Apostila PEI 2
Apostila PEI 2
Apostila PEI 2
Apostila teórico-didática
SUMÁRIO
Classificações ________________________________________________ 23
Relações Familiares ___________________________________________ 26
Ilustrações __________________________________________________ 29
Orientação Espacial 2 __________________________________________ 31
Relações Temporais ___________________________________________ 32
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INSTRUMENTOS DO PEI
1. ORGANIZAÇAÕ DE PONTOS
2. ORIENTAÇÃO ESPACIAL I
1º NÍVEL
3. COMPARAÇÕES
4. PERCEPÇÃO ANALÍTICA
5. CLASSIFICAÇÕES
6. RELAÇÕES FAMILIARES
7. ILUSTRAÇÕES 2º NÍVEL
8. ORIENTAÇÃO ESPACIAL II
9. RELAÇÕES TEMPORAIS
O material é protegido pela lei de direitos autorais, não sendo autorizada a sua reprodução
parcial ou total. A aquisição do material pode ser feita em qualquer Centro Autorizado pelo
Centro Internacional para a Promoção do Potencial de Aprendizagem (ICELP) de Jerusalém.
Só as pessoas que foram devidamente formadas por um Centro Autorizado têm direito a
aplicação do programa e utilização dos instrumentos do PEI.
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OBJETIVOS DO PROGRAMA DE
ENRIQUECIMENTO INSTRUMENTAL
DE REUVEN FEUERSTEIN
Objetivo Geral:
Sub-objetivos:
FASE DE INPUT
1. Percepção nebulosa não diferenciada
2. Comportamento exploratório não sistemático, impulsivo e não planejado
3. Falta ou deficiência de ferramentas verbais receptivas que afetam a
discriminação
4. Falta de, ou deficiência na orientação espacial – falta de sistemas de referência
estáveis que prejudica a organização do espaço
5. Falta ou deficiência de conceitos temporais
6. Falta de, ou deficiência na conservação de constâncias a despeito da variação
em aspectos não essenciais do objeto
7. Falta ou deficiência da necessidade de precisão e exatidão na coleta de dados
8. Falta ou deficiência da capacidade para considerar duas ou mais fontes de
informação ao mesmo tempo, refletida no tratamento de dados de forma
fragmentada e não como uma unidade de fatos organizados
FASE DE ELABORAÇÃO
1. Inadequação na percepção da existência de um problema e subseqüentemente
em sua definição
2. Incapacidade para selecionar dados relevantes vs não-relevantes na definição
de um problema
3. Falta de comportamento comparativo espontâneo ou limitação de sua
manifestação por um sistema de necessidade restrito
4. Estreiteza do campo mental
5. Percepção episódica da realidade
6. Falta ou deficiência da necessidade de perseguir evidências lógicas
7. Falta ou deficiência da necessidade de comportamento somativo
8. Falta de, ou limitação na interiorização
9. Falta ou restrição do pensamento hipotético inferencial
10. Falta ou deficiência de estratégias para comprovar hipóteses
11. Falta de, ou deficiência na habilidade para definir o quadro de referência
necessário para a resolução de problemas
12. Falta de, ou deficiência no comportamento de planejar
13. Deficiência na elaboração de certas categorias cognitivas, pois os conceitos
verbais não fazem parte do repertório do individuo ao nível receptivo, ou não
estão mobilizados ao nível expressivo
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FASE DE OUTPUT
1. Modalidades egocêntricas de comunicação
2. Dificuldade em projetar relações virtuais
3. Bloqueio
4. Respostas por ensaio e erro
5. Falta ou deficiência de ferramentas verbais para comunicar respostas
adequadamente elaboradas
6. Falta ou deficiência da necessidade de precisão e exatidão para comunicar suas
respostas
7. Deficiência no transporte visual
8. Comportamento impulsivo
Fonte: Feuerstein, R., Rand, Y., Hoffman, M., & Miller, R. (1980). Instrumental Enrichment: An
Intervention Program for Cognitive Modifiability. Baltimore, MD.: University Park Press.
MAPA COGNITIVO
Parâmetros do ato mental
1. CONTEÚDO
Qualquer tarefa tem um conteúdo, que pode facilitar a aquisição de um componente cognitivo
ou torná-lo mais difícil.
A escolha de um conteúdo muito difícil ou pouco familiar pode dificultar o ato metal (ex.
elementos químicos). Por outro lado, a escolha de um conteúdo muito fácil ou familiar pode
diminuir a motivação do aprendiz. O conteúdo de uma tarefa não deve ser muito fácil nem
muito difícil. (ex. posso começar por uma página diferente, ou com um jogo que provoque
necessidade, ...)
O conteúdo pode ser universal (matemática, história...) ou pessoal (experiências pessoais).
2. MODALIDADE
3. OPERAÇÃO MENTAL
4. FUNÇÕES COGNITIVAS
São os pré-requisitos da operação mental. Ex. categorizar exige funções, como: percepção
clara, exploração sistemática dos dados, comparação, instrumentos verbais, diferenciar
características relevantes das irrelevantes, relacionar várias fontes de informação
simultaneamente, ....
5. NÍVEL DE COMPLEXIDADE
6. NÍVEL DE ABSTRAÇÃO
O nível de abstração de um ato mental pode ser determinado em função da distância que
existe entre o ato mental em si mesmo e os elementos reais nos quais o ato mental opera, isto
é, qualquer ato mental opera nos elementos que estão ligados à realidade – alguns deles são
mais próximos e outros mais distantes. Ex. Para explicar o conceito de amizade para uma
criança pequena, relacionamos com exemplos mais próximos da realidade ( com quem ela
brinca, quem vai ao aniversário,....) e também elementos mais distantes ( cuidados, proteção,
preocupação, ...)
7. NIVEL DE EFICIÊNCIA
O objetivo geral deveria ser formulado em termos operacionais (sob forma de uma frase
completa e detalhada), por exemplo: Incrementar o comportamento exploratório sistemático
dos aprendizes para substituir a sua tendência a proceder em modo impulsivo, não planejado e
aleatório na coleta de dados.
2. SUB-OBJETIVOS DA ATIVIDADE:
3. NOVIDADES DA ATIVIDADE:
4. VOCABULÁRIO E CONCEITOS:
Os novos conceitos incluem os conceitos requeridos pelo conteúdo da tarefa, mas também e,
sobretudo aqueles que são necessários para o percurso consciente do processo mental
subjacente a sua realização.
a) Conteúdo da atividade:
b) Modalidade da atividade:
A modalidade, ou seja, a linguagem na qual os dados da tarefa são formulados pode ser
verbal, numérica, figurativa, gráfica, pictórica, simbólica etc. ou várias combinações das
diferentes linguagens.
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c) Operações Mentais:
Trata-se de mencionar uma ou duas das atividades mentais centrais, no sentido das atividades
diretamente responsáveis pela transformação dos dados ou pela geração de novos elementos
que permitem restaurar o equilíbrio entre os componentes da situação, inclusive a
determinação do contexto especifico no qual cada operação é aplicada.
Três ou quatro dos pré-requisitos essenciais requeridos pela ativação da operação mental, em
cada uma das três fases do processo, deveriam ser elencados, especificando os componentes
contextuais que necessitam a mobilização das funções em questão.
Uma escala de 3 a 5 níveis pode ser adotada para a avaliação da complexidade da tarefa,
tanto em termos da quantidade dos dados envolvidos no processo quanto em termos
qualitativos determinados pelo número das operações mentais requeridas e da freqüência
geral dos dados em questão. É necessário especificar os motivos subjacentes a nossa
avaliação.
Idem para o nível de abstração que seria determinado com base na noção de distancia virtual
existente entre o ato mental e os dados específicos sobre os quais este ato mental opera.
O nível de eficiência é determinado pelo grau de precisão requerido pela tarefa e pela medida
na qual a solução do problema requer um ritmo determinado (equilibrado) para a elaboração
adequada dos dados.
6. DIFICULDADES PREVISTAS:
A ideia é de elencar todas as fontes de dificuldade previstas que poderiam surgir durante o
tratamento da tarefa, mas também para a compreensão dos princípios da generalização, como
por exemplo dificuldades que derivam das novidades da atividade, de seu nível de
complexidade, de abstração e da eficiência requerida.
Na luz das fontes de dificuldade elencadas, o mediador deveria antecipar algumas estratégias
cognitivas que poderiam ajudar os aprendizes a diminuir a interferência das ditas dificuldades.
Generalização de Princípio/Regra/Estratégia:
a) Aplicações Acadêmicas:
Dois ou três exemplos de transposição relacionados a domínios mais abstratos, como as áreas
de relações sociais interpessoais, deveriam ser pensados e elencados para ficar a disposição do
mediador durante a interação.
Dado que todas as atividades curriculares são destinadas a desenvolver e instaurar o mesmo
repertório de funcionamento cognitivo e são portanto estreitamente inter-relacionadas, é útil
indicar outras atividades curriculares e extra-curriculares, nas quais os elementos cognitivos
tratados na sessão em questão são retomados, reforçados e consolidados.
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Instrumento:__________________________
2. SUB-OBJETIVOS DA PÁGINA/UNIDADE:
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____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
________________________________________________________________
3. NOVIDADES DA PÁGINA/UNIDADE:
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4. VOCABULÁRIO E CONCEITOS:
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____________________________________________________________________
____________________________________________________________________
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a) Conteúdo:
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b) Modalidade:
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c) Operações Mentais:
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d) Funções Cognitivas:
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_______________________________________________________________
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e) Nível de Complexidade:
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________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
f) Nível de Abstração:
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g) Nível de Eficiência:
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
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6. DIFICULDADES PREVISTAS:
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________________________________________________________________________________
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Generalização de Princípio:
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a) Aplicações Acadêmicas:
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A. INTRODUÇÃO (5 - 10 minutos)
No decorrer de todo este trabalho, o mediador interage individualmente com seus alunos a fim
de lhes fornecer uma ajuda suplementar e um feedback; de prevenir o fracasso e a frustração;
de lhes gratificar em caso de sucesso; de encorajar as interações em subgrupos; de
desenvolver o sentimento de competência; e de promover a autocrítica como também a auto-
avaliação.
Generalização:
Formulação de um princípio / uma regra em termos generalizados, desprovidos de qualquer
elemento próprio da tarefa específica, a partir da qual a generalização foi efetuada.
Transposições:
Os princípios / as regras generalizados são transferidos e aplicados em domínios escolares e
extra-escolares por meio de diversos exemplos e diversas situações cotidianas, sugeridos tanto
pelo mediador quanto pelos seus alunos. O papel do mediador consiste agora em:
1. Organização de Pontos
2. Orientação Espacial I
➢ Controle do egocentrismo
➢ Estabelecimento de um quadro de referência pessoal estável para a percepção e a
projeção de relações espaciais
➢ Desenvolvimento da representação mental interiorizada
3. Comparações
4. Percepção Analítica
5. Ilustrações
7. Relações Familiares
8. Relações Temporais
9. Orientação Espacial II
ARTIGO 01
Introdução
1. Qual o nível de prontidão cognitiva dos alunos e como se reflete na autonomia, por
exemplo, na solução de tarefas de IE na pré-intervenção?
2. Existe uma diferença significativa na prontidão cognitiva de alunos de alto status sócio-
econômico (SSE) e de baixo status socioeconômico (no caso de Israel) e de alunos que
freqüentam aulas durante o dia para alunos que freqüentam aulas à noite (no caso da Bahia)?
3. Que tipo de tarefas cognitivas continua sendo difíceis para os alunos depois da intervenção
IE?
Prontidão Cognitiva
Devido à sua própria natureza, as tarefas de IE ocupam uma posição intermediária entre
material para testes cognitivos e materiais de currículo regular. Similar a material de testes
cognitivos, as tarefas IE são relativamente livres de conteúdo e requerem aplicação de
habilidades gerais para resolução de problemas ao invés do esquema baseado em
conhecimentos. Ao mesmo tempo, as tarefas IE são mais ricas que os testes cognitivos e estão
mais próximas de material de aprendizagem no sentido de que requerem ativação e integração
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de um grande número de estratégias e habilidades. No contexto da aplicação IE, as tarefas IE
são utilizadas para desenvolver as estruturas cognitivas dos alunos. Neste sentido, o material
IE é inseparável da didática de ensino IE baseada nos princípios da experiência de
aprendizagem mediada. O trabalho independente do aluno com tarefas IE sempre ocorre no
contexto geral do ensino mediado.
Embora o IE seja um dos programas de educação cognitiva mais bem pesquisados (Ben-Hur,
1994; Kozulin, 2000), a maioria dos estudos de avaliação IE enfocava os scores de ganho
cognitivo pré e pós-intervenção. O processo de aquisição de material IE permaneceu, em
grande parte, sem ser estudado (ver, no entanto, Arbitman-Smith et al, 1984). É
intuitivamente óbvio que o desempenho do programa cognitivo não é uniforme em todos os
alunos. Alunos diferentes iniciam o programa em níveis diferentes de funcionamento cognitivo.
Para alguns deles, os problemas colocados pelas tarefas IE são óbvios e podem ser facilmente
solucionados, enquanto outros alunos podem ter dificuldades em solucionar tarefas de IE e
demonstrar várias deficiências cognitivas, a depender de onde essas dificuldades estão
situadas. Pode-se também assumir que o nível de domínio das tarefas de IE será diferente
para diferentes alunos. Isto significa que depois de um determinado número de horas de aula
de IE, alguns alunos ainda passarão por algumas dificuldades ao resolver as tarefas IE mais
complexas, enquanto se espera que a maioria dos alunos as domine completamente e obtenha
uma taxa de sucesso de aproximadamente 100% (Arbitman-Smith et al, 1984, apresentaram
uma taxa de sucesso de 90% em alunos com baixo poder de realização que estudaram o
programa IE).
Conclusão
Tanto os estudos israelenses quanto os baianos confirmaram que mesmo os estudantes bem
sucedidos, de alto status socioeconômico, requerem treinamento cognitivo para que possam
ser capazes de resolver problemas do tipo utilizado no programa IE. Existe uma lacuna inicial
na resolução independente de problemas entre os estudantes de alto status socioeconômico e
os de baixo status socioeconômico. Uma lacuna similar existe entre os estudantes do turno
diurno e os do turno noturno na Bahia, ainda que a situação aqui seja mais complicada.
Referências
Feuerstein, R., Rand, Y., Hoffman, M., and Miller, R. (1980). Instrumental Enrichment.
Baltimore, MD: University Park Press.
ASPECTOS PRÁTICOS E
METODOLÓGICOS DOS
INSTRUMENTOS
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CLASSIFICAÇÕES
Base Conceitual
Mesmo que os produtos finais das duas operações mentais conhecidas como classificação e
categorização pareçam idênticos, elas representam dois processos diferentes. A primeira é
uma operação mental de natureza dedutiva e consiste em distribuir vários elementos em um
número predeterminado de conjuntos e classes, enquanto que a segunda, que é o resultado de
um processo mental indutivo, conduz ao estabelecimento de diferentes categorias com base
em um conjunto de critérios relevantes selecionados para satisfazer dadas necessidades.
Outra maneira de estabelecer esta diferença pode ser formulada como segue: enquanto que
na classificação o conjunto dos critérios subjacentes ao processo de inclusão de elementos
nas várias classes está implícito no conjunto de classes pré-determinadas, na categorização
estes critérios são gerados por meio de uma detalhada comparação dos elementos, tendo
como conseqüência à formação de categorias.
*Definição formulada por D. Sasson
Dificuldades na categorização
Fonte: Teacher’s Guide of Instrumental Enrichment e anotações das aulas do Prof. D. Sasson
25
9. A seleção dos critérios subjacentes a nossa categorização deve estar baseada nas
características intrínsecas e essenciais dos elementos categorizados.
RELAÇÕES FAMILIARES
Base Conceitual
Primeiro e acima de tudo a percepção episódica da realidade precisa ser superada através da
projeção de relações entre dois ou mais elementos. O tipo e a natureza das relações familiares
são extremamente variados. Existem relações diretas (pai e filho) e indiretas (tia e sobrinho,
primos). Existem relações de sangue, que são permanentes e relações legais, que podem ser
transitórias. Existem relações onde há reciprocidade entre os membros, nas quais o papel de
cada pessoa é determinado pelo referente.
Uma vez que uma relação só pode existir entre dois ou mais elementos, este instrumento
requer constantemente que o mediado se refira a duas ou mais fontes de informação,
simultaneamente. Gênero, status e função devem ser considerados ao mesmo tempo para
codificar informação e completar os mapas genealógicos.
Tempo e espaço são importantes para definir a direcionalidade e seqüência das relações
familiares verticais e horizontais. A necessidade de colocar-se no lugar do outro e representar
e antecipar o resultado desta mudança de papéis suscita a necessidade de orientação temporal
e espacial.
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A conservação da identidade apesar da transformação é tratada através do número de papéis
que um indivíduo pode ter: filha, esposa, mãe, avó, tia, sobrinha, neta e cunhada na família,
assim como, professora, membro do clube, voluntária em uma organização filantrópica fora da
estrutura familiar.
Existe uma necessidade constante para definir e redefinir problemas e selecionar a informação
relevante que irá ajudar na solução. Existe uma necessidade tanto explícita quanto implícita no
uso de linguagem precisa na codificação e decodificação de informação.
Fonte: Teacher’s Guide of Instrumental Enrichment e anotações das aulas do Prof. D. Sasson
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Conteúdo:
Parentesco como veículo para ensinar relações conceptualizadas.
Modalidade:
Verbal, gráfica, simbólica, tabular e esquemática.
Operações:
Identificação; codificação e decodificação; diferenciação; integração; representação;
pensamento inferencial; pensamento analógico; raciocínio indutivo e dedutivo.
Nível de Complexidade:
Baixo nas páginas iniciais; alto com a adição de mais elementos, maior número de relações e
falta de familiaridade com elas.
Nível de Abstração:
De médio a alto.
Nível de Eficiência:
Bastante elevado pele necessidade de levar em conta muitas fontes de informação operando
num ritmo equilibrado.
ILUSTRAÇÕES
Base Conceitual
Tanto o pensamento inferencial quanto o raciocínio analógico são necessários para determinar
a causa das mudanças em estado, ações e atitudes mostradas nas situações ilustradas.
Conseqüentemente, o mediador deveria insistir sobre o recurso do raciocínio lógico como base
das diversas interpretações possíveis das situações apresentadas nas ilustrações. As fontes
possíveis para qualquer interpretação poderiam estar diferenciadas como segue:
Além do mais, em muitos casos, pessoas privadas de mediação são incapazes de compreender
o significado dos símbolos que aparece nas ilustrações. Egocentrismo também pode impedir o
reconhecimento de que soluções alternativas ou pontos de vista conflitantes são possíveis.
Tipos de ilustrações
Não existe interdependência entre as ilustrações, portanto, não é necessário mediá-las numa
seqüência pré-determinada. Elas podem, de qualquer forma, ser dividas em as seis categorias
seguintes: A classificação das ilustrações de acordo com as categorias abaixo, não é definitiva.
Método de apresentação
As páginas não são mediadas em seqüência, mas intercaladas com outros instrumentos no
decorrer da aplicação do programa. As páginas são selecionadas pelo mediador de acordo com
a necessidade dos mediados. A decisão de mediar uma ilustração em particular pode estar
ligada a um objetivo educativo ou social, ou ainda a um problema surgido em sala. Portanto,
por exemplo, é possível defender os benefícios da cooperação e trabalho em grupo, sem
sermão ou repreensão, através da discussão da ilustração dos dois asnos. Episódios de fraude
podem ser indiretamente discutidos através do autoengano do arqueiro. A necessidade de
corrigir determinadas funções cognitivas ou operações pode também determinar a seleção de
uma ilustração. Impulsividade, por exemplo, que ignora os possíveis resultados de uma ação é
humoristicamente representada no homem e as abelhas, onde a vítima agrava o problema.
Linguagem de apresentação
A representação simbólica e a modalidade gráfica do instrumento tornam o instrumento
acessível a muitas populações. Por causa da modalidade gráfica, este instrumento propicia o
desenvolvimento do vocabulário e da linguagem oral e escrita. As páginas podem ser utilizadas
como tópicos para escrever diálogos, composições, descrições e notícias. Pode-se solicitar aos
alunos um relatório oral, o mais breve possível a respeito dos eventos, seguindo uma
seqüência lógica. Debates e dramatizações podem ser introduzidos para encorajar a expressão
oral. Porém, muito cuidado deve ser tomado, para não destruir a elevada motivação intrínseca
e o prazer que este instrumento traz consigo, através do excesso de stress em atividades nas
quais os alunos podem ter uma história de insucesso.
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ORIENTAÇÃO ESPACIAL II
Base Conceitual
Dificuldades antecipadas
Unidade IV - 09 a 12 - Coordenadas são usadas para indicar posição e pontos cardeais são
usados para descrever direção. Codificação e decodificação de itinerários através do uso de
gráficos (grids).
1
Fonte: Teacher’s Guide of Instrumental Enrichment e anotações das aulas do Prof. D. Sasson
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RELAÇÕES TEMPORAIS
Base Conceitual
O que é o tempo? O tempo pode ser definido de acordo com as mais diversas áreas: mística,
biológica, filosófica, psicológica, histórica, cósmica,... Einstein tentou responder a esta
pergunta sugerindo que tempo é simplesmente aquilo que o relógio lê. O “relógio” através do
qual o tempo é medido pode ser a rotação da terra, o beber de uma xícara de café, o
batimento cardíaco, a espessura de uma estalactite ou o produto da desintegração radioativa.
Como entidade mensurável, o tempo está sujeito a um grande número de operações mentais
incluindo categorização e seriação.
Intervalos Naturais
Processos dentro de todos os organismos são regulados através dos seus próprios relógios
biológicos e fisiológicos. Exemplos podem ser encontrados no reino animal e vegetal. Os
intervalos governados pelo “relógio” de cada espécie podem estar vinculados a elementos
externos (como luz, temperatura e até horas e datas no calendário) por que um organismo
precisa manter o tempo com seu ambiente para garantir a sua sobrevivência.
1. Uma vez que os conceitos que não têm existência concreta ou física não podem ser
manipulados de forma motora, o seu uso desenvolve representação, uma das bases
mais importantes para o pensamento abstrato.
Uma vez que uma orientação temporal adequada está baseada no pensamento relacional,
sua aquisição depende especialmente das experiências de aprendizagem mediada (EAM).
Quando estas experiências não ocorrem adequadamente, o resultado se manifestará numa
percepção nebulosa dos intervalos temporais e suas qualidades, na percepção episódica da
realidade sem nenhuma tentativa de projetar relações, o uso impreciso de conceitos
temporais e uma consciência limitada do significado dos vários aspectos do tempo. A
dificuldade de perceber elementos temporais e suas dimensões está relacionada ao fato de
que eles são percebidos quase exclusivamente através do feedback interno e pelo registro
representacional. Portanto eles dependem não apenas da conduta somatória e agrupada
generalizada, mas também da necessidade e capacidade de indivíduo de representar
relações e agir sobre o representado como se ele ou ela agissem sobre o experienciado.
Tanto a necessidade quanto a capacidade são produzidos através de uma adequada EAM.
Relações Temporais é um dos poucos instrumentos do PEI que não apresenta graduação de
dificuldades. Suas 23 páginas são divididas em unidades e cada uma delas explora e
desenvolve um aspecto diferente do tempo.
Unidade V - 18 - Trata da relação de dois eventos sincronizados ou não que podem ser
causa e efeito, meios e fins ou mera coincidência. Explora o pensamento hipotético e a
inferência lógica.
Nível de Complexidade: Médio a alto, devido ao número de itens e relações e sua falta de
familiaridade.
Nível de Abstração: Alto a muito alto. Quando a relação entre objetos se torna uma
relação entre relações (relação de um intervalo com outro), o nível de abstração aumenta.
Nível de Eficiência: Com instrução que antecipa dificuldades e com tentativas apropriadas
para solucioná-las, a performance do aluno alcança alto nível de eficiência.
1
Fonte: Teacher’s Guide of Instrumental Enrichment