Aula 05 - Parte 02

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA PARA TÉCNICO DO TCU

PROF. GRACIANO ROCHA

AULA 05 – PARTE 2

Saudações, caro aluno!

Hoje, finalizaremos nosso curso. Trataremos do restante dos itens do edital,


quais sejam:

• Lei 4.320/64: Da Contabilidade.

• Guia de Recolhimento da União (GRU).

• Retenção e recolhimento de tributos incidentes sobre bens e serviços.

• Noções de CPR – Contas a Pagar e a Receber.

Então, sem mais delongas, vamos lá. Boa aula!

GRACIANO ROCHA

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DA CONTABILIDADE

Além das normas gerais de direito financeiro, que ocupam a maior parte de
seu conteúdo, a Lei 4.320/64 traz em seus últimos dispositivos algumas regras
aplicáveis a todos os entes federados em relação à contabilidade pública.

Nesse sentido, são delineados os aspectos mínimos sobre a contabilidade


financeira e orçamentária, a contabilidade “patrimonial e industrial”, as
demonstrações contábeis do setor público e procedimentos para avaliação dos
componentes patrimoniais.

Em sentido clássico, a função primordial da contabilidade está ligada ao


fornecimento de informações úteis para a tomada de decisões por parte
dos administradores. A par disso, a contabilidade pública, em razão da
natureza pública dos recursos e elementos patrimoniais dos órgãos e
entidades, assume outras funções, como a de auxiliar no controle e
avaliação da gestão e na prestação de contas dos gestores públicos.

Para tanto, no setor público, a contabilidade é organizada como um sistema


que registra, controla, analisa, interpreta e demonstra os atos e fatos
que tenham repercussão sobre o patrimônio público (variações
patrimoniais). Adicionalmente, a contabilidade pública evidencia os atos
administrativos que possam, futuramente, afetar o patrimônio público.

Entretanto, como a quase totalidade dos recursos que atendem ao setor


público é proveniente do orçamento público, a contabilidade pública
também retira grande parte de suas informações da execução orçamentária.

Essas características gerais da contabilidade pública são explicitadas nos


seguintes artigos da lei:

Art. 83. A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de


todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas,
administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados.

Art. 84. Ressalvada a competência do Tribunal de Contas ou órgão


equivalente, a tomada de contas dos agentes responsáveis por bens ou
dinheiros públicos será realizada ou superintendida pelos serviços de
contabilidade.

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Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem


o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição
patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o
levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados
econômicos e financeiros.

Art. 87. Haverá contrôle contábil dos direitos e obrigações oriundos de ajustes
ou contratos em que a administração pública fôr parte.

Art. 88. Os débitos e créditos serão escriturados com individuação do devedor


ou do credor e especificação da natureza, importância e data do vencimento,
quando fixada.

Art. 89. A contabilidade evidenciará os fatos ligados à administração


orçamentária, financeira, patrimonial e industrial.

Além disso, um traço muito importante, que é próprio da contabilidade geral, é


reproduzido na contabilidade pública (art. 86 da Lei): a forma de escrituração
sintética de todas as operações financeiras e patrimoniais, segundo o método
das partidas dobradas (registros de débito sempre acompanhados de
correspondentes registros de crédito).

No art. 89, a Lei 4.320/64 sinaliza a adoção de registros contábeis


diferenciados, conforme a natureza dos fatos a serem evidenciados, e, no
art. 87, indica a necessidade de controle contábil dos direitos e
obrigações provenientes de contratos e ajustes (mesmo sem impacto
patrimonial imediato).

Para concretização dessa distinção, foram criados diferentes subsistemas de


informações contábeis, vinculados às diferentes naturezas de fatos. Trata-se
dos subsistemas orçamentário, patrimonial (que agrega os fatos
financeiros) e de compensação (existe também o subsistema de custos, mas
ainda muito incipiente).

Segundo a Resolução CFC 1.129/2008, esses subsistemas são caracterizados


nos seguintes termos:

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Orçamentário – registra, processa e evidencia os atos e os fatos relacionados


ao planejamento e à execução orçamentária;

Patrimonial – registra, processa e evidencia os fatos financeiros e não


financeiros relacionados com as variações qualitativas e quantitativas do
patrimônio público;

Custos – registra, processa e evidencia os custos dos bens e serviços,


produzidos e ofertados à sociedade pela entidade pública;

Compensação – registra, processa e evidencia os atos de gestão cujos efeitos


possam produzir modificações no patrimônio da entidade do setor público, bem
como aqueles com funções específicas de controle.

Conforme a natureza dos fatos a serem registrados, é possível que todos os


subsistemas, ou apenas um, sejam utilizados nos lançamentos. Fatos mais
simples, como o registro das dotações orçamentárias iniciais, afetam apenas
um subsistema (no caso, o orçamentário); outros, mais complexos,
demandarão registros múltiplos (por exemplo, o ingresso de recursos
provenientes de operações de crédito vinculadas a contrato).

Como isso cai na prova?

1. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2009/ADAPTADA) A Lei 4.320/64 determinou que o


planejamento contábil deve permitir a apuração dos custos dos serviços
industriais, o que foi definitivamente implementado a partir da adoção do
Plano de Contas Único no âmbito da administração federal.

2. (CESPE/ANALISTA/INMETRO/2010) A escrituração sintética das operações


financeiras e patrimoniais efetua-se pelo método das partidas dobradas,
mas, atualmente, pode-se empregar outro método que seja mais
adequado à contabilidade pública, permitindo-se, em alguns casos, o
registro do débito sem o crédito correspondente.

3. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) A contabilidade pública deve evidenciar os


fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial de
todos os entes de direito público.

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4. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) A contabilidade evidenciará perante a


Secretaria de Administração Federal a situação de todos que, de qualquer
modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem
bens a ela pertencentes ou confiados.

5. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) O registro de receitas e despesas


orçamentárias pode gerar lançamentos simultâneos no sistema financeiro,
no orçamentário e no patrimonial.

A questão 1 está ERRADA. A adoção do Plano de Contas Único não assegurou a


implementação da apuração dos custos dos “serviços industriais”. Atualmente,
o Sistema de Custos do governo federal está apenas em início de
implementação.

A questão 2 também está ERRADA. O método a ser utilizado na escrituração


sintética da contabilidade pública é o das partidas dobradas, sem exceção.

A questão 3 está CERTA: as diferentes naturezas de fatos, reproduzidas no


enunciado, devem ser evidenciadas pela contabilidade pública, conforme o art.
89 da Lei 4.320/64.

A contabilidade deve evidenciar a situação dos responsáveis por recursos e


bens públicos “perante a Fazenda Pública”, não em relação à Secretaria de
Administração Federal. Fazenda Pública, aqui, é um termo que corresponde à
Administração como um todo, sem indicar uma unidade especificamente. A
questão 4 está ERRADA.

A questão 5 está CERTA, embora, atualmente, consoante as normas do CFC,


existam subsistemas de informação contábil, e não “sistemas”, bem como não
exista mais o subsistema financeiro (absorvido pelo patrimonial).

Contabilidade financeira e orçamentária

Como já mencionado, a contabilidade pública ocupa-se bastante dos fatos


orçamentários, em razão da absoluta relevância do orçamento público na
atividade financeira dos entes públicos.

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No setor privado, fatos assemelhados aos da execução orçamentária pública,


que pode ser considerados preparatórios dos fatos financeiros em si, não
são considerados.

Nesse aspecto, a Lei 4.320/64 traz os seguintes artigos:

Art. 90 A contabilidade deverá evidenciar, em seus registros, o montante dos


créditos orçamentários vigentes, a despesa empenhada e a despesa realizada, à
conta dos mesmos créditos, e as dotações disponíveis.

Art. 91. O registro contábil da receita e da despesa far-se-á de acôrdo com as


especificações constantes da Lei de Orçamento e dos créditos adicionais.

Art. 93. Tôdas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza


financeira, não compreendidas na execução orçamentária, serão também
objeto de registro, individuação e contrôle contábil.

Também nesse ponto, relativo à contabilidade orçamentária e financeira, a Lei


4.320/64 aborda a dívida pública de natureza financeira, de curto prazo,
que é denominada “dívida flutuante”. Vejamos a constituição dessa dívida:

Art. 92. A dívida flutuante compreende:

I - os restos a pagar, excluídos os serviços da dívida;

II - os serviços da dívida a pagar;

III - os depósitos;

IV - os débitos de tesouraria.

Parágrafo único. O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por
credor distinguindo-se as despesas processadas das não processadas.

Assim, a dívida flutuante é integrada por recursos de terceiros a serem


devolvidos (depósitos e débitos de tesouraria, estes últimos conhecidos como
operações do tipo ARO, que são despesas extraorçamentárias) e por despesas
provenientes de orçamentos passados (restos a pagar e serviços da dívida
a pagar).

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Relembrando os estágios da despesa, temos, inicialmente, empenhos


emitidos para pagamento futuro a credores. Esses restos a pagar e
serviços da dívida a pagar são empenhos que transitaram de exercício,
não pertencendo, portanto, ao orçamento em curso.

Sua execução, portanto, ocorre “por fora” do orçamento, representando


apenas fatos financeiros, não mais orçamentários.

Como já estudamos, a passagem dos empenhos transformados em restos a


pagar pelo estágio da liquidação resulta em seu registro como restos a pagar
processados.

Como isso cai na prova?

6. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) A contabilidade deverá evidenciar


em seus registros o montante dos créditos orçamentários vigentes, a
despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos,
e as dotações disponíveis.

7. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) As cauções, as garantias


recebidas em dinheiro de terceiros para a execução de contratos de obras
e fornecimento de serviços e as diversas arrecadações por conta de
terceiros devem integrar o cômputo da dívida flutuante.

8. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) As operações de que resultem débitos


e créditos de natureza financeira que não estiverem compreendidas na
execução orçamentária não serão objeto de registro, individualização e
controle contábil.

9. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) O registro contábil da dívida flutuante


e da dívida fundada será feito de acordo com as especificações constantes
da lei de orçamento e dos créditos adicionais.

10. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Todas as operações de que resultem


débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução
orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle
contábil.

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A questão 6 está CERTA. Trata-se da literalidade do art. 90 da Lei 4.320/64.

A questão 7 também está CERTA: a dívida flutuante abrange os recursos


extraorçamentários, originários de naturezas diversas.

A questão 8 está ERRADA. Todas as operações de que resultem débitos e


créditos de natureza financeira devem ser submetidas a registro,
individualização e controle contábil, segundo o art. 93 da Lei 4.320/64.

As especificações (leia-se classificações orçamentárias) da LOA e dos créditos


adicionais são levadas em conta para registro contábil da receita e da despesa,
não das dívidas flutuante e fundada. A questão 9 está ERRADA.

A questão 10 está CERTA. Dessa vez, foi corretamente reproduzido o teor do


art. 93 da Lei 4.320/64.

Contabilidade industrial e patrimonial

A Lei 4.320/64 trouxe os seguintes dispositivos sobre o assunto:

Art. 94. Haverá registros analíticos de todos os bens de caráter permanente,


com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de
cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração.

Art. 95 A contabilidade manterá registros sintéticos dos bens móveis e imóveis.

Art. 96. O levantamento geral dos bens móveis e imóveis terá por base o
inventário analítico de cada unidade administrativa e os elementos da
escrituração sintética na contabilidade.

Art. 97. Para fins orçamentários e determinação dos devedores, ter-se-á o


registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação.

Inicialmente, vale destacar um comentário dos professores Heraldo Reis e


Teixeira Machado Jr.: as “receitas patrimoniais” referidas no art. 97 da Lei
4.320/64 não devem ser confundidas com as receitas correntes
patrimoniais, pertencentes à classificação econômica da receita, instituída
pela mesma lei.

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Nesse caso, receitas patrimoniais devem ser interpretadas como aquelas


receitas auferidas pela entidade governamental, abrangendo, assim,
receitas de serviços, tributárias, industriais, e as próprias receitas correntes
patrimoniais.

Os “bens de caráter permanente”, objeto de registro analítico, conforme o art.


94, devem ser entendidos como aqueles de duração superior a dois anos,
seguindo a determinação do art. 15, § 2º, dessa mesma Lei, que devem ser
tombados e sujeitos a registro. Esses registros analíticos servem à descrição
dos bens e a sua associação aos servidores responsáveis por sua
guarda/utilização.

Conforme o art. 87 do Decreto-Lei 200/67, os servidores responsáveis são os


“chefes de serviço”, nomenclatura que, no entanto, não pode ser considerada
padrão para os responsáveis por esse encargo:

Art. 87. Os bens móveis, materiais e equipamentos em uso ficarão sob a


responsabilidade dos chefes de serviço, procedendo-se periòdicamente a
verificações pelos competentes órgãos de controle.

Por outro lado, os bens cuja utilização é limitada a dois anos são classificados
como materiais de consumo, que devem ser estocados em almoxarifado.

Conforme indicam os arts. 95 e 96 da Lei 4.320/64, deve haver um controle


separado relativo ao patrimônio das unidades, representado pela
implementação de registros analíticos, distinto do controle feito pela
contabilidade do órgão/entidade, que é responsável pela feitura de registros
sintéticos (escrituração sintética).

Esses registros sintéticos constituem uma agregação mais ampla,


consolidada, de itens patrimoniais semelhantes, com atribuição do valor a
eles correspondente (conta de veículos, de bens móveis, de equipamentos de
informática etc.).

Os artigos de 98 a 100 da Lei 4.320/64 tratam dos elementos e registros


concernentes à contabilidade patrimonial e industrial:

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Art. 98. A dívida fundada compreende os compromissos de exigibilidade


superior a doze meses, contraídos para atender a desequilíbrio orçamentário
ou a financeiro de obras e serviços públicos.

Parágrafo único. A dívida fundada será escriturada com individuação e


especificações que permitam verificar, a qualquer momento, a posição dos
empréstimos, bem como os respectivos serviços de amortização e juros.

Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como
emprêsa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para
determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração
patrimonial e financeiro comum.

Art. 100 As alterações da situação líquida patrimonial, que abrangem os


resultados da execução orçamentária, bem como as variações independentes
dessa execução e as superveniências e insubsistências ativas e passivas,
constituirão elementos da conta patrimonial.

A dívida fundada ou consolidada é uma dívida de caráter patrimonial, e não


financeiro, como é o caso da dívida flutuante.

Essa diferença reside na relação da dívida com a autorização legislativa


para pagamento: a dívida flutuante, por se constituir de despesas já
autorizadas (empenhos que transitaram de exercício) e de despesas
extraorçamentárias, não necessita de nova autorização legislativa para
pagamento.

Por outro lado, a dívida fundada, caracterizada como passivo não financeiro
(ou permanente), necessita de autorização legislativa para pagamento.

A quitação das dívidas flutuante e fundada ocorre normalmente com a inserção


de dotações no orçamento, a título de amortização da dívida.

Como isso cai na prova?

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11. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) O levantamento geral dos bens


móveis e imóveis terá por base o inventário sintético do órgão e os
elementos da escrituração analítica na contabilidade.

12. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) As superveniências e as


insubsistências, ativas e passivas, compõem os valores independentes da
execução orçamentária, e provocam alterações na situação patrimonial
líquida da entidade.

13. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Para fins orçamentários e determinação


dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais,
fiscalizando-se a sua efetivação.

14. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Somente os serviços públicos industriais


organizados como empresa pública ou autárquica poderão manter
contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e
resultados.

Na questão 11, tivemos uma inversão de termos em relação ao texto da Lei


4.320/64: o levantamento geral dos bens móveis e imóveis tem por base o
inventário analítico (e não, sintético) e os elementos da escrituração sintética
(e não, analítica). Questão ERRADA.

A questão 12 está CERTA: as superveniências e insubsistências são variações


patrimoniais quantitativas, que interferem no valor atribuído à situação
patrimonial líquida.

A questão 13 também está CERTA: trata-se da reprodução literal do art. 97 da


Lei 4.320.

A questão 14 está ERRADA: segundo o art. 99 da Lei 4.320/64, a contabilidade


especial para determinação de custos pode ser mantida por “serviços públicos
industriais” quaisquer, mesmo aqueles não organizados como empresa pública
ou autárquica.

Demonstrações contábeis do setor público

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A Lei 4.320/64 determinou a utilização de quatro demonstrações


contábeis no âmbito do setor público: os balanços orçamentário, financeiro e
patrimonial e a demonstração das variações patrimoniais.

Os anexos da Lei trouxeram, inclusive, modelos desses demonstrativos,


que foram atualizados posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional,
cumprindo sua função de órgão central de contabilidade da União.

A STN também instituiu novos demonstrativos contábeis a serem adotados


pelos entes federados, mas, como o foco de nosso estudo recai sobre a Lei
4.320/64, trataremos aqui dos demonstrativos tradicionais.

Segue o dispositivo que anuncia esses demonstrativos:

Art. 101. Os resultados gerais do exercício serão demonstrados no Balanço


Orçamentário, no Balanço Financeiro, no Balanço Patrimonial, na
Demonstração das Variações Patrimoniais, segundo os Anexos números 12,
13, 14 e 15 e os quadros demonstrativos constantes dos Anexos números 1, 6,
7, 8, 9, 10, 11, 16 e 17.

Em seguida, veremos aspectos próprios de cada um deles.

Como isso cai na prova?

15. (CESPE/AUDITOR/TCU/2011) As alterações da situação líquida


patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem
como as variações independentes dessa execução e as superveniências
ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. Os
resultados gerais do exercício deverão ser demonstrados no balanço
orçamentário, no balanço financeiro, no balanço patrimonial e na
demonstração das variações patrimoniais.

16. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) De acordo com o que dispõe a Lei n.o


4.320/1964, os resultados do exercício devem ser demonstrados nos
balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e na demonstração de
resultado do exercício.

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A questão 15 está CERTA. Juntou-se a redação dos arts. 100 e 101 da Lei
4.320/64.

A questão 16 está ERRADA: o setor público não dispõe de “demonstração de


resultado do exercício”, que é característica da contabilidade privada. Na
esfera pública, temos a demonstração das variações patrimoniais.

Balanço orçamentário

A Lei 4.320/64 trouxe uma disposição “melancólica” sobre o BO. Conforme o


art. 102, “O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas
previstas em confronto com as realizadas”.

O BO discrimina a evolução dos valores orçamentários da receita e da


despesa, desde a aprovação do orçamento até o encerramento do exercício,
com os ajustes pertinentes.

Além disso, as receitas e despesas são evidenciadas a partir de suas


categorias econômicas (correntes e de capital), até o terceiro nível de
desdobramento da receita (espécie) e até o segundo nível de desdobramento
da despesa (grupo).

A partir do BO, obtém-se o resultado orçamentário: superávit orçamentário,


no caso de receitas superiores às despesas, e déficit orçamentário, para o
oposto.

Conforme o MCASP, no momento inicial da execução orçamentária, tem-se, via


de regra, o equilíbrio entre receita prevista e despesa fixada, e constata-se que
toda despesa a ser executada está amparada por uma receita prevista
a ser arrecadada no exercício.

A STN aprovou um modelo a ser utilizado por todos os entes federados, cuja
versão simplificada segue abaixo:

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Receitas Previsão Previsão Receitas


Saldo
orçamentárias inicial atualizada realizadas
Receitas
correntes
Receitas de
capital
Subtotal das
receitas
Refinanciamento
Subtotal com
refinanciamento
Déficit
Total
Saldos de
exercícios
anteriores
Despesas Dotação Dotação Despesas Despesas Despesas Saldo da
orçamentárias inicial atualizada empenhadas liquidadas pagas dotação
Despesas
correntes
Despesas de
capital
Subtotal das
despesas
Amortização da
dívida /
refinanciamento
Subtotal com
refinanciamento
Superávit
Total

No BO, os campos “Previsão inicial” e “Dotação inicial” são fixos, referindo-se


aos valores determinados na LOA. Em “Previsão atualizada” e “Dotação
atualizada”, são registrados os efeitos de previsões de excesso ou insuficiência

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de arrecadação durante o exercício (para a receita) e os efeitos da abertura de


créditos adicionais (para a despesa).

Para que os valores totais de receita e despesa se igualem no balanço, é


necessário que o resultado (déficit ou superávit) seja adicionado ao
campo apropriado. Por exemplo, se no exercício foram mais arrecadadas
receitas do que executadas despesas, o superávit deve ser adicionado ao
campo das despesas, equilibrando o demonstrativo – e vice-versa.

As diferenças “intrínsecas” entre os campos de receitas e despesas não são


chamadas de déficit ou superávit. Ao invés disso, temos:

• Receita prevista menor que receita realizada = excesso de arrecadação

• Receita prevista maior que receita realizada = insuficiência de


arrecadação

• Despesa fixada (dotação atualizada) maior que despesa realizada


(liquidada) = economia de despesa ou economia orçamentária

• Despesa fixada menor que despesa realizada = hipótese não permitida


(a despesa realizada pode ser, no máximo, igual à dotação fixada).

Por fim, deve-se proceder a um registro especial no BO caso sejam abertos


créditos adicionais custeados pelo superávit financeiro. Isso porque os créditos
adicionais figuram como despesa orçamentária, mas o superávit financeiro
não pode ser classificado como receita orçamentária (trata-se de
recursos em caixa, arrecadados em exercícios anteriores).

Assim, para que o BO não apresente um resultado negativo sem explicação,


deve-se assinalar, no próprio balanço, as ocorrências desse tipo, numa linha
específica.

Como isso cai na prova?

17. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010/ADAPTADA) No balanço orçamentário, as


receitas devem ser discriminadas por tipo de crédito e divididas em duas
categorias: orçamentárias e extraorçamentárias.

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18. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) No balanço orçamentário, tanto a


receita executada como a despesa executada referem-se a valores que já
cumpriram o fato gerador, independentemente da arrecadação ou do
recebimento.

19. (CESPE/CONTADOR/MIN. SAÚDE/2009) A demonstração de um excesso


de despesas no balanço orçamentário constitui uma situação impossível,
nos termos da legislação vigente.

20. (CESPE/CONTADOR/AL-ES/2011) No balanço orçamentário, as despesas


fixadas pela lei orçamentária ou por créditos adicionais devem estar em
colunas distintas.

21. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) No balanço orçamentário, a despesa deve


ser demonstrada, primeiramente, por tipo de crédito e, em seguida, por
categoria econômica.

22. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2009) No balanço orçamentário, através da


comparação do relacionamento entre receitas e despesas correntes e
receitas e despesas de capital, pode-se identificar a tendência para
capitalização ou descapitalização.

A questão 17 está ERRADA. O balanço orçamentário só evidencia as receitas e


despesas orçamentárias.

A questão 18 também está ERRADA: são discriminadas no balanço


orçamentário as receitas arrecadadas e as despesas executadas (ou seja, a
partir do empenho), o que não tem ligação com a ocorrência do fato gerador
das operações.

A questão 19 está CERTA. Como a execução da despesa é restringida pelo


limite dos créditos orçamentários, não há como a despesa executada superar a
despesa fixada, resultando num “excesso de despesa”.

A questão 20 está ERRADA; a coluna “dotação atualizada” contempla tanto as


despesas fixadas na LOA quanto as autorizadas pelos créditos adicionais.

A questão 21 está CERTA. Como dito, o balanço orçamentário indica as


dotações autorizadas pela LOA e pelos créditos adicionais, dispostas na coluna

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“dotação atualizada”, e classifica também as despesas em categorias


econômicas (correntes e de capital).

A questão 22 também está CERTA. A tendência para capitalização


(“enriquecimento”) ou descapitalização (“empobrecimento”) do ente público
pode ser notada no balanço orçamentário, ao se verificar se as despesas
correntes estão sendo, ou não, atendidas por receitas de capital. Como as
receitas de capital não são, em sua grande maioria, receitas próprias do ente
público, sustentáveis, não podem ser aplicadas em despesas contínuas, de
manutenção da estrutura e dos serviços públicos.

Balanço financeiro

Segundo o art. 103 da Lei 4.320/64,

“O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem


como os recebimentos e os pagamentos de natureza extraorçamentária,
conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os
que se transferem para o exercício seguinte”.

Essa definição indica que no BF serão registrados todos os eventos de entrada


e saída de recursos, tanto orçamentários quanto extraorçamentários, sem
distinção.

Além disso, o parágrafo único desse mesmo artigo dispõe que

“Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita


extraorçamentária para compensar sua inclusão na despesa orçamentária”.

Já veremos o que isso significa.

O modelo da STN para o balanço financeiro é o seguinte:

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INGRESSOS DISPÊNDIOS
Especificação Exercício Exercício Especificação Exercício Exercício
atual anterior atual anterior
Receita Despesa
orçamentária orçamentária
Transferências Transferências
financeiras financeiras
recebidas concedidas
Recebimentos Pagamentos
extraorçamentários extraorçamentários
Saldo em espécie Saldo em espécie
do exercício para o exercício
anterior seguinte
Total Total

A ideia do BF, portanto, é assinalar todas as entradas e saídas financeiras


ocorridas no exercício. Vale lembrar que os saldos também são
considerados nessa conta: o dinheiro em caixa no início do exercício é
tratado como um ingresso, e, no fim do ano, o total em caixa que é transferido
para o próximo exercício é contado como dispêndio.

Relembrando a lição, restos a pagar são despesas não totalmente


executadas, para as quais ainda falta realizar o pagamento. Entretanto, na
contabilidade pública brasileira, a despesa já é considerada incorrida quando
atestada por comprovantes fiscais e administrativos (notas fiscais, relatórios
de recebimento de objeto etc.). Assim, no BF, mesmo essas despesas ainda
não pagas serão registradas no campo “Despesa orçamentária”.

O problema é que, nesse caso, não há uma saída financeira real. Assim,
para equilibrar o balanço, a Lei 4.320/64 ordenou o procedimento que vimos
mais acima: os valores dos restos a pagar, registrados em “Despesa
orçamentária”, também serão registrados no campo “Recebimentos
extraorçamentários”, a fim de equilibrar o demonstrativo.

É uma manobra contábil estranha, já que não há nem ingresso nem dispêndio,
mas... lei é lei. E as provas cobram esse tópico exatamente nesses termos.

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Como isso cai na prova?

23. (CESPE/CONTADOR/MIN. SAÚDE/2009) No balanço financeiro, o eventual


saldo positivo a ser transferido para o exercício seguinte deve ser
demonstrado na coluna de despesas.

24. (CESPE/AUDITOR/FUB/2009) No balanço financeiro, o resultado financeiro


corresponderá ao saldo de numerário que passa para o exercício seguinte.

25. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) A inscrição de restos a pagar não


processados deve constar do balanço financeiro na coluna de ingressos.

26. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Por representar um fluxo de caixa,


todas as receitas e as despesas orçamentárias evidenciadas no balanço
financeiro têm suas contrapartidas refletidas nas contas caixa ou bancos.

27. (CESPE/CONTADOR/FUB/2009) A despesa computada orçamentariamente


pelo regime de competência, não paga no exercício e inscrita em restos a
pagar constitui ingresso extraorçamentário no balanço financeiro.

28. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) No balanço financeiro, tanto


as receitas como as despesas devem ser discriminadas por categorias
econômicas.

A questão 23 está CERTA, embora imprecisa. No balanço financeiro, o saldo


positivo a ser transferido para o exercício seguinte deve ser evidenciado na
coluna de dispêndios (o enunciado falou em “despesas”, que não é
inteiramente errado, mas não é apropriado).

A questão 24 está ERRADA; o resultado financeiro decorre da diferença entre o


total de ingressos e de dispêndios financeiros.

A questão 25 está CERTA. Como ordena a Lei 4.320/64, os restos a pagar são
registrados como receitas extraorçamentárias, para compensar seu registro
anterior como despesas orçamentárias.

A questão 26 está ERRADA: nem todo registro evidenciado no balanço


financeiro tem contrapartida em caixa ou bancos. Para ficarmos com o

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exemplo acima indicado, os restos a pagar são registrados tanto como despesa
orçamentárias quanto como receita extraorçamentária, embora não haja
nenhum fluxo de recursos nessas operações.

A questão 27 está CERTA. Trata-se novamente da questão do registro dos


restos a pagar na coluna de ingressos do balanço financeiro.

A questão 28 está ERRADA: no balanço financeiro, não se faz a discriminação


das receitas e despesas em categorias econômicas.

Balanço patrimonial

Segundo o MCASP, patrimônio público é o conjunto de direitos e bens,


tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos,
recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja
portador e represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro,
inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por
entidades do setor público e suas obrigações.

O patrimônio público compõe-se dos seguintes elementos:

1. Ativo – compreende os recursos controlados pela entidade como


resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem para a
entidade benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços;

2. Passivo – compreende as obrigações presentes da entidade, derivadas


de eventos passados, cujos pagamentos se esperam que resultem para a
entidade saídas de recursos capazes de gerar benefícios econômicos ou
potencial de serviços;

3. Patrimônio Líquido, Saldo Patrimonial ou Situação Líquida Patrimonial –


valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus
passivos.

Como veremos a seguir, a classificação do ativo e do passivo considera a


segregação em “circulante” e “não circulante”, com base em seus atributos
de conversibilidade e exigibilidade.

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Cabe destacar que essa terminologia, “circulante” e “não circulante”, é uma


atualização da estabelecida na Lei 4.320/64, como segue:

Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:

I - O Ativo Financeiro;

II - O Ativo Permanente;

III - O Passivo Financeiro;

IV - O Passivo Permanente;

V - O Saldo Patrimonial;

VI - As Contas de Compensação.

Os conceitos desses grupos são apresentados pelos parágrafos do mesmo art.


105 da Lei:

§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis


independentemente de autorização orçamentária e os valores numerários.

§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja


mobilização ou alienação dependa de autorização legislativa.

§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outros


pagamento independa de autorização orçamentária.

§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que


dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações


e situações não compreendidas nos parágrafos anteriores e que, imediata ou
indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio.

Vejamos comentários específicos sobre a classificação dos elementos


patrimoniais:

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Ativo – Os ativos devem ser classificados como “circulante” quando


satisfizerem a um dos seguintes critérios:

a) estiverem disponíveis para realização imediata; e

b) tiverem a expectativa de realização até o término do exercício


seguinte.

Os demais ativos devem ser classificados como “não circulante”.

Um ativo é reconhecido no patrimônio público quando for provável que


benefícios futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou
valor puder ser determinado em bases confiáveis.

Também são reconhecidos no ativo, mesmo que não gere benefícios futuros,
os depósitos caracterizados no art. 3º da Lei nº 4.320, como entradas
compensatórias no ativo e no passivo financeiro.

Os depósitos são representados por cauções em dinheiro para garantia de


contratos, consignações a pagar, retenção de obrigações de terceiros a
recolher e outros depósitos com finalidades especiais, como os para garantia
de recursos.

Passivo – Os passivos devem ser classificados como “circulante” quando


satisfizerem a um dos seguintes critérios:

a) corresponderem a valores exigíveis até o término do exercício


seguinte; e

b) corresponderem a valores de terceiros ou retenções em nome deles,


quando a entidade do setor público for fiel depositária, independentemente
do prazo de exigibilidade.

Os demais passivos devem ser classificados como “não circulante”.

Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade


tenha uma obrigação presente. As obrigações podem ser legalmente
exigíveis em consequência de um contrato ou de requisitos estatutários. Esse é

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normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por mercadorias e


serviços recebidos.

Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que


uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos seja exigida
em liquidação de uma obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação
se dará possa ser determinado em bases confiáveis.

Também são reconhecidos no passivo, pois se caracterizam como obrigações


para com terceiros, os depósitos caracterizados no art. 3º da Lei nº 4.320
como entradas compensatórias no ativo e no passivo financeiro.

Patrimônio líquido – o patrimônio líquido/saldo patrimonial representa o


valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos seus passivos.

Quando o valor do passivo for maior que o valor do ativo, o resultado é


denominado passivo a descoberto, evidenciado no lado do balanço
correspondente ao ativo. O valor do ativo maior que o do passivo leva à
situação de saldo patrimonial positivo (ou “ativo real líquido”), evidenciado
do lado do passivo.

Integram o Patrimônio Líquido: patrimônio/capital social, reservas de capital,


ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria,
resultados acumulados e outros desdobramentos do saldo patrimonial.

No Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do período


segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores.

Segundo o MCASP, o BP é a demonstração contábil que evidencia, qualitativa e


quantitativamente, a situação patrimonial da entidade pública, por meio
de contas representativas do patrimônio público, além das contas de
compensação.

As Contas de Compensação compreendem os atos que podem vir a afetar o


patrimônio.

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No Patrimônio Líquido, deve ser evidenciado o resultado do período,


segregado dos resultados acumulados de períodos anteriores, além de outros
itens.

A classificação dos elementos patrimoniais considera a segregação em


"circulante" e "não circulante", com base em seus atributos de
conversibilidade e exigibilidade.

O modelo de BP aprovado pela STN é o seguinte (versão simplificada):

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Ativo Passivo
Especificação Exercício Exercício Especificação Exercício Exercício
atual anterior atual anterior
Passivo
circulante
Ativo Passivo não
circulante circulante
Total do
passivo
Patrimônio líquido
Especificação Exercício Exercício
Ativo não atual anterior
circulante
Total do
patrimônio
líquido
Total Total
Ativo Passivo
financeiro financeiro
Ativo Passivo
permanente permanente
Saldo patrimonial

Compensações
Especificação Especificação
Saldo dos atos Exercício Exercício Saldo dos atos Exercício Exercício
potenciais atual anterior potenciais atual anterior
ativos passivos

Total Total

Como isso cai na prova?

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29. (CESPE/CONTADOR/FUB/2011) No balanço patrimonial, apresenta-se o


saldo patrimonial sempre no lado do passivo.

30. (CESPE/CONTADOR/SESA-ES/2011) Para que a situação líquida


patrimonial não seja afetada, o ativo compensado e o passivo
compensado devem ser iguais.

31. (CESPE/CONTADOR/CORREIOS/2011) No balanço patrimonial, é


representado o saldo patrimonial, que acumula o resultado patrimonial do
exercício considerado e dos exercícios anteriores, todos eles calculados
nessa mesma demonstração contábil.

32. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2009) O ativo real do balanço patrimonial


corresponderá à soma do ativo financeiro, permanente e compensado.

33. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Considere as seguintes definições, a


respeito dos grupos integrantes do balanço patrimonial.

I Dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização


orçamentária.

II Bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de


autorização legislativa.

III Bens e valores que, apesar de não integrarem o patrimônio público,


possam vir a afetá-lo no futuro.

IV Dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa


para amortização ou resgate.

Essas definições correspondem, respectivamente, às denominações

A passivo permanente, ativo financeiro, ativo compensado e passivo


financeiro.

B passivo financeiro, ativo financeiro, ativo compensado e passivo


permanente.

C passivo permanente, ativo permanente, ativo financeiro e passivo


financeiro.

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D passivo permanente, ativo permanente, ativo compensado e passivo


financeiro.

E passivo financeiro, ativo permanente, ativo compensado e passivo


permanente.

A questão 29 está ERRADA. Caso o ente se encontre na situação de passivo a


descoberto, com passivos maiores que ativos, o registro do saldo patrimonial
negativo dá-se no lado do ativo.

A questão 30 está CERTA. O ativo e o passivo compensados não interferem na


discriminação da situação patrimonial, tendo em vista que terão sempre o
mesmo valor, em razão de receberem registros em contrapartida um do outro.

A questão 31 está ERRADA; no balanço patrimonial, não se faz o cálculo do


resultado patrimonial, que é feito na demonstração das variações patrimoniais.

A questão 32 também está ERRADA. O “ativo real” é conceituado como a soma


dos ativos financeiro e não financeiros, não contemplando o ativo compensado.
O “passivo real” segue a mesma lógica.

Analisando a questão 33:

Dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização


orçamentária são registradas no passivo financeiro;

Bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de autorização


legislativa, correspondem ao ativo permanente (ou não financeiro);

Bens e valores que, apesar de não integrarem o patrimônio público, possam vir
a afetá-lo no futuro, são registrados nas contas de compensação (registros
tanto no ativo quanto no passivo compensado);

Dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para


amortização ou resgate são classificadas no passivo permanente.

Apesar da imprecisão quanto aos registros nas contas de compensação, tendo


em vista que o passivo compensado sempre recebe registros em contrapartida
aos do ativo compensado, o gabarito é a letra E.

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Demonstração das variações patrimoniais

A DVP, como é conhecida, foi prevista no art. 104 da Lei 4.320/64:

Art. 104. A Demonstração das Variações Patrimoniais evidenciará as


alterações verificadas no patrimônio, resultantes ou independentes da
execução orçamentária, e indicará o resultado patrimonial do exercício.

Conforme descreve o MCASP, essas “alterações verificadas no patrimônio”, a


que se refere o texto da lei, são classificadas em variações quantitativas e
variações qualitativas.

As variações quantitativas são decorrentes de transações no setor público


que alteram o valor atribuído ao patrimônio líquido, aumentando-o ou
diminuindo-o. São exemplos as receitas e despesas efetivas, os acréscimos e
decréscimos patrimoniais, a extinção de ativos e de passivos etc.

Já as variações qualitativas são decorrentes de transações que alteram a


composição dos elementos patrimoniais, sem modificar o valor atribuído
ao patrimônio líquido. Envolvem registros contábeis cujos resultados anulam-
se mutuamente. É o caso das receitas e despesas não efetivas.

O resultado patrimonial do exercício é apurado pelo confronto entre as


variações patrimoniais quantitativas aumentativas e diminutivas. As
variações qualitativas, claro, não interferem nesse resultado.

Segue abaixo a estrutura da DVP, como utilizada atualmente (ressalto que está
prevista uma modificação da DVP para os próximos anos, tornando-a uma
demonstração vertical, e não horizontal, como hoje):

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Na DVP, as chamadas “interferências” normalmente correspondem à


transferência de recursos entre unidades do mesmo ente público, que
não têm impacto patrimonial agregado (apenas entre as unidades envolvidas).

Além disso, as mutações ativas e passivas são “ficções” utilizadas para


compensar os lançamentos de despesa e de receita, respectivamente,

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quando tais lançamentos envolvem operações permutativas, sem impacto


quantitativo na situação patrimonial. Assim, o registro de uma despesa não
efetiva é acompanhado do registro de uma mutação ativa; e o registro de uma
receita não efetiva, de uma mutação passiva.

A partir do confronto entre variações ativas e passivas, chega-se ao resultado


patrimonial, que pode ser superavitário ou deficitário.

IMPORTANTE: as provas costumam misturar bastante os conceitos de


resultado patrimonial, obtido pela DVP, e de saldo patrimonial, obtido
no balanço patrimonial.

Não se trata de sinônimos: o resultado patrimonial da DVP refere-se às


operações restritas ao exercício financeiro, ao passo que o saldo
patrimonial representa a diferença entre ativo e passivo, acumulada
durante toda a vida econômica do ente público.

Na verdade, a cada exercício, o resultado patrimonial interfere no saldo


patrimonial, por ser levado ao balanço patrimonial a título de resultado
do exercício.

Registra-se, por fim, que o resultado patrimonial obtido na DVP não indica,
por si só, uma boa ou má qualidade da gestão.

Por exemplo, um expressivo resultado positivo pode advir de uma


arrecadação abusiva, sem a correspondente aplicação de recursos em
necessidades da coletividade, o que seria uma situação absolutamente
indesejável. Não se espera que o poder público tenha uma atuação econômica
pautada pela busca de mero enriquecimento próprio.

Como isso cai na prova?

34. (CESPE/ANALISTA/MPE-PI/2012) Em respeito ao princípio da


transparência, a contabilidade pública deve evidenciar, na demonstração
das variações patrimoniais, as alterações verificadas no patrimônio,

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resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicar o


resultado patrimonial do exercício.

35. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) A DVP é composta por dois grupos:


variações ativas e variações passivas, subdivididas em valores resultantes
da execução orçamentária e valores independentes da execução
orçamentária.

36. (CESPE/ANALISTA/MPE-PI/2012) O resultado patrimonial de um


determinado período deve ser apurado por meio do confronto entre as
variações qualitativas aumentativas e as diminutivas.

37. (CESPE/CONTADOR/AL-ES/2011) O cancelamento ou perdão de dívidas


passivas deve constar da demonstração das variações patrimoniais como
superveniência passiva.

38. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) O saldo patrimonial apurado na DVP deve


ser transferido para o balanço patrimonial, passando a constituir o
resultado patrimonial do exercício, que pode ser o ativo real líquido ou o
passivo real a descoberto.

39. (CESPE/ANALISTA/ANATEL/2009) O resultado patrimonial do exercício


corresponde à diferença entre o total das variações ativas —
orçamentárias e extraorçamentárias — e o total das variações passivas —
orçamentárias e extraorçamentárias. Se houver superavit, este deverá ser
acrescido ao saldo patrimonial, do lado do passivo, no balanço
patrimonial.

A questão 34 está CERTA. Foi considerado, no enunciado, o teor do art. 104 da


Lei 4.320/64, e a publicação dos demonstrativos contábeis atende ao princípio
da transparência.

A questão 35 está CERTA: discriminou-se corretamente a composição da DVP.

A questão 36 está ERRADA; o resultado patrimonial é calculado a partir das


variações quantitativas. Não há variações qualitativas aumentativas ou
diminutivas, já que as variações qualitativas não interferem no valor atribuído
à situação patrimonial.

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A questão 37 está ERRADA. O cancelamento ou perdão de dívidas, por


representar a extinção de um elemento patrimonial, é classificado como
insubsistência – no caso, insubsistência do passivo.

A questão 38 também está ERRADA: foram invertidos os conceitos de saldo


patrimonial e de resultado patrimonial, como alertamos anteriormente.

A questão 39 está CERTA. O resultado patrimonial, calculado na DVP, sendo


positivo, será acrescido ao saldo patrimonial do balanço patrimonial.
Entretanto, uma imprecisão da questão é considerar que o saldo patrimonial
do BP estará no lado do passivo, já que há a possibilidade de passivo a
descoberto também no setor público (nesse caso, o saldo patrimonial negativo
é registrado no lado do ativo).

Avaliação de elementos patrimoniais

Os princípios gerais de contabilidade, aplicáveis à Administração Pública,


incluem o Princípio da Oportunidade, segundo o qual as transações devem
ser reconhecidas e registradas integralmente, no momento em que
ocorrerem, independentemente da execução do orçamento.

Nesse sentido, afirma o MCASP que

“a entidade do setor público deve aplicar métodos de mensuração ou avaliação


dos ativos e dos passivos que possibilitem o reconhecimento dos ganhos e das
perdas patrimoniais”.

Em nosso arcabouço normativo, a legislação mais antiga em vigor sobre


avaliação patrimonial é a própria Lei 4.320/64, que assim dispõe sobre o tema:

Art. 106. A avaliação dos elementos patrimoniais obedecerá as normas


seguintes:

I - os débitos e créditos, bem como os títulos de renda, pelo seu valor nominal,
feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de câmbio vigente na
data do balanço;

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II - os bens móveis e imóveis, pelo valor de aquisição ou pelo custo de


produção ou de construção;

III - os bens de almoxarifado, pelo preço médio ponderado das compras.

§ 1° Os valores em espécie, assim como os débitos e créditos, quando em moeda


estrangeira, deverão figurar ao lado das correspondentes importâncias em
moeda nacional.

§ 2º As variações resultantes da conversão dos débitos, créditos e valores em


espécie serão levadas à conta patrimonial.

§ 3º Poderão ser feitas reavaliações dos bens móveis e imóveis.

Mais atualmente, o Conselho Federal de Contabilidade instituiu algumas


normas, no conjunto das NBC T aplicáveis ao setor público, reproduzidas
posteriormente pelo MCASP.

Segundo a NBC T 16.10, a avaliação patrimonial é

“a atribuição de valor monetário a itens do ativo e do passivo


decorrentes de julgamento fundamentado em consenso entre as partes e
que traduza, com razoabilidade, a evidenciação dos atos e dos fatos
administrativos”.

Essa norma disponibiliza critérios de avaliação para diferentes itens


patrimoniais, conforme segue, resumidamente:

• Disponibilidades, créditos e dívidas: a mensuração é feita pelo valor


original, feita a conversão, quando em moeda estrangeira, à taxa de
câmbio vigente na data do Balanço Patrimonial;

• Estoques: são avaliados com base no valor de aquisição ou no valor


de produção ou de construção (ou o de mercado, caso este seja
menor), utilizando-se o método do custo médio ponderado para
mensuração e avaliação das saídas; os gastos de distribuição, de
administração geral e financeiros são considerados como despesas do
período em que ocorrerem;

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• Investimentos permanentes: utiliza-se o método da equivalência


patrimonial para mensuração/avaliação das participações em empresas e
consórcios sobre cuja administração o ente público tenha influência
significativa; nos casos em que não haja influência significativa
(conceituada como o poder de participar nas decisões financeiras e
operacionais, mas sem caracterizar controle compartilhado), utiliza-se o
custo de aquisição para mensuração;

• Ativo imobilizado: faz-se a mensuração/avaliação com base no valor de


aquisição, produção ou construção; os elementos de vida útil
econômica limitada se sujeitam a depreciação, amortização ou exaustão
durante esse período; e a mensuração dos bens de uso comum será
efetuada, sempre que possível, ao valor de aquisição ou ao valor de
produção e construção;

• Ativo intangível: também se utiliza como base o valor de aquisição ou


de produção; gastos posteriores à aquisição ou ao registro de elemento
do ativo intangível devem ser incorporados ao valor desse ativo quando
houver possibilidade de geração de benefícios econômicos futuros ou
potenciais de serviços;

Ativo diferido: segundo a NBC T 16.10, “as despesas pré-operacionais e os


gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para a prestação de
serviços públicos de mais de um exercício e que não configurem apenas uma
redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional, são mensurados ou
avaliados pelo custo incorrido, deduzido do saldo da respectiva conta de
amortização acumulada e do montante acumulado de quaisquer perdas do
valor que tenham sofrido ao longo de sua vida útil por redução ao valor
recuperável”.

Como isso cai na prova?

40. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) Os bens de almoxarifado serão


avaliados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de
construção.

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41. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) As variações resultantes da conversão dos


débitos, créditos e valores em espécie serão levadas às contas de
resultado.

42. (CESPE/ANALISTA/IEMA-ES/2007) As obrigações em moeda estrangeira,


em obediência à legislação e à doutrina, serão ajustadas somente quando
houver valorização cambial, em consonância com o princípio da prudência.

43. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2006) Bens móveis e imóveis registrados


pelo custo de aquisição são passíveis de reavaliação.

44. (CESPE/AUDITOR/TCDF/2012) As reavaliações de bens móveis e imóveis


devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado dos
referidos bens na data de encerramento do balanço patrimonial.

45. (CESPE/ANALISTA/ABIN/2004) Os bens móveis e imóveis devem ser


avaliados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de
construção.

46. (CESPE/ANALISTA/ABIN/2004) Deverão ser feitas reavaliações anuais dos


bens móveis e imóveis, com base em índice oficial.

47. (CESPE/CONTADOR/DOCAS-PA/2006) Na avaliação dos bens de


almoxarifado, a legislação complementar de finanças públicas determina
que se adote o preço médio ponderado das compras, o que significa que o
custo das unidades em estoque vai modificando-se à medida que novas
unidades sejam adquiridas a preços diferentes do custo médio do estoque.

A questão 40 está ERRADA. Conforme o art. 106, inc. III, da Lei 4.320/64, a
avaliação dos bens de almoxarifado deve ocorrer pelo preço médio ponderado
das compras.

As variações resultantes da conversão de débitos, créditos e valores devem ser


levadas à conta patrimonial, para registro da alteração na situação líquida,
conforme o art. 106, § 2º, da Lei 4.320/64. A questão 41 está ERRADA.

A questão 42 também está ERRADA. As obrigações em moeda estrangeira são


ajustadas à taxa de câmbio vigente na data do balanço, conforme o art. 106,
inc. I, da Lei 4.320/64.

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A questão 43 está CERTA: o art. 106, § 3º, da Lei 4.320/64 permite que sejam
feitas reavaliações de bens móveis e imóveis no setor público.

A questão 44 está ERRADA. Como visto, existe a faculdade, e não a obrigação,


de realizar reavaliações de elementos patrimoniais no setor público.

A questão 45 está CERTA. Trata-se da reprodução do art. 106, inc. II, da Lei
4.320/64.

A questão 46 está ERRADA: novamente, as reavaliações não são obrigatórias,


e não há “índice oficial” a considerar.

A questão 47 está CERTA: o preço médio ponderado, descrito corretamente no


enunciado, é o critério indicado pela Lei 4.320/64 para avaliação dos bens de
almoxarifado.

GUIA DE RECOLHIMENTO DA UNIÃO

A Guia de Recolhimento da União é um dos documentos utilizados para efetuar


a arrecadação de recursos junto à Conta Única do Tesouro Nacional.
Segundo informa a STN, atualmente o Governo Federal dispõe de três
documentos para realizar todo e qualquer ingresso de recursos na Conta
Única:

• Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), utilizado


para recolhimento de receitas administradas pela Receita Federal do Brasil
e pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional;

• Guia de Previdência Social (GPS), utilizada para recolhimento das


receitas de contribuições sociais anteriormente arrecadadas pelo INSS,
hoje administradas pela Receita Federal do Brasil, além das demais
receitas do INSS;

• Guia de Recolhimento da União (GRU), utilizada para arrecadação de


receitas administradas pelos órgãos, fundos, autarquias, fundações e
demais entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social (receitas diretamente arrecadadas).

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Da exposição acima, depreende-se que a GRU é um documento multiuso,


empregável em todas as situações para as quais não esteja reservado o uso do
Darf ou da GPS. Assim, podemos citar alguns dos vários exemplos de
arrecadações a serem procedidas por meio de GRU:

• taxas (custas judiciais, emissão de passaporte);

• aluguéis de imóveis públicos;

• dividendos (empresas com participação acionária da união);

• serviços administrativos e educacionais (inscrição em vestibulares e


concursos, expedição de certificados);

• recolhimento de multas não tributárias;

• depósitos de diversas origens (depósitos em caução);

• devoluções de recursos concedidos pelos órgãos/entidades federais


(devolução de diárias, de suprimentos de fundos, etc.)

Atualmente, a utilização da GRU na esfera federal é regida pela Instrução


Normativa STN 02/2009. Essa IN estabelece que o Banco do Brasil é o
agente financeiro centralizador da arrecadação por meio da GRU, e que
demais instituições financeiras, para prestarem serviços de arrecadação
mediante GRU, deverão estabelecer convênio com a STN.

O Banco do Brasil deve repassar à Conta Única os recursos financeiros até o


segundo dia útil após o ingresso da arrecadação mediante GRU. Destaca-se
que o BB não recebe remuneração pelos serviços de centralização da
arrecadação por GRU.

Vale destacar, dessa norma, a descrição dos diferentes tipos de GRU:

• GRU Simples: documento não compensável, ou seja, não transitável


pelo sistema bancário, devendo ser paga somente em agências do
Banco do Brasil;

• GRU Judicial: documento também não compensável, que tem por


objeto os recolhimentos especificados pelo Poder Judiciário, devendo ser
paga na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil;

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• GRU Cobrança: documento compensável, disposto diretamente pelos


órgãos arrecadadores, e pagável em qualquer agência da rede
bancária, podendo ser utilizada somente para recolhimento de valores a
partir de R$ 50,00;

• GRU Depósito: utilizada para depósito de cheques, devendo seu uso


ser autorizado pelo órgão arrecadador, e que somente pode ser paga nas
agências do BB;

• GRU SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiro): segundo a IN


02/2009, pode ser utilizada para recolhimentos efetuados por
instituições financeiras, por meio do Sistema de Transferência de
Reservas – STR, a critério da STN;

• GRU Eletrônica: diferentemente das demais espécies, que se


assemelham a um boleto bancário comum, trata-se de um documento
eletrônico, específico do SIAFI, a ser utilizado obrigatoriamente nos
pagamentos realizados entre órgãos e entidades federais, implicando
uma “circulação interna” de recursos da Conta Única.

A IN STN 02/2009 firma as competências da STN e dos órgãos


arrecadadores, que, apesar do nome, não são instituições financeiras, mas
sim as unidades do governo federal que detêm a responsabilidade
administrativa sobre os valores arrecadados por meio da GRU. Vamos
examiná-las.

Competências da STN:

• criar e atualizar os códigos de recolhimento a serem utilizados para


arrecadação por meio de GRU;

• orientar os órgãos arrecadadores sobre a correta utilização da Guia de


Recolhimento da União;

• manter meio de impressão da GRU Simples e Judicial no seu sítio;

• fornecer aplicativo local para uso pelos órgãos arrecadadores.

Competências dos órgãos arrecadadores:

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• definir os códigos de seu uso, bem como seus respectivos parâmetros:


meio de impressão, campos de preenchimento obrigatório, permissão para
pagamento em cheques e para utilização da GRU Depósito;

• informar à STN, para criação e cadastramento de códigos de


recolhimento, a fundamentação legal e orçamentária da receita;

• divulgar os códigos de recolhimento de suas receitas e as respectivas


instruções de preenchimento e pagamento;

• fornecer ao Contribuinte a Guia de Recolhimento da União, mediante


impressão por meio do aplicativo local, ou autorizar o uso da GRU
Depósito ou GRU DOC/TED, na eventual inviabilidade de impressão por
meio do sítio do Tesouro Nacional;

• desenvolver aplicativo para emissão da GRU Cobrança;

• verificar o correto recebimento de valores;

• efetuar a eventual retificação dos registros no SIAFI;

• restituir ao contribuinte valores pagos a maior ou indevidamente.

Como isso cai na prova?

48. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2009) Além do documento de arrecadação de


receitas federais (DARF) e da guia da previdência social (GPS), os
ingressos de valores na conta única da União são efetuados por meio da
GRU, utilizada, por exemplo, para pagamento de inscrições em concursos
públicos.

49. (CESPE/ANALISTA/TRE-BA/2010) A guia de recolhimento da união (GRU)


eletrônica permite registrar a arrecadação de receitas federais efetivadas
pelos órgãos e pelas entidades, por meio de transferências de recursos
intra-SIAFI entre a unidade gestora recolhedora e a conta única do
tesouro nacional.

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50. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2007) As informações para o preenchimento e o


pagamento da GRU cabem ao órgão responsável pela arrecadação de cada
receita.

51. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2007) Deverão ser recolhidas mediante GRU as


receitas do Instituto Nacional do Seguro Social e as receitas administradas
pela Secretaria da Receita Federal e pela Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional.

A questão 48 está CERTA; foram enumerados corretamente os documentos


utilizados para ingresso de valores na Conta Única, e a GRU pode ser utilizada
para pagamento de inscrições em concursos, como exemplificado
anteriormente.

A questão 49 está ERRADA. A GRU Eletrônica não serve à arrecadação de


recursos externos à Conta Única, mas sim para o pagamento de valores em
operações concretizadas entre órgãos e entidades cujas finanças são operadas
pelo SIAFI.

A questão 50 está CERTA. Uma das atribuições dos órgãos responsáveis pela
arrecadação das receitas federais (órgãos arrecadadores) é a definição dos
campos para preenchimento e das instruções para pagamento da GRU.

A questão 51 está ERRADA. O enunciado trata justamente das arrecadações


que não podem ser implementadas mediante GRU, tendo documentos
específicos para tanto (respectivamente, GPS e DARF).

RETENÇÃO E RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS

Começando pelo começo, vamos falar inicialmente sobre as características da


relação tributária.

Os tributos são instituídos pelos entes públicos, ora para fins de obtenção
de recursos, a serem aplicados nos serviços e atividades a seu cargo, ora
para interferir no comportamento de atores econômicos, ampliando ou
comprimindo o ritmo de produção e comércio.

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Para termos também uma definição técnica, conforme o Código Tributário


Nacional, tributo é

“toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa


exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada”.

As espécies de tributos existentes no Brasil são cinco:

• impostos

• contribuições

• contribuições de melhoria

• taxas

• empréstimos compulsórios

Atenção: não é preciso adentrar muito o Direito Tributário para entender


o tema da aula. Bastam noções breves de tributos, impostos e
contribuições para seguirmos.

Para nosso interesse imediato, vamos nos focar sobre as duas primeiras
espécies listadas acima, os impostos e as contribuições, que estão ligadas
ao fenômeno da retenção, como veremos à frente.

Tanto os particulares quanto os órgãos e entidades públicas devem pagar


impostos e contribuições em suas operações/atividades. Ao se contratar um
serviço, ou adquirir-se um bem, normalmente ocorre incidência tributária de
alguma ordem, em virtude de determinação legal para tanto.

Na compra de um eletrodoméstico, estão embutidos, por exemplo, valores do


imposto sobre produtos industrializados (federal) e do imposto sobre
circulação de mercadorias e serviços (estadual).

Tomando isso como ponto de partida, nessas contratações de bens ou serviços


com incidência tributária, podemos considerar a existência do valor bruto
praticado entre as partes, que é pago pelo contratante/consumidor, e de seus
componentes: o valor líquido, que cabe ao contratado/fornecedor, e o valor
relativo aos tributos incidentes na operação, que devem ser recolhidos
em favor dos entes públicos respectivos.

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Mas... talvez você não se lembre de andar fazendo pagamentos distintos (valor
líquido e tributos) quando compra algum produto ou contrata algum serviço,
não é? O pagamento é um só.

Ocorre que, para maior racionalização do processo de arrecadação tributária,


instituiu-se uma sistemática de concentração desses recolhimentos. Os
tributos que nós, consumidores, pagamos, ficam nas mãos do fornecedor
ou empresa, conforme o caso, que é quem se responsabiliza perante o poder
público quanto ao pagamento da obrigação tributária. Ou seja, o fornecedor ou
empresa procede à retenção dos tributos, para posterior entrega dos
correspondentes recursos aos entes públicos.

Isso é o que ocorre quando os consumidores – pessoas físicas – ocupam o


papel de “pagadores”. Mas o que importa para esta aula é o oposto: operações
em que pessoas jurídicas são as responsáveis pelos pagamentos.

Nesse caso, mesmo sendo “consumidoras” de bens ou serviços, as pessoas


jurídicas figuram como responsáveis pela retenção tributária,
encaminhando os valores correspondentes ao erário.

Por exemplo, no caso do imposto de renda incidente sobre pagamentos


devidos por serviços prestados, o Código Tributário Nacional se manifesta nos
seguintes termos:

Art. 45, parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos
proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e
recolhimento lhe caibam.

Assim, no caso, uma empresa pode repassar a um empregado o valor líquido


do salário, descontado o imposto de renda, cujo montante fica retido para
recolhimento junto ao governo (junto à Receita Federal, para ser mais exato).

Os comentários que fizemos acima se aplicam aos órgãos e entidades públicas,


quando ocupantes da posição de consumidoras de bens e serviços. Nesse
sentido, a Lei 9.430/96 trouxe as seguintes disposições:

Art. 64. Os pagamentos efetuados por órgãos, autarquias e fundações da


administração pública federal a pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens
ou prestação de serviços, estão sujeitos à incidência, na fonte, do imposto sobre
a renda, da contribuição social sobre o lucro líquido, da contribuição para
seguridade social - COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP.

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§ 1º A obrigação pela retenção é do órgão ou entidade que efetuar o


pagamento.

§ 2º O valor retido, correspondente a cada tributo ou contribuição, será levado


a crédito da respectiva conta de receita da União.

Assim, na década de 90, começou a ser delineado o atual panorama de


retenções tributárias. O imposto de renda, a CSLL, a COFINS e o PIS/PASEP
(todos tributos federais) tiveram sua retenção autorizada quando de
pagamentos feitos pelos órgãos e entidades da administração pública federal a
pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou serviços.

Além das disposições legais, devem ser observadas também as instruções


editadas pela Receita Federal. Em seguida, veremos alguns pontos dessas
instruções normativas, as IN SRF 459/2004 e 1.234/2012.

A IN SRF 1.234/2012 substituiu a IN 480/2004, sobre a qual tratam várias


questões que selecionamos. Como aquela é uma norma ainda muito
recente, não houve ainda questões de concurso que a utilizaram como
fundamento. Mas diversas disposições não foram alteradas nessa
substituição, de modo que será válido considerar tais questões.

Como isso cai na prova?

52. (CESPE/ANALISTA/INCA/2010) A retenção do imposto de renda e do


imposto sobre serviços de qualquer natureza está amparada em lei
complementar. O imposto de renda na fonte está fundamentado no
Código Tributário Nacional, que atribui à fonte pagadora da renda ou dos
proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto, cuja
retenção e recolhimento lhe cabem.

53. (CESPE/PERITO/DPF/2004) Os órgãos da administração pública federal


direta, bem como as autarquias e as fundações federais, têm a obrigação
legal de reter, na fonte, a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL),
além de outros tributos, sobre os pagamentos que efetuarem a pessoas
jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral,

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inclusive obras, observados os procedimentos previstos nas instruções


normativas da Secretaria da Receita Federal.

Tanto a retenção do imposto de renda quanto a do ISSQN se amparam em leis


complementares – respectivamente, o Código Tributário Nacional e a Lei
Complementar nº 116/2003. As contribuições, sobre as quais trataremos
adiante, são reguladas por leis ordinárias. A questão 52 está CERTA.

A questão 53 também está CERTA. Foi reproduzido o teor do art. 64 da Lei


9.430/96, com o acréscimo relativo a “obras”, hoje disciplinado pela IN SRF
1.234/2012, como visto em seguida.

Retenções no setor público e no setor privado

Dando continuidade a nossos comentários, a Lei 9.430/96 previa a retenção


tributária por parte de “órgãos, autarquias e fundações da administração
pública federal”. Na sequência, o governo federal, com a edição da Lei
10.833/2003, “ampliou o leque”, como segue:

Art. 34. Ficam obrigadas a efetuar as retenções na fonte do imposto de renda,


da CSLL, da COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP, a que se refere o
art. 64 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, as seguintes entidades da
administração pública federal:

I - empresas públicas;

II - sociedades de economia mista; e

III - demais entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha a


maioria do capital social com direito a voto, e que dela recebam recursos do
Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e
financeira na modalidade total no Sistema Integrado de Administração
Financeira do Governo Federal - SIAFI.

Assim, além de órgãos, autarquias e fundações, as empresas estatais


também foram obrigadas a proceder à retenção do IR, da CSLL, da COFINS e
do PIS/PASEP nos pagamentos a pessoas jurídicas. A palavra “entidade”
abarca todo esse pessoal.

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A recente IN 1.234/2012, editada pela Receita Federal, junta toda essa


“salada” anterior:

Art. 2º Ficam obrigados a efetuar as retenções na fonte do Imposto sobre a


Renda (IR), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da
Contribuição para o PIS/Pasep sobre os pagamentos que efetuarem às pessoas
jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral,
inclusive obras, os seguintes órgãos e entidades da administração pública
federal:

I - os órgãos da administração pública federal direta;

II - as autarquias;

III - as fundações federais;

IV - as empresas públicas;

V - as sociedades de economia mista; e

VI - as demais entidades em que a União, direta ou indiretamente detenha a


maioria do capital social sujeito a voto, e que recebam recursos do Tesouro
Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e
financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal (Siafi). (...)

§ 2º As retenções serão efetuadas sobre qualquer forma de pagamento,


inclusive os pagamentos antecipados por conta de fornecimento de bens ou de
prestação de serviços, para entrega futura.

A IN 1.234/2012 incluiu “obras” nas operações cujos pagamentos sofreriam


retenção tributária na fonte. Além disso, a norma enfatizou que toda forma
de pagamento incluiria retenções.

Bom, isso se refere à esfera pública.

Por outro lado, a Lei 10.833/2003 lançou efeitos também sobre o setor
privado, determinando a retenção do imposto de renda e das contribuições
federais pelas empresas e pessoas jurídicas em geral:

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Art. 29. Sujeitam-se ao desconto do imposto de renda, à alíquota de 1,5% (um


inteiro e cinco décimos por cento), que será deduzido do apurado no
encerramento do período de apuração, as importâncias pagas ou creditadas
por pessoas jurídicas a título de prestação de serviços a outras pessoas
jurídicas que explorem as atividades de prestação de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de
contas a pagar e a receber.

Art. 30. Os pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas a outras pessoas


jurídicas de direito privado, pela prestação de serviços de limpeza, conservação,
manutenção, segurança, vigilância, transporte de valores e locação de mão-de-
obra, pela prestação de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão
de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, bem
como pela remuneração de serviços profissionais, estão sujeitos a retenção na
fonte da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL, da COFINS e da
contribuição para o PIS/PASEP.

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se inclusive aos pagamentos efetuados por:

I - associações, inclusive entidades sindicais, federações, confederações,


centrais sindicais e serviços sociais autônomos;

II - sociedades simples, inclusive sociedades cooperativas;

III - fundações de direito privado; ou

IV - condomínios edilícios.

§ 2º Não estão obrigadas a efetuar a retenção a que se refere o caput as


pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES.

Como visto, no setor privado, apenas as pessoas jurídicas optantes pelo


“Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos
pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte” (SIMPLES Nacional)
ficaram liberadas de efetuar a retenção do IR e das contribuições federais
CSLL, COFINS e PIS/PASEP.

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Como isso cai na prova?

54. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) Os pagamentos efetuados a


pessoas jurídicas por órgão ou entidade da administração pública federal,
referentes ao fornecimento de bens ou prestação de serviços, estão
sujeitos à incidência, na fonte, do imposto sobre a renda, da contribuição
social sobre o lucro líquido, da COFINS e da contribuição para o
PIS/PASEP. As retenções serão efetuadas sobre qualquer forma de
pagamento, inclusive os pagamentos antecipados por conta de
fornecimento de bens ou de prestação de serviços, para entrega futura.

A questão 54 está CERTA: o enunciado corresponde à redação do caput do art.


2º à do § 2º, ambos da IN SRF 1.234/2012 (cujo teor é igual ao da antiga IN
480/2004, na qual se baseou a questão).

Retenção de tributos no SIAFI

O SIAFI é o “Sistema Integrado de Administração Financeira” do governo


federal, por meio do qual praticamente todo o orçamento é executado.
Vamos apontar aqui uma diferença quanto à forma de retenção tributária por
quem integra o SIAFI (órgãos e entidades públicas) e quem está fora de
sua abrangência (setor privado).

Os órgãos e entidades integrantes do SIAFI realizam suas despesas mediante


esse sistema: emitem empenhos, os liquidam e pagam utilizando transações
do SIAFI. Desse modo, o procedimento para a retenção tributária fica
extremamente simplificado: ao mesmo tempo em que se dá a ordem para
pagamento ao credor, destina-se também o valor correspondente aos tributos
para o governo.

Mas quem está pagando, nesse caso, também não é “o governo”?

Sim! Um ministério, por exemplo, fazendo um pagamento com retenção,


destina o valor líquido ao credor e os tributos ao Tesouro Nacional. Esse
pagamento ao Tesouro, na verdade, não envolve fluxo financeiro, já que o

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dinheiro não sai da conta do governo federal. Os recursos que estavam sob a
titularidade do ministério pagador voltam, assim, ao “caixa geral”.

Nesse pagamento dentro da esfera pública, compreendem-se a ordem bancária


ao favorecido e a emissão eletrônica do Documento de Arrecadação de
Receitas Federais (DARF), que é o veículo para a retenção (bem como para a
arrecadação definitiva).

Já as pessoas jurídicas do setor privado, não integrantes do SIAFI, realizam o


recolhimento de suas retenções por meio de um documento físico de
arrecadação, também chamado DARF – no caso, trata-se de um tipo de
boleto bancário cujo pagamento leva ao depósito dos recursos na conta do
Tesouro Nacional.

Como isso cai na prova?

55. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Os órgãos e entidades da administração


federal que recebem recursos do Tesouro Nacional e integram o SIAFI
devem reter na fonte o IRPJ, a CSLL, a COFINS e o PIS/PASEP sobre os
pagamentos a pessoas jurídicas fornecedoras de bens e prestadoras de
serviços.

A questão 55 está CERTA, em consonância com a determinação do art. 2º da


IN SRF 1.234/2012.

Retenção da contribuição previdenciária

Já tratamos do imposto de renda e das contribuições CSLL, COFINS e PIS.


Vamos agora destacar o seguinte trecho da Lei 8.212/91, que trata da
contribuição para a Previdência Social:

Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão


de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze
por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e
recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida

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até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota fiscal


ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente
bancário naquele dia, observado o disposto no § 5º do art. 33 desta Lei.

Essa determinação é repetida, com alguns detalhes, pela Instrução Normativa


SRF nº 971/2009:

Art. 112. A empresa contratante de serviços prestados mediante cessão de mão-


de-obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, a partir da
competência fevereiro de 1999, deverá reter 11% (onze por cento) do valor
bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e recolher
à Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação
identificado com a denominação social e o CNPJ da empresa contratada,
observado o disposto no art. 79 e no art. 145.

Portanto, a retenção da contribuição previdenciária relativa à contratação de


serviços que envolvam cessão de mão de obra é de 11%, e essa retenção dá-
se em nome da empresa que realmente emprega os trabalhadores (esta
empresa é que deve recolher junto à Previdência as contribuições relativas a
seus empregados).

Como isso cai na prova?

56. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) A empresa contratante de serviços


executados mediante cessão ou empreitada de mão de obra, inclusive em
regime de trabalho temporário, deverá reter determinado valor e recolher
a importância retida. Assinale a assertiva correta com relação a qual o
valor a ser retido e em nome de quem será recolhido.

a) Onze por cento do valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de


serviço; em nome da empresa cedente da mão de obra.

b) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou
fatura de prestação de serviço; em nome do INSS.

c) Onze por cento do valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de


serviço; em nome da empresa contratada.

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d) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou
fatura de prestação de serviço; em nome da empresa contratante.

e) Onze por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de


serviço; em nome da empresa cedente da mão de obra.

Conforme a Lei 8.212/91, a retenção relativa à contribuição previdenciária dá-


se sob a alíquota de 11% sobre o valor bruto da nota fiscal ou fatura, em
nome da empresa cedente da mão de obra. Gabarito: E.

Exceções à regra de retenção

Vamos tratar das situações excepcionais nas quais não se concretiza a


retenção tributária.

Antes de tudo, considere que a não realização da retenção tributária não é um


“perdão” ao devedor do tributo. Vamos deixar bem claro que a retenção é
uma forma de racionalizar (e antecipar) a cobrança tributária, não se
confundindo com ela.

Não sendo o caso de retenção tributária, quando for apurado o tributo


(imposto ou contribuição) e lançado o crédito tributário, o pagamento deverá
ser feito – mas, nesse momento, diretamente pelo devedor do tributo.

Pois bem, vamos destacar algumas das exceções disciplinadas pela IN SRF
1.234/2012:

Art. 4º Não serão retidos os valores correspondentes ao IR e às contribuições


de que trata esta Instrução Normativa, nos pagamentos efetuados a:

I - templos de qualquer culto;

II - partidos políticos;

III - instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, a que


se refere o art. 12 da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997;

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IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e às


associações civis, a que se refere o art. 15 da Lei nº 9.532, de 1997;

V - sindicatos, federações e confederações de empregados;

VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;

VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;

VIII - fundações de direito privado e as fundações públicas instituídas ou


mantidas pelo Poder Público;

(...)

XI - pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de


Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), de que trata o art. 12 da Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em relação às suas receitas
próprias;

XII - pessoas jurídicas exclusivamente distribuidoras de jornais e revistas;

XIII - Itaipu binacional;

(...)

XV - órgãos da administração direta, autarquias e fundações do Governo


Federal, Estadual ou Municipal, observado, no que se refere às autarquias e
fundações, os termos dos §§ 2º e 3º do art. 150 da Constituição Federal;

(...)

XXI - título de suprimentos de fundos de que tratam os arts. 45 a 47 do Decreto


nº 93.872, de 23 de dezembro de 1986.

Essas são as exceções mais importantes, e que têm maior possibilidade de


serem cobradas em questões de prova. Vale um decoreba aqui!

Cabe considerar a incidência do princípio da imunidade recíproca,


destacado no inciso XV acima, e presente na CF/88, nos seguintes dispositivos:

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Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é


vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

(...)

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

(...)

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações


instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à
renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas
decorrentes.

§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao


patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades
econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou
em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel.

Cabe ressaltar, de pronto, que o princípio da imunidade recíproca diz respeito


apenas aos impostos, como diz a literalidade da CF/88. Isso já foi pacificado
pelo STF, que não estendeu o mesmo tratamento às demais espécies
tributárias.

Desse modo, as demais espécies tributárias não são afetadas por esse
princípio, podendo, em tese, ser cobradas dos demais entes federados.

Em segundo lugar, segundo a CF/88, o princípio da imunidade recíproca é


aplicável apenas à administração direta dos entes federados e às suas
entidades da administração indireta de direito público (autarquias e
fundações).

Quanto a essas entidades, a cobrança dos impostos só não tem lugar quando
estão presentes as suas finalidades essenciais (ou decorrentes das

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essenciais), que, por consequência, serão finalidades de direito público. No


desenvolvimento de atividades econômicas assemelhadas à prática
privada, ou quando haja pagamento de preços ou tarifas por usuários, o
princípio da imunidade recíproca não se aplica.

Por outro lado, o STF já decidiu que empresas públicas prestadoras de


serviços públicos exclusivos do Estado (com personalidade jurídica de
direito privado) também podem ser beneficiadas nesse sentido
(especificamente, foram assim julgados casos da ECT e da Infraero).

Como isso cai na prova?

57. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) Nas transferências voluntárias que a União


efetuar aos estados e ao Distrito Federal, o Banco do Brasil S.A. deverá
reter, no ato do pagamento ou crédito, a COFINS, mediante a aplicação
da alíquota respectiva.

58. (CESPE/ANALISTA/TJDFT/2008) Os pagamentos efetuados pelo TJDFT aos


órgãos da administração direta do governo do DF por prestações de
serviços não estarão sujeitos à retenção na fonte do IRPJ, da CSLL, da
COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP.

59. (CESPE/ANALISTA/INCA/2010) Os templos de qualquer culto e os partidos


políticos não terão retidos os valores correspondentes ao imposto de
renda.

60. (CESPE/ANALISTA/TRE-BA/2010) Nos pagamentos efetuados aos


conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas e aos condomínios
edilícios, deve ser retido o imposto de renda à alíquota de 15% sobre o
valor da nota fiscal.

61. (CESPE/CONTADOR/SEDUC-AM/2011) As autarquias e fundações


instituídas e mantidas pelo poder público, no âmbito do governo estadual,
não estão sujeitas aos impostos e às contribuições federais incidentes
sobre os bens fornecidos por órgãos e entidades sob controle da União.

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A questão 57 está ERRADA: não deve haver retenção de tributos nos


pagamentos destinados aos entes federados (art. 4º, inc. XV, da IN SRF
1.234/2012).

A questão 58 está CERTA. Órgãos da administração direta do governo do DF


estão excluídos da regra da retenção de tributos (novamente, aplica-se o art.
4º, inc. XV, da IN SRF 1.234/2012).

A questão 59 também está CERTA: os templos religiosos e os partidos políticos


estão fora da regra da retenção tributária (art. 4º, inc. I e II, da IN SRF
1.234/2012).

A questão 60 está ERRADA. Os conselhos de fiscalização de profissões


regulamentadas e os condomínios edilícios não estão sujeitos a retenção de
tributos em pagamentos que recebam de órgãos e entidades públicas (art. 4º,
inc. VII e IX, da IN SRF 1.234/2012).

A questão 61 também está ERRADA: na verdade, é uma questão mais de


Direito Tributário, mas serve para lembrar que as contribuições federais não
estão contempladas no princípio da imunidade recíproca, que afeta apenas os
impostos.

Compensação da retenção

Tendo em vista o que vimos antes, se a retenção tributária constitui uma


antecipação do pagamento do tributo, não pode ocorrer algo até o momento
do “acerto definitivo” entre o devedor e o poder público, de modo que aquele
pagamento deva ser revisto (para mais ou para menos)?

A resposta é positiva. A legislação (Lei 9.430/96) deixa claro que a retenção é


uma “arrecadação provisória”, uma antecipação dos tributos devidos, que
pode passar por retificações ao se levantar o montante devido pelo
contribuinte. Veja:

Art. 64, § 3º O valor do imposto e das contribuições sociais retido será


considerado como antecipação do que for devido pelo contribuinte em relação
ao mesmo imposto e às mesmas contribuições.

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§ 4º O valor retido correspondente ao imposto de renda e a cada contribuição


social somente poderá ser compensado com o que for devido em relação à
mesma espécie de imposto ou contribuição.

Destaca-se que não se pode compensar os valores retidos de um tributo para


compensação em relação a outro, como determina o § 4º acima.

Vale ressaltar que a compensação também é aplicável às retenções da


contribuição previdenciária, conforme a IN SRF 971/2009:

Art. 113. O valor retido na forma do art. 112 poderá ser compensado com as
contribuições devidas à Previdência Social ou ser objeto de pedido de
restituição por qualquer estabelecimento da empresa contratada, na forma da
Instrução Normativa RFB nº 900, de 2008.

Como isso cai na prova?

62. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Os valores retidos nos pagamentos


efetuados pelos órgãos e entidades da administração federal são
tributados exclusivamente na fonte, não podendo ser compensados
mesmo em caso de prejuízo.

63. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) Os valores dos tributos retidos dos


contribuintes que prestarem serviços à administração federal são devidos,
exclusivamente, na fonte, não podendo ser compensados com os demais
valores devidos na apuração dos respectivos tributos.

64. (CESPE/ANALISTA/TJDFT/2008) O IRPJ retido na fonte sobre pagamento


efetuado por órgão ou entidade sob controle da União a empresa
contratada para a realização de uma obra será considerado como
definitivo, não podendo ser compensado com o devido sobre outras
operações.

Seguindo o mesmo raciocínio, as questões 62, 63 e 64 estão ERRADAS. Como


visto, é permitida a compensação dos valores relativos a tributos retidos em
pagamentos, no momento do “acerto” entre a entidade cujos tributos devidos
foram retidos e o Fisco.

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Retenção tributária no Simples

Empresas optantes pelo Simples (regime que unifica a arrecadação de tributos


federais, estaduais e municipais) recebem pagamentos pelo fornecimento de
bens ou serviços sem retenção, já que dispõem de um “entendimento
especial” com os Fiscos.

Assim, a sistemática de retenção, no caso dos optantes do Simples, é


substituída pela sistemática da arrecadação unificada – que, ao final,
também é uma forma de racionalizar e simplificar o processo arrecadatório.

Isso é reforçado também por uma disposição do Manual do SIAFI:

As pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES não estão sujeitas a esta retenção
e aquelas que formalizarem sua opção pelo SIMPLES até 31.3.97,
retroativamente a 1º de janeiro de 1997, poderão requerer a restituição dos
valores retidos.

Como isso cai na prova?

65. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) A retenção de tributos de fornecedores


optantes pelo simples ensejará a emissão imediata de certidão de
retenção para efeito de compensação.

A questão 65 está ERRADA: como destacado, as operações realizadas com


fornecedores optantes pelo SIMPLES constituem exceção ao regime de
retenção tributária. Assim, não há “emissão de certidão” ou outros
procedimentos relativos ao assunto.

Retenção em pagamentos com cartão

Sendo utilizado cartão de crédito ou débito no âmbito do governo federal para


pagamentos por parte de agentes do órgão/entidade (existe, inclusive, o
Cartão de Pagamento do Governo Federal), este órgão ou entidade deverá

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recolher o imposto de renda e as contribuições sobre as quais estamos


falando, realizando o pagamento do cartão pelo valor líquido.

No caso do cartão de crédito, especificamente, a fatura será desmembrada em


valor líquido e retenções.

Veja o texto da IN SRF 1.234/2012:

Art. 10. Nos pagamentos correspondentes ao fornecimento de bens ou pela


prestação de serviços efetuados por meio de Cartão de Pagamento do Governo
Federal (CPGF), pelos órgãos e pelas entidades da administração pública
federal, ou via cartões de crédito ou débito, a retenção será efetuada pelo órgão
ou pela entidade pagador sobre o total a ser pago à empresa fornecedora do
bem ou prestadora do serviço, devendo o pagamento com o cartão ser realizado
pelo valor líquido, depois de deduzidos os valores do imposto e das
contribuições retidos, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destes ao
órgão ou à entidade adquirente do bem ou tomador dos serviços.

Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às despesas efetuadas com


suprimentos de fundos de que tratam os arts. 45 a 47 do Decreto nº 93.872, de
1986, e aos adiantamentos efetuados a empregados para despesas miúdas de
pronto pagamento previsto no inciso XVI do art. 4º.

Como isso cai na prova?

66. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) Nos pagamentos correspondentes ao


fornecimento de bens efetuados por meio de cartões de crédito, a
retenção deve ser efetuada pelo órgão pagador sobre o total a ser pago à
empresa fornecedora dos bens, devendo o pagamento com o cartão ser
realizado pelo valor líquido, depois de deduzidos os valores do imposto e
das contribuições retidas.

A questão 66 reproduz parcela do teor do art. 10 da IN SRF 1.234/2012.


Questão CERTA.

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Alíquotas dos tributos retidos

Já falamos bastante sobre os tributos que integram as retenções em


pagamentos realizados por pessoas jurídicas e órgãos/entidades públicos.
Tratemos então das alíquotas que esses tributos assumem.

O imposto de renda tem incidência variável, conforme o bem ou serviço


envolvido na transação. Veja a redação da Lei 9.430/96:

Art. 64, § 5º O imposto de renda a ser retido será determinado mediante a


aplicação da alíquota de quinze por cento sobre o resultado da multiplicação
do valor a ser pago pelo percentual de que trata o art. 15 da Lei nº 9.249, de 26
de dezembro de 1995, aplicável à espécie de receita correspondente ao tipo de
bem fornecido ou de serviço prestado.

O “percentual que trata o art. 15 da Lei 9.249/95” é justamente a parte


variável do cálculo, podendo assumir os índices de 1,6%, 8%, 16% e 32%,
conforme o bem ou serviço fornecido.

Quanto às cooperativas de trabalho e associações de profissionais, está


prevista na IN 1.234 a retenção do IR à alíquota de 1,5% sobre os
pagamentos a elas efetuados:

Art. 26. Nos pagamentos efetuados às cooperativas de trabalho e às associações


de profissionais ou assemelhadas serão retidos, além das contribuições
referidas no art. 24, o IR na fonte à alíquota de 1,5% (um inteiro e cinco
décimos por cento) sobre as importâncias relativas aos serviços pessoais
prestados por seus cooperados ou associados, cujo prazo para o recolhimento
será até o último dia do primeiro decêndio do mês subsequente ao mês da
ocorrência do fato gerador (...).

Sobre as contribuições, temos valores fixos de alíquotas, quais sejam: 1%


para a CSLL, 0,65% para o PIS e 3% para a Cofins. Seguem as disposições
aplicáveis, constantes da IN SRF 1.234/2012:

Art. 3º, § 3º O valor da CSLL, a ser retido, será determinado mediante a


aplicação da alíquota de 1% (um por cento) sobre o montante a ser pago.

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§ 4º Os valores da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep a serem retidos


serão determinados, aplicando-se as alíquotas de 3% (três por cento) e 0,65%
(sessenta e cinco centésimos por cento), exceto nas situações especificadas no
art. 5º; no § 2º do art. 19; no parágrafo único do art. 20; nos §§ 1º e 2º do art.
21 e nos §§ 1º e 2º do art. 22.

As exceções referidas ao final do § 4º acima, bastante numerosas (não vale a


pena decorar), tratam de situações em que não se procede à retenção de PIS e
Cofins, mas apenas do IR e da CSLL.

Como isso cai na prova?

67. (CESPE/PROCURADOR/PGE-AP/2006) Considere a seguinte situação


hipotética. O Banco Centenário S.A. contratou a empresa Limpeza Total
Ltda. para que lhe prestasse serviços de limpeza e conservação. Nessa
situação, os pagamentos realizados pelo tomador em relação aos serviços
prestados pela contratada estão sujeitos à retenção na fonte do
equivalente a 0,65% a título de contribuição para o PIS/PASEP, além de
outros percentuais destinados à CSLL e à COFINS.

A questão 67 está CERTA: foi corretamente atribuído o percentual referente à


retenção da contribuição para o PIS/PASEP no pagamento pela prestação de
serviços.

Regime de não cumulatividade PIS/Cofins

Nesse tema, é comum tratar-se do “regime de não cumulatividade” do PIS e


da COFINS. Mas como se dá isso?

Ocorre que tanto a COFINS quanto o PIS/PASEP incidem sobre o faturamento


mensal das pessoas jurídicas. Veja os seguintes dispositivos:

Lei 10.637/2002, Art. 1º A contribuição para o PIS/Pasep tem como fato


gerador o faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas

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pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação


contábil.

Lei 10.833/2003, Art. 1º A Contribuição para o Financiamento da Seguridade


Social - COFINS, com a incidência não-cumulativa, tem como fato gerador o
faturamento mensal, assim entendido o total das receitas auferidas pela pessoa
jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.

De forma bastante simplificada, já que este não é nosso foco, vamos


diferenciar os regimes de cumulatividade e de não cumulatividade da COFINS e
do PIS/PASEP.

Para algumas atividades, bem como para pessoas jurídicas com tributação do
imposto de renda segundo o “lucro presumido”, a incidência dessas
contribuições na cadeia de consumo é definitiva, sem qualquer desconto,
de modo que o custo tributário integra o custo total dos bens e serviços a cada
etapa de produção/prestação. Este é o regime cumulativo.

Outras atividades, bem como pessoas jurídicas com tributação do imposto de


renda com base no “lucro real”, foram selecionadas pela legislação para o
regime de não cumulatividade, em que se permite o resgate de valores
correspondentes às contribuições, por meio da compensação de créditos (o
valor que se pagou anteriormente pelo tributo vira crédito para se abater
posteriormente).

No regime de não cumulatividade, as alíquotas das contribuições são maiores:


a da COFINS é de 7,6%, e a do PIS/PASEP, de 1,65%. Entretanto, para fins
de retenção, não há mudança, conforme dispõe a IN SRF 1.234/2012:

Art. 3º, § 4º Os valores da Cofins e da Contribuição para o PIS/Pasep a serem


retidos serão determinados, aplicando-se, sobre o montante a ser pago,
respectivamente as alíquotas de 3% (três por cento) e 0,65% (sessenta e cinco
centésimos por cento), exceto nas situações especificadas no art. 5º; no § 2º do
art. 19; no parágrafo único do art. 20; nos §§ 1º e 2º do art. 21 e nos §§ 1º e 2º
do art. 22.

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§ 5º As alíquotas de que trata o § 4º aplicam-se, inclusive, nas hipóteses em que


as receitas decorrentes do fornecimento de bens ou da prestação do serviço
estejam sujeitas ao regime de apuração da não cumulatividade da Cofins e da
Contribuição para o PIS/Pasep ou à tributação a alíquotas diferenciadas.

Acrescenta-se que não importa o regime aplicável à COFINS e ao PIS/PASEP;


a retenção dessas contribuições deverá ser feita (embora sempre com
base nas alíquotas vigentes para o regime de cumulatividade).

Como isso cai na prova?

68. (CESPE/ANALISTA/TJDFT/2008) O órgão da administração federal direta


que contratar o fornecimento de bens de uma pessoa jurídica sujeita à
COFINS e à contribuição para o PIS/PASEP deverá reter, respectivamente,
3% e 0,65% sobre o montante a ser pago, não computados os valores
sujeitos ao regime de não cumulatividade da COFINS e da contribuição
para o PIS/PASEP.

69. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) A retenção na fonte sobre a COFINS e o


PIS/PASEP não é devida quando o beneficiário dos pagamentos estiver
sujeito ao regime da não cumulatividade.

70. (CESPE/TÉCNICO/BASA/2009) A COFINS não-cumulativa é o tributo em


que os contribuintes não podem descontar nenhum tipo de crédito
anterior.

A questão 68 está ERRADA: a retenção de COFINS e de PIS/PASEP dá-se sobre


o total dos valores pagos, com base nas alíquotas de 3% e 0,65%. Não há,
portanto, “valores não computados” nessas operações.

A questão 69 está ERRADA: Como visto acima, não importa o regime aplicável
à COFINS e ao PIS/PASEP; a retenção dessas contribuições deverá ser feita
(embora sempre com base nas alíquotas vigentes para o regime de
cumulatividade).

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A questão 70 também está ERRADA: é no regime não cumulativo que se


permite o desconto de créditos tributários obtidos em aquisições/contratações
anteriores.

Piso mínimo para retenções

A legislação procurou evitar a realização de retenções em valor muito


reduzido, o que levaria à multiplicação de documentos e depósitos. Seguem
as disposições pertinentes sobre o imposto de renda, constantes da Lei
9.430/96:

Art. 67. Fica dispensada a retenção de imposto de renda, de valor igual ou


inferior a R$ 10,00 (dez reais), incidente na fonte sobre rendimentos que
devam integrar a base de cálculo do imposto devido na declaração de ajuste
anual.

A Lei 10.833/2003 determinou a dispensa da retenção das contribuições


sociais para pagamentos de valor igual ou inferior a R$ 5.000,00. Entretanto,
havendo mais de um pagamento à mesma pessoa jurídica, dentro do
mesmo mês, deverá ser efetuada a soma de todos os valores pagos no
mês para efeito de cálculo do limite de retenção.

Existe uma exceção quanto à questão dos valores mínimos, determinada


pela IN SRF 1.234/2012:

Art. 3º, § 6º Fica dispensada a retenção de valor inferior a R$ 10,00 (dez reais),
exceto na hipótese de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf)
eletrônico efetuado por meio do Siafi.

Assim, nos pagamentos realizados pelos órgãos e entidades integrantes do


SIAFI, a retenção é feita, por menor que seja o valor.

No caso da contribuição previdenciária, a IN SRF 971/2009 trouxe dispositivos


semelhantes:

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Art. 120. A contratante fica dispensada de efetuar a retenção, e a contratada,


de registrar o destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo,
quando:

I - o valor correspondente a 11% (onze por cento) dos serviços contidos em


cada nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços for inferior ao limite
mínimo estabelecido pela RFB para recolhimento em documento de
arrecadação;

(...)

Art. 131. Quando, por um mesmo estabelecimento da contratada, forem


emitidas mais de uma nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços
para um mesmo estabelecimento da contratante, na mesma competência, sobre
as quais houve retenção, a contratante deverá efetuar o recolhimento dos
valores retidos, em nome da contratada, num único documento de
arrecadação.

Comprovação da retenção

Vamos mais uma vez à IN SRF 1.234/2012:

Art. 37. O órgão ou a entidade que efetuar a retenção deverá fornecer, à pessoa
jurídica beneficiária do pagamento, comprovante anual de retenção, até o
último dia útil de fevereiro do ano subsequente, podendo ser disponibilizado
em meio eletrônico, conforme modelo constante do Anexo V a esta Instrução
Normativa, informando, relativamente a cada mês em que houver sido
efetuado o pagamento, os códigos de retenção, os valores pagos e os valores
retidos.

§ 1º Como forma alternativa de comprovação da retenção, poderá o órgão ou a


entidade fornecer, ao beneficiário do pagamento, cópia do Darf, desde que este
contenha a base de cálculo correspondente ao fornecimento dos bens ou da
prestação dos serviços.

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Nesses termos, a cada ano, os órgãos e entidades devem fornecer, às pessoas


jurídicas com quem efetuaram contratações/aquisições, comprovação das
retenções efetuadas no exercício anterior, em meio eletrônico ou
mediante cópias dos DARFs emitidos. Essa entrega de comprovantes deve
ocorrer até o final de fevereiro (último dia útil).

Como isso cai na prova?

71. (CESPE/ANALISTA/TRE-BA/2010) Se, em 2009, certa autarquia federal


levou a efeito várias retenções de impostos e contribuições, ao efetuar
pagamentos a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços de
engenharia, então essa autarquia deverá fornecer, à pessoa jurídica
beneficiária dos pagamentos, comprovante anual de retenção, até o
último dia útil de fevereiro do ano corrente.

Como previsto no art. 37, caput, da IN SRF 1.234/2012, o comprovante anual


de retenção deve ser fornecido aos beneficiários dos pagamentos até o último
dia útil de fevereiro. Questão CERTA.

Retenção do ISSQN

Embora seja mais comum as provas tratarem da retenção de tributos federais,


vamos falar brevemente sobre o imposto sobre serviços de qualquer
natureza (ISSQN), que é de competência municipal, mas que também pode
participar da sistemática de retenções nos pagamentos feitos pelos órgãos e
entidades federais. Afinal, o seguro morreu de velho!

Como já estudamos, nas transações que envolvem serviços, deve haver o


pagamento pelo tomador do serviço, no valor bruto, que deve ser
desmembrado entre o valor líquido pertencente ao prestador, e o valor
correspondente aos tributos. Um dos tributos a serem recolhidos, no caso de
prestação de serviços, é o ISSQN.

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A Lei Complementar 116/2003, que regulou a instituição do ISSQN pelos


municípios e pelo DF (que também tem competência tributária municipal),
trouxe os seguintes trechos de interesse para nosso estudo:

Art. 6º Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão atribuir de


modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa,
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do
cumprimento total ou parcial da referida obrigação, inclusive no que se refere
à multa e aos acréscimos legais.

§ 1º Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao


recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais,
independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.

Como participantes da relação tributária própria do ISSQN, temos o prestador


do serviço (que é o devedor do imposto) e o município.

No art. 6º da Lei Complementar 116/2003, a tal “terceira pessoa”, responsável


pela retenção do ISSQN, pode ser um órgão ou entidade federal, que
venha a contratar serviços junto a um prestador.

Vejamos a seguinte notícia, retirada do site da Confederação Nacional de


Municípios:

Desde o mês de dezembro de 2004, a Secretaria do Tesouro Nacional


(STN) mantém convênio com o Banco do Brasil para efetuar aos
municípios o repasse do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza
(ISSQN) retido pelos órgãos públicos federais e demais entidades
integrantes da conta única do Tesouro Nacional, usuários do Sistema de
Administração Financeira (Siafi).

Esse convênio determina que, diariamente, os órgãos federais e demais


integrantes da conta única do Tesouro Nacional, que se enquadrem
legalmente como substitutos tributários, ao efetuarem os pagamentos
aos prestadores de serviços, deverão fazê-lo pelo valor líquido do ISS

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devido às respectivas prefeituras, sendo o valor do ISS recolhido em


documento de arrecadação de receitas municipais e estaduais (DAR), por
meio do Siafi, para posterior repasse decendial às prefeituras.

As prefeituras interessadas em aderir a essa sistemática deverão


procurar a sua agência de relacionamento do Banco do Brasil (BB) e
assinar termo de adesão ao convênio, reconhecendo a STN como
integrante da rede arrecadadora de tributos municipais. Após a
formalização da proposta do convênio, o BB abrirá conta corrente
específica em nome da prefeitura para recebimento do ISS retido e
enviará os dados à STN, que promoverá o cadastramento do município
na sistemática de retenção do ISS. A STN, de sua parte, informará ao BB
o início da vigência das retenções, que, por sua vez, informará à
prefeitura.

Como isso cai na prova?

72. (CESPE/ASSESSOR/TCE-RN/2009) A competência de legislar sobre o


ISSQN é dos municípios, que podem, mediante lei, atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa.

73. (CESPE/ASSESSOR/TCE-RN/2009) Para o recolhimento das retenções do


ISSQN previstas na legislação, nos casos de municípios que aderiram ao
convênio com a Secretaria do Tesouro Nacional, é utilizado o documento
de arrecadação de receitas estaduais e municipais (DAR), e a respectiva
receita é controlada por cada município.

A questão 72 está CERTA. Conforme visto acima, o art. 6º da Lei


Complementar autoriza que terceira pessoa faça a retenção do ISSQN em
pagamentos efetuados a prestadores de serviços.

A questão 73 também está CERTA: consoante a informação da STN, o


documento utilizado para retenção do ISSQN é o DAR.

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NOÇÕES DE CPR

Informações gerais

Como vimos anteriormente, o SIAFI é um grande aglomerado de


funcionalidades, estruturado em subsistemas e módulos.

Conforme o Manual SIAFI, o CPR (Contas a Pagar e a Receber) é um dos


subsistemas do SIAFI, “desenvolvido de forma a otimizar o processo de
programação financeira dos órgãos/entidades ligadas ao sistema,
proporcionando informações em nível analítico e gerencial do fluxo de caixa”.

Ele permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e


outros documentos hábeis, cuja contabilização é efetuada por eventos. Tais
documentos geram compromissos de pagamento e de recebimento, que
irão compor o fluxo de caixa montado pelo sistema. Documentos do SIAFI,
como notas de empenho e notas de programação financeira, também geram
compromissos de pagamento no CPR.

No CPR, é possível automatizar a emissão de pagamentos e


recolhimentos/retenções de tributos, a partir do cadastramento dos
compromissos no fluxo de caixa da unidade.

Conceitos básicos

É importante conhecer os principais conceitos básicos relacionados ao CPR:

• documento de origem - é o recibo, nota fiscal ou qualquer outro


documento (papel), emitido pela unidade ou pelo fornecedor, que será
cadastrado no sistema.

• documento hábil - é o documento cadastrado no sistema que gera


compromissos de pagamento ou de recebimento, podendo ser de
previsão (nota de empenho, contrato, proposta de programação financeira
etc.) ou de realização (nota fiscal, recibo, folha de pagamento,
programação financeira aprovada etc.)

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• documento de referência - é um documento hábil cujos dados


servirão de base para um outro documento hábil, que, ao ser
cadastrado, baixará os compromissos do primeiro no valor
correspondente. Por exemplo, a nota de empenho é um documento de
referência para a Nota Fiscal de Pagamento.

• situação - é o indicador que determina o que será contabilizado quando


da liquidação e realização ou cancelamento do documento hábil, bem
como seu relacionamento com o documento de referência(exigência, tipo,
equivalência de valor etc.); é a situação que indica os eventos a serem
aplicados.

• compromissos - são os valores a pagar ou a receber gerados a partir do


cadastramento de um documento hábil, podendo ser também de previsão
(anterior à liquidação) ou de realização (já liquidado).

Vantagens do CPR

Esse item foi cobrado como tema da prova discursiva no concurso para
técnico do TCU de 2007, pegando muita gente de surpresa.

Segundo informa o Manual SIAFI, são vantagens do CPR:

• Permite o cadastramento e posterior controle de todos os documentos


provenientes das operações relacionadas a pagamentos e a recebimentos
da entidade;

• Possibilita a descentralização de responsabilidades no processo de


pagamentos e recebimentos e a redução do volume de tramitação de
papéis;

• Registra, contabilmente, em tempo hábil, os compromissos assumidos e


os créditos a receber;

• Proporciona o conhecimento de todo o trâmite do documento dentro


dos diversos setores das Unidades, facilitando sua localização.

• Permite a otimização do processo de programação financeira, que pode


ser feita com base no fluxo previsto de compromissos;

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• Possibilita o comando automático de pagamentos presentes e futuros;

• Subsidia a análise, tanto das previsões de pagamentos e recebimentos,


como da execução financeira, por meio de consultas ao fluxo de caixa e
aos demonstrativos dos compromissos, individualmente ou consolidados;

• Possibilita o rastreamento do relacionamento entre os documentos.

No tocante à referida descentralização de responsabilidades, o CPR permite,


por exemplo, que documentos sejam incluídos por uma unidade gestora,
contabilizados em outra e pagos por uma terceira. Além disso, a retenção de
impostos e contribuições pode ser procedida por uma unidade gestora
diferente das três primeiras.

Para isso, o sistema se utiliza de eventos que efetuam a transferência da


obrigação para as unidades gestoras, permitindo a atuação “fragmentada”.

Acesso e utilização do CPR

Assim como se dá com o SIAFI, o CPR pode ser utilizado nas modalidades
total e parcial. Na modalidade parcial, documentos como a ordem bancária, o
documento de arrecadação, o Darf e a Guia da Previdência podem ser gerados
fora do CPR, posteriormente ingressando como documentos nesse subsistema.

Entretanto, a depender da configuração da utilização do CPR pelo órgão


superior, apresentam-se diferentes opções para as unidades subordinadas:

• Se o órgão superior optar pela utilização da modalidade total do CPR,


as unidades gestoras estarão habilitadas para essa modalidade, e só
poderão pagar seus compromissos por meio desse subsistema;

• Se o órgão superior optar pela modalidade parcial, as unidades


subordinadas poderão utilizar o CPR na modalidade total ou na parcial;

• Se o órgão habilitar o uso opcional do CPR, as unidades poderão optar


pelas modalidades parcial e total, ou mesmo não utilizá-lo.

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Módulos do CPR

A entrada de dados, no módulo ENTRADADOS, dá-se mediante a transação


ATUCPR, ou pela inclusão automática de documento hábil, como a nota de
empenho ou a nota de programação financeira.

O módulo CONSULTA possui duas transações:

• CONCPR: deve ser acionada quando se desejar uma consulta a um


documento hábil específico ou a relação de documentos hábeis de uma
determinada UG/gestão ou órgão, podendo-se, ainda, restringir a consulta
por alguns parâmetros: tipo de documento hábil, credor/devedor,
emitente do documento de origem e/ou situação do documento;

• CONMOVDOC: mostra o relacionamento entre os documentos, ou


seja, quais os documentos de referência de um documento hábil ou se
este está referenciado em outro documento hábil; quais documentos
SIAFI pagaram determinado documento hábil; ou quais documentos
hábeis foram pagos por um determinado documento.

O módulo FLUXOCAIXA contempla apenas uma transação, a CONFLUXO, que


permite consultar três tipos de demonstrativos: Demonstrativo dos
Compromissos, Fluxo Financeiro e Consolidado dos Compromissos.

A partir do Demonstrativo dos Compromissos, é possível realizar o


pagamento, a baixa ou cancelamento destes, bem como verificar a relação de
compromissos do órgão e da unidade gestora imediata.

O Fluxo Financeiro apresenta os totais de pagamento e recebimento, a


disponibilidade atual, o movimento líquido e a disponibilidade prevista,
conforme chave informada.

Por fim, o Consolidado dos Compromissos permite consultar o total de


compromissos pendentes vencidos, a vencer ou vincendos na data de
pagamento; e compromissos realizados com atraso, antecipados ou no
vencimento.

Como isso cai na prova?

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74. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2009) O subsistema CPR do SIAFI permite


cadastrar documentos referentes aos valores a receber e a pagar, visando
à elaboração do fluxo de caixa e, por conseguinte, da programação
financeira.

Essa é a única questão cobrada sobre o CPR (além da discursiva) que encontrei
em pesquisa a provas de todas as organizadoras de concursos dos últimos seis
anos, rsrs. O nível de cobrança aqui foi muito tranquilo, então espero que,
caso o CESPE insista nesse assunto, não seja nada que ultrapasse os
comentários aqui selecionados. Questão CERTA.

Muito bem, caro aluno, terminamos aqui nosso curso.

Espero que nossas aulas sejam proveitosas o mais possível para sua
preparação, e que auxiliem bastante na hora da prova.

Bons estudos, e boa sorte! Espero você no TCU!

GRACIANO ROCHA

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2009/ADAPTADA) A Lei 4.320/64 determinou que o


planejamento contábil deve permitir a apuração dos custos dos serviços
industriais, o que foi definitivamente implementado a partir da adoção do
Plano de Contas Único no âmbito da administração federal.

2. (CESPE/ANALISTA/INMETRO/2010) A escrituração sintética das operações


financeiras e patrimoniais efetua-se pelo método das partidas dobradas,
mas, atualmente, pode-se empregar outro método que seja mais
adequado à contabilidade pública, permitindo-se, em alguns casos, o
registro do débito sem o crédito correspondente.

3. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) A contabilidade pública deve evidenciar os


fatos ligados à administração orçamentária, financeira e patrimonial de
todos os entes de direito público.

4. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) A contabilidade evidenciará perante a


Secretaria de Administração Federal a situação de todos que, de qualquer
modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem
bens a ela pertencentes ou confiados.

5. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) O registro de receitas e despesas


orçamentárias pode gerar lançamentos simultâneos no sistema financeiro,
no orçamentário e no patrimonial.

6. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) A contabilidade deverá evidenciar


em seus registros o montante dos créditos orçamentários vigentes, a
despesa empenhada e a despesa realizada, à conta dos mesmos créditos,
e as dotações disponíveis.

7. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) As cauções, as garantias


recebidas em dinheiro de terceiros para a execução de contratos de obras
e fornecimento de serviços e as diversas arrecadações por conta de
terceiros devem integrar o cômputo da dívida flutuante.

8. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) As operações de que resultem débitos


e créditos de natureza financeira que não estiverem compreendidas na

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execução orçamentária não serão objeto de registro, individualização e


controle contábil.

9. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) O registro contábil da dívida flutuante


e da dívida fundada será feito de acordo com as especificações constantes
da lei de orçamento e dos créditos adicionais.

10. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Todas as operações de que resultem


débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução
orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle
contábil.

11. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) O levantamento geral dos bens


móveis e imóveis terá por base o inventário sintético do órgão e os
elementos da escrituração analítica na contabilidade.

12. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) As superveniências e as


insubsistências, ativas e passivas, compõem os valores independentes da
execução orçamentária, e provocam alterações na situação patrimonial
líquida da entidade.

13. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Para fins orçamentários e determinação


dos devedores, ter-se-á o registro contábil das receitas patrimoniais,
fiscalizando-se a sua efetivação.

14. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Somente os serviços públicos industriais


organizados como empresa pública ou autárquica poderão manter
contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e
resultados.

15. (CESPE/AUDITOR/TCU/2011) As alterações da situação líquida


patrimonial, que abrangem os resultados da execução orçamentária, bem
como as variações independentes dessa execução e as superveniências
ativas e passivas, constituirão elementos da conta patrimonial. Os
resultados gerais do exercício deverão ser demonstrados no balanço
orçamentário, no balanço financeiro, no balanço patrimonial e na
demonstração das variações patrimoniais.

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16. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) De acordo com o que dispõe a Lei n.o


4.320/1964, os resultados do exercício devem ser demonstrados nos
balanços orçamentário, financeiro e patrimonial e na demonstração de
resultado do exercício.

17. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010/ADAPTADA) No balanço orçamentário, as


receitas devem ser discriminadas por tipo de crédito e divididas em duas
categorias: orçamentárias e extraorçamentárias.

18. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) No balanço orçamentário, tanto a


receita executada como a despesa executada referem-se a valores que já
cumpriram o fato gerador, independentemente da arrecadação ou do
recebimento.

19. (CESPE/CONTADOR/MIN. SAÚDE/2009) A demonstração de um excesso


de despesas no balanço orçamentário constitui uma situação impossível,
nos termos da legislação vigente.

20. (CESPE/CONTADOR/AL-ES/2011) No balanço orçamentário, as despesas


fixadas pela lei orçamentária ou por créditos adicionais devem estar em
colunas distintas.

21. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) No balanço orçamentário, a despesa deve


ser demonstrada, primeiramente, por tipo de crédito e, em seguida, por
categoria econômica.

22. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2009) No balanço orçamentário, através da


comparação do relacionamento entre receitas e despesas correntes e
receitas e despesas de capital, pode-se identificar a tendência para
capitalização ou descapitalização.

23. (CESPE/CONTADOR/MIN. SAÚDE/2009) No balanço financeiro, o eventual


saldo positivo a ser transferido para o exercício seguinte deve ser
demonstrado na coluna de despesas.

24. (CESPE/AUDITOR/FUB/2009) No balanço financeiro, o resultado financeiro


corresponderá ao saldo de numerário que passa para o exercício seguinte.

25. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) A inscrição de restos a pagar não


processados deve constar do balanço financeiro na coluna de ingressos.

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26. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Por representar um fluxo de caixa,


todas as receitas e as despesas orçamentárias evidenciadas no balanço
financeiro têm suas contrapartidas refletidas nas contas caixa ou bancos.

27. (CESPE/CONTADOR/FUB/2009) A despesa computada orçamentariamente


pelo regime de competência, não paga no exercício e inscrita em restos a
pagar constitui ingresso extraorçamentário no balanço financeiro.

28. (CESPE/ANALISTA/MIN. INTEGRAÇÃO/2009) No balanço financeiro, tanto


as receitas como as despesas devem ser discriminadas por categorias
econômicas.

29. (CESPE/CONTADOR/FUB/2011) No balanço patrimonial, apresenta-se o


saldo patrimonial sempre no lado do passivo.

30. (CESPE/CONTADOR/SESA-ES/2011) Para que a situação líquida


patrimonial não seja afetada, o ativo compensado e o passivo
compensado devem ser iguais.

31. (CESPE/CONTADOR/CORREIOS/2011) No balanço patrimonial, é


representado o saldo patrimonial, que acumula o resultado patrimonial do
exercício considerado e dos exercícios anteriores, todos eles calculados
nessa mesma demonstração contábil.

32. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2009) O ativo real do balanço patrimonial


corresponderá à soma do ativo financeiro, permanente e compensado.

33. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Considere as seguintes definições, a


respeito dos grupos integrantes do balanço patrimonial.

I Dívidas fundadas e outros pagamentos que independam de autorização


orçamentária.

II Bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de


autorização legislativa.

III Bens e valores que, apesar de não integrarem o patrimônio público,


possam vir a afetá-lo no futuro.

IV Dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa


para amortização ou resgate.

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Essas definições correspondem, respectivamente, às denominações

A passivo permanente, ativo financeiro, ativo compensado e passivo


financeiro.

B passivo financeiro, ativo financeiro, ativo compensado e passivo


permanente.

C passivo permanente, ativo permanente, ativo financeiro e passivo


financeiro.

D passivo permanente, ativo permanente, ativo compensado e passivo


financeiro.

E passivo financeiro, ativo permanente, ativo compensado e passivo


permanente.

34. (CESPE/ANALISTA/MPE-PI/2012) Em respeito ao princípio da


transparência, a contabilidade pública deve evidenciar, na demonstração
das variações patrimoniais, as alterações verificadas no patrimônio,
resultantes ou independentes da execução orçamentária, e indicar o
resultado patrimonial do exercício.

35. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) A DVP é composta por dois grupos:


variações ativas e variações passivas, subdivididas em valores resultantes
da execução orçamentária e valores independentes da execução
orçamentária.

36. (CESPE/ANALISTA/MPE-PI/2012) O resultado patrimonial de um


determinado período deve ser apurado por meio do confronto entre as
variações qualitativas aumentativas e as diminutivas.

37. (CESPE/CONTADOR/AL-ES/2011) O cancelamento ou perdão de dívidas


passivas deve constar da demonstração das variações patrimoniais como
superveniência passiva.

38. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) O saldo patrimonial apurado na DVP deve


ser transferido para o balanço patrimonial, passando a constituir o
resultado patrimonial do exercício, que pode ser o ativo real líquido ou o
passivo real a descoberto.

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39. (CESPE/ANALISTA/ANATEL/2009) O resultado patrimonial do exercício


corresponde à diferença entre o total das variações ativas —
orçamentárias e extraorçamentárias — e o total das variações passivas —
orçamentárias e extraorçamentárias. Se houver superavit, este deverá ser
acrescido ao saldo patrimonial, do lado do passivo, no balanço
patrimonial.

40. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) Os bens de almoxarifado serão


avaliados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de
construção.

41. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) As variações resultantes da conversão dos


débitos, créditos e valores em espécie serão levadas às contas de
resultado.

42. (CESPE/ANALISTA/IEMA-ES/2007) As obrigações em moeda estrangeira,


em obediência à legislação e à doutrina, serão ajustadas somente quando
houver valorização cambial, em consonância com o princípio da prudência.

43. (CESPE/CONTADOR/IPAJM-ES/2006) Bens móveis e imóveis registrados


pelo custo de aquisição são passíveis de reavaliação.

44. (CESPE/AUDITOR/TCDF/2012) As reavaliações de bens móveis e imóveis


devem ser feitas utilizando-se o valor justo ou o valor de mercado dos
referidos bens na data de encerramento do balanço patrimonial.

45. (CESPE/ANALISTA/ABIN/2004) Os bens móveis e imóveis devem ser


avaliados pelo valor de aquisição ou pelo custo de produção ou de
construção.

46. (CESPE/ANALISTA/ABIN/2004) Deverão ser feitas reavaliações anuais dos


bens móveis e imóveis, com base em índice oficial.

47. (CESPE/CONTADOR/DOCAS-PA/2006) Na avaliação dos bens de


almoxarifado, a legislação complementar de finanças públicas determina
que se adote o preço médio ponderado das compras, o que significa que o
custo das unidades em estoque vai modificando-se à medida que novas
unidades sejam adquiridas a preços diferentes do custo médio do estoque.

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48. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2009) Além do documento de arrecadação de


receitas federais (DARF) e da guia da previdência social (GPS), os
ingressos de valores na conta única da União são efetuados por meio da
GRU, utilizada, por exemplo, para pagamento de inscrições em concursos
públicos.

49. (CESPE/ANALISTA/TRE-BA/2010) A guia de recolhimento da união (GRU)


eletrônica permite registrar a arrecadação de receitas federais efetivadas
pelos órgãos e pelas entidades, por meio de transferências de recursos
intra-SIAFI entre a unidade gestora recolhedora e a conta única do
tesouro nacional.

50. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2007) As informações para o preenchimento e o


pagamento da GRU cabem ao órgão responsável pela arrecadação de cada
receita.

51. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2007) Deverão ser recolhidas mediante GRU as


receitas do Instituto Nacional do Seguro Social e as receitas administradas
pela Secretaria da Receita Federal e pela Procuradoria Geral da Fazenda
Nacional.

52. (CESPE/ANALISTA/INCA/2010) A retenção do imposto de renda e do


imposto sobre serviços de qualquer natureza está amparada em lei
complementar. O imposto de renda na fonte está fundamentado no
Código Tributário Nacional, que atribui à fonte pagadora da renda ou dos
proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto, cuja
retenção e recolhimento lhe cabem.

53. (CESPE/PERITO/DPF/2004) Os órgãos da administração pública federal


direta, bem como as autarquias e as fundações federais, têm a obrigação
legal de reter, na fonte, a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL),
além de outros tributos, sobre os pagamentos que efetuarem a pessoas
jurídicas, pelo fornecimento de bens ou prestação de serviços em geral,
inclusive obras, observados os procedimentos previstos nas instruções
normativas da Secretaria da Receita Federal.

54. (CESPE/CONTADOR/UNIPAMPA/2009) Os pagamentos efetuados a


pessoas jurídicas por órgão ou entidade da administração pública federal,

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referentes ao fornecimento de bens ou prestação de serviços, estão


sujeitos à incidência, na fonte, do imposto sobre a renda, da contribuição
social sobre o lucro líquido, da COFINS e da contribuição para o
PIS/PASEP. As retenções serão efetuadas sobre qualquer forma de
pagamento, inclusive os pagamentos antecipados por conta de
fornecimento de bens ou de prestação de serviços, para entrega futura.

55. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Os órgãos e entidades da administração


federal que recebem recursos do Tesouro Nacional e integram o SIAFI
devem reter na fonte o IRPJ, a CSLL, a COFINS e o PIS/PASEP sobre os
pagamentos a pessoas jurídicas fornecedoras de bens e prestadoras de
serviços.

56. (ESAF/ANALISTA/RFB/2009) A empresa contratante de serviços


executados mediante cessão ou empreitada de mão de obra, inclusive em
regime de trabalho temporário, deverá reter determinado valor e recolher
a importância retida. Assinale a assertiva correta com relação a qual o
valor a ser retido e em nome de quem será recolhido.

a) Onze por cento do valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de


serviço; em nome da empresa cedente da mão de obra.

b) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou
fatura de prestação de serviço; em nome do INSS.

c) Onze por cento do valor líquido da nota fiscal ou fatura de prestação de


serviço; em nome da empresa contratada.

d) Onze por cento do valor bruto dos salários pagos aos autônomos ou
fatura de prestação de serviço; em nome da empresa contratante.

e) Onze por cento do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de


serviço; em nome da empresa cedente da mão de obra.

57. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) Nas transferências voluntárias que a União


efetuar aos estados e ao Distrito Federal, o Banco do Brasil S.A. deverá
reter, no ato do pagamento ou crédito, a COFINS, mediante a aplicação
da alíquota respectiva.

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58. (CESPE/ANALISTA/TJDFT/2008) Os pagamentos efetuados pelo TJDFT aos


órgãos da administração direta do governo do DF por prestações de
serviços não estarão sujeitos à retenção na fonte do IRPJ, da CSLL, da
COFINS e da contribuição para o PIS/PASEP.

59. (CESPE/ANALISTA/INCA/2010) Os templos de qualquer culto e os partidos


políticos não terão retidos os valores correspondentes ao imposto de
renda.

60. (CESPE/ANALISTA/TRE-BA/2010) Nos pagamentos efetuados aos


conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas e aos condomínios
edilícios, deve ser retido o imposto de renda à alíquota de 15% sobre o
valor da nota fiscal.

61. (CESPE/CONTADOR/SEDUC-AM/2011) As autarquias e fundações


instituídas e mantidas pelo poder público, no âmbito do governo estadual,
não estão sujeitas aos impostos e às contribuições federais incidentes
sobre os bens fornecidos por órgãos e entidades sob controle da União.

62. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Os valores retidos nos pagamentos


efetuados pelos órgãos e entidades da administração federal são
tributados exclusivamente na fonte, não podendo ser compensados
mesmo em caso de prejuízo.

63. (CESPE/OFICIAL/ABIN/2010) Os valores dos tributos retidos dos


contribuintes que prestarem serviços à administração federal são devidos,
exclusivamente, na fonte, não podendo ser compensados com os demais
valores devidos na apuração dos respectivos tributos.

64. (CESPE/ANALISTA/TJDFT/2008) O IRPJ retido na fonte sobre pagamento


efetuado por órgão ou entidade sob controle da União a empresa
contratada para a realização de uma obra será considerado como
definitivo, não podendo ser compensado com o devido sobre outras
operações.

65. (ESAF/ANALISTA/ANA/2009) A retenção de tributos de fornecedores


optantes pelo simples ensejará a emissão imediata de certidão de
retenção para efeito de compensação.

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66. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) Nos pagamentos correspondentes ao


fornecimento de bens efetuados por meio de cartões de crédito, a
retenção deve ser efetuada pelo órgão pagador sobre o total a ser pago à
empresa fornecedora dos bens, devendo o pagamento com o cartão ser
realizado pelo valor líquido, depois de deduzidos os valores do imposto e
das contribuições retidas.

67. (CESPE/PROCURADOR/PGE-AP/2006) Considere a seguinte situação


hipotética. O Banco Centenário S.A. contratou a empresa Limpeza Total
Ltda. para que lhe prestasse serviços de limpeza e conservação. Nessa
situação, os pagamentos realizados pelo tomador em relação aos serviços
prestados pela contratada estão sujeitos à retenção na fonte do
equivalente a 0,65% a título de contribuição para o PIS/PASEP, além de
outros percentuais destinados à CSLL e à COFINS.

68. (CESPE/ANALISTA/TJDFT/2008) O órgão da administração federal direta


que contratar o fornecimento de bens de uma pessoa jurídica sujeita à
COFINS e à contribuição para o PIS/PASEP deverá reter, respectivamente,
3% e 0,65% sobre o montante a ser pago, não computados os valores
sujeitos ao regime de não cumulatividade da COFINS e da contribuição
para o PIS/PASEP.

69. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) A retenção na fonte sobre a COFINS e o


PIS/PASEP não é devida quando o beneficiário dos pagamentos estiver
sujeito ao regime da não cumulatividade.

70. (CESPE/TÉCNICO/BASA/2009) A COFINS não-cumulativa é o tributo em


que os contribuintes não podem descontar nenhum tipo de crédito
anterior.

71. (CESPE/ANALISTA/TRE-BA/2010) Se, em 2009, certa autarquia federal


levou a efeito várias retenções de impostos e contribuições, ao efetuar
pagamentos a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviços de
engenharia, então essa autarquia deverá fornecer, à pessoa jurídica
beneficiária dos pagamentos, comprovante anual de retenção, até o
último dia útil de fevereiro do ano corrente.

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72. (CESPE/ASSESSOR/TCE-RN/2009) A competência de legislar sobre o


ISSQN é dos municípios, que podem, mediante lei, atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa.

73. (CESPE/ASSESSOR/TCE-RN/2009) Para o recolhimento das retenções do


ISSQN previstas na legislação, nos casos de municípios que aderiram ao
convênio com a Secretaria do Tesouro Nacional, é utilizado o documento
de arrecadação de receitas estaduais e municipais (DAR), e a respectiva
receita é controlada por cada município.

74. (CESPE/TÉCNICO/TCU/2009) O subsistema CPR do SIAFI permite


cadastrar documentos referentes aos valores a receber e a pagar, visando
à elaboração do fluxo de caixa e, por conseguinte, da programação
financeira.

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QUESTÕES ADICIONAIS

75. (CESPE/CONTADOR/CEHAP-PB/2009) Com relação às disposições da Lei


n.º 4.320/1964, acerca do papel da contabilidade, julgue os seguintes
itens.

I Não serão objeto de registro e controle contábil as operações que


resultem em débitos e créditos de natureza financeira não compreendidas
na execução orçamentária.

II A escrituração sintética das operações financeiras e patrimoniais


efetuar-se-á pelo método das partidas dobradas.

III Para fins orçamentários e determinação dos devedores, far-se-á o


registro contábil das receitas patrimoniais, fiscalizando-se sua efetivação.

IV O registro dos restos a pagar far-se-á por exercício e por credor, não
havendo necessidade de se distinguir as despesas processadas das não
processadas.

Estão certos apenas os itens

A I e II.

B I e IV.

C II e III.

D III e IV.

76. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) A escrituração sintética das operações


financeiras e patrimoniais deve ser efetuada pelo método do regime
misto.

77. (CESPE/ANALISTA/MPU/2010) A contabilidade pública demonstra perante


a fazenda pública a situação de todos quantos, de qualquer modo,
arrecadem receitas, realizem despesas ou guardem bens a ela
pertencentes.

78. (CESPE/ANALISTA/ANAC/2009) Na contabilidade aplicada ao setor


público, além do registro dos fatos referentes à execução orçamentária,
exige-se a evidenciação dos fatos relativos à execução financeira e

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patrimonial. Desse modo, os fatos modificativos são levados à conta de


resultado, e as informações contábeis permitem o conhecimento da
composição patrimonial e dos resultados econômicos e financeiros de
determinado exercício.

79. (CESPE/CONTADOR/MIN. SAÚDE/2009) As contas de passivo que


dependem de autorização orçamentária para amortização ou resgate
integram o passivo financeiro.

80. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) O levantamento geral dos bens móveis e


imóveis tem por base o inventário sintético de cada ente público e os
relatórios do controle interno.

81. (CESPE/ANALISTA/INMETRO/2009) O registro contábil da receita e da


despesa far-se-á de acordo com as especificações constantes da lei de
orçamento e dos créditos adicionais.

82. (CESPE/ANALISTA/INMETRO/2009) Serão objeto de registro contábil


todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza
financeira, ainda que não compreendidas na execução orçamentária.

83. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Somente os serviços públicos industriais


organizados como empresa pública ou autárquica manterão contabilidade
especial para determinação dos custos.

84. (CESPE/AUDITOR/SECONT-ES/2009) O resultado orçamentário do


exercício (ROE) é apurado confrontando-se as receitas previstas com as
despesas fixadas.

85. (CESPE/CONTADOR/CEHAP-PB/2009) O balanço orçamentário


demonstrará as receitas e as despesas previstas em confronto com as
realizadas.

86. (CESPE/AUDITOR/FUB/2009) No balanço orçamentário, o resultado é


apurado no confronto entre as receitas correntes realizadas e as despesas
correntes executadas durante todo o exercício financeiro.

87. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010/ADAPTADA) Sobre o balanço orçamentário, a


efetiva arrecadação dos valores estimados em cada natureza é

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denominada receita realizada, que, ao final de cada exercício, poderá ser


igual, maior ou menor que a estimada.

88. (CESPE/TÉCNICO/MIN. SAÚDE/2009) O balanço financeiro demonstra as


receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas, enquanto o
balanço orçamentário demonstra a receita e a despesa orçamentárias,
bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza
extraorçamentária.

89. (CESPE/AUDITOR/AUGE-MG/2009) Julgue os seguintes itens, acerca do


balanço orçamentário e do balanço financeiro.

I Os termos balanço financeiro e balanço orçamentário não devem ser


usados, pois o seu conteúdo trata de demonstrativos de fluxo, e não de
situações estáticas.

II É chamada de superavit a condição orçamentária em que a soma das


despesas realizadas é inferior à soma das despesas fixadas no orçamento.

III No levantamento da situação financeira, devem ser considerados não


apenas os ingressos não orçamentários, mas também os saldos em
espécie provenientes do exercício anterior e os que se transferem para o
exercício seguinte.

IV Nos dois documentos, a receita orçamentária deve estar demonstrada,


no mínimo, por categoria econômica e origem.

Estão certos apenas os itens

A I e II.

B I e III.

C III e IV.

D I, II e IV.

E II, III e IV.

90. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010/ADAPTADA) No balanço financeiro, é


desnecessária a existência de recursos nas disponibilidades para o
exercício seguinte, ainda que haja despesas não pagas no exercício
anterior, uma vez que, a cada novo exercício financeiro, ocorre nova

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movimentação de recursos entre unidades do sistema de programação


financeira.

91. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010/ADAPTADA) No grupo dos ingressos


extraorçamentários do balanço financeiro, incluem-se os valores de restos
a pagar do exercício com a finalidade de compensar os valores das
correspondentes despesas orçamentárias, realizadas e não pagas.

92. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Com relação à estrutura e ao


fechamento de um balanço financeiro, assinale a opção correta.

A O balanço financeiro demonstra a receita e a despesa orçamentárias,


bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza
extraorçamentária.

B O fechamento do balanço financeiro deve ser concretizado quando a


disponibilidade do exercício anterior tiver sido igualada à disponibilidade
para o exercício seguinte.

C No rol das despesas extraorçamentárias, estão computados os restos a


pagar inscritos no exercício, para se compensar sua inclusão na despesa
orçamentária.

D Entende-se por superávit financeiro a diferença positiva entre receita e


despesa orçamentárias, bem como a diferença positiva entre
recebimentos e pagamentos de natureza extraorçamentária.

E Como representa um fluxo de caixa, no balanço financeiro, o registro


dos valores relativos a restos a pagar altera os valores do resultado
financeiro do exercício.

93. (CESPE/ANALISTA/TCE-AC/2009) Acerca das demonstrações contábeis do


setor público, assinale a opção correta.

A O resultado patrimonial do exercício deve ser apurado no balanço


patrimonial pela diferença das contas do ativo e do passivo real.

B O balanço financeiro demonstra o resultado financeiro, apurado pela


diferença entre as receitas orçamentárias e as despesas orçamentárias.

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C As mutações ativas e as passivas da demonstração das variações


patrimoniais devem corresponder aos saldos das despesas e receitas
efetivas do exercício.

D Ao final do exercício, as receitas realizadas demonstradas no balanço


orçamentário devem ser comparadas às receitas previstas para apuração
do resultado orçamentário.

E No balanço patrimonial, são demonstrados os atos administrativos


contabilizados que não afetam o patrimônio líquido no momento, mas
podem vir a afetá-lo no futuro.

94. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Assinale a opção correta a respeito das


contas pertencentes ao balanço patrimonial.

A O ativo financeiro compreende os créditos e os valores realizáveis que


dependam de autorização orçamentária e os valores numerários.

B O ativo permanente compreende bens, créditos e valores cuja


mobilização ou alienação independa de autorização legislativa.

C O passivo financeiro compreende as dívidas fundadas e outros


pagamentos que dependam de autorização orçamentária.

D O passivo permanente compreende as dívidas fundadas e outras que


independam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

E Nas contas de compensação, devem ser registrados bens, valores e


obrigações que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o
patrimônio.

95. (CESPE/TÉCNICO/MIN. SAÚDE/2009) O saldo patrimonial é apurado pela


diferença entre as variações ativas e passivas e representa o resultado
patrimonial do exercício.

96. (CESPE/ANALISTA/SECGE-PE/2010) Assinale a opção correta referente à


estrutura do balanço patrimonial prevista na Lei n.º 4.320/1964.

A O ativo financeiro compreenderá os créditos e valores cuja mobilização


dependa de autorização legislativa.

B O ativo permanente compreenderá os bens e situações que imediata ou


indiretamente possam vir a afetar o patrimônio.

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C O passivo permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que


dependam de autorização legislativa para amortização ou resgate.

D Ao incluir os restos a pagar na coluna do passivo, a escrituração do


balanço patrimonial passa a ser pelo regime de caixa, em nada
interferindo no resultado financeiro apurado no exercício.

E No balanço patrimonial, os valores referentes ao refinanciamento da


dívida mobiliária devem constar destacadamente nas receitas de
operações de crédito e nas despesas com amortização da dívida.

97. (CESPE/CONTADOR/DETRAN-ES/2010) A situação de passivo real


descoberto ocorre quando o ativo real demonstrado no balanço
patrimonial é maior que o passivo real.

98. (CESPE/ANALISTA/SEGER-ES/2009) O passivo permanente do balanço


patrimonial compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de
autorização legislativa para amortização ou resgate.

99. (CESPE/CONTADOR/CEHAP-PB/2009) A demonstração das variações


patrimoniais evidenciará as alterações verificadas no patrimônio e indicará
o saldo patrimonial do exercício.

100. (CESPE/AUDITOR/FUB/2009) A demonstração das variações patrimoniais


indicará o resultado patrimonial do exercício, que deverá ser igual ao
resultado apurado no balanço patrimonial.

101. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010) A DVP demonstra as modificações ocorridas


nas contas que integram o grupo patrimônio líquido, comparando a
movimentação do exercício-base com a do anterior.

102. (CESPE/ANALISTA/SAD-PE/2009) Acerca da estrutura e do fechamento da


demonstração das variações patrimoniais (DVP), assinale a opção correta.

A A DVP evidencia as alterações verificadas no patrimônio e indica o


resultado patrimonial do exercício.

B As mutações passivas representam contrapartida decorrente do


aumento do ativo permanente ou da diminuição do passivo permanente.

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C Os decréscimos patrimoniais retratam, basicamente, variações


decorrentes de incorporações de créditos, baixa de obrigações e ajustes
correspondentes.

D O resultado patrimonial do exercício, apurado confrontando-se receitas


e despesas, pode apresentar-se nulo, superavitário ou deficitário.

E O resultado patrimonial do exercício, que representa a situação


patrimonial líquida de uma entidade, pode ser positivo, negativo ou nulo.

103. (CESPE/TÉCNICO/MPU/2010/ADAPTADA) Na demonstração por colunas da


DVP, as variações ativas e passivas são representadas pelo conjunto das
operações orçamentárias e extraorçamentárias.

104. (CESPE/ANALISTA/TRE-ES/2010) A retenção será efetuada pelo órgão ou


entidade pagador sobre o total a ser pago à empresa fornecedora do bem,
devendo o pagamento com cartão ser realizado pelo valor líquido, depois
de deduzidos os valores do imposto e das contribuições retidas.

105. (CESPE/CONTADOR/SEDUC-AM/2011) Os tributos retidos pelos órgãos e


entidades da estrutura da União, nos pagamentos pelo fornecimento de
bens ou prestação de serviços em geral, são compensáveis com os
tributos devidos pelos beneficiários desses pagamentos, sendo, portanto,
classificados no ativo circulante dos referidos beneficiários.

106. (CESPE/CONTADOR/SEDUC-AM/2011) Os órgãos da administração direta


dos estados não estão sujeitos à retenção do imposto de renda e das
contribuições sociais sobre os pagamentos efetuados pelos órgãos e pelas
entidades da União pelo fornecimento de bens ou pela prestação de
serviços em geral.

107. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) A retenção do IRPJ não é devida nos


pagamentos efetuados a empresa pública e a sociedade de economia
mista das demais esferas da Federação, devido ao princípio da imunidade
recíproca.

108. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Os rendimentos por trabalhos sem vínculo


empregatício, não tributados na fonte, poderão ser tributados somente na
declaração de ajuste anual.

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109. (CESPE/TEFC/TCU/2009) Os rendimentos auferidos por pessoas físicas


prestadoras de serviços à administração, sujeitos à tributação na fonte
mediante aplicação de tabela progressiva, sofrem a retenção com base no
regime de caixa.

110. (CESPE/CONTADOR/DPU/2010) Nos casos de consórcios para a realização


de obras e serviços, a retenção será global, cabendo aos seus integrantes
ratear os valores do tributo e de contribuição segundo os termos dos
contratos que tiverem firmado.

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GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

E E C E C C C E E C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E C C E C E E E C E

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C C C E C E C E E C

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

E E E C C E E E C E

41 42 43 44 45 46 47 48 49 50

E E C E C E C C E C

51 52 53 54 55 56 57 58 59 60

E C C C C E E C C E

61 62 63 64 65 66 67 68 69 70

E E E E E C C E E E

71 72 73 74 75 76 77 78 79 80

C C C C C E C C E E

81 82 83 84 85 86 87 88 89 90

C C E E C E C E C E

91 92 93 94 95 96 97 98 99 100

C A E E E C E C E E

101 102 103 104 105 106 107 108 109 110

E A C C C C E E C E

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