Trabalho de Sociologia em Grupo

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Abel Momade Adriano


Clementino Norberto Mateus Najucar
Issufo Mahando Pacha
Lizia Artur
Milena Manuel Lett Pereira Vaz
Rabia Saíde Aliasse

Conflitos ambientais

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação
Nacala Porto 2023
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Abel Momade Adriano


Clementino Norberto Mateus Najucar
Issufo Mahando Pacha
Lizia Artur
Milena Manuel Lett Pereira Vaz
Rabia Saíde Aliasse

Conflitos ambientais
Licenciatura em gestão ambiental e Desenvolvimento Comunitario
Trabalho de pesquisa em grupo de caracter
avaliativo da cadeira de Sociologia ambiental, do
curso de gadec 2023 sob orientacoes do docente
Phd. Albino Massimacuo

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transporte, Turismo e Comunicação
Nacala Porto 2023
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Indice
1. Introdução............................................................................................................................ 4

1.1. Objetivos : ....................................................................................................................... 4

1.2. Metodologia ..................................................................................................................... 4

1.2.1. Palavras-chaves: ........................................................................................................... 4

2. Agropecuária ....................................................................................................................... 6

2.1. Pesca ................................................................................................................................ 6

2.2. Conflitos ambientais ........................................................................................................ 6

3. Tipologia dos conflitos ambientais ..................................................................................... 7

3.1. Consequências ................................................................................................................. 7

3.2. Uso de existência ............................................................................................................. 7

4. Conclusão ............................................................................................................................ 9

5. Referências bibliográficas ................................................................................................. 10


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1. Introdução
A satisfação das necessidades e das aspirações sociais é a finalidade primordial do
desenvolvimento. Para atender às suas necessidades básicas, a sociedade interfere no
ambiente ocasionando alterações nas suas condições e na sua qualidade. Assim sendo, as
demandas sociais estão associadas aos objetivos de desenvolvimento de uma sociedade. Esses
objetivos serão determinados em função das pretensões de padrões de produção e consumo de
cada sociedade. Esses padrões estão vinculados aos bens e produtos consumidos e/ou
produzidos por uma determinada sociedade e se refletem nas demandas sobre os recursos
naturais e nas intervenções no ambiente. As demandas sociais ocasionam interações nos
sistemas ambientais e justificam intervenções que podem resultar em diferentes possibilidades
de impactos ambientais. Nesse sentido, os impactos ambientais podem ser diferenciados de
acordo com as demandas ambientais correspondentes a cada estilo ou modelo de
desenvolvimento. Desse modo, em cada sociedade, a questão ambiental emerge da
inadequação ou da insustentabilidade de seus próprios padrões de produção e de consumo
que, por sua vez, constituem o seu modelo de desenvolvimento.

1.1. Objetivos :
Objetivos gerais

 Descrever os conflitos socioambientais decorrentes do uso insustentavel de recursos


naturais,
 Analisar a origem, causas e consequencias dos conflitos ambientais.

Objetivo especifico

 Compreender as causas efeitos e as tipologias dos conflitos ambientais no mundo.

1.2.Metodologia
O presente trabalho Procurou trazer os dilemas em torno dos conflitos ambientais atraves da
abordagem qualitativa de natureza basica.

Foi feita pesquisa bibliográfica e documental sobre a temática abordada, de formas a


subsidiar.

1.2.1. Palavras-chaves: Conflitos, ambiente, sustentabilidade, impactos,


biodeiversidade.
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A problemática ambiental resulta, portanto, do modelo de desenvolvimento adotado em cada


região ou sociedade, expresso nos seus padrões de produção e consumo. (Cnuma, 1992).

Essa visão foi consagrada na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente,
realizada no Rio de Janeiro em 1992, e originou um capítulo específico da Agenda 21,
promulgada nesse evento internacional, preconizando a necessidade de mudanças dos padrões
de consumo.

Segundo Severino Soares, Agra Filho et Gesta (2008, p. 127-140) Os impactos ambientais
geralmente se manifestam ou são identificados em virtude das alterações ou de situações
indesejáveis da qualidade ou das condições ambientais. Essas alterações e situações
indesejáveis resultam das intervenções praticadas no ambiente ou das formas de utilização de
um determinado recurso natural, as quais podem comprometer outros usos deste ou de outros
recursos ambientais. Assim, observa-se, por exemplo, que a qualidade das águas de um rio
pode ser comprometida para o uso de abastecimento público quando o mesmo rio é utilizado
para destinação final de efluentes industriais ou de esgotos urbanos.

O mesmo ocorre quando o uso para a irrigação na agricultura compromete a disponibilidade

para uso industrial ou para a geração de energia. Situação similar também se constata quando

um ecossistema ou um sítio natural de relevantes atributos ecológicos e paisagísticos,


destinado ao uso turístico, é atingindo pela ocupação urbana ou pela instalação de obras
portuárias, por exemplo.

Denota-se, então, que a problemática ambiental se origina dos usos conflitantes gerados

tanto pelas diversas demandas da sociedade em relação a um determinado recurso ou sistema

ambiental quanto pelas próprias alterações das condições ambientais. Cabe ressaltar,
entretanto, que os conflitos ocorrem ainda quando uma determinada atividade econômica

ameaça determinadas áreas com importantes atributos ecológicos ou ecossistemas sensíveis

que são protegidos legalmente. Nesses casos é indispensável salientar que, entre outros usos

sociais ou econômicos a que um recurso ou sistema ambiental pode se destinar, deve-se

considerar o uso de existência como fundamental para preservar a integridade do próprio


recurso ou ecossistema, Severino Soares, Agra Filho et Gesta (2008, p. 127-140).
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2. Agropecuária
No caso da APA Nhamundá, um dos conflitos deve-se a introdução e criação extensiva de
Búfalos nessa região. O búfálo-asiático ou búfalo d’água, Bubalus bubalis é um boví
doméstico de grande porte, amplamente utilizado como força de trabalho, para a produção de
carne, leite e derivados (Bisaggioet al 2013 apud Cockrill 1974, Borghese 2005). Esses
animais estão associados com ambientes que possuem alta disponibilidade de água, além
disso,são hábeis nadadores o que facilita seus deslocamentos.

Por ser um animal que geralmente é criado solto, livremente pelos campos e lagos, o mesmo,
invade os terrenos com as plantações dos ribeirinhos, destruindo-as, além de compactar o solo
pelo pisoteio intenso, danificando sua estrutura por reduzir o tamanho dos agregados.
Segundo (Bisaggioet al 2013 apud Finlayson et al. 1997), o pisoteio ainda causa compactação
dos horizontes superficiais e altera aspropriedades hidrológicas do solo, favorecendo, dessa
forma, os processos erosivos.

2.1.Pesca
A pesca é uma das atividades mais tradicionais e importantes da Amazônia, imprimindo um
significado que, dentro de uma lógica própria da comunidade, alicerça sua vida material e
imaterial. A pesca é um dos fatores que mais geram conflitos na APA Nhamundá. Em relação
aos conflitos ambientais devido àpesca, podemos citar o desrespeitopelos próprios moradores
das comunidades ao Acordo de Pesca previsto na Instrução Normativa nº 113, de 23 de agosto
de 2006, que estabelece o manejo. (Ceuc, 2010).

O Acordo de Pesca divide áreas de procriação, onde a pesca é proibida indeterminadamente;


áreas de manutenção destinado à subsistência das famílias, coma venda do excedente dentro
das próprias comunidades e por fim áreas de uso comercial, destinado a pesca de subsistência
e àpesca comercial.

No entanto, como o acordo não é cumprindo e a fiscalização é deficiente e complexa, este


acaba por ser um dos maiores desafios para uma gestão eficiente dessa Unidade de
Conservação. (Ceuc, 2010).

2.2.Conflitos ambientais
Piasentin, 2008 define conflitos ambientais como sendo causadas principalmente, pela
escassez de recursos naturais causados pela ação do homem, gerando problemas como:
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diminuição de produção agricola, migração populacional, decadência económica e


enfraquecimento das instituições.

Os conflitos ambientais são gerados através de divergências de opiniões entre duas ou mais
camadas de uma sociedade que ocupam a mesma área de habitação ou preservação ambiental,
como por exemplo: as comunidades indigenas, e ribeirinhas na região amazonica. Piasentin
(2008)

3. Tipologia dos conflitos ambientais


De acordo a Piasetin, (2008) os conflitos ambientais podem ser:

 Vazamentos tóxicos
 Contaminação
 Cancer
 Assacinatos de ambientalistas
 Ameaças de morte
 Barramentos de rios
 Expoliação
 Expulsão forçada
 Desmatamentos

3.1. Consequências
Dematamento de florestas, emissão de gases nocivos, contaminação do solo e das águas,
disseminação de materias tóxicos ou radioativos.

De entre as principais cosequências do desmatamento estão as alterações climáticas, aumento


da erosão, redução da fertilidade dos solos, destruição de habitat, e perda da biodiversidade.

3.2. Uso de existência


O uso de existência representa o uso de preservação de determinadas espécies, sítios com
atributos ecológicos ou ecossistemas determinantes para a manutenção dos biomas e se
constitui um valor fundamental da ética de sustentabilidade ambiental.

Negligenciar o uso de existência significaria um reducionismo no equacionamento dos


conflitos. Piasetin, (2008).
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Diante da complexidade e heterogeneidade dos interesses envolvidos, a resolução dos

conflitos ambientais requer uma condução compartida no processo de gestão. Essa

preocupação está explicitada na Constituição da republica (lei do ambiente, 20.1997) quando


esta determina que cabe ao poder público e à coletividade o dever de proteger e preservar o
ambiente para as presentes e futuras gerações.

Na política nacional de meio ambiente, a abordagem dos conflitos ambientais está prevista,
implicitamente, nos mecanismos orientados para os procedimentos de participação pública
nos processos de decisão. Nessa perspectiva, destacam-se as alternativas de participação em
colegiados decisórios, como os conselhos nacionais, estaduais e municipais de meio ambiente,
bem como as audiências públicas, sobre tudo para subsidiar o licenciamento ambiental.
Severino Soares, Agra Filho et Gesta (2008, p. 127-140).
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4. Conclusão
Segundo Segundo Diegues & Arruda (2001), diante do processo crescente de exploração dos
recursos naturais, o discurso ambientalista apontava para um conjunto de mudanças
institucionais e sociais com o objetivo de conter os efeitos ecodestrutivos da racionalidade
econômica. No bojo desse discurso, ganham forças as teorias conservacionistas e
preservacionistas, com medidas para a conservação dos recursos naturais a partir da criação
de áreas protegidas. Durante os anos seguintes surgiram grandes preocupações sobre com a
questão ambiental em todo o mundo, que culminou como a realização em Estocolmo da
Conferência Mundial do Desenvolvimento e Meio Ambiente em 1972, um marco no
tratamento das questões ambientais. Em 1987 a ONU publicou o relatório “Nosso Futuro
Comum”, cuja meta era aliar o crescimento econômico à proteção do meio ambiente, no qual
propunha a exploração ambiental de forma planejada, racional e limitada. Uma das formas
encontradas com a finalidade de cumprir essa meta incluía a criação de áreas protegidas pelo
Estado, denominadas de Unidades de Conservação.diante do processo crescente de
exploração dos recursos naturais, o discurso ambientalista apontava para um conjunto de
mudanças institucionais e sociais com o objetivo de conter os efeitos ecodestrutivos da
racionalidade econômica. Desse discurso, ganham forças as teorias conservacionistas e
preservacionistas, com medidas para a conservação dos recursos naturais a partir da criação
de áreas protegidas.
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5. Referências bibliográficas
Agra filho, S. S. Os Estudos de Impactos Ambientais no Brasil: Uma Análise de sua
Efetividade (Dissertação de Mestrado) Documento de Política (Publicação IPEA) n. 18,
Brasília, 1993.

Bredariol, C. S.; Magrini, A. Gestão ambiental e conflitos: os caminhos da negociação.


Avaliação de impactos, Rio de Janeiro, n.3, v.1, p.25-36. 1997. (Ceuc, 2010).

Ferrer, J. T. V. Audiências públicas realizadas no processo de licenciamento e avaliação de


impacto ambiental no Estado de São Paulo. Avaliação de impactos, Rio de Janeiro, n.4, v.1,
p.79-100, 1998.

MMA. Situação dos Sistemas Estaduais de Licenciamento. Brasília, MMA, 2002.


Documento não publicado.

Nicolaidis, D. C. R. A avaliação de impacto ambiental: uma análise de eficácia. Dissertação


(Mestrado em Gestão Econômica do Meio Ambiente) – UNB, Brasília, 2005.

Sánchez, L. E. Avaliação de Impacto Ambiental: Conceitos e Métodos. São Paulo: Oficina de


Textos, 2006. v. 1. 496 p.

São paulo. Secretaria de Meio Ambiente (SMA). A efetividade da Avaliação de Impacto


Ambiental no Estado de São Paulo. São Paulo: Coordenadoria de Planejamento Ambiental,
SMA, 1995.

Agra Filho et Gesta (2008, p. 127-140). (Bisaggioet al 2013 apud Cockrill 1974, Borghese
2005).

(lei do ambiente, 20.1997) , Piasetin, (2008).


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