Trabalho de Geologia Do Solo

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 9

GEOLOGIA E MECANICA DO SOLO

Claudinei Antonio Liberato


RU 972351

CENTRO UNIVERSITÁRIO NTERNACIONAL UNINTER

Av Francisco faria 206 Vila Resende cep 13405 285 Piracicaba -sp

GLANULOMETRIA DO SOLOS.
1- Introdução
O ensaio de granulometria é um procedimento utilizado para determinar a distribuição
granulométrica de um solo, ou seja, conhecer qual a porcentagem em peso que cada
faixa especifica de tamanhos, representa na massa total seca que e utilizada para
ensaio.
A determinação da granulometria de um solo pode ser feita apenas por peneiramento,
ou por peneiramento e sedimentação. O ensaio por peneiramento é utilizado para a
fração grosseira do solo ( areia e pedregulho) que ficam retidas na peneira de numero
200, enquanto o ensaio por sedimentação determina a granulometria dos finos do solo
(material que passa pela peneira de número 200).
As series de abertura das peneiras usadas no ensaio de acordo com a 7211:05 estão na
tabela 1 s seguir.
Tabela 1- Abertura de malhas (ABNT NBR 7211:2005)

A utilidade do ensaio é obter a curva granulométrica que é visada para caracterização


geotécnica do solo. A curva granulométrica do solo permite classifica-lo em solo bem
graduado, quando a graduação é continua, solo de graduação uniforme, quando a
graduação mínima e solo de graduação aberta, quando a graduação, defectiva.
Nesta ferramenta, o eixo das ordenadas apresenta o diâmetro dos grãos da amostra
distribuição em escala crescente e o eixo das abscissas mostra a proporção percentual
de material da amostra referente aquele diâmetro. O cruzamento de tais dados forma
a curva granulométrica.
O ensaio realizado tem como objetivo conhecer a distribuição granulométrica do solo,
determinando suas características físicas. Consequentemente se o solo é apropriado
para o destino que vai ser utilizado.

2- Materiais
- Balança
- Amostra de solo representativa
- Água
-Jogo de peneiras: peneiramento grosso:4,76mm(n4)2,38mm(n8)2,00mm(n10).
Peneiramento fino:1,19mm(n16) / 0,59mm(n40)/ 0,297(n50)/ 0,149mm(n100)/
0,075(n200).
- Capsulas resistentes á estufa
- Estufa
- Haste de adensamento
- Misturador elétrico
- Recipiente para amostra
- Almofariz

3- Procedimento experimental
Primeiramente recolheu-se uma determinada quantidade de amostra do solo ao ar
retirado de um barranco onde não há construções ao redor, em seguida colocou-se o
mesmo para secar em estufa a 100graus no laboratório de solos, durante um tempo de
48 horas.
Desmanchou os torrões com almofariz e mão de grau (cuidadosamente) e
homogeneizou-se a amostra. Após desmanchar os torrões pesou-se 500gramas da
amostra e passou se o material na peneira numero 10 manualmente, por
aproximadamente 3 minutos, tempo necessário para que os grãos maiores ficassem
retidos na peneira citada anteriormente.
Tomou-se o cuidado de desmanchar os possíveis torrões que poderiam existir no solo.
O material retido no número 10, foi utilizado no peneiramento grosso do solo e o
material passante na peneira numero 10, foi utilizado no peneiramento fino.
Peneiramento grosso: as peneiras de abertura maiores e igual a de numero 10 foram
colocadas umas sobre as outras com as aberturas das malhas crescendo de baixo para
cima. Embaixo da peneira de maior abertura foi colocada á tampa para que se evitasse
a perda de partículas no inicio do processo de vibração. O conjunto de peneiras assim
montado foi agitado manualmente. Pesou-se a fração de solo retida em cada peneira,
até que se chegou a de 10(2,00mm)
Peneiramento fino: juntou se e empilhou-se as peneiras de aberturas compreendidas
entre as peneiras numero 10(2,00mm) e numero 200(0,075), com as aberturas das
malhas crescendo de baixo para cima. Colocou- se o material no conjunto de peneiras e
utilizou-se o agitador mecânico.

4- Resultados e discussões.

Com os valores da massa de solo retidas em cada peneira utilizada no ensaio, foi
possível calcular o percentual do material retido, o percentual de material retido
acumulado e o percentual de material passado. Conforme mostra a tabela a seguir.
4.1- Coeficiente de uniformidade e coeficiente de curvatura
Cc= fornece a ideia do formato da curva permitindo dectar descontinuidade no
conjunto.
Se 1|<Cc <3- solo bem graduado/ Se ou Cc >3 – solo mal graduado
Cu= fornece ideia da variedade das dimensões que as partículas deum solo possuem.
Cu <5 – solo uniforme
5<Cu <15 solo medianamente uniforme
Cu > solo desuniforme
D10 = diâmetro tal que o peso correspondente a partículas menores que este e 10% do
peso total da amostra.
D60 = diâmetro tal que 60% da massa do solo tem diâmetro menor que este diâmetro.
D30 = diâmetro tal que 30% das partículas do solo tem diâmetro menor que ele.
Calculo do D10:
8,9 - (0,297 – 0,119 ) D10 = 0,119 + x
1,9 - x D10- 0,119 + 0,038
x=0,038 - D10 = 0,157mm

Calculo do D30:
24 - (0,59-0,42) D30 = 0,42+x
9,8 - x D30= 0,42 + 0,069
X = 0,069 D30 = 0,489mm

Calculo do D60:
9,2 - (2,0-1,19) D60 = 1,19 + x
4,6 - x D60 = 1,19 + 0,405
X = 0,405 D60 = 1,595mm

C.U. coeficiente de uniformidade


(D60) = 1,595 mm
(D10) = 0,157 mm

C.U. = (D60) = 1,595 mm


(D10)= 0,157 mm
C.U = 10,16
C.C = coeficiente de curvatura
(D60) = 1,595 mm
(D30) = 0,489 mm
(D10) = 0,157 mm

C.C = (D30)² = (0,489²


(D60) x(D10) (1,595)x(0,157)
C.C = 0,96
De acordo com os resultados obtidos nos cálculos de coeficiente de uniformidade e
coeficiente de curvatura, constatou -se que o solo em analise, possui uma
uniformidade media pois seu coeficiente de uniformidade é de 10,16 e esta entre os
valores de 5 e 15.Analizando o resultado do coeficiente de curvatura , concluímos que
o solo possui uma ma graduação, pois seu coeficiente é de 0,96, ou seja inferior a 1.

4.2 Curva granulométrica


Com os resultados da tabela 1 foi plotado o gráfico para obtenção da curva
granulométrica conforme mostra a figura 1
Como podemos observar, a forma da curva nos fornece informações quanto à
distribuição granulométrica do solo. Quanto mais achatada for, maior será a faixa de
tamanhos de partículas no solo e quanto mais íngreme menor a faixa de tamanhos.
No gráfico obtido, podemos observar uma curva íngreme que sugere uma má
granulação do solo, ou seja, que o solo possui uma grande faixa de grãos com o mesmo
diâmetro, fato que se confirma analisando o resultado do coeficiente de curvatura.
Sendo o solo de uniformidade media e com uma má granulação, o solo em analise não
é recomendado para uso na engenharia civil.

5- Conclusão
Conclui-se que, ao conhecer a distribuição granulométrica do solo, segundo a norma
NBR7181, e utilizado os coeficientes de não uniformidade e o coeficiente de curvatura,
é possível determinar suas características físicas, podendo analisar se o solo é
apropriado para uso na engenharia.
Um solo bem graduado apresenta distribuição proporcional do tamanho das partículas,
de forma que os espaços deixados pelas partículas maiores sejam ocupados pelas
partículas menores, tais solos quando compactados apresentam alta resistência, o que
é interessante para Engenharia Civil.
Constatou se também, que a curva de distribuição granulométrica encontra aplicação
pratica como na construção de estrada, barragens, na estimativa do coeficiente de
permeabilidade do solo e no dimensionamento de filtros de proteção de barragens.

6- Referência bibliográficas
6.1- Associação brasileira de normas técnicas. NBR 7181: Solo: analise granulométrica.
Rio de Janeiro, 1984ª 13p.

Você também pode gostar