Desenvolvimento Psicomotor
Desenvolvimento Psicomotor
Desenvolvimento Psicomotor
Isto acontece em relação aos processos de crescimento do corpo e nos ganhos das
habilidades motoras. Por exemplo, a criança pequena aprende em sequência a arrastar-se,
gatinhar e andar, do mais simples ao mais complexo.
PRIMEIRO SEMESTRE
SEGUNDO SEMESTRE
Sono:
─ 9 meses 11 a 12 horas mais 2 sestas (1 a 2 horas cada)
Em termos manipulativos:
─ Empurra, junta, rasga, revolve, derruba e pega em objetos pequenos.
─ 6 e os 8 meses Desenvolvimento da preensão;
─ Por volta dos 10 meses é já capaz de meter pequenos pedaços de comida na boca sem
ajuda, utiliza as 2 mãos e adquire o controlo do dedo indicador (aprende a apontar);
Começa a andar de forma autónoma, fica em pé sem de apoiar, inclina-se e recupera o equilíbrio,
anda com passos grandes, apresenta movimentos amplos. Mais tarde começa a poder agachar-se, subir e
descer cadeiras ou escadas (nestas últimas sem alternar os pés) e começa a chutar a bola. No que concerne
à manipulação de objetos a criança joga, insere, puxa, empurra, vira abre, fecha, chuta e empilha-os.
Começa a exibir comportamentos motores cada vez mais complexos integrando todo o corpo
nesta atividade: Salta, fica de pé com base de apoio numa só perna, joga à bola com equilíbrio,
corre em volta de obstáculos, vira esquinas, sobe e desce escadas alternando os pés e consegue
ficar em bicos de pés. No que concerne à manipulação a criança é capaz de separar e enfiar contas
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num cordão, brincar com brinquedos mecânicos, bater suavemente, esvaziar, encher e espremer
objetos, podendo começar a rabiscar.
Aperfeiçoa e coordena os seus movimentos corporais, consegue andar de forma mais suave,
corre conseguindo acelerar e desacelerar, consegue saltar ao pé-coxinho (3-5 vezes) pega e atira
a bola usando flexão dos cotovelos e os ombros, salta determinadas distâncias. Começa a
conseguir andar de triciclo. Exibe atividade manipulativa que recruta atividade muscular mais fina
do género de martelar, escolher objetos, inserir pequenos objetos num determinado sítio ou
cortar.
Piaget defende que o desenvolvimento cognitivo se faz na interação entre aspetos inatos e
adquiridos, isto é, mediante a interação do sujeito com o meio.
Partindo de pressuposto que o desenvolvimento cognitivo é um processo interno, mas que 6
pode ser observado e avaliado através das ações e verbalizações da criança, passaremos a expor
as principais capacidades a ele associadas: Compreensão de acontecimentos, auto-percepção e
percepção do ambiente, noção de diferença e semelhança, entendimento de conceitos (cor,
forma, tamanho, tempo e espaço) e estabelecimento de relações, memória e realização.
PRIMEIROS 12 MESES
12-24 MESES
24-36 MESES
A linguagem é muito mais do que simplesmente falar. A partir do dia em que a criança nasce,
existe comunicação através de olhares, sorrisos e linguagem corporal.
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O seu desenvolvimento está associado ao nível de maturação do sistema nervoso, do
desenvolvimento motor e do aparelho fonador, ao desenvolvimento cognitivo (discriminação
percetual da linguagem falada e as funções dos processos de simbolização e do pensamento)
assim como com os níveis de desenvolvimento nos campos social e emocional.
PRIMEIRO SEMESTRE
SEGUNDO SEMESTRE
─ Os gestos acompanham as suas primeiras “conversas” exprimindo com o corpo aquilo que
quer ou sente (por ex., abre e fecha as mãos quando quer uma coisa); Alguns dos seus sons
parecem-se progressivamente com palavras; Gosta que os objetos sejam nomeados e começa a
reconhecer palavras familiares;
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─ 7/8 meses é importante que os nomes dos objetos oferecidos à criança sejam
pronunciados para que possa aprimorar suas capacidades linguísticas e comunicativas, além de
contribuir para sua socialização
─ 8 meses: desenvolvimento do palrar (novos sons e modulações) tais como "mamã" ou
"papá" e ao longo dos próximos meses o bebé vai tentar imitar os sons familiares, embora
inicialmente sem significado;
─ Utiliza "mamã" e "papá" com significado assim como "papa", "mamã", "adeus", sendo
progressivamente capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex., "chau-chau" -
acenar);
─ 9/10 meses a criança pode dizer algumas palavras curtas, porém a maioria delas são
apenas a repetição do que dizem os adultos;
─ 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida. O bebé sabe
exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz som) ou quando
deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o). Começa também a relacionar os objetos com
o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido);
─ A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10 meses;
1-2 ANOS
─ 12/18 meses a criança reconhece e responde quando chamam pelo seu nome, sabe o
significado de algumas palavras, como "sim" e "não", e utiliza a linguagem para estabelecer e
manter o contacto com o meio familiar. É capaz de responder ao sons com gestos, como dizer
─ Embora ainda limitada a uma palavra, adquire tons de voz diferentes para transmitir
significados diferentes.
─ 18 meses holofrase ou palavra-frase é uma tentativa de frase, ajudada por uma
entoação que faz com que, com um só vocábulo, se diga um conjunto de conteúdos.
Normalmente, a criança nomeia uma pessoa ou objeto e a ação que lhe está associada – o bolo é
“quero bolo”, “o bolo caiu ao chão”.
─ 18/24 meses surgem as primeiras combinações surgem, porque há um enriquecimento
da linguagem e a criança passa a explorar melhor o ambiente em que vive, conhece novos nomes
e as partes do corpo, existindo aquisição quase diária de novas palavras. A criança começa a
combinar conceitos para formar frases de 2 palavras por exemplo, "Olá, Tó" ou "Tá quente".
─ Perto dos 2 anos, ela poderá utilizar 100 ou mais palavras diferentes;
2-3 ANOS
PRIMEIROS 6 MESES
Social
─ Estabelece relação privilegiada com a figura de vinculação/cuidadora (aparecimento do 1º
sorriso social por volta das 6 semanas);
─ Imita movimentos, fixa rostos e sorri;
─ Aprecia situações sociais com outras crianças ou adultos;
─ 4 meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas o que influencia a
forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa com quem
interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando preferência
por rostos familiares.
Afetivo
─ Manifesta excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer ao antecipar a
alimentação ou o colo;
─ O choro é a sua principal forma de comunicação podendo significar estados distintos
(sono, fome, desconforto...);
─ Apresenta reações de medo perante barulhos altos ou inesperados, objetos, situações ou
pessoas estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor. 13
6-12 MESES
Social
─ O bebé está mais sociável procurando ativamente a interação com quem o rodeia (através
das vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);
─ Manifesta comportamentos de imitação, relativamente a pequenas ações que vê os
adultos fazer (por ex., lavar a cara, escovar o cabelo, etc.);
─ 10 meses: maior interesse pela interação com outros bebés;
Afetivo
─ Formação de um forte laço afetivo com a figura cuidadora que se manifesta quando é
separado da mãe, mesmo que por breves instantes - trata-se de uma ansiedade normal no
desenvolvimento emocional do bebé;
─ Presença de ansiedade de separação sendo igualmente uma etapa normal do
desenvolvimento emocional do bebé, manifesta-se quando pessoas desconhecidas o abordam
diretamente; Sptiz refere a “angústia do 8º mês” que se manifesta na sensação de que a mãe,
que não está ao seu lado, o abandonou. O facto de se sentir diferenciado da mãe acarreta o receio
de a poder perder;
─ Presença de ansiedade perante estranhos 8 meses maior consciência de si próprio;
1-2 ANOS
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Social
─ Aprecia a interação com adultos (imitando e copiando);
─ Maior autonomia sente satisfação por estar independente dos pais quando inserida
num grupo de crianças, necessitando apenas de confirmar ocasionalmente a sua presença e
disponibilidade - esta necessidade aumenta em situações novas, surgindo uma maior
dependência quando é necessária uma nova adaptação;
─ As suas interações com outras crianças são ainda limitadas porque decorrem sobretudo
em paralelo e não em interação com elas;
─ 20-24 meses - desenvolvimento da empatia e à medida que começa a ter maior
consciência de si própria, física e psicologicamente, começa a alargar os seus sentimentos sobre
si própria aos outros - (começa a ser capaz de pensar sobre o que os outros sentem).
Afetivo
─ Grande reatividade ao ambiente emocional em que vive mesmo que não o compreenda,
apercebe-se dos estados emocionais de quem está próximo dele, sobretudo os pais;
─ Aprende a confiar pelo que necessita de saber que alguém cuida dela e vai de encontro às
suas necessidades;
─ Desenvolve o sentimento de posse relativamente às suas coisas, sendo difícil partilhá-las;
─ Normalmente apresenta-se bem disposta, exibe por vezes alterações de humor ("birras");
─ É bastante sensível à aprovação/desaprovação dos adultos;
2-3 ANOS
Social
─ Não gosta de estranhos. A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da
criança;
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─ 32 meses: reage melhor à separação para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas
crianças consigam este progresso com menos ansiedade do que outras;
─ Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos;
─ É capaz de participar em atividades com outras crianças (ex. ouvir histórias).
Afetivo
─ Leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até à raiva frustrada. Embora a capacidade
de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a crianças necessitará de aprender
a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos são adequados, o que requer prática e
ajuda dos pais;
─ As birras tornam-se na forma mais comum de chamar a atenção. Podem dever-se a
mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam estar
relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar de forma eficaz).