Descrições Dos Mitos
Descrições Dos Mitos
Descrições Dos Mitos
É um espírito que não tem forma definida, mas que se popularizou na imagem de um veado branco de
olhos flamejantes. Ele defende filhotes e suas mães de caçadores, podendo causar alucinações que
fazem com que tiros e ataques de caçadores sejam desviados. Além disso, o Anhangá pode fazer com
que as pessoas tenham febre, pesadelos e pode até deixar elas loucas, e talvez por isso tenha sido mal
visto pelos colonizadores portugueses, que o consideraram um demônio ou até o próprio Diabo.
É interessante notar que o Anhangá só assume a forma do animal, então não se preocupe, se você se
encontrar com um veado campeiro albino, o máximo que ele vai fazer é sair corendo.
02-Ao Ao
É o guardião das colinas e um dos Sete Monstros Lendários, filhos do espírito maligno Tau. Ao Ao tem
esse nome por conta do som que faz ao perseguir sua vítima.
Quando marca uma presa, a persegue incessantemente até que a devore, destruindo qualquer coisa que
ficar em seu caminho. A única esperança para um alvo de Ao Ao é escalar um Buriti, árvore sagrada para
os Guarani. Qualquer outra árvore terá suas raízes arrancadas pelas garras e presas do monstro e será
derrubada, não importa o quão grande a árvore seja ou o quão profundas sejam suas raízes.
Muitas pessoas comparam o Ao Ao com uma queixada, animal silvestre presente em grande parte da
América Latina. Mas ao contrario do guardião das colinas, queixadas se alimentam apenas de frutos,
raízes e insetos, sendo inofensivos.
Besta fera é um demônio que surge depois que anoitece (alguns dizem que apenas durante a lua cheia) e
galopa por vilas rurais até encontrar um cemitério, onde simplesmente desaparece. Durante esse
percurso, é comum ser seguido por cães de rua que latem bastante. Esse barulho, entretanto, não se
sobrepõe aos grunhidos altos e assustadores da criatura.
Dizem que ele vem para coletar almas penadas e levá-las para o inferno, então a princípio não causaria
mal aos vivos. Porém, caso alguém cruze com ele e olhe para seu rosto, a pessoa acaba ficando confusa
ou até louca por alguns dias.
04- Boitatá
Essa serpente de olhos flamejantes protege as florestas de caçadores que tentam incendiá-la, devorando
seus olhos. O fogo que ela mesma produz possui propriedades mágicas e não é um perigo às matas.
Apesar de ser uma espécie de guardião, o Boitatá não deixa de ser um predador perigoso, animais e
pessoas inocentes também podem ser vítimas dessa criatura. Para escapar desse destino terrível, a
vítima precisa prender a respiração e fechar bem os olhos, até que a serpente vá embora.
Dizem que nos pampas gaúchos vive um touro indomável, com asas e chifres feitos de ouro e olhos que
brilham como diamantes. As pessoas tinham medo do animal, que diziam poder matar um ser humano
com uma cabeçada, além de soltar fogo pelos chifres e narinas.
Alguns vaqueiros com coragem tentavam capturar a criatura, com seus melhores laços, selas e cavalos,
mas aparentemente ninguém nunca conseguiu.
Em festas perto do Rio Amazonas, às vezes surge um moço bonito, de roupa branca e chapéu, que
encanta as mulheres solteiras, as leva para o rio e as engravida. No dia seguinte, ninguém sabe para
onde o rapaz foi, apenas desapareceu.
O Boto cor de rosa das lendas é uma criatura metamórfica, que pode tomar a forma de um homem
bonito para seduzir suas "vítimas". A única falha em sua transformação é seu orifício respiratório, que se
mantém no alto da cabeça e o leva a usar seu icônico chapéu.
O mito do Boto era tão forte em algumas comunidades ribeirinhas, que muitos dos botos reais eram
caçados, seja por "vingança" de maridos traídos, quanto por acharem que conseguiriam roubar suas
habilidades sedutoras. Uma dica: Não dá muito certo.
07- Capelobo
Dizem que essa criatura é o "lobisomem brasileiro", mas diferente do homem lobo, não existe nenhuma
maldição ou humano por trás.
O capelobo é um ser antropomórfico, com garras enormes nas mãos e coberto de pelos. Ele vive no
nordeste do país e costuma se alimentar de cães e gatos. Entretanto, ele pode atacar humanos também,
geralmente pessoas que vão para a mata acampar. Ele usa suas garras para agarrar a vítima e abrir seu
crânio, onde usa o focinho e língua compridas para sugar o cérebro dela.
O capelobo muito provavelmente tem sua origem nas preguiças gigantes pré-históricas, e depois
comparados com tamanduás por conta das garras. Mas não se preocupem, tamanduás comem formigas
e cupins, e não irão atrás de seus cérebros (a não ser talvez que você seja uma formiga)
Cobra Grande, ou Boiúna, é uma serpente gigantesca cuja existência é talvez tão antiga quanto a dos
deuses. Algumas pessoas a chamam também de mãe d'água, já que é graças aos sulcos deixados na terra
pelo seu rastejar que os rios existem.
Apesar disso, é um monstro feroz e destrutivo, que afunda barcos e devora aquilo que encontra. Seus
olhos brilham com tanta intensidade que durante a noite são confundidos com lanternas de
embarcações.
Outra lenda mais ao sul diz que as cataratas do iguaçu também foram criadas por uma grande serpente
ancestral, chamada M'boi, provavelmente a mesma cobra gigante, e apenas mais uma amostra de seu
poder.
O mito de Cobra-Grande surgiu provavelmente dos formatos ondulados dos rios e da sucuri, uma das
maiores cobras do país. A sucuri verdadeira não tem olhos brilhantes nem pode se transformar em
barcos. Mesmo assim, é uma boa ideia respeitar seu habitat natural e não importuná-la.
Dizem que havia um homem tão mal e perverso que, quando morreu, nem Deus nem o Diabo o
quiseram. A terra o rejeitou e seu corpo ficou condenado a vagar.
Corpo-secos e Bradadores são dois lados de uma única moeda. Pessoas cuja vida foi cercada de pecados
terríveis e crueldades podem receber essa penitência. Rejeitados tanto pelo céu quanto inferno, seus
corpos não podem ser enterrados e suas almas não são julgadas. Então, corpo e alma se separam na
madrugada.
Corpo-seco, a parte física, vaga pelas estradas, atormentando as pessoas que encontra. O Bradador, a
parte espiritual, corre pelas vilas, gritando e berrando como louco, acordando as pessoas e as deixando
apavoradas.
10- Cuca
Quando uma criança não quer dormir na hora certa ou é muito malcriada, dizem que ela vem e a leva
embora.
A Cuca é uma das criaturas mais famosas do nosso folclore. Descrita como uma bruxa velha e feia, com
características de réptil e unhas afiadas de ave, ela tem um gosto por crianças desobedientes. O que ela
faz com suas vítimas ninguém sabe, uma vez que ela apenas o captura e desaparece, sem deixar
vestígios. A maioria das pessoas concorda que ela provavelmente devora as crianças.
11- Curupira
Acima de outras entidades que protegem áreas ou animais específicos, como Anhangá e Boitatá, o
Curupira é o guardião de toda fauna e flora do país, sendo quase como um "chefe" dessas criaturas. É
descrito como um jovem ou criança de cabelos vermelhos feito fogo e os pés virados ao contrário, sua
"marca registrada".
Sejam para travessuras ou para punir caçadores, o Curupira usa uma série de artimanhas como assobios,
trilhas falsas e suas clássicas pegadas invertidas para confundir as pessoas e fazê-los se perderem na
mata.
12- Gorjala
Gorjala é um gigante que vive nos sertões, em áreas rochosas por onde gosta de passear. É descrito
como um gigante negro com uma boca escancarada, que captura pessoas que se perdem em trilhas e as
devora lentamente. Ele as coloca debaixo do braço e as leva consigo, devorando um pedaço por vez.
Alguns pesquisadores dizem que ele "veste" uma armadura feita com cascos de tartaruga.
13- Iara
Dizem que Iara certa vez foi humana, uma índia muito habilidosa que vivia em uma tribo próxima ao Rio
Amazonas. Essas habilidades eram motivo de inveja de seus irmãos mais velhos, que certa vez tentaram
matá-la. Iara não só conseguiu se defender como matou os dois irmãos na briga, sendo injustamente
acusada por seu pai, que a jogou no rio. Jaci, a Lua, apiedou-se dela e a transformou em uma mulher
metade peixe, que passaria a viver nas águas.
Essa sereia desde então vive nas águas, encantando homens com sua voz e os atraindo para o rio, onde
os mata afogados.
14- Ipupiara
Essa criatura precede a Iara nas lendas, aterrorizando os indígenas que precisassem navegar pelos rios.
Foi descrito por historiadores como um "homem marinho, com presas e um bigode comprido"
Ipupiara é uma versão agressiva e selvagem da sereia do amazonas. Ataca barcos pesqueiros, na
tentativa de virá-los e, quando consegue, agarra suas vítimas e as estrangula para que morram
sufocadas. Apesar de poder simplesmente matar as pessoas por matar, as vezes come os olhos e narizes
delas.
Dizem que se você conseguir pegar seu cajado, ele se joga no chão e grita, feito criança, e fará e
encontrará o que você quiser em troca de ter seu objeto de volta. Alguns dizem que a fonte de seus
poderes vem de seu colar.
____________________
No Paraguai, o Jaci Jaterê é muito conhecido como o quarto filho do espírito maligno Tau, e o senhor das
sestas (o ato de cochilar após o almoço).
Enquanto todos os seus irmãos tem formas monstruosas, ele seria o único que preserva a forma
humana.
16- Kurupi
O quinto filho de Tau é completamente diferente de seu irmão anterior, sendo um anão feioso e
cabeludo. Kurupi é o senhor da fertilidade, cargo visualmente representado por seu longo (bem longo)
órgão genital, que costuma ficar enrolado em sua cintura.
Assim como o Boto no norte do país, Kurupi também é dito responsável por mulheres misteriosamente
grávidas mas, ao contrário do homem encantado do Amazonas, não conta com o consentimento das
moças, usando o tamanho de seu membro para invadir casas e fecundá-las enquanto dormem ou
simplesmente as atacando em florestas.
17- Labatut
Labatut é um monstro conhecido nas regiões do Rio Grande do Norte e Ceará. Tem presas como as de
elefante e um pelo grosso e espinhoso como um porco espinho. Dizem ser mais feroz e perigoso que o
lobisomem, com quem compartilha alguns hábitos.
Sai durante a noite, principalmente nas de lua cheia, para tentar suprir sua fome insaciável. Apesar de
qualquer pessoa poder acabar como seu jantar, Labatut costuma preferir a carne de crianças, por ser
mais macia que a de adultos. Por isso, essa criatura também é vista como um "bicho-papão" feito a Cuca.
Nota: Labatut na verdade existiu, apesar de não ser nenhum monstro. Pedro (Pierre) Labatut foi um
francês que serviu no Brasil como general no período entre 1822 e 1842. Lutou contra guerrilheiros no
Ceará nesse periodo e ficou conhecido por sua perversidade e brutalidade nas batalhas. Seu
comportamento levou as pessoas a incorporarem ele no folclore nacional, dando a ele uma aparência
monstruosa para combinar.
18- Lobisomem
A maldição do lobisomem no Brasil recai sobre aquele que nasce como sétimo filho homem.
Em sua forma humana, lobisomens estão constantemente doentes, magros, pálidos ou amarelados, com
olheiras profundas e tossindo sangue volta e meia. Esse estado moldava o seu comportamento ao se
transformar na besta.
Nas noites de quinta para sexta, fora de si, o lobisomem vai até uma encruzilhada, onde abandona suas
roupas e se transforma em animal. É interessante notar que o lobisomem brasileiro tem uma
característica interessante: A de pegar emprestado características de animais que passaram por aquela
encruzilhada. Por isso, muitas pessoas dizem ter visto um lobisomem em forma de porco, touro, cabra,
jumento ou simplesmente uma quimera negra irreconhecível.
Depois de transformado, sai em busca de vítimas para sugar seu sangue, como um vampiro, tentando
assim repor o que perde com suas doenças.
Dizem que para livrar alguém da maldição do lobisomem, basta fazer com que ele sangre, por menor
que seja o machucado. Entretanto, em circunstâncias normais ele é completamente invulnerável,
precisando de armas abençoadas por rituais específicos para afetá-lo.
20- Mapinguari
Se você acha que monstros só são um perigo durante a noite, melhor pensar de novo. Assim como
humanos e outros animais diurnos, o Mapinguari dorme durante a noite, aterrorizando as florestas
durante o dia.
É como um grande primata, com pêlos negros (as vezes descritos como vermelhos) que cobrem todo o
seu corpo e são tão espessos que o tornam à prova de balas. Sua característica mais marcante, porém, é
sua boca: Uma grande abertura que segue de seu nariz até a barriga, uma das últimas coisas que alguém
verá se capturado por ele, sendo decapitado em seguida.
21- Matinta Pereira
Matinta Pereira, também chamada de Rasga-Mortalha, é uma bruxa que atormenta as pessoas durante à
noite, gritando no telhado de suas casas.
Assim que escurece, Matinta toma a forma de uma ave e parte para vilas e aldeias, escolhendo uma casa
para pousar e ficar gritando. Faz isso até que os moradores aceitem fazer um trato: Ela desaparece e, em
troca, ganha tabaco ou fumo, os quais ela vem buscar no dia seguinte, na forma de uma senhorinha.
Dizem que sua forma pássaro é um indicador de que uma desgraça está para acontecer, na verdade, é
apenas um método sujo de conseguir o que quer, e caso a neguem, aí sim ela traz a desgraça em muitas
formas.
Matinta Pereira como é hoje, é provavelmente baseada visualmente em corujas, harpias e bacuraus, que
assustam as pessoas, seja pelo tamanho (harpias) ou pelos sons que fazem a noite (coruja e bacurau). Ao
contrário da matinta, não há nenhuma desgraça que eles possam trazer, fiquem tranquilos.
(ERRATA: Apesar de ser dito Guarani, não encontrei fontes confiáveis que comprovem a existência do
mito no Brasil, sendo mais uma figura do folclore Paraguaio)
A serpente-papagaio é o segundo filho de Tau. É o senhor dos pântanos, das nuvens, zonas com mais
humidade. É o protetor de animais aquáticos.
Mboi Tu'í não é agressivo e é bastante tranquilo na maior parte do tempo, gostando de passar o tempo
curtindo o clima úmido e apreciando flores, das quais gosta muito. Entretanto, não signifique que é uma
boa idéia se aproximar dele. Seu olhar é o suficiente para deixar alguém aterrorizado e, caso necessário,
pode gritar tão alto que qualquer um à quilômetros de distância consegue ouvir, não podendo fazer
nada além de ser tomado pelo medo e do impulso de fugir.
23- Moñai
(ERRATA: Apesar de ser dito Guarani, praticamente não existem fontes que comprovem que ele seja
parte dos mitos em território brasileiro, sendo muito mais parte do Folclore Paraguaio
Moñai é uma grande serpente com chifres de cor chamativa que o permite hipnotizar seus alvos. No
geral usa essa habilidade para encantar aves, seu alimento, mas provavelmente também o usa em
pessoas, já que sua personalidade é igualmente manipuladora.
Seu grande passatempo consiste em roubar pertences humanos, dos mais simples aos mais importantes.
Ele os guarda em um esconderijo, sem intenção nenhuma de devolver ou barganhar pela devolução;
apenas quer semear a discórdia, fazendo com que pessoas e tribos inteiras se desentendam por
culparem uns aos outros pelo desaparecimento das coisas.
Ela tem uma sina similar ao lobisomem, aliás, é tão destrutiva quanto. Em noites de quinta para sexta, se
transforma na criatura e sai cavalgando velozmente por vilas, sete, para ser exato. Mas assim como o
homem lobo, o problema é que, além do percurso, ela causa danos por onde passa: Atropela pessoas e
as rasga com cascos afiados, ou simplesmente as queima com o fogo que solta.
Existe uma maneira de livrar a mulher da maldição: A mula carrega um freio de ferro incandescente em
sua boca. Se alguém for corajoso o suficiente para arrancá-lá, a Mula voltará a ser mulher, nunca mais se
transformando.
Diferente das outras criaturas aquáticas, que tem como prioridade matar suas vítimas, o Negro D'água é
mais um pregador de peças.
É visto em rios do nordeste ao sudeste fazendo as mais variadas "brincadeiras": Vira barcos, solta peixes
dos anzóis ou os amarra em pedras, entre outras táticas para enganar pescadores. Vez ou outra pratica
brincadeiras mais pesadas, como levar crianças distraídas para o meio dos rios, apavorando as mães.
É um adorador de bebidas, então quando um pescador não quer ter sua atividade atrapalhada pelo
negro d'água, costuma trazer pinga ou cachaça numa garrafa e jogar no rio, para que a criatura fique
satisfeita.
A estrela vermelha de Aldebaran no céu nada mais é do que o olho direito desse monstro primordial cuja
única missão é trazer a escuridão ao mundo.
Charia, a Onça Celeste, é uma entidade que se iguala aos deuses principais e está determinada à matá-
los. Ela está praticamente todas as noites ao encalço da Lua, tentando abocanhá-la. As fases da lua nada
mais são do que Charía conseguindo arrancar um pedaço de seu alvo, que precisa então desaparecer do
céu por um tempo para que seu irmão, o Sol, a ajude a se recuperar.
Algumas vezes os ataques são mais claros, já que a lua via vermelha pelo sangue perdido. Nesses
momentos, a Onça Celeste está bem mais perto de alcançar seu objetivo. Para tentar evitar a escuridão
total durante a noite, as pessoas tentam gritar e fazer todo o barulho que podem, para assustar e
atrapalhar a Onça.
A Onça é uma figura muito comum em mitos antigos, do Brasil até a américa central. Nem sempre são
representadas como um ser maligno, tendo histórias onde ajudam pessoas ou até mesmo são deuses.
Então não se deixe levar pela descrição de Charia, onças tem mais com o que se preocupar
27- Papa-figo
Papa-figo é o velho-do-saco, ou homem-do-saco, um velho mal vestido que anda com um saco para
poder colocar suas vítimas e levá-las para longe.
O que dizem é que o Papa-figo sofre de uma doença incurável, parecida com a hanseniase (lepra) em sua
versão mais fantástica, que diz que torna seu sangue impuro e danifica permanentemente seu fígado.
Em busca de uma cura, ele costuma atrair crianças, seu único alvo, com palavras bonitas e promessas de
presentes e outras fontes de diversão. Ele então a sequestra para que possa comer seu fígado e tomar
seu sangue, já que busca uma cura nos órgãos jovens e saudáveis das vítimas.
Nota: Especula-se que o mito se alastrou junto a uma epidemia de lepra no país, onde pessoas,
desesperadas por uma cura, acreditavam e eram capazes de buscar "curas" como essas.
28- Pisadeira
Ela espera em cima dos telhados, atenta a quem vai dormir de barriga cheia ou de barriga para baixo e
então perturbar seu sono.
A pisadeira é a nossa manifestação física da paralisia do sono. Uma senhora magra e alta, com cabelos
desgrenhados, unhas pontudas... Seus olhos focados te encaram ininterruptamente, enquanto mantém
um sorriso macabro.
Achada a vítima, a Pisadeira vem e senta em seu peito, imobilizando e sufocando a pessoa, que acorda
sem poder se mexer e entra em pânico.
29- Quibungo
Quibungo é como um primo do Mapinguari. Uma criatura esfomeada com uma enorme boca em um
local inusitado.
Veio para o Brasil com os escravos negros, vindos do Congo e Angola, e aqui se estabeleceu na Bahia e
manteve ali seu território. Alguns gostam de usá-lo como homem do saco ou Cuca, dizendo que ele
gosta de comer crianças desobedientes, mas ele não tem necessariamente essa preferência, devora
qualquer um que se apresentar a ele, pegando a vítima com a mão e a jogando para trás, onde a
abocanha com a boca das costas.
Diferente de muitos outros monstros, não tem nenhuma invulnerabilidade ou super resistência, se
ferindo como qualquer outro animal.
Teju Jagua é o Primogênito de Tau, um híbrido de canídeo e réptil, senhor das cavernas e grutas e
protetor das frutas.
Sua descrição física varia entre sete cabeças caninas e apenas uma, mas é consenso que ele é muito
pesado e isso atrapalha sua locomoção. Seja por isso ou não, ele é o mais dócil e pacífico de todos os
sete filhos, apesar de ser literalmente "filho do mal". Geralmente está relaxando em cavernas ou
próximo a elas, comendo suas frutas ou mel, seu alimento favorito.
Dizem que pode ter um comportamento agressivo se tiver sua comida roubada, mas caso seja verdade,
não é muito comum.
Dizem que nasce de brotos de bambu, um jovem rapaz negro, de uma perna só, que está sempre
fumando um cachimbo e usando um gorro vermelho que lhe concede habilidades mágicas, como a
criação de redemuinhos e poderes de teleporte ou invisibilidade.
Sai por aí fazendo todo o tipo de travessura, invade cozinhas e troca os recipientes de sal pelos de
pimenta, faz a comida queimar. Do lado de fora, faz com que objetos sumam (ele não os rouba, vale
ressaltar), assusta viajantes e gosta de trançar crinas de animais.
Poucos sabem, mas o Saci também é um expert se tratando de ervas medicinais, e costuma fazer o papel
de protetor dessas plantas.
É possível capturar um Saci, preparando uma armadilha, retirando seu gorro e o prendendo em uma
garrafa. A partir disso, ele atenderá seus pedidos como um gênio da lâmpada. Mas cuidado, se ele
conseguir escapar e recuperar seu gorro, pode ter certeza que ele irá se vingar, e não será com suas
brincadeiras inofensivas.
19- Luisón
Luisón é o sétimo e último filho de Tau, e de certa forma o ancestral de todos os sétimos filhos
amaldiçoados como Lobisomens.
Ele é o senhor da morte, assim como um ceifador europeu, e encontrar com ele ou mesmo vê-lo à
distância indica que logo você deixará este plano.
O "pai dos lobisomens" costuma aparecer em território humano apenas em cemitérios, onde come os
cadáveres lá enterrados, ou outro local onde exista carne apodrecida.
Assim como seus "descendentes", Luisón costuma aparecer em noites de sexta-feira, em especial
aquelas onde a Lua está cheia.