Atividade 7º Ano - As Grandes Navegações - Versão 1
Atividade 7º Ano - As Grandes Navegações - Versão 1
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Ano
Atividade de História
___º Bimestre Data: ___ / ___ / 2024. Nota:
Mateus Bassi
Toda Veneza ficou surpreendida e se alarmou. Os mais sisudos diziam que era a
pior notícia que podia chegar-lhes. De fato, toda a gente sabe que Veneza tinha obtido
o seu prestígio e a sua riqueza unicamente graças ao seu comércio marítimo que lhe
proporcionava cada ano uma grande quantidade de especiarias, de tal maneira que os
comerciantes estrangeiros afluíam para comprá-las.
A sua presença e os seus negócios traziam-lhes fartos lucros. Mas agora, por este
novo caminho, as especiarias de Leste serão transportadas para Lisboa, onde os
húngaros, os alemães, os flamengos e os franceses irão procurá-las, pois, serão aí
menos caras. Com efeito, as especiarias que chegam a Veneza têm de passar pela
Síria e os territórios do sultão, e por toda a parte devem pagar direitos (aduaneiros) tão
exorbitantes que, ao chegar a Veneza, o que tinha custado um ducado deve ser
vendido por de oitenta a cem ducados.
O caminho marítimo, esse, não tem de pagar todos esses impostos, e os
portugueses podem vendê-las mais baratas. As pessoas mais bem informadas dão-se
conta disso, outras não podem acreditar na notícia, e outras pessoas pensam que o rei
de Portugal não poderá conservar por muito tempo esse caminho e este comércio com
Calicute, pois das treze caravelas que para aí partiram, só seis voltaram, e as perdas
serão maiores que os lucros.
Por outro lado, ele não encontrará facilmente homens dispostos a arriscar a sua
vida numa viagem tão longa e perigosa, e pensa-se que o sultão (da Turquia), quando
se aperceber das perdas que isto trará aos seus rendimentos, tratará de impedir esse
comércio. Eis o que se diz, entre outras coisas, pois os venezianos, como de costume,
procuram encontrar razões para não perder a esperança e recusam-se a acreditar e a
ouvir o que não lhes convém.
Priuli, "Diários", 1499. In: Freitas, op. cit., p. 105-6.
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