Ri2017completa Edesp Web1a479
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FILOSOFIA E ENSINO
ANO 2017
REVISTA IDEAÇÃO
Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas em Filosofia - NEF
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA
Reitor
Evandro do Nascimento Silva
Vice-Reitora
Norma Lúcia Fernandes de Almeida
Diretor do DCHF
Departamento de Ciências Humanas e Filosofia
Ágabo Borges de Souza
Vice-Diretora do DCHF
Adriana Costa Santana
Coordenador do nef
Malcom Guimarães Rodrigues
Secretária
Jaciene Silva e Carvalho
Estagiárias
Cintia Jesus de Almeida
Thaís de Almeida Santos
Periodicidade: Semestral
Os artigos e demais textos publicados nesta revista são de inteira responsabilidade de seus autores.
A reprodução, parcial ou total, é permitida, desde que seja citada a fonte.
Semestral
CDU 1
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
Alessandro Reina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89
NORMAS EDITORIAIS
EDITORIAL GUIDELINES
SUMMARY
Ideação Especial Edition . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 477
APRESENTAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
21
PARA QUE SERVE ENSINAR FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DISCIPLINAR?...
22
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
24
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
28
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
30
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
31
PARA QUE SERVE ENSINAR FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DISCIPLINAR?...
32
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
[...]
“Permanecendo totalmente autônomo, o ensino de
filosofia deve ser, em toda parte onde isto é possível,
efetivamente associado — e não simplesmente justaposto
— às formações universitárias ou profissionais, em todos
os domínios;
[...]
“O conhecimento das reflexões filosóficas das diferentes
culturas, a comparação de seus aportes respectivos e a
análise daquilo que os aproxima e daquilo que os opõe,
devem ser perseguidos e sustentados pelas instituições
de pesquisa e de ensino;
[...]
33
PARA QUE SERVE ENSINAR FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DISCIPLINAR?...
34
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
35
PARA QUE SERVE ENSINAR FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DISCIPLINAR?...
36
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
43
PARA QUE SERVE ENSINAR FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DISCIPLINAR?...
5. CONSIDERAÇÕES INCONCLUSIVAS:
FILOSOFIA COMO ATITUDE APRENDENTE RADICAL
NOTA
Doutor em Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor
1
49
PARA QUE SERVE ENSINAR FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO DISCIPLINAR?...
REFERÊNCIAS
50
A aula de filosofia como oficina de criação
Felipe Araújo1
Filipe Ceppas2
52
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
56
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
59
A AULA DE FILOSOFIA COMO OFICINA DE CRIAÇÃO
60
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
62
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
NOTAS
1
Professor de Ensino Médio, Seeduc-RJ. Mestrando em Filosofia, UFRJ. E-mail:
[email protected].
2
Doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). É
professor adjunto da Faculdade de Educação da UFRJ e professor do PPGF-
UFRJ. E-mail: [email protected].
REFERÊNCIAS
68
FRAGMENTOS DE IDEIAS SOBRE ENSINO
DE FILOSOFIA E RE-EXISTÊNCIA
70
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
I. IDEIAS-FLECHA
71
FRAGMENTOS DE IDEIAS SOBRE ENSINO DE FILOSOFIA E RE-EXISTÊNCIA
72
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
73
FRAGMENTOS DE IDEIAS SOBRE ENSINO DE FILOSOFIA E RE-EXISTÊNCIA
75
FRAGMENTOS DE IDEIAS SOBRE ENSINO DE FILOSOFIA E RE-EXISTÊNCIA
77
FRAGMENTOS DE IDEIAS SOBRE ENSINO DE FILOSOFIA E RE-EXISTÊNCIA
III. IDEIAS-POSSÍVEL
79
FRAGMENTOS DE IDEIAS SOBRE ENSINO DE FILOSOFIA E RE-EXISTÊNCIA
IV. IDEIAS-AFETO
84
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
85
FRAGMENTOS DE IDEIAS SOBRE ENSINO DE FILOSOFIA E RE-EXISTÊNCIA
86
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
NOTAS
1
Professora de filosofia da Faculdade de Educação da Universidade Federal
de Minas Gerais – UFMG. Doutora em Educação pela Universidade Estadual
de Campinas (UNICAMP). E-mail: [email protected].
2
Tradução para o português Maria Cristina Franco Ferraz. No original leia-
se: “Le possible ne préexiste pas, il est créé par l’événement. C’est une question
de vie. L’événement crée une nouvelle existence, il produit une nouvelle
subjectivité (nouveau rapports avec le corps, le temps de la sexualité, le milieu,
la culture, le travail…)” (DELEUZE; GUATTARI, 2007, s/p). Disponível
em: <http://www.revue-chimeres.fr/drupal_chimeres/?q=node/87> Aceso
em: 7 setembro 2016.
REFERÊNCIAS
88
CINEMA E EDUCAÇÃO: DA REPRODUTIBILIDADE
TÉCNICA À AÇÃO CINECLUBISTA EMANCIPADORA
Alessandro Reina1
PARTE1 - A REPRODUTIBILIDADE E
O PROBLEMA DO CINEMA COMO ARTE
91
CINEMA E EDUCAÇÃO: DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA À...
92
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
94
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
95
CINEMA E EDUCAÇÃO: DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA À...
98
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
99
CINEMA E EDUCAÇÃO: DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA À...
100
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
101
CINEMA E EDUCAÇÃO: DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA À...
103
CINEMA E EDUCAÇÃO: DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA À...
CONCLUSÃO
106
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
NOTAS
1
Mestre em Educação (UFPR-2014). Pesquisador Núcleo de Estudos e
Pesquisas sobre Ensino da Filosofia (NESEF-UFPR) e coordenador do Grupo
de Estudos e Pesquisas sobre Cinema e Filosofia (GECEF). Professor dos
cursos de graduação e pós-graduação do Claretiano-Centro Universitário e
do Centro Estadual de Educação Profissional de Curitiba (CEEP). E-mail:
[email protected].
2
Este texto é inédito no Brasil. Parte das citações que serão realizadas desta obra
de Walter Benjamin remetem-se a uma tradução em documento digital feita
por João Maria Mendes a partir da primeira versão do documento original
em francês de A Obra de Arte na Era da sua Reprodutibilidade Técnica (1935-
1936), por Walter Benjamin e Pierre Klossowski.
107
CINEMA E EDUCAÇÃO: DA REPRODUTIBILIDADE TÉCNICA À...
REFERÊNCIAS
109
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE
DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA NO ENSINO MÉDIO
A PARTIR DO CONTEÚDO CURRICULAR
112
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
1. INTRODUÇÃO
113
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA...
114
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
115
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA...
118
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
121
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA...
122
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
123
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA...
125
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA...
126
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
127
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA...
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
128
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
129
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA...
NOTAS
1
Licenciada em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual do Sudoeste
da Bahia — UESB. Licenciada em Filosofia pela UESB — Plano Nacional de
Formação de Professores da Educação Básica — PARFOR. Especialista em
Linguística aplicada ao texto pela UESB. Especialista em Literatura Brasileira
pela Universidade Salgado Oliveira — UNIVERSO. Professora de Filosofia e
Língua Portuguesa da Rede Estadual de Ensino do Estado da Bahia no Ensino
Médio. Professora de Língua Portuguesa da Rede Municipal de Ensino de
Jequié. E-mail: [email protected].
2
Especialista em Educação e Relações Etnicorraciais — UESC. Mestre em
Educação pela UFBA (Universidade Federal da Bahia). Professor Substituto
de Filosofia na Universidade Estadual de Feira de Santana — UEFS. E-mail:
[email protected].
130
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
REFERÊNCIAS
131
A FILOSOFIA COMO POSSIBILIDADE DA EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA...
132
FILOSOFIA E ENSINO: QUESTÕES E DESAFIOS
PARA O PROFESSOR DE FILOSOFIA
NO ENSINO MÉDIO
134
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
135
FILOSOFIA E ENSINO: QUESTÕES E DESAFIOS PARA O PROFESSOR...
136
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
138
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
dizer se ela serve ou não serve, se ela tem de ser ou não ser.
Antes disso, é preciso pensar nela como um fim em si mesma
e no ensino de filosofia como uma experiência conceitual.
Assim, seria objetivo do professor despertar nossos jovens
para a experiência do pensamento em questão, da filosofia
em si mesma, procurando não encontrar respostas, mas sim
criar interrogações.
Concluímos que atualmente vivemos numa era tecnológica
onde tudo é muito rápido, prático e útil, e encontramos na
filosofia um universo lento, teórico e inútil. Disso resulta
um desinteresse geral pelo hábito da leitura, do pensamento
e da reflexão além de uma tendência tecnicista no ensino da
disciplina, principalmente para aqueles que tem um contato
não aprofundado com a Filosofia e suas questões.
NOTAS
1
Graduando em Filosofia na Universidade Estadual de Feira de Santana
(UEFS). Bolsista Pbic/Cnpq. E-mail: [email protected].
2
Se, falta consciência crítica na formação de nossos jovens não é
exclusivamente por causa da filosofia. O desenvolvimento dessa competência
não deve ser empregada somente no contexto filosófico, mas também no
contexto de outras disciplinas, que também podem ajudar na crítica do
conhecimento sistematizado.
3
A constatação do número insignificante de professores devidamente
habilitados para lecionar essa disciplina (5%) foi, em alguns momentos,
utilizada como argumento por aqueles que questionavam o seu retorno às
escolas do ensino médio.
4
Cf. COTRIM, G. Fundamentos da filosofia: ser, saber e fazer. 1999, pp.
44 — 55.
143
FILOSOFIA E ENSINO: QUESTÕES E DESAFIOS PARA O PROFESSOR...
REFERÊNCIAS
144
POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES DA FILOSOFIA
COM A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO
146
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
1. INTRODUÇÃO
150
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
151
POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES DA FILOSOFIA COM A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO
152
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
153
POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES DA FILOSOFIA COM A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO
154
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
155
POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES DA FILOSOFIA COM A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO
156
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
157
POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES DA FILOSOFIA COM A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO
158
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
159
POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES DA FILOSOFIA COM A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO
160
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
162
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
CONSIDERAÇÕES FINAIS
164
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
165
POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES DA FILOSOFIA COM A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO
166
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
NOTA
Doutor em Educação (UFBA). Professor de Filosofia da Universidade do
1
REFERÊNCIAS
167
POSSÍVEIS ARTICULAÇÕES DA FILOSOFIA COM A EDUCAÇÃO DO PENSAMENTO
168
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE
PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
170
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
O ENSINO DE FILOSOFIA
E A FILOSOFIA COMO MODO DE VIDA
172
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
173
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
179
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
181
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
COMO FORMAÇÃO DE UMA EDUCAÇÃO CÍVICA E MORAL
183
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
185
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
187
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
188
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
189
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
190
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
191
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
CONCLUSÃO
192
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
193
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
194
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
NOTAS
1
Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul (PUC-RS). E-mail: [email protected].
2
Como bem pondera Reale (2005, p. 404): “Podemos, em suma, dizer que
a constante da filosofia grega é o theorein, ora acentuado na sua valência
especulativa, ora na sua valência moral, mas sempre de modo tal, que as
duas valências se implicam reciprocamente de maneira estrutural [...]
os gregos consideraram sempre como verdadeiro filósofo, apenas aquele
que demonstrou saber realizar uma coerência de pensamento e de vida e,
portanto, aquele que soube ser mestre não só de pensamento, mas também
de vida.” [Itálico no original].
3
Sobre estas e outras habilidades e competências concernentes ao ensino e
aprendizagem de filosofia, consultar Orientações Curriculares para o Ensino
Médio: ciências humanas e suas tecnologias, v. 3, 2006. (pp 29-34). Mediante
este documento governamental, produzido pelo Ministério da Educação
(Secretaria de Educação Básica), revela-se o quanto a temática deste artigo
pode ser inovadora e contribuidora a novas práticas de ensino de filosofia,
sem excluir-se o que já se encontra oficialmente proposto.
4
Como assere Aristóteles (165a 20): “Ora, para certa gente é mais proveitoso
parecer que são sábios do que sê-lo realmente sem o parecer (pois a arte
sofística é o simulacro da sabedoria sem a realidade, e o sofista é aquele que
faz comércio de uma sabedoria aparente, mas irreal)”.
5
Em síntese ao apresentado por Pierre Hadot (2004, pp. 253-258).
6
Consoante a nota 1 deste trabalho.
7
O próprio trabalho de desenvolvimento e argumentação desenvolvido para
este artigo, é exemplo de atividade filosófica, isto é, de conceitos utilizados
para a compreensão de determinada subárea da filosofia, reutiliza-se tais
conceitos para servir de contribuição e reflexão a outra subárea filosófica.
O trabalho de atualização e reutilização de conceitos, pois, integra a prática
teórica da filosofia. Considera-se tal prática como útil à docência de filosofia,
na medida em que contribui não somente a sua compreensão teórica, mas
também a sua correlata efetivação prática.
8
Afirma Ginzburg (1988, p. 16): “Insistindo nos elementos comuns,
homogêneos, da mentalidade de um certo período, somos inevitavelmente
induzidos a negligenciar as divergências e os contrastes entre as mentalidades
das várias classes, dos vários grupos sociais, mergulhando tudo numa
mentalidade coletiva indiferenciada e interclassista. ”
195
CONTRIBUIÇÕES POSSÍVEIS DE PIERRE HADOT AO ENSINO DE FILOSOFIA
9
Assere Hadot (2009, p. 99): “As obras filosóficas da Antiguidade não se
compõem para expor um sistema, senão para produzir um efeito de formação.
Criar nos leitores e auditores uma disposição determinada. ”
10
“A palavra ‘espiritual’ permite compreender com maior facilidade que
exercícios como estes são produto não somente do pensamento, mas também
de uma totalidade psíquica do indivíduo que, em especial, revela o autêntico
alcance de tais práticas: graças a elas o indivíduo ascende ao círculo do espírito
objetivo, que significa que volta a situar-se na perspectiva do todo”. (Hadot,
2006, p. 24).
11
Conforme Hadot (2004, p.187): “A escola estóica, fundada por Zenão no
fim do século IV a. C, ganha novo impulso por volta da metade do século
III, sob a direção de Crisipo [...] O discurso filosófico estóico comporta três
partes, a física, a lógica e a ética [...] É certo que, até o século II d.C., a doutrina
estóica era ainda florescente no Império romano: basta citar Sêneca, Musônio,
Epicteto e Marco Aurélio. ”
12
Marco Aurélio, Meditações, II, 11; II, 5, 2; VII, 69. Citado em Hadot (2004,
p. 277).
13
Encontra-se no diálogo platônico Fédon (64a): “Os homens ignoram que os
verdadeiros filósofos trabalham durante toda sua vida na preparação de sua
morte. ”
14
Neste subtema o objetivo é direcionar algumas reflexões para a prática
docente. Toma-se como ponto de referência a própria experiência docente no
magistério de educação básica do autor deste artigo.
15
Madre Montserrat del Pozo é filósofa pela Universidade da Pensilvânia e
mestre em psicologia pela Universidade de Massachusetts, ambas nos Estados
Unidos.
16
Para o professor e especialista em ensino de filosofia e filosofia da educação,
Walter Omar Kohan (2009, p.70): “O ensino de filosofia — ou de maneira
mais ampla, uma educação filosófica — exige autonomia por todas as partes:
autonomia da própria filosofia diante de outros saberes e poderes, autonomia
do professor ante os marcos institucionais que o regulam; autonomia de quem
aprende ante a quem ensina e os outros aprendizes. As exigências de autonomia
são diversas, múltiplas”.
17
Platão (38a). Entre colchete é acréscimo do autor deste artigo.
196
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
REFERÊNCIAS
198
ASPECTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO
NO PERÍODO CLÁSSICO GREGO
200
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
201
ASPECTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO NO PERÍODO CLÁSSICO GREGO
203
ASPECTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO NO PERÍODO CLÁSSICO GREGO
204
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
208
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
209
ASPECTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO NO PERÍODO CLÁSSICO GREGO
212
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
214
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
215
ASPECTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO NO PERÍODO CLÁSSICO GREGO
216
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
217
ASPECTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO NO PERÍODO CLÁSSICO GREGO
NOTA
1
Professor do IF Baiano (Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia
Baiano), Campus Governador Mangabeira/Bahia. Doutor em Ciências
da Educação pela Universidade Americana/Assunção — Paraguai. Email:
[email protected].
REFERÊNCIAS
225
ASPECTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO NO PERÍODO CLÁSSICO GREGO
226
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
227
ASPECTOS FILOSÓFICOS DA EDUCAÇÃO NO PERÍODO CLÁSSICO GREGO
228
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO:
A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
230
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
I. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
231
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
234
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
235
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
236
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
238
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
239
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
240
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
241
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
243
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
245
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
246
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
247
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
248
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
V. CONSIDERAÇÕES FINAIS
249
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
NOTAS
1
Doutorando em Filosofia pela UFRN e Professor do Instituto Federal do
Sertão Pernambucano. E-mail: [email protected].
2
Para a análise desses conceitos, nos utilizamos dos livros A intuição do
Instante (publicada originalmente no ano 1933) e a Dialética da Duração
(publicação original de 1936). São duas obras que dialogam entre si a respeito
do conceito de tempo e da crítica ao bergsonismo da época.
3
Esse é um conceito essencial na teoria de Bachelard. Apesar do conceito
de obstáculo aparecer inicialmente em A formação do Espírito científico
(publicada em 1938), utilizaremos aqui o delineamento conceitual utilizado
em A filosofia do não, do ano de 1940.
4
De fato, tal afirmação é feita aqui como uma paráfrase da paráfrase, visto
que tal inspiração se deu devido à citação que diz “O físico Gaston Bachelard,
no seu livro A Formação do Espírito Científico [...], diz-nos que ‘os melhores
alunos são os piores alunos’ e ‘os melhores alunos são os piores cientistas”.”
(Marques, 2014, p. 40) no Livro A ecologia Humana no Brasil, organizado
pelo Prof. Dr. Juracy Marques. Contudo, ao conferir A formação do espírito
científico, não encontramos efetivamente lá tal citação. Uma citação que
guarda alguma semelhança, mas evidentemente não quer dizer a mesma
coisa, é a da célebre questão pedagógica que Bachelard proferiu em uma
conferência de 1952 que diz: “Numa palavra, a escola é feita para a sociedade.
Mas como tudo seria mais claro, mais agradável para o coração do homem,
251
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
252
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
8
Vale ressaltar que a própria imagem do átomo, nas Intuições atomísticas
(1975), mostra como Bachelard tinha uma representação de destruição e
reconstrução entre os modelos de física clássica e quântica. Tal afirmação
se presentifica no fato de que as Intuições atomísticas foi uma das primeiras
obras epistemológicas de Bachelard. E mesmo nela, as intuições são
também uma partícula de uma fenomenotécnica, na medida em que o
átomo, por exemplo, foi uma intuição antiga, um fenômeno criado do
nada ou pelo menos das observações empíricas que os gregos tinham da
partícula indivisível que compunha uma realidade e que a partir de tal
intuição formou-se toda uma própria ciência: a química. “En effet, une fois
que l’intuition a pris son point de départ dans l’expérience, cette intuition
peut se développer en se à la propre force de l’expérience.” (BACHELARD,
1975. p. 10).
9
Sob esse assunto, é interessante a leitura da tese de Noemi Favassa, na
perspectiva da percepção das cores ser também um desenvolvimento
humano, do preto e branco ao colorido, na tese referida, há uma frase
significativa que relembra como para Bachelard as cores se tornam palavras
na medida em que no caminho de uma cor à outra, se há uma interpretação
de como se dão essas passagens, ocorre algo semelhante a passagem de uma
ciência a outra, ou conforme a própria passagem processo de aprendizado,
então “Apreender no processo do movimento criativo da passagem de uma
cor a outra é estar no mais etéreo do fenômeno, é alcançar a tenuidade da
linha divisória e imaginária ‘entre’ as cores, podemos dizer de certa forma,
que é apreender o inapreensível no devir que só a imaginação dá acesso.”
(QUEIROZ, 2013. p. 93).
10
Um texto interessante de Bachelard, O mundo como capricho e miniatura.
Eis que, nesse texto, a miniatura é oposta ao o mundo como resultado do
capricho, fragmentado e direcionado a um objeto específico, o mundo que
se põe como um outro que está diante de si, esse é o mundo da razão e da
representação científica.
11
Bachelard via que o lugar do conhecimento deve contar mais do que um
agrupamento de pessoas, ele deve ser uma polis, uma ágora em que haja
comunhão de pensamentos, principalmente do racionalismo aplicado aos
domínios das teorias, das técnicas e da verificabilidade que confirme e
ensine a normalizar a ciência.
253
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
12
Tal obra, com seu capítulo “Devaneio voltados para a infância”, geraria
todo um novo artigo a respeito da poética e imaginário infantil. É curioso
que em uma carta de 31 de Outubro de 1959 à Henri Bosco (amigo e escritor
o qual dedicou o seu livro Terra e os devaneios da vontade), pouco antes de
escrever tal livro, Bachelard disse: “Quand vous allez lire mon prochain livre
vous verrez que l’enfance est um des pôles de mês rêveries. Ici j’étais devant
une engance héroïque. Je ne sais pourquoi je me tout entier aux enfances
courageuses, aux enfances qui lutte[nt] contre la misére. Il y a là une
croissance d’homme que me donne, em lisant, de l’énergie.”. (BACHELARD
in: MORZEWSKI [org.], 2013, p. 37).
REFERÊNCIAS
254
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
255
A RITMANÁLISE DA EDUCAÇÃO: A IMAGEM DA CRIANÇA EM BACHELARD
256
FOUCAULT, DELEUZE E A MÁQUINA ESCOLAR:
A ESCOLA COMO DISPOSITIVO DE PODER
E A PRODUÇÃO DE CORPOS DÓCEIS
258
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
INTRODUÇÃO
DELEUZE E OS CONCEITOS DE
“MÁQUINA ABSTRATA” E “AGENCIAMENTO”
262
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270
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273
FOUCAULT, DELEUZE E A MÁQUINA ESCOLAR: A ESCOLA COMO...
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276
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CONCLUSÃO
NOTAS
1
Mestre em Filosofia — PPGFIL UFES. E-mail: brunoabiliogalvao@hotmail.
com
2
Advertência: embora este artigo publicado na obra Lei, Segurança e Disciplina
ocupe as páginas 71-109, a versão online deste artigo não segue a numeração
e nem a mesma quantidade de páginas do original, portanto, como tivemos
acesso à versão online e esta cita a referência original, optamos por segui-
la, porém a numeração das páginas, por estar discordante, optamos pela do
arquivo online ao qual tivemos acesso.
3
A população pobre, além de carecer de cuidados, também carregava uma
carga de preconceitos morais. Cf. ENGUITA, 1989.
4
Parênteses nosso.
282
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REFERÊNCIAS
283
FOUCAULT, DELEUZE E A MÁQUINA ESCOLAR: A ESCOLA COMO...
284
A FILOSOFIA “OBRIGATÓRIA”: PAULO FREIRE,
GRAMSCI E A LEI 11684/2008
286
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287
A FILOSOFIA “OBRIGATÓRIA”: PAULO FREIRE, GRAMSCI E A LEI 11684/2008
288
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291
A FILOSOFIA “OBRIGATÓRIA”: PAULO FREIRE, GRAMSCI E A LEI 11684/2008
296
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297
A FILOSOFIA “OBRIGATÓRIA”: PAULO FREIRE, GRAMSCI E A LEI 11684/2008
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A FILOSOFIA “OBRIGATÓRIA”: PAULO FREIRE, GRAMSCI E A LEI 11684/2008
300
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A FILOSOFIA “OBRIGATÓRIA”: PAULO FREIRE, GRAMSCI E A LEI 11684/2008
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305
A FILOSOFIA “OBRIGATÓRIA”: PAULO FREIRE, GRAMSCI E A LEI 11684/2008
NOTAS
1
Doutorando em Educação pela Universidade Federal Fluminense
(UFF). E-mail: [email protected].
2
As menções à Fernando Henrique Cardoso e Florestan Fernandes não se
devem apenas ao fato de serem ambos não casualmente oriundos do campo
das Ciências Sociais, mas sobretudo por serem também intelectuais de
incontestável referência na formação do pensamento político e sociológico
brasileiro contemporâneo.
314
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
REFERÊNCIAS
315
A FILOSOFIA “OBRIGATÓRIA”: PAULO FREIRE, GRAMSCI E A LEI 11684/2008
GALLO, S. http://filescola.blogspot.com.br/2011_10_01_archive.
html. Campinas, 2011.
316
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A ÉTICA FILOSÓFICA DO UBUNTU NA SALA DE AULA:
UM DEBATE SOBRE O RACISMO
NO FUTEBOL BRASILEIRO
320
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INTRODUÇÃO
321
A ÉTICA FILOSÓFICA DO UBUNTU NA SALA DE AULA
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A ÉTICA FILOSÓFICA DO UBUNTU NA SALA DE AULA
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A ÉTICA FILOSÓFICA DO UBUNTU NA SALA DE AULA
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A ÉTICA FILOSÓFICA DO UBUNTU NA SALA DE AULA
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3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
335
A ÉTICA FILOSÓFICA DO UBUNTU NA SALA DE AULA
NOTAS
1
É estudante do curso de licenciatura em Filosofia da Universidade Federal da
Bahia. E-mail: [email protected];
2
Acerca da ideia de democracia racial no Brasil podemos ler no prefácio de
Gilberto Freyre no livro “Negro no futebol brasileiro” (1947) de Mario Filho,
assim diz Freyre: “O futebol, no brasil, ao engrandecer-se em instituição
nacional, engrandecesse também o negro, o descendente de negro, o mulato,
o cafuzo, o mestiço. E entre os meios mais recentes — isto é, dos últimos vinte
ou trinta anos — de ascensão social do negro no Brasil, nenhum excede em
importância, ao do futebol” (FILHO, 2003, p. 24).
3
Com isso, podemos lembrar a luta contra discursos racistas na ciência da
criminologia, aqui na Bahia, principalmente por Nina Rodrigues que buscava
provar por evidências empíricas a predisposição do negro ao crime. Manuel
Querino, intelectual baiano, assume a responsabilidade e resistência contra
aquele racismo científico, em diversos textos como O colono preto como fator
da civilização brasileira (1918): “Foi o trabalho do negro que aqui sustentou por
séculos e sem desfalecimento, a nobreza e a prosperidade do Brasil: foi com o
produto de seu trabalho que tivemos as instituições científicas, letras, artes,
comércio, indústria, etc., competindo-lhe, portanto, um lugar de destaque que,
como fator da civilização brasileira” (QUERINO, 2013).
336
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
REFERÊNCIAS
337
A ÉTICA FILOSÓFICA DO UBUNTU NA SALA DE AULA
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UMA INTRODUÇAO AO ENSINO DE FILOSOFIA
A PARTIR DA LITERATURA: A FILOSOFIA DE
JEAN-PAUL SARTRE COMO PONTO BASE
340
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
1. INTRODUÇÃO
O rigor argumentativo da Filosofia sempre pareceu ser, ao
professor de Filosofia do Ensino Médio, uma das principais
dificuldades para o ensino da disciplina, o que faz com
que, muitas vezes, a aula de Filosofia torne-se enfadonha e
desmotivante para o os alunos, bem como para o professor
que vê na resistência às reflexões e questionamentos de temas
filosóficos uma problemática para a sua práxis educativa.
Nesse sentido, o presente trabalho tem como problema a
seguinte questão: como apresentar um plano de aprendizagem
que aproxime o estudante do Ensino Médio do conhecimento
filosófico? Para isso têm-se como objetivo geral reconhecer
na literatura um meio para tornar aulas de Filosofia mais
atrativas e menos cansativas; e como objetivos específicos,
incorporar as TIC aos planos de aulas, reconhecer a filosofia
sartreana como um ponto base entre as duas disciplinas, e
evidenciar a literatura enquanto ferramenta para o ensino de
Filosofia, aproximando o aluno do Ensino Médio ao universo
filosófico a partir da literatura.
É válido supor que no mundo contemporâneo a Filosofia
não goza da afeição de boa parte do alunado do ensino
médio e ensiná-la tem se configurado um grande desafio
a muitos educadores. Cabe ao professor de filosofia buscar
alternativas para eliminar tais empecilhos e fazer do ensino
de filosofia uma atividade mais prazerosa e convidativa, mais
relacionada ao mundo e às vivências dos alunos. Ensinar
Filosofia como se fazia há décadas atrás possivelmente não
seja mais tão eficiente, pois somos homens do nosso tempo,
e precisamos vê-la e debatê-la em sala de aula com novos
341
UMA INTRODUÇÃO AO ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA...
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
345
UMA INTRODUÇÃO AO ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA...
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UMA INTRODUÇÃO AO ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA...
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UMA INTRODUÇÃO AO ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA...
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UMA INTRODUÇÃO AO ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA...
3. APLICAÇÃO EM SALA
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UMA INTRODUÇÃO AO ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA...
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
356
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
NOTA
1
Especialista em Lingüística e Literatura pela Faculdade Zacarias de Goes
(FAZAG) e Especialista em Ensino de Filosofia no Ensino Médio pela
Universidade Federal da Bahia (UFBA). E-mail: [email protected]
360
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
REFERÊNCIAS
362
A “DISCIPLINA” FILOSOFIA
COMO PROMOTORA DO DEBATE SOBRE IGUALDADE
E DIFERENÇA NO AMBIENTE ESCOLAR
364
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
INTRODUÇÃO
365
A “DISCIPLINA” DE FILOSOFIA COMO PROMOTORA DO DEBATE SOBRE...
367
A “DISCIPLINA” DE FILOSOFIA COMO PROMOTORA DO DEBATE SOBRE...
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A “DISCIPLINA” DE FILOSOFIA COMO PROMOTORA DO DEBATE SOBRE...
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A “DISCIPLINA” DE FILOSOFIA COMO PROMOTORA DO DEBATE SOBRE...
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
381
A “DISCIPLINA” DE FILOSOFIA COMO PROMOTORA DO DEBATE SOBRE...
NOTAS
1
Professor na Carreira EBTT no IFC (Instituto Federal Catarinense), Campus
Videira, SC. Doutorando em Filosofia Social e Política pela Universidade do
Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). E-mail: [email protected].
2
Os termos Inter, Trans, Pluri, Multi e Disciplina que formam as palavras
Interdisciplinaridade, Transdisciplinaridade, Pluridisciplinaridade e
multidisciplinaridade significam: Disciplina seria um saber específico
enquadrado dentro de uma visão única de mundo. Multidisciplinar e
Pluridisciplinar é o estudo de um mesmo objeto por várias disciplinas.
Transdisciplinar é um estudo de um objeto através e além de várias
disciplinas. Supõe-se aqui não a totalidade, mas a complexidade e a
diversidade! Já a interdisciplinaridade é o anseio pela totalidade, seria a
junção de várias disciplinas para estudar um objeto onde ainda prevalece
a ideia de disciplina. Para uma visão mais completa do tema sugerimos
o texto: O ensino de filosofia como uma estratégia contra a tarefa da
interdisciplinaridade de Charles Feitosa In: (KOHAN, 2004, pp. 87-99).
3
Para mais sugerimos leitura de: GALLO, S. e GRISOTO A. A filosofia como
disciplina escolar. In: Revista do NESEF Filosofia e Ensino. Expressões do
filosofar e formação de professores. Curitiba. UFPR, vol. 2, nº 2, fev., mar.,
abr., mai., 2013, p. 5-19.
4
Na época o Campus tinha 10 meses de funcionamento e era desconhecido da
comunidade.
5
Reprodução da fala de uma aluna.
6
É um termo criado por Francis Galton (1822-1911), que a definiu como o
estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer
as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.
7
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_Ex2E4zKJqM Acesso
em 19/01/2016 às 17h.
8
BRASIL, Lei Nº 12.288, DE 20 de julho DE 2010. Institui o Estatuto da
Igualdade Racial; altera as Leis nos 7.716, de 5 de janeiro de 1989, 9.029,
de 13 de abril de 1995, 7.347, de 24 de julho de 1985, e 10.778, de 24 de
novembro de 2003.Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
Ato2007-2010/2010/Lei/L12288.htm
9
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do
382
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REFERÊNCIAS
384
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA UM ENSINO
DE FILOSOFIA BASEADO EM VIRTUDES INTELECTUAIS
386
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1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA UM ENSINO DE FILOSOFIA...
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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA UM ENSINO DE FILOSOFIA...
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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA UM ENSINO DE FILOSOFIA...
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ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA UM ENSINO DE FILOSOFIA...
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
409
ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS PARA UM ENSINO DE FILOSOFIA...
NOTAS
1
Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de Pelotas. E-mail:
[email protected]
2
Anti-intelectualismo é posição que acredita que nem todo conhecimento
pode ser reduzido ao conhecimento descritivo, conhecimento de
informações. Essa tese aparece na filosofia de Ryle, em que o autor busca
delimitar sua posição contra uma posição tradicionalmente reconhecida na
filosofia, do tipo dualista cartesiana, que o autor chama de ‘intelectualistas’.
3
É possível ter acesso à reflexão acerca do conceito em Os problemas da
Filosofia (2005).
4
Podemos conferir essa posição do autor no Livro I, II e VI da Ética a
Nicômaco.
410
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REFERÊNCIAS
411
A EDUCAÇÃO NO TEETETO DE PLATÃO: UM ESTUDO SOBRE A
EPISTEMOLOGIA DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM
414
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INTRODUÇÃO
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A EDUCAÇÃO NO TEETETO DE PLATÃO: UM ESTUDO SOBRE...
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não poderia crer que o que não conheço é algum outro que
não conheço” (193b). Em outras palavras, se Sócrates não
conhece nem percebe Teeteto nem Teodoro, jamais poderá
crer em que um deles seja outro, porque nenhum Sócrates
conhece. Assim, jamais poderá formular uma opinião falsa
a respeito de Teodoro, tanto no pressuposto de conhecer
ou aperceber-se de ambos como no de não os conhecer,
aperceber-se deles, ou no de conhecer um, mas não conhecer
ou aperceber-se do outro.
Só resta a possibilidade de formar-se opinião falsa
na hipótese de que Sócrates conheça Teodoro e Teeteto
e tenha a impressão de ambos no bloco de cera. Isto é, se
Sócrates não os percebe com muita nitidez, ele concilia
a impressão de cada um de acordo com os seus traços
fisionômicos, para poder reconhecê-los; entretanto, disso
pode resultar um engano, na medida em que a impressão
visual pode corresponder a outro que não aquele do qual
se tem a impressão na memória, o que se daria pela troca
de um homem por outro, ou da posição que ele ocupa no
bloco de cera. Nesse ponto, Sócrates leva ao extremo a sua
maiêutica, tentando, ao mesmo tempo, explicitar o quanto
é falacioso o movimento intelectual, quando baseado em
opiniões sem nenhuma verdade nela implícita. O bloco
de cera e as consequências de seu exame que Sócrates
e Teeteto fazem não são senão a síntese do tortuoso e
falho trajeto de um raciocínio perpetrado pela falsidade
que caracteriza a realidade percebida; esta não passa
de um enxerto na alma cujo exame é invariavelmente
indispensável.
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A EDUCAÇÃO NO TEETETO DE PLATÃO: UM ESTUDO SOBRE...
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A EDUCAÇÃO NO TEETETO DE PLATÃO: UM ESTUDO SOBRE...
CONCLUSÃO
436
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NOTAS
1
Mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE).
Email: [email protected].
2
AZEVEDO, Maria Teresa. N. S. de. Da maiêutica socrática à maiêutica
platônica. Humanitas. Coimbra. 55 (2003) 265-281. Vol. Lv. MMIII.
3
Dificuldade resultante da igualdade de raciocínios contrários, colocando
o espírito na incerteza e no impasse quanto à ação a empreender
(JAPIASSU, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de
Filosofia. 3 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001).
4
Em Platão, a dialética é o processo pelo qual a alma se eleva, por degraus,
das aparências sensíveis às realidades inteligíveis ou ideias. Ele emprega
437
A EDUCAÇÃO NO TEETETO DE PLATÃO: UM ESTUDO SOBRE...
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REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
REFERÊNCIAS
439
A EDUCAÇÃO NO TEETETO DE PLATÃO: UM ESTUDO SOBRE...
440
A FILOSOFIA E O SEU ENSINO
SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
442
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I. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
ACERCA DA QUESTÃO O QUE É A FILOSOFIA?
444
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A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
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A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
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A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
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A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
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A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
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A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
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A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
460
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461
A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
463
A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
464
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CONCLUSÃO
465
A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
NOTAS
1
Graduando do curso de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia
(UFU); bolsista de iniciação à docência no Programa Institucional de
Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto Filosofia. Email:
[email protected].
2
Heidegger (2005, p.30) sublinha que quando nos perguntamos “o que é?”
(neste caso, deve haver o destaque seja por itálico, seja por aspas, por se
tratar de metalinguagem) “[...] não apenas aquilo que está em questão,
a filosofia, é grego em sua origem, mas também a maneira como nos
perguntamos, mesmo a nossa maneira atual de questionar ainda é grega”.
Quando se pergunta o que é (ti estin) aquilo que designamos filosofia
a questão aproxima-se, automaticamente, daquela maneira de questionar
desenvolvida por Sócrates, Platão, Aristóteles (HEIDEGGER, 2005). Por
isso, na perspectiva heideggeriana, a pergunta o que é? possui um caráter
essencialmente filosófico.
3
Retornar-se-á a essa questão no item II tão logo for apresentada a resposta
de Deleuze e Guattari à pergunta “o que é a filosofia?”.
4
Cf. nota 2.
5
Acerca da propositura kantiana de que a filosofia não pode ser aprendida
(porque não pode ser ensinada), Rui Grácio e Sousa Dias (2004, p.5)
explicam que isso ocorre porque “a Filosofia” enquanto tal não existe;
apenas existem as mais diversas doutrinas filosóficas: “Tomada em si
mesma, como um domínio particular de cognição, a filosofia é inensinável.
Porquê? Porque não existe. Ora, o que não existe não pode, como é óbvio,
ser ensinado. Já Kant afirmava — e a situação, como sabemos, não se alterou
com ele ou depois dele — que para ensinar filosofia seria preciso primeiro
que existisse A filosofia como coisa distinta das doutrinas filosóficas. Ora
o que há, o que sempre houve e haverá, é a pluralidade dessas doutrinas
ou, antes, a pluralidade do que elas corporizam: dos problemas, das teses e
dos conceitos, sempre específicos (relativos a uma filosofia) introduzidos
pelos filósofos”.
6
Há, porém, aqueles que não aquiescem com a ideia do “ensinar a
filosofar” aplicada à prática escolar. Rui Grácio e Sousa Dias (2004, p.6),
por exemplo, se opõe diametralmente a essa concepção, pois, na visão
466
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
REFERÊNCIAS
467
A FILOSOFIA E O SEU ENSINO SOB O DIAPASÃO DA CRIATIVIDADE
468
NORMAS EDITORIAIS
Política editorial
A Revista IDEAÇÃO, do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e
Pesquisas em Filosofia, é uma publicação semestral que, com o
apoio da editora da Universidade Estadual de Feira de Santana,
publica textos originais de Filosofia, ou de abordagem ou relevância
filosófica, na forma de artigos, traduções, resenhas ou entrevistas.
Além de seu formato impresso, a Revista também é publicada na
versão on-line, permitindo o seu livre acesso imediato e gratuito.
— Livros
SOBRENOME, Iniciais dos primeiros nomes. Título. Cidade:
Editora, Ano da edição utilizada.
— Artigos em Periódicos
SOBRENOME, Iniciais dos primeiros nomes. Título. In: Título do
Periódico. Cidade, volume, número, período e ano, páginas.
471
EDITORIAL GUIDELINES
Editorial Policy
IDEAÇÃO is a biannual journal from the Núcleo Interdisciplinar
de Estudos e Pesquisas em Filosofia that publishes, with the
support of the Universidade Estadual de Feira de Santana Press,
original works on philosophy, or with philosophical approach
or relevance as articles, translations, reviews or interviews. The
journal is published in its printed version as well as in its online
version, allowing open, immediate and free access to its content.
Information to authors
Papers submissions: The journal welcomes submissions in
Portuguese, French, Spanish and English. Papers must not
exceed 50.000 characters with space (about 18 pages), footnotes
and bibliographical references considered. All papers must be
submitted in Word 97-2003 format. The body of the paper is to be
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spacing and no pagination. Papers should be sent to [email protected]
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the following order: title; author´s name followed by a footnote
with academic / professional ties and e-mail; an abstract no longer
than 200 words; up to 5 keywords; title in Portuguese; an abstract
no longer than 200 words in Portuguese; up to 5 keywords in
Portuguese; text; bibliography.
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publishing year of the used edition.
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SURNAME(S), personal name(s) initials (organizer[s]). Book
Title. City: Publisher, publishing year of the used edition, pages.
Double blind review system: When the editors receive the papers,
they are submitted to the Executive Committee, responsible for
assessing whether or not a text is adequate to the scope of the
journal. After this first evaluation, if the papers are accepted,
474
REVISTA IDEAÇÃO, EDIÇÃO ESPECIAL 2017
475
SUMMARY
PRESENTATION
CINEMA AND EDUCATION: FROM TECHNICAL REPRODUCTIBILITY TO EMANCIPATORY CINE CLUB ACTION
Alessandro Reina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .89
FOUCAULT, DELEUZE AND SCHOOL MACHINE: SCHOOL AS POWER DEVICE AND THE PRODUCTION
OF DOCILE BODIES
Bruno Abílio Galvão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 257
THE “MANDATORY” PHILOSOPHY: PAULO FREIRE, GRAMSCI AND THE LAW 11684/2008
Reinaldo Ramos da Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 285
NORMAS EDITORIAIS
EDITORIAL GUIDELINES
SUMMARY
Ideação Especial Edition . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 477