Aula 07 Teoria e Prática Do Currículo
Aula 07 Teoria e Prática Do Currículo
Aula 07 Teoria e Prática Do Currículo
AULA 7–
CURRÍCULO:
IDENTIDADE E
ALTERIDADE
Olá!
Sujeito do Iluminismo
Sujeito sociológico
Sujeito pós-moderno
Não tem mais uma identidade fixa, essencial ou permanente, vindo a ser
composto não somente por uma, mas por várias identidades, algumas vezes
contraditórias e não resolvidas. Assim, a identidade é formada e transformada
continuamente em relação às formas pelas quais somos representados ou
interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam. A identidade é definida
historicamente, e não biologicamente. O sujeito pode assumir diferentes identidades,
em diferentes momentos, que não são unificadas em torno de um “eu” unificado.
NEGAÇÃO
RELAÇÃO DIFERENÇA
Ao falarmos sobre esses campos sociais que são importantes e decisivos para
que as relações e interações sociais ocorram e, assim, contribuam para que possamos
produzir nossas identidades, temos que marcar a escola como importante instituição
que as crianças frequentam de forma obrigatória a partir dos quatro anos de idade no
Brasil e que acolhe os mais diversos grupos étnicos e culturais. Assim, as escolas
também possuem seus contextos particulares e seus simbolismos — por exemplo,
uma escola pública pode apresentar-se muito diferente de uma escola privada nas
questões estruturais, curriculares e, até mesmo, em relação ao público que atende.
Ao reforçarmos a importância do outro para a formação da identidade, convém
marcarmos que “[...] é apenas por meio da relação com o Outro, da relação com aquilo
que não é, com precisamente aquilo que falta, com aquilo que tem sido chamado de
seu exterior constitutivo, que o significado ‘positivo’ de qualquer termo — e, assim,
sua ‘identidade’ — pode ser construído” (HALL, 2000, p. 110).
Pensando sobre os mecanismos de constituição das identidades que viemos
analisando, fica fácil perceber como a alteridade é importante para a nossa formação
humana, afinal, como seríamos sem a convivência, a interação e a interdependência
social que experienciamos cotidianamente nos grupos culturais dos quais
participamos?
Ao refletir sobre o currículo escolar na perspectiva de experiências que
propiciassem um encontro com os desejos dos estudantes, Paraíso (2009), esclarece
que “[...] a experiência é algo que se dá solitariamente, mas que outros vêm cruzá-la,
atravessá-la, compor com ela. Na experiência saímos sempre transformados; e o
mundo também se transforma”. Dessa forma, ainda que a experiência seja subjetiva,
tenha efeitos internos, muitas vezes depende de um exercício de alteridade, do apoio
ou oposição do outro para que ocorra. Assim, que bom seria que os estudantes
experienciassem no currículo escolar oportunidades de realizar trocas com os
múltiplos aspectos da diversidade que habita a escola, seja ela étnica, religiosa, de
gênero, de classe social ou orientação sexual — com isso, certamente, o mundo
poderia vir a transformar-se em algo melhor e mais humano.
É importante, portanto, que possamos colocar em prática nas escolas o
exercício da alteridade, do reconhecimento da importância do outro, com a potência
de suas diferenças e semelhanças para a formação de todos ali presentes; que o outro
possa deixar de ser visto como nas visões modernas do currículo, das quais Skliar
alerta:
É a visão que impera ao longo do século XX, quando houve conflitos bélicos,
genocídios, matanças étnicas, apartheid, ditaduras militares, violência contra
imigrantes, etc. Também se constroem mecanismos de regulação internos por meio
de leis e normas que fazem com que o outro se invisibilize, estando ausente também
dos acontecimentos e discussões históricas em prol dos privilegiados. Assim, regula-
se o outro a partir das políticas do conhecimento oficial estabelecidas também na
escola