ECOSSISTEMA
ECOSSISTEMA
ECOSSISTEMA
Formando:
Hecateu da Isa Elísio
Turma única
4. Conclusão ......................................................................................................................... 15
Bibliografia .............................................................................................................................. 16
1. INTRODUÇÃO
Os ecossistemas são sistemas naturais complexos que abrigam uma vasta diversidade de vida
e desempenham um papel essencial na manutenção do equilíbrio ambiental. Compostos por
componentes bióticos e abióticos, esses sistemas interagem de maneira dinâmica, transferindo
energia e nutrientes e sustentando a biodiversidade. No entanto, as atividades humanas têm
causado impactos negativos nos ecossistemas, como desmatamento, poluição e mudanças
climáticas, que ameaçam a estabilidade e a saúde desses sistemas vitais.
A compreensão das dinâmicas dos ecossistemas é crucial para entender seu funcionamento. As
cadeias alimentares e teias alimentares mostram a transferência de energia entre os organismos,
enquanto o ciclo de nutrientes revela a reciclagem desses elementos no ambiente. Além disso,
a sucessão ecológica ilustra as mudanças graduais na estrutura do ecossistema ao longo do
tempo. Essas dinâmicas são fundamentais para a manutenção do equilíbrio ecológico, a
adaptação das espécies ao ambiente e a oferta de serviços ecossistêmicos.
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2. ECOSSISTEMA DE MOÇAMBIQUE
2.1.Ecossistema
O termo ecossistema é originado a união das palavras "oikos" e "sistema", ou seja, tem como
significado, sistema da casa. Ele representa o conjunto de comunidades que habitam e
interagem em um determinado espaço.
Os ecossistemas são sustentados por ciclos de energia e matéria. A energia é capturada pelos
produtores primários, como as plantas, por meio da fotossíntese, e é transferida para os
consumidores primários (herbívoros) e, subsequentemente, para os consumidores secundários
(carnívoros). A decomposição de matéria orgânica morta é realizada pelos decompositores,
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como bactérias e fungos, que liberam nutrientes no ambiente para serem reutilizados pelos
produtores.
2.2.Ecossistema de Moçambique
A costa moçambicana é banhada pelo Oceano Índico e possui uma vasta extensão de recifes de
coral, manguezais (mangal), pradarias marinhas e uma rica biodiversidade marinha. Esses
ecossistemas fornecem habitat para uma variedade de espécies marinhas, incluindo peixes,
tartarugas marinhas, golfinhos e dugongos.
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o Parque Nacional da Bazaruto e o Arquipélago das Quirimbas, que abrigam uma rica
diversidade marinha e são destinos populares para mergulho e snorkeling.
Os Mangais são ecossistemas costeiros encontrados ao longo das margens dos rios e estuários.
Moçambique tem extensas áreas de manguezais que desempenham um papel importante na
proteção da costa contra erosão, fornecimento de habitat para várias espécies de aves, peixes e
crustáceos, além de servirem como berçários para várias espécies marinhas.
Os mangais são de extrema importância para os seres vivos e para a natureza, pois
providenciam uma série de serviços ecossistémicos, como berçário para reprodução de várias
espécies marinhas, protecção costeira contra ventos fortes e ciclones, estabilização de solos
contra a erosão, biofiltração de poluentes, valor cultural e sequestro de carbono, contribuindo
para a mitigação das mudanças climáticas.
As florestas de mangal de Moçambique são a 13ª maior cobertura global e 3ª maior de África
com cerca de 300 000 ha e 9 espécies distintas. Contudo, apesar da sua importância, as florestas
de mangal em Moçambique encontram-se sob grande pressão por causas naturais e
antropogénicas, principalmente devido o impacto de eventos climáticos extremos, exploração
de recursos madeireiros e o crescimento urbano nas zonas costeiras.
São plantas com adaptações específicas para sobreviver em condições de submersão em águas
salobras. São árvores sempre verdes, tolerantes a salinidade e encontradas na zona entre-marés
(entre a terra firme e o mar), em abrigos relativos como em estuários, deltas, baías e lagoas
costeiras. Os mangais constituem formações de reconhecida riqueza, tendo um papel
importante na regulação do meio ambiente e um alto valor económico. São dos ambientes mais
específicos e importantes que existem. Este ecossistema é extremamente produtivo e para além
do que produz, transforma matéria orgânica que acaba sendo transferida para os outros
ecossistemas, nomeadamente os recifes de coral e tapetes de ervas marinhas. É também um
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sistema que tem funções de "limpeza" da água que é drenada da terra para o mar (até uma
determinada capacidade filtra elementos como toxinas, químicos, hidrocarbonetos, etc.). O
mangal é importante na prevenção da erosão da costa e das margens dos rios, na redução das
cheias e na reprodução das espécies marinhas, como é o caso do camarão. Constituem fontes
de medicamentos, material de construção, alimento (peixe, outros mariscos, frutos, etc.),
combustível lenhoso, entre outros usos.
Em Moçambique constitui uma das formações vegetais mais abundantes (cobrindo cerca de
450 mil hectares) encontrando-se com maior relevância nas províncias de Nampula, Zambézia
e Sofala. Em Moçambique, ocorrem 8 espécies de mangal verdadeiro: o mangal branco
(Avicennia marina),vermelho (Rhizophora mucronata), negro (Bruguiera gymnorrhiza),
amarelo (Ceriops tagal), maçã (Sonneratia alba), Lumnitzera racemosa, Heritiera litoralis e
bola de canhão (Xylocarpus granatum).
No norte do país, existem áreas de floresta tropical úmida, como a Floresta Nacional de Niassa
e a Reserva de Selous. Esses ecossistemas são ricos em biodiversidade, abrigando uma ampla
variedade de espécies de árvores, mamíferos, aves e insetos.
Além desses, Moçambique também possui outros ecossistemas, como pântanos, lagos e ilhas
costeiras, cada um com suas características e importância específicas para a conservação da
natureza e o bem-estar das comunidades locais. A preservação desses ecossistemas é essencial
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para a sustentabilidade ambiental, a proteção da biodiversidade e o desenvolvimento
socioeconômico do país.
Acropora, Montipora e Porites são os géneros mais abundantes de corais duros e Sinularia,
Lobophytum de corais moles. Foram já identificadas cerca de 800 espécies de peixes de recife.
Estima-se que os recifes de coral em Moçambique ocupem uma área entre 1 290 Km² e 2 500
Km2. Os recifes de coral constituem uma das principais atracções na indústria de turismo. Este
ecossistema é uma importante fonte de recursos biológicos no que se refere à sua complexa
biodiversidade e é a base das pescarias tropicais e ecoturismo marinho.
A importância dos tapetes de ervas reside em muitos factores, entre os quais servir de refúgio,
habitat e alimento de muitas espécies de animais marinhas, incluindo peixes, invertebrados,
tartarugas e dugongos. Os tapetes de ervas marinhas também produzem sedimentos e interagem
com recifes de coral e mangais ao reduzirem a energia das ondas e regulando o fluxo de água.
São dez as espécies de ervas marinhas em Moçambique nomeadamente, sendo distribuidas por
todo o país com especial incidência para a zona norte, Arquipélago do Bazaruto e Baía de
Maputo.
2.2.8. Praias
Moçambique é rico em praias ao longo dos seus 2 700 Km de costa. A zona norte do país (do
Rovuma a Angoche), é caracterizada por possuir praias rochosas, estas são formadas por rochas
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que constituem locais de abrigo para muitas espécies de peixe, mexilhão, lagosta, caranguejo
entre outros e jogam um papel importante na estabilização da costa.
A zona central do país possui praias lodosas (nesta zona desaguam muitos rios e há elevada
abundância de mangais). Tais praias são formadas por lodo tornando-as mais estáveis que as
praias arenosas.
Por seu lado a zona sul de Moçambique caracteriza-se por possuir praias arenosas com dunas
muito altas e cobertas por uma vegetação bastante frágil. Estas praias são ambientes muito
dinâmicos. As praias são o berçário de muitas espécies de peixes, crustáceos e moluscos e são
uma importante área de desova das tartarugas marinhas (espécies protegidas e ameaçadas
mundialmente).
2.3.Tipos de Ecossistemas
Ecossistemas aquáticos: Compreendem os ambiente de água doce como lagos, mangues, rios.
Além dos ambientes marinhos como os mares e oceanos.
Ambiente físico e químico que fornece condições de vida. Nutrientes, água, chuva, umidade,
solo, sol, ar, gases, temperatura,etc.
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desempenham diferentes papeis em um ecossistema e ocupam diferentes níveis tróficos,
podendo ser produtores, consumidores ou decompositores.
De alguma forma, todos os seres vivos de um ecossistema dependem uns dos outros. Os
produtores, por exemplo, garantem a entrada de energia no sistema. Os consumidores, por sua
vez, promovem o fluxo de energia e matéria. Por fim, os decompositores garantem a ciclagem
dos nutrientes.
Além dos componentes bióticos, temos os componentes abióticos, que são as partes sem vida
do ambiente, como o solo, a atmosfera, a luz e a água. Esses fatores são fundamentais para a
manutenção da vida, pois garantem a sobrevivência das espécies, atuando, inclusive, no
metabolismo dos seres vivos, como é o caso da água.
2.5.Componentes Bióticos
2.6.Componentes Abióticos
1. Solo: O solo é uma parte fundamental dos ecossistemas terrestres. Ele consiste em minerais,
matéria orgânica em decomposição, ar, água e microrganismos. O solo desempenha um papel
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importante na retenção de nutrientes, fornecimento de suporte físico para as plantas e filtragem
da água.
3. Luz Solar: A luz solar é a fonte primária de energia para os ecossistemas terrestres. Ela
desempenha um papel fundamental na fotossíntese, permitindo que os produtores convertam a
energia luminosa em energia química. A quantidade e a intensidade da luz solar influenciam a
distribuição e o crescimento das plantas.
5. Outros elementos químicos e físicos: Além dos componentes mencionados acima, há uma
variedade de elementos químicos e físicos que desempenham um papel nos ecossistemas, como
nutrientes (nitrogênio, fósforo, etc.), gases atmosféricos (oxigênio, dióxido de carbono),
topografia, pH do solo, entre outros. Esses elementos influenciam os processos biológicos e
afetam a composição e a dinâmica dos ecossistemas.
2.7.Exemplos de ecossistemas
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de uma floresta pode ser considerada um ecossistema, pois engloba ali vários organismos que
interagem com os fatores abióticos.
É importante entender que todos os ecossistemas estão interligados e, portanto, existe a troca
de matéria e energia entre eles, independentemente de seu tamanho. Assim sendo, cada
ecossistema, mesmo que pequeno, é importante para garantir o equilíbrio do planeta.
À primeira vista, pode-se notar que os ecossistemas não são estáticos. Existem modificações
rápidas e dramáticas, como as que são produtos de um desastre natural (como um terremoto ou
incêndio). Da mesma forma, as variações podem ser lentas como os movimentos das placas
tectônicas.
As modificações também podem ser produtos das interações existentes entre organismos vivos
que habitam uma determinada região, como competição ou simbiose. Além disso, há uma série
de ciclos biogeoquímicos que determinam a reciclagem de nutrientes, como carbono, fósforo,
cálcio, entre outros.
Os ecossistemas são dinâmicos. Isso significa que as características dos ecossistemas e suas
populações variam ao longo do tempo.
Algumas mudanças tornam menos provável que os organismos de uma população consigam
sobreviver e se reproduzir. Esses tipos de mudança fazem com que as populações diminuam.
Outras mudanças tornam mais provável que os organismos de uma população consigam
sobreviver e se reproduzir. Esses tipos de mudança fazem com que as populações aumentem.
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As interações que acontecem em um ecossistema são como uma rede. Assim, uma mudança
em qualquer parte de um ecossistema pode levar a mudanças em muitas das populações desse
ecossistema.
Os ecossistemas são caracterizados por diversas dinâmicas que ocorrem dentro deles,
influenciando a estrutura e o funcionamento desses sistemas. Aqui estão algumas das principais
dinâmicas dos ecossistemas:
As cadeias alimentares são representações lineares das relações alimentares entre os diferentes
níveis tróficos em um ecossistema. Elas mostram como a energia flui dos produtores para os
consumidores primários, secundários e assim por diante. No entanto, na natureza, as interações
alimentares são mais complexas e formam teias alimentares, que representam a interconexão
das cadeias alimentares em um ecossistema.
O fluxo de energia ocorre ao longo das cadeias alimentares e teias alimentares. A energia é
transferida dos produtores para os consumidores através da alimentação. No entanto, à medida
que a energia é transferida de um nível trófico para outro, ocorre perda de energia na forma de
calor. Como resultado, a quantidade de energia disponível diminui à medida que se avança nos
níveis tróficos, limitando o comprimento das cadeias alimentares.
Os nutrientes essenciais, como nitrogênio, fósforo, carbono e outros elementos, são cíclicos
nos ecossistemas. Os decompositores desempenham um papel fundamental na decomposição
da matéria orgânica, liberando nutrientes no solo ou na água, onde podem ser absorvidos pelos
produtores. Os consumidores obtêm esses nutrientes alimentando-se dos produtores e de outros
consumidores. Posteriormente, quando os organismos morrem e são decompostos, os
nutrientes retornam ao ambiente, fechando o ciclo.
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Essas mudanças na vegetação e nos habitats afetam diretamente as espécies presentes e suas
interações.
Existem várias formas de interações simbióticas nos ecossistemas, onde duas espécies se
beneficiam mutuamente. Exemplos incluem a mutualismo, onde ambas as espécies se
beneficiam; o comensalismo, onde uma espécie se beneficia sem prejudicar a outra; e o
parasitismo, onde uma espécie se beneficia às custas da outra.
3. IMPACTOS AMBIENTAIS
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3. Poluição da água: A contaminação da água por produtos químicos, resíduos industriais,
esgoto não tratado e fertilizantes agrícolas pode causar a degradação dos ecossistemas
aquáticos, afetar a saúde humana e prejudicar a vida aquática.
Os impactos ambientais nos ecossistemas podem ser diversos e variam de acordo com o tipo
de ecossistema e as atividades humanas envolvidas. Aqui estão alguns exemplos comuns de
impactos ambientais nos ecossistemas:
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Essa poluição pode afetar a qualidade do solo, reduzir a fertilidade, prejudicar a fauna
do solo e, consequentemente, afetar a produtividade das plantas e a disponibilidade de
alimentos para os animais.
• Poluição da água: A poluição da água por esgotos domésticos e industriais, produtos
químicos, fertilizantes agrícolas e resíduos tóxicos afeta negativamente os ecossistemas
aquáticos. Isso pode resultar na morte de organismos aquáticos, desequilíbrio nos
ecossistemas, e até mesmo afetar as fontes de água potável.
• Alteração do ciclo hidrológico: O desmatamento e a impermeabilização do solo
devido à urbanização excessiva afetam o ciclo hidrológico. A remoção da vegetação
reduz a infiltração de água no solo, aumentando o escoamento superficial e a erosão.
Isso pode levar a inundações, alterações no regime de fluxo dos rios e alteração dos
ecossistemas aquáticos.
• Introdução de espécies invasoras: A introdução de espécies exóticas em ecossistemas
naturais pode ter impactos negativos significativos. Espécies invasoras competem com
as espécies nativas por recursos, podem predar sobre elas ou introduzir doenças,
levando ao declínio das populações nativas e à alteração dos padrões de interação no
ecossistema.
• Mudanças climáticas: As mudanças climáticas têm impactos profundos nos
ecossistemas em todo o mundo. O aumento da temperatura, as alterações nos padrões
de precipitação e os eventos climáticos extremos afetam a distribuição geográfica das
espécies, a fenologia (ciclos de vida) dos organismos, a dinâmica dos ecossistemas e a
disponibilidade de recursos.
• Exploração excessiva de recursos naturais: A pesca excessiva, a caça descontrolada,
a exploração madeireira não sustentável e a extração de recursos minerais sem manejo
adequado podem esgotar os recursos naturais e levar à degradação dos ecossistemas.
Isso afeta diretamente a biodiversidade e a capacidade dos ecossistemas de fornecer
serviços ecossistêmicos essenciais.
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4. Conclusão
Preservar a integridade dos ecossistemas é de vital importância, pois eles desempenham papéis
essenciais na regulação do clima, na purificação da água, na fertilização do solo, na polinização
das plantas e na provisão de recursos essenciais para a sobrevivência humana. Ao reconhecer
a importância dos ecossistemas e agir de maneira responsável, podemos contribuir para a
sustentabilidade e a preservação do nosso planeta para as gerações futuras.
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Bibliografia
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é ecossistema?"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-ecossistema.htm. Acesso em 15 de
junho de 2023.
Brodsky AK Ecologia Curso de curta duração Geral, Textbook para o ensino médio. - SPb.
"Dean", de 2000. - 224 p.
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