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1. Introdução.............................................................................................................................5
1.1. Objectivos..........................................................................................................................6
1.1.1 Geral:.........................................................................................................................6
1.1.2. Específicos:....................................................................................................................6
1.1.3. Metodologia....................................................................................................................6
3. Conclusão...........................................................................................................................12
A cultura moçambicana pode ser entendida num quadro que remonta a partir da origem da
própria sociedade por volta dos anos 200 ou 300 a.C. Em seguida, depois da fixação dos povos
bantu não só houve contactos comerciais com os povos do Oriente para a troca do ouro e marfim
por tecidos, missangas, porcelanas e outras quinquilharias como também nas influências
culturais e artísticas.
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1.1. Objectivos
1.1.1 Geral:
1.1.2. Específicos:
1.1.3. Metodologia
Assim, os aspectos teóricos que desenvolveram este trabalho advêm de pesquisas que trazem
reflexões acerca da Literatura Moçambicana antes e pós Colonial.
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2. Os percursores do jornal Msaho e as circunstâncias que estiveram por detrás da criação
deste jornal
É somente em 1908, que os irmãos José e João Albasini vão fundar o seu próprio jornal,
intitulado O Africano. A finalidade era atender aos interesses do grupo e da população negra
contra as formas de opressão e discriminação.
Sobre este Jornal, Mário Pinto de Andrade explica que o mesmo coloca-se numa posição
de combate, enquanto unificador dos interesses dos diversos segmentos sociais opostos ao poder
(1997:108). O jornal irá exercer uma “acção constante de luta, denúncia e crítica da acção
colonial.
O periódico foi vendido ao padre José Vicente do Sacramento, e teve sua linha editorial
alterada. Posteriormente os irmãos Albasini vão fundar em 1919 o Jornal o brado Africano.
Maria Aparecida Satilli argumenta que o jornal o brado Africano é um dos que se destaca por seu
importante papel em difundir uma poesia de cunho contestatório.
Gilberto Matusse (1997), afirma que a literatura moçambicana faz uso da imprensa como
instrumento de divulgação de sua produção, escrita em língua portuguesa nasce dos círculos da
cultura assimilada, dentro de um processo de divulgação letrada, que, de forma sistemática, tem
seu auge em meados do século XX.
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Alinhando-se a esse pensamento temos Macêdo e Maquêa (2007:12)., que reforçam a
ideia de vinculação da imprensa com as produções literárias, afirmam que ‘os periódicos foram
os primeiros veículos em que os textos produzidos pelos africanos seriam estampados.
Segundo Orlandi, (1993:25), importância dessa literatura reside no fato dela ser uma das
primeiras expressões sistematizadas, a nível nacional, contrária ao colonialismo e que gera um
discurso fundador alinhado com o anticolonialismo e com o ideal de independência. Conforme
apresenta Leite, a nacionalidade literária precede normalmente a nacionalidade política essa
produção literária funda um discurso que promove uma ressignificação da ideia de Moçambique,
o que se faz numa relação de conflito com o processo de produção dominante de sentidos, ai
produzindo uma ruptura, um deslocamento.
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Junto à poesia de contestação, amadurecia esse ideal nacionalista, que se transformaria
em força revolucionária. Não causa espanto, portanto, que nas vozes de seus poetas se façam
ouvir cantos armados de combate e afirmação de nacionalidade (Macêdo e Maquêa, 2007:148).
Suas produções são de uma poética acusatória, de forte impacto social, o ato de se
escrever está intrinsecamente ligada com o comprometimento com a população moçambicana e
com a luta por um renascimento. Esse compromisso do poeta com as lutas de seu tempo está
projectado em sua arte, trata-se da idealização de um desejo, de uma utopia. Reflecte o seu
tempo e o seu lugar de fala está carregada de dor e esperança, desafia o colonialismo ao
denunciá-lo.
Uma poética alimentada de raízes Africanas onde corre o sangue negro a pulsar a
liberdade “que se nutre de posturas e valores Africanos iluminados pelo substrato filosófico do
pan-africanismo, do Renascimento Negro e da negritude.
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2.2 Literatura Moçambicana no período Pós-independência
Durante a guerra de libertação nacional surgem dois tipos de escritores: uns na frente do
combate e nas zonas libertadas, usando, ao mesmo tempo, a arma e a palavra como instrumentos
de libertação. Esses autores produziram grande parte da poesia de combate; e outros que se
encontravam nas zonas ocupadas pelo colonialismo, actuando na clandestinidade e usando
apenas a palavra como meio de libertação colonial.
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Sobre esta geração de escritores da revista, na visão de Basto (2008, p. 78) considera a
revista Charrua e os seus poetas, iniciam a releitura da apresentação do intimismo como
estratégia literária de subversão do modelo oficial modelo revolucionário que definia a literatura
através da ideia de uma adequação a um conteúdo político-ideológico, o conflito de gerações, a
progressiva institucionalização literária e a reflexão sobre a questão identitária do escritor
moçambicano, se destacam nesta década.
Segundo Mendonça (2011, p. 19), outro acontecimento mais significativo que marcou a
área da literatura foi a publicação da obra vozes anoitecidas (1986), em que grande parte dos
contos dessa obra são atravessados por temas ligados ao impacto da guerra civil no tecido social
moçambicano, o seu efeito desagregador da vida tradicional das comunidades rurais por ter sido
o epicentro dos confrontos entre as duas forças em conflito, no que diz respeito à convivência
caótica com os mortos, feridos e nomadismo pela procura constante de abrigos quer nas zonas
urbanas quer em países vizinhos.
3. Conclusão
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Resumidamente, importa salientar que, após o período colonial, a publicação da obra vozes
anoitecidas de Mia Couto, despertam-se nessa obra, temas ligados ao impacto da guerra civil no
tecido social moçambicano, o seu efeito desagregador da vida tradicional das comunidades rurais
por ter sido o epicentro dos confrontos entre as duas forças em conflito, no que diz respeito à
convivência caótica com os mortos, feridos e nomadismo pela procura constante de abrigos quer
nas zonas urbanas quer em países vizinhos.
A língua que Mia Couto utiliza nos contos de vozes anoitecidas procura ser uma forma de
mediatizar, harmonizar, a constante crise que a sociedade moçambicana vive através das
histórias trágicas do seu quotidiano.
A partir da publicação da obra até aos nossos dias, tem-se notabilizado vários escritores
produzindo textos em vários géneros literários com temas diversificados e a literatura cumprindo
a sua função humanizadora. Desse modo, a literatura moçambicana vai atingindo um número
considerável de escritores com liberdade criadora e obras produzidas pela nova geração de
origem urbana e suburbana, de modo que a fronteira entre o centro e a periferia, talentos que vão
emergindo através dos concursos literários em diversas instituições académicas.
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ANDERSON, B. (1989). Nação e Consciência Nacional, São Paulo: Ática
CANDIDO, A. (1999). Iniciação à Literatura Brasileira: Resumo para principiantes. (3ª. ed.)
São Paulo: Humanitas Publicações.
MACÊDO, T; MAQUÊA, V. (2007). Literaturas de Língua Portuguesa: São Paulo: Arte &
Ciência.
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