Ciclos de Vida
Ciclos de Vida
Ciclos de Vida
Grupo I
A família Salicaceæ inclui numerosas espécies de plantas, como, por exemplo, os salgueiros e os choupos. Os choupos
adultos apresentam flores na Primavera. As flores masculinas e as flores femininas surgem, geralmente, em árvores
distintas. Nas flores, formam-se esporos por meiose. Por germinação, os esporos originam entidades multicelulares
produtoras de gâmetas (gametófitos). Após a fecundação, forma-se uma semente, que inclui o embrião. A semente é,
geralmente, dispersa pelo vento e, quando as condições são favoráveis, germina, originando uma nova árvore. No
entanto, o processo mais comum de reprodução dos choupos é a multiplicação vegetativa a partir das suas raízes.
1. Selecione a alternativa que preenche os espaços na frase seguinte, de modo a obter uma afirmação correta.
2. Explique, a partir da informação fornecida no texto, a reduzida variabilidade genética entre clones de um choupo e
a grande variabilidade genética entre choupos da mesma espécie resultantes de diferentes sementes.
Grupo II
2. Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de modo
a obter uma afirmação correta.
Vaucheria apresenta reprodução _______, com formação de grandes esporos multiflagelados em _______ haplóides.
(A) sexuada ... esporângios
(B) assexuada ... esporângios
(C) sexuada ... células-mãe de esporos
(D) assexuada ... células-mãe de esporos
3.Em determinadas condições ambientais, no seu ciclo de vida, a alga Vaucheria produz zigotos. Explique de que modo
este processo de reprodução confere vantagem evolutiva a esta alga.
Grupo III
3. A formação de planozigotos constitui uma vantagem adaptativa em relação a espécies que apenas se reproduzem
assexuadamente. Fundamente a afirmação anterior.
Grupo IV
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, relativas ao ciclo de vida de
Plasmodium vivax.
A – Durante a reprodução no fígado, o crossing-over contribui para a variabilidade genética.
B – Ocorrem fenómenos de recombinação genética no interior do mosquito.
C – A passagem da fase diploide para a fase haploide ocorre no interior do corpo humano.
D – No fígado, ocorre a segregação dos cromossomas homólogos.
E – Neste ciclo, a fase diploide é dominante.
F – A mitose intervém na produção de merozoítos, nos glóbulos vermelhos.
G – Os esporozoítos presentes nas glândulas salivares dos mosquitos são haploides.
H – A redução cromática ocorre entre a formação do ovo e a formação dos esporozoítos.
2. Selecione a alternativa que permite preencher os espaços, de modo a obter uma afirmação correta. Alguns
medicamentos administrados a pessoas infetadas atuam ao nível da transcrição ou da tradução em Plasmodium.
Durante a _____ ocorre a _____.
(A) transcrição […] ligação do RNA mensageiro aos ribossomas
(B) transcrição […] duplicação da molécula de DNA
(C) tradução […] migração do RNA mensageiro do núcleo para o citoplasma
(D) tradução […] polimerização de uma cadeia peptídica
3. A erradicação da malária está dependente da implementação de medidas de controlo que atuam a diversos níveis.
Selecione a alternativa que completa corretamente a afirmação seguinte.
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, relativas às interações entre a
planta do milho, a Mythimna convecta e a Apanteles ruficrus, descritas nos dados apresentados no texto.
A – Apanteles ruficrus é uma espécie parasitóide da planta do milho.
B – Danificar manualmente as folhas da planta desencadeará o sinal de alarme químico.
C – As substâncias libertadas pela planta atraem Apanteles ruficrus.
D – Uma substância química presente na saliva de Mythimna convecta atrai Apanteles ruficrus.
E – As plantas do milho não parasitadas não atraem quimicamente a vespa Apanteles ruficrus.
F – A predação da planta, por Mythimna convecta, induz esta a produzir um pedido de socorro químico.
G – Mythimna convecta só completa o seu ciclo de vida na presença de Apanteles ruficrus.
H – Apanteles ruficrus e Mythimna convecta são consumidores de diferente ordem.
2. Analise as afirmações que se seguem, relativas ao ciclo de vida de Mythimna convecta. Reconstitua a sequência
temporal dos acontecimentos que culminam na formação de um ovo, colocando por ordem as letras que os
identificam.
A – Formação do casulo e desenvolvimento da pupa, à custa de reservas alimentares acumuladas.
B – Meiose das células da linha germinativa e formação de células sexuais.
C – União de gâmetas haploides com restabelecimento da diploidia.
D – Mitoses e diferenciação celular originam um organismo pluricelular, que se alimenta da planta.
E – Mitoses e expressão diferencial do genoma dão origem à forma com capacidade reprodutora.
3. Uma planta de milho atacada por uma lagarta liberta substâncias voláteis que podem servir de sinalizadores
químicos para plantas vizinhas. Estas substâncias desencadeiam a produção de uma hormona vegetal que intervém
nos mecanismos de defesa de plantas, nomeadamente a libertação de químicos que atraem parasitóides de lagartas.
Uma equipa coordenada por Tumlinson verificou que a exposição prévia a estes sinalizadores químicos desencadeava
mais rápida e intensamente os mecanismos de defesa da planta, quando atacada.
Explique de que modo a investigação de Tumlinson pode ter aberto uma via de controlo de pragas (lagartas) em
campos de milho.
Grupo VI
As leveduras apresentam os dois tipos de reprodução: sexuada e assexuada. A figura seguinte representa
esquematicamente o ciclo de vida da levedura Saccharomyces cerevisæ.
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das seguintes afirmações, relativas à interpretação do ciclo
de vida esquematizado na figura.
A – Os esporos dão origem a leveduras haploides.
B – A levedura assinalada com a letra X é diplonte.
C – A levedura assinalada com a letra Y pode dividir-se por mitose.
D – Os esporos representados resultaram de mitoses sucessivas.
E – A célula assinalada com a letra Y pode reproduzir-se por gemulação.
F – Os esporos de Saccharomyces cerevisæ são diploides.
G – A gemulação da levedura X é responsável pela alternância de fases nucleares.
H – As leveduras X e Y apresentam a mesma informação genética.
2. Explique em que medida a análise da figura permite afirmar que, nestas leveduras, a ocorrência de reprodução
assexuada é independente do facto de aquelas serem haploides ou diploides.
Grupo VII
O diagrama da figura representa, de forma esquemática, estruturas e processos que caracterizam diferentes tipos de
ciclos de vida.
1. Selecione a alternativa que preenche os espaços na frase seguinte, de modo a obter uma afirmação correta.
O ciclo C representa um ciclo de vida ______, porque a meiose é ______.
(A) diplonte (…) pós-zigótica.
(B) diplonte (…) pré-gamética.
(C) haplonte (…) pós-zigótica.
(D) haplonte (…) pré-gamética.
2. Selecione a alternativa que completa a frase seguinte, de modo a obter uma afirmação correta.
No ciclo de vida B, a entidade multicelular adulta desenvolve-se a partir de…
(A) … uma célula haploide.
(B) … uma célula diploide.
(C) … um zigoto.
(D) … um gâmeta.
3. A reprodução sexuada caracteriza-se pela ocorrência de fecundação e meiose. Relacione a ocorrência desses dois
processos no ciclo reprodutivo de qualquer espécie com a manutenção do número de cromossomas que caracteriza
essa espécie.
Grupo VIII
Toxoplasma gondii (T. gondii) é um parasita intracelular obrigatório, cujos hospedeiros são sempre animais
endotérmicos. De entre eles, o gato é o hospedeiro que assume particular relevância no seu ciclo de vida. Depois da
ingestão de pedaços de carne contendo cistos, estes invadem células da parede do intestino do gato, desenquistam,
multiplicam-se e diferenciam-se em gametócitos. Estes fundem-se, originando o ocisto, que é expulso para o ambiente
no interior das fezes. O ocisto sofre meiose, originando esporozoítos – células muito resistentes e altamente infeciosas
–, que podem permanecer durante muitos anos em ambientes húmidos. Após serem ingeridos por um segundo
hospedeiro, os esporozoítos diferenciam-se em taquizoítos, que se multiplicam rapidamente e originam uma infeção
aguda. Na maioria dos hospedeiros, no entanto, a infeção torna-se crónica, porque os taquizoítos se modificam para
outra forma, os bradizoítos, que são cistos onde as divisões celulares ocorrem muito lentamente. Os tecidos infectados
com bradizoítos persistem durante toda a vida do hospedeiro. Se um novo hospedeiro ingerir tecidos contendo
esporozoítos ou bradizoítos, estes diferenciam-se em taquizoítos, e a infeção propaga-se. A Figura seguinte
representa, de forma esquemática, o ciclo de vida de T. gondii.
1. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, referentes ao ciclo de vida de
Toxoplasma gondii.
(A) Os ocistos são células diploides que se originam por fecundação.
(B) Os gametócitos exercem a função de gâmetas.
(C) T. gondii provoca infecção no rato, por multiplicação de células diploides.
(D) A fase sexuada do ciclo de vida é a causa da infeção aguda no rato.
(E) A parte do ciclo de vida que ocorre no gato aumenta a variabilidade genética de T. gondii.
(F) O ciclo de vida é haplonte, apresentando meiose pré-espórica.
(G) Na ausência de gato, a propagação de T. gondii faz-se por reprodução assexuada.
(H) Esporozoítos, taquizoítos e bradizoítos são células haploides.
2. Selecione a alternativa que completa a frase seguinte, de modo a obter uma afirmação correta.
Na multiplicação de taquizoítos, verifica-se...
(A) … emparelhamento de cromossomas homólogos.
(B) … colocação, ao acaso, de bivalentes na placa metafásica.
(C) … redução a metade do número de cromossomas.
(D) … manutenção do número de cromossomas das células produzidas.
Grupo IX
O plâncton, base da alimentação de ecossistemas aquáticos, é composto por um número elevado de organismos de
dimensões e formas diversas, pertencentes aos mais variados grupos taxonómicos. No zooplâncton, predominam
protozoários, rotíferos e crustáceos. Nas cadeias alimentares, os rotíferos servem de alimento às crias de inúmeras
espécies de peixes. Os rotíferos são omnívoros e apresentam um sistema digestivo completo. Estes organismos não
possuem nem sistema circulatório, nem sistema respiratório e controlam a osmolaridade do seu meio interno
através de uma bexiga pulsátil. O ciclo de vida dos rotíferos, representado na figura seguinte, inclui reprodução
assexuada e reprodução sexuada. As fêmeas produzem geralmente dois tipos de óvulos, ambos de casca fina: óvulos
de «Verão» e óvulos de «Inverno». Os primeiros desenvolvem-se rapidamente, sem fecundação prévia, produzindo
somente fêmeas. Perante alterações ambientais, como, por exemplo, a escassez de alimento, produz-se uma
geração cujas fêmeas põem óvulos de «Inverno» que, se não forem previamente fecundados, se desenvolvem em
machos de reduzidas dimensões e férteis. Os ovos formados, denominados ovos de dormência, apresentam uma
casca resistente e espessa, podendo permanecer em repouso por longos períodos de tempo e sobreviver à
dessecação e ao congelamento. Ao eclodirem, esses ovos originam fêmeas.
(A) o mesmo … Y
(B) o mesmo … Z
(C) metade do … Y
(D) metade do … Z
Grupo X
As Feófitas são algas castanhas macroscópicas, que apresentam dimensões muito variadas, podendo atingir cerca de
cem metros de comprimento. Sendo um grupo maioritariamente marinho, com cerca de 1500 espécies, encontra-se
geralmente próximo da superfície do mar. O talo das Feófitas diferencia-se em três partes: o disco de fixação, que lhes
permite fixarem-se a um substrato, o estipe, cilíndrico e alongado, e a lâmina, que encima o estipe. Possuem como
pigmentos fotossintéticos as clorofilas a e c, associadas a carotenoides, que lhes conferem a cor castanha. A parede
celular contém fundamentalmente celulose, apresentando outras substâncias como a algina, utilizada no fabrico de
doces, gelados e na indústria farmacêutica, tendo a laminarina como substância de reserva. A maior das algas
castanhas, Macrocystis, também denominada «sequoia dos mares», pode ultrapassar cem metros de comprimento.
O crescimento de Macrocystis é assegurado pela atividade de uma região meristemática, localizada na junção do
estipe com a lâmina. Esta alga não necessita de um mecanismo para o transporte interno de água. Contudo, precisa
de conduzir glícidos das zonas superiores do talo, mais bem iluminadas, para as zonas mais profundas. O estipe possui
cordões de células alongadas, que se assemelham ao floema, por apresentarem placas crivosas. No ciclo de vida de
outra Feófita, a Laminaria, representado na figura seguinte, as fases haploide e diploide são perfeitamente distintas.
A alga é o esporófito e, na sua superfície, desenvolvem-se esporângios, produtores de esporos. Estes originam
gametófitos filamentosos e microscópicos, que produzem gâmetas, oosferas e anterozoides. Após a sua união, os
zigotos desenvolvem-se em novas algas de Laminaria.
2. Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de modo
a obter uma afirmação correta.
No ciclo de vida de Laminaria, esquematizado na figura, o processo que origina a variabilidade genética da
descendência, através do crossing-over, ocorre na formação de _______, originando estes entidades _______ e
pluricelulares.
(A) gâmetas … diploides
(B) esporos … haploides
(C) esporos … diploides
(D) gâmetas … haploides
3. Selecione a única opção que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de modo
a obter uma afirmação correta.
As células do esporófito, no ciclo de vida de Laminaria, são geneticamente idênticas ao _______ e as células dos
gametófitos _______ pares de cromossomas homólogos.
(A) esporo … apresentam
(B) zigoto … apresentam
(C) esporo … não apresentam
(D) zigoto … não apresentam
Os fungos pluricelulares são constituídos por hifas, que no seu conjunto formam um micélio. A Figura seguinte
representa o ciclo de vida de um fungo pluricelular da classe Ascomycetes.
Na resposta aos itens 1.1. e 1.2., selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
1.1. O ciclo de vida representado é
(A) haplonte com meiose pós-zigótica, sendo o micélio uma entidade haploide.
(B) haplonte com meiose pré-espórica, sendo o micélio uma entidade haploide.
(C) haplodiplonte com meiose pós-zigótica, sendo o micélio uma entidade diploide.
(D) haplodiplonte com meiose pré-espórica, sendo o micélio uma entidade diploide.
Grupo XII
Em condições favoráveis, nos cogumelos, como na maioria dos fungos, todos os dias alguns esporos amadurecem e
são libertados para o ar. Há, no entanto, fungos que frutificam debaixo de terra – as trufas. A ocorrência de mutações
nas trufas, ao longo de milhões de anos, permitiu a formação de compostos aromáticos que atraem os animais.
Quando um animal come uma trufa, a maior parte da polpa é digerida, mas os esporos não. Muitas espécies de fungos
vivem associadas às raízes de plantas lenhosas, produzindo uma rede de filamentos, ou hifas, que crescem entre as
raízes das plantas, formando um órgão compartilhado de absorção conhecido como ectomicorriza. Na figura seguinte,
está representado o ciclo de vida de um cogumelo, um fungo pluricelular constituído por hifas, que, no seu conjunto,
formam um micélio.
Baseado em www2.uol.com.br/sciam/reportagens/a_vida_secreta_das_trufas.html (consultado em outubro de 2013)
1. Selecione a única opção que permite obter uma afirmação correta.
O ciclo de vida representado na figura anterior é
(A) haplonte, com meiose pós-zigótica.
(B) haplonte, com meiose pré-espórica.
(C) haplodiplonte, com meiose pós-zigótica.
(D) haplodiplonte, com meiose pré-espórica.
4. Explique de que modo, ao longo das gerações, as mutações referidas no texto têm contribuído para o sucesso
reprodutivo das trufas.
Grupo XIII
A vespa Dryocosmus kuriphilus, originária da China, é uma das pragas mais prejudiciais do castanheiro, sendo
atualmente considerada uma ameaça para os soutos1 europeus, pois a população do inseto não é controlada de forma
natural. As fêmeas induzem a formação de galhas2 na planta, possivelmente através de substâncias existentes na
saliva. As galhas prejudicam o normal desenvolvimento vegetativo do castanheiro, quer através de uma diminuição
do crescimento dos ramos, quer através do impedimento da formação de frutos, podendo conduzir à morte da planta.
Entre junho e julho, as fêmeas adultas depositam, no interior de gomos foliares, os ovos, que eclodem de 30 a 40 dias
depois. As larvas desenvolvem-se lentamente durante o outono e o inverno. Na primavera, alimentam-se
intensamente dos tecidos das galhas, durante 20 a 30 dias, e transformam-se em pupas. A nova geração de vespas,
formadas por partenogénese, emerge entre maio e julho. O vento e o voo das fêmeas adultas contribuem para a
dispersão da praga. Existem, no entanto, algumas variedades de castanheiros resistentes, como, por exemplo, a
resultante do cruzamento entre Castanea sativa e Castanea crenata. Nestas variedades, não há formação de galhas,
as larvas dos insetos não se desenvolvem, e as folhas apenas apresentam leves deformações.
Baseado em R. Teixeira, «Cinipídeo dos Castanheiros», Unidade de Investigação de Proteção de Plantas – Boletim Técnico/10, Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento
do Território, 2011
Grupo XIV
A serra da Estrela caracteriza-se por ter uma grande variedade de habitats, o que propicia uma elevada biodiversidade,
incluindo algumas espécies que aí ocorrem exclusivamente (espécies endémicas). Salienta-se a planta Silene foetida
foetida, que se desenvolve em fissuras e em pequenas depressões das rochas, com uma distribuição restrita a esta
serra, a altitudes superiores a 1400 metros. Referem-se, também, a truta-de-rio (Salmo trutta fario) e, pela
vulnerabilidade das suas populações, a salamandra-lusitânica (Chioglossa lusitanica), um anfíbio. Outra planta
existente na serra, o cardo selvagem (Cynara cardunculus), assume uma grande importância na economia da região,
uma vez que é utilizada no fabrico de queijo da serra. Esta planta, característica de regiões mediterrânicas, desenvolve-
se até 600 m de altitude, possui um sistema radicular profundo e revela uma boa adaptação a ambientes
caracterizados por elevado stress abiótico. A flor desta planta possui diversos tipos de proteases (enzimas hidrolíticas),
como as cardosinas, que se acumulam em vacúolos, na parede celular e no espaço extracelular dos órgãos femininos
da flor.
Baseado em: www.cise.pt/pt/index.php/serra-da-estrela (consultado em setembro de 2019) e em: M. C. Coelho, «Avaliação de populações espontâneas de cardo-do-coalho (Cynara
cardunculus) numa perspetiva de valorização da espécie», Escola Superior Agrária de Elvas, 2018.
A planta Silene foetida foetida possui um ciclo de vida semelhante ao representado no esquema da figura seguinte.
3. Associe aos processos de reprodução apresentados na Coluna I as características da Coluna II que lhes podem
corresponder. Cada uma das características deve ser associada apenas a uma letra e todas as características devem
ser utilizadas.
4. A subespécie Silene foetida foetida é considerada em perigo de extinção na natureza, de acordo com a União
Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Relacione o endemismo de Silene foetida foetida com a
categoria de conservação atribuída pela UICN. Na sua resposta, deve fazer referência à variabilidade genética desta
planta.
Grupo XV
Schistosoma mansoni é um parasita do filo Platyhelminthes, o mesmo filo a que pertence a planária, embora não
sejam da mesma classe. A forma adulta é unissexuada, sendo o macho menos comprido do que a fêmea, possuindo
uma fenda longitudinal onde esta se aloja. São seres diplontes, com 8 pares de cromossomas e parasitam o homem e
um molusco, o caracol do género Biomphalaria.
O homem é contaminado ao entrar em contacto
com as águas dos rios onde existem caracóis
infetados. No momento em que , num estádio
larvar designado cercária, abandona o caracol e
penetra a pele intacta do homem, através da
libertação de enzimas digestivas e de
movimentos bruscos que ajudam a furar a pele,
perde a sua cauda e entra na corrente sanguínea.
Depois da invasão, passa pelo coração, alcança
os pulmões e, posteriormente, chega ao fígado
através da corrente sanguínea, desenvolvendo-
se nesse órgão até chegar à fase adulta. Em
seguida, os indivíduos adultos acasalados
migram do fígado para o intestino,
movimentando-se pela veia porta-hepática e
instalando-se nas vénulas da parede intestinal. Aí permanecem constantemente acasalados, vivendo em média dois
anos. Cada fêmea pode produzir em média 300 ovos por dia. Destes, cerca de 20% caem no lúmen do tubo intestinal
e são eliminados com as fezes. A Figura 1 descreve as etapas principais do ciclo de vida completo do parasita.
2. Selecione a alternativa que contém os termos que preenchem, sequencialmente, os espaços seguintes, de modo a
obter uma afirmação correta.
As formas _______ de S. mansoni possuem células com 16 cromossomas e produzem células _______ com 8
cromossomas.
(A) larvares (…) somáticas
(B) larvares (…) reprodutivas
(C) adultas (…) reprodutivas
(D) adultas (…) somáticas
3. A Phytolacca dodecandra é uma planta característica das margens de rios africanos, cujos frutos são utilizados como
sabão pelos povos nativos. Em 1964, durante trabalhos coordenados por Aklilu Lemma na Etiópia, foi observado nos
rios, a jusante dos locais de lavagem da roupa, grande número de caracóis mortos do género Biomphalaria. Estudos
posteriores demonstraram a capacidade moluscicida do composto químico presente nos frutos daquela planta. Assim,
o cultivo de Phytolacca dodecandra tem sido incentivado junto das populações humanas afetadas pela doença
provocada por Schistosoma mansoni.
Explique de que forma o composto químico presente nos frutos da planta poderá servir como meio de combate à
propagação da doença provocada por Schistosoma mansoni.
Grupo XVI
A meiose e a fecundação são dois processos complementares na reprodução sexuada. Os diagramas I e II da figura
seguinte representam os ciclos de vida de duas espécies diferentes.
1. Selecione a alternativa que preenche os espaços na frase seguinte, de modo a obter uma afirmação correta.
O __________ representa o ciclo de vida da gaivota, no qual a entidade adulta forma, por meiose, células
representadas por_____.
(A)diagrama I (...)T (C)diagrama II (...)T
(B)diagrama I (...) R (D)diagrama II (...) R
2. As afirmações seguintes dizem respeito a características comuns aos ciclos de vida representados na figura.
Selecione a alternativa que as avalia corretamente.
1.As entidades P pertencem à fase haploide.
2.Os gâmetas estão representados pelas entidades T.
3.Na formação das entidades R, ocorre a segregação dos cromossomas homólogos.
(A)1 e 3 são verdadeiras; 2 é falsa.
(B)3 é verdadeira; 1 e 2 são falsas.
(C) 1 e 2 são verdadeiras; 3 é falsa.
(D)2 é verdadeira; 1 e 3 são falsas.
3. Classifique como verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, relativas aos fenómenos presentes nos ciclos
de vida representados na figura anterior.
(A) Na entidade Q do ciclo I, estão presentes cromossomas homólogos.
(B) No ciclo I, de Q para S, ocorre redução do número de cromossomas.
(C) Em ambos os ciclos, a entidade P forma-se por mitose de células diploides.
(D) No ciclo I, de S para T, ocorre divisão do centrómero e disjunção dos cromatídios.
(E) No ciclo I, imediatamente antes da formação de T, ocorre redução cromática.
(F) No ciclo II, a entidade S é consequência de uma divisão equacionai.
(G) No ciclo II, as células T são geneticamente idênticas às células da entidade adulta.
(H) No ciclo II, de T para R, ocorre duplicação do número de cromossomas.
GRUPO I
1. A)
As sementes são formadas através da reprodução sexuada, ocorrendo assim meiose e fecundação. A
meiose contribui para o aumento da variabilidade genética, porque pode ocorrer crossing-over
(Prófase I) e por causa da ascensão aleatória dos cromossomas homólogos para os polos das células
(Anáfase I). A fecundação resulta da união aleatória dos gâmetas, contribuindo assim para o
aumento da variabilidade genético. Assim, as sementes vão originar choupos geneticamente
diferentes.
GRUPO II
1. D)
2. B)
3. Os zigotos são formados através da reprodução sexuada. Este tipo de reprodução engloba 2
processos fundamentais: a meiose e a fecundação. Estes processos contribuem para o
aumento da variabilidade genética, porque na meiose ocorre a ascensão aleatória dos
cromossomas homólogos aos polos da célula (Anáfase I) e pode ocorrer crossing-over na
Prófase I. Na fecundação ocorre a união aleatória dos gâmetas, cada um contendo um
diferente material genético.
GRUPO III
1. C)
2. A)
3. As espécies que se reproduzem assexuadamente têm por base de atividade celular o
processo de mitose, sendo por isso, os descendestes geneticamente iguais entre si (baixa
variabilidade genética), o que causa uma menor capacidade de adaptação da espécie a
mudanças ambientais e a outros fatores. Os planozigotos reproduzem-se sexuadamente,
ocorrendo assim a meiose e a fecundação. Na meiose, a ascensão aleatória dos
cromossomas homólogos aos polos da célula (Anáfase I) e a possível ocorrência do crossing-
over na Prófase I contribuem para a variabilidade genética. Por sua vez, a união dos gâmetas
durante a fecundação contribui também para a variabilidade genética.
Assim, visto que uma maior variabilidade genética contribui para a melhor adaptação da
espécie a mudanças ambientais, podemos concluir que a formação dos planozigotos
constitui uma vantagem adaptativa em relação a espécies que apenas se reproduzem
assexuadamente.