ECOSSISTEMA

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INSTITUTO INDUSTRIAL E COMERCIAL FREI BENITO DE QUELIMANE

Qualificação: Certificado Vocacional 3 em Técnico de Construção Civil

Tema: Ecossistema em Moçambique e Impactos ambientais

Formando:
Hecateu da Isa Elísio
Turma única

Quelimane, Junho de 2023


Índice
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 1

2. ECOSSISTEMA DE MOÇAMBIQUE .............................................................................. 2

2.1. Ecossistema ................................................................................................................. 2

2.2. Ecossistema de Moçambique ...................................................................................... 3

2.2.1. Ecossistema Marinho ........................................................................................... 3

2.2.2. Ecossistema de Mangal ........................................................................................ 4

2.2.3. Ecossistema Fluvial ............................................................................................. 5

2.2.4. Ecossistema de Savana ........................................................................................ 5

2.2.5. Ecossistema de Floresta Tropical......................................................................... 5

2.2.6. Os Recifes de Coral ............................................................................................. 6

2.2.7. Tapetes de Ervas .................................................................................................. 6

2.2.8. Praias .................................................................................................................... 6

2.3. Tipos de Ecossistemas ................................................................................................. 7

2.4. Componentes dos ecossistemas ................................................................................... 7

2.4.1. Fatores bióticos .................................................................................................... 7

2.4.2. Fatores abióticos .................................................................................................. 7

2.5. Componentes Bióticos................................................................................................. 8

2.6. Componentes Abióticos .............................................................................................. 8

2.7. Exemplos de ecossistemas .......................................................................................... 9

2.8. Principais dinâmicas dos ecossistemas ..................................................................... 10

2.8.1. Cadeia Alimentar e Teia Alimentar ................................................................... 11

2.8.2. Fluxo de Energia ................................................................................................ 11

2.8.3. Ciclo de Nutrientes ............................................................................................ 11

2.8.4. Sucessão Ecológica ............................................................................................ 11

2.8.5. Interações Simbióticas ....................................................................................... 12

2.8.6. Resiliência e Estabilidade .................................................................................. 12


3. IMPACTOS AMBIENTAIS ............................................................................................ 12

3.1. Impactos ambientais no ecossistema ......................................................................... 13

4. Conclusão ......................................................................................................................... 15

Bibliografia .............................................................................................................................. 16
1. INTRODUÇÃO

Os ecossistemas são sistemas naturais complexos que abrigam uma vasta diversidade de vida
e desempenham um papel essencial na manutenção do equilíbrio ambiental. Compostos por
componentes bióticos e abióticos, esses sistemas interagem de maneira dinâmica, transferindo
energia e nutrientes e sustentando a biodiversidade. No entanto, as atividades humanas têm
causado impactos negativos nos ecossistemas, como desmatamento, poluição e mudanças
climáticas, que ameaçam a estabilidade e a saúde desses sistemas vitais.

A compreensão das dinâmicas dos ecossistemas é crucial para entender seu funcionamento. As
cadeias alimentares e teias alimentares mostram a transferência de energia entre os organismos,
enquanto o ciclo de nutrientes revela a reciclagem desses elementos no ambiente. Além disso,
a sucessão ecológica ilustra as mudanças graduais na estrutura do ecossistema ao longo do
tempo. Essas dinâmicas são fundamentais para a manutenção do equilíbrio ecológico, a
adaptação das espécies ao ambiente e a oferta de serviços ecossistêmicos.

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2. ECOSSISTEMA DE MOÇAMBIQUE

2.1.Ecossistema

Ecossistema é o nome dado a um conjunto de comunidades que vivem em um determinado


local e interagem entre si e com o meio ambiente, constituindo um sistema estável, equilibrado
e autossuficiente. O termo foi utilizado pela primeira vez em 1935 pelo ecólogo Arthur George
Tansley. Desde então, faz parte do vocabulário da comunidade científica e da sociedade.

Ecossistema é, em ecologia, a conjunção da comunidade de organismos de várias espécies


(biocenose), e dos fatores ambientais (abióticos) de um determinado local. Os ecossistemas
formam uma série de cadeias de relações entre organismos, o que demonstra a sua
interdependência dentro do sistema. Os fatores abióticos e bióticos são ligados por cadeias
tróficas, ou seja, pelo fluxo de energia e nutrientes no ecossistema. Biosfera é conjunto de todos
os ecossistemas da Terra.

Ecossistema é o conjunto dos organismos vivos e seus ambientes físicos e químicos.

O termo ecossistema é originado a união das palavras "oikos" e "sistema", ou seja, tem como
significado, sistema da casa. Ele representa o conjunto de comunidades que habitam e
interagem em um determinado espaço.

Um ecossistema é um sistema complexo composto por todos os organismos vivos (plantas,


animais, microrganismos) em uma determinada área, bem como pelos fatores físicos e
químicos do ambiente em que esses organismos interagem. Esses fatores físicos e químicos
incluem elementos como solo, água, luz solar, temperatura, umidade e nutrientes.

Os ecossistemas podem variar amplamente em tamanho e escala, desde pequenos ecossistemas,


como uma lagoa ou uma floresta, até ecossistemas maiores, como uma floresta tropical ou um
oceano. Cada ecossistema possui suas características específicas, incluindo a composição de
espécies de plantas e animais, os padrões de interações entre essas espécies e as adaptações que
elas desenvolveram para sobreviver em seu ambiente.

Os ecossistemas são sustentados por ciclos de energia e matéria. A energia é capturada pelos
produtores primários, como as plantas, por meio da fotossíntese, e é transferida para os
consumidores primários (herbívoros) e, subsequentemente, para os consumidores secundários
(carnívoros). A decomposição de matéria orgânica morta é realizada pelos decompositores,

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como bactérias e fungos, que liberam nutrientes no ambiente para serem reutilizados pelos
produtores.

Os ecossistemas desempenham um papel fundamental na manutenção da vida na Terra. Eles


fornecem serviços ecossistêmicos, como a regulação do clima, a purificação do ar e da água, a
fertilização do solo, a polinização das plantas e a decomposição de resíduos. Além disso, os
ecossistemas oferecem habitat para uma ampla diversidade de organismos e são fontes de
alimentos, água e recursos naturais para os seres humanos.

No entanto, os ecossistemas estão sujeitos a diversas ameaças, como a perda e degradação do


habitat, a poluição, a introdução de espécies exóticas invasoras e as mudanças climáticas. Essas
ameaças podem levar à diminuição da biodiversidade, à extinção de espécies e à instabilidade
dos ecossistemas. Portanto, a conservação e o manejo sustentável dos ecossistemas são
fundamentais para garantir a saúde do planeta e o bem-estar de todas as formas de vida que
dependem deles.

2.2.Ecossistema de Moçambique

Moçambique inclui uma grande diversidade de ecossistemas terrestres, marinhos, costeiros, e


de águas interiores. Estes compreendem vários habitats naturais que, por sua vez, albergam
uma enorme variedade de espécies de flora e fauna e contribuem para o equilíbrio climático
global.

Moçambique, localizado na costa sudeste da África, abriga uma grande variedade de


ecossistemas devido à sua extensa faixa costeira, sistemas de rios e lagos, savanas, florestas
tropicais e montanhas. Aqui estão alguns dos principais ecossistemas encontrados em
Moçambique:

2.2.1. Ecossistema Marinho

A costa moçambicana é banhada pelo Oceano Índico e possui uma vasta extensão de recifes de
coral, manguezais (mangal), pradarias marinhas e uma rica biodiversidade marinha. Esses
ecossistemas fornecem habitat para uma variedade de espécies marinhas, incluindo peixes,
tartarugas marinhas, golfinhos e dugongos.

A costa de Moçambique abriga uma diversidade de ecossistemas marinhos. Os recifes de coral


são encontrados ao longo da costa e são lar de uma grande variedade de peixes tropicais,
tartarugas marinhas, tubarões, arraias e invertebrados coloridos. Alguns exemplos notáveis são

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o Parque Nacional da Bazaruto e o Arquipélago das Quirimbas, que abrigam uma rica
diversidade marinha e são destinos populares para mergulho e snorkeling.

2.2.2. Ecossistema de Mangal

Os Mangais são ecossistemas costeiros encontrados ao longo das margens dos rios e estuários.
Moçambique tem extensas áreas de manguezais que desempenham um papel importante na
proteção da costa contra erosão, fornecimento de habitat para várias espécies de aves, peixes e
crustáceos, além de servirem como berçários para várias espécies marinhas.

Os mangais também são ecossistemas costeiros importantes em Moçambique, como os


encontrados na foz dos rios Zambeze, Maputo e outros. Esses ecossistemas fornecem habitat
para peixes, crustáceos e aves marinhas. Além disso, eles servem como zonas de reprodução e
berçários para várias espécies marinhas, como camarões, caranguejos e peixes.

Os mangais são florestas únicas, altamente produtivas e complexas, que se desenvolvem em


zonas de transição entre o ambiente terrestre e marinho nas zonas tropicais e subtropicais.

Os mangais são de extrema importância para os seres vivos e para a natureza, pois
providenciam uma série de serviços ecossistémicos, como berçário para reprodução de várias
espécies marinhas, protecção costeira contra ventos fortes e ciclones, estabilização de solos
contra a erosão, biofiltração de poluentes, valor cultural e sequestro de carbono, contribuindo
para a mitigação das mudanças climáticas.

As florestas de mangal de Moçambique são a 13ª maior cobertura global e 3ª maior de África
com cerca de 300 000 ha e 9 espécies distintas. Contudo, apesar da sua importância, as florestas
de mangal em Moçambique encontram-se sob grande pressão por causas naturais e
antropogénicas, principalmente devido o impacto de eventos climáticos extremos, exploração
de recursos madeireiros e o crescimento urbano nas zonas costeiras.

São plantas com adaptações específicas para sobreviver em condições de submersão em águas
salobras. São árvores sempre verdes, tolerantes a salinidade e encontradas na zona entre-marés
(entre a terra firme e o mar), em abrigos relativos como em estuários, deltas, baías e lagoas
costeiras. Os mangais constituem formações de reconhecida riqueza, tendo um papel
importante na regulação do meio ambiente e um alto valor económico. São dos ambientes mais
específicos e importantes que existem. Este ecossistema é extremamente produtivo e para além
do que produz, transforma matéria orgânica que acaba sendo transferida para os outros
ecossistemas, nomeadamente os recifes de coral e tapetes de ervas marinhas. É também um

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sistema que tem funções de "limpeza" da água que é drenada da terra para o mar (até uma
determinada capacidade filtra elementos como toxinas, químicos, hidrocarbonetos, etc.). O
mangal é importante na prevenção da erosão da costa e das margens dos rios, na redução das
cheias e na reprodução das espécies marinhas, como é o caso do camarão. Constituem fontes
de medicamentos, material de construção, alimento (peixe, outros mariscos, frutos, etc.),
combustível lenhoso, entre outros usos.

Em Moçambique constitui uma das formações vegetais mais abundantes (cobrindo cerca de
450 mil hectares) encontrando-se com maior relevância nas províncias de Nampula, Zambézia
e Sofala. Em Moçambique, ocorrem 8 espécies de mangal verdadeiro: o mangal branco
(Avicennia marina),vermelho (Rhizophora mucronata), negro (Bruguiera gymnorrhiza),
amarelo (Ceriops tagal), maçã (Sonneratia alba), Lumnitzera racemosa, Heritiera litoralis e
bola de canhão (Xylocarpus granatum).

2.2.3. Ecossistema Fluvial

Os rios de Moçambique, como o Zambeze, Limpopo e Save, abrigam ecossistemas fluviais


diversificados. Essas áreas suportam uma rica variedade de espécies de peixes, como a tilápia
e o peixe-tigre do Zambeze. Além disso, crocodilos e hipopótamos são comumente encontrados
em rios e áreas úmidas adjacentes. Esses ecossistemas fornecem recursos hídricos para
comunidades humanas e são fundamentais para a agricultura e a pesca.

2.2.4. Ecossistema de Savana

A maior parte do território moçambicano é coberta por vastas extensões de savanas,


caracterizadas por uma vegetação aberta composta por gramíneas e árvores dispersas. Essas
áreas abrigam uma variedade de mamíferos, como elefantes, leões, girafas, zebras, bem como
várias espécies de aves e répteis.

2.2.5. Ecossistema de Floresta Tropical

No norte do país, existem áreas de floresta tropical úmida, como a Floresta Nacional de Niassa
e a Reserva de Selous. Esses ecossistemas são ricos em biodiversidade, abrigando uma ampla
variedade de espécies de árvores, mamíferos, aves e insetos.

Além desses, Moçambique também possui outros ecossistemas, como pântanos, lagos e ilhas
costeiras, cada um com suas características e importância específicas para a conservação da
natureza e o bem-estar das comunidades locais. A preservação desses ecossistemas é essencial

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para a sustentabilidade ambiental, a proteção da biodiversidade e o desenvolvimento
socioeconômico do país.

2.2.6. Os Recifes de Coral

Calcula-se que cerca de 60 % das pescarias de subsistência em Moçambique, a chamada pesca


artesanal, tenha como base os corais, localizados essencialmente a norte do País. Os corais são
conjuntos de diminutos animais que formam colónias em zonas de águas muita limpas e pouco
produtivas, formando verdadeiras cidades submersas que se tornam o centro de atracção de
milhares de espécies de animais e plantas.

Acropora, Montipora e Porites são os géneros mais abundantes de corais duros e Sinularia,
Lobophytum de corais moles. Foram já identificadas cerca de 800 espécies de peixes de recife.
Estima-se que os recifes de coral em Moçambique ocupem uma área entre 1 290 Km² e 2 500
Km2. Os recifes de coral constituem uma das principais atracções na indústria de turismo. Este
ecossistema é uma importante fonte de recursos biológicos no que se refere à sua complexa
biodiversidade e é a base das pescarias tropicais e ecoturismo marinho.

2.2.7. Tapetes de Ervas

As ervas marinhas são o único grupo de plantas florescentes subaquáticas no ambiente


marinho. Elas desenvolvem-se em habitats costeiros de pouca profundidade. Tal como as ervas
terrestres das quais são originárias, as ervas marinhas possuem ramos erectos com folhas e
raízes ou rizomas.

A importância dos tapetes de ervas reside em muitos factores, entre os quais servir de refúgio,
habitat e alimento de muitas espécies de animais marinhas, incluindo peixes, invertebrados,
tartarugas e dugongos. Os tapetes de ervas marinhas também produzem sedimentos e interagem
com recifes de coral e mangais ao reduzirem a energia das ondas e regulando o fluxo de água.

São dez as espécies de ervas marinhas em Moçambique nomeadamente, sendo distribuidas por
todo o país com especial incidência para a zona norte, Arquipélago do Bazaruto e Baía de
Maputo.

2.2.8. Praias

Moçambique é rico em praias ao longo dos seus 2 700 Km de costa. A zona norte do país (do
Rovuma a Angoche), é caracterizada por possuir praias rochosas, estas são formadas por rochas

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que constituem locais de abrigo para muitas espécies de peixe, mexilhão, lagosta, caranguejo
entre outros e jogam um papel importante na estabilização da costa.

A zona central do país possui praias lodosas (nesta zona desaguam muitos rios e há elevada
abundância de mangais). Tais praias são formadas por lodo tornando-as mais estáveis que as
praias arenosas.

Por seu lado a zona sul de Moçambique caracteriza-se por possuir praias arenosas com dunas
muito altas e cobertas por uma vegetação bastante frágil. Estas praias são ambientes muito
dinâmicos. As praias são o berçário de muitas espécies de peixes, crustáceos e moluscos e são
uma importante área de desova das tartarugas marinhas (espécies protegidas e ameaçadas
mundialmente).

2.3.Tipos de Ecossistemas

Os ecossistemas são divididos em:

Ecossistemas terrestres: São representados pelas florestas, desertos, montanhas, pradarias e


pastagens.

Ecossistemas aquáticos: Compreendem os ambiente de água doce como lagos, mangues, rios.
Além dos ambientes marinhos como os mares e oceanos.

Ao conjunto de ecossistemas terrestres damos o nome de bioma. Os biomas são ecossistemas


com vegetação característica e um tipo de clima predominante, o que lhes confere um caráter
geral e único.

2.4.Componentes dos ecossistemas

Os componentes dos ecossistemas são:

2.4.1. Fatores bióticos

Todos os organismos vivos. Produtores primários, consumidores, decompositores e parasitas.

2.4.2. Fatores abióticos

Ambiente físico e químico que fornece condições de vida. Nutrientes, água, chuva, umidade,
solo, sol, ar, gases, temperatura,etc.

Um ecossistema é formado por dois componentes básicos: o biótico e o abiótico. O primeiro


diz respeito aos seres vivos da comunidade, tais como plantas e animais. Esses seres

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desempenham diferentes papeis em um ecossistema e ocupam diferentes níveis tróficos,
podendo ser produtores, consumidores ou decompositores.

De alguma forma, todos os seres vivos de um ecossistema dependem uns dos outros. Os
produtores, por exemplo, garantem a entrada de energia no sistema. Os consumidores, por sua
vez, promovem o fluxo de energia e matéria. Por fim, os decompositores garantem a ciclagem
dos nutrientes.

Além dos componentes bióticos, temos os componentes abióticos, que são as partes sem vida
do ambiente, como o solo, a atmosfera, a luz e a água. Esses fatores são fundamentais para a
manutenção da vida, pois garantem a sobrevivência das espécies, atuando, inclusive, no
metabolismo dos seres vivos, como é o caso da água.

Os componentes de um ecossistema podem ser divididos em dois grupos principais: bióticos e


abióticos.

2.5.Componentes Bióticos

1. Produtores: Os produtores são organismos capazes de realizar fotossíntese ou


quimiossíntese para produzir seu próprio alimento. Eles incluem plantas, algas e certas
bactérias. Os produtores são a base da cadeia alimentar, convertendo energia solar em energia
química.

2. Consumidores: Os consumidores são organismos heterótrofos que obtêm energia


alimentando-se de outros organismos. Eles podem ser classificados em diferentes níveis
tróficos, como consumidores primários (herbívoros), consumidores secundários (carnívoros
que se alimentam de herbívoros) e consumidores terciários (carnívoros que se alimentam de
carnívoros).

3. Decompositores: Os decompositores são organismos responsáveis pela decomposição da


matéria orgânica morta. Eles incluem fungos, bactérias e algumas espécies de insetos. Os
decompositores desempenham um papel fundamental na reciclagem de nutrientes, pois
quebram a matéria orgânica em compostos mais simples, liberando nutrientes de volta ao
ambiente.

2.6.Componentes Abióticos

1. Solo: O solo é uma parte fundamental dos ecossistemas terrestres. Ele consiste em minerais,
matéria orgânica em decomposição, ar, água e microrganismos. O solo desempenha um papel

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importante na retenção de nutrientes, fornecimento de suporte físico para as plantas e filtragem
da água.

2. Água: A água é um componente essencial em todos os ecossistemas. Ela está presente em


corpos de água, como rios, lagos e oceanos, além de fazer parte dos tecidos dos organismos
vivos. A disponibilidade e a qualidade da água são fatores cruciais que afetam a distribuição e
a sobrevivência dos organismos.

3. Luz Solar: A luz solar é a fonte primária de energia para os ecossistemas terrestres. Ela
desempenha um papel fundamental na fotossíntese, permitindo que os produtores convertam a
energia luminosa em energia química. A quantidade e a intensidade da luz solar influenciam a
distribuição e o crescimento das plantas.

4. Clima: O clima abrange os padrões de temperatura, umidade, precipitação e vento de uma


determinada região. O clima tem um impacto significativo nos ecossistemas e na distribuição
das espécies. Diferentes tipos de ecossistemas se desenvolvem em resposta a diferentes
condições climáticas.

5. Outros elementos químicos e físicos: Além dos componentes mencionados acima, há uma
variedade de elementos químicos e físicos que desempenham um papel nos ecossistemas, como
nutrientes (nitrogênio, fósforo, etc.), gases atmosféricos (oxigênio, dióxido de carbono),
topografia, pH do solo, entre outros. Esses elementos influenciam os processos biológicos e
afetam a composição e a dinâmica dos ecossistemas.

A interação entre os componentes bióticos e abióticos é fundamental para o funcionamento dos


ecossistemas. Através dessas interações, os organismos se adaptam ao ambiente e mantêm a
sustentabilidade do ecossistema como um todo.

O ecossistema é a unidade básica de estudo da Ecologia.

2.7.Exemplos de ecossistemas

Os ecossistemas podem ser observados em diferentes escalas. O maior ecossistema existente é


a própria biosfera, que corresponde a todos os locais do globo onde existe vida. Outro exemplo
são as florestas tropicais, que se destacam por sua grande biodiversidade.

Entretanto, ecossistemas podem ocorrer em pequena escala, com em um pequeno aquário


autossuficiente que contenha plantas, peixes e algas. Vale destacar ainda que uma única planta

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de uma floresta pode ser considerada um ecossistema, pois engloba ali vários organismos que
interagem com os fatores abióticos.

É importante entender que todos os ecossistemas estão interligados e, portanto, existe a troca
de matéria e energia entre eles, independentemente de seu tamanho. Assim sendo, cada
ecossistema, mesmo que pequeno, é importante para garantir o equilíbrio do planeta.

2.8.Principais dinâmicas dos ecossistemas

A dinâmica dos ecossistemas refere-se ao conjunto de mudanças contínuas que ocorrem no


ambiente e em seus componentes bióticos (plantas, fungos, animais, entre outros).

Os componentes bióticos e abióticos que fazem parte de um ecossistema são considerados um


equilíbrio dinâmico que lhe confere estabilidade. Da mesma forma, o processo de mudança
define a estrutura e a aparência do ecossistema.

À primeira vista, pode-se notar que os ecossistemas não são estáticos. Existem modificações
rápidas e dramáticas, como as que são produtos de um desastre natural (como um terremoto ou
incêndio). Da mesma forma, as variações podem ser lentas como os movimentos das placas
tectônicas.

As modificações também podem ser produtos das interações existentes entre organismos vivos
que habitam uma determinada região, como competição ou simbiose. Além disso, há uma série
de ciclos biogeoquímicos que determinam a reciclagem de nutrientes, como carbono, fósforo,
cálcio, entre outros.

Os ecossistemas são dinâmicos. Isso significa que as características dos ecossistemas e suas
populações variam ao longo do tempo.

Os ecossistemas frequentemente passam por perturbações, isto é, mudanças. Essas mudanças


acontecem nas partes vivas e não vivas de um ecossistema. Toda mudança em um ecossistema
pode afetar as populações que vivem nele.

Algumas mudanças tornam menos provável que os organismos de uma população consigam
sobreviver e se reproduzir. Esses tipos de mudança fazem com que as populações diminuam.

Outras mudanças tornam mais provável que os organismos de uma população consigam
sobreviver e se reproduzir. Esses tipos de mudança fazem com que as populações aumentem.

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As interações que acontecem em um ecossistema são como uma rede. Assim, uma mudança
em qualquer parte de um ecossistema pode levar a mudanças em muitas das populações desse
ecossistema.

Os ecossistemas são caracterizados por diversas dinâmicas que ocorrem dentro deles,
influenciando a estrutura e o funcionamento desses sistemas. Aqui estão algumas das principais
dinâmicas dos ecossistemas:

2.8.1. Cadeia Alimentar e Teia Alimentar

As cadeias alimentares são representações lineares das relações alimentares entre os diferentes
níveis tróficos em um ecossistema. Elas mostram como a energia flui dos produtores para os
consumidores primários, secundários e assim por diante. No entanto, na natureza, as interações
alimentares são mais complexas e formam teias alimentares, que representam a interconexão
das cadeias alimentares em um ecossistema.

2.8.2. Fluxo de Energia

O fluxo de energia ocorre ao longo das cadeias alimentares e teias alimentares. A energia é
transferida dos produtores para os consumidores através da alimentação. No entanto, à medida
que a energia é transferida de um nível trófico para outro, ocorre perda de energia na forma de
calor. Como resultado, a quantidade de energia disponível diminui à medida que se avança nos
níveis tróficos, limitando o comprimento das cadeias alimentares.

2.8.3. Ciclo de Nutrientes

Os nutrientes essenciais, como nitrogênio, fósforo, carbono e outros elementos, são cíclicos
nos ecossistemas. Os decompositores desempenham um papel fundamental na decomposição
da matéria orgânica, liberando nutrientes no solo ou na água, onde podem ser absorvidos pelos
produtores. Os consumidores obtêm esses nutrientes alimentando-se dos produtores e de outros
consumidores. Posteriormente, quando os organismos morrem e são decompostos, os
nutrientes retornam ao ambiente, fechando o ciclo.

2.8.4. Sucessão Ecológica

A sucessão ecológica refere-se às mudanças graduais na composição e estrutura de um


ecossistema ao longo do tempo. Começando com um ambiente sem vida (sucessão primária)
ou após uma perturbação significativa (sucessão secundária), ocorre uma sequência previsível
de comunidades de plantas e animais que se estabelecem, crescem e modificam o ambiente.

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Essas mudanças na vegetação e nos habitats afetam diretamente as espécies presentes e suas
interações.

2.8.5. Interações Simbióticas

Existem várias formas de interações simbióticas nos ecossistemas, onde duas espécies se
beneficiam mutuamente. Exemplos incluem a mutualismo, onde ambas as espécies se
beneficiam; o comensalismo, onde uma espécie se beneficia sem prejudicar a outra; e o
parasitismo, onde uma espécie se beneficia às custas da outra.

2.8.6. Resiliência e Estabilidade

A resiliência é a capacidade de um ecossistema se recuperar de perturbações ou alterações e


retornar a um estado funcional. A estabilidade ecológica são alcançadas quando um
ecossistema mantém a estrutura e as funções básicas ao longo do tempo, mesmo diante de
mudanças ecológicas ou perturbações. A diversidade biológica desempenha um papel
fundamental na resiliência e estabilidade dos ecossistemas, permitindo uma maior adaptação e
resposta a mudanças ambientais.

Essas dinâmicas são essenciais para o funcionamento e a sustentabilidade dos ecossistemas.


Elas garantem a circulação de energia e nutrientes, a adaptação das espécies ao ambiente e a
manutenção do equilíbrio ecológico.

3. IMPACTOS AMBIENTAIS

Os impactos ambientais referem-se às alterações negativas que ocorrem no meio ambiente


como resultado das atividades humanas. Esses impactos podem ter efeitos significativos nos
ecossistemas, na biodiversidade, nos recursos naturais e no equilíbrio ambiental. Aqui estão
alguns exemplos comuns de impactos ambientais:

1. Desmatamento: A remoção de florestas em larga escala causa perda de habitat, redução da


biodiversidade, liberação de grandes quantidades de dióxido de carbono na atmosfera e
degradação dos solos.

2. Poluição do ar: A emissão de poluentes atmosféricos provenientes de atividades industriais,


veículos e queima de combustíveis fósseis contribui para a poluição do ar, resultando em
problemas de saúde humana, danos às plantas e animais, e contribuindo para as mudanças
climáticas.

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3. Poluição da água: A contaminação da água por produtos químicos, resíduos industriais,
esgoto não tratado e fertilizantes agrícolas pode causar a degradação dos ecossistemas
aquáticos, afetar a saúde humana e prejudicar a vida aquática.

4. Esgotamento dos recursos naturais: A exploração insustentável de recursos naturais, como


água, minerais, combustíveis fósseis e madeira, pode levar à exaustão desses recursos,
causando impactos negativos nos ecossistemas e na disponibilidade desses recursos para as
gerações futuras.

5. Mudanças climáticas: As emissões de gases de efeito estufa resultantes da queima de


combustíveis fósseis, desmatamento e outras atividades humanas estão causando um aumento
na temperatura média da Terra, levando a mudanças climáticas significativas, como o
derretimento das calotas polares, aumento do nível do mar, eventos climáticos extremos e
alterações nos padrões de precipitação.

6. Perda de biodiversidade: A destruição de habitats naturais, a introdução de espécies


invasoras, a poluição e outras atividades humanas contribuem para a perda de biodiversidade
em todo o mundo. Isso pode resultar em impactos negativos nos ecossistemas, como
desequilíbrios ecológicos, redução da produtividade agrícola e perda de serviços
ecossistêmicos essenciais.

7. Desperdício e poluição de resíduos: A produção excessiva de resíduos sólidos, seu descarte


inadequado e a falta de adoção de práticas de reciclagem eficientes levam à acumulação de lixo
em aterros sanitários, poluição do solo e dos corpos d'água, além de impactos negativos na
saúde humana e animal.

3.1.Impactos ambientais no ecossistema

Os impactos ambientais nos ecossistemas podem ser diversos e variam de acordo com o tipo
de ecossistema e as atividades humanas envolvidas. Aqui estão alguns exemplos comuns de
impactos ambientais nos ecossistemas:

• Perda de habitat: A conversão de áreas naturais para fins agrícolas, urbanização e


construção de infraestrutura resulta na perda e fragmentação de habitats naturais. Isso
afeta diretamente as espécies que dependem desses habitats, levando à redução da
biodiversidade e à possibilidade de extinção de algumas espécies.
• Poluição do solo: A contaminação do solo ocorre principalmente por meio do uso de
agroquímicos, derramamentos de substâncias tóxicas e deposição de resíduos sólidos.

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Essa poluição pode afetar a qualidade do solo, reduzir a fertilidade, prejudicar a fauna
do solo e, consequentemente, afetar a produtividade das plantas e a disponibilidade de
alimentos para os animais.
• Poluição da água: A poluição da água por esgotos domésticos e industriais, produtos
químicos, fertilizantes agrícolas e resíduos tóxicos afeta negativamente os ecossistemas
aquáticos. Isso pode resultar na morte de organismos aquáticos, desequilíbrio nos
ecossistemas, e até mesmo afetar as fontes de água potável.
• Alteração do ciclo hidrológico: O desmatamento e a impermeabilização do solo
devido à urbanização excessiva afetam o ciclo hidrológico. A remoção da vegetação
reduz a infiltração de água no solo, aumentando o escoamento superficial e a erosão.
Isso pode levar a inundações, alterações no regime de fluxo dos rios e alteração dos
ecossistemas aquáticos.
• Introdução de espécies invasoras: A introdução de espécies exóticas em ecossistemas
naturais pode ter impactos negativos significativos. Espécies invasoras competem com
as espécies nativas por recursos, podem predar sobre elas ou introduzir doenças,
levando ao declínio das populações nativas e à alteração dos padrões de interação no
ecossistema.
• Mudanças climáticas: As mudanças climáticas têm impactos profundos nos
ecossistemas em todo o mundo. O aumento da temperatura, as alterações nos padrões
de precipitação e os eventos climáticos extremos afetam a distribuição geográfica das
espécies, a fenologia (ciclos de vida) dos organismos, a dinâmica dos ecossistemas e a
disponibilidade de recursos.
• Exploração excessiva de recursos naturais: A pesca excessiva, a caça descontrolada,
a exploração madeireira não sustentável e a extração de recursos minerais sem manejo
adequado podem esgotar os recursos naturais e levar à degradação dos ecossistemas.
Isso afeta diretamente a biodiversidade e a capacidade dos ecossistemas de fornecer
serviços ecossistêmicos essenciais.

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4. Conclusão

Concluindo a pesquisa sobre ecossistemas e seus componentes, dinâmicas e impactos


ambientais, podemos observar que os ecossistemas são sistemas complexos e interconectados,
nos quais os organismos vivos interagem entre si e com os componentes abióticos para manter
o equilíbrio e a sustentabilidade.

Os ecossistemas são compostos por elementos bióticos, como plantas, animais,


microorganismos, e elementos abióticos, como solo, água, luz solar e clima. Esses
componentes desempenham papéis fundamentais no funcionamento dos ecossistemas,
fornecendo nutrientes, energia e habitat para as espécies.

As dinâmicas dos ecossistemas, como a cadeia alimentar, o fluxo de energia, o ciclo de


nutrientes, a sucessão ecológica e as interações simbióticas, influenciam a estrutura e o
funcionamento dos ecossistemas. Essas dinâmicas são essenciais para a manutenção do
equilíbrio ecológico, a adaptação das espécies ao ambiente e a manutenção da biodiversidade.

No entanto, as atividades humanas têm causado impactos significativos nos ecossistemas. O


desmatamento, a poluição do ar e da água, o esgotamento dos recursos naturais, as mudanças
climáticas e a perda de biodiversidade são exemplos desses impactos. Essas alterações têm
consequências negativas para os ecossistemas, levando à perda de habitat, extinção de espécies,
degradação dos recursos naturais e desequilíbrios ecológicos.

Diante desses desafios, é fundamental adotar práticas sustentáveis e medidas de conservação


para minimizar os impactos ambientais nos ecossistemas. Isso inclui a proteção e restauração
de habitats naturais, o manejo adequado dos recursos naturais, a redução da poluição, a
promoção da educação ambiental e a mitigação das mudanças climáticas.

Preservar a integridade dos ecossistemas é de vital importância, pois eles desempenham papéis
essenciais na regulação do clima, na purificação da água, na fertilização do solo, na polinização
das plantas e na provisão de recursos essenciais para a sobrevivência humana. Ao reconhecer
a importância dos ecossistemas e agir de maneira responsável, podemos contribuir para a
sustentabilidade e a preservação do nosso planeta para as gerações futuras.

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Bibliografia

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é ecossistema?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-ecossistema.htm. Acesso em 15 de
junho de 2023.

MAGALHÃES, Lana. “Ecossistema”; Toda Matéria. Disponível em:


https://www.todamateria.com.br/ecossistema/. . Acesso em 15 de junho de 2023.

Lorencio, CG (2000). Ecologia comunitária: o paradigma dos peixes de água doce .


Universidade de Sevilha.

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