Apologética Cristã
Apologética Cristã
Apologética Cristã
SUMÁRIO
Definições...................................................................................................................................... 4
Finalidades ................................................................................................................................... 5
O Jesus Histórico......................................................................................................................... 13
Para Refletir................................................................................................................................. 25
Para Pensar................................................................................................................................. 29
Bibliografia................................................................................................................................... 39
IFÁC EAD 3
D ef i n i ções
“Antes santificai a Cristo, como Senhor, em vossos corações. Estai sempre preparados para
responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir a razão da esperança que há em
vós”.
IFÁC EAD 4
Fi n al i dades
IFÁC EAD 5
Uma I n trodução à Apol ogéti ca
"...e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a todo aquele que vos pedir
a razão da esperança que há em vós;" (1Pe. 3:15)
Então, a apologética cristã é o ramo da cristandade que trata de contestar a toda e
qualquer crítica que se opõe a revelação de Deus em Cristo e a Bíblia. Por conseguinte,
pode incluir estudos como manuscritos da Bíblia, filosofia, biologia, matemática,
evolução e lógica. Mas também pode consistir em dar uma simples resposta a uma
pergunta sobre Jesus ou uma passagem da Bíblia. Este último caso é o mais comum e
você não precisa ler toneladas de livros para fazer isso.
A apologética pode ser defensiva ou ofensiva. O apologista pode e deve defender suas
razões de crer (1Pe. 3:15). Mas, ele também pode atacar. Ele pode procurar aqueles que
opõe e propõe perguntas, problemas, e repostas (2Co.10:5). Claro, ele deve preparar-se
para fazer isto antes e assim toda a apologética será feita com amor.
IFÁC EAD 6
Agora, isto não significa que você deve ter um Ph.D. Mas significa que você deve estar
desejoso de dar pelo menos uma resposta para suas crenças. Se você acha que não pode,
então ore a Deus e comece a estudar.
Lógica em apologética
A lógica é normalmente importante em apologética. Para defender a fé, o cristão deve
usar a verdade, fatos e razão apropriadamente. O cristão deve escutar as objeções e
fazer comentários corretos acerca dos problemas levantados.
A lógica é simplesmente uma ferramenta no arsenal da apologética cristã. A lógica é um
sistema racional. É o princípio de pensar corretamente para se chegar a conclusões
corretas. É claro, algumas pessoas estão mais preparadas para pensar do que outras e
não há qualquer garantia de que a habilidade de uma pessoa na lógica conseguirá a
conversão de uma pessoa. A lógica não visa salvar uma pessoa. Jesus faz isso.
Então, o uso apropriado de lógica em apologética é vencer os obstáculos intelectuais
que impedem uma pessoa de aceitar a Jesus como Salvador. A lógica não é vista como a
resposta a cada problema que enfrenta a cristandade a cada objeção levantada. A lógica
tem seus limites. Não pode garantir sabedoria. Não pode demonstrar ou pode negar
inspiração ou amor. Não pode recolocar a intuição adquirida pela experiência do
Espírito Santo, nem a clara verdade da palavra de Deus. Não obstante, a lógica é muito
importante e realmente pode ser usada poderosamente por pessoas de ambos os lados
da regeneração.
• Declaração: Pode Deus fazer algo tão grande que Ele não pode pegá-lo? Se
Ele pode, então não pode fazer todas as coisas porque Ele não poderia pegar a
pedra. Se Ele não pode, então Ele não pode fazer todas as coisas porque Ele
não pode fazer uma pedra tão grande que Ele não pudesse pegá-la.
• Conclusão: Já que Deus pode fazer todas as coisas e nós mostramos que há
coisas que Ele não pode fazer, por conseguinte, Deus não existe.
IFÁC EAD 7
Na superfície, esta lógica poderia ser difícil de contestar. Mas, tudo o que nós temos que
fazer é pensar um pouco mais e poderemos ver que o problema afirmado acima não é
lógico. Aqui está a resposta:
• Proposição: Deus não pode violar Sua própria natureza; quer dizer, Ele não
pode ir contra o que Ele é naturalmente.
• Declaração: A natureza de Deus não o permite mentir, não ser Deus, etc.
2. O Universo não pode ser infinitamente velho porque se fosse, haveria entrado
há muito tempo num estado de entropia.
5. Algo antes do Universo e maior que o Universo teria que trazer o Universo à
existência.
Todas as provas lógicas para Deus tem forças e fraquezas. Mas, o cristão não
deve ter medo de usar a lógica, razão e evidência ao defender a fé.
IFÁC EAD 8
A lógica é de fato uma área de concordância. Não cremos que possui um pouco
da qualidade inata da capacidade humana ou limitações, nem possui as qualidades
etéreas, mística ou que de algum modo transcendem a influência do pecado. A lógica,
usada apropriadamente, sempre confirma as verdades encontradas na Bíblia e aponta a
Deus - quer o incrédulo aceite isso ou não.
A lógica pertence a Deus. Isto é porque Deus inventou o Universo, as leis físicas,
matemáticas e todos os outros fenômenos naturais e verdadeiros nele. A existência tem
uma ordem porque Deus a deu ordem. A lógica é verdade, não porque é lógica, mas
porque é uma reflexão da natureza de Deus que é ordem e verdade. Por conseguinte, a
lógica, finalmente, só pertence a Deus e só pode ser usada apropriadamente por Ele, em
assuntos que pertencem a Deus, pelo cristão.
Isto não quer dizer que um incrédulo não pode dominar a lógica, seja de matemática,
melhor que um incrédulo. Há áreas de conhecimento comum a ambos e Deus tem dado
algumas habilidades que outros não possuem. Nem é isto o que todos os cristãos
afirmam, quando falam de Deus.
O fato é que ninguém pode dizer que domina toda a lógica, no final. Em um
mundo perfeito com pessoas infalíveis, pensar seria uma aventura maravilhosa que nos
levaria mais perto da revelação da verdade de Deus. Mas, vivemos em um mundo
caído.
A lógica é tudo?
A lógica é tudo para o cristão? Não, não é. A lógica tem duas principais falhas:
primeiro, ela só é boa para quem está usando (ainda que não é uma falha na lógica).
Segundo, a lógica não salva. Jesus o faz. Nós não podemos convencer alguém a ir ao
Reino de Deus. É o Espírito Santo que convence do pecado e faz alguém de coração
aberto entender a verdade (Jo 16:8).
Mas se isso é verdade, então devemos nos irmanar e tentar conversar com
incrédulos? Absolutamente sim. Por várias razões:
• Deus nos ordena dar uma resposta aos incrédulos (1Pe. 3:15) e falar com eles
(Is. 1:18)
• Deus pode, em Sua soberania, usar nosso testemunho e razão para trazer
alguém a seu Reino. Ele não é limitado por nossas insuficiências.
IFÁC EAD 9
Conclusão
A lógica é uma ferramenta para o cristão. Não há nada para temer. De fato, se você
aceita a verdade de que a lógica "pertence" a Deus, então deve ficar animado. Mas, não
permita tornar-se um ídolo; quer dizer, não é a resposta ao problema. Como cristãos,
nós necessitamos usar lógica, assim como a evidência, a oração, a palavra de Deus,
amor, bondade, etc. em nossos esforços de ganhar pessoas a Jesus. Pensar tem um
grande valor na apologética.
O argumento cosmológico
O argumento cosmológico tenta provar que Deus existe mostrando que não pode haver
um número infinito de regressões de causas as coisas que existem. Declara que deve
haver uma causa final de todas as coisas. Esta causa afirma ser Deus.
O argumento cosmológico toma várias formas mas se representa basicamente como se
segue.
Argumento cosmológico
1. As coisas existem.
2. É possível essas coisas não existirem.
3. Qualquer coisa tem a possibilidade de não-existência, todavia existe, se foi
causada existir.
A. Algo não pode vir a existência desde que deve existir para se vir a
existência, o que é ilógico.
4. Não pode haver um número infinito de causas para se trazer algo a existência.
A. Porque uma regressão infinita de causas não tem nenhuma causa inicial
que significa que não há nenhuma causa de existência.
B. Já que o Universo existe, deve haver uma causa.
5. Deve haver uma causa de todas as coisas, portanto.
6. Essa causa deve ser Deus.
Forças do argumento
As forças do argumento cosmológico estão na sua simplicidade e facilidade de
compreender o conceito de que não pode haver um número infinito de causas para um
evento. Alguns argumentos para a existência de Deus requerem mais raciocínio,
terminologia e conceitos, mas este argumento é básico e simples. Assim, é
absolutamente lógico afirmar que os objetos não se originam sozinhos e devem, por
conseguinte, ter causas.
IFÁC EAD 10
Fraquezas do argumento
Uma das fraquezas do argumento é que se todas as coisas necessitam uma causa para
existir, então o próprio Deus também deve, por definição, necessitar de uma causa a
existir. Mas isto só empurra para trás e implica que deve haver um número infinito de
causas que não podem existir. Isto é paradoxal.
Assim, por definição, Deus é sem causa.
O argumento teleológico
O argumento teleológico também é bastante conhecido como argumento de design.
Declara que um Desenhista deve existir no Universo e que todas as coisas vivas exibem
marcas de um plano em sua ordem, consistência, unidade e modelo.
Uma analogia típica disto é o Relojoeiro que foi dado por William Paley (1743-1805) . O
argumento é como se segue. Se você encontra um relógio no chão, você concluiria que
ele foi desenhado e não produto do acaso. Igualmente, quando nós olhamos a vida e o
Universo, é natural concluir que há um Desenhista que deu perfeição e ordem para a
vida operarem. O olho é tipicamente usado como exemplo de design. É um maravilhoso
desenvolvimento. Para que ele funcione, é necessário haver muitas partes individuais
trabalhando juntas que, isoladas, não teriam finalidade alguma, servindo só ao todo. É
só na sua totalidade que eles exibem sua função. O argumento de Paley é como se
segue:
Os artefatos humanos são produto de um plano inteligente.
O Universo se parece com os artefatos humanos.
Por conseguinte o Universo é um produto de um plano inteligente.
Mas o Universo é complexo e gigantesco, comparado com os artefatos humanos.
Há provavelmente, pois, um Desenhista poderoso e imensamente inteligente que
criou o Universo.
Forças do argumento
Este argumento é simples de entender e tem um mérito pois os humanos são projetistas
por natureza e é natural pensar em termos de coisas que tem propósito. É também
consistente com Rm.1:20,
Pois os seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e divindade, são claramente visto
desde a criação do mundo, sendo percebidos mediante as coisas criadas, de modo que eles
são inescusáveis;
Eu creio que o argumento teleológico tem grande peso porque é consistente com as
Escrituras. A Bíblia mostra que nós somos feitos à imagem de Deus. Então, há certas
coisas para as quais nós pensaremos. Ainda que o incrédulo negue a verdade de Deus
em seu erro (Rm. 1:18-32), a verdade está ali.
Além disso, os evolucionistas tem dificuldade em explicar o aparente design dos
olhos, coração e cérebro onde muitas partes diferentes formam o todo. Estas partes
IFÁC EAD 11
individuais não tem nenhum propósito exceto quando funcionam juntas. Como a
evolução explica estes detalhes? Até agora, não pôde.
Falhas do argumento
A idéia que o Universo é desenhado é subjetiva. As diferentes observações no mundo
natural podem produzir diversas teorias de sua existência. Assim, esta prova se constrói
na analogia. Se nós encontrarmos coisas no Universo que são caóticas, não há então
nenhum Desenhista por analogia.
IFÁC EAD 12
O J esus Hi stóri co
O JESUS HISTÓRICO Jesus foi uma pessoa real ou um mito? Nesse caso, quanto do
"real" Jesus nós podemos saber da Bíblia? Temos evidência que Jesus viveu, ensinou, morreu e
ressuscitou como diz a Bíblia?
Idéias céticas
As pessoas realmente se perguntam se Jesus viveu ou não? Que dizem os cépticos?
Talvez você tenha ouvido essas afirmações:
IFÁC EAD 13
Questões para o Jesus histórico
Tem havido vários movimentos, ou "questões", nos últimos dois séculos para
encontrar ao Jesus histórico por estudiosos religiosos que parecem minar a natureza
religiosa e a fidelidade do NT.
• Crítica formal
Os críticos da forma propõe que só novos Evangelhos do Novo Testamento não
foram originalmente escritos completos, mas foram coleções de fatos separados de
tradições orais, mitos ou parábolas que eram "colocadas" juntas para formar uma
IFÁC EAD 14
coletânea artificial que ajudou a divulgar as práticas da igreja antiga. A crítica
formal tentar reconstituir estes episódios originais sem a coletânea artificial.
Sua aproximação para crítica da Bíblia está em uma fonte de declarações hipotética "Q"
(Quelle, alemão para "fonte"), e o livro apócrifo de Tomé. Os movimentos da terceira
questão tem duas metas:
• Examinar fontes arqueológicas, históricas e textuais do primeiro século e aplicar
os descobrimentos da sociologia e antropologia a estas fontes para tentar
entender a Jesus
• Enfatizar o judaísmo de Jesus e a necessidade de sua compreensão no contexto
do primeiro século
Esta citação é de uma página em um site do Jesus Seminar:
"Eles [os estudiosos do Jesus Seminar] concluíram que o Jesus da história é muito
diferente do ícone da Cristandade tradicional: Jesus não caminhou na água,
alimentou a multidão, transformou água em vinho ou ressuscitou Lázaro. Ele foi
executado como uma ameaça pública, não por dizer ser Filho de Deus. E na visão do
Seminário, ele não ressuscitou; a ressurreição é, ao invés disso, baseada nas
experiências visionárias de Pedro, Paulo e Maria."
IFÁC EAD 15
O Papel da Apol ogéti ca no S urgi men to de
D outri nas
“ O apologeta está para a apologia assim como a homilética está para o sermão.”
Tudo o que se refere a tempo podemos chamar de história. Vivemos num mundo
temporal, diferente de como será no céu - a eternidade.
O futuro também é história. Os profetas do passado, por exemplo, tinham uma
consciência profética do futuro.
A profecia deve andar junto com os acontecimentos da história, não pode andar
divorciada.
Temos a idéia de profeta muito mística. Porém, nem sempre a profecia é
acompanhada de línguas estranhas.
A história merece uma interpretação. O apologeta precisa saber interpretar a
história, de maneira consciente, de acordo com o ponto-de-vista cristão. A tarefa da
Igreja, portanto é:
IFÁC EAD 16
para projetar para o futuro aquilo que está presenciando no presente. É um estudioso
da história.
Outros exemplos:
O fator histórico deve estar ligado ao sermão, para que a mensagem pregada não
passe de apenas uma história bíblica.
A história deve estar conectada com o meu dia-a-dia (prática do sermão).
O sermão deve ser apologético – Mostrar as conseqüências (esta deve ser a conexão).
A interpretação histórica deve ser de maneira consciente, de acordo com o ponto de
vista cristão.
IFÁC EAD 17
Passado X Presen te
Para que possamos ter uma compreensão holística do homem atual, é necessário
estudarmos seu passado e os principais fatores responsáveis por sua mudança. Sem
esse conhecimento, nosso estudo do homem atual se tornaria superficial e sem sentido.
Veremos também como essa mudança acabou por afetar os conceitos nos padrões
éticos, morais (comportamento) e espirituais no homem. Podemos contemplar essas
mudanças e seus reflexos na Igreja atual. Há diferenças da Igreja primitiva para a Igreja
contemporânea? Quais são os principais pontos que poderíamos destacar desta
mudança? Quais foram os fatores responsáveis por essa mudança? Essa mudança foi
benéfica ou maléfica?... Estes questionamentos nos ajudarão a contemplarmos o
passado, entendermos o presente e projetarmos o futuro que nos espera. Temos em
nossas mãos o poder de questionar e defender o Evangelho genuíno de nosso Senhor
Jesus Cristo das tendências puramente humanas que tem penetrado na Igreja.
IFÁC EAD 18
O B erço da M odern idade
IFÁC EAD 19
Pensadores como Descartes, Newton e Kant foram os responsáveis pelo
fundamento intelectual da era moderna que nasce em fins de 1600 e floresce nos séculos
XVIII e XIX.
No campo religioso, podemos citar a presença de líderes tais como John Wesley ( 1703-
1791) e George Whitefeld (1714-1770), responsáveis pelo Avivamento Evangélico,
essencialmente, uma continuação da Reforma.
Também havia racionalistas ativos na era da Reforma, como Fausto Socino (1539-1604),
que rejeitara a doutrina da Trindade a favor do Unitarismo. Condenava também a
doutrina da expiação como sendo imoral e irracional.
Vejamos algumas:
• Uma redescoberta de Deus, na ocasião da Reforma. Esta foi a descoberta básica que
trouxe à existência as Igrejas Reformadas, e que foi o alicerce do movimento
puritano e do Avivamento Evangélico nos séculos XVII e XVIII.
• O interesse no mundo em geral, e no homem em particular, por amor a eles mesmos.
• Crescente expressão da ciência e tecnologia modernas.
• O homem ficou sendo mais racional. Descartou crenças que saíram da moda. Se não
rejeitou a Deus, pelo menos descartou o ritual e os acessórios da igreja. Tudo isso faz
parte integrante da maturidade alcançada pelo homem, que agora vive uma vida
toda sua.
• Segundo os pensadores o conhecimento é preciso, objetivo e bom.
IFÁC EAD 20
Perí odo Pós-M odern o
IFÁC EAD 21
No pós-modernismo:
O sentido do texto não reside no próprio texto, mas em quem interpreta a leitura.
Há lugar para a subjetividade e livre interpretação. Dentro desta liberdade, cada um dá
sua própria interpretação. Essa é mais uma tendência pós-moderna, os filmes já não tem
mais um final determinado, nem os livros um final feliz. Fica a critério do espectador
explorar o final.
IFÁC EAD 22
Fi m de M i l ên i o
Estamos vivendo em nossos atuais dias o que podemos chamar de “período Pós-
Moderno”. Esse pós-modernismo que tem avançado em nossos dias caracteriza-se pela
secularização da cultura ocidental, alto desenvolvimento da cultura, da ciência, da
consciência, da modernização e da tecnologia industrial. A pós-modernidade também
se caracteriza pela urbanização acelerada, o crescimento da população e os meios de
comunicação de massa, como os mais importantes.
IFÁC EAD 23
desígnio, a pós - modernidade enfatiza a chance e o acaso. A Modernidade estabelece
uma hierarquia, a pós cultiva a anarquia. A Modernidade valoriza tipos, a pós, o
mutantismo. A Modernidade busca o logos, que oferece o substrato do universo
expresso na linguagem, a pós abraça o silêncio e rejeita sentido e palavra.
IFÁC EAD 24
Para R ef l eti r
IFÁC EAD 25
Pl ural i zação /G l ob al i zação
A cada dia que se passa, cresce a urbanização do mundo e a disputa cada vez mais
acirrada por um mesmo espaço entre pessoas com etnias, línguas, idéias, religiões e
produtos a serem comercializados geraram uma ruptura dos próprios processos da
pluralização. Os indivíduos estão tão confusos que agem não mais pela razão, mas
pensando nos outros, na crítica moderna. Vêem a si próprios através dos olhos alheios.
A auto-imagem projetada conta mais que a experiência e habilidades adquiridas. O
homem atual não é mais julgado pelo seu caráter, mas por suas posses. Quanto mais ele
tem, mais ele vale. Isto o leva a uma auto-afirmação.
Uma sociedade que já não enxerga em Deus a explicação para suas colheitas
fracassadas, suas condições meteorológicas instáveis e para suas epidemias
avassaladoras pode ser considerada uma sociedade a caminho da secularização, uma
cultura que programaticamente descarta o sobrenatural como realidade já está
secularizada. A intelectualidade, o avanço das idéias deste mundo, como é o caso das
universidades, bloqueia todas as saídas para o sobrenatural, relegando-as ao
misticismo. A academia de letras só considera valores culturais sob uma concepção
secularizada. Os educadores, que forjam os futuros pensadores; os jornalistas, que
filtram as notícias veiculadas pela mídia; os psicólogos, que aconselham a população
brasileira; os legisladores, que promulgam as leis do País; todos têm um perfil
secularizado. Essa cosmovisão secularizada influencia a cultura em todas as suas
dimensões.
IFÁC EAD 26
apenas com momentos felizes, mas tristes por dentro. Deus tem um plano para encher
estas vidas com Seu amor que alegra a alma e dá a paz que eles precisam.
Somos uma geração viciada em velocidade. As notícias dos tele-jornais são curtas
e sintéticas. O tempo passou a ser uma obsessão mundial. As pessoas necessitam
redimensionar-se para conviver com tamanha rapidez de mudanças; precisam adaptar-
se a regulamentos fugazes sem raízes. Esse desarraigamento trouxe duas
conseqüências: relacionamentos corriqueiros e troca de amizades em grande
velocidade.
Assim, o homem pós-moderno defronta-se com um paradoxo. Está só e não gosta,
mas por outro lado não sabe como desenvolver amizades sólidas. Fechado em si, não
consegue lembrar-se do carinho materno pois recebeu tratamento profissional de uma
babá. Sente-se dono de seus sentimentos, mas vive triste pois não sabe como transpor a
linha divisória entre amor e sensualidade; a maioria de seu relacionamentos começaram
com uma transa. Não confia em ninguém pois todos querem levar vantagem.
Essa cultura que tem gerado relacionamentos superficiais tem afetado
diretamente a igreja. As pessoas têm medo de se aprofundarem em seus
relacionamentos. Esta característica da pós-modernidade influencia também no
relacionamento do homem com Deus; seus relacionamentos horizontais (homem) e
vertical (Deus) são sem profundidade. Há uma porção de pessoas más tentando se
aproveitar dos menos avisados. A grande cidade ensina seus habitantes a proteger-se
não se expondo. Para o homem urbano, por exemplo, o encontro sexual não pode ser
mais desprotegido. Não se confiam mais nas pessoas.
IFÁC EAD 27
função como antes. Sob pressão da pós-modernidade vem sofrido a perda do
monopólio da cosmovisão. Como o homem atual busca “qualquer” alternativa para a
solução de seus problemas, ele muitas vezes o busca no misticismo, na intuição ou em
qualquer outra coisa que pelo menos por um momento possa lhe produzir resposta.
Todas as respostas passaram a ser válidas para ele, horizontalizadas pela relativização
de que tudo é verdadeiro.
• Um ecletismo na religião
• Cristãos raquíticos (que por sua vez assimilam os valores das outras realidades e
cosmovisões)
• Cristãos supersticiosos, valorizando objetos, óleo ungido, rosas sagradas, água do
rio Jordão (característica da religiosidade pagã).
IFÁC EAD 28
Para Pen sar
Todo pastor deveria questionar o crescimento de sua igreja. Será por causa de agressivas
estratégicas de marketing, ou crescem porque experimentam a operação dinâmica do Espírito
Santo?
Alguns pastores têm usado a política para encherem suas igrejas. A
espiritualidade tem se tornado narcisista. As pessoas querem o melhor para si, por isso
buscam a Deus: para ganhar algo Dele e não para adorá-lo e glorificá-lo.
Trabalhar somente com a religião, como é o caso do pastor, tornou-se algo difícil
neste mundo pós-moderno. Certa antipatia faz parte de toda uma visão pós-moderna.
Por isso os pastores muitas vezes sentem-se inferiorizados, não realizados e insatisfeitos
em seu exercício ou chamado ministerial. Alguns pastores desenvolvem mecanismos
que lhes darão, mesmo que ilusoriamente, um sentimento de importância.
IFÁC EAD 29
era a glória de Deus, não a dos homens. O Senhor Jesus não quer quantidade nem
tamanhos, mas fidelidade dos seus.
Os filósofos do Iluminismo queriam libertar o cristianismo do que consideravam
dogmas e princípios religiosos irracionais. Quando o Iluminismo estava no seu apogeu,
buscava-se substituir a fé no governo de Deus pela fé no progresso humano. O mundo
moderno passou então a tolerar o exercício da religiosidade nessa dimensão utilitária e
privada.
Uma enorme controvérsia marcou o início desse século. Dois grandes grupos
formaram-se: os fundamentalistas e os liberais. Os liberais desmistificavam a Bíblia,
buscando torná-la mais a gosto do homem moderno. Já os fundamentalistas batalhavam
pela inerrância das Escrituras e pelos alicerces da terra. Porém uma mentalidade
humanista contaminou a ambos.
O pensar ocidental humanista dizia:
...“Você nasceu para ser feliz. Todas as coisas deveriam ser convocadas para promover a
felicidade humana”.
IFÁC EAD 30
T eol ogi a Con temporânea = T eol ogi a da Fel i ci dade
IFÁC EAD 31
E agora... O q ue f azer???
Como en ten der os descren tes?
1. O descrente rejeitou a Igreja, mas não significa que rejeitou a Deus.
O homem pós-moderno não quer assumir compromissos duradouros em se tratando
de relacionamentos. Não quer dizer que o homem pós-moderno seja mais descrente,
pois ele continua sedento, mas talvez esteja faltando algo na Igreja, ela não está
cumprindo sua missão, seu papel.
2. O descrente pode estar moralmente à deriva, mas no fundo está em busca de uma
âncora. Não importa se pecou mais do que as outras, pois alguns pensam que
quanto mais um homem peque, mais difícil é dele se converter. Então, todos estão
em busca de uma âncora, todos necessitam de salvação.
5. O descrente tem perguntas autênticas sobre assuntos espirituais, mas não acham que
os cristãos respondam de modo que o satisfaça.
7. Quem está longe de Deus não quer apenas conhecer algo. Quer ter a experiência. Só
conhecimento intelectual nem sempre vai segurar alguém com Deus na igreja.
Devemos levar o pecador a Ter uma experiência com Deus.
IFÁC EAD 32
8. O descrente não quer ser um projeto de alguém. Ele gostaria, porém, de ser amigo
de alguém. A igreja está tendo grandes problemas com relacionamentos... Nisto
conhecerão que sois meus discípulos – se vos amardes uns aos outros.
11. O descrente não quer fazer parte de uma organização, mas está ansioso para
trabalhar em conjunto por um mesmo objetivo (ele foge de organizações).
12. O descrente pode não demonstrar interesse espiritual na igreja, mas quer que seus
filhos recebam um treinamento moral de alta qualidade. Pode-se ganhar os pais
através dos filhos.
13. O descrente está confuso com os papeis sexuais. Ele não sabe que a Bíblia pode lhe
deixar bem claro o que significa ser homem ou mulher.
14. O descrente tem orgulho de ser tolerante com os diversos tipos de fé, mas acha que
os cristãos têm mentalidade estreita. Em outras palavras, ele se gaba de ser tolerante,
mas acha que os cristãos não o são.
IFÁC EAD 33
As pressões da Pós-M odern i dade na I grej a
O Pl ural i smo e a I grej a a se adaptar...
IFÁC EAD 34
Q uai s os desaf i os da I grej a di an te destas q uestões?
a) Ser organismo vivo, antes de ser instituição;
b) Oferecer uma segurança comunitária sem o prejuízo da liberdade individual. Duas
tentações geradas pela incredulidade e insegurança do pós-modernismo:
• Abandonar os indivíduos à sua própria sorte, preocupando-se com multidões.
• Querer solidificar-se como instituição e afirmar-se na tradição.
A igreja não pode refugiar-se nas multidões, ignorando a resistência do pós-
modernismo, em deixar-se conhecer. A busca pela mega-igreja leva à massificação
(ignora-se a individualidade de cada um, as pessoas passam a ser tratada como
número). Deve-se investir na pessoa como ser individual.
IFÁC EAD 35
V ocê pode expl i car sua Fé?
Não é de se esperar que muitos não-Cristãos pensem dessa maneira. Mas, que
muitos crentes pensem assim, aberta ou secretamente, é trágico.
Nós vivemos num mundo crescentemente sofisticado e educado. Já não é suficiente
sabermos o que acreditamos. É essencial saber por que o acreditamos. O fato de crermos
em alguma coisa, não torna essa coisa verdadeira. Uma coisa é verdadeira ou não
independente de alguém crer nela. Isto é tanto verdadeiro para o Cristianismo como
para qualquer outra coisa.
Existem dois pontos de vista igualmente errôneos divulgados hoje em dia entre os
cristãos, sobre a importante questão de saber-se se o Cristianismo é racional. O primeiro
é, em essência, uma abordagem antiintelectual ao Cristianismo.
Muitos compreendem mal versículos como Cl. 2.8 “Cuidado que ninguém vos venha a
enredar com sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos homens, conforme os
rudimentos do mundo, e não segundo Cristo”. Alguns usam este versículo de tal
maneira que dá a impressão que o Cristianismo é, pelo menos não racional, se não
irracional.
IFÁC EAD 36
“ Era uma vez dois exploradores que chegaram a uma clareira, na selva. Na
clareira cresciam muitas flores e muitas ervas daninhas. Um dos exploradores disse: ‘
algum jardineiro deve cuidar deste pedaço de terra’. O outro descorda: ‘ não há
nenhum jardineiro’. Então armaram suas tendas e ajustaram a vigilância. Nenhum
jardineiro é visto. ‘ Mas talvez seja um jardineiro invisível’. Colocaram então uma cerca
de arame farpado. Eletrificaram essa cerca. Patrulharam-na com cães de guarda. Mas
nenhum grito indicou jamais que algum intruso recebeu um choque. Nenhum
movimento do arame da cerca indicou jamais um escalador invisível. Os cães nunca
latiram ainda sim o crente não está convencido: ‘ mas há um jardineiro, invisível,
insensível a choques elétricos, um jardineiro que vem secretamente cuidar do jardim
que ele ama “. Por fim, o cético se desespera: “Mas o que resta de sua afirmação
original? Como difere exatamente o que você chama de jardineiro invisível, intangível,
eternamente ilusório, de um jardineiro imaginável ou mesmo de nenhum jardineiro
enfim?”.
Esta parábola é um julgamento condenatório de todas as reivindicações de
veracidade religiosa, salvo aquela da fé cristã; pois no Cristianismo nós não temos
meramente uma alegação de que o jardim deste mundo é cuidado por um Jardineiro
amoroso; nós temos a real, empírica entrada do Jardineiro dentro da cena humana na
pessoa de Cristo (Jo. 20.14,15), e essa entrada é comprovável através de sua
Ressurreição.
IFÁC EAD 37
Existem no mundo dois tipos de céticos: Aqueles que não crêem por falta de
provas e aqueles que não crêem por que não querem crer. Aí entra a questão moral para
estes. Muitos não cristãos não consideram o Evangelho seriamente porque ninguém
jamais lhes apresentou os fatos convincentemente. Esses associam a fé com a
superstição, baseados primariamente em considerações emocionais, e, portanto, o
rejeitam de antemão.
O problema moral sempre obscurece o problema intelectual, no Cristianismo. Não é que
o homem não pode acreditar – é que ele não quer acreditar.
O problema moral sempre obscurece o problema o problema intelectual, no
Cristianismo. Não é que o homem não pode acreditar – é que ele não quer acreditar.
Mas indicações bíblicas da base racional do Evangelho aparecem na ordem de nosso
Senhor de “amar o Senhor Teu Deus de todo o teu coração e de toda a tua alma, e de
todo o teu entendimento” (Mt 22.37). O homem todo está envolvido na conversão: a
mente, as emoções e a vontade. Paulo diz que ele é incumbido da defesa do Evangelho
(Fl.1.16). Tudo isso implica em um Evangelho claramente compreensível, o qual pode
ser racionalmente compreendido e defendido. O Evangelho é sempre equiparado com a
verdade.
A pergunta então nos vêm à tona: Como é que eu sei que o Evangelho é
verdadeiro? Há dois fatores básicos: os fatos objetivos, externos e históricos da
Ressurreição, e a experiência de Cristo, subjetiva, interna, pessoal. Porque o
Cristianismo é acerca do Único que é a Verdade, um exame acurado não pode
prejudicá-lo. A fé no Cristianismo é baseada na evidência. É uma fé razoável. A fé, no
sentido Cristão, vai além da razão.
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B i b l i ograf i a
• Little, Paul E. – Você pode explicar sua fé? – 5ª. Ed. São Paulo, Mundo Cristão,
1997.
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