cabeça. Porra!

Ambos os lados das ruas estão cheios de grupos de


câmeras de todas as emissoras de TV. Então ela os chamou.

— Aquela puta, — eu juro sob a minha respiração.

O motorista encontra meus olhos no espelho retrovisor.

— Posso virar e levá-lo em outro lugar.

Eu balanço minha cabeça.


— Apenas me deixe na frente daquela porta preta.

— Você está certo—, ele diz secamente. — Minha filha


mais nova te ama, posso ter um autógrafo?

Eu assino uma nota de cinquenta libras e passo-a


através do espaço na partição.

— Obrigado, companheiro—, diz ele.

Ele para em frente à minha porta.

Pandemônio quebra em torno de mim enquanto eu subo


os degraus. Microfones sendo empurrados no meu rosto,
flashes indo em todas as direções, as pessoas gritando:

— Aqui, Cash. Olhe aqui, Cash? É verdade que você foi


pego recebendo um boquete na parte de trás do seu carro?
Quem era a menina, Cash? Vira para cá, Cash? Será que a
polícia está multando você por causa da condução
imprudente?

— Quão acima do limite você estava? Você vai perder a


sua licença, Cash? Dê um sorriso, Cash. Algum comentário?
— Eu deslizo minha chave na fechadura e a viro. A porta
abre. Entro e fecho o mundo feio lá fora. O telefone está
tocando. Deus, aquela puta! Ela vazou a história que alguém
estava me dando um boquete.

Um excelente exemplo de uma grande vingança. Bem


feito, Octavia.
TORI

Eu vejo as notícias das seis da manhã e fico chocada


pela forma que o meu coração dói por saber que os lábios de
outra mulher estiveram envolvidos no pau de Cash. Em
minha mente eu já devo ter alegado que era meu. Em
seguida, vem a agonia de saber o quão rápido ele me
substituiu.

Eu desço até o jardim e sento debaixo da macieira. O ar


está abafado e preguiçoso com o zumbido das abelhas. Eu
puxo meus joelhos para cima no meu peito e choro. Meu
coração parece que está partido em milhões de pedacinhos.

Em minha mente, eu não consigo parar de xingar a mim


mesma. Se pelo menos eu tivesse sentado com ele antes. Se
ao menos eu tivesse falado para ele. Eu daria tudo para voltar
o relógio.

Por que eu deveria perder essa oportunidade no meu


quarto fazendo sexo? Eu deveria ter contado. Oh Deus. Por
quê? Por que não fiz isso? Estúpida. Como fui estúpida!

Eu ouvir o som do farfalhar. Eu olho para cima e minha


tia está na minha frente. Ela senta ao meu lado, organiza sua
saia em torno de seus tornozelos, e volta para olhar para
mim.

— Sinto muito, Tori—, ela suspira suavemente.

Novas lágrimas começam a escorrer pelo meu rosto. Eu


as enxugo com as costas das minhas mãos.
— Diga o que aconteceu? — Ela pergunta, seu rosto
preocupado.

Eu sei que tenho que dizer. Isso vai levar muito mais
tempo do que eu imaginei para superar. Eu não posso andar
por aí como uma morta viva e esperar que todos finjam que
tudo está bem. Hesitante, eu conto tudo.

— Eu escrevi aquelas palavras. Era o meu diário e era


onde eu gravei todas as minhas frustrações e pensamentos,
mas ela tomou fora de contexto e o fez soar tão ruim, tia
Claire. Ela me fez parecer uma cadela conivente. Como se eu
tivesse a intenção de prendê-lo. Eu juro que nunca foi minha
intenção. Eu só queria acabar com a minha paixão de uma
forma ou de outra.

Eu fungo e assoo o nariz.

— Eu pensei, eu realmente pensei que iria conhecê-lo e,


no pior cenário faríamos sexo e ele iria começar a me ignorar,
eu seguiria em frente, ou no melhor cenário, eu veria de perto
e perceberia que ele era uma pessoa criada pela mídia, uma
criatura superficial. Esqueceria ele e ficaria livre. Eu não
queria magoar ninguém. Dentro do meu plano a única pessoa
que poderia se ferir seria eu.

— Oh, Tori, — minha tia exala.

— E você sabe qual é a pior coisa? Eu machuquei


Britney. Ela é a mais doce e mais generosa alma. Foi sua
festa de aniversário e ela teve aquilo como presente.

—Por que você não liga para ele? — Minha tia sugere
delicadamente.
— Eu não posso. Ele totalmente sente repúdio por mim.
Você deveria ter visto seu rosto, Tia Claire.

— Eu ainda acho que você deveria explicar. O homem


que eu conheci não te empurraria para longe.

— Ele sabe onde estou, mas ele não quer ter nada a ver
comigo, e eu não posso culpá-lo. Eu deveria ter dito a ele. —
Faço uma pausa. — De qualquer maneira, ele seguiu em
frente. Não é como ele está com falta de companhia feminina.

— Acho isso difícil de acreditar.

A gargalhada amarga sai dos meus lábios.

— Eles mencionaram no noticiário das seis. Ele foi pego


dirigindo acima do limite e.... Ele estava recebendo um
boquete em seu carro.

Minha tia faz uma carranca.

— Oh céus. Ainda assim, você não pode acreditar em


tudo que vê na mídia. Uma grande quantidade deste material
é apenas boatos e escândalos para vender mais jornais e
visualização.

— Eu não sei o que fazer. Eu não posso acreditar que


cometi um erro tão grande assim. Está tão doloroso que não
posso suportar. Eu não consigo parar de pensar nele. À noite
deito acordada durante horas, virando de um lado para o
outro e, quando eu finalmente caio no sono eu sonho com ele.
Tudo me faz lembrar dele.

— Eu sei que você está sofrendo agora, mas você é


jovem e você vai superar.
Eu balancei minha cabeça.

— Não, eu não vou. Eu o amei por tanto tempo, tia


Claire. Nada que eu já fiz mudou isso. Eu tentei ter outros
namorados, tentei parar de amá-lo e tentei este último fiasco,
e no final eu só me apaixonei ainda mais — Eu soluço.

— Oh querida. O que você precisa fazer é deixar a


Inglaterra, pelo menos por enquanto. Atividade e mudança.
Isso é o que vai tirá-lo de sua mente. Por que você não vai
fazer essa viagem que você planejou para a Europa, hmmm?
Leah não está apenas esperando você dizer a palavra?

— Sim, mas a ideia de mochilão pela Europa perdeu


completamente seu brilho. Eu não posso mesmo pensar em ir
à loja da esquina muito menos por toda a Europa. Eu só vou
ser infeliz lá em vez de aqui.

— Não, você não vai. Quando você estiver em movimento


e vendo coisas novas a cada dia você não terá muita
oportunidade de lamentar sentir pena de si mesma. Confie
em mim. É a melhor coisa para você.

Eu inclino meu rosto em meus joelhos e olho para a


minha tia.

— E se eu for e continuar infeliz e eu só acabar


estragando a viagem de Leah?

— Querida, você tem mais chances de ganhar na loteria


do que estragar a viagem de Leah. Se conheço bem a Leah
direito, ela vai te tirar dessa situação e te trazer de volta para
o mundo dos vivos.
Eu sorrio fracamente.

— Então está decidido. Você poderá ir em suas férias.


Ela está vindo amanhã por isso você poderia muito bem fazer
um pouco de compras hoje para você ter tudo o que necessita
para as suas férias.

Meu queixo cai.

—Leah está chegando amanhã?

Minha tia concorda.

— Seja grata por tudo que você tem, Tori. Porque você
tem muito. Muito mais do que a maioria das pessoas. Você
tem uma grande família que te ama até a morte e você tem
Leah que vai fazer de tudo por você.

— Ela não disse que estava chegando e pensei que


queria guardar mais dinheiro pelos próximos dois meses.

—Emprestei o dinheiro.

Eu olho para ela com espanto.

—Você emprestou?

— Valeu a pena para obter seu bumbum bonitinho fora


do meu caminho—, diz ela com um sorriso.

Minha tia e eu vamos para o aeroporto buscar Leah. Ela


não diz uma palavra. Somente me envolve em um abraço
grande, silencioso e me deixa chorar minhas tripas para fora.
Nenhuma vez ela diz,

— Eu avisei.
Depois, a abençoe, ela assume o comando total. Ela é
como um redemoinho.

Em dois dias nós estamos em St Pancras International.


À medida que passamos numa banca de jornal eu vejo as
manchetes gritando em um dos tabloides.

Alkaline acabou.

Eu não posso evitar de ler as legendas.

Fontes próximas a Cash Hunter dizem que ele é a razão


da banda estar se dissolvendo. Ele quer começar uma carreira
solo na música.

Então, antes que eu perceba, estou sentada no trem de


alta velocidade para Paris. Eu olho pela janela. Cash Hunter
está saindo. Ele vai seguir seu sonho de fazer o tipo de
música que ele quer, e eu não vou estar lá para ver isto.

Eu sinto meu coração suspirar profundamente. Acabou.


A festa acabou de vez. Eu desenhei a linha na areia. Estou
machucada, quebrada e eu estou cheia de pesar pelas coisas
que eu fiz, mas eu não me arrependo de ir para a Inglaterra.
Eu não me arrependo de conhecer Cash, amá-lo, dar o meu
corpo a ele.

Se eu pudesse voltar no tempo, eu faria a mesma coisa,


somente a execução que seria diferente. Gostaria de dizer a
verdade no primeiro dia. Eu diria.

— Uau, você sabe, Cash Hunter, eu sou sua maior fã?


— Quem sabe o que ele diria. Uma coisa é certa que seria
bruto e engraçado. Talvez eu ia rir. Talvez teríamos ido jantar.
Talvez … Talvez minha tia esteja certa. Um dia eu vou
esquecer. Um dia vou parar de ser tão louca por ele. Vou
colar todas as peças quebradas do meu coração e eu vou
encontrar alguém. No vidro eu vejo meu reflexo. Meu rosto
está pálido e meus olhos avermelhados e manchados.

— Olha, os penhascos brancos de Dover, — Leah fala,


sua voz cheia de excitação.

Eu viro meus olhos para a visão majestosa.

— Adeus, Cash. Adeus.


CASH

NICK CAVE - Leonard Cohen's Suzanne

Tem sido um longo, mas bom dia. Eu acho que eu fiz o


meu melhor trabalho hoje, mas é bom deixar o estúdio um
pouco e passar algum tempo na casa do meu pai. Cora fez
torta de frango para o jantar. É delicioso e tanto o meu pai
quanto eu, limpamos nossos pratos. Depois o meu pai
pergunta se eu quero acompanhá-lo para uma bebida em seu
escritório.

— Vou apenas sentar aqui um pouco e.... —Eu ergo


minha garrafa de cerveja, — Acabar com isto. — Eu sorrio e
tomo um gole.

—Certo—, meu pai resmunga, e desaparece em seu


escritório para esperar Britney voltar. Ela está fora em um
encontro com um cara chamado Liam Foxgrove. Ele
provavelmente é um bom garoto, mas meu pai e eu fizemos o
interrogatório de boas vindas dos Hunters. Suas mãos
estavam tremendo enquanto Britney descia as escadas.

Depois de algum tempo, notas de música flutuam para


fora do escritório. Eu reconheço.
Nick Cave está cantando Suzanne de Leonard Cohen.
Combina com o meu humor e me sento para trás e olho
através da janela para o jardim. Eu assisto o gato do vizinho
escalar o muro e agachar por um buraco no chão. Vejo ele se
cansar de perseguir um buraco vazio e ir embora balançando
a cauda. Eu fico olhando até que as luzes solares vão
embora.

Cora coloca a cabeça pela porta.

— Estou indo. Precisa de alguma coisa antes de eu sair?

— Nah, você pode ir. Eu sei que você não pode esperar
para chegar em casa e pular no seu marido.

— Oh você —, ela repreende, mas seus olhos brilham.

Eu termino a minha cerveja e vou para a cozinha para


outra. Eu me aproximo para abrir o congelador e o que eu
vejo me faz congelar. É um cartão da Itália. Tem uma foto de
David vestindo uma folha de figueira. Ele poderia ter vindo de
qualquer um, mas eu sabia mesmo sem virá-lo que era dela.
Houve um tempo em que eu não conseguia parar de pensar
nela. Agora eu não me permito pensar nela.

Como um homem em transe eu alcanço o cartão e o tiro


do ímã. Eu viro e a visão de sua escrita é como uma faca no
meu coração. Há apenas uma frase escrita em tinta roxa,
mas eu começo a sangrar mais uma vez.

Ele tem um pau pequeno. :)

Amor,

Tori
Ela enviou um cartão a Cora. Eu olho para a tinta e,
assim estou do lado dela. Eu tento pensar nela na Itália. Seu
cabelo branqueado pelo sol, sua pele marrom dourada. Seu
corpo perfeito envolto em algo de verão. Ela era como um
copo de sol amarelo brilhante. Eu não bebi o suficiente.

Eu deslizo o cartão de volta sob o ímã e saio da casa ...,


mas eu volto muitas vezes. Para procurar por suas cartas.
Digo a mim mesmo que estou apenas curioso, mas qualquer
idiota pode dizer que é uma porra de mentira. A cada dois
dias, eu faço a viagem para a casa de meu pai. Cheio de
expectativa.

Eles estão sempre engraçados ou bonitos. Eu viajo com


ela pela Europa olhando para catedrais e palácios e grandes
monumentos, até Turquia, em seguida, o Egito, onde ela
envia mais cartão do que qualquer um dos outros países
antes. Pirâmides, obeliscos, estátuas de faraós.

Ela me leva para a Índia onde eu vejo o coração dela


quebrar quando é cercada por um bando de crianças
pedintes. Eles pegam suas roupas e puxam seu corpo, e ela
não tem escolha, a não ser tirar as mãos das crianças. Ela
me leva pela mão até o Golden Temple de Amritsar e me
alimenta com doces redondos chamados Ladhu.

Eu a sigo até o rio Ganges para ver o Aghori, os


misteriosos monges canibais de Varanasi. Eles pintam seus
corpos nus em cinzas, bebem de crânios humanos, e vivem
suas vidas inteiras em cemitérios. Os olhos deles estão
vermelhos e selvagens. Vou enviar fotos quando eu voltar, ela
escreve.

Estou cheio de vontade de estar na mesma viagem.

Da Índia elas tomam a rota para o Sudeste Asiático. Na


Tailândia, elas visitam um templo budista onde as meninas
agitam um recipiente de varas até que uma das varas cai e
um monge lê sua sorte de acordo com o número na vara.

— Seu Príncipe Encantado está chegando —, o monge


diz a ela.

Eu sinto isso como um soco no estômago.

Mas ela é minha.

Próxima parada, na Malásia. Ela sai para desfrutar da


fantástica variedade de alimentos, isto é, até elas terem
diarreia. Ela coloca as duas meninas fora de ação por quatro
dias. Elas residem em seu quarto de pousada gemendo e
correndo para o banheiro. Enfraquecidas, mais leves e mais
sábias, elas relutantemente cancelam sua viagem para
Indonésia e pegam um voo de Cingapura para o último
destino de sua jornada. Austrália.

Há mais três cartas enquanto ela faz turismo pela


Austrália. Pelos cartões postais, eu sei que elas passaram
alguns dias na fazenda de um amigo que as ajuda a escolher
cerejas. Em seguida, vem o cartão final. Tem a imagem de
uma mãe canguru com seu bebê que espreita fora de sua
barriga.
As férias acabaram. Nós estamos voltando para casa
amanhã. Um pouco triste.

TORI

Não me interpretem mal, estou feliz que fui nesta


viagem. Eu vi muito e aprendi muito sobre o mundo. Leah e
eu testemunhamos e fizemos coisas que poucas pessoas
fazem em suas vidas. Eu sei que me ajuda a me desenvolver
como uma pessoa.

Antes desta viagem alguém teria tido dificuldade de me


convencer de que há uma raça em extinção de monges de
olhos selvagens que existem em um estado de intoxicação e
acreditam que podem alcançar a iluminação pelo próprio ato
de se afastar de todos os prazeres terrenos e participar em
tudo o que é nojento e tabu. Mesmo comendo carne humana
morta ou resíduos humanos.

Agora eu sei melhor.

Quando estávamos na Austrália eu conheci um surfista


australiano bonito que me perseguiu implacavelmente.
Provavelmente porque eu o cortei como todos os outros. De
alguma maneira, ele me lembrou de Cash. Ele não era
parecido. Talvez a curva de sua boca, mas foi o suficiente
para me fazer gostar dele. Ainda assim, no final, eu não o
queria. Mesmo bêbada de Fosters eu não podia fazer nada
com ele.

Leah e eu fizemos um pacto de nunca discutir sobre


Cash. Nós nunca compramos uma revista de fofocas ou
assistimos E-News. Ela tem a opinião de que quanto mais
você é obcecado e pensa em algo mais isso entra no seu
coração. Ela acha que a solução para um coração partido é
nunca falar ou pensar sobre essa pessoa.

Nós estávamos em uma rigorosa dieta livre de Cash.

Eu saio do vagão uma vez. Só uma vez, quando Leah


entrou em uma loja para comprar um par de latas de coca.
Foi na Índia. Estava em pé ao lado de uma tenda de madeira
vendendo revistas e doces e cigarros e meus olhos caíram na
capa de uma revista. Ele estava sobre ela. Meu coração bateu
em minhas costelas.

Desviei o olhar rapidamente e, em seguida, como uma


viciada, eu olhei de volta para o seu rosto. Havia algo
diferente sobre ele. Eu teria olhado mais, mas Leah estava
voltando e eu rapidamente me virei e sorri para ela.

— O que há de errado com você? — Ela perguntou.

—Nada. Acho que está um pouco quente demais, —eu


disse.

Ela olhou para mim estranhamente, em seguida, para a


banca, e suspirou.

—Venha. Vamos encontrar uma garrafa de cerveja


fresca.
Foi a única vez que eu pensei nele, bem, durante o dia
pelo menos, mas quando entrei no meu saco de dormir, ou na
minha cama de albergue para a noite, minha mente repetia
aquela cena de quando ele olhou para mim como se eu
tivesse o apunhalado pelas costas. Com essa mágoa.

Mágoa sempre se transforma em ódio.

Às vezes eu chorei em silêncio, lágrimas amargas,


pensando nele na Inglaterra me odiando e outras vezes
outras memórias voltariam. As formigas em suas calças, o
telhado, rindo juntos sob os lençóis, indo para o Ministry Of
Sound, nosso tempo inesquecível em Milão, ter relações
sexuais, ter relações sexuais, e ter relações sexuais.
TORI

You Know You Want to Try This! - "Turn My Ship Around"


by Jeremy Buck - (Ft. Circusman Alexis)

Eu olho em volta da mesa de jantar. Minha mãe, meu


pai, e até mesmo Brad veio para casa hoje à noite para o
jantar da família. Eles ouviram meus contos com amplos
olhos. Nós rimos, bebemos e conversamos até tarde da noite.
Já se foi meia-noite quando Brad sai. Minha mãe me beija na
minha cabeça.

— Estou tão feliz que você está em casa, querida. Eu


estava com saudade de você.

—Eu te amo, mãe.

Meus pais entram em seu quarto, eu vou para o meu e


fecho a porta. Eu não ligo a luz. Eu ando até a janela e olho
para baixo o nosso quintal. O brilho prateado da lua espreita
através das árvores e ilumina o velho balanço de pneu. O
metal no portão brilha e o ar é calmo. Tudo é exatamente
como era. Eu olho para o céu pontilhado de estrelas e as
lágrimas se reúnem em meus olhos.

Eu não posso fazer isso. Simplesmente não posso.

Eu pego o meu telefone e percorro as minhas fotos até


que eu chego em uma de Cash em seu disfarce. Eu estava tão
feliz naquela noite. Eu sei que disse que não iria seguir a
carreira de Cash, mas esta noite, só desta vez, porque estou
me sentindo vulnerável, irei na internet e ver como ele está
indo.

Eu não vou verificar sua vida pessoal. Eu não vou olhar


para ver que nova mulher está com ele. Eu só quero ver como
ele se está. Ele vai acalmar meu coração dolorido.

Sentada no escuro, eu navego no YouTube e digito seu


nome. Eu rolo para baixo os resultados e vejo que ele,
recentemente, na semana passada, na verdade, fez uma
entrevista em um programa de TV alemão. Clico nela. Um
anúncio da Adidas vem e eu percebo que estou segurando a
minha respiração. Eu coloco em tela cheia. A propaganda
acaba e um homem na casa dos quarenta ou cinquenta anos
com uma barba vermelha e loira em seu rosto aparece. Ele
está vestindo um terno cinza e segurando um maço de
papéis. Ele bate as beiras da mesa como o Jon Stewart, e
chama com um forte sotaque alemão, Cash Hunter. A banda
da casa começa a tocar e a câmera corta para Cash chegando
ao estúdio. Ele está vestido completamente de preto, terno,
camisa com três botões abertos, e sapatos. Seu cabelo parece
mais leve e seu rosto mais maduro. Como se não fosse meses
desde que eu o vi, mas anos. Ele para no topo de uma
escadaria branca, sorri e acena para o público antes de
descer.

Eu pauso o vídeo, meu rosto se aproximando para a tela


do computador.

Uau! Ele parece com um estranho.

Eu bato na pausa novamente e o vídeo retoma a


reprodução. Cash continua a caminhar em direção ao host.
Eles apertam as mãos e o cara o mostra uma poltrona de
pelúcia.

— Cash Hunter, senhoras e senhores, — O anfitrião


repete.

A câmera vai para o público que estão todos em seus


pés e aplaudindo. Há alguns assobios e Cash sorri e acena
com a cabeça em direção a eles.

— Bem-vindo—, diz o anfitrião.

— Obrigado. É sempre bom estar na Alemanha. Eu amo


o autobahn.

— Ah, você gosta de nenhum limite de velocidade


enquanto estiver dirigindo?

— Absolutamente.

— Então, é um estilo diferente? — Ele comenta sobre as


vestimentas de Cash.
— Você tem que parecer elegante. Cuidar desses
sapatos—, Ele pronuncia lentamente, e o público irrompe em
aplausos.

— Então— o anfitrião diz: — Algumas pessoas estão


comparando você a Prince, Bob Dylan e Lou Reed. Eles dizem
que as canções que você escreveu para o seu novo álbum são
geniais.

— Vou aceitar as comparações, mas há apenas um


Prince, um Bob Dylan, e um Lou Reed. Eu cresci ouvindo as
músicas deles. Eles eram alguns dos meus ídolos, mas talvez
um dia alguém vai dizer que haverá apenas um Cash Hunter.
— Ele sorri.

— Antes de você começar a sua carreira a solo, você


estava com uma das bandas mais famosas, Alkaline. Porque
você saiu? Foi a música? Vocês brigaram?

Cash dá de ombros casualmente.

— Estava com a banda por quase oito anos. Isso é muito


tempo neste negócio. Era hora de tentar algo novo. Como
alguém uma vez me disse: — Não espere mais para alcançar
as estrelas, Cash. — Então eu fiz isso.

Meu Deus. Eu não posso acreditar. Ele lembrou do que


eu disse a ele no telhado. Na verdade, ele me usou para
inspirá-lo a escrever a sua própria música. Sinto uma onda
de felicidade que, de alguma maneira eu ajudei em sua
carreira.

— Mas é bem diferente do tipo de música que você


estava fazendo com a banda, — O anfitrião fala.
Cash ri.

—Sim é.

— Essa era a música de boyband.

— Era muito ruim, não era?

O anfitrião balança a cabeça como se concordasse sem


concordar.

— Qual é a sensação de estar escrevendo e cantando


esse tipo de música em comparação com o pop que você fazia
antes?

— Eu tinha quinze anos quando comecei no negócio da


música. O que eu poderia realmente escrever sobre? Eu não
entendia nada. Eu ainda não tinha vivido. Precisei descobrir
quem eu era. Quando a banda se separou fui para o meu
estúdio e escrevi as músicas que realmente queria escrever, o
tipo de música que tocou minha alma. Os meus sentimentos
saíram no álbum. É uma mistura, do tipo de música que eu
cresci ouvindo e amando.

O anfitrião traz um CD e abre a capa.

— Então, eu tenho o seu novo single aqui —, diz ele


mostrando a capa para o público. O CD tem uma foto do
peito nu de uma mulher. Seu longo cabelo loiro cobre os
seios.

— É claro que nem todas as canções são


autobiográficas, mas a julgar pelos dois títulos de suas
canções, “Ela passou como uma nuvem” e “Eu gostaria de
saber como você se sente”, ao que parece estas são canções
de amor. Quer nos dizer quem ela é?

A mandíbula de Cash aperta.

O anfitrião detecta sua reação.

— Esta é uma capa muito sexy. Quem é a Loira? Você a


conhece pessoalmente?

— Sim. Ela é uma modelo.

— Posso ter o número dela? —Ele gargalha.

Cash sorri.

— Tem certeza que pode lidar com ela?

O anfitrião ainda está rindo enquanto ele chega sob sua


mesa e pega uma guitarra.

— Que tal um pouco de música para nós? — Ele


pergunta. O público irrompe em um rugido de aplausos. Ele
estabelece a guitarra em sua coxa e toca experimentalmente
as cordas.

— “Ela passou como uma nuvem” é escrito em torno de


uma progressão muito semelhante à dos Beatles, né?

— Sim.

Ele passa a guitarra para Cash e ele canta e toca.

Eu paro de respirar. Sua voz, as palavras, a música. É


assombrosamente bonita.

O anfitrião balança a cabeça em reverência.


— Você é a nova estrela. Sim eu acho que sim. Você vai
ver que, nos próximos anos, você vai se tornar maior do que
alguma vez já foi.

Cash dá de ombros modestamente.

— Obrigado.

— Não, eu prometo a você. Você é destinado para


grandes coisas. Eu vi você tocar ao vivo uma vez e foi ótimo.
Você não é apenas um grande compositor, mas é também um
bom cantor, um guitarrista fantástico e um grande dançarino
também. O show foi emocionante.

Cash sorri.

— Bem, eu não sou de me gabar, mas ...

O anfitrião aponta para cash.

— Senhoras e senhores, Cash Hunter.

O vídeo termina lá e eu penso sobre a forma que sua


mandíbula apertou.

Será que Cash pensa em mim, às vezes? Eu era a


menina que passou como uma nuvem?

Então eu penso na menina loira na capa do CD. Ele


disse que a conhecia.

E se ele dormiu com ela? Oh meu Deus, eu não posso


acreditar que me deixei ir por este caminho. Eu desligo meu
laptop e deito na escuridão. De alguma forma. De alguma
forma eu tenho que encontrar uma maneira de me curar.
TORI

O som do meu telefone zumbindo me acorda. Com os


olhos ainda fechados, eu tateio ao redor e aperto os olhos
para a tela. É Leah.

— Sim, — murmuro.

— Você está se sentindo tão mal quanto estou? — Ela


pergunta melancolicamente.

— Eu não sei. Eu não estou acordada ainda.

— Bem, acorde e me diga.

Eu me sento.

— Porque você está acordada tão cedo?

— Minha cama é muito confortável. Eu não conseguia


dormir.

Eu dei uma meia risada.

— Dorme no seu saco de dormir, então.

— Posso ter que fazer isso esta noite.


Eu bocejo.

— Quer me encontrar para almoçar ou algo assim?

— Eu não sei se a mãe tem algo planejado. Eu te ligo


mais tarde?

— OK, até mais tarde.

Eu fecho meus olhos e caio de volta para a cama. Nunca


cheguei a dormir até tarde. Eu tive que rastejar até o andar
de baixo e cortar duas fatias de pepino para colocar em
minhas pálpebras porque eu não queria acordar com os olhos
inchados e ter todo mundo sabendo que eu chorei a noite
toda. Eu empurro meus lençóis e fico em frente ao espelho do
banheiro. O truque do pepino funcionou. Meus olhos
parecem normais.

Enquanto olho para o meu reflexo, um sonho que tive


na noite passada aparece em minha mente. Esquisito.

Sonhei que Cash e eu estávamos sentados em um


barco. Deve ter sido um lago porque a água estava calma.
Não havia tristeza ou dor. Dentro do meu sonho ele me
perdoou. Com um suspiro eu me afasto do espelho.

Eu uso o banheiro, tomo um banho rapidamente, e


desço ainda no meu pijama. A casa cheira a café torrado
italiano e bacon. Meu pai já saiu para o trabalho, mas minha
mãe tem suas luvas de borracha e está limpando uma das
prateleiras.

— Bom dia—, diz ela brilhantemente enquanto ela tira


suas luvas.
— Bom dia, Mãe, — eu respondo com falso brilho e um
sorriso falso.

Eu pego uma xícara de café, sento na mesa e dou um


bocejo.

— Awww, querida. Você ainda está sentindo o fuso-


horário, não é?

— Eu acho que sim.

— Eu sabia que você acabaria perdendo o seu café da


manhã, então fiz os trabalhos. Que tal um belo prato de
bacon, presunto, salsichas, grãos e molho acompanhado de
ovos para mergulhar suas torradas?

— Oh, não, mãe. Eu não posso hoje, — eu gemo. — Eu


só quero cereal. — Levanto para pegar uma tigela do armário
e a minha mãe me empurra de volta para a cadeira.

— Nem pensar! Você não vai comer cereal. Eu fiz um


bom café da manhã e você vai comer e ser grata por isso,
mocinha. Não era você que estava falando sobre como
aquelas crianças estavam famintas?

— Você não vai começar a usar isso contra mim, — eu


resmungo. — Como se eu comer um grande café da manhã
fosse fazer alguma diferença.

No entanto, a mamãe já está colocando um prato na


placa do fogão para aquecê-lo.

Com um suspiro de resignação eu a observo colocar a


frigideira no fogão e colocar duas fatias cortadas grossas de
bacon sobre o ferro preto.
O bacon se torna mole e mãe a empurra para um lado
para dar espaço para os ovos quando a campainha toca.
Mamãe e eu olhamos uma para a outra.

— Quem poderia ser? — Mamãe diz.

— Eu atendo, — eu digo, e desço da cadeira. Eu espio


para fora da janela e é um entregador segurando uma caixa.
Abro a porta, assino o pacote que é para mim e fecho a porta.

— Quem era? — Mãe chama da cozinha.

— É um pacote para mim. — Eu coloquei o pacote na


mesa da cozinha.

—De quem é?

— Eu não sei. Ele não diz.

— Não está com som de tique-taque, não é? — Ela ri.

— Eu acho que não.

—Bem, abre então— diz ela me dando uma faca.

Eu corto a corda e o papel pardo. Em seguida abro a


caixa e olho para o conteúdo.

Mamãe vem para olhar por cima do ombro.

— O que é tudo isso?

Eu olho para a fita métrica, a faca, tesoura, pinos de


roupa, e hastes finas e grossas e eu começo a rir.

Minha mãe olha para mim estranhamente.

— Estes são os itens que você precisa para tecer cesta,


Mãe, — eu digo a ela sorrindo alegremente.
— Tecer cesta? Por que em nome de Deus alguém iria te
enviar uma cesta, uh, por que você está chorando?

— Mãe, os seus ovos estão queimando—, eu digo no


meio de um soluço.

Ela corre para a frigideira e leva para fora do fogão,


enquanto nós ouvimos música vindo do quintal. Corro para a
porta traseira e a abro, e sem aviso minhas pernas cedem. Eu
afundo de joelhos. Meu corpo está em choque e meu pequeno
coração parece que vai romper com a felicidade.

Cash Hunter está de pé no meu jardim tocando guitarra


e fazendo uma serenata para mim! Isso pode ser real? Todos
esses anos, quando eu estava na frente da TV e fingi que
estava cantando para mim! E agora isso. Caramba!

Você vive sua vida como se fosse real.

As meninas são jovens, a música é boa,

Mas seu coração é difícil.

Ei, olhe para mim, eu sou uma grande estrela.

Não há limites. Você pode ter qualquer coisa, cara,

Mas seu coração é difícil.

Eu a vi tomar banho e ela nem precisa da luz do luar.

Ela usa a luz do sol em seu cabelo.

Olhei em seus olhos, e fui até ela

E bebi da piscina de sua alma.

Mas meu coração estava duro.

Não há oceanos deixados para você engolir, ela disse.


Eles me chamam de diamante

Eu vou quebrar seu coração duro para você, ela disse.

Então ela quebrou-o com um beijo.

Ele estava em um milhão de pedaços a seus pés

E então ela passou.

Como uma nuvem. Como a porra de uma nuvem.

Como uma nuvem. Como a porra de uma nuvem.

Ele para de tocar a guitarra e sobe os degraus de


madeira para a varanda para trás e se agacha em frente de
mim. Eu pisco para ele. Eu me sinto como se estivesse me
afogando em uma onda de emoção. Cash Hunter está no meu
quintal e há mil coisas em seus olhos.

Eu não posso pensar. Eu não posso falar. Eu não


consigo nem respirar.

— Eu finalmente parei de ser um louco estúpido e li o


seu diário. Todo ele. Cada palavra, e eu te amei, ainda mais
depois que terminei, que eu amava antes de começar. Você
não é uma fã louca, Tori Diamond. Você é a pessoa a mais
corajosa que eu conheço. Você viajou metade do caminho ao
redor do mundo para seguir seu sonho. Eu precisava de uma
maldita tragédia para ir atrás do meu.

— Eu sinto muito sobre tudo. Eu honestamente não


queria magoar alguém.

Ele sorri.
— Você sempre foi meu destino tão certo como eu sou
seu. Não tem escapatória. Nossa conexão é real. Eu te amo,
Tori Diamond.

Com um dedo, ele enxuga as lágrimas que estão caindo


no meu rosto.

— Eu viajei toda a noite para chegar até você, então


espero que sejam lágrimas de felicidade —, ele diz.

Eu começo a rir.

— Melhor assim.

— Oh, Cash. Eu te amo tanto. Eu pensei que iria morrer


quando ouvi Octavia lendo meu diário. Deus, eu senti sua
falta. Eu não posso mesmo descrever o quanto. É como se
não importasse onde eu fosse, você sempre estava lá. Foi um
inferno. Não havia consolo em qualquer lugar.

— Eu também, gatinha. Eu também. Eu não poderia


tecer uma única cesta, sem você.

— Nem uma única?

Ele balança a cabeça lentamente.

— Não.

Com um grito de alegria, eu jogo meus braços em volta


do seu pescoço e a força do meu movimento o faz cair para
trás, e nós dois caímos estatelados na varanda. Comigo em
cima dele.

— Oh, Cash. Estou tão orgulhosa de você. Eu ouvi seu


material novo na noite passada em um talk show alemão e
sua música é incrível.
— Você fez a minha guitarra queimar, baby.

Alguém limpa sua garganta. Eu olho para cima e minha


mãe está de pé sobre nos.

— Vocês querem um café da manhã? — Pergunta ela


com uma piscadela.

— Obrigado, Sra. D. Estou morrendo de fome—, diz


Cash.

E meu coração incha com alegria.


TORI

2 ANOS DEPOIS

Leonard Cohen - I'm Your Man

— Não chore, mamãe, ou eu vou começar muito e isso


vai arruinar a minha maquiagem.

— Oh, querida, — minha mãe soluça. — Você está tão


bonita.

— Isso é uma coisa boa, certo? — Eu brinco para aliviar


o clima.

Mas minha mãe já está em pleno fluxo.

— Eu ainda não posso acreditar que você está casando


com Cash Hunter. Seu pai e eu costumávamos chamá-la
secretamente de Sra. Hunter.

— O que? Quando foi isso? — Eu pergunto, incrédula.

Minha mãe sorri através das lágrimas.

— Quando você era jovem. Quando você era tão louca


por ele, costumávamos brincar sobre isso.
— Eu nunca soube.

— Obviamente, nós não iriamos te dizer.

— Eu não sei o que fazer com essa informação.

Mamãe ri e cuidadosamente enxuga os cantos dos olhos


dela com um lenço.

— Estou tão feliz por você, minha querida. Venha e veja


como você está.

Eu respiro fundo e caminho até o espelho. Eu olho para


mim e tenho que olhar para o meu próprio reflexo com os
olhos arregalados. Uau! Olhe para mim. Eu decidi que não
queria casar de branco, então eu vesti um vestido de baile
multicolorido de seda. O corpete é moldado em uma rosa
linda e a cintura é feita de pregas que florescem nas pétalas
brilhantes de grandes rosas vermelhas e alaranjadas.

Leah aparece do meu lado no espelho. Ela está usando


roupa de dama de honra, um vestido rosa com uma anágua
de um rosa mais escuro aparecendo e os seus sapatos são do
mesmo rosa profundo.

— Dá para acreditar? — Ela pergunta com um sorriso.

— Não. Me belisca, — eu digo suavemente.

— Nem eu, na verdade. Mas estou estupidamente feliz


que você nunca seguiu meus conselhos, e foi com a opção
louca de seguir o seu sonho em seu lugar.

Eu ri.

Há uma batida na porta, alguém abre e meu pai vem.


Eu me viro para ele e ele para.
— Oh meu Deus—, ele exclama instável. Ele balança a
cabeça em descrença.

— Você parece.... Sua mãe e eu realmente fizemos isso?

— Temo que sim, pai.

Seus olhos se enchem de lágrimas quando ele vem para


ficar em frente a mim. Ele tira os óculos e limpa os olhos.

—Você está crescida agora, mas você sempre será minha


menininha, minha pequena princesa, sentada falando sobre o
seu irmão.

— Eu não fiz isso, — murmuro.

— Eu vou te deixar ir hoje, Princesa, mas não do meu


coração. Somente lembre, que eu vou estar aqui para você,
sempre, até o dia em que eu não estiver mais.

O que minha mãe não cumpre com as suas lágrimas


meu pai realiza com suas palavras. Lágrimas começam a
rolar pelo meu rosto e todas as mulheres em torno de mim
começam a me dar bronca. Eu sou puxada de volta para a
cama e a mulher que fez minha maquiagem começa a
enxugar o meu rosto.

— Chega de lágrimas —, diz ela com firmeza para


ninguém em particular.

— Não há nada que uma taça de champanhe não vai


curar, —Britney diz colocando um copo de borbulhante
líquido na minha mão.

Eu pego e sorrio para ela. Em minha mente eu vejo esse


dia, há dois anos.
Quando o Cash foi me buscar na Geórgia e me trouxe de
volta para a casa do seu pai. Eu estava uma pilha de nervos.
Eu pensei que ela iria ficar com raiva de mim, mas ela correu
até mim, e em sua generosa maneira maravilhosa, me
abraçou com força, e disse:

— Eu nunca fiquei com raiva de você. Você estava certa.


Eu era uma egoísta, rasa criatura, auto absorvida. — E nós
duas choramos muito.

— Vamos beber—, diz Britney.

Eu bebo e estico a mão para o meu pai.

— Estou pronta, pai.

Papai aperta minha mão quando o carro viaja na


escuridão. Cash e eu decidimos ter um casamento secreto
meia noite.

—Eu quero um casamento não uma festa enorme —,


disse ele, e eu não poderia concordar mais.

Nós aprendemos a proteger nossas privacidades.


Nenhum de nós quer helicópteros passando, ou paparazzi
que parecem preparados para fazer qualquer coisa para
conseguir uma foto que eles podem vender por centenas de
libras amontoados nos portões.

Tampouco queremos o circo da mídia seguindo os


convidados que vem dos quatro cantos da Terra, ou
fotógrafos registrando o momento para alguma revista.

Quando Cash me perguntou onde eu queria ter o nosso


casamento eu nem precisei pensar. Eu não poderia, na
verdade, eu ainda não consigo pensar em um lugar melhor do
que o antigo jardim murado da nova casa que acabamos de
comprar, renovada e cuidadosamente decorada, mas não nos
mudamos ainda. É uma casa mágica e que ambos se
apaixonaram por sua beleza, proporções, e tranquilidade à
primeira vista.

Desde que queria uma ocasião especial na frente de


apenas nossos entes queridos mantemos o nosso casamento
tão secreto que mesmo os fornecedores foram contratados
com um nome falso de condado de Shropshire, todos os
convidados do casamento estavam jurando segredo, e minha
tia atuou como a organizadora. O ministro veio da Escócia.
Cerca de cinco semanas atrás, nós fomos ver o secretário que
nos concedeu uma licença especial para que ninguém
descobrisse.

Eu sinto um nó na garganta quando o carro vira nos


portões de ferro altos. Nossa casa. O carro a entrada de
automóveis e para em frente ao portão do jardim. Meu pai
abre a porta, e eu saio do carro.

— Você está pronta? — Meu pai perguntou.

Concordo com a cabeça porque não posso falar. Eu


descanso minha mão em seu braço e sinto a força sob sua
manga enquanto eu me inclino ligeiramente sobre ela ... e
tenho um pensamento. Um dia ele deixará de ser tão forte.
Eu olho para ele.

— O que foi?

— Nada. Eu te amo, papai —, eu sussurro.


— Eu te amo, mais, — ele sussurra, enquanto nós
viramos a esquina e chegamos na porta secreta escondida.

Na entrada para o jardim, Cora espera com Tabitha e a


irmã de Leah. Cora parece adorável em um terno creme e as
meninas estão vestindo seus pequenos vestidos cor de rosa e
carregando suas cestas de pétalas de flores. Cora seca seus
olhos. Ela sempre foi uma romântica sentimental.

— Oh, Tori, estou tão feliz por você —, ela sussurra.

Ela abre a porta e meu queixo cai. Esta foi a surpresa de


Cash para mim. Todo o lugar é como um paraíso mágico com
luzes de fadas em todos os lugares que você olhar. Sobre as
árvores, as sebes, as folhas, as cadeiras que os convidados
estão sentados e o meu noivo está esperando por mim.

Ele virou para me ver chegar. Ele está vestindo um terno


azul-cinzento. A gravata é feita a partir do mesmo material de
laranja do meu vestido. E .... Oh meu, é como a primeira vez.
Borboletas voam selvagens na minha barriga e eu não posso
parar de sorrir. Às vezes eu ainda não posso acreditar que eu
beijei o filho da puta sexy e ele se tornou um príncipe. Eu
tento suprimir uma risadinha, mas um som abafado escapa.
É como um conto de fadas. Eu tenho, o meu príncipe.

Nos alto-falantes Bruno Mars começa a cantar Marry


me. As garotas começam a procissão e meu pai e eu
calmamente andamos ao longo do caminho repleto de pétalas
de rosa.

Cash sorri lentamente para mim, seus olhos tão cheios


de amor, meus joelhos se tornam como geleia e eu temo que
vou tropeçar e cair. Eu aperto o braço do meu pai. Ele por
outro lado me dá um tapinha na mão. Me sinto grata a ele,
mas não posso tirar os olhos de meu noivo. Finalmente,
chegamos a ele e eu inalo profundamente.

Seu perfume enche minhas narinas. Eu fecho meus


olhos por um momento. Muitas recordações. Muitas. A
primeira vez que segurei seus cabelos. A primeira vez que ele
me beijou. A primeira vez que tivemos relações sexuais. A
primeira vez que fomos de férias. A primeira vez .... Eu abri
meus olhos. Seus dedos tocam o meu. Os seus olhos estão
molhados. Eu pisco.

— Você é a mulher mais bonita que já andou nesta


terra—, ele ronrona.

— E você é o homem mais bonito que já andou nesta


terra.

Seus olhos brilham.

— Eu sei—, diz ele.

— Oh, Cash. Como eu te amo.

Ele inclina a cabeça e sussurra em meu ouvido.

— Eu sou louco por você.

— E eu não me sinto atraída por você, — eu sussurro. É


a nossa pequena piada agora.

Nós rimos sobre os dias em que eu costumava fingir que


eu não o achava atraente.

— Nem mesmo um pouco? — Ele pergunta, seus olhos


brilhando.
— Não.

— Então, nada mudou. É como sempre foi e pode ser


sempre assim quando estivermos enrugados e mal
conseguirmos andar.

Em seguida, o ministro fala e lembro que não estamos


sozinhos. Nossas famílias e amigos estão assistindo.

— Queridos irmãos, estamos hoje aqui reunidos na


presença destas testemunhas, para juntar Cash Hunter e
Tori Diamond no sagrado matrimônio de modo que seja
honroso entre todos; e, portanto, não é para ser inserido
levemente, mas com reverência, paixão, amor e solenemente.
Se qualquer uma pessoa pode mostrar justa causa por que
eles não podem ser unidos, fale agora ou cale-se para
sempre.

Ele dá uma pausa, então sorri, olha para Cash e diz:

— Repita depois de mim: Eu, Cash Hunter, tomo você


Tori Diamond para ser minha esposa — Cash Repete.

— Para proteger deste dia em diante, no melhor ou no


pior — Cash diz as palavras olhando profundamente em
meus olhos.

— Na doença e na saúde, para amar e respeitar.

Eu sorrio trêmula como Cash diz as palavras.

— Deste dia em diante até que a morte nos separe.

O ministro se vira para mim.

— Eu, Tori Diamond, tomo você, Cash Hunter, para ser


meu marido.
— Eu, Tori Diamond, — eu digo, e, em seguida, o riso
começa a borbulhar minha garganta. Eu vejo os olhos de
Cash acentuando com surpresa e isso me faz rir ainda mais.
Não estou rindo porque é engraçado, mas eu simplesmente
não posso parar.

— Tomo você, Cash Hunter. — Mais risos. Eu ouço as


risadinhas do público também. Meu Deus. Que desastre. Eu
não sei porque eu não posso parar de rir.

— Eu realmente sinto muito, — Peço desculpas ao


ministro, que está olhando para mim com uma expressão
estranha.

— São meus nervos. Me deixe começar de novo —, eu


digo, limpando a garganta. — Eu, Tori Diamond, — eu
consigo, e um outro ataque de riso toma conta de mim.

Cash olha para o ministro.

— Você se importa? — Ele pergunta.

— Claro que não—, o ministro assustado responde


imediatamente.

Me pegando pela cintura, Cash desce rapidamente e


pega a minha boca em um beijo profundo e apaixonado.
Tempo reverte e estou de volta ao nosso primeiro beijo. É
uma cura instantânea para o meu ataque de riso.

Ele levanta a cabeça e olha nos meus olhos aturdidos.

— Você, Tori Diamond, aceita este homem para ser seu


legítimo esposo? — O ministro pede rapidamente.

— Sim. Oh, sim, eu definitivamente aceito.


Naquela noite, o som do riso, música e dança enche o ar
por horas. A maioria dos convidados está hospedado na casa
e eles desaparecem em alguns dos vinte e sete quartos. Cash
me carrega pelas escadas, me coloca na nossa cama, e faz
amor comigo por horas, bonito, amor apaixonado. No começo
estou um pouco nervosa, mas a ficha de que ele é realmente
meu está caindo.

Nas primeiras horas da manhã, ele puxa minha mão.

— Coloque algumas roupas. Eu quero te mostrar algo.

— Mostre amanhã—, eu digo, sonolenta.

Ele não vai aceitar nada disso. Ele me puxa da cama e


me embrulha em um roupão grosso.

Ele abre a porta do quarto suavemente. Todo mundo


está dormindo e a casa está muito quieta. Ele se vira para
mim e coloca um dedo sobre os lábios.

Tranquilamente descemos as escadas e corredor para


fora pela porta da frente.

— Para onde estamos indo? — Eu sussurro.

— Para o lago.

— Agora?

— Sim agora.

Ele pega a minha mão e começamos a correr. No


momento em que chegamos ao lago estou sem ar e quente.
Eu olho em volta de mim na maravilha. Eu não tinha ideia de
quando nós compramos a casa que um lago durante a noite
seria tão calmo e sereno, com uma névoa que paira sobre ele.
Um par de cisnes dormindo estão flutuando sobre a água.
Eles brilham à luz no início do dia.

— Olha—, diz ele, apontando para as árvores.

— O que?

— É o início do cio para o veado-vermelho. Logo, o veado


começará seu concurso rugido impressionante para atrair
cervas. Em oito meses, vamos ver sua prole.

Nós sentamos na grama e assistimos esse grande rugido


do veado.

Sem este ato precioso não haveria veados, nenhum ser


humano, nem cisnes. Eu descanso minha cabeça no ombro
de Cash. Todas as meninas sonham em encontrar seu
príncipe.

O meu não é mais um sonho.


TORI

5 ANOS DEPOIS

Leonard Cohen - Dance Me to the End of Love

Estamos em silêncio. Não há como negar que queremos


um ao outro, luxúria ilumina nossos olhos, até mesmo o ar
crepita entre nós. Eu sorrio nervosamente enquanto Cash
começa a caminhar em direção a mim, todo alfa e sexy. Meu
coração martela como qualquer um de seus milhares de fãs
do sexo feminino. Em seguida, a respiração é uma deliciosa
brisa quente em meu pescoço enquanto ele segura meu
cabelo e me anda para trás e para cima contra a frieza da
parede.

Ele é sempre o mesmo. Tão alto com adrenalina que me


infecta também, e nós rasgamos um ao outro em um frenesi
selvagem. Eu o assisto, meu coração batendo com o trovão do
desejo, como o suor escorre. Umidade se infiltra através da
minha calcinha, e meus mamilos endurecem enquanto seu
corpo musculoso me pressiona mais apertado para a parede.

Ele me agarra possessivamente, rasga o vestido e junta


meus seios. Então sua boca gloriosa desce e ele suga com
força em meus mamilos, enviando sensações loucas
percorrendo todas as minhas terminações nervosas. Eu o
anseio como uma viciada.

Ele chicota sua língua de mamilo para mamilo,


provocando e mordendo até que estou perdida na loucura
sensual eu mal sinto sua mão mover minha calcinha para o
lado. Minha cabeça vai para trás com puro prazer quando ele
desliza os dedos dentro de mim.

— Porra, você está tão molhada—, ele rosna.

— Eu não posso esperar mais, — eu choro. É um som


selvagem.

Ele me ergue e mantém meu sexo latejante sobre a


ponta de seu ereto pênis, e me assiste estremecer quando
nossa carne toca antes de dirigir seu pênis em minhas
profundezas.

Agarro seus ombros largos e olho para os olhos cheios


de paixão ardente. Eu sinto suas mãos fortes e quentes
apertando minhas nádegas e enterrando profundamente
dentro de mim. Fecho os olhos e jogo a cabeça para trás em
puro êxtase. Eu posso ouvir seu batimento cardíaco e o som
molhado da nossa carne batendo até minha cabeça começar
a rodar. Eu cavo minhas unhas em sua pele. Meu corpo está
no aperto do orgasmo mais intenso de profundidade.
— Oh, meu Deus, eu estou gozando, — eu grito.

Sinto todo o seu corpo endurecer e seu ritmo aumenta


drasticamente.

— Eu também, amor.

Estou segurando tão apertado enquanto eu sinto seu


pênis pulsar incontrolavelmente dentro do meu sexo, estou
surpresa que ele ainda pode me segurar e continuar gozando
dentro de mim. Mas ele só bate para dentro e para fora até
que cada gota de esperma foi drenada a partir dele.

Quando ele finalmente terminou, eu inclino para trás e


olho para o seu rosto satisfeito.

— Isso foi demais, Sr. Hunter.

— É isso que eu amo em você, Sra. Hunter.

— Sim, e o que é isso?

— Você não é como qualquer das outras meninas.

Eu rolo meus olhos.

— Bem, você sabe o suficiente!

— Isso é certo, baby. Eu conheci dezenas de milhares e


nenhuma delas chega aos seus pés. — Sua língua traça meu
pescoço lentamente e sensualmente. Seu pau ainda está
dentro de mim, pulsando e latejando.

Minha mão alarga em seu peito.

— Eu quero te contar um segredo.

— Oh sim?

— Uh huh.
— Vá em frente.

Eu mordo meu lábio.

— Sabe aquele quarto ao lado que nunca usamos. Acho


que vamos precisar dele em cerca de ... digamos ... nove
meses.

Ele olha para mim, incrédulo.

— O que? Quando? Como?

— Quando, eu acabei de responder como, você sabe, e o


que? Eu não sei ainda. Espero que seja um menino, no
entanto. — Eu sorrio. — Ele pode proteger sua irmã mais
nova.

Ele respira tão instável que eu ouço um tremido em seu


peito. Ele olha para mim com admiração.

— Nós vamos ter que comprar fórmula de bebê—, diz ele


em uma voz baixa.

Eu começo a rir.

— Oh, Cash. Eu te amo muito, muito, muito.

FIM

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