Amlia 2024

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ESCOLA DE SARGENTOS DA POLÍCIA ʺTENENTE GENERAL OSWALDO ASSAHEL

TAZAMAʺ

TRABALHO EM GRUPO DE LABORATÓRIO

TEMA: LEGISLAÇÃO SOBRE AS DROGAS EM MOÇAMBIQUE (ESTUPEFACIENTES)

1º GRUPO TURMA B VI-CURSO

ESPECIALDADE DE POLÍCIA DE PROTEÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA

Docente:
dr. Lino Lino Rock

Metuchira, 2024
ESAPOL

ESCOLA DE SARGENTOS DA POLÍCIA “TENENTE GERAL OSWALDO


ASSAHEL TAZAMA”

VI CURSO

Turma: B

Discentes:

Alcino António Fernandes n° 1

Aleixo salvador n° 2

Alex Jonas n° 3

Amarchande Jorge n° 4

Amélia Manuel n° 5

Anísio Adolfo n° 6

Beatriz Chicuite n° 7

Cascão Francisco n° 8

Celina Manuel n° 9

Chila Fernando n° 10

Metuchira, 2024
Índice
1.Introdução.................................................................................................................................................4
2. ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA..........................................................................................................4
3.LEGISLAÇÃO SOBRE DROGAS VIGENTES EM MOÇAMBIQUE...................................................5
3.1. Objetivo do Trabalho Científico:..........................................................................................................5
3.2.Objetivos Específicos:...........................................................................................................................5
4. Conceitos:................................................................................................................................................5
4.1. O mecanismo de ação dos estupefacientes............................................................................................6
5. Legislação Sobre Drogas Vigentes Em Moçambique..........................................................................6
5.1 Princípio da prevenção........................................................................................................................10
5.2 Princípio da segurança nas acções de combate à droga.......................................................................11
5.3 Princípio humanista.............................................................................................................................11
5.4. Princípio da segurança nas ações de combate à droga........................................................................12
6. Conclusão..........................................................................................................................................13
7. Referências Bibliográficas:................................................................................................................14
1.Introdução.
A legislação sobre drogas desempenha um papel fundamental na definição das políticas públicas,
práticas judiciais e abordagens de saúde em relação ao consumo, comércio e posse de
substâncias ilícitas. Em Moçambique, um país marcado por uma diversidade cultural e social, a
questão das drogas tem sido objeto de atenção crescente, à medida que a nação enfrenta desafios
relacionados ao tráfico, consumo e consequências associadas.

Ao longo das últimas décadas, Moçambique tem desenvolvido e ajustado sua legislação sobre
drogas para enfrentar as dinâmicas complexas desse fenômeno. Desde a era colonial até os dias
atuais, a legislação sobre drogas em Moçambique tem passado por diferentes estágios de
evolução, influenciados por mudanças políticas, sociais e econômicas.

Neste trabalho científico, propomos uma análise da legislação sobre drogas vigente em
Moçambique, examinando as políticas e regulamentos que regem o uso, posse, produção e
tráfico de substâncias ilícitas. Além disso, exploraremos o contexto histórico e cultural que
moldou essas políticas, bem como os desafios e oportunidades que surgem da sua
implementação.

Ao compreender a legislação sobre drogas em Moçambique, podemos elucidar as estratégias


empregadas pelo país para lidar com o problema das drogas e identificar áreas que necessitam de
maior atenção e aprimoramento. Esta análise é crucial para informar políticas mais eficazes e
abordagens mais equitativas no enfrentamento das questões relacionadas às drogas em
Moçambique.

2. ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
Lei n.º 3 / 97 de 13 de Março

Havendo necessidade de transpor para o direito interno normas e princípios de direito


internacional publico, de modo a tornar Exequíveis as disposições mais significativas da
convenção das nações unidas sobre o trafico ilícito de estupefacientes e de substancias
psicotrópicas de 1988 e aperfeiçoar os instrumentos jurídicos de combate ao consumo ilícito de
drogas, nos termos do n.1 do artigo 135 da constituição.

Segundo o artigo 3 de legislação sobre drogas vigentes em Moçambique consideram-se drogas as


plantas, as substâncias e os seus preparados, e os produtos definidos como tal nos diversos
diplomas legais em vigor ou que constam nas listas anexas as convenções sobre estupefacientes e
substâncias psicotrópicas já ratificadas por Moçambique ou as que venham a ser ratificadas e as
respectivas alterações, bem como ainda as listas que vierem a ser adptadas pelo governo em
cumprimento das recomendações emanadas da organização mundial da saúde

Este trabalho tem como objetivo analisar a legislação sobre drogas vigente em Moçambique,
com o intuito de compreender as políticas e regulamentos relacionados ao uso, posse, produção e
tráfico de substâncias ilícitas.

3.LEGISLAÇÃO SOBRE DROGAS VIGENTES EM MOÇAMBIQUE

3.1. Objetivo do Trabalho Científico:

3.2.Objetivos Específicos:
1. Analisar as leis e regulamentos específicos relacionados ao controle, posse e comércio de
substâncias ilícitas em Moçambique, identificando as principais disposições legais em vigor.
2. Explorar o impacto da legislação sobre drogas nas práticas de saúde pública, prevenção do
consumo e tratamento de usuários de drogas no contexto moçambicano.
3. Avaliar as políticas e estratégias adptadas pelo governo de Moçambique para combater o
tráfico de drogas e reduzir os danos associados ao uso de substâncias ilícitas, incluindo
medidas de prevenção, tratamento e reinserção social.
4. Analisar o papel das instituições governamentais, organizações da sociedade civil e outros
atores relevantes na formulação, implementação e avaliação da legislação sobre drogas em
Moçambique.

4. Conceitos:
Estupefacientes - é um termo utilizado para descrever substâncias que têm o potencial de causar
dependência e efeitos nocivos na saúde mental e física dos usuários. Essas substâncias incluem
drogas como maconha, cocaína, heroína, metanfetaminas, entre outras. Em muitos países,
incluindo Moçambique, o termo "estupefacientes" é frequentemente utilizado na legislação para
se referir às drogas controladas e para descrever as substâncias cujo uso, posse, produção e
tráfico são regulamentados por leis específicas. O controle dessas substâncias é geralmente
realizado para proteger a saúde pública e prevenir o abuso e a dependência.
4.1. O mecanismo de ação dos estupefacientes
O mecanismo de ação dos estupefacientes no organismo varia de acordo com o tipo de
substância e seus efeitos específicos. No entanto, em geral, os estupefacientes atuam no sistema
nervoso central, interferindo na transmissão de sinais entre os neurônios e afetando a função
cerebral.

Muitos estupefacientes atuam aumentando os níveis de neurotransmissores no cérebro, como a


dopamina, a serotonina e a noradrenalina, o que leva a uma ativação excessiva de certas vias
neurais associadas ao prazer, recompensa e motivação. Isso pode resultar em sensações de
euforia, aumento da energia e alterações de humor.

Além disso, os estupefacientes podem interferir na percepção da dor, agindo nos receptores
opioides do cérebro e da medula espinhal. Isso pode levar a uma redução da dor, mas também
pode resultar em uma diminuição da sensibilidade à dor e, consequentemente, ao aumento do
risco de overdose.

Outros estupefacientes, como os estimulantes, como a cocaína e as anfetaminas, atuam


aumentando a atividade de certos neurotransmissores, como a dopamina e a noradrenalina, no
cérebro, o que resulta em aumento da vigília, da energia e da concentração.

Em resumo, os estupefacientes têm efeitos complexos no organismo, afetando múltiplos sistemas


e processos neuroquímicos no cérebro, o que pode levar a uma variedade de efeitos
comportamentais, cognitivos e fisiologicos

5. Legislação Sobre Drogas Vigentes Em Moçambique

Segundo Resolução no 15/2003 que Aprova a Política e Estratégia de Prevenção e Combate à


Droga aponta que em Moçambique, vários indicadores mostram que o tráfico e o consumo ilícito
de drogas têm vindo a assumir proporções preocupantes a partir da década de 90, registando-se
especialmente nos últimos anos um crescimento contínuo, mercê da conjuntura económica e
social.

As consequências directas e indirectas, do consumo abusivo de drogas, no nosso país, são


percebidas nas várias interfaces da vida: na família, no trabalho, na rua, na disseminação do vírus
de HIV/ SIDA, principalmente entre os usuários de drogas injectáveis, no aumento da
criminalidade, entre outros males, o que representa custos elevadíssimos para a sociedade
moçambicana.

O narcotráfico, por outro lado, propicia formas ilícitas de enriquecimento, pondo em causa todo
um sistema económico e financeiro legal do país.

De uma forma geral, as principais consequências decorrentes do uso indevido de drogas no nosso
país, são:

 Aumento dos índices de desistência escolar ao nível dos adolescentes e camada juvenil;
 Violência no seio da família e da comunidade em geral; Elevado índice de contaminação
por HIV/SIDA, DTS
 Tuberculose e hepatite;
 Aumento dos acidentes de viação.

Assumindo esta preocupação, o programa Quinquenal do Governo, aprovado pela Resolução no


4/2000, de 22 de Março, prevê no seu ponto 2.11, relativo a acção social, a necessidade de
<<introduzir programas específicos de apoio à recuperação dos toxico-dependentes em centros
de reabilitação e aconselhamento e realça a imperatividade de intensificar o combate ao tráfico e
consumo ilícitos de drogas>>.

É neste contexto que urge adoptar uma política e estratégia que permitam uma intervenção cada
vez mais coordenada e integral de todos os vectores da sociedade civil com vista à erradicação
deste mal.

A Política e Estratégia de Prevenção e Combate à Droga abreviadamente designada, PEPCD,


constitui um instrumento orientador das actividades que a nível nacional devem ser levadas a
cabo pelos diversos intervenientes do processo de prevenção e combate ao tráfico e consumo
ilícitos de droga.

A PEPCD é um conjunto estruturado de opções políticas, definidas a partir do conhecimento


disponível da realidade que se pretende transformar, visando assegurar a adequada coordenação
de diferentes sensibilidades com responsabilidades nesta área e a para enfrentar de forma
contundente este problema. APEPCD estrutura-se a partir da afirmação clara de princípios, da
definição segura de objectivos e do estabelecimento preciso de opções estratégicas a seguir ao
longo dos próximos anos.

1. Tendências recentes no consumo e no tráfico ilícitos de drogas em Moçambique

No que concerne à toxicodependência, em Moçambique, é importante que continuamente sejam


efectuados estudos consistentes sobre o fenómeno do tráfico e consumo ilícitos de drogas.

O alcance e a dimensão desta problemática são actualmente apresentados, ainda que de forma
indiciária, pelos dados e informações que têm sido coligidos pelo Gabinete Central de Prevenção
e Combate à Droga (GCPCD), órgão criado à luz da Lei no 3/97, de 13 de Março, com a
responsabilidade de proceder à centralização de toda informação relativa ao tráfico e consumo
ilícitos de drogas, registado no país.

Com efeito, os dados disponíveis apresentam evidências que apontam para um aumento
considerável do consumo ilícito de drogas. Sendo que as estatísticas referentes aos últimos
quatro anos, ilustram com clarividência um crescimento médio do número de toxicodependentes
na ordem dos 30% por ano.

Especificamente no domínio do consumo ilícito de drogas, tem se constatado que a cannabis


sativa é a droga mais frequentemente utilizada no país, sendo consumida habitualmente em
regiões rurais ou zonas urbanas com uma população dotada de poucos recursos financeiros. O
haxixe e mandrax constituem respectivamente a segunda e terceira droga mais consumida.

Quanto ao consumo da cocaína, da heroína e da morfina, limita-se exclusivamente a alguns


círculos frequentados por toxicodependentes adultos e alguns jovens de famílias com poderes
aquisitivos acima da média.

Por outro lado, dada a aparência das drogas sintéticas, maioritariamente em comprimidos e
cápsulas, com os demais medicamentos lícitos e consequentemente a facilidade da sua ocultação,
há indicações fiáveis do aumento do consumo ilícito destas drogas sintéticas, particularmente o
êxtase, diazepans e mandrax. Este facto regista-se com maior frequência em clubes nocturnos,
festas juvenis e nos estabelecimentos escolares, particularmente das três grandes cidades do país,
nomeadamente Maputo, Beira e Nampula.
No âmbito das suas repercussões sanitárias, o nexo mais significativo entre o consumo ilícito de
drogas e os danos infligidos à saúde encontra-se com maior ênfase nos indivíduos consumidores
de drogas injectáveis registando-se a contaminação pelo HIV/ SIDA. Por outro lado, são
frequentes os casos de contaminação da tuberculose, anemia e hepatite.

Relativamente ao tráfico ilícito de drogas, constata-se o seguinte: A frequência do tráfico da


cannabis sativa, do mandrax e do haxixe.

- Os índices de apreensões da cannabis sativa têm duplicado nos últimos anos, o mesmo diz-se
do desmantelamento dos locais de cultivo desta droga, particularmente nas províncias de Manica,
Tete e Cabo Delgado.

Ilustrando a sua dimensão mundial, à semelhança de outros países do mundo, nos últimos anos,
em Moçambique tem se registado uma modificação do modus operandi dos narcotraficantes,
marcando uma nova forma de manifestação do tráfico ilícito de drogas.

Mercê da intervenção das instituições vocacionadas ao combate do tráfico, os narcotraficantes,


ao invés de procederem a importação do produto acabado,efectuam a importação ilegal de
precursores, solventes, reagentes bem como de equipamento laboratorial a coberto de actividades
lícitas e de empresas fictícias procedendo, assim, a produção clandestina de drogas dentro do
nosso país, através de laboratórios clandestinos.

Os dados apresentados justificam a necessidade de os diversos sectores sociais terem que


responder ao crescente aumento do tráfico e consumo ilícitos de drogas em Moçambique.

Fundamentalmente, constituem factores propiciadores da vulnerabilidade, do nosso país ao


tráfico ilícito de drogas, os seguintes:

- A fragilidade institucional dos órgãos com competência no âmbito do combate à droga,


marcado fundamentalmente pela exiguidade material e de uma adequada formação técnico-
científica.

-A inexistência de meios sofisticados para o controlo marítimo, principalmente das ilhas ao


longo da costa do Oceano Índico, cuja dimensão é de 250 mil milhas.
-A falta de uma formação técnico-científica contínua dos recursos humanos envolvidos na tarefa
de combate à droga.

2. Enquadramento legal e principal legislação aplicável

O desenvolvimento da PEPCD em Moçambique, tem como fonte e reflecte em grande medida a


aderência do nosso país aos princípios, objectivos e prioridades aprovadas pelas Nações Unidas e
consubstanciadas nas três Convenções, nomeadamente:

A Convenção Única das Nações Unidas de 1961, sobre os estupefacientes, a qual o nosso país
ratificou através da Resolução n° 7/90, de 13 de Setembro, da Assembleia Popular.

A Convenção das Nações Unidas de 1988, sobre o Combate ao Tráfico Ilícito de Drogas e
Substâncias Psicotrópicas, ratificada através da Resolução no 11/96, de 4 de Maio, da
Assembleia da República.

Por outro lado, a formulação do presente documento enquadra- se nos esforços do Governo com
vista à erradicação deste fenómeno no nosso país e em cumprimento do preceituado pelo no 1 do
artigo 32 da Lei no 3/97, de 13 de Março, que aprova o regime jurídico aplicável ao tráfico e
consumo ilícitos de estupefacientes e substâncias psicotrópicas, precursores e preparados ou
outras substâncias de efeitos similares e cria o GCPCD.

A Lei no 3/97, supracitada, introduziu no ordenamento jurídico moçambicano disposições que


conferiram uma nova dinâmica à arena da prevenção e combate à droga, constituindo-se assim,
num instrumento de grande relevo neste âmbito.

5.1 Princípio da prevenção


Traduz-se na primazia das intervenções preventivas destinadas a combater a procura de drogas,
por via de adequadas acções de formação e informação da comunidade ou de determinados
grupos alvo, o que significa:

a) Promover iniciativas de prevenção primária, dentro e fora da escola, principalmente nos


meios frequentados por adolescentes e jovens, incluindo o meio laboral; b) Recorrer aos
meios de comunicação social, para a divulgação de informações e mobilização da
comunidade para o problema da droga;
b) Seleccionar os grupos alvo e identificar as suas características, bem como os potenciais
factores de risco ou de protecção;
c) Dar a conhecer sobretudo à nova geração os perigos decorrentes do uso e abuso dos
diferentes tipos de drogas.

5.2 Princípio da segurança nas acções de combate à droga


Este princípio envolve a garantia da protecção de pessoas e bens nos domínios da saúde pública e
da defesa de menores, bem como em matéria de prevenção e repressão do crime, tendo em vista
a manutenção da paz e da ordem pública.

a) O princípio da segurança, está intimamente ligado ao seguinte: a) Combate ao tráfico


ilícito, incluindo a aplicação de sanções penais adequadas aos traficantes e aos traficantes
consumidores;
b) Consagração legal de mecanismos que permitam, em todos os casos, a apreensão de
drogas ilícitas pelas autoridades policiais e a prossecução das actividades de investigação
necessárias ao combate ao tráfico; c) Previsão de sanções diferenciadas por actos que
envolvam tráfico, consumo e posse de drogas mais perigosas para a saúde, ou cuja
aquisição tenda a estar associada a comportamentos ofensivos dos bens jurídicos
essenciais da comunidade;
c) Promoção de medidas especiais de segurança nas escolas e outros locais frequentados por
adolescentes e jovens.

5.3 Princípio humanista


Traduz-se no reconhecimento da dignidade humana dos toxicodependentes e tem como corolário
a compreensão da complexidade e importância da história individual, familiar e social desse
grupo, bem como considerar a toxicodependência como um delicado desvio de conduta e
consequentemente, deve- se responsabilizar o Estado pela realização do direito constitucional à
saúde dos cidadãos toxicodependentes e pelo combate à sua exclusão social, sem prejuízo da
responsabilidade individual de cada toxicodependente.

Deste princípio, decorrem várias implicações para a estratégia de luta contra a droga que são:
a) Promover e garantir a existência de condições de acesso ao tratamento, através de uma
rede pública nacional de atendimento e prestação de cuidados de saúde aos
toxicodependentes;
b) Adoptar políticas de redução de danos que possam despertar nos toxicodependentes a
consciência da sua própria dignidade e constituir um meio de acesso a programas de
tratamento ou de redução da respectiva exclusão social;
c) Promover e incentivar a efectiva reinserção social e profissional dos toxicodependentes, e
ao mesmo tempo garantir que as instituições que prestam serviços na área do tratamento,
recuperação e reinserção social dos toxicodependentes tenham o mínimo de qualidade.

5.4. Princípio da segurança nas ações de combate à droga


Este princípio envolve a garantia da proteção de pessoas e bens nos domínios da saúde pública e
da defesa de menores, bem como em matéria de prevenção e repressão do crime, tendo em vista
a manutenção da paz e da ordem pública.

a) O princípio da segurança, está intimamente ligado ao seguinte: a) Combate ao tráfico


ilícito, incluindo a aplicação de sanções penais adequadas aos traficantes e aos traficantes
consumidores;
b) Consagração legal de mecanismos que permitam, em todos os casos, a apreensão de
drogas ilícitas pelas autoridades policiais e a prossecução das actividades de investigação
necessárias ao combate ao tráfico; c) Previsão de sanções diferenciadas por actos que
envolvam tráfico, consumo e posse de drogas mais perigosas para a saúde, ou cuja
aquisição tenda a estar associada a comportamentos ofensivos dos bens jurídicos
essenciais da comunidade;
c) Promoção de medidas especiais de segurança nas escolas e outros locais frequentados por
adolescentes e jovens.
6. Conclusão

A análise da legislação sobre drogas vigente em Moçambique revela a


complexidade e os desafios enfrentados pelo país no combate ao tráfico, consumo
e consequências associadas ao uso de substâncias ilícitas. Ao longo deste trabalho
científico, exploramos os diferentes aspectos das políticas e regulamentos
relacionados às drogas, desde o contexto histórico até as abordagens
contemporâneas adotadas pelo governo moçambicano.

Ficou evidente que Moçambique tem procurado desenvolver uma abordagem


equilibrada e abrangente para lidar com o problema das drogas, incorporando
aspectos de saúde pública, prevenção, tratamento e aplicação da lei. No entanto,
também identificamos lacunas e desafios na implementação efetiva dessas
políticas, incluindo questões de capacidade institucional, recursos adequados e
coordenação entre as diferentes agências envolvidas.

Além disso, observamos a necessidade de considerar as dimensões sociais,


econômicas e culturais na formulação e implementação das políticas sobre drogas,
reconhecendo a diversidade de perspectivas e experiências dentro da sociedade
moçambicana. Isso inclui a promoção da participação da comunidade, o respeito
aos direitos humanos e a adoção de abordagens baseadas em evidências para
garantir que as políticas sejam eficazes, justas e sustentáveis a longo prazo.

Portanto, concluímos que o enfrentamento das questões relacionadas às drogas em


Moçambique requer um compromisso contínuo com a revisão e o aprimoramento
das políticas existentes, além do fortalecimento das capacidades institucionais e da
colaboração entre diversos setores da sociedade. Somente por meio de uma
abordagem integrada e holística, Moçambique poderá avançar na redução dos
danos causados pelo uso de drogas e na promoção do bem-estar de seus cidadãos.
7. Referências Bibliográficas:

1- Resolução No 15/03 - Portal do Governo de

Moçambique,Lei no 3/97, de 13 de Março;

2- Lei de Consumo de Estupefacientes e Psicotrópicos,13 de março de 1997;

3- O caminho das drogas em Moçambique - DW - 07/04/2023;

4- O tráfico internacional de drogas em Moçambique


LEI n.o 3/1997, de 13 de março - Lei de Prevenção e Combate à Droga.

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