Aula03 GEO003 Granulometria ATUALIZADO

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GEO 003
MECÂNICA DOS SOLOS I
Prof. Adinele Gomes Guimarães
[email protected]
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CURVA GRANULOMÉTRICA
Aula 03
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GRANULOMETRIA

Escala granulométrica adotada pela ABNT 6502/95 na nomenclatura das partículas.

NORMAS PARA CONSULTA

NBR 7181 – Ensaio de Granulometria


NBR 5734 – Especificação de peneiras para ensaio
NBR 6457 – Preparação de amostras de solo para ensaio normal de compactação e ensaio de caracterização
NBR 6508 – Grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm – Determinação da massa específica –
Método de ensaio
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APARELHAGEM PARA O ENSAIO DE GRANULOMETRIA CONJUNTA:

Peneiras conforme a NBR 5734:


50, 38, 25, 19, 9,5, 4,8, 2,0 mm
(peneiramento grosso), 1,2, 0,6,
0,42, 0,25, 0,15 e 0,075 mm
(peneiramento fino)
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EXECUÇÃO DO ENSAIO

Operações Preliminares
Passar este material na peneira de 2,0 mm, tomando-se a precaução de desmanchar no almofariz todos os
torrões eventualmente ainda existentes, de modo a assegurar a retenção na peneira somente dos grãos
maiores que a abertura da malha

Peneiramento do Material Grosso:


Lavar a parte retida na peneira de 2,0 mm (#10) a fim de eliminar o material fino aderente e secar em estufa
a 105º–110ºC, até constância de massa.
Utilizando-se o agitador mecânico, passar esse material nas peneiras de 50, 38, 25,19, 9,5, 4,8 e 2,0mm.
Anotar as massas retidas acumuladas em cada peneira. A soma de todas essas massas retidas (ou o retido
acumulado na peneira de 2,0 mm) será anotada com MG (massa do material graúdo).

Peneiramento do Material Fino:


Após lavar na peneira de 0,075 mm (nº200) o material da sedimentação, vertendo-se água potável à baixa
pressão, secar o material retido na peneira de 0,075 mm (nº. 200) em estufa, à temperatura de 105º–110ºC
até constância de massa, e, utilizando-se o agitador mecânico, passar nas peneiras de 1,2, 0,6, 0,42, 0,25,
0,15, 0,075 mm. Anotar com resolução de 0,01g as massas retidas acumuladas em cada peneira.
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Sedimentação
✓ Material passado na peneira de 2,0 mm: 120 g = solos
arenosos ou 70 g = solos siltosos e argilosos
✓ Num béquer de 250 ml juntar o material e solução com
defloculante, (125 ml de solução de hexametafosfato de
sódio com a concentração de 45,7 g do sal por 1 000 ml de
solução). Misturar e repousar por no mínimo 12 horas
✓ Dispersão da mistura por 15 min em aparelho adequado
✓ Na proveta juntar a mistura e água destilada até atingir o
traço correspondente a 1000 ml
✓ Executar, com auxílio da outra, movimentos enérgicos de
rotação, durante 1 minuto, de forma que a boca da proveta
passe de cima para baixo e vice-versa.
✓ Colocar a proveta sobre uma mesa, anotar a hora exata
do início da sedimentação e mergulhar cuidadosamente o
densímetro na dispersão. Efetuar as leituras do densímetro
correspondentes aos tempos de sedimentação (t) de 0,5, 1 e
2 minutos. Retirar lenta e cuidadosamente o densímetro da
dispersão. Fazer as leituras subsequentes a 4, 8 , 15 e 30
minutos, 1 , 2 , 4 , 8 e 24 horas, a contar do início da
sedimentação.
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CÁLCULOS

Massa total da amostra seca

MS = (MT-MG).fc + MG
onde:
MS = massa total da amostra seca
MT = massa da amostra seca ao ar
MG = massa do material seco acumulado retido na peneira de 2,0 mm
fc = fator de correção da umidade = 100 / (100 + w)
w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm

Porcentagens de materiais que passam nas peneiras de 50, 38, 19, 9,5, 4,8, e 2,0 mm:
Qg = 100 (MS – Mi) / MS
onde:
Qg = porcentagem de material passado em cada peneira
MS = massa total da amostra seca
Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira
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Porcentagens do material em suspensão

Correspondentes a cada leitura do densímetro, referidas à massa total da amostra, utilizando-se a expressão
Qs = N. ρs.V. ρw.Lc / [(ρs - ρmd).Mh.fc)]

onde:
Qs = porcentagem de solo em suspensão no instante da leitura do densímetro
N = porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm
ρs = massa específica dos grãos do solo, em g/ cm3
ρmd = massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g/cm3
V = volume da suspensão, em cm3
ρw = massa específica da água, à temperatura de ensaio, em g/cm3
Lc = leitura corrigida = L – Ld + (erro causado pelo menisco)
L = leitura do densímetro na suspensão
Ld = leitura do densímetro no meio dispersor, na mesma temperatura da suspensão, durante o ensaio
Mh = massa do material úmido submetido à sedimentação, em g
fc = fator de correção da umidade = 100 / (100 + w)
w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm

Considerar: ρmd= 1 g/cm3 ; V = 1 000 cm3 e ρw = 1 g/cm3 (erro desprezível)


Erro leitura menisco tem ordem de grandeza igual a 0,0012
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Diâmetro máximo das partículas em suspensão

No momento de cada leitura do densímetro, utilizando-se a fórmula de Stokes:

∅ = [ 1800 η . a / {t.(ρs - ρmd)} ] 0,5

onde:
∅ = diâmetro máximo das partículas, em mm
η = coeficiente de viscosidade do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g.s/cm2
a = altura de queda das partículas, com resolução de 0,1 cm, correspondente à altura do densímetro, em cm
t = tempo de sedimentação, em segundos
ρs = massa específica dos grãos do solo, em g/cm3
ρmd = massa específica do meio dispersor, à temperatura de ensaio, em g/cm3

Considerar ρmd = 1,0 g/cm3 e η correspondente ao coeficiente de viscosidade da água (ver abaixo);
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Porcentagens dos materiais que passam nas peneiras de 1,2, 0,6, 0,42, 0,25, 0,15 e 0,075mm

Qf = N.(Mh.fc-Mi)/(Mh.fc)

onde:
Qf = porcentagem de material passado em cada peneira;
Mh = massa do material úmido submetido ao peneiramento fino ou à sedimentação, conforme o ensaio tenha
sido realizado apenas por peneiramento ou por combinação de peneiramento e sedimentação,
respectivamente
fc = fator de correção = 100 / (100 + w)
w = umidade higroscópica do material passado na peneira de 2,0 mm
Mi = massa do material retido acumulado em cada peneira
N = porcentagem de material que passa na peneira de 2,0 mm
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Curva Granulométrica
Gráfico semilogarítmico, cujos pontos representam:

- ordenadas = massa das partículas de dimensões inferiores ao diâmetro correspondente (porcentagem) escala
crescente, de baixo para cima
- abscissas = diâmetros das partículas, em escala logarítmica (milímetro); escala crescente a partir da
esquerda
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Coeficinete de Uniformidade
𝐷60
𝐶𝑢 =
𝐷10

- Indica amplitude dos tamanhos de grãos

- 𝐷10 : diâmetro correspondente a 10% em peso total de todas as partículas menores que ele (diâmetro efetivo)

- 𝐷60 : diâmetro correspondente a 60% em peso total de todas as partículas menores que ele

𝐶𝑢 < 5 Muito uniforme


5 < 𝐶𝑢 < 15 Uniformidade média
𝐶𝑢 > 15 Desuniforme
* Alguns autores consideram 3 como valor de referência
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Coeficinete de Curvatura
𝐷30 2
𝐶𝑐 =
𝐷60 × 𝐷10

- Detecta o formato da curva granulométrica e permite identificar eventuais descontinuidades ou concentrações


muito elevadas de grãos mais grossos no conjunto

- 𝐷30 : diâmetro correspondente a 30% em peso total de todas as partículas menores que ele

1 < 𝐶𝑐 < 3 Bem graduado (granulometria se desenvolve suavemente)


𝐶𝑐 < 1 Curva desontínua (falta grãos de um certo diâmetro)
𝐶𝑐 > 3 Curva uniforme na parte central
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Índices que auxiliam a identificação das características de uniformidade e graduação solos


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EXEMPLO 01

Pede-se:
a) As porcentagens das frações silte, areia e pedregulho do solo C.
b) Os coeficientes de uniformidade e de curvatura do solo B.
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a)

60%

35%

8%

Pedregulho (> 2,0 mm) = 100% - 60% = 40%


Areia (<2,0 mm e >0,06mm) = 60% - 35% = 25% 40 + 25 + 27 + 8 = 100%
Silte (<0,06mm e >0,002mm) = 35% - 8% = 27%
Argila (< 0,002 mm) = 8%
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b)

60%

30%

10%

D60 = 0,40 mm 𝐷60 0,40


𝐶𝑢 = = = 1,9
D30 = 0,30 mm 𝐷10 0,21

D10 = 0,21 mm 𝐷30 2 0,302


𝐶𝑐 = = = 1,07
𝐷10 ∙ 𝐷60 0,21 ∙ 0,40
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A análise granulométrica de um solo constituído por areia, silte e


argila, forneceu o seguinte resultado: peso da amostra seca =
EXEMPLO 02
59,1 g. Os pesos retidos nas peneiras números 20, 40, 60, 140 e
200 foram, respectivamente, 2,8; 3,4; 8,5; 6,7 e 10,2 g. Do ensaio
de sedimentação resultou que 24,6 g ; 10,2 g e 3,0 g de
partículas eram, respectivamente, menores que 0,05mm;
0,005mm e 0,001mm Determine a porcentagem de areia, silte e
argila.
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N° D (mm) M R (g) M R acum (g) M P (g) % Passante

20 0,84 2,8 2,8 56,3 95,3


40 0,42 3,4 6,2 52,9 89,5
60 0,25 8,5 14,7 44,4 75,1
140 0,105 6,7 21,4 37,7 63,8
200 0,074 10,2 31,6 27,5 46,5
- 0,05 - - 24,6 41,6
- 0,005 - - 10,2 17,3
- 0,001 - - 3,0 5,1

𝑀𝑆 = 59,1 𝑔

𝑀𝑅 𝑎𝑐𝑢𝑚 𝑖 = 𝑀𝑅𝑖−1 + 𝑀𝑅𝑖 𝑀𝑅 𝑎𝑐𝑢𝑚 = 2,8 + 3,4 = 6,2

𝑀𝑃 = 𝑀𝑠 − 𝑀𝑅 𝑎𝑐𝑢𝑚 𝑖 𝑀𝑃 = 59,1 − 6,2 = 52,9

𝑀𝑃 52,9
%𝑃 = × 100 %𝑃 = × 100 = 89,5%
𝑀𝑆 59,1
20

Curva Granulométrica
100

% 90
D (mm)
Passante 80
0,84 95,3

Porcentagem Passante (%)


70
0,42 89,5
0,25 75,1 60

0,105 63,8 50
0,074 46,5 42%
40
0,05 41,6
30
0,005 17,3
0,001 5,1 20

10%
10

0
0,001 0,01 0,1 1 10
Diâmetro dos grãos (mm)
𝐴𝑟𝑒𝑖𝑎 = 100 − 42 = 58 %

𝑆𝑖𝑙𝑡𝑒 = 42 − 10 = 32 %

𝐴𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎 = 10 %

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