Desenvolvimento Físico e PsicoMotor

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D E S E N V O LV I M E N T O

FÍSICO E PSICOMOTOR

REVISÕES
O RECÉM-NASCIDO
• Quando os bebés pestanejam perante uma luz brilhante, estão a agir involuntariamente. Tais
respostas automáticas inatas à estimulação são chamadas comportamentos reflexos.
• Os seres humanos têm uma série de reflexos, muitos dos quais estão presentes à nascença ou
surgem um pouco depois. Alguns desses reflexos, como o da sucção, são necessários à sobrevivência.
• Normalmente, os reflexos desaparecem durante o primeiro ano de vida. Por exemplo, o reflexo de
Moro desaparece por volta dos 2,3 meses e o da procura do mamilo desaparece por volta dos 9
meses. Outros reflexos que continuam a ter funções protetoras – tais como o pestanejar, bocejar,
tossir, reagir ao engasgo, espirrar, tremer e o reflexo pupilar (dilatação das pupilas no escuro) –
permanecem.
• O desaparecimento dos reflexos no tempo adequado é sinal de que o cérebro (córtex) está a
amadurecer e a desenvolver-se normalmente, o que permite a transformação do comportamento
reflexo num comportamento voluntário.
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
• Processo de fortalecimento gradual dos músculos e do sistema nervoso: os movimentos bruscos e
descontrolados iniciais vão dando lugar a um controlo progressivo da cabeça, dos membros e do tronco;
– Por volta das 8 semanas é capaz de levantar a cabeça sozinho durante poucos segundos, deitado de barriga para
baixo;
– Controlo completo da cabeça por volta dos 4 meses: deitado de costas, levanta a cabeça durante vários segundos;
deitado de barriga para baixo, começa a elevar-se com apoio das mãos e dos braços e virando a cabeça;
– Por volta dos 4 meses o controlo das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num brinquedo;
– Entre os 4 e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para a frente; apresenta
também maior eficácia em alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no chão para brincar;
• Desenvolve o seu próprio ritmo de alimentação, sono e eliminação;
• Desenvolvimento progressivo da visão:
– Com 1 mês, é capaz de focar objetos a 90 cm de distância;
– Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar um objeto próximo ou afastado, bem como de
seguir a deslocação dos objetos ou pessoas;
– Entre os 4 e os 6 meses a visão e a coordenação olho - mão encontram-se próximas da do adulto;
• Desenvolvimento da função auditiva;
– Entre os 2 e os 4 meses, o bebé reage aos sons e às alterações do tom de voz das pessoas que o rodeiam;
– Por volta dos 4-6 meses, possui já uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve.
DOS 6 AOS 12 MESES
• Desenvolvimento da motricidade: os músculos, o equilíbrio e o controlo motor estão mais desenvolvidos,
sendo capaz de se sentar direito sem apoio e de fazer as primeiras tentativas de se pôr de pé, agarrando-
se a superfícies de apoio;
– Já agarra e segura uma roca numa mão e passa-a para outra;
– Leva a roca até à boca;
– Bebe por um copo que lhe for levado à boca;
– Segura o biberão sozinho;
• Imita o tossir;
• Imita quem lhe deitar a língua para fora;
• A partir dos 8 meses, consegue arrastar-se ou gatinhar;
• A partir dos 9 meses poderá começar a dar os primeiros passos, apoiando-se nos móveis;
• Desenvolvimento da preensão: entre os 6 e os 8 meses, é capaz de segurar os objectos de forma mais
firme e estável e de os manipular na mão; por volta dos 10 meses, é já capaz de meter pequenos pedaços
de comida na boca sem ajuda, é capaz de bater com dois objectos um no outro, utilizando as duas mãos,
bem como adquire o controlo do dedo indicador (aprende a apontar);
AS PRIMEIRAS CAPACIDADES SENSORIAIS DO BEBÉ
• VISÃO
• A visão é o sentido menos desenvolvido na altura do nascimento. Não vêm bem ao longe, mas
exploram sistematicamente o meio que os envolve e são sensíveis a contrastes de luz
• Os olhos do recém-nascido focam melhor a uma distância de aproximadamente 30 cm – a
distância típica entre o rosto do bebé e da pessoa que lhe está a pegar ao colo.
• Os estímulos visuais que mais facilmente atraem a atenção do bebé são objetos com: Cores que
contrastem e que sejam brilhantes (exemplo, vermelho, laranja), e Formas semelhantes à face
humana e a própria face humana.
– 1º Mês - distingue a face da mãe da de outras pessoas.
– 4º Mês – discrimina entre vermelho, verde, azul e amarelo; assim como a maioria dos adultos, prefere o
vermelho e o azul.
– 7º Mês - já distingue diferentes caras a partir de fotografias e reconhece a mesma cara apresentada em
diferentes ângulos.
AS PRIMEIRAS CAPACIDADES SENSORIAIS DO BEBÉ
• AUDIÇÃO
• A reação aos ruídos é considerável desde o nascimento. Na verdade, a audição
está funcional mesmo antes do nascimento; o feto responde a sons e parece
aprender a reconhecê-los.
– O bebé não só deteta a presença de sons como orienta o olhar e a cabeça em direção à
fonte sonora.
– Discrimina características rítmicas e melódicas em diferentes tipos de sequências sonoras.
– São sensíveis a categorias de sons básicos da linguagem humana, com cerca de 1 mês são
capazes de fazer discriminações auditivas finas do tipo: b/p, d/t.
– Verifica-se a compreensão de entoações (discurso afetuoso/irritado ou
declarações/questões), por volta dos 6 meses, uma vez que exige, da parte do bebé, não só a
discriminação, mas toda uma aprendizagem social.
AS PRIMEIRAS CAPACIDADES SENSORIAIS DO BEBÉ
• PALADAR E OLFATO
• As capacidades olfativas e gustativas do bebé à nascença são muito
semelhantes aos do adulto, pois começam a desenvolver-se no útero.
• O paladar e o odor dos alimentos que a mulher grávida ingere podem ser
transmitidos ao feto através do líquido amniótico. Depois do nascimento, uma
transmissão similar ocorre através do leite materno.
• Discriminam, logo desde a nascença, entre os 4 tipos de sabor fundamentais:
ácido, amargo, salgado, e doce.
AS PRIMEIRAS CAPACIDADES SENSORIAIS DO BEBÉ
• TACTO
• O tacto parecer ser o primeiro sentido a ser desenvolvido e, durante os primeiros meses de
vida, é o sistema sensorial mais maduro.
• Quando um recém-nascido com fome é tocado perto da boca revela uma resposta de procura
do mamilo. Os primeiros sinais deste reflexo de procura surgem no útero (2 meses após a
concepção).
• O sentido do tacto é o que torna possível ao indivíduo sentir a dor.
• Mesmo no útero o feto sente dor, tornando-se progressivamente mais sensível à dor nos dias
seguintes ao nascimento.
• A sensibilidade do recém-nascido à dor, ao calor, ao frio e à pressão é grande.
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• Competências motoras básicas como agarrar, gatinhar e andar não precisam de ser ensinadas
ao bebé.
• O bebé precisa de espaço livre para se mover e de liberdade para ver o que é capaz de fazer.
Depois do sistema nervoso central, os músculos e os ossos atingirem uma maturação suficiente
e o ambiente proporciona as oportunidades adequadas, o bebé não parará de surpreender.
• O recém-nascido movimenta a cabeça, dá pontapés com as pernas, abana os seus braços e
exibe um conjunto de comportamentos reflexos, como já referimos.
• Por volta do 4º mês, o bebé começa a fazer movimentos mais deliberados, o aumento do
controlo sobre o próprio corpo reflete o papel crescente do córtex cerebral, o qual permite ao
bebé realizar tarefas motoras específicas com uma crescente precisão.
• O desenvolvimento das competências motoras do bebé ocorre segundo uma determinada
sequência que, de forma geral, se acredita ser programada geneticamente. Como vimos, o bebé
terá que atingir um determinado nível de maturação fisiológica antes de estar preparado para
exercitar uma capacidade.
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• 1 AOS 2 ANOS
• Fica sentado o tempo que for preciso sem quaisquer apoios;
• Gatinha com as mãos e os joelhos no chão ou anda “de rabo”;
• Segura na mão pequenos objetos com o polegar e o indicador em pinça;
• Acena com a mão;
• Aponta para objetos e puxa-os para si;
• Começa a andar, sobe e desce escadas, trepa os móveis, etc. - o equilíbrio é inicialmente
bastante instável, uma vez que os músculos das pernas não estão ainda bem fortalecidos.
Contudo, a partir dos 16 meses, o bebé já é capaz de caminhar e de se manter de pé em
segurança, com movimentos muito mais controlados;
• Melhoria da motricidade fina devido à prática - capacidade de segurar um objeto, manipulá-lo,
passá-lo de uma mão para a outra e largá-lo deliberadamente. Por volta dos 20 meses, será capaz
de transportar objetos na mão enquanto caminha;
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• DOS 2 AOS 3 ANOS
• À medida que o seu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é capaz de saltar com
ambos os pés.
• Subir escadas é mais fácil que descê-las.
• É mais fácil manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para desenhar ou
uma colher para comer sozinha;
• Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois a bexiga);
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• PERÍODO PRÉ-ESCOLAR
• Por volta dos 3 anos as crianças tornam-se mais compridas e esguias. Começam a perder a face redonda,
características dos bebés, e a apresentar uma aparência mais atlética de criança. À medida que os músculos
abdominais se desenvolvem, a barriga diminui. O tronco, os braços e as pernas tornam-se mais compridos. A
cabeça continua a ser relativamente grande em comparação com o resto do corpo, mas as outras partes
continuam a crescer até que as proporções corporais se tornam mais semelhantes às do adulto.
• Estas mudanças na aparência física também refletem o desenvolvimento no interior do corpo. O crescimento
muscular e ósseo progride, tornando as crianças mais fortes e ais capazes fisicamente. A cartilagem transforma-
se em osso a um ritmo mais rápido do que anteriormente e os ossos tornam-se mais duros e fortes, dando à
criança uma forma mais firme e protegendo os órgãos internos. Estas mudanças, coordenadas pelo sistema
nervoso e pelo cérebro em maturação, promovem o desenvolvimento de uma vasta gama de competências
motoras.
• As crianças entre os 3 e os 6 anos fazem grandes progressos nas competências motoras – tanto as grossas,
como correr ou saltar; como nas finas, abotoar e desenhar. Também começam a mostrar preferência pela mão
direita ou esquerda. As capacidades crescentes dos sistemas respiratório e circulatório contribuem para a força
física e, juntamente com o desenvolvimento do sistema imunitário, mantêm a criança mais saudável. Os seus
ossos e músculos estão mais fortes, a capacidade da sua caixa pulmonar é maior, tornando possível correr,
saltar e trepar mais longe, mais rápido e melhor.
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• DOS 3 AOS 4 ANOS
Competências motoras:
• Grande actividade motora: corre, salta, começa a trepar escadas, pode começar a andar de triciclo;
grande desejo de experimentar tudo;
• Começa a alternar com segurança os pés enquanto sobe.
• Consegue saltar num só pé, usando uma série de saltos irregulares com algumas variações; • Não
consegue virar ou parar repentina ou rapidamente;
• Embora ainda não seja capaz de apertar os atacadores, veste-se sozinha razoavelmente bem;
• É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo;
• Faz puzzles simples;
• Copia figuras geométricas simples;
• É cada vez mais independente ao nível da sua higiene; é já capaz de controlar os esfíncteres
(sobretudo durante o dia);
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• DOS 4 AOS 5 ANOS

• Rápido desenvolvimento muscular;


• Grande atividade motora, com maior controlo dos movimentos;
• Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca ajuda;
• Tem um controlo mais eficaz do parar, iniciar e virar;
• Consegue saltar a uma distância de 60 a 84 centímetros;
• Consegue descer uma escada alternando os pés, se apoiada;
• Consegue dar quatro a seis saltos num só pé.
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• DOS 5 AOS 6 ANOS
• Já consegue alternar com segurança os pés enquanto desce escadas, sem apoio.
• Consegue iniciar, virar e parar eficazmente em jogos;
• A preferência manual está estabelecida;
• É capaz de se vestir e despir sozinha;
• É capaz de assegurar a sua higiene de forma independente;
- Lateralidade
• A preferência pela utilização de uma mão chama-se lateralidade. Como já foi referido, é em
geral evidente por volta dos 3 anos, mas por vezes, é possível observá-la num bebé com meses
de vida.Visto que o hemisfério esquerdo do cérebro, o qual controla o lado direito do corpo, é
habitualmente dominante, a maior parte das pessoas favorece o seu lado direito. Em pessoas
cujos cérebros são mais simétricos, o hemisfério direito tende a ser dominante, fazendo com
que sejam canhotas / esquerdinas.
• No entanto, a lateralidade nem sempre está definida de forma clara; nem toda a gente prefere
a mesma mão para todas as tarefas.
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• PERÍODO ESCOLAR
• O crescimento e a altura durante este período abrandam consideravelmente, se comparado com a sua
velocidade rápida durante a primeira infância.
• As crianças em idade escolar crescem entre 2.5 com e 7.5 cm por ano e adquirem 2.5 e 4 kg ou mais,
duplicando o seu peso médio.
• As capacidades motoras das crianças continuam a desenvolver-se. As crianças nesta fase, para além de se
tornarem mais rápidas e fortes, tornam-se também mais coordenadas, retirando imenso prazer do facto de
experimentarem o corpo e aprenderem novas competências.
• As diferenças de género nas competências motoras acentuam-se à medida que se próxima da puberdade, em
parte devido à maior força física dos rapazes e, em parte, devido a expectativas culturais e experiência.

• DOS 6 AOS 7 ANOS


• Grande vigor e energia;
• É um pouco desajeitada a nível motor, o que se deve a uma coordenação ainda não completamente estabelecida.
• 7 AOS 8 ANOS
• A coordenação mão-olho está já bem estabelecida, o que torna as atividades de desenhar e pintar mais atrativas;
• Grande atividade motora: a criança brinca até estar completamente exausta;
DESENVOLVIMENTO MOTOR
• DOS 8 AOS 9 ANOS
• É muito ativa e pode sofrer acidentes frequentes;

DOS 9 AOS 10 ANOS


• Possui já um bom controlo corporal; está interessada em desenvolver força, capacidades e rapidez;
• Desenha com grande detalhe;
• As raparigas começam a desenvolver-se mais rapidamente do que os rapazes.

• DOS 10 AOS 12 ANOS


• Competências motoras bem desenvolvidas;
• Com a entrada na adolescência, observa-se um aumento repentino em altura, peso e força;
• As raparigas alcançam gradualmente a maturidade física e sexual, enquanto que os rapazes estão
ainda a iniciar este processo de maturação;
• Preocupação com a aparência.

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