Filo Sofia
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O presente trabalho investigação visa abordar assuntos ligados com a cadeira de introdução a
filosofia, onde, far-se-ia a abordagem dos itens que pré faz o trabalho, nomeadamente: as teorias
do conhecimento e a sua classificação.
O método usado para a elaboração deste trabalho foi de pesquisa através de referências
bibliográficas
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Natureza do conhecimento
Superficial, isto é, conforma-se com a aparência, com aquilo que se pode comprovar
simplesmente estando junto das coisas: expressa-se por frases como “porque o vi",
“porque o senti” ,"porque o disseram”, “porque todo mundo o diz";
Sensitivo, ou seja, referente a vivências, estados de ânimo e emoções da vida diária;
Subjectivo, pois é o próprio sujeito que organiza suas experiências e conhecimentos,
tanto os que adquire por vivência própria quanto os "por ouvi dizer”;
Assistemático, pois esta "organização" das experiências não visa a uma sistematização
das ideias, nem na forma de adquiri-las nem na tentativa de validá-las;
Acrítico, pois, verdadeiros ou não, a pretensão de que esses conhecimentos o sejam não
se manifesta sempre de uma forma crítica.
O conhecimento popular
O conhecimento popular é valorativo por excelência, pois se fundamenta numa selecção operada
com base em estados de ânimo e emoções: como o conhecimento implica uma dualidade de
realidades, isto é, de um lado o sujeito cognoscente e, de outro, o objecto conhecido, e este é
possuído, de certa forma, pelo cognoscente, os valores do sujeito impregnam o objecto
conhecido. É também reflexivo, mas, estando limitado pela familiaridade com o objecto, não
pode ser reduzido, a uma formulação geral. A característica de assistemático baseia-se na
"organização" particular das experiências próprias do sujeito cognoscente, e não em uma
sistematização das ideias, na procura de uma formulação geral que explique os fenómenos
observados, aspecto que dificulta a transmissão, de pessoa a pessoa, desse modo de conhecer
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O conhecimento filosófico
O conhecimento filosófico é valorativo, pois seu ponto de partida consiste em hipóteses, que não
poderão ser submetidas à observação: "as hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência,
portanto, este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação" (Trujillo,
1974:12); por este motivo, o conhecimento filosófico é não verificável, já que os enunciados das
hipóteses filosóficas, ao contrário do que ocorre no campo da ciência, não podem ser
confirmados nem refutados. É racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados
logicamente correlacionados.
Portanto, o conhecimento filosófico é caracterizado pelo esforço da razão pura para questionar
os problemas humanos e poder discernir entre o certo e o errado, unicamente recorrendo às luzes
da própria razão humana. Assim, se o conhecimento científico abrange fatos concretos, positivos,
e fenómenos perceptíveis pelos sentidos, através do emprego de instrumentos, técnicas e recursos
de observação, o objecto de análise da filosofia são ideias, relações conceptuais, exigências
lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de
observação sensorial directa ou indirecta (por instrumentos), como a que é exigida pela ciência
experimental. O método por excelência da ciência é o experimental: ela caminha apoiada nos
fatos reais e concretos, afirmando somente aquilo que é autorizado pela experimentação. Ao
contrário, a filosofia emprega “o método racional, no qual prevalece o processo dedutivo, que
antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente coerência lógica”
(Ruiz, 1979:110).
Conhecimento Religioso
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é interpretada como decorrente do ato de um criador divino, cujas evidências não são postas em
dúvida nem sequer verificáveis.
Conhecimento Científico
O conhecimento científico é real (factual) porque lida com ocorrências ou fatos, isto é, com toda
“forma de existência que se manifesta de algum modo” (Trujillo, 1974:14). Constitui um
conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses tem sua veracidade ou falsidade
conhecida através da experiência e não apenas pela razão, como ocorre no conhecimento
filosófico. É sistemático, já que se trata de um saber ordenado logicamente, formando um
sistema de ideias (teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos. Possui a característica de
verificabilidade, a tal ponto que as afirmações (hipóteses) que não podem ser comprovadas não
pertencem ao âmbito da ciência. Constitui-se em conhecimento falível, em virtude de não ser
definitivo, absoluto ou final e, por este motivo, é aproximadamente exacto: novas proposições e
o desenvolvimento de técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.
Teoria do conhecimento
Filosofia pré-socrática
Tales de Mileto (Séc. VI-V a.C.) é um dos sete sábios da Grécia. Conhecedor da cultura oriental
por contactos directos efectuados em numerosas viagens, interessa-se por vários campos de
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actividade, desde a engenharia e a matemática até à política e finanças. Foi astrónomo e, como
tal, previu a ocorrência de um eclipse total do sol, que veio a acontecer em 585 a.C.
Tales diz que o princípio de tudo é a água, pelo que sustentava ainda que a terra está sobre a
água; considerava talvez como prova, o facto de verificar que o alimento de todas as coisas é
húmido e de que, mesmo o que é quente, se gera e vive no húmido; ora, aquilo de que tudo
provém é o princípio de tudo.
Como vemos, não se trata de encontrar uma explicação mítica para o origem do universo; mas
antes se nota a preocupação de descobrir a substância primordial subjacente à natureza na sua
totalidade.
Arché para ele é o apeiron, que podemos traduzir como sendo o indeterminadamente infinito ou
infinitamente indeterminado, pois com isso quer-se significar tanto a indeterminação lógica
como infinito espacial e temporal, eterno e omnipresente.
Anaxímenes de Mileto: considera o ar como elemento primordial. Para ele, o ar é tão necessário
como a água, sendo, contudo, de natureza mais subtil.
O ar origina todas as coisas mediante processos de condensação, dilatação e outros. Assim, por
exemplo, da rarefacção crescente do ar resultariam as estrelas; da solidificação do ar nasceriam
os corpos de natureza cristalina.
É com Anaxímenes que se encerra a Escola Jônica, o que não impede o pensamento grego de
continuar a sua marcha.
Heráclito (544-484 a.C.), nasceu em Éfeso, na Jônia, actualmente Turquia. Tal como os seus
contemporâneos pré-socráticos, busca compreender a multiplicidade do real. Mas, ao contrário
deles, não rejeita as contradições e quer apreender a realidade na sua mudança, no seu devir.
Todas as coisas mudam sem cessar, e o que temos diante de nós em dado momento é diferente
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do que foi a pouco e do que será depois: “Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois
na segunda vez não somos os mesmos, e também o rio mudou.
Portanto, não há ser estático, e o dinamismo pode bem ser representado pela metáfora do fogo,
forma visível da instabilidade, símbolo de eterna agitação do devir, “o fogo eterno e vivo, que
ora se acende e ora se apaga”.
Para Heráclito o ser é o múltiplo. Não no sentido apenas de que existe a multiplicidade das
coisas, mas de que o ser é múltiplo por estar constituído de oposições internas. O que mantém o
fluxo do movimento não é o simples aparecer de novos seres, mas a luta dos contrários, pois, “a
guerra é pai de todos, rei de todos”. E é da luta que nasce a harmonia, como sínteses dos
contrários.
O que faz de Heráclito um pensador original é o facto de não ter uma visão estática do mundo.
Considera, portanto, que há um dinamismo inerente às coisas, o que explica que tudo esteja em
constante mudança. É, por isso, considerado o pai da filosofia do devir.
Parménides (540-470 a.C), viveu em Eléia, cidade do sul da Magna Grécia (actual Itália) e é o
principal expoente da escola eleática. Elaborou uma importante teoria filosófica na medida em
que influenciou de forma decisiva o pensamento ocidental. Ocupou-se longamente a criticar a
filosofia heraclitana: ao “tudo muda”de Heráclito, contrapôs a imobilidade do ser.
Para Parmênides é absurdo e impensável considerar que uma coisa pode ser e não ser ao mesmo
tempo. À contradição opõe o princípio segundo o qual “o ser é” e o “não-ser não é”. Mais tarde
os lógicos chamarão a isto princípio de identidade, base de toda construção metafísica posterior.
Possibilidade do conhecimento
Cepticismo
A palavra cepticismo vem do grego, sképtikós, que significa: olhar à distância, examinar,
observar, que considera O céptico tanto observa e tanto considera que conclui, nos casos mais
radicais, pela impossibilidade do conhecimento, e nas tendências moderadas, pela suspensão
provisória de qualquer juízo.
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Cepticismo é a doutrina que afirma que não se pode obter nenhuma certeza a respeito da
verdade, o que implica numa condição intelectual de dúvida permanente e na admissão da
incapacidade de compreensão de fenómenos metafísicos, religiosos ou mesmo da realidade. O
termo originou-se a partir do nome comummente dado a uma corrente filosofia originada na
Grécia Antiga.
O Cepticismo filosófico originou-se a partir da filosofia grega e o seu fundador é Pirro de Élis
(360-275 a.C.), que viajou até a Índia e lá estudou, e propôs a adopção do cepticismo "prático" .
Ou seja, o cepticismo filosófico é procurar saber, não se contentando com a ignorância fornecida
actualmente pelos meios públicos, por meio da dúvida. Opõem-se ao dogmatismo, em que é
possível conhecer a verdade.
O cepticismo radical se contradiz ao se afirmar, pois concluir que “toda a certeza é impossível e
a verdade é inacessível” não deixa de ser uma certeza, e tem valor de verdade.
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Cepticismo científico - uma postura científica e prática, em que alguém questiona a
veracidade de uma alegação, e procura prová-la ou desaprová-la usando o método
científico.
As formas do cepticismo
Cepticismo absoluto, também conhecido de radical ou sistemático: é aquele que afirma que é
impossível todo e qualquer tipo de conhecimento. Rigorosamente, é a única espécie de
cepticismo possível, porque perante o problema da possibilidade da relação sujeito-objecto, ou se
afirma ou se nega esta possibilidade. O cepticismo absoluto ou pirrónico nega-a. Foi defendido
na antiguidade, por Pirron de Elis, que para evitar cair em contradição, recomenda que nada se
afirme nem negue, isto é, recomenda a suspensão do juízo.
Cepticismo moderado, entende que o sujeito atinge o objecto, porém, de modo não total, mas
limitado. Rigorosamente, não é cepticismo, porque afirma a possibilidade da relação, mas uma
forma mitigada do cepticismo. Apresenta duas modalidades: o probabilismo e o relativismo.
O relativismo sustenta que as nossas verdades são relativas que e não absolutas. Esta posição
pode resultar do sujeito ou do objecto.
Crítica do cepticismo
Mas, o cepticismo não tem justificação: porque, os sentidos não erram: os sentidos são simples
instrumentos de captação de estímulos, instrumentos limitados, que a técnica humana vai
ampliando, e nunca capacidade interpretáveis. Porque, se a razão erra, e na verdade, erra, porque
só ela interpreta, é susceptível de corrigir o erro.
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Por conseguinte, não há motivo para uma descrença total no valor dos sentidos e da razão. Por
outro lado, é evidente que, quer o cepticismo absoluto quer o cepticismo moderado, se
contradizem, porque ambos têm a certeza da verdade absoluta das suas posições.
Dogmatismo
Filosoficamente é uma atitude que consiste em admitir que a razão humana tem a possibilidade
de conhecer a realidade.
Quando o dogmatismo atinge a política, assume um carácter ideológico que nega o pluralismo e
abre caminho para a imposição da doutrina oficial do Estado e do partido único, com todas as
infelizes decorrências, como censura e repressão. Em nome do dogma da raça ariana, Hítler
cometeu genocídios dos judeus e ciganos nos campos concentração.
Origem do conhecimento
O empirismo
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Aristóteles (384 322 a.C.), discípulo do racionalista Platão, já propugnara que "não há nada no
intelecto que não estivesse antes nos órgãos dos sentidos" (Losee, 1993, p. 108). Esta afirmação
é consistente com o empirismo: "concepção que fundamenta nosso conhecimento, ou o material
com o qual ele é construído, na experiência através dos cinco sentidos" (Honderich, 1995; p.
226). Assim, os empiristas consideram a experiência como a fonte e o critério seguro de todo
conhecimento. A sensibilidade é supervalorizada, pois, através da percepção, os objectos se
impõem ao sujeito. Como disse John Locke (1632 1704), a mente humana é inicialmente uma
tábula rasa ou "uma pequena tábua limpa na qual nada está escrito" (Locke apud Pérez, 1988, p.
170); depois, a partir dos dados da experiência, que fornecem ao espírito ideias simples, o sujeito
forma ideias complexas10. A indução constituía-se, segundo os empiristas, no método através do
qual os enunciados universais as leis, os princípios, as teorias científicas eram obtidos dos
enunciados particulares (enunciados que relatam algo observado, experimentado). O último
empirista anterior a Kant, o filósofo escocês David Hume (1711 1776), mesmo admitindo que
todas as ideias derivam da experiência, negou uma solução positiva ao problema da indução:
"Qual é o fundamento de todas as conclusões a partir da experiência?" (Hume, 1985, p. 37)
O racionalismo
É a corrente de pensamento que coloca a razão (ou lógica) como fonte suprema da verdade. Em
outras palavras, é uma tendência de se observar e compreender o mundo exclusivamente por
meio da razão. Deriva do latim ratio, que significa “razão”. Um dos primeiros teóricos do
racionalismo é Sócrates, seguido por Platão. Sócrates pregava que o homem já nascia com o
conhecimento, ou seja, o conhecimento é inato (nasce com a gente). Para provar o seu ponto de
vista, Platão nos conta que Sócrates levou um escravo iletrado a deduzir um complicado teorema
da matemática, fazendo perguntas certas nas horas certas, conduzindo o seu pensamento.
Doutrina que afirma que tudo que existe tem uma causa inteligível, mesmo que não possa ser
demonstrada de fato, como a origem do Universo. Privilegia a razão em detrimento da
experiência do mundo sensível como via de acesso ao conhecimento. Considera a dedução como
o método superior de investigação filosófica. René Descartes (1596-1650), Spinoza (1632-1677)
e Leibniz (1646-1716) introduzem o racionalismo na filosofia moderna. Friedrich Hegel (1770-
1831), por sua vez, identifica o racional ao real, supondo a total inteligibilidade deste último. O
racionalismo é baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por
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um conhecimento a priori, ou seja, conhecimentos que não vêm da experiência e são elaborados
somente pela razão.
Na passagem do século XVIII para o XIX, Immanuel Kant (1724-1804) revê essa tendência de
associar o pensamento à análise pura e simples e inaugura o neo-racionalismo. A nova doutrina
aceita as formas a priori da razão, afirmando, entretanto, que elas necessariamente devem ser
conjugadas aos dados da experiência para que possa haver conhecimento. O racionalismo dos
séculos XVII e XVIII influencia a religião e a ética até hoje.
O racionalismo cartesiano
René Descartes (1596-1650), cujo nome latino era Cartesius (daí seu pensamento ser conhecido
como “cartesiano”), é considerado o “pai da filosofia moderna”. Dentre suas obras, o Discurso
do método e Meditações metafísicas expressa a tendência de preocupação com o problema do
conhecimento. O ponto de partida é a busca de uma verdade primeira que não possa ser posta em
dúvida. Por isso, converte a dúvida em método. Começa duvidando de tudo, das afirmações do
senso comum, dos argumentos da autoridade, do testemunho dos sentidos, das informações da
consciência, das verdades deduzidas pelo raciocínio, da realidade do mundo exterior e da
realidade de seu próprio corpo.
O cogito
Descartes só interrompe essa cadeia de dúvidas diante de seu próprio ser que duvida. Se duvido,
penso; se penso, existo: “Cogito, ergo sum”, “Penso, logo existo”. Eis, aí o fundamento, o ponto
de partida para a construção de todo o seu pensamento. Mas este “eu” cartesiano é puro
pensamento, pois, no caminho da dúvida, a realidade do corpo (res extensa, coisa externa,
material), foi colocada em questão.
A partir dessa intuição primeira (a existência do ser que pensa), que é indubitável, Descartes
distingue os diversos tipos de idéias, percebendo que algumas são duvidosas e confusas e outras
são claras e distintas.
As idéias claras e distintas são idéias gerais que não derivam do particular, mas já se encontram
no espírito, como instrumentos de fundamentação para a apreensão de outras verdades. São as
idéias inatas, que não estão sujeitas a erro pois vêm da razão, independentemente das idéias que
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“vêm de fora”, formadas pela acção dos sentidos, e das outras que nós formamos pela
imaginação. São inatas, não no sentido de o homem já nascer com elas, mas como resultantes
exclusivas da capacidade de pensar. São idéias verdadeiras. Nessa classe estão a idéia de
substância infinita de Deus e a idéia de substância finita, com seus dois grandes grupos: a res
cogitans e a res extensa.
Embora o conceito de idéias claras e distintas resolva alguns problemas com relação à verdade
de parte do nosso conhecimento, não dá nenhuma garantia de que o objecto pensado corresponda
a uma realidade fora do pensamento. Como sair do próprio pensamento e recuperar o mundo.
O intelectualismo
O intelectualismo, do latim intus legere = ler dentro, é uma criação de Aristóteles (séc. IV a.C.),
mais tarde desenvolvida por Santo Tomás de Aquino. Aristóteles estava sob influência de duas
correntes opostas, a empirista dos pré-socráticos e a racionalista de Platão, de que era discípulo.
O intelectualismo é superação destes contrários.
Aristóteles concorda com Platão, que só há ciência em geral, do universal e do necessário, que o
verdadeiro conhecimento é constituído por idéias. Porém, porque é mais amigo da verdade que
do mestre, recusa a teoria da reminiscência. No seu entender, as idéias não estão fora e por cima
deste mundo. Estão nas coisas, no fundo das coisas, encobertas pelo véu dos caracteres
existenciais, particulares e contingentes, de cada coisa concreta.
O intelecto activo ou agente é uma luz potente que atravessa o véu das características singulares
e põe a descoberto, no fundo da coisa, a essência mesma. Realiza assim a leitura do
conhecimento, que, imediatamente é recebido, tanto quanto possível, pelo intelecto passivo ou
possível.
Construtivismo
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No construtivismo, Piaget afirma o seguinte: “só se conhece e aprende aquilo que se faz”.
Portanto, o conhecimento resulta não da assimilação de percepções, mas da interiorização das
acções do sujeito sobre os objectos.
Relativismo
O relativismo entende que não existem verdades absolutas, mas apenas verdades relativas, que
têm uma validade limitada a um certo tempo, a uma situação determinada. É o oposto do
absolutismo, que defende a existência de verdades absolutas.
Niveis do conhecimento
Pelo conhecimento empírico o homem simples conhece os fatos e as coisas em sua ordem
aparente, por experiências feitas ao acaso, sem método, e por investigações pessoais feitas ao
sabor das circunstâncias da vida.
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É acrítico: não admite dúvidas acerca de sua superficialidade. Supõe que as coisas são
como parecem ser. Não examina a validade ou verdade deste conhecer;
É impreciso: destina-se exclusivamente à sobrevivência biológica do homem no seu meio
físico, ignorando outros factores mais profundos, interferentes e determinantes em termos
da cultura e do meio social, etc.;
É auto contraditório: a imprecisão do conhecimento vulgar torna-o quase sempre
contraditório, inconsistente, falho na essência de suas constatações. Quando o
conhecimento vulgar é admitido por influência da religião, temos a chamada
“mentalidade média”, que é a visão radical sacralizada. Quando se assenta na opinião
comum a todas as pessoas, falamos do “senso comum”
Conhecimento cientifico
Quando a ciência afirma conhecer o mundo dos fenómenos é porque descobriu que eles se
“comportam” dentro de uma certa regularidade, num sistema complexo, como que obedecendo a
leis.
Segundo Einstein, “a ciência pode apenas determinar o que é, não o que deve ser”. O
conhecimento científico busca:
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Conclusao
Em jeito de conclusão, conclui que o conhecimento científico é real (factual) porque lida com
ocorrências ou factos, isto é, com toda “forma de existência que se manifesta de algum modo”
(Trujillo, 1974:14). Constitui um conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses
tem sua veracidade ou falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão, como
ocorre no conhecimento filosófico.
Kant afirmou que apesar da origem do conhecimento ser a experiência se alinhando aí com o
empirismo , existem certas condições a priori para que as impressões sensíveis se convertam em
conhecimento fazendo assim uma concessão ao racionalismo. Esta concessão ao racionalismo
não devia ser levada ao extremo, pois "todo o conhecimento das coisas proveniente só do puro
entendimento ou da razão pura não passa de ilusão; só na experiência há verdade" (Kant apud
Pascal, 1999; p. 45).
O conhecimento cientifico diferencia-se dos demais, não pelo seu objeto ao estudo, mas pela
forma como é obtido. Conforme definição de Trujillo: ”A ciência é todo um conjunto de atitudes
e de atividades racionais, dirigido ao sistemático conhecimento, com objetivo limitado e capaz
de ser submetido à verificação
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Bibliografia
LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um conceito antropológico. 16. ed. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 2000.
OSBORNE, Richard. Filosofia para principiantes. 4. ed. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.
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a Wittgenstein. 6. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 2002.
SOUZA, Aluísio José Maria de et. Al. Iniciação à lógica e à metodologia da ciência. São Paulo:
Cultrix, 1976.
TRUJILLO FERRARI, Alfonso. Metodologia da ciência. 2 ed. Rio de Janeir: Kennedy, 1974.
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