17 - Teoria
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com/ProfessorFerretto
CICLOS OVARIANOS
E MÉTODOS
ANTICONCEPCIONAIS
CICLO MENSTRUAL
• Ciclo menstrual
• Maturação dos folículos ovarianos e produção de es- MATURAÇÃO DOS FOLÍCULOS OVARIANOS
trogênios
E PRODUÇÃO DE ESTROGÊNIOS
• Efeitos dos estrogênios
• Ovulação e produção de progesterona Como foi visto na aula sobre gametogênese, a mulher
• Efeitos da progesterona chega à puberdade com todos os seus ovócitos I prontos
• Menstruação e dentro de folículos ovarianos.
• Menarca e menopausa Nesse estado inicial, os folículos são formados pelo
• Cronologia do ciclo mental ovócito I em diplóteno envolvido por uma única camada
• Efeitos da fecundação no ciclo menstrual de células epiteliais achatadas. Esse é o folículo primor-
• Métodos anticoncepcionais dial.
• Método do ritmo ou da tabelinha ou de Ogino-Knaus No início da puberdade, começa a haver uma produção
• Método do Muco Cervical de Billings aumentada do hormônio gonadotrófico hipofisário
• Método da Temperatura FSH ou hormônio folículo-estimulante. Este hormônio,
• Contraceptivos Hormonais como o próprio nome diz, estimula a maturação do folí-
• Pílula do dia seguinte ou de emergência culo.
• Amenorreia da Lactação Com a liberação de FSH, cerca de 5 a 12 folículos
• Camisinha ou “Camisa-de-vênus” ou Côndon entram em maturação, apesar de normalmente apenas
• Diafragma um deles completar essa maturação.
• Geleias espermicidas Com a maturação, observa-se que as células folicu-
• Métodos Cirúrgicos ou Esterilização lares, antes dispostas em uma única camada de célu-
• Dispositivo intrauterino (DIU) las achatadas, começam a se apresentar em uma única
• Outros métodos camada de células cúbicas. O folículo passa a ser dito
folículo primário. É nessa época que começa a se formar
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MENSTRUAÇÃO
MENARCA E MENOPAUSA
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Vários sintomas acompanham a menopausa, como estresse, calores e sudorese, problemas vas-
culares e osteoporose.
Nas mulheres em menopausa, quando se reduz drasticamente a quantidade de hormônios
femininos na circulação sanguínea, reduz-se a atividade dos osteoblastos, uma vez que os estroge-
nios mantinham a atividade dessas células formadoras de matriz orgânica óssea. Como a atividade
dos ostroclastos (células destruidoras de matriz orgânica óssea) se mantém, ocorre uma perda de
matriz orgânica à base de colágeno, de modo que o cálcio não consegue se manter no osso. O re-
sultado é a desmineralização óssea, de modo que os ossos tornam-se porosos e quebradiços, numa
situação conhecida como osteoporose.
A mulher em menopausa, para prevenir osteoporose, pode fazer ingestão de suplementos ali-
mentares de cálcio e fazer reposição hormonal, sendo que este último procedimento, infelizmente,
aumenta para a mulher o risco de cânceres como o câncer de mama, devendo a mulher que faz
reposição tomar cuidados preventivos maiores.
É bom lembrar que, com a velhice, vem uma osteoporose fisiológica ou senil, que explica a re-
dução no tamanho de um indivíduo muito idoso, já que os ossos pouco calcificados exercem sua
função normal de sustentação.
Considera-se o 1º dia do ciclo menstrual como o tanto no 28º dia, o endométrio começa a se desca-
primeiro dia da menstruação, que dura em média mar, havendo nova menstruação e o início de novo
5 dias. ciclo.
Após o fim da menstruação, começa a secreção É bom lembrar, entretanto, que nem todo
de FSH, o que promoverá maturação dos folículos ciclo menstrual é de 28 dias, podendo haver ciclos
e produção dos estrogênios. menores, de 21 dias, até ciclos maiores, de 40 dias.
Por volta do 10º dia do ciclo, começa a queda do De maneira geral, a ovulação ocorre 14 dias da
FSH e o aumento do LH, de maneira que, no 14º menstruação, não importando a duração do ciclo.
dia, ocorre a ovulação. É bom lembrar também que nem todo ciclo é
Se não houve gravidez, o corpo lúteo se man- regular, podendo variar de duração de um mês
tém por cerca de 9 dias (até o 23º dia), quando para para outro.
de secretar progesterona. Cinco dias depois, por-
Equilíbrio hormonal entre adenohipófise (LSH e LH) e ovários (estrogênio ou estradiol e progesterona) durante um ciclo menstrual.
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Caso a mulher seja fecundada, o zigoto será formado e o embrião em formação, em sua fase de blasto-
cisto, produzirá um hormônio denominado gonadotrofina coriônica ou hCG. Este hormônio impede a
regressão do corpo lúteo, que continua então produzindo progesterona, de tal maneira que não há aquela
queda na taxa de progesterona que promoveria a menstruação. Esse hormônio mantém o corpo lúteo até
cerca do terceiro mês de gravidez, quando a própria placenta passa a produzir progesterona e se manter
por si própria.
A gonadotrofina coriônica só está presente em mulheres grávidas, sendo sua detecção a base para os
testes de gravidez. (Costuma-se falar em β -hCG porque o exame é sensível à subunidade beta desse hormô-
nio de natureza proteica.)
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secos” no ciclo, sendo que a mulher não está fértil, CONTRACEPTIVOS HORMONAIS
não havendo o risco de gravidez.
Nos dias imediatamente anteriores ao período Os contraceptivos hormonais são misturas de
fértil, o muco cervical se torna mais mole e cremo- hormônios que inibem a ovulação e, consequente-
so, com aparência leitosa e consistência pegajosa, mente, impedem a fecundação. A maneira mais co-
ainda que com pouca elasticidade. O risco de en- mum de sua utilização se dá através de pílulas anti-
gravidar é baixo, mas já existe essa possibilidade. concepcionais, também chamadas contraceptivos
No período fértil, o muco assume aparência se- orais.
melhante à da clara do oco, sendo transparente e As pílulas anticoncepcionais são pílulas que con-
muito viscoso: ao juntar o dedo polegar e indicador, têm grandes quantidades de hormônios sexuais
forma-se um “fio” de muco maior que 1 centímetro femininos. Esses hormônios agem sobre a hipófise,
antes que se rompa. O risco de se engravidar nesse inibindo a secreção de gonadotrofinas hipofisárias
momento é bastante elevado. (FSH e LH) que levariam à ruptura do folículo de Graaf
e à ovulação.
As pílulas devem ser tomadas a partir do primeiro
dia após a menstruação (5º dia do ciclo) até o 25º dia
do ciclo, quando ela para a tomada.
Como a pílula contêm estrogênios e progesterona,
o endométrio formará normalmente aquelas cama-
das extras preparatórias para uma eventual gravidez.
Quando a mulher para de tomar a pílula, no 25º dia,
isso equivale a uma queda brusca na taxa de proges-
Aparência do muco cervical no período fértil. terona, o que provoca descamação do endométrio e
menstruação.
A menstruação deve ocorrer normalmente no
MÉTODO DA TEMPERATURA
período em que a mulher toma as pílulas para
O método da temperatura se baseia na variação que ela mantenha o útero funcionando. Caso con-
da temperatura corporal ao longo do ciclo ovariano trário, se ela tomasse as pílulas sem interrupção e
para identificar o período fértil da mulher e aumen- não menstruasse, quando ela quisesse engravidar,
tar a eficácia no uso do método da tabelinha. poderia ter dificuldades de formar as camadas ex-
No dia da ovulação, a tendência é que a tem- tras do endométrio normalmente.
peratura corporal aumente cerca de 0,25 a 0,5 C. o
Existe, no entanto, atualmente, uma visão
Assim, a mulher deve tomar sua temperatura di- diferente por parte de muitos médicos a respeito da
ariamente pela manhã, de preferência no mesmo necessidade de a mulher menstruar. Um dos argu-
horário, e acompanhar as variações. Normalmente, mentos é o de que, em muitas comunidades indíge-
a temperatura está entre 36 e 36,5 C. Com a ovu-
o
nas, por exemplo, em que a mulher é considerada
lação, a temperatura passa a ser na casa de 37 C, o o
apta a reprodução imediatamente após a menarca,
que se dá devido ao efeito da progesterona sobre é comum que as mulheres não menstruem, uma
o metabolismo. A mulher deve estar atenta para o vez que, ao término de uma gravidez, outra logo se
dia exato em que a temperatura passa a subir, pois sucede. Assim, a argumentação de que a menstru-
essa será a data provável da ovulação. ação é desnecessária faz com que esses médicos
Tome nota:
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preconizem o uso da pílula sem interrupção, o que manteria as elevadas taxas hormonais na mulher e evitaria
a menstruação.
Algumas formulações utilizando os hormônios da pílula usam métodos de administração, como injeções
de ação mensal e implantes subcutâneos de liberação lenta de hormônios com ação até de alguns anos.
Assim, a pílula e essas outras formulações podem ser descritos em conjunto como contraceptivos hormonais.
O uso continuado dos contraceptivos hormonais traz riscos à saúde, como o aumento no risco de câncer
de mama e de doenças cardiovasculares, inclusive varizes. Assim, é importante que haja acompanhamento
médico para as usuárias.
A pílula do dia seguinte é um método anticoncepcional de emergência para ser utilizado quando outros
métodos anticoncepcionais falham (como pela ruptura do preservativo) ou em casos de estupro, consistin-
do de altas doses de hormônio sexuais femininos, ou seja, estrogênios, progesterona, ou uma combinação
dos dois que, tomada até 72 horas após o ato sexual, pode agir em de três maneiras para evitar a gravidez.
O uso frequente da pílula do dia seguinte não é recomendado, uma vez que leva a alterações hormonais
intensas, de modo a promover a desregulação dos ciclos ovarianos, além de diminuir a eficácia.
A pílula do dia seguinte não é um método abortivo, uma vez que a gravidez só é caracterizada após a
implantação do embrião no endométrio uterino, ou seja, somente após a nidação.
AMENORREIA DA LACTAÇÃO
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8 biologia
venéreas”), como a gonorreia, a sífilis etc. dos espermatozoides, antes que passem para o in-
Consiste num envoltório elástico muito fino de terior do útero. Seu uso isolado não oferece grande
borracha que se aplica sobre o pênis em ereção, a segurança. Devem ser sempre coadjuvantes de
este se adaptando com absoluta justeza. O côndon outros recursos, como a camisinha e o diafragma.
retém o sêmen após a ejaculação.
MÉTODOS CIRÚRGICOS
OU ESTERILIZAÇÃO
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OUTROS MÉTODOS
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