Microbiologia 2
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Fungos
2. 1. Introdução
Os fungos constituem o Reino Fungi, no qual se enquadram espécies como os
cogumelos, bolores, orelhas-de-pau e leveduras. Apesar de sua forma séssil e sua
aparência com algumas plantas, esses seres diferem-se bastante do Reino Vegetal.
Todos os fungos são heterotróficos, ou seja, diferentemente das plantas, não são capazes
de produzir seu próprio alimento, nutrindo-se por absorção.
Além de heterotróficos, os fungos são seres eucarióticos e podem ser unicelulares, como
no caso das leveduras, ou multicelulares, como os cogumelos. Esses últimos formam
filamentos que recebem a denominação de hifas. O conjunto de hifas forma o micélio,
que pode crescer até um quilômetro em 24 horas. Em algumas espécies, as hifas podem
formar estruturas especiais chamadas de corpos de frutificação. Esses corpos podem ser
vistos nos cogumelos e nas orelhas-de-pau.
https://www.biologianet.com/biodiversidade/fungos.htm . Acessado em 03/07/2022, as
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2.2. características
A maioria dos fungos apresenta hifas septadas, ou seja, que são divididas pelos
chamados septos. Os septos são paredes transversais perfuradas por um poro que
permite a comunicação entre as células, garantindo a passagem até mesmo de organelas
celulares.
2.3. Morfologia
Assim como nas algas, a reprodução sexuada envolve tanto a isogamia quanto a
heterogamia (anisogamia e oogamia), condições baseadas na morfologia e dimensões
das gametas, como visto anteriormente, no caso dos fungos que produzem
esporos/gametas flagelados. Ao final do processo, sempre há a formação de esporos tipo
meiósporos (derivados de meiose).
Gametângios femininos e masculinos podem ocorrer em indivíduos distintos ou em
único indivíduo. Quando os dois sexos estão presentes no mesmo indivíduo, as gametas
masculinos e femininos podem ou não ser compatíveis. Os somas são apenas
distintos pelo comportamento, sendo atribuídos os sinais (+) e (-) para indivíduos
sexualmente compatíveis. O processo de encontro das gametas (fusão) é morfológica e
fisiologicamente diverso. Hormônios envolvidos neste processo têm sido caracterizados em
todos os grupos de fungos. (GUERRERO, 1996).
Reprodução assexuada
A reprodução assexuada pode ocorrer de diversas formas. Uma forma comum de
reprodução apresentada por organismos unicelulares, como as leveduras, é
o brotamento, no qual ocorre o crescimento de um broto a partir da célula-mãe.
Leveduras também podem reproduzir-se por divisão celular simples.
Os mofos, ou bolores, bastante encontrados em alimentos em decomposição,
produzem esporos assexuadamente, o que origina novos fungos. No entanto, muitas
espécies também podem reproduzir-se sexuadamente.
Reprodução sexuada
A reprodução sexuada ocorre em etapas: plasmogamia, cariogamia e meiose.
Plasmogamia: nessa etapa, ocorre a fusão do citoplasma de dois micélios.
Como em muitas espécies os núcleos não se fundem imediatamente, os dois
núcleos haploides permanecem aos pares na célula. Esse micélio é denominado
de dicariótico. Com o passar do tempo, esses núcleos passam a dividir-se sem
que haja a fusão;
Cariogamia: essa fase pode demorar horas e até mesmo anos. Aqui ocorre
a fusão dos núcleos haploides, o que forma células diploides. No ciclo de vida
dos fungos, apenas o zigoto é uma fase diploide;
Meiose: essa etapa é de extrema importância, pois restabelece a forma haploide
e origina esporos com maior variabilidade genética.
3. Reino Protista
Alguns protistas são autotróficos, mas existem também espécies heterotróficas. Vale
salientar ainda que alguns protistas são capazes de combinar as duas formas de nutrição,
sendo denominados, nesses casos, organismos mixotróficos.
Grande parte dos protistas vive em ambientes aquáticos, porém alguns representantes
podem viver no solo e até mesmo dentro de outros organismos, como é o caso de alguns
protozoários causadores de doenças.
4. Reino Stramenopila
os organismos deste filo têm sido objeto de investigações profundas nessas duas últimas
décadas. porque estudados pelos micólogos revelaram possuir características bastante
diferentes dos demais fungos, iniciando pela composição da parede celular contendo
primariamente ß-glucanos, mas também hidroxiprolina e pequenas quantidades de
celulose, mitocôndrios com cristas tubulares, reprodução oogâmica e meiose gamética
com fase vegetativa diplóide, além de outras características bioquímicas e moleculares.
por essas razões foram incluídos por cavalier-smith (1986) no reino chromista, no reino
protoctista por margulis et al. 1990, no reino heterokonta por m.w. dick (alexopoulos et
al. 1996) e finalmente no reino stramenopila por (alexopoulos et al. 1996), de forma
bastante simplificada. (MONTEIRO,1981).
5. Reino Fungi
Essas espécies apresentam papel ecológico importante, atuando, por exemplo, com
bactérias, no processo de decomposição. Além disso, algumas apresentam grande
potencial econômico, e outras são responsáveis por desencadear doenças no nosso
corpo. Como representantes conhecidos dos fungos, podemos citar os mofos, bolores e
cogumelos.
5.1. Disseminação
A disseminação dos fungos no campo ocorre, principalmente, pelo transporte de
material contaminado (solo, esterco, mudas, sementes, etc.), atuando como agentes
disseminadores, o homem, os animais, o vento e a água. Pelas vias de dispersão, os
fungos são espalhados na natureza. Quando encontram um substrato com nutrientes
adequados, crescem e colonizam. Dessa maneira, podem deteriorar vários materiais e
ocasionar em vários hospedeiros, as micoses. Através de métodos específicos, os fungos
podem ser isolados de seu habitat, das vias de dispersão, dos vários materiais
contaminados e de diversos hospedeiros com micoses. (DEACON, 2006)
5.2. Importância
Muitas espécies de fungos vivem no solo, nutrindo-se de cadáveres de animais e
Além de pães e bebidas alcoólicas, muitos fungos são utilizados na produção de queijos,
conferindo um sabor bem característico a eles. Os mais utilizados são os fungos
Penicillium roquefortii, na produção do queijo roquefort, e Penicillium camembertii,
utilizado na produção do queijo camembert.
Os fungos podem ser classificados em diferentes filos, que são considerados sete (7)
filos:
Referências Bibliográficas
RAVEN P.H., EVERT R.F. & EICHHORN S.E. 2007. Biologia Vegetal. 7ª ed.
Guanabara Koogan, RJ.