Conceitos Fundamentais Da Medicina Laboratorial

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INTRODUÇÃO À

MEDICINA
LABORATORIAL
Conceitos Fundamentais
Medicina
Profº Luis Carlos Arão
MEDICINA LABORATORIAL
• Objetivos da disciplina:
– Caracterizar as fases metodológicas de execução dos
exames laboratoriais.
– Avaliar a utilidade e a indicação dos exames
complementares.
– Reconhecer a importância da patologia e do
laboratório clínico como instrumentos de apoio ao
Segundo Silverstein (2003), 70% de todas as decisões médicas
diagnóstico clínico.
baseiam-se em resultados laboratoriais.
– Interpretar os resultados dos exames laboratoriais
O LABORATÓRIO CLÍNICO

• Setores do laboratório:
Hematologia.
– Recepção.
Bioquímica.
– Coleta de amostras.
Sorologia/imunologia.
Carregando…Microbiologia.
– Fracionamento das amostras.
– Área técnica
Parasitologia.
– Controle de qualidade. Urinálise.
– Limpeza e esterilização. Biologia molecular
– Emissão de resultados. Imunohematologia
Endocrinologia
Paciente L.A.S., feminino, 21 anos, compareceu à
UBS com queixa de dor progressiva na região
pélvica, no fim da tarde de domingo após passar o
final de semana em um sítio com amigos, onde
ingeriu bebida alcóolica e comeu churrasco em
quantidades excessivas.
O médico que a atendeu na UBS passou uma
solicitação dos seguintes exames: hemograma,
creatinina, ureia, UR e urocultura.
Na segunda-feira, às 7 horas, completando um
jejum de 8 horas, ela compareceu ao laboratório
Exames complementares:
wocultivarpara bacteriana
cercimento

ta o

Hemograma:
se

Hematócrito ligeiramente diminuído.


Discreta leucocitose, sem desvio à esquerda.

Creatinina: 0,8 mg/dL (VR: até 1,2mg/dL)


·

Dentro dos valores de referencia

Carregando…
Ureia: 52 mg/dL
->
ingestão de carne em excero
↑ & N
(VR: 15 a 40mg/dL)
pois catabolismo de
é

do
resultado

probeincl .

Urina rotina:
PIÓCITO

Urina ligeiramente turva (VR: límpida) de


neutrófilo morto

Proteínas: +/+++ (VR: negativo)


Sangue: +/+++ (VR: negativo)
MEDICINA LABORATORIAL

• Objetivos do exame laboratorial:


– Detectar doenças ou a predisposição a elas.

– Confirmar ou rejeitar diagnósticos.

– Estabelecer prognósticos.

– Monitorar a eficácia da terapia escolhida.

– Avaliar a função de órgãos e sistemas, bem como do metabolismo


orgânico.
FASES DO EXAME
LABORATORIAL
Solicitação do exame; Preparo do paciente; Coleta da
amostra biológica; Transporte da amostra; Recepção da
Fase pré-analítica
amostra e coleta de dados do paciente; Processamento e
distribuição da amostra.

Ensaio ou teste laboratorial; Metodologias de trabalho;


Fase analítica Princípios da instrumentação; Automação;
Controle de qualidade

Emissão de laudos; Entrega de resultados; Tomada de


Fase pós-analítica
decisão médica.
FASE PRÉ-ANALÍTICA
Fonte importante de “erro” residual e/ou variáveis que
podem afetar o resultado de exames.

De acordo com a SBPC e Medicina Laboratorial:

• Fase responsável por cerca de 70% do total de erros ocorridos


nos laboratórios;

• A correta indicação do exame dependerá da familiaridade do


médico solicitante com os princípios e recursos laboratoriais;

• O médico é a primeira pessoa a instruir o paciente sobre as


condições requeridas para a realização do exame.
FASE PRÉ-ANALÍTICA

• Principais fatores pré-analíticos:

– Variáveis relacionadas ao paciente (dieta, idade, sexo, etc).

– Técnica de coleta da amostra.

– Transporte, processamento e armazenamento da amostra.


Variação cronobiológica

Dieta/ jejum Exercício físico

Tabagismo VARIÁVEIS
RELACIONADAS Postura
AO PACIENTE
Estresse
Sexo

Medicamentos/álcool Idade
VARIAÇÃO CRONOBIOLÓGICA
• Exames afetados por variação diurna:

EXAME VARIAÇÃO DIURNA

Cortisol Pico entre 4 e 6 horas. Nível mínimo às 20 horas.


Estresse .

Ferro sérico
Carregando…
Nível máximo no final da manhã. Redução ao longo do dia.
Cálcio Diminuição de 4% na posição deitada.
Tiroxina – T4 Aumenta com o exercício e atividades diárias.
Fosfatase ácida Nível mais alto à tarde e à noite.
Insulina Nível mais baixo à noite.
Aldosterona Nível mais baixo à noite.
EXERCÍCIO FÍSICO

• Efeitos transitórios: • Efeitos de longa duração:


Relacionados ao aumento da

atividade metabólica com – CK, LDH e TGO.

objetivo energético (12 a 24h).


↓ ↓


↑A

300% de Lactato. – Gonadotrofina e


↑↑

CK. hormônios esteroidais em


↑ A
corredores de longa distância.
– TGO/AST.
↑↑

– LDH. ↑A

– Prolactina.
– Ativação da coagulação,
fibrinólise e plaquetas.
DIETA
• Variações relacionadas à dieta:

Interferências
Ausência de jejum
Ausência de Jejum

·
i n te r fe rê n c i a

no
analito
:

↑ glicose
-
e
Interferência no analito:
triglicérides Glicose e
·
interferência na metodologia I lipidemia do
triglicérides.
soval

- Interferência na metodologia (lipemia do soro).


Excesso de jejum - ⑱ Glicose e > Corpos cetônicos.

- Após 48 horas de jejum À ... Bilirrubinas.


#?.
-
a A

Dietas específicas - Pesquisa de sangue oculto.


Dietas Especificas

pesquisa de oculto
-

sangue

amônia
hiperproteica ↑ ** ureia
dieta

-
,
-

e wato .

- Dieta hiperproteica ureia, amônia e urato.


DIETA
• Variações relacionadas à dieta:

Interferências
Dietas específicas - Pesquisa de sangue oculto.

- Dieta hiperproteica   ureia, amônia e urato.

Excesso de jejum -  Glicose e  Corpos cetônicos.

- Após 48 horas de jejum   Bilirrubinas.

Ausência de jejum - Interferência no analito:  Glicose e triglicérides.

- Interferência na metodologia (lipemia do soro).


JEJUM
• Justificativa:
– Interferência direta na concentração de analitos
VR = valores basais.
– Interferência em algumas metodologias métodos
espectrofotométricos.

• Tempo ideal:

• 8 horas para maioria dos analitos Colesterol.


• Jejum inadequado a partir de 16 horas.
AUSÊNCIA DE JEJUM
• Lipemia fisiológica:
– Triglicérides > 400mg/dL.
– Até 6 horas após as refeições.

• Consequências:
– Absorbância luminosa das partículas
lipídicas.
– Interferência nas dosagens de
amilase, ácido úrico, ureia, CK,
bilirrubinas e PT.
ÁLCOOL

• Ingestão aguda: • Ingestão crônica:

↑ ↑

– Ácido lático. – GGT.


↑ A

– Ácido úrico. – Colesterol total.


↑ ↑

– Triglicérides. – Ácido úrico.


de

– Glicemia. – Alterações no hemograma


( VCM).
TABAGISMO

• Valores aumentados:
– Carboxihemoglobina.
– Catecolaminas. • Valores diminuidos:
– Cortisol. – Vitamina B12.
– Antígeno carcinoembriogêni- – Colesterol HDL.
co (CEA). – Eosinófilos.
– Insulina. – Contagem e motilidade
– Ácido lático. espermática.
– Neutrófilos e monócitos.

Efeitos crônicos: > Hb, Hm, VCM e leucócitos.


i
↑ ↑*
ESTRESSE

• Efeitos do estresse:
↑44

– ACTH, cortisol e catecolaminas.


Vericula Biliar não tim
catecolamina

efeito da

↓ HDL e ↑ Colesterol total

->

– Hiperventilação Alcalose respiratória.

↑4 ↑

– neutrófilos Leucocitose / neutrofilia.


POSTURA DURANTE A COLETA
• Posição ortostática:
– Mudança rápida de posição corporal.
– A pressão hidrostática.
– At volume plasmático hemoconcentração.
– N 8 a 10% do valor inicial.

Proteínas totais e albumina, enzimas,


cálcio, bilirrubina, colesterol,
triglicérides, Hto, Hb, leucócitos,
proteinúria ortostática, etc.
IDADE
• Definição de 4 grupos etários:
IDADE
• Definição de 4 grupos etários:

HbF, bilirrubina,  glicemia,  ácido úrico,


 Hm, Hb e Hto.

 Creatinina e Fosfatase alcalina.

 gradual de colesterol e triglicérides.

 COL, TRIG, ureia e creatinina


 T3, PTH, Aldosterona e cortisol.
SEXO
SEXO

Maior massa muscular = T FAL, TGO, TGP e CK.

Menor massa muSCular e menstruação:=


LMg?, Ca albumina, Fe, Ferritina e
)

parâmetros hematológicos (Hm, Hb e Hto).


DOENÇAS PRÉVIAS

• Doenças hemolíticas:
– Amostra hemolisada Anemias hemolíticas
Hemólise mecânica
Hiperuremia
Malária

• Icterícia:
– Amostra ictérica

• Dislipidemias:
– Amostra lipêmica
Triglicérides > 400mg/dL
Interferência nas dosagens de
albumina, colesterol e PT
MEDICAMENTOS
FÁRMACO PARÂMETRO MECANISMO
ALTERADO
Fenitoína GGT Indução enzimática
Alopurinol Ácido úrico Inibição enzimática
Antibióticos Gram e culturas Bactericida/
bacteriostático
AAS Agregação plaquetária e TS Inibição da COX
Ácido ascórbico Glicosúria negativa Reação glicose oxidase
Carbamazepina Glicemia Redução da secreção de
insulina
Corticosteroides Glicemia Mobilização de
glicogênio
MEDICAMENTOS
FÁRMACO PARÂMETRO ALTERADO MECANISMO

Fenitoína  GGT Indução enzimática


Alopurinol  Ácido úrico Inibição enzimática
Antibióticos Gram e culturas Bactericida/
bacteriostático
AAS Agregação plaquetária e TS Inibição da COX

Ácido ascórbico Glicosúria negativa Reação glicose oxidase


Carbamazepina  Glicemia Redução da secreção de
insulina
Corticosteroides  Glicemia Mobilização de
glicogênio
MEDICAMENTOS

FÁRMACo PARÁMETRO ALTERAD0 MECANISM0

Fenitoina tt GGT Indução enzimática

Alopurinol Ácido Inibição enzimática


Antibióticos Gram e culturas Bactericida/
bacteriostático

AAS Agregação plaquetária e TS Inibição da COx

Ácido ascórbico Glicosúria negativa Reação glicose axidase

Carbamazepina 1 Glicemia Redução da secreção de


insulina

Corticosteroides 1 Glicemia (Mobilização de


glicogênio
Lipemia

Hemólise
Icterícia

VARIÁVEIS
Anticoagulantes RELACIONADAS Coágulos
À COLETA

Má homogeneização Hemoconcentração

Quantidade inadequada
Um exame pedido
e a caro a amortic
estip hemoliada pode vir
alterada

HEMÓLISE
.

potássio
-

magnésio
- ↳DH

4 dentro da hemácia do que for


Indo
que tim
* .

• Causas:
– Dificuldade de encontrar a veia.
– Agulha de pequeno calibre.
– Ato de puxar o embolo da seringa muito
rapidamente.
– Transferência vigorosa do sangue para o tubo.
3
Vermelha

– Agitação vigorosa do tubo.


anticoagulante
sem

Amarela *
SORO

– Coleta de sangue antes do álcool secar no local. Outras

cores
3
com

*
anticoagulante
PLASMA

– Garroteamento prolongado. minuto


pode passar de um
não
·
HEMÓLISE
• Consequências da hemólise:
– K+, Mg2+, Fe, LDH, AST, ALT e proteínas totais.

Analito Relação entre a Alteração na após


eritrócitos e lise de 1% de eritrócitos
plasma (%)
LDH 160 : 1 272
AST 40 : 1 220
Potássio 23 : 1 24,4
ALT 6,7 : 1 55
HENRY, 2012
HEMÓLISE

• Consequências da hemólise:
–  K+, Mg2+, Fe, LDH, AST, ALT e proteínas totais.

Analito Relação entre a Alteração na   após lise


eritrócitos e plasma de 1% de eritrócitos (%)
LDH 160 : 1 272

AST 40 : 1 220
Potássio 23 : 1 24,4
ALT 6,7 : 1 55
HENRY, 2012
Doenças que causam
.

Anemia falsiforme
Hiperuremia
Malária

HEMÓLISE

Consequências da hemólise:
a
K, Mg?, Fe, LDH, AST, ALT e proteínas totais.

Analito Relação entre a Alteração na| Japós lise


[eritrócitos) e (plasma) de 1% de eritrócitos (9%)
importante marcador
-

LDH de hemotise
1601 272

AST 40:1 220

Potássio 23:1 24,4

AT 6,7:1 55

HENRY, 2012
HEMÓLISE

Consequências da hemólise:

t , Mg? , Fe,
) LDH, AST, ALTe proteinas totais.

Analito Relação entre a Alteração na | lapós lise


(eritrócitos) e (plasmaj de 1% de eritrócitos ( )
LDH 160 2

AST 40:T 220

Potássio 23 44

ALT 6,7;1 55

HENRY, 2012
HEMOCONCENTRAÇÃO

• Causas:
compromete a circulação superficial

– Garroteamento prolongado.
– Postura ortostática aguardar 15 a 20 min para colher do
paciente que estava em pé.

• Consequências:
– mi analitos diversos.
– a hemácias, hemoglobina, hematócrito, leucócitos e
plaquetas.
MÁ HOMOGENEIZAÇÃO
Anticoagulante no tubo ,

E necessário
garantir

que o rangue
entrou 100 % Para não
contato

em

• Formação de pequenos coágulos: ter a formação de coagulas

– Obstrução nos analisadores automáticos.


– Contagem errônea de células agregados de plaquetas.

• Distribuição heterogênea dos elementos figurados do


sangue:
– Alterações no Hematócrito e VHS.
– Alterações nas contagens celulares.
ANTICOAGULANTES
Cor da tampa Anticoagulante/ Exames
aditivo
Vermelho/ Nenhum Bioquímicos, sorológicos e
amarelo hormônios
Verde Heparina Chumbo

Azul-escuro Heparina Toxicologia

Azul-claro Citrato de sódio Coagulograma

Preto Citrato de sódio VHS

Roxo EDTA Hemograma e tipagem


sanguínea
Cinza Fluoreto Glicemia
- se tem muitas
todos

opções , pois nem

ANTICOAGULANTES
são compatíveis com

TODOS Os Manes .

Cor da tampa Anticoagulante/ Exames


aditivo
Vermelho/
Vermelha Nenhum
O sangue
SOAGULA
Bioquímicos, sorológicos e
Bioquímicos
amarelo
Amarela
nenhum hormônios
Sorológicas
normonios

Verde Carregando…
Heparina Chumbo

Azul-escuro
Azul escuro
-

Heparina
heparina
Toxicologia
Toxiologia
dos primeiros
Azul-claro Citrato de sódio Coagulograma Des ser um

Preto
Pureto Citrato de sódio
Citrato de ródio VHS
UHS

Roxo EDTA Hemograma e tipagem


sanguínea
Cinza
Canse
S

Fluoreto
Fluorto Glicemia
Glicemia
TUBO COM GEL SEPARADOR

O SORO

~conserva
--

misturas

nca deva


gel vaporane Ron acular
a coagulacio
TUBO COM GEL SEPARADOR
"O coagulante pode
inter
ficar na agulha
e

firie novaultado"

~conserva
nca deva
misturas


gel vaporane Ron acular
a coagulacio
de lipidios
-alterações
Dislipdemia
LIPEMIA
• Causas:
– Triglicérides > 400mg/dL.
– Ausência de jejum.

• Consequências:
– Absorbância luminosa das
partículas lipídicas.
– Interferência nas dosagens de
amilase, ácido úrico, ureia, CK,
bilirrubinas e PT.
ICTERÍCIA ~nepatite
doenca
figado
·

,
no

·
obstrução bilion

·nemativa/nemolie
• Causa:
– Aumento de bilirrubina sérica.

• Consequências:
-
proteine e
– Interferência nas dosagens de albumina, colesterol e PT.
-
alterador
necuariamente
estao

não
SEQUÊNCIA /
HOMOGENEIZAÇÃO
Número de inversões para homogeneização conforme 3
fabricantes:
Ordem de coleta

-
&

*
Amarelo :

gel que
acerela a coagulação
TRANSPORTE E
PROCESSAMENTO DA AMOSTRA
• Transporte: intercorrências
-

principais
-

– Agitação excessiva hemólise.


-

– Exposição à luz degradação de bilirrubina.


-

– Exposição ao calor gasometria e Fosfatase ácida.


d
medir os gases
-> Sanque arterial

• Processamento:
-

– Centrifugação estabilidade da amostra.

Centrificigacao
maio

estabilidade
da
amostic

-
Transporte

VARIÁVEIS
RELACIONADAS
Fracionamento AO Armazenamento
PROCESSAMENTO
DA AMOSTRA

Distribuição da amostra
TRANSPORTE E PROCESSAMENTO DA
AMOSTRA
• Principais intercorrências:
– Agitação excessiva  hemólise.
– Exposição à luz  degradação de bilirrubina.
– Exposição ao calor  gasometria e fosfatase ácida.

Caixa hermética
4 a 12 horas Acondicionamento durante o transporte:
Refrigeração a 4C
Sangue total, soro e plasma: até 3 a 4 dias
Urina e fezes: 1 a 2 dias (exceto pesquisa de
protozoários vivos)
Bacteriologia: até 72 horas (exame a fresco 2 a 4 horas)
FRACIONAMENTO DA AMOSTRA
• Centrifugação da amostra maior estabilidade
FRACIONAMENTO DA AMOSTRA
• Obtenção de sangue total, plasma e soro:
Sangue colhido em tubo Sangue colhido em tubo Sangue colhido em tubo
com anticoagulante e com anticoagulante e sem anticoagulante e
bem homogeneizado centrifugado centrifugado

Ex: hemograma e Ex: bioquímica, sorologia e Ex: bioquímica, sorologia e


tipagem sanguínea coagulograma hormônios
ARMAZENAMENTO DA AMOSTRA
• Cuidados especiais para armazenamento:
– Sistema de embalagem.
– Controle de temperatura.
– Identificação adequada.
– Conservação que permita futura análise.
Acondicionamento após análise:
Ideal  Refrigeração a 4C
Hematologia/Coagulação: 5 dias
Urinálise e Parasitologia: 2 dias
Bacteriologia: até 3 dias (em meio de conservação)
Bioquímica: 2 a 4 dias
Sorologia: 2 dias
FASE ANALÍTICA

• Conceitos fundamentais:
– Metodologia x técnica.

– Sensibilidade x Especificidade.
Sensibilidade individuos
:

que

possuem a doença .

– Exatidão x Precisão.

– Teste “padrão-ouro”.
METODOLOGIA X TÉCNICA

• Metodologia baseada no princípio que fundamenta uma


determinada técnica.
– Exemplo: colorimetria.

• Técnica baseia-se nos procedimentos e na tecnologia


disponível para aplicação de uma determinada
metodologia.
– Exemplo: dosagem de glicose por método colorimétrico.
SENSIBILIDADE X testes
alta

com
ótimos
sensibilidade são


ESPECIFICIDADE
Sensibilidade (S):
para triagem
-

Probabilidade de um teste dar positivo na presença da doença, isto é,


avalia a capacidade do teste detectar a doença quando ela está presente

E
Percentual de resultados positivos dentre as pessoas que têm uma
determinada doença ou condição clínica
capacidade de
cascata de goagulação formar coagula
necharion

:
em casos

~ porte dar elevado em


outros caros NÃO E ESPECIFICO

Exemplo: D-Dímero tem sensibilidade de 99%


.

↳ Resultada da degradac i de um
coagula FIBRINA
.

Significa que, dentre as pessoas que apresentam episódio de


NO TEM FALSONEGATIVO

TVP/TEP, 99% terão -


·

resultado positivo de fato


-

pode das Positivo e an outras


patologiac
SENSIBILIDADE X ÓTIMUDI
CONFIRMAR

Alta especicificidade
sac

ESPECIFICIDADE herem
~

não
->
Done para
• Especificidade (E):
,

viação crusada

Probabilidade de um teste dar negativo na ausência da doença, isto é,


avalia a capacidade do teste afastar a doença quando ela está ausente

Percentual de indivíduos que não têm a doença e apresentam teste -

negativo, ou seja, a capacidade de identificar os ì


-
verdadeiros negativos

Exemplo: Teste rápido para Covid-19 - especificiadade de 99%


Significa que o risco de uma pessoa que não está com Covid-19 ter
-> Sencibilidade e Especibilidade
VDRh BAIXA

seu resultado positivo é de apenas 1% ↳


Sif primária
↳ Vacina
-
.
a
Si Secundaric.

↑falsa positivo
da NEGATIVO
dificilmente
pacientes
em
SENSIBILIDADE X
ESPECIFICIDADE
Sensibilidade Especificidade

Dentre os pacientes suspeitos de Identifica os que, Identifica os que não


uma doença ou condição de fato, estão apresentam aquela
clínica... doentes doença investigada

Falso negativo Falso-positivo


Quando baixa, pode ocasionar...
Triagem Confirmação
É útil para...

Resultado mais confiável Negativo Positivo

Exemplo VDRL FTA-Abs


USO DOS TESTES

Sensíveis Específicos
• Quando um resultado FP pode
• Para doença perigosa ou
ocasionar danos físicos, morais
grave, mas tratável.
ou financeiros ao paciente.
• Para excluir doenças • Quando o tratamento é requer
(rastreamento). medidas mais agressivas ou
• Probabilidade da doença invasivas, como uma

é baixa mas o objetivo é quimioterapia ou cirurgia.


• Dá poucos Falsos Positivos.
excluir a doença – banco
EXATIDÃO X PRECISÃO
• Exatidão: associada à proximidade do valor verdadeiro.
• Precisão: associada à dispersão dos valores resultantes de uma
série de medidas.


EXATIDÃO X PRECISÃO

• Como avaliar um método? Precisão ou exatidão?

“Precisão significa a aptidão de um instrumento de medição


fornecer indicações muito próximas, quando se mede o mesmo
sob as mesmas condições”

• Exemplo: Confirmação de testes em duplicata ou triplicata.


TESTE “PADRÃO–OURO”
• Serve para comparar com o teste em questão e avaliar sua
exatidão.

• O uso de testes mais simples que o padrão-ouro é feito sabendo-se


que isso resulta em certo risco de diagnóstico incorreto.

• Esse risco é justificado pela segurança e conveniência do teste


mais simples.

Exemplo: VDRL X FTA-Abs.


FASE PÓS-ANALÍTICA

• Elementos da fase pós-analítica:


– Emissão do laudo.
– Interpretação dos resultados.
-

– Tomada de decisão médica diagnóstico e tratamento.

• Dilemas médicos na fase pós-analítica:


ou i
deficiência de Bi

• Quais exames necessários e/ou desnecessários? ou i de


ferro .

• Quais exames complementares solicitar?


• Qual o perfil sócio-econômico do paciente?
• Quais os critérios dos planos de saúde do paciente?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

HENRY, J. B. Diagnósticos Clínicos e Tratamento por Métodos


Laboratoriais. 21.ed. Barueri, SP: Editora Manole, 2012.

ZAGO, M A; FALCÃO, R P; PASQUINI, R. Hematologia -


Fundamentos e Prática. 1.ed. São Paulo: Atheneu, 2004.

SBPC/ML. Recomendações da Sociedade Brasileira de


Patologia Clínica e Medicina Laboratorial para coleta de
sangue venoso. 2.ed. Barueri, SP: Minha Editora, 2010.

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