Apostila Do Curso Legislacao e Politicas de Saude
Apostila Do Curso Legislacao e Politicas de Saude
Apostila Do Curso Legislacao e Politicas de Saude
1
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 23
CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_Único_de_Saúde
3
Previdência e Assistência Social, sendo que a assistência à saúde beneficiava apenas os
trabalhadores da economia formal, segurados do INPS e seus dependentes, não tendo
caráter universal.
4
Essa lei regula em todo o território nacional as ações e serviços de saúde, executados
isolada ou conjuntamente, em caráter permanente, eventual, por pessoas naturais ou
jurídicas de direito público ou privado.
A Lei 8.080/90 instituiu o Sistema Único de Saúde, constituído pelo conjunto de
ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais,
estaduais e municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
poder público. A iniciativa privada participa do Sistema Único de Saúde em caráter
complementar.
As ações e serviços públicos de saúde e os serviços privados contratados ou
conveniados que integram o SUS são desenvolvidos de acordo com as diretrizes
previstas no artigo 198 da Constituição Federal vigente, obedecendo ainda princípios
organizativos e doutrinários, tais como:
5
A LEI 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990
➢ A Conferência de Saúde;
➢ O Conselho de Saúde.
➢ Fundo de Saúde;
➢ Conselho de Saúde;
➢ Plano de Saúde;
➢ Relatório de Gestão;
➢ Contrapartida de recursos para a
saúde no respectivo orçamento;
➢ Comissão de elaboração do
Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS).
6
As normas são instrumentos usados para definir estratégias e aspectos
operacionais das políticas e da organização dos serviços e são pactuadas entre os
gestores: Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e
Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS).
Entre os objetivos das Normas Operacionais temos:
➢ Induzir e estimular mudanças;
➢ Aprofundar e reorientar a implementação do SUS;
➢ Definir novos objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos
tático-operacionais;
➢ Regular as relações entre seus gestores;
➢ Normatizar o SUS.
A Norma Operacional Básica do SUS 01/91 (NOB/SUS 01/91) foi editada pela
Resolução do INAMPS nº 258, de 7 de janeiro de 1991, e reeditada com alterações pela
Resolução do INAMPS nº 273, de 17 de julho de 1991, publicadas no Boletim de
Serviço daquele Instituto.
7
implantação do Sistema de Informação Ambulatorial (SIA/SUS).
A Norma Operacional Básica do SUS 01/93 (NOB/SUS 01/93) foi editada pela
Portaria GM/MS nº 545, de 20 de maio de 1993. Formalizou os princípios aprovados na
9ª Conferência Nacional de Saúde (realizada em 1992), que teve como tema central “a
municipalização é o caminho”, e desencadeou um amplo processo de municipalização
da gestão com habilitação dos municípios nas condições de gestão criadas (incipiente,
parcial e semiplena).
Os principais pontos da Norma Operacional Básica são:
8
(fundo a fundo) dos recursos federais a Estados e Municípios, reduzindo a transferência
por remuneração de serviços produzidos.
9
A NORMA OPERACIONAL DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
NOAS/SUS
10
no acesso da população às ações e serviços de saúde em todos os níveis de atenção.
Estabelece o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços
de saúde e de busca de maior equidade. Institui o Plano Diretor de Regionalização
(PDR) como instrumento de ordenamento do processo de regionalização da assistência
em cada Estado e no Distrito Federal. Baseado nos objetivos de definição de prioridades
de intervenção coerentes com a necessidade da população e garantia de acesso dos
cidadãos a todos os níveis de atenção à saúde.
Cabe às secretarias de Saúde dos Estados e do Distrito Federal a elaboração do
PDR, em consonância como Plano Estadual de Saúde, devendo o mesmo ser aprovado
pela Comissão Intergestores Bipartite e pelo Conselho Estadual de Saúde. O PDR deve
ser elaborado na perspectiva de garantir o acesso aos cidadãos, o mais próximo possível
de sua residência, a um conjunto de ações e serviços vinculados a:
(a) assistência pré-natal, parto e puerpério;
(b) acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil;
(c) cobertura universal do esquema preconizado pelo PNI para todas as faixas
etárias;
(d) ações de promoção da saúde e prevenção de doenças;
(e) tratamento de intercorrências mais comuns na infância;
(f) atendimento de afecções agudas de maior incidência;
(g) acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de alta prevalência;
(h) tratamento clínico e cirúrgico de casos de pequenas urgências
ambulatoriais;
(i) tratamento dos distúrbios mentais e psicossociais mais frequentes;
(j) controle de doenças bucais mais comuns;
(k) suprimento e dispensação dos medicamentos da farmácia básica.
12
consolidada da Programação Pactuada e Integrada (PPI). Cabe às SES a coordenação da
programação pactuada e integrada no âmbito do Estado.
A PPI aprovada pela Comissão Intergestores Bipartite deverá nortear a alocação
de recursos federais da assistência entre municípios pelo gestor estadual, resultando na
definição de limites financeiros claros para todos os municípios do Estado, sendo que o
limite financeiro de cada município será composto por duas parcelas separadas: recursos
destinados ao atendimento da população própria e recursos destinados ao atendimento
da população referenciada, de acordo com as negociações expressas na PPI.
Nos casos em que os serviços de referência estiverem localizados em municípios
localizados habilitados em Gestão Plena de Sistema Municipal, os mesmos devem se
comprometer com o atendimento da população referenciada, subscrevendo com o
Estado um Termo de Compromisso para Garantia de Acesso. Esse termo tem como base
o processo de programação e contém as metas físicas e orçamentárias das ações
definidas na PPI.
13
e conveniado, que interagem para um fim comum.
Na lógica do sistema público, os serviços contratados e conveniados são
seguidos dos mesmos princípios e das mesmas normas do serviço público. Os elementos
integrantes do sistema referem-se, ao mesmo tempo, às atividades de promoção,
proteção e recuperação da saúde.
Esse sistema é único, ou seja, deve ter a mesma doutrina e a mesma forma de
organização em todo país. Mas é preciso compreender bem esta ideia de unicidade. Em
um país com tamanha diversidade cultural, econômica e social como o Brasil, pensar
em organizar um sistema sem levar em conta essas diferenças seria uma temeridade.
O que é definido como único na Constituição é um conjunto de elementos
doutrinários e de organização do Sistema Único de Saúde, os princípios da
universalização, da equidade, da integralidade, da descentralização e da participação
popular. Esses elementos se relacionam com as peculiaridades e determinações locais,
por meio de formas previstas de aproximação de gerência aos cidadãos, seja com
descentralização político-administrativa, seja por meio do controle social do sistema.
O Sistema Único de Saúde pode, então, ser entendido a partir da seguinte
imagem: um núcleo comum (único), que concentra os princípios doutrinários, e uma
forma de organização e operacionalização, os princípios organizativos. A construção do
SUS norteia-se, baseado nos seus preceitos constitucionais, pelas seguintes doutrinas:
• Descentralização: É
entendida como uma redistribuição de
poder e responsabilidades quanto às
ações e serviços de saúde entre os vários
níveis de governo, a partir da ideia de que
quanto mais perto do fato a decisão for
tomada, maior a possibilidade do acerto.
Assim, ao município cabe a execução da maioria das ações na promoção das ações de
saúde diretamente voltadas aos seus cidadãos, principalmente a responsabilidade
política pela sua saúde. Isso significa dotar o município de condições gerenciais,
técnicas, administrativas e financeiras para exercer esta função. O que abrange um
estado ou uma região estadual deve estar sob responsabilidade estadual e o que for de
abrangência nacional será de responsabilidade federal. A essa profunda redefinição das
atribuições dos vários níveis de governo com um nítido reforço do poder municipal
sobre a saúde é o que se chama municipalização da saúde. Para fazer valer o princípio
da descentralização, existe a concepção constitucional do mando único. Cada esfera de
governo é autônoma e soberana em suas decisões e atividades, respeitando os princípios
gerais e a participação da sociedade.
16
• Participação dos cidadãos: É a garantia constitucional de que a
população, por meio de suas entidades representativas, participará do processo de
formulação e avaliação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos
os níveis, desde o federal até o local. Essa participação ocorre por meio dos conselhos
de saúde que têm poder deliberativo, de caráter permanente, compostos com a
representatividade de toda a sociedade. Sua composição deve ser paritária, com metade
de seus membros representando os usuários, e a outra metade, o conjunto composto por
governo, profissionais de saúde e prestadores privados de serviços.
Os conselhos devem ser criados por lei do respectivo âmbito de governo, em que
estão definidas a composição do colegiado e outras normas de seu funcionamento. Deve
ser também considerado como elemento do processo participativo o dever das
instituições oferecerem as informações e conhecimentos necessários para que a
população se posicione nas questões pertinentes à saúde. Outras formas de participação
são as Conferências de Saúde, que são fóruns com representação de vários segmentos
sociais que se reúnem para propor diretrizes, avaliar a situação da saúde e ajudar na
definição da política de saúde. Ocorrem nas três esferas de governo periodicamente,
constituindo as instâncias máximas de deliberação. Cabe às instituições fornecerem
informações e conhecimentos necessários para que a população se posicione sobre as
questões que dizem respeito à sua saúde.
17
normas técnicas do SUS. Prevalecem, assim, os princípios da universalidade, equidade
etc.; como se o serviço privado fosse público, uma vez que, quando contratado, atua em
nome deste; 3 - a integração dos serviços aprovados deverá se dar na mesma lógica
organizativa do SUS. Todo serviço privado contratado passa a seguir as determinações
do sistema público, em termos de regras de funcionamento, organização e articulação
com o restante da rede. Assim cada gestor deverá planejar primeiro o setor público e na
sequência, complementar a rede assistencial, dando preferência ao setor privado sem
fins lucrativos (Hospitais Filantrópicos - Santas Casas), conforme determina a
Constituição. Torna-se fundamental o estabelecimento de normas e procedimentos a
serem cumpridos pelos conveniados e contratados, os quais devem constar, em anexo,
dos convênios e contratos.
Hoje, existe uma pressão sobre o sistema de saúde motivado pelo aumento da
demanda por serviços. Constituem os principais fatores dessa demanda:
18
e tratamentos sofisticados, também contribuíram para o aumento significativo dessa
demanda.
https://blog.maxieduca.com.br/sistema-unico-de-saude-sus/
A Atenção Básica considera o sujeito em sua singularidade, na complexidade, na
integralidade e na inserção sociocultural e busca a promoção de sua saúde, a prevenção
e tratamento de doenças e a redução de danos ou de sofrimentos que possam
comprometer suas possibilidades de viver de modo saudável. Para uma compreensão
mais clara e acompanhar a evolução da Atenção Básica, vale relembrar alguns fatos
importantes como: em 1949, a Organização Mundial de Saúde (OMS) conceituava
saúde não apenas pela ausência de doenças, mas sim por um completo estado de bem-
estar físico, mental e social.
No entanto, na década seguinte vivia-se a priorização da medicalização do
processo saúde – doença em detrimento da prevenção e promoção da saúde. Em 1978,
na Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, realizada em Alma
Ata (na antiga União Soviética), sob os auspícios da Organização Mundial da Saúde e
do Fundo das Nações Unidas para a Infância (OMS/UNICEF, 1979), ficaram definidos
20
como elementos essenciais da atenção primária à saúde:
➢ A educação sanitária;
➢ O saneamento básico;
➢ O programa materno-infantil, incluindo imunização e planejamento
familiar;
➢ A prevenção de endemias;
➢ O tratamento apropriado das doenças e dos danos mais comuns;
➢ A provisão de medicamentos essenciais;
➢ A promoção de alimentação saudável e de micronutrientes;
➢ A valorização da medicina tradicional.
➢
➢ A eliminação da hanseníase;
➢ O controle da tuberculose;
➢ O controle da hipertensão arterial;
➢ O controle do diabetes mellitus;
➢ A eliminação da desnutrição infantil;
➢ A saúde da criança;
➢ A saúde da mulher;
➢ A saúde do idoso;
➢ A saúde bucal;
➢ A promoção da saúde.
22
REFERÊNCIAS
23
OBRIGADO POR ESTUDAR CONOSCO!
REALIZE A AVALIAÇÃO NO SITE PARA OBTER O SEU CERTIFICADO.
WWW.VENES.COM.BR