Aviso MPR 2023 2
Aviso MPR 2023 2
Aviso MPR 2023 2
Designação do aviso
Apoio para
Operações individuais de investimento produtivo em atividades inovadoras, promovidas por PME, nos territórios de baixa
densidade.
São suscetíveis de apoio as operações de natureza inovadora que se traduzam na produção de bens e serviços
transacionáveis e internacionalizáveis e com elevado valor acrescentado e nível de incorporação nacional, que correspondam
a um investimento inicial, conforme definido no n.º 49 do artigo 2.º do Regulamento (UE) n.º 651/2014, de 17 de junho, na
sua redação atual, relacionados com as seguintes tipologias de ação:
Territórios de baixa densidade das regiões NUTS II do Continente (Norte, Centro, Alentejo e Algarve), definidos pela CIC
Portugal 2020.
No caso da região NUTS III do Alentejo Litoral, não são elegíveis as operações que se enquadrem nos setores das energias
renováveis, do agroalimentar e do turismo (conforme lista constante do Anexo A.2).
Período de candidaturas
O período de candidaturas inicia-se em 03/05/2023, sendo a análise e decisão efetuada de acordo com as seguintes fases:
• Fase 1: 02/06/2023 (19 horas), exclusivamente para os candidatos que efetuaram o registo do pedido de auxílio através
do Aviso n.º 02/RPA/2022 até ao dia 30/11/2022 e submeterem a candidatura utilizando os dados da operação aí registada.
• Fase 2: 28/07/2023 (19 horas), exclusivamente para os candidatos que efetuaram o registo de pedido de auxílio através
do Aviso n.º 02/RPA/2022 e submeterem a candidatura utilizando os dados da operação aí registada.
• Fase 3: 29/09/2023 (19 horas), para todas as candidaturas, com ou sem registo de pedido de auxílio efetuado através do
Aviso n.º 02/RPA/2022.
• Fase 4: 15/12/2023 (19 horas), para todas as candidaturas, com ou sem registo de pedido de auxílio efetuado através
do Aviso n.º 02/RPA/2022.
Programa financiador
Programa Inovação e Transição Digital (COMPETE 2030), Programa Regional do Norte (Norte 2030), Programa Regional do
Centro (Centro 2030), Programa Regional do Alentejo (Alentejo 2030) e Programa Regional do Algarve (Algarve 2030).
Organismos Intermédios
• IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I. P., para as operações de todos os setores exceto do turismo;
• Instituto do Turismo de Portugal, I. P., para as operações do setor do turismo (conforme definido no Anexo A.2).
Designação do aviso
SICE – Inovação Produtiva – Territórios de Baixa Densidade
Finalidades e objetivos
O presente Aviso de concurso pretende estimular o investimento empresarial de natureza inovadora, promovendo a
alteração do perfil de especialização da economia portuguesa e o reforço da sua competitividade externa, através da
diferenciação, diversificação e inovação.
São suscetíveis de apoio as operações que contribuam para a melhoria das capacidades produtivas das PME e para o
desenvolvimento de soluções inovadoras, digitais e sustentáveis, sobretudo baseadas nos resultados de I&D e no aumento
do emprego qualificado.
As operações a apoiar devem visar a produção de novos bens e serviços, ou melhorias significativas da produção atual,
através da transferência e aplicação de conhecimento. As operações podem, alternativa ou complementarmente, visar
também a adoção de novos, ou significativamente melhorados, processos ou métodos de fabrico, de logística e
distribuição, organizacionais ou de marketing.
No presente concurso é dado um claro enfoque a operações que se proponham produzir bens e serviços transacionáveis e
internacionalizáveis, no quadro de fileiras produtivas e de cadeias de valor mais alargadas e geradoras de maior valor
acrescentado, contribuindo para reforçar a orientação exportadora e a competitividade externa da economia portuguesa.
Dotação
PITD (COMPETE2030) / PR Norte (Norte 2030) / PR Centro (Centro 2030) / PR Alentejo (Alentejo
Programa
2030) / PR Algarve (Algarve 2030)
Prioridade do
1A – Inovação e Competitividade
Programa
Objetivos 1.3 Reforçar o crescimento sustentável e a competitividade das PME, bem como a criação de
específicos emprego nas PME, inclusive através de investimentos produtivos
Tipologia de
Inovação Produtiva
intervenção
Tipologia de Investimento Empresarial Produtivo (SI)
operação
Valor Dotação Fundo Fonte de Financiamento
PR / Fundo Taxa Máxima* Valor Dotação Nacional
indicativa Nacional disponível
PITD / FEDER 80.500.000,00 € 40% N.A. N.A.
PR Norte / FEDER 15.000.000,00 € 40% N.A. N.A.
Área geográfica
São elegíveis os territórios de baixa densidade definidos pela CIC Portugal 2020 das regiões NUTS II do Continente (Norte,
Centro, Alentejo e Algarve).
No caso da região NUTS III do Alentejo Litoral, não são elegíveis as operações que se enquadrem nos setores das
energias renováveis, do agroalimentar e do turismo (conforme lista constante do Anexo A.2).
A localização da operação corresponde à região onde se localiza o estabelecimento do beneficiário no qual irá ser
realizado o investimento.
As operações com mais do que um estabelecimento, podem também incluir investimentos localizados fora dos
territórios de baixa densidade, desde que o peso destes investimentos seja minoritário.
Para as operações com investimentos localizados na região do Algarve, o candidato deve apresentar uma candidatura
autónoma para os investimentos localizados nesta região.
Legislação nacional
Tem política pública regulada?
☒ Não
☐ Sim. Qual?
Ações elegíveis
São suscetíveis de apoio as operações de natureza inovadora que se traduzam na produção de bens e serviços
transacionáveis e internacionalizáveis e com elevado valor acrescentado e nível de incorporação nacional, que
correspondam a um investimento inicial, conforme definido no n.º 49 do artigo 2.º do Regulamento (UE) n.º 651/2014, de
17 de junho, na sua redação atual, relacionados com as seguintes tipologias de ação:
4. A alteração fundamental do processo global de produção de um estabelecimento existente, sendo que os custos
elegíveis devem exceder a amortização e depreciação dos ativos associados ao processo a modernizar no decurso
dos três exercícios fiscais precedentes (2020, 2021 e 2022). Nesta tipologia não se está na presença de novas
produções (bens ou serviços), mas antes a uma alteração fundamental de processo global de produção. As
amortizações e depreciações dos ativos associados ao processo a modernizar são os que estão registados na
contabilidade da empresa correspondentes ao estabelecimento em causa relacionados com o produto/serviço
sobre os quais incide a alteração fundamental do processo de decisão. Num cenário em que a alteração
fundamental de processo possa não abranger a produção de todos os produtos ou serviços do estabelecimento, é
admitida a utilização de um método pro-rata para o seu apuramento, com base no peso relativo do volume de
vendas dos produtos abrangidos no processo de alteração fundamental ou outro critério desde que tecnicamente
sustentável.
No formulário de candidatura o candidato deve apresentar o investimento por estabelecimento, com a correspondente
tipologia de ação associada, ou, no caso de existir mais do que uma, a tipologia dominante, descrevendo adequadamente
ao nível técnico, económico e financeiro, as atividades de inovação aplicadas em cada tipologia, de acordo com os
conceitos descritos no Referencial de Mérito:
• Inovação de Produto;
• Inovação de Processo;
• Inovação de Marketing;
• Inovação Organizacional.
Condições específicas ou normas técnicas a observar pelos beneficiários e/ou pelas operações
Para serem suscetíveis de apoio, as operações devem cumprir os requisitos de elegibilidade previstos no artigo 19.º do
Decreto-Lei n.º 20-A/2023, de 22 de março, e nos artigos 7.º, 18.º e 21.º do REITD, e satisfazer as seguintes condições
específicas de acesso:
c. Realizar um mínimo de 25%, até à data do primeiro pagamento, dos capitais próprios previstos no plano de
financiamento da operação (capital social, incorporação de suprimentos e prestações suplementares de capital);
d. No caso de candidaturas ao PITD, PR Norte e PR Centro, cumprir o seguinte indicador de Impacto do Investimento
(II):
𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷𝐷 𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸𝐸í𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣𝑣 ∗
𝐼𝐼𝐼𝐼 = �(𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴𝐴 � ≥ 10%
𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹𝐹 𝐿𝐿í𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞𝑞 ∗∗ )𝑃𝑃𝑃𝑃é−𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝𝑝
* Despesa Elegível – despesas previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1, n.º 3 e n.º 4 do artigo 25.º do REITD, apurada
após análise da candidatura;
No âmbito do cumprimento do Princípio «Não Prejudicar Significativamente» (DNSH), previsto no artigo 8.º do REITD, para
além do cumprimento dos requisitos de elegibilidade estabelecidos no REITD, os beneficiários devem assegurar, no
decorrer da execução e em função do respetivo CAE da operação, que o investimento não prejudica significativamente
nenhum dos objetivos ambientais estabelecidos no artigo 9.º do Regulamento (UE) 2020/852, de 18 de junho, do
Parlamento e do Conselho, nos termos do artigo 17.º do mesmo Regulamento e respetivos atos delegados, devendo
apresentar, até ao encerramento, uma auto-avaliação do alinhamento dos investimentos a realizar com o referido
Princípio. Para o efeito, pode ser apresentado, como custo elegível da operação, eventuais estudos ou relatórios no âmbito
do alinhamento da operação com este Princípio.
Sempre que se verifique a oneração dos bens objeto de apoio ao abrigo do presente Aviso com a finalidade de garantir
financiamento bancário, a mesma é autorizada quando partilhada com as respetivas entidades públicas financiadoras,
conforme estabelecido no n.º 2 do artigo 11.º do REITD, e efetuada de acordo com o previsto em Norma da Autoridade de
Pagamento. Nestes casos, considera-se concedida a autorização prévia prevista na alínea c) do n.º 1 do artigo 11.º do
mesmo regulamento.
Os programas financiadores do presente aviso são o Programa Inovação e Transição Digital (COMPETE 2030) e os
Programas Regionais do Norte, do Centro, do Alentejo e do Algarve, sendo a delimitação de intervenção dos mesmos
determinada da seguinte forma:
A. Nos investimentos localizados nas regiões menos desenvolvidas NUTS II Norte, Centro e Alentejo:
a. O PITD (COMPETE 2030) financia as operações com investimento total superior a 3.000.000€ e as operações
localizadas em mais do que uma região;
b. Os Programas Regionais financiam as operações com investimento total igual ou inferior a 3.000.000€
localizados nas respetivas regiões.
B. Nos investimentos localizados na região NUTS II do Algarve, pelo Programa Regional, independentemente do valor
do investimento.
Taxas de financiamento
A taxa de financiamento das operações elegíveis é obtida a partir da soma das seguintes parcelas, até ao limite máximo de
40%:
A) Taxa Base: 30 p.p. para médias empresas e 35 p.p. para micro e pequenas empresas. No caso das operações
localizadas nas sub-regiões NUTS III Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela, as taxas base são de 35 p.p. para
médias empresas e 40 p.p. para micro e pequenas empresas.
B) Majorações:
i. Prioridades de políticas setoriais e/ou territoriais: 5 p.p. pelo cumprimento de cada uma das seguintes prioridades,
até ao limite de 10 p.p.:
a. «Contratação coletiva dinâmica» –operações de entidades que tenham contratação coletiva dinâmica,
considerando-se para o efeito a outorga ou renovação de Instrumento de Regulamentação Coletiva de
b. «Indústria 4.0» –operações na área da Indústria 4.0, onde a transformação digital permitirá mudanças
disruptivas em modelos de negócios, em produtos e em processos produtivos (conforme referencial
constante do Anexo A.3);
c. «Transição Climática» –operações em áreas que contribuam de forma relevante para os objetivos da
Transição Climática (conforme referencial constante do Anexo A.3);
ii. «Capitalização PME»: 5 p.p. a atribuir a operações cuja componente privada seja financiada maioritariamente por
capitais próprios, designadamente, capital social, incorporação de suprimentos e prestações suplementares de
capital.
Sem prejuízo do limite máximo referido anteriormente, a taxa de incentivo a atribuir não pode exceder as taxas máximas
expressas em equivalente de subvenção bruta (ESB), conforme mapa de auxílios com finalidade regional 2022-2027
aprovado pela Comissão Europeia (Auxílio Estatal n.º SA 100752), resumido no Anexo B.6.
No caso de candidaturas aos PR Algarve deve o beneficiário optar por um dos enquadramentos europeus de auxílios de
Estado previstos no n.º 1 do artigo 28.º do REITD.
No caso de operações localizadas nos territórios previstos no mapa de auxílios com finalidade regional 2022-2027 referido
anteriormente, se o beneficiário optar pelo enquadramento de auxílios de minimis, as taxas aplicáveis são de 40%, no caso
do PR Algarve, estando limitadas ao montante máximo de cúmulo de auxílios de minimis (200.000 euros durante três
exercícios fiscais por empresa única).
No caso de operações localizadas fora dos territórios previstos no mapa de auxílios com finalidade regional 2022-2027
referido anteriormente:
• Se o beneficiário optar pelo enquadramento no artigo 17.º do Regulamento (UE) n.º 651/2014 da Comissão, de 17
de junho, na sua redação atual, as taxas aplicáveis são de 10% para as médias empresas e de 20% para as micro e
pequenas empresas;
• Se o beneficiário optar pelo enquadramento de auxílios de minimis, as taxas aplicáveis são de 40%, no caso do PR
Algarve, estando limitadas ao montante máximo de cúmulo de auxílios de minimis (200.000 euros durante três
exercícios fiscais por empresa única).
Dotações específicas:
No caso do Programa Regional do Norte, a dotação Fundo global (15.000.000€) contempla uma dotação específica de
1.000.000€ para operações do setor Cultural e Criativo (conforme lista em Anexo A.2) e de 2.000.000€ para operações do
setor do Turismo (conforme lista em Anexo A.2). Esta dotação constitui a afetação mínima a atribuir às operações do setor,
caso a procura supere o referido valor. Se a dotação indicada se mostrar insuficiente para acolher, uma vez hierarquizado,
todo o conjunto de operações do sector com mérito para serem selecionadas, as operações sem cabimento orçamental na
dotação específica em apreço integrarão a demais hierarquização da dotação global. Caso não se mostre necessária a
presente afetação mínima, a dotação específica remanescente mantém-se integrada na dotação global.
São elegíveis as operações inseridas em todas as atividades económicas, com exceção das previstas nos n.ºs 1 e 2 do artigo
4.º do REITD, que visem a produção de bens e serviços transacionáveis e internacionalizáveis com relevante criação de
valor económico para as regiões alvo ou que contribuam para a cadeia de valor dos mesmos e não digam respeito a
serviços de interesse económico geral.
O conceito de bens e serviços transacionáveis inclui os bens e serviços produzidos em setores expostos à concorrência
internacional e que podem ser objeto de troca internacional demonstrado através de:
Vendas indiretas ao exterior – venda de bens a clientes no mercado nacional quando estas venham a ser
incorporados em outros bens objeto de venda ao exterior;
Prestação de serviços a não residentes, devendo este volume de negócios encontrar-se relevado enquanto tal na
contabilidade da empresa;
Substituição de importações – aumento da produção para consumo interno de bens ou serviços com saldo
negativo na balança comercial (evidenciado no último ano de dados estatísticos disponível). Esta condição deve
ser comprovada com a indicação dos clientes importadores, que substituam as atuais importações pelos produtos
resultantes da operação.
Consideram-se serviços de interesse económico geral as atividades de serviço comercial que preenchem missões de
interesse geral, estando, por conseguinte, sujeitas a obrigações específicas de serviço público (artigo 106.º do Tratado
sobre o Funcionamento da União Europeia). É o caso das empresas encarregadas da gestão de serviços de interesse
económico geral, nomeadamente, dos serviços em rede de transportes, de energia e de comunicações.
No âmbito do presente Aviso não são elegíveis operações que, cumulativamente, se localizem na região NUTS III Alentejo
Litoral e se enquadrem nos setores das energias renováveis, agroalimentar e turismo (conforme lista em Anexo A.2).
Anos de referência:
No presente Aviso de concurso o ano utilizado como referência de pré-projeto é o ano de 2022, podendo ser considerados
os valores incluídos nas contas aprovadas pelos órgãos competentes da empresa, sujeitas a confirmação após
disponibilização da IES.
O ano para medição da condição de acesso relativa à autonomia financeira (n.º 1 e 2 do Anexo III do REITD) é o ano de
2021 ou 2022, quando disponível, e para a aferição do financiamento mínimo por capitais próprios (n.º 6 do Anexo III do
REITD) é o ano de 2021 ou 2022, quando disponível.
Os beneficiários do presente Aviso de concurso devem cumprir as obrigações previstas no artigo 15.º do Decreto-Lei n.º
20-A/2023, de 22 de março nos artigos 11.º e 26.º do REITD.
Cada candidato apenas pode apresentar uma candidatura, exceto nos casos de operações com investimentos localizados
nas regiões menos desenvolvidas e na região do Algarve. Nestes casos, o candidato deve apresentar uma candidatura
referente aos investimentos localizados nas regiões menos desenvolvidas e uma candidatura autónoma para os
investimentos localizados na região do Algarve.
Auxílios de Estado
Orientações relativas aos auxílios estatais com finalidade regional para 2022-2027 (Comunicação 2021/C 153/01), para
projetos que ultrapassem os limiares de notificação previstos no artigo 4.º do Regulamento (UE) n.º 651/2014, de 17 de
junho, na redação atual.
Regulamento (UE) n.º 1407/2013 da Comissão, de 18 de dezembro, na sua redação atual, relativo aos auxílios de minimis.
Formas de apoios
☒ Subvenção
☒ Custos reais
☐ Instrumento financeiro
a. Ativos corpóreos, incluindo a aquisição de máquinas e equipamentos, custos diretamente atribuíveis para os
colocar na localização e condições necessárias para o respetivo funcionamento, bem como a aquisição de
equipamentos informáticos, incluindo o software necessário ao seu funcionamento;
b. Ativos incorpóreos, incluindo a transferência de tecnologia através da aquisição de direitos de patentes, nacionais
e internacionais, licenças, conhecimentos técnicos não protegidos por patente, e software standard ou
desenvolvido especificamente para determinado fim;
c. Outras despesas de investimento, incluindo despesas com a intervenção de contabilistas certificados ou revisores
oficiais de contas, na validação da despesa dos pedidos de pagamento; serviços de engenharia; estudos,
diagnósticos, auditorias; estudos ou relatórios no âmbito do alinhamento da operação com o Princípio «Não
prejudicar significativamente», conforme definido no artigo 8.º do REITD; planos de marketing; projetos e serviços
de arquitetura e de engenharia.
No caso das operações dos setores do turismo e indústria (cuja abrangência setorial por CAE se identifica no Anexo A.2), e
em casos devidamente justificados no âmbito da atividade inovadora incorporada na operação, podem ainda ser elegíveis a
construção de edifícios, obras de remodelação e outras construções, com as limitações definidas no Ponto seguinte.
No caso das operações do setor do turismo, em casos devidamente justificados no âmbito do exercício da respetiva
atividade turística, pode ser elegível o material circulante que constitua a própria atividade turística a desenvolver, desde
que diretamente relacionadas com o exercício dessa atividade e desde que não movidos por combustíveis fósseis.
2. O presente Aviso não contempla a elegibilidade de investimentos com quaisquer custos incorridos em data anterior à
data da candidatura, ou do pedido de auxílio, incluindo os estudos de viabilidade.
3. As outras despesas de investimento, referidas na alínea c) do Ponto anterior, não podem exceder 20% do total das
despesas elegíveis da operação.
4. Os custos com a intervenção de contabilistas certificados ou revisores oficiais de contas, na validação da despesa dos
pedidos de pagamento, incluídos na alínea c) do Ponto anterior, não podem exceder 5.000 euros.
5. Os custos com a realização de estudos ou relatórios no âmbito do alinhamento da operação com o Princípio «Não
Prejudicar Significativamente», conforme definido no artigo 8.º do REITD, incluídos na alínea c) do Ponto anterior, não
podem exceder 15.000 euros.
a. 70% das despesas elegíveis totais da operação, no caso das operações do setor da indústria e turismo;
b. 90% das despesas elegíveis totais da operação, no caso das operações do setor da indústria que se
enquadrem no âmbito da RIS 3 Regional e que contribuam para o desenvolvimento de soluções inovadoras
baseadas nos resultados de I&D e na integração e convergência de novas tecnologias e conhecimentos.
Os pagamentos aos beneficiários obedecem ao disposto no artigo 28.º do Decreto-Lei n.º 20-A/2023, de 22 de março, e no
artigo 12.º do REITD.
No presente Aviso, os pagamentos aos beneficiários são efetuados a título de adiantamento (adiantamento inicial até 10%,
adiantamento contra fatura e adiantamento contragarantia), reembolso e/ou pagamento final, nos termos definidos em
Norma da Autoridade de Pagamento.
O pedido de pagamento final deve ser apresentado à respetiva Autoridade de Gestão até 90 dias úteis a contar da data da
conclusão da operação, podendo este prazo ser prorrogado mediante justificação fundamentada a apresentar à
Autoridade de Gestão ou Organismo Intermédio com funções de gestão atribuídas.
Indicadores de realização
Programa PITD, PR Norte, PR Centro, PR Alentejo, PR Algarve
Tipologia de intervenção Inovação Produtiva
Tipologia de operação Investimento empresarial produtivo (SI)
Código do indicador Designação do indicador Unidade
RPO 008 Inovações introduzidas na empresa N. º
O indicador é apurado um ano após a conclusão da operação (RCR 01), assim como
no ano de cruzeiro (RPR 003).
Método de cálculo O Valor Acrescentado corresponde ao valor das vendas e serviços prestados,
acrescido da variação nos inventários da produção e dos trabalhos para a própria
empresa, deduzido do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e
do fornecimentos e serviços externos.
O Valor Acrescentado por trabalhador é calculado como a razão entre o valor
acrescentado total da empresa e os ETI anuais empregados no respetivo ano.
Apenas aplicáveis às operações que se inserem na prioridade de política setorial «Transição Climática»:
Método de cálculo [(Emissões de GEE no ano de cruzeiro – Emissões de GEE no ano pré-projeto) /
Emissões de GEE no ano pré-projeto] x 100.
Método de cálculo [(Consumo energético no ano de cruzeiro – Consumo energético no ano pré-projeto)
/ Consumo energético no ano pré-projeto] x 100.
[(Consumo de água e/ou outros recursos no ano de cruzeiro – Consumo de água e/ou
Método de cálculo
outros recursos no ano pré-projeto) / Consumo de água e/ou outros recursos no ano
pré-projeto] x 100.
a. No encerramento financeiro da operação: com a apresentação dos dados sobre a conclusão física e financeira da
operação, é avaliada a concretização dos objetivos subjacentes à aprovação da mesma e efetuada uma avaliação
sobre o cumprimento dos indicadores de realização, aferindo a possibilidade de manutenção da intensidade de
auxílio contratada face ao cumprimento dos objetivos contratuais;
b. No ano de cruzeiro, que corresponde ao exercício económico completo de laboração após o ano de conclusão
física e financeira da operação, o qual não pode exceder o segundo exercício económico, com exceção das
operações do setor do turismo em que não pode exceder o terceiro exercício económico: é efetuada uma
avaliação sobre o cumprimento dos indicadores de resultado, aferindo a possibilidade de manutenção definitiva
da intensidade de auxílio contratada face aos resultados contratuais alcançados.
𝑅𝑅
𝐺𝐺𝐺𝐺 =
𝑅𝑅𝑅𝑅
Onde:
Sem prejuízo das penalizações da taxa de financiamento decorrentes do apuramento de um GC insatisfatório, as operações
que não atinjam os objetivos essenciais previstos na decisão de aprovação, pondo em causa as finalidades que
determinaram a sua aprovação, em particular quando o GC é inferior a 40%, podem ser objeto de revogação nos termos da
alínea b) do n.º 4 do artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 20-A/2023, de 22 de março.
No ano de cruzeiro, a avaliação referida na alínea b) é concretizada com o apuramento do Resultado da Operação (RO), nos
seguintes termos:
𝐼𝐼𝐼𝐼1 𝐼𝐼𝐼𝐼2
𝑅𝑅𝑅𝑅 = 0,5 + 0,5
𝐼𝐼1 𝐼𝐼2
Onde:
𝐼𝐼1 e 𝐼𝐼2 : correspondem aos valores dos indicadores de resultado contratualmente estabelecidos.
A intensidade de auxílio contratada apenas é mantida se o Resultado da Operação atingir, pelo menos, 70% no ano de
cruzeiro.
Caso o Resultado da Operação não atinja, pelo menos, 70% a taxa de financiamento é reduzida em meio ponto percentual
(p.p.) por cada dois p.p. abaixo do limiar referido, até ao máximo de 3 p.p..
Sem prejuízo do previamente disposto, as realizações e os resultados fixados na decisão de aprovação podem ser revistos
pela autoridade de gestão após a decisão de aprovação e enquanto não seja submetido o pedido de pagamento final,
quando se verifiquem circunstâncias supervenientes, imprevistas e não imputáveis ao beneficiário.
Organismos Intermédios
As entidades que asseguram a emissão de parecer sobre as candidaturas no âmbito do presente Aviso são:
• IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I. P., para as operações de todos os setores exceto do
turismo (conforme definido no Anexo A.2);
• Instituto do Turismo de Portugal, I. P., para as operações do setor do turismo (conforme definido no Anexo A.2).
Apoio para
Operações individuais de investimento produtivo em atividades inovadoras, promovidas por
PME, nos territórios de baixa densidade.
Apresentação
Como se apresentam
As candidaturas são apresentadas online no Balcão dos Fundos, em balcaofundosue.pt, através de
formulário eletrónico disponibilizado para o efeito, não podendo ser alteradas após a sua submissão.
Para apresentar a candidatura é indispensável que o beneficiário tenha efetuado registo e autenticação
no Balcão dos Fundos. Com essa autenticação é criada uma área reservada na qual o beneficiário poderá
contar com um conjunto de funcionalidades, independentemente da natureza da operação, da região ou
do programa a que pretende candidatar-se.
Antes da submissão da candidatura, o beneficiário deve confirmar, completar e atualizar os seus dados
de caracterização no Balcão dos Fundos, já que os mesmos serão utilizados na candidatura.
Para se candidatar, o beneficiário deve preencher o formulário de candidatura disponível no Balcão dos
Fundos e entregar os documentos listados no Anexo A.1.
A. Adequação à Estratégia
B. Qualidade
C. Capacidade de Execução
D. Impacto
1
Aviso para apresentação de candidaturas por Concurso
Calendário de candidaturas
Abertura 03-05-2023 (Para todas as Fases)
Fecho da Fase 1 02-06-2023 (19 horas)
Fecho da Fase 2 28-07-2023 (19 horas)
Fecho da Fase 3 29-09-2023 (19 horas)
Fecho da Fase 4 15-12-2023 (19 horas)
Análise 60 dias úteis após o fecho de cada Fase
Notificação para audiência prévia (proposta de decisão) 5 dias úteis após a Análise da candidatura
Análise da pronúncia dos interessados no exercício do 60 dias úteis
direito de audiência prévia
Notificação da decisão final 5 dias úteis após a Análise das alegações
O prazo de análise e decisão de cada Fase é contado autonomamente, iniciando-se a partir da data
do respetivo fecho.
As candidaturas que forem apresentadas nos períodos estabelecidos para avaliação e decisão em
cada uma das Fases e que não reúnam os critérios de elegibilidade acima estabelecidos para cada
uma dessas Fases, serão remetidas para análise e decisão nas Fases seguintes.
2
Processo de análise e decisão
Atendendo à natureza concursal do presente Aviso, a avaliação do mérito das operações compreende
duas fases:
• Avaliação de mérito absoluto, que analisa a melhor relação possível entre o montante de apoio,
as atividades realizadas e os resultados a atingir, assegurando o cumprimento da estratégia e
objetivos do programa financiador, o âmbito de aplicação do FEDER e os princípios transversais
aplicáveis;
• Avaliação de mérito relativo, que resulta da comparação do mérito da operação com o mérito
das demais operações candidatas na mesma fase de decisão, com hierarquização final das
candidaturas avaliadas e selecionadas até ao limite da dotação orçamental definida nos Avisos
para apresentação de candidaturas, fixando-se assim o limiar de seleção do concurso. Em caso
de empate, é considerado, em primeiro lugar, a pontuação obtida no Critério B e, de seguida, a
data de entrada da candidatura (dia/hora/minuto/segundo).
Para efeitos de avaliação do mérito das operações e de hierarquização das candidaturas avaliadas, é
utilizado o indicador de Mérito do Projeto (MP), calculado através da seguinte fórmula, nos termos
descritos no Referencial de Análise de Mérito constante do Anexo A.4:
em que:
A. Adequação à Estratégia
B. Qualidade
C. Capacidade de Execução
D. Impacto
As pontuações dos critérios são atribuídas numa escala compreendida entre 1 e 5, sendo o resultado do
MP arredondado à centésima.
Para que possa ser elegível, a operação tem de obter uma pontuação final de MP igual ou superior a 3,00
e as seguintes pontuações mínimas nos critérios de seleção:
3
Aviso para apresentação de candidaturas por Concurso
As operações elegíveis são objeto de hierarquização por ordem decrescente do MP (mérito relativo) e
selecionadas até ao limite da dotação orçamental definida no Aviso para apresentação de candidaturas,
fixando-se assim o limiar de seleção do concurso. Em caso de empate, é considerado, em primeiro lugar,
a pontuação obtida no Critério B e, de seguida, a data de entrada da candidatura
(dia/hora/minuto/segundo).
4
Onde são comunicadas as decisões às entidades candidatas
As entidades que se candidatam a apoio recebem as notificações da proposta de decisão e da decisão
final:
• Na sua área reservada no Balcão dos Fundos;
• Através do serviço público de notificações eletrónicas (SPNE).
• PITD: Compete2020
• Pr Norte: Norte 2020
• Pr Centro: Centro 2020 (portugal2020.pt)
• Pr Alentejo: Home (portugal2020.pt)
• Pr Algarve: Home - Algarve 2020
• Portugal 2030: Portugal 2030
5
Anexos
Anexo A - Candidatura
1. Documentos necessários para apresentar uma candidatura
2. Lista de atividades
3. Referencial de políticas setoriais
4. Referencial de Mérito
1
Anexo A – 1. Documentos necessários para apresentar uma
candidatura
• Balanço intercalar certificado por um ROC, não sendo admitido exame simplificado, para efeitos
de aferição do rácio de autonomia financeira, nos casos previstos no n.º 3 do Anexo III do REITD;
• Documento comprovativo da aprovação da(s) entidade(s) bancária(s), quando aplicável (i.e. caso
tenha algum empréstimo bancário já aprovado para a operação);
2
Anexo A – 2. Lista de Atividades
Atividades de teatro, de música, de dança e outras atividades artísticas e literárias (CAE Rev 3)
3
Atividades incluídas no setor Agroalimentar, Energias Renováveis e Turismo, com
enquadramento no Aviso «Investimento Empresarial Produtivo para uma Transição Justa» do
Programa Regional do Alentejo:
Setor Indústria:
• Domínio do Agroalimentar: divisões 10 e 11 da CAE (Rev 3);
• Domínio das Energias Renováveis: divisões 25, 26, 27, 28, 29, 30 e 32 da CAE (Rev 3), sempre que
as operações se enquadrem em atividades do setor das Energias Renováveis ou de suporte ao
setor.
Setor Turismo:
• Divisões 55, 79, 90, 91, nos grupos 561, 563, 771, e as atividades que se insiram nas subclasses
77210, 82300, 93110, 93192, 93210, 93292, 93293, 93294, e 96040 da CAE (Rev 3)
4
Anexo A – 3. Referencial de políticas setoriais
REFERENCIAL DA “INDÚSTRIA 4.0”
ÂMBITO E OBJETIVO DA I4.0
1. O âmbito e o objetivo principal da i4.0 estão orientados para a implementação inteligente de redes conectando
‘equipamentos com equipamentos’ e ‘equipamentos com pessoas’ (trabalho e consumo), não se restringindo, na
sua essência, à simples automatização e robotização e ao controlo eletrónico de processos e gestão.
2. A indústria 4.0 inclui soluções digitais de resposta a necessidades de personalização crescente dos produtos e
serviços, com base no acesso e tratamento de dados no quadro da criação de novas cadeias de valor, novos
modelos de negócio e de novas tecnologias (B2B/Business to Business e B2C/Business to Consumer).
4. Acrescem ainda nesta temática, todos os projetos relacionados com a economia colaborativa, ou seja, os novos
modelos de negócios ou plataformas de partilha de conhecimento, consubstanciados em práticas e modelos
económicos apoiados em comunidades de utilizadores.
5
6. Na generalidade dos setores de atividade, com exceção do Turismo, para obterem enquadramento na indústria
4.0 os projetos deverão integrar tecnologias core i4.0, conjugando novos investimentos nos domínios tecnológicos
identificados com capacidades tecnológicas já existentes na empresa, visando desenvolver:
Big data et analytics A presença de sensores nas máquinas e produtos permite recolher importantes quantidades
de dados. Com ferramentas potentes e eficazes de tratamento e análise de dados esta informação permite otimizar
a cadeia de valor, identificando com detalhe as falhas existentes e aumentando o conhecimento sobre os hábitos
epreferências dos consumidores.
Automação robótica. A robótica avançada permite criar robôs que trabalham de forma mais autónoma, flexível,
numa maior cooperação com os operadores.
6
Simulação 3D - A simulação 3D de produtos, materiais ou processos alarga-se a toda a cadeia de valor; o acesso a
dados reais permite aperfeiçoar os modelos.
Internet industrial das coisas (IoT). Com a presença de sensores nas máquinas e nos produtos em fabricação, as
máquinas podem reconhecer a memória da produção do objeto, a procura final correspondente de modo a
responder de maneira automatizada ou via um centro de controlo.
Cibersegurança. A difusão das comunicações digitais e o consequente aumento do fluxo de comunicação (presença
de sensores gerando comunicação de dados dentro e fora da empresa, etc.) fazem da cibersegurança um grande
desafio para as empresas. Muitos fornecedores de equipamentos industriais Ready 4.0 têm integrado ofertas
especializadas em cibersegurança.
Cloud computing. A utilização da cloud está hoje generalizada na gestão de software e dados. Uma maior
interconexão entre locais de produção e outros departamentos dentro da empresa exige a partilha de grandes
quantidades de dados que se encontra muito mais facilitada devido à utilização da cloud.
Fabricação aditiva. Esta tecnologia permite a produção de protótipos, a produção de pequenas séries de peças
complexas, peças sobressalentes e até mesmo ferramentas personalizadas. Com o amadurecimento da tecnologia,
velocidade e precisão de impressão 3D, deverá aumentar e permitir que, em alguns casos, uma produção em larga
escala.
Realidade aumentada. Uma utilização direta desta tecnologia de “realidade aumentada” visa fornecer no imediato
informações para manutenção e técnicas de reparação de peças e equipamentos. Esta tecnologia também pode
ser útil para formação ou para conceber e tornar as etapas do projeto menos abstratas, envolvendo melhor todos
os interessados, bem como, na vertente da comunicação e marketing, nomeadamente no turismo.
7
REFERENCIAL “TRANSIÇÃO CLIMÁTICA”
A União Europeia luta contra as alterações climáticas adotando políticas ambiciosas a nível interno, encontrando-
se a ação climática no centro do Pacto Ecológico Europeu — um ambicioso pacote de medidas que prevê desde a
redução das emissões de gases com efeito de estufa ao investimento em investigação e inovação de ponta e à
preservação do ambiente natural da Europa.
Com o objetivo de apoiar a transição do tecido empresarial nacional para uma economia mais limpa, reforçando a
sua competitividade e promovendo um crescimento económico sustentável, pretende-se que as empresas
venham a implementar modelos de gestão e de crescimento alinhados com estratégias e compromissos nacionais
e internacionais assumidos por Portugal, com particular relevância no contributo positivo para a transição
climática.
Enquadram-se nestas ações as temáticas que constituam boas práticas de eco-design, eco-eficiência, eco-inovação
e simbioses industriais, que conduzam a melhoria do desempenho em matéria de eficiência na utilização dos
recursos, novos processos, produtos e modelos de negócio.
Assim, enquanto política setorial considera-se ao nível da Transição Climática, o investimento deverá concretizar
uma estratégia conducente à adoção dos princípios da economia circular, nos seguintes âmbitos:
b) Eco-eficiência - modelos de produção mais eficientes e mais limpos, produzindo mais, ao menor preço,
com menos recursos, menos resíduos e menor impacto sobre o ambiente;
d) Simbioses industriais - estratégia de negócio entre entidades que colaboram no uso eficiente dos recursos,
incluindo subprodutos e resíduos, de modo a melhorar o seu desempenho económico conjunto, com efeitos
positivos para o ambiente (p.e., a partilha de infraestruturas, equipamentos de uso comum e ou seu aluguer
e outros serviços comuns);
8
e) Extensão do ciclo de vida dos produtos - sistemas ou modelos de negócio assentes em princípios que
potenciem a manutenção, reparação, recondicionamento e remanufactura de produtos;
h) Energias renováveis - Investimento incluído no projeto com o objetivo de implementação de ações que
visem a utilização, ou produção para autoconsumo, de energias renováveis nos processos produtivos da
empresa;
i) Eficiência energética - Investimento incluído no projeto com o objetivo de implementação de ações que
visem a otimização de eficiência energética nas empresas, incluindo a realização de estudos/diagnósticos/
auditorias, relevantes para a implementação de sistemas de gestão da energia pela norma ISO 50001, com
exceção daqueles que constituam obrigações legais;
k) Transportes - Reconversão de veículos e frotas, para que passem a utilizar como combustível o gás natural
ou para veículos elétricos, com impacto relevante na redução dos consumos energéticos da empresa e com
relação com o projeto objeto de investimento;
Em sede de candidatura deverão ser identificados os objetivos a atingir em termos de ecoeficiência, expressos em
redução de emissões de CO2, redução do consumo energético, redução do consumo de água por unidade de
produto, ou outros que sejam justificados como relevantes neste âmbito, que caracterize a situação pré e pós
projeto.
Para este efeito poderão ser adotados protocolos ou metodologias reconhecidas internacionalmente, tais como o
IPMVP (International Performance Measurement and Verification Protocol) https://evo-world.org/en/products-
services-mainmenu-en/protocols/ipmvp, bem como a RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO (2013/179/UE) de 9 de
abril de 2013 sobre a utilização de métodos comuns para a medição e comunicação do desempenho ambiental ao
longo do ciclo de vida de produtos e organizações, disponível em
http://ec.europa.eu/environment/eussd/smgp/policy_footprint.htm
9
Anexo A – 4. Referencial de Mérito
REFERENCIAL DE ANÁLISE DE MÉRITO DO PROJETO
INOVAÇÃO PRODUTIVA
Nos termos do estabelecido no artigo 24.º do Regime Geral dos Fundos Europeus, para efeitos
de avaliação de mérito absoluto das operações e de hierarquização das candidaturas avaliadas,
o Mérito do Projeto (MP) é determinado através da utilização dos seguintes critérios de seleção:
• A. Adequação à Estratégia
• B. Qualidade
• C. Capacidade de Execução
• D. Impacto
Salvo indicação em contrário, cada subcritério é pontuado de acordo com a seguinte escala, sendo o
resultado do Mérito do Projeto arredondado à centésima:
3 – Suficiente: A candidatura endereça o critério de seleção com qualidade, com moderadas debilidades;
4 – Bom: A candidatura endereça o critério de seleção com elevada qualidade, com pontuais debilidades;
5 – Muito Bom: A candidatura endereça todos os aspetos relevantes do critério de seleção, não existindo
debilidades de relevo a registar.
10
Para que possa ser elegível, a operação tem de obter as seguintes pontuações mínimas:
Critério A – 2 pontos;
Critério B – 3 pontos;
Critério C – 2 pontos;
Critério D – 2 pontos.
A. ADEQUAÇÃO À ESTRATÉGIA
Este critério avalia o grau de alinhamento da operação relativamente aos domínios definidos na
Estratégia de I&I para uma Especialização Inteligente (RIS3 regional), valorizando-se as
operações que permitam melhorar o perfil de especialização da economia regional. Avalia-se
igualmente a adequação da operação face às medidas de política pública relevantes, assim como
o contributo para os indicadores definidos para o Objetivo Específico em apreço:
A = 0,6 A1 + 0,4 A2
A2. Adequação da operação aos objetivos e medidas de política pública na área de intervenção
da iniciativa
11
A2 = 0,5A2.1 + 0,5A2.2
Pr Pr Pr Pr
PITD
Norte Centro Alentejo Algarve
Postos de trabalho criados 1,67 1,67 1,67 1,25
Empregos qualificados criados 1,25 - - - -
Contributo para
Variação do volume de negócios (entre
1,25 1,67 1,67 1,67 1,25
os indicadores de o pré e o pós-projeto) superior a 10%
resultado do Valor acrescentado por trabalhador
Programa (entre o pré e o pós projeto) superior a 1,25 - - - 1,25
2%
Introdução de inovação de produto
1,25 1,66 1,66 1,66 1,25
e/ou processo
Neste e nos demais subcritérios, entende-se por ano pós-projeto o segundo exercício económico
completo após a conclusão do investimento, ou, no caso das operações do setor do turismo, o terceiro
exercício económico completo.
Neste subcritério avalia-se o grau de enquadramento da operação nas prioridades de política pública
relevantes, aferidas com base no referencial (Anexo A.4), sendo pontuada de acordo com a seguinte
matriz.
Pontuação
12
B. QUALIDADE
B = 0,5 B1 + 0,5 B2
Pontuação
Plano de investimento apenas parcialmente alinhado com o
diagnóstico de necessidades, possuindo lacunas ou ações não 2
justificadas face aos objetivos apresentados
Coerência do
Plano de investimento coerentemente formulado e
Plano de 4
suficientemente relacionado com o diagnóstico de necessidades
Investimento
Plano de investimento totalmente alinhado com o diagnóstico
de necessidades, o qual responde a todas as áreas de 5
competitividade críticas para a empresa.
13
B2. Caráter inovador da operação
Neste subcritério, a operação é avaliada em função do seu grau de novidade e difusão (apenas para a
empresa, mercado nacional ou mundial), assim como do grau de inovação (tecnológica, de marketing
e/ou organizacional).
Novo para o mundo (âmbito internacional): a empresa introduz inovação com o grau de novidade
ao nível internacional (inovação no mercado global).
Novo para o mercado (âmbito nacional): a empresa introduz inovação no seu mercado. O
mercado da empresa é definido pelos produtos que oferece, pelo setor que integra, pelos
concorrentes da empresa e pela região onde exerce a sua influência. O âmbito geográfico para a
inovação de mercado depende da própria visão da empresa sobre o seu mercado.
Novo apenas para a empresa: o requisito mínimo para se considerar uma inovação é que a
mudança introduzida tenha sido nova para a empresa. A inovação pode já ter sido implementada
por outras empresas, mas é nova para a empresa.
Grau de inovação
A amplitude da inovação da operação é aferida no âmbito das quatro tipologias de inovação baseadas
no Manual de Oslo, nomeadamente Inovação Tecnológica, Inovação de Marketing e Inovação
Organizacional, definidas nos seguintes termos:
•
iii. Inovação de Marketing
15
Considerando a nova taxonomia de inovação, estabelecida na quarta edição do Manual de Oslo,
os tipos de inovação previstos no presente Referencial têm a seguinte correspondência:
Tipos de Inovação
Grau de inovação
Abrange uma Abrange duas ou
tipologia de inovação mais tipologias de
de forma consolidada inovação de forma
consolidada
Empresa 3 3,5
C. CAPACIDADE DE EXECUÇÃO
16
Neste subcritério é avaliada a capacidade de gestão e de implementação de projetos de
investimento por parte dos beneficiários, valorizando-se o histórico de realizações anteriores,
nomeadamente em matéria de incumprimentos em operações apoiadas no Portugal 2020, e a
experiência dos recursos humanos da entidade na área de intervenção da operação.
Entende-se por incumprimento das obrigações do beneficiário:
a. A não apresentação atempada dos formulários relativos à execução e aos pedidos de saldo;
b. A inexistência ou a falta de regularização das deficiências de organização do processo
relativo à realização da operação e o não envio de elementos solicitados pela autoridade de
gestão nos prazos por ela fixados;
c. A recusa, por parte dos beneficiários, da submissão ao controlo e auditoria a que estão
legalmente sujeitos;
d. A prestação de falsas declarações sobre o beneficiário, sobre a realização da operação ou
sobre os custos incorridos, que afetem, de modo substancial, a justificação dos apoios
recebidos ou a receber;
e. O incumprimento das normas relativas a informação e publicidade;
f. O desrespeito pelo disposto na legislação europeia e nacional aplicável em matéria de
contratação pública.
17
D. IMPACTO
Este critério avalia o impacto da operação na economia e o seu contributo para a melhoria do
perfil de especialização do país, nomeadamente, através da valorização económica do
conhecimento e do aumento da intensidade tecnológica, apostando na criação de valor e de
emprego qualificado. Avalia-se igualmente a orientação exportadora da operação e o seu
contributo para a integração em cadeias de valor globais.
D = 0,55 D1 + 0,45 D2
Neste subcritério são aferidos os impactos da operação para a criação de valor, o contributo para o
emprego qualificado e a propensão para mercados internacionais.
São avaliados os impactos da operação para o aumento da eficiência produtiva da empresa e para a sua
capacidade de gerar valor em cada unidade produzida, calculados através dos seguintes indicadores:
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑝𝑝ó𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
𝑰𝑰𝑰𝑰𝑰𝑰𝑰𝑰𝑰𝑰𝑰𝑰 𝑽𝑽 = 𝑥𝑥100
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑝𝑝ó𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠𝑠
Onde:
VBP = Volume de Negócios + Variação nos inventários da produção + Trabalhos para a própria entidade +
Rendimentos Suplementares + Subsídios à Exploração
18
Consumos Intermédios = Custo das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas + Fornecimentos e
Serviços Externos + Impostos Indiretos
Quando este rácio apresentar uma variação superior a 10 pontos percentuais entre o valor pós-
projeto e valor pré-projeto, os beneficiários terão de apresentar fundamentação adicional,
justificando as razões para aquela variação.
Forte: A empresa tem uma presença importante ao longo de toda a cadeia de valor com
um forte enfoque no controlo de elos situados a jusante da mesma, incluindo atividades
tendentes à criação de marcas com notoriedade, imagem positiva e valor, utilização de
embaixadores de marca para a promoção dos seus produtos em mercados-alvo, design
e outras, que permitam um posicionamento claro, diferenciado de outros players no
mercado e percebido como de elevado valor agregado por consumidores em mercados-
alvo perfeitamente identificados. A empresa visa assim a consecução de vantagens
competitivas sustentadas, ancoradas em produtos e/ou processos dificilmente
replicáveis (e.g., qualidade, valor percecionado pelo consumidor) assente em elementos
diferenciadores cuja expressão máxima será a criação de marcas (produto e/ou
empresa) em mercados fortemente competitivos.
19
A pontuação é obtida de acordo com a seguinte grelha:
Neste subcritério é avaliada a criação líquida (medida entre o ano pós-projeto e o ano pré-projeto) de
emprego qualificado.
T
Micro Pequena Média Pontuação
Empresa Empresa Empresa
0 0 0 1
1 1
1 a a 2
Criação líquida de emprego 2 5
qualificado no pós-projeto 2 3 6
(N.º de postos de a a a 4
trabalho) 3 5 10
4 6 11
ou ou ou 5
+ + +
Esta subcritério é avaliado tendo em consideração a Intensidade das Exportações esperada no pós-
projeto e a qualificação dos mercados internacionais.
20
A Intensidade das Exportações (IE) é calculada do seguinte modo:
Onde:
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼
𝑛𝑛
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁ó𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼𝐼 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑖𝑖
=� 𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 ao 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑖𝑖 𝑥𝑥 � �
𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉𝑉 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁𝑁ó𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐𝑐 𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇𝑇 𝑑𝑑𝑑𝑑 𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶𝐶 𝑖𝑖
𝑖𝑖=1
A qualificação dos mercados internacionais é classificada como Fraca, Média ou Forte em função da
consolidação, diversificação e exigência dos mercados-alvo.
Este subcritério avalia o impacto da operação para a competitividade regional e para o desenvolvimento
da região, tendo em conta o contexto da respetiva NUTS II em termos de mercado de trabalho, e/ou a
criação de valor ou intensidade exportadora, e/ou a dimensão da empresa.
A avaliação é baseada na abordagens e grelhas fixadas em anexo para cada uma das Comissões de
Coordenação e Desenvolvimento Regional.
22
NORTE
23
Considerando que se trata de uma estratégia de especialização inteligente de base regional, a análise
de enquadramento deve também considerar o perfil de especialização económica no território de
localização dos projetos. Um dos indicadores mais frequentemente utilizados em análise regional para
este efeito é o Quociente de Localização (QL), o qual constitui um índice que relaciona a importância
relativa de certo indicador em certa região com a importância relativa do mesmo indicador no conjunto
das regiões.
24
Através do recurso ao QL para uma variável como o fundo aprovado FEDER nos Sistemas de Incentivos
as Empresas no período 2014-2020 resultante do sistema de monitorização da estratégia regional de
especialização inteligente, consegue-se compreender se um dado território, neste caso NUTS III,
apresenta maior concentração num determinado domínio prioritário do que a Região do Norte. Assim,
numa dada NUTS III, sempre que o QL, em termos de fundo FEDER aprovado, é superior a unidade,
considera-se então essa sub-região como especializada nesse domínio prioritário da S3 NORTE 2027 (na
tabela seguinte encontram-se os cálculos com os QL por NUTS III e domínio prioritário).
25
O subcritério A.1 é avaliado com base numa metodologia compósita que inclui, numa primeira
componente, a avaliação do enquadramento nos domínios prioritários da S3 NORTE 2027 e,
numa segunda componente, tendo em conta o perfil de especialização, uma majoração dos
territórios com maior grau de especialização nesses domínios prioritários, conforme
apresentado na grelha seguinte.
26
No caso dos projetos localizados em mais do que uma NUTS III, considera-se, para efeitos de
determinação do perfil de especialização, a localização correspondente a maior parcela de investimento
elegível. Se duas ou mais localizações empatarem nesse critério (por representarem o mesmo peso
relativo na distribuição territorial do investimento elegível do projeto), a escolha recairá na opção mais
favorável para a pontuação do projeto.
No que respeita a variável D.2.2, a grelha de classificação das sub-regiões tem como objetivo
potenciar o alargamento da base territorial exportadora. Os projetos inseridos em NUTS III com
menor orientação exportadora de bens têm uma pontuação superior. Em concreto, classificam-
se as sub-regiões NUTS III de 1 a 5 consoante o diferencial entre a intensidade exportadora de
bens da NUTS III e do Norte. Este valor é atualizado anualmente através das Estatísticas do
Comércio Internacional de Bens do INE.
28
Por fim, a pontuação final da análise de mérito do subcritério D.2 para a tipologia de Inovação
Produtiva resulta de uma matriz que cruza um indicador de projeto com a tabela anterior,
atribuindo-se uma escala de pontuação de 3 a 5. Tendo em conta a tipologia de sistema de
incentivos, o indicador selecionado é o diferencial (p.p.) entre a produtividade do trabalho pós-
projeto e a produtividade do trabalho da CAE do projeto, a dois dígitos, observada para o Norte.
No indicador do projeto, a produtividade do trabalho é o rácio entre o VAB pós-projeto e o
emprego pós-projeto. No indicador regional, a produtividade do trabalho é o rácio entre o VAB
e o pessoal ao serviço das empresas. No caso de não existir informação para o valor do Norte,
utiliza-se como referência o valor nacional. Este indicador é atualizado anualmente com base
nas Contas Integrada das Empresas do INE. Os intervalos do indicador do projeto foram
definidos tendo em conta os valores declarados nas operações aprovadas do Norte neste
Sistema de Incentivos no período 2014-2020, de modo a garantir uma distribuição equilibrada
nos diferentes percentis.
Em síntese, a pontuação do D.2 da tipologia de Inovação Produtiva em cada célula da matriz tem
como objetivo incentivar projetos que contribuam para o crescimento da produtividade do
29
trabalho em sub-regiões de menor rendimento por habitante e com menor intensidade
exportadora de bens. Uma vez que a produtividade do trabalho é uma componente importante
do PIB, os projetos mais produtivos em territórios menos desenvolvidos permitirão
compatibilizar o crescimento económico do Norte com a Coesão Regional.
30
CENTRO
Neste critério avalia-se o contributo do projeto para a especialização da região nas áreas
prioritárias definidas na RIS3 do Centro.
O grau de alinhamento dos projetos com a RIS3 é aferido tendo em conta a descrição do projeto
e da estratégia da empresa, em função do seu contributo para a RIS 3 do Centro, segundo o
seguinte referencial:
Cabe ao beneficiário justificar, de forma inequívoca, o contributo do projeto para as prioridades RIS3 do
Centro 2021-2027 (referencial aqui).
Este subcritério avalia a criação líquida de emprego originada pelo projeto em função das características
do mercado de trabalho da zona onde aquele se localiza e da dimensão da empresa; a pontuação do
projeto pode ser alvo de majoração tendo em conta um indicador relativo de desempenho na criação
de valor (IDCV), segundo a seguinte grelha:
31
1
≤ 3a ≥
Micro e Pequenas Empresas a
0 5 6
2
Desequilíbri
Desequilíbrio do 1 2 3 4
o Ligeiro
mercado de
Desequilíbri 2, 4,
trabalho (no 1 3,5
o Moderado 5 5
contexto da região
NUTS II) Desequilíbri
1 3 4 5
o Acentuado
IDCV ≥ 1,5 +1 +1 +1 +1
Majoração IDCV >1 e +0 +0 +0, +0
IDCV < 1,5 ,5 ,5 5 ,5
A criação líquida de emprego é aferida pela diferença entre o número de postos de trabalho no ano pós-
projeto e no ano pré-projeto.
O desequilíbrio no mercado de trabalho pretende avaliar se a zona onde o projeto se localiza apresenta
desequilíbrios mais ou menos acentuados, no contexto da região Centro, sendo medido ao nível da NUTS
III onde o projeto se localiza.
No caso dos projetos localizados em mais do que uma NUTS III, considera-se, para efeitos de
determinação do grau de desequilíbrio do mercado de trabalho, a localização correspondente à maior
parcela de investimento elegível. Se duas ou mais localizações empatarem nesse critério (por
representarem o mesmo peso relativo na distribuição territorial do investimento elegível do projeto), a
escolha recairá na opção mais favorável para a pontuação do projeto.
1
O “valor médio anual do desemprego registado” deve ser avaliado para o último ano civil completo e corresponde à média dos valores
mensais do número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego do IEFP, por local de residência. A estimativa de população
residente dos 15 aos 64 anos é disponibilizada pelo INE.
32
A eventual majoração pretende premiar aqueles projetos que se propõem alcançar um nível relativo de
desempenho na criação de valor superior à referência no respetivo sector de atividade na região Centro.
IDCV = [VAB pós-projeto / VBP pós-projeto]/Taxa de VAB na CAE do projeto na NUTS II Centro
A “Taxa de VAB na CAE do projeto na NUTS II Centro” é a informação disponibilizada pelo INE, à data de
abertura do Aviso, no âmbito do Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE) e é aqui utilizada por
divisão da CAE Rev. 3 (CAE a dois dígitos) e por NUTS II, com referência ao ano mais recente para o qual
exista informação do SCIE disponível por NUTS II. Na eventualidade de a “Taxa de VAB” para a divisão
da CAE e para a NUTS II pretendidas estar numa das seguintes situações: a) “dado não aplicável”; b)
“dado confidencial”; ou c) valor igual ou inferior a zero; então tomar-se-á a “Taxa de VAB” para a mesma
divisão da CAE mas para o total nacional ou, caso o problema ainda assim persista, a “Taxa de VAB”
observada a nível regional para o nível superior de agregação da CAE (secção da CAE, ou CAE a uma
letra), ou, em última alternativa, o mesmo indicador observado a nível nacional.
A aplicação da majoração não poderá, em caso algum, resultar na atribuição de uma pontuação
superior a “5” neste subcritério D2.
33
ALENTEJO
Enquadramento Pontos
Nulo Não se 2
enquadra
Moderado 1 Domínio 3
Alto > 1 4
Domínio
Majorações:
Pontos
Nulo Não se 0
enquadra
Moderado 1 Domínio 0,25
Alto 2 Domínio 0,5
Pontos
Nulo Não se 0
enquadra
Moderado 1 T-Regio 0,25
Alto > 1 T-Regio 0,5
34
Micro e pequena De 3 a 6 postos de trabalho 4
empresa Mais de 3 postos de trabalho 5
Até 5 postos de trabalho 1
Média empresa De 5 a 10 postos de trabalho 3
Mais de 10 postos de trabalho 5
35
ALGARVE
Critério de avaliação:
No que diz respeito à avaliação do enquadramento na RIS3 Regional, tendo sempre subjacente
um paradigma de maior intensidade em conhecimento, é avaliado o enquadramento nas
seguintes ações transformadoras, capazes de catalisar os efeitos de mudança estrutural
pretendidos.
36
Economia do AÇÕES TRANSFORMADORAS
Mar
Pesca e aquicultura sustentáveis: desenvolvimento e adoção de
tecnologias facilitadoras de práticas de pesca sustentável, tais como
a pesca de precisão e sistemas de monitorização, sistemas de
aquicultura recirculante (RAS) e a aquicultura multitrófica integrada
e de novas espécies de menor impacto ambiental.
37
Novos fármacos, cosméticos, dispositivos médicos.
38
Indústrias AÇÕES TRANSFORMADORAS
Culturais e
Criativas Realidade virtual e aumentada (VR/AR) nas indústrias culturais e
criativas: A integração das tecnologias VR/AR nos sectores do
turismo, cultural e criativo pode oferecer experiências imersivas e
experienciais.
Valorização de capital simbólico e de ativos culturais, integração em
rotas e criação de conceitos.
Produção criativa de conteúdos digitais: A promoção da produção de
conteúdos digitais, tais como filmes, animações, jogos, e meios
interativos
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Sustentabili AÇÕES TRANSFORMADORAS
dade
Ambiental Eficiência de recursos: Assegurar a utilização eficiente dos recursos
naturais para minimizar o desperdício, o esgotamento e a
degradação ambiental, ao mesmo tempo que se apoia o
crescimento económico.
Transição energética: desenvolvimento, adoção e difusão de novas
fontes de energia e de acumulação.
Conservação do ecossistema: Preservação e restauração de
ecossistemas, incluindo florestas, zonas húmidas, e oceanos, para
manter a biodiversidade e os serviços essenciais que prestam à
sociedade e à economia.
Agricultura sustentável e sistemas alimentares: Promoção de
práticas agrícolas que otimizem a produtividade, minimizem os
impactos ambientais, e apoiem a segurança alimentar e as
economias locais.
Economia circular: Incentivar a reciclagem, reutilização e re-
fabricação para reduzir o desperdício, conservar recursos, e criar
novas oportunidades económicas.
Desenvolvimento urbano sustentável: Conceção e gestão de
cidades para minimizar os impactos ambientais, otimizar a utilização
de recursos, e melhorar a qualidade de vida dos residentes.
Infraestruturas verdes: Investir em sistemas naturais e construídos
que proporcionam benefícios ambientais, económicos e sociais, tais
como água limpa, qualidade do ar e resiliência climática.
Resiliência climática: Aumento da capacidade das economias para
se adaptarem aos impactos das alterações climáticas, incluindo
eventos climáticos extremos, subida do nível do mar, e mudança dos
ecossistemas.
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Promoção de técnicas agrícolas de precisão, tais como irrigação
gota-a-gota e sensores de humidade do solo, para optimizar a
utilização da água na agricultura e reduzir o desperdício.
Desenvolver sistemas descentralizados de tratamento de água em
pequena escala para fornecer água potável segura a comunidades
rurais e remotas.
Cidades eficientes: promoção de modelos e soluções integradas de
utilização partilhada de energia, desenvolvimento de tecnologia e
adoção no domínio dos materiais.
O contributo para a convergência regional é avaliado de acordo com a posição relativa do VAB
per capita de cada município face à média do VAB per capita da NUTS2 Algarve. Nesse sentido,
entende-se que o desenvolvimento de atividade económica inovadora e com maior valor
acrescentado contribui de forma mais relevante quando localizada em territórios em que o VAB
per capita é inferior à média da NUTS 2. Assim, com base nos dados de 2021 do INE para a
população residente e para o VAB por localização geográfica, e em analogia com as métricas de
classificação das regiões usadas pela Comissão Europeia, definiu-se a seguinte grelha de
avaliação.
Critério de avaliação:
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Anexo B – 5. Legislação e regulamentação aplicáveis
Europeia
Nacional
• Decreto-Lei n.º 5/2023, de 25 de janeiro, que estabelece o modelo de governação dos fundos
europeus para o período de programação 2021-2027;
• Decreto-Lei n.º 20-A/2023, de 22 de março, que estabelece o regime geral de aplicação dos Fundos
Europeus - FEDER, FSE+, o FC, FEAMPA, FTJ e FAMI para o período 2021-2027;
• Portaria n.º 103-A/2023, de 12 de abril, que adota o Regulamento Específico da Área Temática
Inovação e Transição Digital, no âmbito dos Sistemas de Incentivos do Portugal 2030;
• Deliberação n.º 20/2018 da Comissão Interministerial de Coordenação do Portugal 2020, que retifica
a lista de classificação de territórios de baixa densidade para aplicação de medidas de diferenciação
positiva dos territórios.
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Anexo B – 6. Mapa de auxílios com finalidade regional 2022-
2027 aprovado pela Comissão Europeia (Auxílio
Estatal n.º SA 100752)
Centro:
Oeste, Região de Aveiro, Região de
Coimbra, Região de Leiria, Viseu 40% 50%
Dão Lafões, Beira Baixa, Médio
Tejo
Centro:
Beiras e Serra da Estrela 50% 60%
Alentejo:
Alentejo Litoral, Baixo Alentejo, 40% 50%
Lezíria do Tejo, Alentejo Central
Alentejo:
Alto Alentejo 50% 60%
Algarve:
São Brás de Alportel, Alferce,
Boliqueime, Cachopo, Ferreiras,
Loulé (São Clemente), Loulé (São
Sebastião), Mexilhoeira Grande,
Monchique, Paderne, Pechão, 25% 35%
Quelfes, São Bartolomeu de
Messines, São Marcos da Serra,
União das freguesias de Algoz e
Tunes, União das freguesias de
Conceição e Estoi, Vaqueiros
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