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Já a psicologia Social em Moçambique, pode ser entendida como o estudo das relações
humanas a partir de um viés individual até uma perspectiva mais ampla, ou social,
sendo que este ramo enfoca mais o indivíduo. Como escreve Sousa (2011), trata-se de
uma ponte entre a Psicologia e a Sociologia, agregando valores dessas duas áreas
científicas. Assim sendo, este ramo considera o indivíduo como influenciado pelo meio
que o forma e também o sujeito como elemento que altera o ambiente em que vive.
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Além dos temas mencionados anteriormente, a psicologia social moçambicana também
aborda outros conteúdos, tais como:
Esses são apenas alguns exemplos adicionais do amplo escopo de conteúdo abordado
pela psicologia social moçambicana, que visa contribuir para a compreensão e
promoção do bem-estar social em Moçambique.
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O objetivo da Psicologia Social Moçambicana é contribuir para o entendimento e
transformação das dinâmicas sociais em Moçambique, promovendo a justiça social, a
inclusão, o bem-estar psicossocial e o desenvolvimento sustentável do país. Isso é feito
por meio da pesquisa, intervenção e formação de profissionais comprometidos com as
necessidades e realidades locais.
Manter a saúde mental nunca foi tão necessário quanto o é nos dias atuam. Em meio a
uma sociedade em crise económica e de identidade, conservar-se totalmente são é um
desafio que enfrentamos todos os dias
É normal que muitas pessoas recorram a um terapeuta para não permitir que suas
angústias interfiram em decisões e projectos. Mas quando falamos em psicologia social
estamos nos referindo a um ramo que mistura a psicologia tradicional que conhecemos
com sociologia.
Essa ciência surgiu do princípio de que todos nós sofremos influências do meio em que
vivemos. Um indivíduo é como é devido a características que já nasceram com ele e
outras que foram adquiridas a partir da interacção com outros indivíduos.
É por isso que a psicologia social aborda o comportamento de grupos como objecto de
seus estudos. Mas nem sempre esse comportamento é medido somente pela linguagem
verbal. Existem padrões de atitudes e pensamentos que atuam directamente na
percepção social de cada um.
Para você entender melhor, listamos abaixo alguns dos principais conceitos
relacionados a esse ramo da psicologia:
1. Percepção social
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Sendo assim, a forma como vemos o comportamento dos outros não é imparcial:
interpretamos tudo o que se passa ao nosso redor a partir de concepções já
internalizadas. É por isso que nem sempre o que afirmamos ter visto condiz com os
fatos. Existem diversas formas de interpretação e a realidade pode nem sempre ser a
mesma para todos: trata-se de uma questão de perspectiva.
É por meio das atitudes do dia a dia que costumamos tirar conclusões sobre as ideias e
conceitos das outras pessoas. Normalmente, indivíduos que tenham tendência a tomar as
mesmas atitudes se unem em um mesmo grupo. É basicamente o que chamamos de
afinidade.
É por isso que pode ser que uma pessoa mude suas atitudes a partir de novos
conhecimentos sobre o objecto de análise. A atitude nada mais é do que o fruto de uma
análise e essa, sim, baseia-se em questões internas do indivíduo.
3. Papéis sociais
Em suma, como objecto de estudo, a psicologia social pode ter duas vertentes:
psicológica ou sociológica. A psicologia social psicológica se limita a explicar as acções
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do indivíduo a partir dos estímulos que recebe do exterior (os seus sentimentos,
comportamentos e pensamentos, por exemplo). Já a psicologia social sociológica estuda
os fenómenos que surgem nos diferentes grupos a partir de um propósito da psicologia
social é identificarem os traços que ligam os indivíduos aos grupos. De acordo com este
ramo de estudo, todas as pessoas teriam um comportamento distinto quando estão
inseridas numa esfera social, diferente daquele apresentado quando estão sozinhas.
A Psicologia Social parte do princípio que são dois mundos que dependem um do outro.
Um indivíduo recebe influências de outros ou de grupos que, por sua vez, podem ser
influenciados por ele. É uma via de mão dupla.
Mas a definição não acaba aí. Essa relação entre indivíduo e sociedade procura
relacionar esferas diferentes. Um trata da pessoa de forma unitária e individual. O outro,
de um grupo, uma comunidade, uma sociedade.
Assim, quando o psicólogo social conversa com alguém, ele procura entender o que ela
sente e como o meio no qual ela vive pode ter interferido. É um meio de buscar
informações para desvendar o que levou essa pessoa a ter problemas psicológicos.
É uma abordagem recente na história da Psicologia, visto que há outras vertentes dessa
ciência. Há as que analisam o jeito de o paciente falar, outras que se pautam em terapias
coletivas, e as que usam a arte.
O cientista social francês Gustave Le Bon publicou um trabalho em 1895 com o título
Psicologia das Multidões. Acredita-se que essa tenha sido uma das primeiras
publicações que traziam o termo Psicologia Social. O estudo trouxe uma concepção de
que um indivíduo, a partir do momento em que faz parte de um grupo, passa a ter um
tipo de mente colectiva. É essa mente colectiva que o faz pensar diferente de quando
está sozinho.
O conceito de mente colectiva se baseia nos pensamentos, valores e conceitos que são
elaborados por um grupo ou pela sociedade. Não há nada escrito, não existe nenhuma
regra formal, mas é o famoso ‘todo mundo faz assim. Dessa forma, segundo a
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Psicologia Social, passamos a ter determinado comportamentos porque recebemos essas
informações desde a infância.
Esse pensamento chega a ter uma força bastante grande em algumas pessoas. Elas
podem ter conflitos psicológicos, por terem uma ideia a respeito de algo, e precisarem
se comportar de outra forma quando estão em um grupo. É um dos campos nos quais a
Psicologia Social atua.