Projeto Individual de Leitua - Crónica - by Slidesgo
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INDIVIDUAL DE
LEITURA
Trabalho realizado por: Filipa Rita Nº6; Francisco Ferreira Nº7
12ºCT2
Índice
A temática:
• Aborda aspetos da vida social e quotidiana;
• Apresenta episódios reais ou fictícios.
(A crónica pode ser política, desportiva, literária, humorística, económica,
mundana, etc.)
03
Biografia da
autora
Biografia da
autora
Nasceu a 3 de janeiro de 1986;
É humorista, apresentadora de televisão e locutora de rádio
portuguesa;
É autora dos livros:
• O Meu Coração Só Tem Uma Cor, Vai Correr Tudo Mal e
Apontar é Feio;
Atualmente faz d’As Três da Manhã, na Renascença, onde faz a
rubrica diária Extremamente Desagradável.
04
Leitura e
análise
Dá-me a tua camisola- I
Dia de derby, um casal metade Sporting, metade Benfica chega às imediações do estádio. É garantido
que serão interpelados pelo repórter de serviço e apontados como caso de estudo. “Como é que
conseguem vir assim, de mãos dadas, ver um jogo destes?” A pergunta é normalmente feita no mesmo
tom com que falavam com o chimpanzé Gervázio naqueles anúncios da reciclagem, num misto de
admiração e de “não imaginam o perigo que estão a correr” Fomo-nos habituando à ideia de que ir ao
futebol é perigoso, como se o campeonato português fosse disputado no Dumbass. Há regras que, não
estando escritas, foram assimiladas por todos, como a de não festejar em bancada alheia. Como se
comemorar um golo do nosso clube perto de adeptos rivais fosse uma má educação tão grande como
arrotar em frente à nossa tia Lurdes, sendo que a tia Lurdes nunca reagiria com violência
desproporcionada: no máximo, um ralhete e um olhar de profunda decepção. Já de vizinhos de
bancada, podemos esperar tudo. O futebol também é um jogo de sorte , que não se esgota no acaso de
a bola bater no poste e entrar; à ainda a sorte de não calharmos ao lado de um fanático, que faça com
que também levemos três pontos, à semelhança da nossa equipa.
Dá-me a tua camisola- II
A má notícia da jornada é que uma criança foi obrigada a despir a camisola do seu clube para poder
assistir a um jogo, a boa é que descobrimos que o secretário de Estado da Juventude e do Desporto
está vivo. Bem-vindo a Portugal, dr. João Paulo Correia. Acredito que tenha estado emigrado muito
tempo, e em Marte, para não saber que este problema nas bancadas é já tão tradicional como as
queijadas. Nem quero imaginar o espanto do secretário de Estado quando descobrir que, em 2004, se
construíram dez novos estádios! Estar equipado à Benfica na bancada destinada a adeptos do
Famalicão parece ser um faux pas tão grave como ir de fato de treino aos Globos de Ouro. E onde se lê
Benfica e Famalicão poderia ler-se o nome de qualquer outro clube. Quem faz cumprir esta regra alega
questões de segurança. E tem razão. É muito provável que, arriscando nesse dress code, a coisa
corresse mal. Mas isto é o mesmo que dizer que as mulheres que usam mini-saias, ficando à mercê de
algum tarado, se estão a pôr a jeito. No futebol, beneficia-se o infrator: os tarados continuam
alegremente na bancada, os outros é que têm de mudar de roupa. Atenção que, em condições
normais, consideraria que maltratar uma criança é vesti-la à Benfica. Mas neste caso tenho de abrir
uma exceção. Este episódio patético, do menino que teve de ver o jogo semi-nu, como se fosse o
mendigo à espera do agasalho do São Martinho, deve servir-nos de lição. Aprendemos com este
exemplo que é má ideia serem os pais a levar os miúdos ao futebol. Uma mãe, perante este cenário,
pegava na criança e levava-a para casa. O pai pensa: “Primeiro, vejo a bola e, no fim dos 90 minutos,
logo se trata do escaldão do puto.”
Análise da
crónica-I
– “Dia de derby, um casal metade Sporting, metade Benfica chega às imediações
do estádio. É garantido que serão interpelados pelo repórter de serviço e
apontados como caso de estudo. “Como é que conseguem vir assim, de mãos
dadas, ver um jogo destes” A pergunta é normalmente feita no mesmo tom com
que falavam com o chimpanzé Gervásio naqueles anúncios da reciclagem, num
misto de admiração e de “não imaginam o perigo que estão a correr”.”
Análise da
crónica-II
– “Há regras que, não estando escritas, foram assimiladas por todos, como a de
não festejar em bancada alheia. Como se comemorar um golo do nosso clube
perto de adeptos rivais fosse uma má educação tão grande como arrotar em
frente à nossa tia Lurdes, sendo que a tia Lurdes nunca reagiria com violência
desproporcionada: no máximo, um ralhete e um olhar de profunda decepção.”
– “Bem-vindo a Portugal, dr. João Paulo Correia. Acredito que tenha estado
emigrado muito tempo, e em Marte, para não saber que este problema nas
bancadas é já tão tradicional como as queijadas.”
Análise da
crónica- IV
– “Quem faz cumprir esta regra alega questões de segurança. E tem razão. É
muito provável que, arriscando nesse dress code, a coisa corresse mal. Mas isto
é o mesmo que dizer que as mulheres que usam mini-saias, ficando à mercê de
algum tarado, se estão a pôr a jeito.”
– “Aprendemos com este exemplo que é má ideia serem os pais a levar os miúdos
ao futebol. Uma mãe, perante este cenário, pegava na criança e levava-a para
casa. O pai pensa: “Primeiro, vejo a bola e, no fim dos 90 minutos, logo se trata
do escaldão do puto.” ”
05
Recursos
expressivos
Recursos expressivos
Comparações:
• “Estar equipado à Benfica na bancada destinada a adeptos do Famalicão
parece ser um faux pas tão grave como ir de fato de treino aos Globos de
Ouro.”
• “Este episódio patético, do menino que teve de ver o jogo semi-nu, como se
fosse o mendigo à espera do agasalho do São Martinho, deve servir-nos de
lição.”
Metáfora:
• “No futebol, beneficia-se o infrator: os tarados continuam alegremente
na bancada, os outros é que têm de mudar de roupa.”
Ironia:
• “Mas é o mesmo que dizer que as mulheres que usam mini-saias, ficando
à mercê de algum tarado, se estão a pôr a jeito.”
Exemplo relacionados
Pior tragédia num estádio de futebol nos últimos anos em todo o mundo causa
mais de 120 mortos na Indonésia, após os adeptos de duas equipa entrarem em
discórdia.
Neste fim de semana passado (11/12/2022) o presidente APAF relatou vários
episódios de violência à equipa de arbitragem. tanto jogadores como adeptos
deslocaram ao campo para agredir o arbitro porque segundo eles o jogo
estavam a ser mal arbitrado.
06
Conclusão
Webgrafia
http://apoioptg.blogspot.com/2007/04/caractersticas-da-crnica.html
https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$cronica
https://www.fnac.pt/Joana-Marques/ia713384/biografia
https://cnnportugal.iol.pt/indonesia/tragedia/asfixiados-esmagados-pisados-ate-a-morte-imagens-mostram-o-caos-e-o-
terror-no-estadio-na-indonesia/20221002/633973320cf26256cd386acb
https://desporto.sapo.pt/futebol/artigos/fim-de-semana-negro-para-o-futebol-e-para-a-arbitragem-presidente-da-apaf-
enumera-episodios-de-violencia-do-fim-de-semana
Fim!
Trabalho realizado por:
Filipa Rita Nº6
Francisco Ferreira Nº7
12ºCT2