Aula 05 - Parte 02
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AULA 05 – PARTE 2
GRACIANO ROCHA
DA CONTABILIDADE
Além das normas gerais de direito financeiro, que ocupam a maior parte de
seu conteúdo, a Lei 4.320/64 traz em seus últimos dispositivos algumas regras
aplicáveis a todos os entes federados em relação à contabilidade pública.
Art. 87. Haverá contrôle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes
ou contratos em que a administração pública fôr parte.
III - os depósitos;
IV - os débitos de tesouraria.
Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por
credor distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.
Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o
inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da
escrituração sintética na contabilidade.
Por outro lado, os bens cuja utilização é limitada a dois anos são classificados
como materiais de consumo, que devem ser estocados em almoxarifado.
Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como
emprêsa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para
determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração
patrimonial e financeiro comum.
Por outro lado, a dívida fundada, caracterizada como passivo não financeiro
(ou permanente), necessita de autorização legislativa para pagamento.
A questão 15 está CERTA. Juntou-se a redação dos arts. 100 e 101 da Lei
4.320/64.
Balanço orçamentário
A STN aprovou um modelo a ser utilizado por todos os entes federados, cuja
versão simplificada segue abaixo:
Balanço financeiro
INGRESSOS DISPÊNDIOS
Especificação Exercício Exercício Especificação Exercício Exercício
atual anterior atual anterior
Receita Despesa
orçamentária orçamentária
Transferências Transferências
financeiras financeiras
recebidas concedidas
Recebimentos Pagamentos
extraorçamentários extraorçamentários
Saldo em espécie Saldo em espécie
do exercício para o exercício
anterior seguinte
Total Total
O problema é que, nesse caso, não há uma saída financeira real. Assim,
para equilibrar o balanço, a Lei 4.320/64 ordenou o procedimento que vimos
mais acima: os valores dos restos a pagar, registrados em “Despesa
orçamentária”, também serão registrados no campo “Recebimentos
extraorçamentários”, a fim de equilibrar o demonstrativo.
É uma manobra contábil estranha, já que não há nem ingresso nem dispêndio,
mas... lei é lei. E as provas cobram esse tópico exatamente nesses termos.
A questão 25 está CERTA. Como ordena a Lei 4.320/64, os restos a pagar são
registrados como receitas extraorçamentárias, para compensar seu registro
anterior como despesas orçamentárias.
exemplo acima indicado, os restos a pagar são registrados tanto como despesa
orçamentárias quanto como receita extraorçamentária, embora não haja
nenhum fluxo de recursos nessas operações.
Balanço patrimonial
I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
VI - As Contas de Compensação.
Também são reconhecidos no ativo, mesmo que não gere benefícios futuros,
os depósitos caracterizados no art. 3º da Lei nº 4.320, como entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiro.
Ativo Passivo
Especificação Exercício Exercício Especificação Exercício Exercício
atual anterior atual anterior
Passivo
circulante
Ativo Passivo não
circulante circulante
Total do
passivo
Patrimônio líquido
Especificação Exercício Exercício
Ativo não atual anterior
circulante
Total do
patrimônio
líquido
Total Total
Ativo Passivo
financeiro financeiro
Ativo Passivo
permanente permanente
Saldo patrimonial
Compensações
Especificação Especificação
Saldo dos atos Exercício Exercício Saldo dos atos Exercício Exercício
potenciais atual anterior potenciais atual anterior
ativos passivos
Total Total
Bens e valores que, apesar de não integrarem o patrimônio público, possam vir
a afetá-lo no futuro, são registrados nas contas de compensação (registros
tanto no ativo quanto no passivo compensado);
Segue abaixo a estrutura da DVP, como utilizada atualmente (ressalto que está
prevista uma modificação da DVP para os próximos anos, tornando-a uma
demonstração vertical, e não horizontal, como hoje):
Registra-se, por fim, que o resultado patrimonial obtido na DVP não indica,
por si só, uma boa ou má qualidade da gestão.
I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal,
feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na
data do balanço;
A questão 40 está ERRADA. Conforme o art. 106, inc. III, da Lei 4.320/64, a
avaliação dos bens de almoxarifado deve ocorrer pelo preço médio ponderado
das compras.
A questão 43 está CERTA: o art. 106, § 3º, da Lei 4.320/64 permite que sejam
feitas reavaliações de bens móveis e imóveis no setor público.
A questão 45 está CERTA. Trata-se da reprodução do art. 106, inc. II, da Lei
4.320/64.
Competências da STN:
A questão 50 está CERTA. Uma das atribuições dos órgãos responsáveis pela
arrecadação das receitas federais (órgãos arrecadadores) é a definição dos
campos para preenchimento e das instruções para pagamento da GRU.
Os tributos são instituídos pelos entes públicos, ora para fins de obtenção
de recursos, a serem aplicados nos serviços e atividades a seu cargo, ora
para interferir no comportamento de atores econômicos, ampliando ou
comprimindo o ritmo de produção e comércio.
• impostos
• contribuições
• contribuições de melhoria
• taxas
• empréstimos compulsórios
Para nosso interesse imediato, vamos nos focar sobre as duas primeiras
espécies listadas acima, os impostos e as contribuições, que estão ligadas
ao fenômeno da retenção, como veremos à frente.
Mas... talvez você não se lembre de andar fazendo pagamentos distintos (valor
líquido e tributos) quando compra algum produto ou contrata algum serviço,
não é? O pagamento é um só.
Art. 45, parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos
proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e
recolhimento lhe caibam.
I - empresas públicas;
II - as autarquias;
IV - as empresas públicas;
Por outro lado, a Lei 10.833/2003 lançou efeitos também sobre o setor
privado, determinando a retenção do imposto de renda e das contribuições
federais pelas empresas e pessoas jurídicas em geral:
IV - condomínios edilícios.
dinheiro não sai da conta do governo federal. Os recursos que estavam sob a
titularidade do ministério pagador voltam, assim, ao “caixa geral”.
b) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou
fatura de prestação de serviço; em nome do INSS.
d) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou
fatura de prestação de serviço; em nome da empresa contratante.
Pois bem, vamos destacar algumas das exceções disciplinadas pela IN SRF
1.234/2012:
II - partidos políticos;
(...)
(...)
(...)
(...)
(...)
Desse modo, as demais espécies tributárias não são afetadas por esse
princípio, podendo, em tese, ser cobradas dos demais entes federados.
Quanto a essas entidades, a cobrança dos impostos só não tem lugar quando
estão presentes as suas finalidades essenciais (ou decorrentes das
Compensação da retenção
Art. 113. O valor retido na forma do art. 112 poderá ser compensado com as
contribuições devidas à Previdência Social ou ser objeto de pedido de
restituição por qualquer estabelecimento da empresa contratada, na forma da
Instrução Normativa RFB nº 900, de 2008.
As pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES não estão sujeitas a esta retenção
e aquelas que formalizarem sua opção pelo SIMPLES até 31.3.97,
retroativamente a 1º de janeiro de 1997, poderão requerer a restituição dos
valores retidos.
Para algumas atividades, bem como para pessoas jurídicas com tributação do
imposto de renda segundo o “lucro presumido”, a incidência dessas
contribuições na cadeia de consumo é definitiva, sem qualquer desconto,
de modo que o custo tributário integra o custo total dos bens e serviços a cada
etapa de produção/prestação. Este é o regime cumulativo.
A questão 69 está ERRADA: Como visto acima, não importa o regime aplicável
à COFINS e ao PIS/PASEP; a retenção dessas contribuições deverá ser feita
(embora sempre com base nas alíquotas vigentes para o regime de
cumulatividade).
Art. 3º, § 6º Fica dispensada a retenção de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais),
exceto na hipótese de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf)
eletrônico efetuado por meio do Siafi.
(...)
Comprovação da retenção
Art. 37. O órgão ou a entidade que efetuar a retenção deverá fornecer, à pessoa
jurídica beneficiária do pagamento, comprovante anual de retenção, até o
último dia útil de fevereiro do ano subsequente, podendo ser disponibilizado
em meio eletrônico, conforme modelo constante do Anexo V a esta Instrução
Normativa, informando, relativamente a cada mês em que houver sido
efetuado o pagamento, os códigos de retenção, os valores pagos e os valores
retidos.
Retenção do ISSQN
NOÇÕES DE CPR
Informações gerais
Conceitos básicos
Vantagens do CPR
Esse item foi cobrado como tema da prova discursiva no concurso para
técnico do TCU de 2007, pegando muita gente de surpresa.
Assim como se dá com o SIAFI, o CPR pode ser utilizado nas modalidades
total e parcial. Na modalidade parcial, documentos como a ordem bancária, o
documento de arrecadação, o Darf e a Guia da Previdência podem ser gerados
fora do CPR, posteriormente ingressando como documentos nesse subsistema.
Módulos do CPR
Essa é a única questão cobrada sobre o CPR (além da discursiva) que encontrei
em pesquisa a provas de todas as organizadoras de concursos dos últimos seis
anos, rsrs. O nível de cobrança aqui foi muito tranquilo, então espero que,
caso o CESPE insista nesse assunto, não seja nada que ultrapasse os
comentários aqui selecionados. Questão CERTA.
Espero que nossas aulas sejam proveitosas o mais possível para sua
preparação, e que auxiliem bastante na hora da prova.
GRACIANO ROCHA
b) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou
fatura de prestação de serviço; em nome do INSS.
d) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou
fatura de prestação de serviço; em nome da empresa contratante.
QUESTÕES ADICIONAIS
IV O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor, não
havendo necessidade de se distinguir as despesas processadas das não
processadas.
A I e II.
B I e IV.
C II e III.
D III e IV.
A I e II.
B I e III.
C III e IV.
D I, II e IV.
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E E C E C C C E E C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C C E C E E E C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
C C C E C E C E E C
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E E E C C E E E C E
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
E E C E C E C C E C
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E C C C C E E C C E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
E E E E E C C E E E
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
C C C C C E C C E E
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90
C C E E C E C E C E
91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
C A E E E C E C E E
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110
E A C C C C E E C E