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I Introdução ..................................................................................................................................... 2
I Introdução
O solo é um dos elementos essenciais para a vida na Terra, contendo uma diversidade
única de organismos que desempenham funções vitais para os ecossistemas. Ao longo da história,
a concepção e evolução do solo passaram por diversas fases, influenciadas pelas crenças,
conhecimentos e práticas das sociedades em cada época. Neste trabalho, exploraremos a resenha
histórica da concepção e evolução do solo em diferentes épocas, desde as civilizações antigas até
os estudos científicos contemporâneos.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
1.1.2 Específicos
➢ Analisar as primeiras concepções em relação ao solo desde antiguidade até aos nossos
dias;
➢ Identificar os principais avanços tecnológicos e científico verificado na ciência do solo;
➢ Mencionar a importância do manejo sustentável do solo para a segurança alimentar e o
equilíbrio ambiental.
1.2.2 Metodologia
Para a realização deste trabalho, não distantes daquilo que as directrizes para a
abordagem científica, baseou-se nos métodos bibliográficos, focado na pesquisa de informações
relacionados a Fundamentos de ciência do solo de seguida usar-se-ia o método hermenêuticos e
heurísticos, focado na interpretação das obras consultadas para posteriormente a compilação de
informações patentes no trabalho.
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Após a formação da Terra, há cerca de 4,6 bilhões de anos, esses solos ricos em argila se
desenvolveram em nosso jovem planeta. Mas as condições eram difíceis devido grandes
meteoros que frequentemente atingindo a terra e alterando a superfície do planeta.
Praticamente desde que surgiu, a vida começou a influenciar o solo e vice-versa. Por
exemplo, esses primeiros tapetes microbianos eram feitos de organismos que faziam fotossíntese,
que podia produzir grandes volumes de material orgânico usando energia do sol.
Essa matéria orgânica gradualmente se acumulou na linha costeira, onde se misturou com
os minerais liberados pela erosão das rochas para criar o que pode ser considerado o primeiro
solo de verdade.
Mas isso não era a terra como conhecemos hoje. Esse solo era fraco na tarefa de
acumular água e nutrientes que mantém a vida. A capacidade do solo de acumular água depende
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de poros que se formam entre os grãos; mas a estrutura simples dos solos primordiais fazia com
que eles escoassem rapidamente, levando nutrientes no processo (Falkowski, 2015).
Por causa disso, a terra permanecia um habitat inóspito, e a vida estava restrita à costa,
onde a água estava disponível de forma imediata.
Liquens são organismos impressionantes. Seu tecido é formado por uma interacção entre
algas e fungos, que às vezes envolve bactérias organismos representando três reinos diferentes.
Os liquens são extremamente resilientes e se adaptam facilmente devido a essa relação
simbiótica única.
Algas podem fazer fotossíntese, dando energia ao liquens, enquanto os fungos colectam
água, impedindo a desidratação dos liquens. Os fungos têm filamentos longos e finos, que são
extremamente bons em recolher água do ambiente, e também conseguem reciclar água durante a
respiração. Mais importantes do que isso, os liquens contêm bactérias fotossintéticas - chamadas
cianobactérias - capazes de capturar nitrogénio do ambiente, liberado quando elas morrem,
fertilizando o solo.
Isso significa que os liquens não apenas se mudaram para os solos primitivos da Terra
eles também o modificaram. Ao acelerar o efeito de intempérie nas rochas, os liquens liberam
ainda mais nutrientes no solo, tornando-o mais fértil e abrindo caminho para que outras formas
de vida se mudassem para a terra.
Como diz Falkowski os liquens foram decisivos para a colonização da terra pelas plantas.
Essa segunda onda de colonização começou há cerca de 440 milhões de anos e as primeiras
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plantas terrestres logo começaram a alterar o solo elas mesmas. "Elas criaram uma estrutura de
solo mais marcada", explica Retallack, e elas ajudaram a liberar nutrientes como fósforo e
potássio no solo. "Isso teve um efeito de fertilizar tanto a terra quanto o mar", adiciona. Uma das
chaves para o poder fertilizador das plantas foram os fungos em suas raízes. Essas micorrizas
evoluíram há cerca de 500 milhões de anos, antes mesmo de as plantas desenvolverem raízes.
Assim como os fungos nos liquens, micorrizas absorvem energia ao cooperarem com
plantas que fazem fotossíntese - e também aqui os benefícios são mútuos: as micorrizas têm
filamentos que aumentam o alcance das plantas e faz com que elas fiquem mais estáveis, e
permitem que elas absorvam nitrogénio e outros nutrientes do solo.
Conforme Barros (2008, p. 45-58), os homens desde a muitos anos que se preocupam
com o solo isto porque o solo é um objecto de trabalho e meio básico de produção,
principalmente na agricultura. Durante muitos anos receberam e acumularam enormes
conhecimentos sobre o copo natural da terra o solo. Esses dados eram muito simples e empíricos,
sem detalhes nem argumentação científica fundamentada.
Depois de ser um mero caçador, em outro período, a cultivar plantas, obtendo assim
alimentos e fibras para produzir tecidos rudimentares e para a protecção do corpo contra as
intempéries da natureza. A terra passou deste modo a ser encarada como algo onde o homem
pode enterrar uma semente que em condições favoráveis germina, cresce e produz alimentos ou
outra coisa útil a sua vida, surge então o conceito de solo como um meio para o desenvolvimento
das plantas, que é tão antigo como a própria agricultura em si (Barros, 2008).
As primeiras civilizações agrícolas que apareceram não deixaram histórico para saber-se
com certeza quais eram os seus conceitos a respeito das coisas da natureza. No entanto, certas
evidências arqueológicas sugerem que desde o início da agricultura o homem aprendeu que
determinadas terras eram mais produtivas que outras, e algumas eram demasiadamente
encharcadas, arenosas ou endurecidas para que pudessem ser cultivadas. Este aprendizado, talvez
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tenha surgido pelo processo de tentativas: os solos improdutivos e propícios a lavoura. O avanço
cultural de muitos povos foi deste modo condicionado ao facto de estarem situados em regiões
com solos ricos e pouco sujeito a intensos desgastes pela erosão.
Sem dúvida a agricultura era, nessas áreas, um das actividades mais importantes e as
planícies periodicamente fertilizadas pelos sedimentos, que trazidos pelas inundações daqueles
rios enriqueciam o solo, forneceram por muitas centenas de anos base para o cultivo, sustento e
progresso dessa população.
O escritor Catão o velho, há 2.100 anos, escreveu o trabalho da agricultura, que é uma
colectânea de identificações úteis a exploração de pequenas propriedades agrícolas. Nesta
colectânea, Catão enumera 9 tipos de sítios em ordem decrescente, de acordo com a qualidade
dos seus solos:
Há 2.000 anos, o agrónomo Columela, na sua obra “De Re Rústica”, de 12 volumes, fez
várias menções ao conceito de solo naquela época. Nos seus escritos nota-se que os Romanos
atribuíam a boa produtividade do solo a sua cor: quanto mais escuro melhor ele seria e, esta cor
escura era atribuída a uma substância orgânica que hoje é conhecida como húmus.
Segundo Klamt (2016, p. 97), durante a Idade Média, um dos períodos mais obscuro da
ciência, como hoje é sabido, pouco ou nenhum conhecimento foi adicionado ao que se sabia.
Alguns tratados de agricultura dos séculos XI e XIII apresentam muitas similaridades com as
obras de Columenla, mostrando que o conhecimento adquirido pelos Romanos foi por muito
tempo aceite, usado e algumas vezes distorcido.
Em 1563, o francês Bernard Palissy, publicou um livro no qual, a opinião de que os solos
eram fontes de nutrientes minerais para a vida das plantas. Estes conceitos, apesar de correctos,
permaneceram desconhecidos por muito tempo e em 1629, o alquimista holandês Van Helmont,
afirmou que as plantas alimentavam-se exclusivamente de gás carbónico e água, teoria esta que
dominou os meios científicos do Ocidente durante todo o século XVIII.
No início do século XIX as afirmações de Van Helmont cederam lugar a teoria de húmus,
elaborada por Tahaer e Von Wullfen, segundo a qual as plantas assimilam directamente do solo
os restos decompostos de plantas e animais.
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Em 1840, o químico alemão Justus Von Liebig, publicou um livro no qual provava que as
plantas não se alimentavam propriamente de restos de plantas e animais decompostos, mas de
elementos minerais, da água e gás carbónico e que o húmus era um produto transitório entre as
matérias orgânicas e os nutrientes minerais.
A ciência do solo começou então a tratar do aperfeiçoamento das práticas do uso da terra
utilizando-se para isso a experimentação do campo e de técnicas de vários ramos da ciência tais
como a Geologia, a Física, a Química, a Microbiologia, etc..., sem, contudo preocupar-se no
estudo da génese e desenvolvimento dos diferentes tipos de solos. Vaccili Dokuchaev (1883)
pode considerar-se o pai da Pedologia e lançou as bases para o surgimento da Pedogeografia.
Nos seus estudos de exploração dos solos Chernoziónicos e outros solos da planície
central Russa e do Cáucaso em finais do século XIX, observou pela primeira vez os solos como
um corpo natural e distinta das rochas.
Antes de Dokuchaev, os solos eram estudados, como camadas superiores das rochas, com
uma enorme quantidade de animais e vegetais apodrecidos. Segundo ele, os solos são formados
em consequência da interacção complexa do clima, de organismos vivos (animais e vegetais), de
rochas, do relevo e da idade das rochas.
Segundo Moreira (2009, p. 92), o conceito mais popular de solo vem a ser a capa mais
superficial do globo terrestre. Para uns, solo é tido como a superfície inconsolidada que recobre
as rochas e mantém a vida animal e vegetal na terra. Dependendo do seu uso, pode ser visto sob
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diversos aspectos como: Para o geólogo, engenheiro de minas, engenheiro civil, o solo constitui
verdadeiro estorvo, visto o seu interesse pelo subsolo onde são encontrados as riquezas minerais.
Para a engenharia civil é visto também sob o aspecto de resistência e estabilidade das
construções, aspecto que deu origem a mecânica de solos.
No continente africano, a primeira caracterização geral dos solos foi realizada pelos
cientistas Margut, K. F. em 1923 e por Chaokalskia, Zelinsky em 1944.
Por se ter constatado certas insuficiências, como por exemplo, foram indicados solos
Chernozénicos, apesar de em África existirem solos semelhantes aos Chernozénicos nas zonas
tropicais, isso foi motivo para conduzir a estudos mais profundos.
Desse modo Mor, E.S., escreveu um livro sobre os solos tropicais: 1933/38, com o título
Os solos das regiões Equatoriais, por sua vez este foi traduzido do holandês para o inglês por
Pendleton, R.L.
Em 1944, Errow, escreveu o livro A África e a Terra está a morrer. Neste livro o autor
escreveu sobre a influência catastrófica da colonização europeia no equilíbrio ecológico dos
landschafts Africanos.
seu torno, Mor, em 1954, apresentou estudos muito significativos sobre Os solos das regiões
Tropicais, bastante importantes para os especialistas que trabalho neste campo e região.
Em Lagos, um ano depois foi publicada a obra de D’Hoor com um texto explicativo do
Mapa de Solos de África. Neste mapa foram apresentados 275 tipos de solos a escala de
1:5.000.000; ao mesmo tempo foi publicado o Mapa de Solos de Madagáscar, por Requie na
mesma escala com 31 unidades e 9 combinações de solos.
Os mais valiosos resultados foram obtidos pelos cientistas franceses, belgas e ingleses
que foram efectuados na África Ocidental. Por exemplo, Menieu, R. precisou dos limites de
transição dos solos pardo-avermelhado de estepe, do Sul de Sahara até os solos vermelhos de
savana e os solos vermelho ferralíticos de savanas húmidas (1948/60 no Congo). Nesses seus
estudos ele determinou os factores de formação de solos nessas zonas e criou a classificação
genética dos solos.
Essas suas investigações tiveram grande importância para perceber as leis da formação
dos solos em condições húmidas e secas das regiões tropicais. No Zaire, funciona um Instituto
Estatal de Investigação Agronómica que cumpre com as realizações de exploração nesse campo.
Em Angola, Botelho da Costa, J.V., Cardoso Franco e Pinto Ricardo, fizeram grandes
explorações científicas que culminaram com a publicação do livro Solos de Angola (1956/68).
Estabeleceram também o Mapa de Solos na escala de 1:1.000.000.
III Conclusão
É com enorme prazer e aprendizado que damos por concluído o trabalho em estudo. Pois
verificamos que ao longo dos séculos, a concepção e evolução do solo passaram por
transformações significativas, impulsionadas pelo avanço do conhecimento científico e das
práticas agrícolas.
Desde as crenças antigas sobre a origem e fertilidade do solo até as descobertas modernas
sobre sua composição e importância para a sustentabilidade ambiental, a história do solo reflecte
a evolução do pensamento humano e a busca pelo equilíbrio entre as necessidades humanas e a
preservação dos recursos naturais. Compreender a história do solo nos ajuda a valorizar e
conservar esse recurso fundamental para a vida no planeta.
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IV Referências Bibliográficas
Klamt, E., & Reinert, D. J. (2016). Ciência do Solo: Evolução do Conhecimento. Editora
UFSM.
Falkowski, P. G. (2015). Planeta Vivo: Como a Vida Floresceu na Terra. São Paulo:
Zahar.