Tese PDF

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 380

1

MARIA FLÁVIA DE FIGUEIREDO PEREIRA BOLLELA

UMA PROPOSTA DE ENSINO DA PRONÚNCIA DA


LÍNGUA INGLESA COM ÊNFASE NOS PROCESSOS
RÍTMICOS DE REDUÇÃO VOCÁLICA

Tese apresentada à Faculdade de Ciências e Letras


da Universidade Estadual Paulista ―Júlio de
Mesquita Filho‖, Câmpus de Araraquara, para
obtenção do título de Doutora em Letras (Área de
Concentração: Lingüística e Língua Portuguesa).

Orientadora: Profª. Drª. Gladis Massini-Cagliari

ARARAQUARA
2002
2

MARIA FLÁVIA DE FIGUEIREDO PEREIRA BOLLELA

UMA PROPOSTA DE ENSINO DA PRONÚNCIA DA


LÍNGUA INGLESA COM ÊNFASE NOS PROCESSOS
RÍTMICOS DE REDUÇÃO VOCÁLICA
3

MARIA FLÁVIA DE FIGUEIREDO PEREIRA BOLLELA

UMA PROPOSTA DE ENSINO DA PRONÚNCIA DA


LÍNGUA INGLESA COM ÊNFASE NOS PROCESSOS
RÍTMICOS DE REDUÇÃO VOCÁLICA

Tese apresentada à Faculdade de Ciências e Letras


da Universidade Estadual Paulista ―Júlio de
Mesquita Filho‖, Câmpus de Araraquara, para
obtenção do título de Doutora em Letras (Área de
Concentração: Lingüística e Língua Portuguesa).

Orientadora: Profª. Drª. Gladis Massini-Cagliari

ARARAQUARA
2002
4

COMISSÃO JULGADORA

__________________________________________
Orientadora: Profª. Drª. Gladis Massini-Cagliari

__________________________________________
Examinador(a) 1

__________________________________________
Examinador(a) 2

__________________________________________
Examinador(a) 3

__________________________________________
Examinador(a) 4

Araraquara, 28 de fevereiro de 2002.


5

Ao meu pai Prof. Dr. João Alves Pereira Penha,


de quem herdei o amor pelos estudos
lingüísticos e que soube despertar em mim, com
a força de sua alma, o entusiasmo pela vida
acadêmica.

À minha mãe Profa. Dra. Maria Aparecida


Figueiredo Pereira, talentosa pesquisadora, que
me ampliou os horizontes e me trouxe o
interesse por maiores conhecimentos.
6

AGRADECIMENTOS

A Profa. Dra. Gladis Massini-Cagliari, dotada de invejável espírito


investigativo, pelo estímulo permanente e pela atenção e zelo com que me orientou,
dedicando-me tantas horas de seu tempo, sem medir esforços para que esta tese se
realizasse no âmbito do desenvolvimento atual da lingüística;
a Profa. Dra. Maria Cecília Pires Barbosa Lima, exemplo de dedicação à
pesquisa e ao ensino superior, pela constante atenção a mim dispensada e pela sábia
condução dos meus passos na fase inicial deste trabalho;
ao Prof. Dr. Sebastião Expedito Ignácio, modelo de presteza e de conduta
irrepreensível, pelo profundo conhecimento, pela amizade e pelo auxílio na resolução de
todos os problemas acadêmico-administrativos que ocorreram desde o meu ingresso nesta
instituição de ensino;
ao meu marido Vilder, pelo carinho, pela paciência e por ter proporcionado
uma harmonia constante em nossa casa;
a minha amiga Fernanda Mussalim, que sempre esteve presente nas horas
mais difíceis, pela sua ponderação, pelos seus conselhos e por seu constante incentivo;
à minha digitadora Juliana Costa, modelo de comprometimento, que se
mostrou sempre pronta a colaborar e que tudo fez para que este trabalho se concluísse;
aos meus alunos, que confiantemente submeteram suas aptidões e vozes às
análises lingüísticas realizadas nesta pesquisa;
à aluna Maíra Córdula, pelas anotações e transcrições das aulas ministradas
ao grupo de professores;
à minha mãe, Profa. Dra. Maria Aparecida, pelo auxílio na elaboração do
questionário aplicado neste experimento;
às minhas irmãs, pelo estímulo e compreensão, e, em especial, à Paula, pelas
reflexões acerca dos procedimentos metodológicos utilizados neste trabalho;
ao meu cunhado Marcos Prado, pela masterização do material de áudio e pela
finalização do CD que compõe o método;
aos meus colegas de trabalho, pela convivência enriquecedora, em especial ao
Ari, pelo companheirismo e confiança;
à Universidade de Franca, pelo apoio dado a esta pesquisa;
7

ao Frei Lorenzo, pela amizade, pelos sábios conselhos e pela inestimável


orientação espiritual;
a Nossa Senhora, pela presença constante;
a Deus, pelo sustento e fortalecimento durante todo a jornada.
8

Como é grande aquele que encontrou sabedoria


e ciência! Mas, nada é tão grande como aquele
que teme ao Senhor.

Eclesiástico: 25,13.
9

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS.................................................................................................. 12
LISTA DE TABELAS................................................................................................ 13
LISTA DE GRÁFICOS................................................................................................ 14
LISTA DE QUADROS................................................................................................ 15
LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................................... 16
TRANSCRIÇÃO FONÉTICA DO INGLÊS............................................................... 17
RESUMO..................................................................................................................... 19
ABSTRACT................................................................................................................. 20
INTRODUÇÃO............................................................................................................ 21
I- CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOLINGÜÍSTICA PARA O ENSINO DE
PRONÚNCIA DA LÍNGUA INGLESA............................................................ 29
1 Considerações gerais...................................................................................... 29
1.1 Objeto de pesquisa................................................................................ 31
2 A sociolingüística e o ensino de pronúncia.................................................... 31
2.1 A mudança lingüística........................................................................... 33
3 A língua inglesa: passado, presente e futuro.................................................. 35
3.1 O inglês hoje.......................................................................................... 38
3.2 O inglês como língua global.................................................................. 40
3.2.1 Afinal, quem são os donos dessa língua global?....................... 42
3.2.2 Natureza do objeto de pesquisa................................................. 42
4 Existe um modelo de pronúncia da língua inglesa para fins educacionais..... 43
4.1 Língua e identidade............................................................................... 46
4.2 A escolha do modelo............................................................................. 48
4.2.1 O modelo sugerido p\or 48
Jenkis..................................................
4.2.2 O modelo sugerido por Crystal................................................. 48
4.2.3 O modelo sugerido no método.................................................. 49
5 Privilegiando a compreensão auditiva dos alunos.......................................... 52
6 Considerações finais....................................................................................... 54
II - O LUGAR DA PRONÚNCIA NO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA............ 56
III - O FALANTE DO PORTUGUÊS E A PRONÚNCIA DA LÍNGUA
10

INGLESA: ALGUMAS DIFERENÇAS FONÉTICO-FONOLÓGICAS


ENTRE O PORTUGUÊS DO BRASIL E O PORTUGUÊS DE PORTUGAL. 64
1 A redução vocálica no Português do Brasil e no Português de Portugal....... 68
2 A redução vocálica na Língua Inglesa........................................................... 71
IV - O PAPEL DO SCHWA NOS NÍVEIS SEGMENTAL E SUPRA-
SEGMENTAL DA LÍNGUA INGLESA........................................................... 75
1 O schwa como som isolado.......................................................................... 76
2 O schwa e o acento........................................................................................ 79
3 O schwa e o ritmo.......................................................................................... 81
4 O schwa e a entoação..................................................................................... 85
V - CONSIDERAÇÕES SOBRE O PAPEL DA REDUÇÃO VOCÁLICA
NO ENSINO DA PRONÚNCIA DA LÍNGUA INGLESA............................. 87
1 A relevância das palavras gramaticais (function words) na Língua Inglesa
e sua relação com a realização fonética do schwa......................................... 89
2 O lugar do schwa na discriminação auditiva................................................. 99
VI- UMA PROPOSTA DE ENSINO DA PRONÚNCIA DA LÍNGUA
INGLESA COM ÊNFASE NOS PROCESSOS RÍTMICOS DE REDUÇÃO
VOCÁLICA....................................................................................................... 102
1 Teaching and learning English Pronunciation………….…………………. 103
VII- APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ENSINO DE PRONÚNCIA PARA
PROFESSORES DE INGLÊS............................................................................ 223
1 Pesquisa de campo: pré-teste......................................................................... 223
1.1 Alteração do corpus.............................................................................. 226
2 Tentativa de aplicação do método................................................................. 228
3 Aplicação do método..................................................................................... 229
3.1 Escolha de um grupo homogêneo......................................................... 229
3.2 O perfil do grupo de docentes............................................................... 230
3.3 Constituição final do corpus................................................................. 234
4 O uso de um questionário de aproveitamento................................................ 238
4.1 Aplicação do questionário de aproveitamento……………………….. 238
VIII- RESULTADOS DA PESQUISA....................................................................... 243
1 Resultados da aplicação do questionário....................................................... 243
2 Análise das gravações.................................................................................... 255
11

2.1 Materiais e métodos para análise das gravações.................................... 256


2.2 Resultados obtidos................................................................................. 256
2.2.1 Análise dos segmentos.............................................................. 257
2.2.2 Análise do acento...................................................................... 261
2.2.3 Análise da redução vocálica nas function words...................... 265
2.2.4 Análise da entoação.................................................................. 268
2.2.5 Análise das features of connected speech………....…………. 273
2.2.6 Análise do -ed final................................................................... 280
2.2.7 Análise do -s final..................................................................... 282
2.2.8 Análise das silent letters........................................................... 286
2.2.9 Resultado geral das gravações.................................................. 286
2.2.9.1 Análise estatística..................................................................... 287
3 Confronto entre os dados do questionário e o resultado das gravações......... 289
CONCLUSÃO.............................................................................................................. 292
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................... 295
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR........................................................................ 204
Anexos.......................................................................................................................... 307
12

LISTA DE FIGURAS

Figura 1  Os três círculos da Língua Inglesa 38


Figura 2  Um contínuo dialetal 44
Figura 3  Elevação e recuo das vogais átonas do PE 70
Figura 4  Posição das vogais não-reduzidas versus vogais reduzidas do NAE 72
Figura 5  Quadro de vogais (IPA) 75
Figura 6  Stressed versus unstressed syllables 100
13

LISTA DE TABELAS

Tabela 1  Análise do schwa nos três contextos 258


Tabela 2  Análise do acento 262
Tabela 3  Produção do acento vocabular 263
Tabela 4  Análise da redução vocálica nas function words 266
Tabela 5  Análise da entoação 270
Tabela 6  Análise das features of connected speech 275
Tabela 7  Análise do -ed final 281
Tabela 8  Análise do -s final 284
Tabela 9  Resultado da análise do -s final de acordo com o contexto 285
Tabela 10  Quadro-resumo da análise das gravações 286
Tabela 11  Levantamento estatístico 287
Tabela 12  Nível de melhora nas gravações 289
Tabela 13  Melhora versus Questão 1 290
Tabela 14  Nível da segunda gravação versus conhecimento adquirido 290
14

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1  Nível de conhecimento adquirido 245


Gráfico 2  Nível de conhecimento por aspecto 246
Gráfico 3  Contribuição do schwa para o entendimento dos aspectos 247
Gráfico 4  Relação schwa/aspecto no entendimento 247
Gráfico 5  Entendimento dos aspectos independentemente do schwa 248
Gráfico 6  Independência da relação schwa aspecto 249
Gráfico 7  Melhoria no desempenho do professor 250
Gráfico 8  Melhoria no desempenho para cada aspecto 251
Gráfico 9  Curso prévio de pronúncia 252
Gráfico 10  Conhecimento da abordagem utilizada 253
Gráfico 11  Importância do trabalho com a redução vocálica (schwa) 254
Gráfico 12  Questões 5, 6 e 8 254
15

LISTA DE QUADROS

Quadro 1  Dados Pessoais do Grupo de Professores 232


Quadro 2  Tons primários do português 271
Quadro 3  Tons secundários do português 272
Quadro 4  Freqüência dos fonemas do inglês 308
16

LISTA DE ABREVIATURAS

CLT  Communicative Language Teaching


EFL  English as a Foreign Language (Inglês como Língua Estrangeira)
ELT  English Language Teaching
ESL  English as a Second Language
IPA  International Phonetic Alphabet
LE  Língua Estrangeira
LI  Língua Inglesa
NAE  North American English (Inglês Norte-Americano)
PB  Português do Brasil
PE  Português Europeu
RP  Received Pronunciation
WSSE  World Standard Spoken English
17

TRANSCRIÇÃO FONÉTICA DO INGLÊS1

Fonemas Consonantais
SÍMBOLO INICIAL MEDIAL FINAL IPA (QUANDO
FONÉTICO DISTINTO)
[p] pen opera top
[b] boy about rob
[t] ten after sat
[d] day candy mad
[k] cat second neck
[g] go again egg
[f] food before knife
[v] voice never believe
[s] see lesson bus
[z] zoo easy choose
[m] me amount come
[n] no animal soon
[l] like alive well
[r] red very door []
2
[w] walk away
2
[y] yes canyon [j]
2
[h] house behind
[] thin anything bath

[] the father bathe

[] she machine fish


3
[] pleasure sabotage

[t] child teacher speech

[d] job agent page


3
[] think king

1
O quadro acima é uma adaptação de Orion (1997, p. 7-8). Este mesmo tipo de notação é utilizado em
Bowen (1975) e Prator & Robinett (1985).
2
Este fonema não ocorre em posição final.
3
Este fonema não ocorre em posição inicial.
18

Fonemas Vocálicos
SÍMBOLO INICIAL MEDIAL FINAL IPA (QUANDO
FONÉTICO DISTINTO)
[iy] each receive key [i]
[] if sit sunny4

[ey] able take pay [e]


2
[] egg bread
2
[] apple cat

[uw] ooze ruler do [u]


3 2
[] book

[ow] own boat no [o]

[] all ball law

[y] oil noise boy []

[] army not Ma

[ay] ice bite tie [a]

[aw] out house now [a]

[] up cut soda []5 and []6

[r] earn girl sister [ɝ]7 and []8

4
Em posição final, as formas [iy] e [] são ouvidas no inglês americano padrão.
5
No IPA, o símbolo [] é usado em sílabas tônicas.
6
No IPA, o símbolo [] é usado em sílabas átonas.
7
No IPA, o símbolo [ɝ] é usado em sílabas tônicas seguidas de r.
8
No IPA, o símbolo [] é usado em sílabas átonas seguidas de r.
19

BOLLELA, Maria Flávia de Figueiredo Pereira. Uma proposta de ensino da pronúncia


da língua inglesa com ênfase nos processos rítmicos de redução vocálica. Araraquara,
2002. 308 p. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de
Araraquara, Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖.

RESUMO

O tema do presente trabalho é decorrência de uma longa trajetória de estudos acerca da


pronúncia da Língua Inglesa (LI) e das possibilidades de seu ensino para falantes do
Português do Brasil (PB). No decurso de incessantes tentativas de facilitar o processo
ensino-aprendizagem dos aspectos fonético-fonológicos da LI para falantes do PB,
deparamos com a relevância do papel exercido pela redução vocálica motivada
ritmicamente na configuração do sistema sonoro da LI. Este trabalho surgiu, então, como
uma tentativa de descrever: a) o lugar ocupado pela redução vocálica (schwa) na
pronúncia da LI; b) o papel desempenhado por essa característica no processo ensino-
aprendizagem da pronúncia do inglês e c) os efeitos dessa aprendizagem (isto é, da
conscientização dessa redução) na produção oral e na discriminação auditiva dos alunos.
Para isso, efetuou-se uma descrição dos processos rítmicos de redução vocálica em
inglês, seguida de um relato de suas implicações no ensino da pronúncia da LI para
falantes do PB. A escolha desse público — falantes nativos do PB — foi determinada
pelo desejo de que nosso trabalho venha contribuir para a melhoria do ensino da LI no
contexto nacional. O trabalho contempla a proposição de uma abordagem pedagógica
para o ensino de pronúncia da LI, a aplicação dessa abordagem a um grupo de
professores e, finalmente, uma análise quantitativa e qualitativa dos resultados
apresentados por esse grupo em gravações e questionários. Os resultados da pesquisa,
abonados por testes estatísticos, demonstraram que a abordagem de ensino proposta nesta
tese pode se constituir em um instrumento eficaz à disposição do professor.

Palavras-chave: Língua inglesa; ensino de pronúncia; processos rítmicos; redução


vocálica; schwa.
20

BOLLELA, Maria Flávia de Figueiredo Pereira. Uma proposta de ensino da pronúncia


da língua inglesa com ênfase nos processos rítmicos de redução vocálica. Araraquara,
2002. 308 p. Tese (Doutorado em Letras) – Faculdade de Ciências e Letras, Câmpus de
Araraquara, Universidade Estadual Paulista ―Júlio de Mesquita Filho‖.

ABSTRACT

The theme of this paper is a result of a long path of studies concerning pronunciation of
the English language and the possibilities of its teaching to speakers of Brazilian
Portuguese (BP). Through extensive research and attempts to facilitate the teaching-
learning process of the phonetic-phonological aspects of the English language for
speakers of BP, we discovered the relevance of the rhythmically motivated vowel
reduction in the configuration of the English sound system. This study attempted to
describe: a) the place of vowel reduction (schwa) in the English pronunciation; b) the
role reduction awareness plays in the process of teaching and learning English
pronunciation and c) the effects of that learning (i. e., the awareness of reduction) on
students' oral production and listening ability. For that, a description of the rhythm
processes of vowel reduction, followed by a report of their implications on the teaching
of English pronunciation to speakers of BP, was made. We chose native speakers of BP
in the hope that our research contributes to the improvement of English teaching in the
national context. This dissertation also contains a textbook, outlining a pedagogic
approach for the teaching of English pronunciation, the application of that approach to a
group of teachers and, finally, a quantitative and qualitative analysis of the results
presented by that group in recordings and questionnaires. The results of the research
were statistically tested and demonstrated that the teaching approach proposed here can
be considered an effective instrument available to the teacher.

Key-words: English language; pronunciation teaching; rhythm processes; vowel


reduction; schwa.
21

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como tema Uma proposta de ensino da pronúncia da


língua inglesa com ênfase nos processos rítmicos de redução vocálica.
Chegamos a esse tema através de uma longa trajetória de estudos acerca da
pronúncia da Língua Inglesa (LI) e das possibilidades de seu ensino para falantes do
Português do Brasil (PB). No decurso de incessantes tentativas de facilitar o processo
ensino-aprendizagem dos aspectos fonético-fonológicos da LI para falantes do PB,
deparamos com a relevância do papel exercido pela redução vocálica motivada
ritmicamente na configuração do sistema sonoro desse idioma. Os sons vocálicos do
inglês, em posição átona, tendem a se reduzir, sendo realizados foneticamente, na maioria
dos casos, como uma vogal central não arredondada, não marcada no nível fonológico, a
que se costuma chamar de schwa9. O schwa pode ser classificado como uma vogal
neutra que ocorre em sílabas átonas e que pode ser representada ortograficamente por

9
Na obra de Trask (1996, p. 317), A dictionary of phonetics and phonology, encontra-se uma definição
para o schwa fundamentada na fonética articulatória: ―schwa /w:/ n. (also shwa) 1. The unrounded mid
central vowel [], the neutral vowel produced with the tongue and lips in their rest positions. Schwa is the
most frequent vowel in English, occurring for example in the first syllable of about and in the second
syllable of carrot. 2. The symbol [], used in the IPA to represent this vowel‖. É importante lembrar que,
de acordo com a fonética acústica (cf. Fry, 1979, p. 111-114), o schwa também é a vogal mais neutra, isto
é, a vogal que possui os formantes mais harmonicamente distribuídos, ou seja, os espaços entre eles
apresentam um intervalo regular.
22

todas as vogais, como por exemplo nas palavras: banana, excellent, terrible, opinion,
autumn. Por esse motivo, é o som vocálico mais recorrente na LI. 10
O presente trabalho surge, então, como uma tentativa de descrever: a) o lugar
ocupado pela redução vocálica (schwa) na pronúncia da LI; b) o papel desempenhado por
essa característica no processo ensino-aprendizagem da pronúncia do inglês e c) os
efeitos dessa aprendizagem (isto é, da conscientização dessa redução) na produção oral e
na discriminação auditiva dos alunos.
Portanto, far-se-á uma descrição dos processos rítmicos de redução vocálica
em inglês, seguida de um relato de suas implicações no ensino da pronúncia da LI para
falantes do PB. A escolha desse público — falantes nativos do PB — foi determinada
pelo desejo de que nosso trabalho venha contribuir para a melhoria do ensino da LI no
contexto nacional.

Justificativa

Ao se aprender uma língua estrangeira (LE), adentra-se um novo domínio


sintático, semântico, lexical, fonológico. O ensino de LE, tradicionalmente, envolve
quatro aspectos: a audição, a fala, a leitura e a escrita. Pode-se verificar que as
habilidades pertencentes à comunicação oral (fala e audição) têm ganhado, a cada dia,
lugar de destaque no mundo globalizado. Nesse contexto, as pessoas, de modo geral,
passaram a se preocupar mais e mais com a qualidade da sua produção oral e
discriminação auditiva na LE. Em decorrência desse fato, um número crescente de
escolas de idiomas vem oferecendo cursos voltados prioritariamente para a conversação.
Começamos a notar que, no Brasil, professores de LI recebem,
constantemente, alunos que se queixam da qualidade de sua pronúncia e de sua
compreensão oral nesse idioma. Pudemos comprovar, através de cursos de formação de
professores ministrados durante sete anos consecutivos, que estes se sentem igualmente
inseguros no que se refere à pronúncia do idioma que ministram.
Visando amenizar tal insegurança, temos buscado maneiras de proporcionar
uma formação mais consistente no que tange aos aspectos da pronúncia e da fonologia da
LI. Para isso, surgiu a necessidade de se fazer uma desmistificação das dificuldades

10
Cf., no Anexo A, o quadro referente à freqüência dos fonemas do inglês.
23

encontradas pelos alunos no sistema fonético-fonológico da LI. Passamos, então, a


ministrar cursos de pronúncia a partir de materiais didáticos disponíveis no mercado11 e
de materiais por nós elaborados, com vistas à facilitação do aprendizado. Nessa busca de
desmistificação, deparamos com um aspecto fundamental da pronúncia da LI — os
processos de redução vocálica nas posições átonas. Pudemos, então, perceber que o
ensino sistematizado desses processos facilitou, sobremaneira, o aprendizado, por parte
dos alunos, de diversos aspectos da pronúncia da LI. Essa constatação ocorreu após uma
tentativa de se ressaltar, desde o primeiro dia de aula em um curso de pronúncia da LI
para alunos da 4a. série de graduação em Letras, a função da redução do vocalismo nas
posições átonas no sistema fonológico do inglês. Percebemos que o desempenho desses
alunos superou qualitativamente o desempenho apresentado pelos alunos dos anos
anteriores, quando aplicávamos apenas os métodos tradicionais de ensino de pronúncia,
nos quais a redução vocálica aparecia apenas como um dos aspectos do sistema fonético-
fonológico da LI.
A partir do momento em que começamos a privilegiar a realização fonética
do schwa como alvo de redução vocálica e as relações que estabelece com os outros
aspectos da pronúncia da LI, pudemos perceber que a idéia de redução vocálica levou os
alunos a conceber a pronúncia do inglês como um todo coerente, isto é, eles puderam
entender melhor as correlações existentes entre o acento, o ritmo, a entoação e a
realização fonética dos fonemas da LI.12
Essa experiência nos mostrou que o aluno não precisa dominar cada aspecto
da pronúncia a sua vez (segmentos13, acento, ritmo, entoação); ele pode, a partir da
exploração de um único conhecimento (o de schwa como efeito da redução vocálica na
fonética inglesa), chegar a um aprendizado global, isto é, não fragmentado, da pronúncia
da LI.
Passamos, então, a acreditar que o aluno, ao aprender a lidar com a função do
schwa no sistema fonológico do inglês, consegue transferir esse conhecimento a todos os
âmbitos da pronúncia desse idioma, seja para o nível segmental (segmentos), seja supra-

11
Como exemplos de materiais utilizados por nós, podemos citar: Pronouncing American English
(Orion, 1997) e Pronunciation Pairs (Baker & Goldstein, 1990).
12
Esse método de ensino foi, posteriormente, aplicada a alguns grupos de alunos e os dados provenientes
dessa pesquisa serão apresentados em capítulos subseqüentes desta tese.
13
De acordo com Trask (1996, p. 318), o termo segmento pode ser definido como: ―a single speech
sound; anyone of the minimal units of which an utterance may be regarded as a linear sequence, at either
the phonetic or phonological level, such as [a], [s], [k] or [m]‖.
24

segmental (acento, ritmo e entoação). Através dessa experiência, levantamos as hipóteses


de que o aluno, a partir desse tipo de abordagem, estará apto a:

a) perceber e produzir o segmento mais recorrente da LI;


b) reduzir as vogais nas sílabas átonas, reconhecendo e reproduzindo o padrão
acentual da LI;
c) perceber o ritmo da LI a partir da noção de sílabas átonas e de formas fracas
(weak forms);
d) entender a mudança de contorno típica da entoação inglesa, a partir da idéia
de grave/agudo, ascendente/descendente (rising/falling), etc.14

A partir da abordagem descrita acima, o aluno não conceberá a pronúncia da


LI de forma fragmentada, ou seja, ele passará a perceber a inter-relação entre os
segmentos, o acento, o ritmo e a entoação. A consciência lingüística advinda da prática
da redução vocálica lhe fornecerá subsídio para lidar com a pronúncia do inglês em toda
a sua abrangência. O aluno, ao tomar consciência do papel desempenhado pelo schwa,
praticar a sua correta pronúncia e fazer uma reflexão consciente de sua função no sistema
fonológico da LI, tornar-se-á capaz de contemplar a pronúncia desse idioma como um
todo coerente.
Ainda como parte da justificativa para o tema proposto, gostaríamos de
salientar que na literatura acerca dos aspectos fonético-fonológicos da LI, geralmente,
encontramos referência ao schwa como o fonema mais recorrente na LI (Mortimer, 1985;
Roach, 1991; Celce-Murcia et al., 1996; Orion, 1997). Porém, após um amplo
levantamento bibliográfico, pudemos concluir que essa mesma literatura, em momento
algum, eleva o schwa ao patamar de característica central da pronúncia da LI, isto é, o
considera como elemento que mantém substancial relação com os segmentos e os supra-
segmentos do sistema sonoro da LI.
Com base no que foi apresentado, buscaremos demonstrar que uma
abordagem de ensino da pronúncia da LI, tendo como aspecto central a função
desempenhada pela redução vocálica, poderá se constituir em um forte instrumento à
disposição do professor. Além disso, é importante lembrar que uma abordagem que

14
A validade dessas hipóteses será discutida no capítulo que compreenderá a análise dos dados coletados a
partir da aplicação do método proposto nesta tese.
25

enfatiza tanto o ensino dos segmentos como dos supra-segmentos encontra-se na


vanguarda das tendências do ensino de pronúncia.15

Objetivo

Apresentada a justificativa para a escolha do tema, pode-se dizer que, em


linhas gerais, o objetivo deste trabalho é apresentar uma descrição da relevância dos
processos rítmicos de redução vocálica no sistema sonoro da LI e demonstrar que a
consciência de sua existência é um fator decisivo no processo ensino-aprendizagem da
pronúncia desse idioma.
Visando atingir o objetivo proposto, discorreremos acerca dos seguintes
aspectos:
1 O papel da redução vocálica no sistema fonético-fonológico da LI;
2 A relevância do schwa, como resultado dos drásticos processos de redução nas
posições átonas, no ensino da pronúncia da LI para falantes do PB;
3 Os procedimentos pedagógicos que possibilitam um ensino de pronúncia da LI a
partir da exploração dos processos rítmicos de redução;
4 Os ganhos qualitativos em relação à produção oral e à discriminação auditiva dos
alunos após a tomada de consciência acerca do papel da redução vocálica na
pronúncia da LI.

Instrumental Teórico

Com o intuito de se atingir o objetivo apresentado, lançaremos mão de teorias


lingüísticas e conceitos provenientes, em sua maioria, da Fonética e da Fonologia.
Para descrição do schwa e suas relações com o acento, o ritmo e a entoação,
far-se-á, primeiramente, uma análise do quadro fonêmico do sistema sonoro do português
e do inglês, seguida de uma discussão sobre o papel do schwa no nível supra-segmental.

15
Essa afirmação será justificada no Capítulo II deste trabalho.
26

Para caracterização do padrão acentual do inglês, contaremos, dentre outras, com as


descrições feitas por Odlin (1989), Cook (1991) e Celce-Murcia et al. (1996). Acerca da
definição dos padrões rítmicos das línguas, seguiremos as diretrizes do questionamento
levantado por Massini-Cagliari (1992). No que se refere à entoação, serão mencionados
os estudos de Halliday (1963, 1970), Abercrombie (1967) e Cook (1991). Já, no que
tange ao papel exercido pela redução vocálica na percepção auditiva, contaremos com as
descrições de Rost (1990) acerca das maneiras pelas quais o ouvinte decodifica
enunciados, e com as relações estabelecidas por Klein (1996) entre o sistema sonoro e a
percepção da língua falada.
Paralelamente às teorias fonético-fonológicas, far-se-á uso das contribuições
advindas da análise contrastiva, a fim de se efetuar uma descrição dos sistemas sonoros
do português e do inglês em uma abordagem sincrônica. Nessa linha de comparação,
discutiremos o lugar ocupado pelo schwa nos diferentes dialetos da LI e nas modalidades
do PB e do português europeu (PE). A partir dessa discussão, faremos uma análise das
influências — transferências positivas e negativas (ou interferências) — exercidas pela
língua materna, no nosso caso o PB, no aprendizado da LI.
Para abordar os conceitos de norma e diversidade lingüística serão utilizadas
as visões da sociolingüística variacionista.16 Também será efetuada uma pesquisa de
campo, com auxílio de gravações e questionários, para análise da produção oral de
diferentes aspectos da pronúncia da LI por parte de falantes do PB. Os dados obtidos
nessa pesquisa serão tabulados e averiguados por meio de testes estatísticos.
Inicialmente, considerou-se, ainda, a possibilidade de se discorrer sobre
distintos aspectos da aquisição da linguagem, relacionando-os aos resultados obtidos
nesta tese. Porém, como todo trabalho científico exige um recorte, optou-se pelo viés dos
estudos fonético-fonológicos como norteadores desta investigação.
Para finalizar, considerando-se o fato de que este trabalho visa trazer
contribuições para o ensino da LI como LE, quando necessário, os diferentes métodos e
abordagens do ensino de línguas serão mencionados.

16
O conceito de ―erro de pronúncia‖ será discutido no Capítulo I desta tese.
27

Passos do Trabalho

Passaremos, agora, à descrição dos capítulos que integrarão o trabalho em


sua forma final.
O primeiro capítulo visa elucidar as contribuições da sociolingüística para o
ensino de pronúncia de línguas estrangeiras (particularmente da LI).
O capítulo II versará sobre o lugar da pronúncia no ensino da LI e suas
implicações, dada a sua natureza embasadora no nosso trabalho. Dentro da vasta gama
que abrange o ensino da LI, faremos uma análise das tendências atuais no que tange ao
ensino da pronúncia desse idioma.
No capítulo III serão abordadas algumas diferenças relevantes entre o PB e o
PE e suas implicações para o aprendizado da pronúncia da LI. Em seguida, será feita
uma descrição da estrutura fonológica do inglês e do português, sobretudo no que se
refere à redução vocálica.
No capítulo IV será feita uma descrição dos processos de redução vocálica,
que geram, nas posições átonas, vogais neutras (schwa) no nível fonético. A partir daí,
faremos uma descrição minuciosa do schwa, discorrendo sobre as relações estabelecidas
no nível segmental (como som isolado) e no nível supra-segmental (com o acento, o
ritmo e a entoação).
Após essa descrição, no capítulo V, faremos algumas considerações acerca da
redução vocálica no ensino da pronúncia da LI, ressaltando o lugar que ocupa na
estruturação fonológica das function words (palavras gramaticais). Esse capítulo será
finalizado com uma descrição do papel desempenhado pela redução vocálica na
discriminação auditiva dos aprendizes de LI.
Em seguida, no capítulo VI, será proposta uma abordagem pedagógica para o
ensino de pronúncia da LI, tomando como pressuposto a relevância dos processos
rítmicos de redução.
Será apresentada, no capítulo VII, a pesquisa de campo, em que se fez a
aplicação da proposta de ensino e a mensuração dos resultados.
Finalmente, no capítulo VIII, todos os resultados provenientes da pesquisa,
em forma de questionário e gravação, serão analisados e comparados, para avaliação da
eficácia do método.
28

Na conclusão do trabalho, faremos uma comparação das nossas hipóteses


iniciais com os resultados obtidos na pesquisa, retomando os tópicos mais relevantes do
trabalho em virtude dos objetivos por nós traçados.
29

CAPÍTULO I – CONTRIBUIÇÕES DA SOCIOLINGÜÍSTICA PARA


O ENSINO DA PRONÚNCIA DA LÍNGUA INGLESA

1 Considerações Gerais

Nas páginas que se seguem, buscaremos tornar compreensíveis os pilares que


sustentam a relação entre a sociolingüística e o tema proposto nesta tese de doutorado.
Como descrito na Introdução deste trabalho, nossa pesquisa tem por objetivo
propor um método de ensino de pronúncia da língua inglesa para falantes do português
do Brasil.
Nos cursos de LI, em geral, muitas vezes o ensino de pronúncia é relegado a
um segundo plano. Esta pesquisa buscará demonstrar a centralidade desse tema no
processo ensino-aprendizagem em língua estrangeira.
Pennington (1996, p. 6) compartilha esta visão e, através da citação abaixo,
justifica a importância do ensino dos aspectos fonológicos de um idioma.

As the basis of all higher linguistic units and as the bearer of many
different kinds of symbolic meaning, phonology is an important
aspect of fluency and therefore of discourse competence, i.e. the
ability to construct extended stretches of speech appropriate to
different contexts. To ignore phonology means to ignore an aspect
of language which is central to the production, the perception and
the interpretation of many different kinds of linguistic and social
meaning.
30

O aprendizado de qualquer LE abarca aspectos sintáticos, semânticos,


lexicais, fonológicos, discursivos, pragmáticos entre outros. Tradicionalmente, o ensino
de LE divide-se em quatro habilidades: leitura, escrita, produção e compreensão orais.
No mundo globalizado, pôde-se constatar que as habilidades pertencentes à comunicação
oral (produção e compreensão) têm ganhado, a cada dia, lugar de destaque. Em
decorrência desse fato, ao se estudar uma LE, as pessoas têm se preocupado mais e mais
com a qualidade de sua produção oral e discriminação auditiva.
Dellar (2000, p. 30-32), em artigo intitulado General English is Spoken
English, afirma que se usa o inglês na esmagadora parte do tempo na sua forma falada:
lê-se muito pouco, escreve-se menos ainda, fala-se e ouve-se bastante. Tomando esses
dados como verídicos, é preciso admitir que o ensino de inglês deva refletir essa
realidade, dando ênfase maior nas habilidades ligadas à fala e à compreensão auditiva.
Frente a essa necessidade, surgem as seguintes indagações: Por que os professores, de
modo geral, não estão equipados para lidar com a língua falada? Por que se enfatiza tanto
o ensino de uma ortografia perfeita se não se exige nenhum aprofundamento das relações
que esta ortografia estabelece com a fonologia do inglês? Por que os professores, em
geral, desconhecem os processos fonológicos do inglês ou os dominam apenas
intuitivamente?
Uma possível resposta para as questões supra-citadas seria o fato de que no
contexto brasileiro o processo ensino-aprendizagem da LI ocorre, na maior parte das
vezes, através da escrita e não por meio de imersão.
O ensino de pronúncia desperta inúmeros questionamentos, como os
apresentados por Dellar (2000), e também nos leva a indagar: Devemos privilegiar um
padrão para o ensino da LI, falada ou escrita? Se a resposta for sim, que padrão escolher?
Se a resposta for não, em que podemos nos basear?
No intuito de responder a questão acima, fomos buscar na sociolingüística
subsídios que pudessem fundamentar a abordagem a ser adotada no método de ensino de
pronúncia da LI.
Uma vez descrito o tema da tese de doutorado em questão, é necessário
pontuar que o método proposto abarcará, obviamente, uma teoria fonético-fonológica que
o justifique, e que o presente capítulo tem por objetivo fornecer uma perspectiva
sociolingüística que dê suporte às escolhas presentes nesse método.
31

1.1 Objeto de pesquisa

Toda descrição precisa e completa de uma situação


lingüística em um dado momento comporta assim a
consideração de uma certa dose de evolução; e esse é um
fato inevitável, porque uma língua que é falada, por isso
mesmo, não está mais em estado de estabilidade
completa.
(Meillet, 1921, p. 45)

Sabe-se que a constituição de qualquer método implica escolhas na


caracterização de seu objeto de ensino. Por essa razão, esta pesquisa tem sido permeada,
desde o início, por preocupações de cunho sociolingüístico, mais precisamente em
relação a questões de identidade e variação lingüística.
Essa tarefa — a tentativa cuidadosa de caracterizar nosso objeto isentando-o
de possíveis preconceitos lingüísticos — apresenta uma série de desafios, haja vista nossa
inevitável inserção em uma sociedade marcadamente preconceituosa nos âmbitos racial,
sexual, cultural, sócio-econômico, lingüístico. E sabemos que ―apagar uma idéia tão
arraigada no imaginário coletivo, destruir um mito muito antigo é uma tarefa árdua,
complicada, que exige um esforço longo e duradouro‖ (Bagno, 1999, p. 161). Não
obstante, levamos nossa pesquisa adiante, propulsionados por ideais tais como sugere
Labov (1969): ―o serviço mais útil que os lingüistas podem prestar hoje é varrer a ilusão
da deficiência verbal e oferecer uma noção mais adequada das relações entre dialetos-
padrão e não-padrão‖.
Uma vez que nosso trabalho consiste na tentativa de abordar o ensino da
pronúncia da LI à luz das contribuições advindas da sociolingüística, faz-se necessário
um esclarecimento do que vem a ser sociolingüística e a que se propõe.

2 A Sociolingüística e o Ensino de Pronúncia

...a língua como sistema estável de formas


normativamente idênticas é apenas uma abstração
científica que só pode servir a certos fins teóricos e
práticos particulares. Essa abstração não dá conta de
maneira adequada da realidade concreta da língua.
(Bakhtin, 1979, p. 127)
32

No Dicionário de Lingüística, Dubois et al. (1973, p. 561) declaram: ―A


sociolingüística tem como tarefa revelar, na medida do possível, a covariação entre
fenômenos lingüísticos e sociais e, eventualmente, estabelecer uma relação de causa e
efeito‖.
O objeto de estudo da sociolingüística é a diversidade. Logo, um de seus
objetivos principais é demonstrar que a variação não ocorre de forma aleatória, mas está
sim correlacionada a diferenças sociais sistemáticas. Bright (1974a, p. 17) corrobora a
definição de Dubois ao afirmar que ―a tarefa da sociolingüística é, portanto, demonstrar a
covariação sistemática das variações lingüística e social, e, talvez, até mesmo demonstrar
uma relação casual em uma ou outra direção‖.
Diante de casos de variação, é necessário que se efetue uma análise para
identificar a natureza da distinção: ―se trata de distinção sistemática ou apenas ocasional,
individual, idioletal, regional, social ou até mesmo pragmático-discursiva‖ (Callou et al.,
1991, p. 17).
Sabe-se que ―a variação lingüística freqüentemente reflete a relação entre o
status do falante e o status do ouvinte‖ (Bright 1974b, p. 42), e as variedades lingüísticas
podem ser: geográficas, de gênero, sócio-econômicas, etárias, de nível de instrução,
urbanas, rurais, etc. Nesse contexto múltiplo, há de se assentir que ―não existe nenhuma
língua que seja uma só‖ (Bagno, 1999, p. 18).
O fato de a sociolingüística não tratar a língua como algo homogêneo ou
uniforme faz com que as teorias advindas dessa abordagem nos dêem subsídio para tratar
nosso objeto de pesquisa: o ensino da pronúncia da LI como língua estrangeira, global e
internacional. E, por ser este objeto tão suscetível à diversidade e à variação, sua análise
mais ampla requer, indubitavelmente, o arcabouço teórico da investigação
sociolingüística.
É sabido que na fase inicial da teoria da variação predominaram, entre os
níveis de análise lingüística, trabalhos de natureza fonética. A análise fonético-
fonológica veio mostrar que neste nível a variação é incontestável.
Mesmo estando o nosso objeto de análise restrito à pronúncia da LI, sabemos
que, para estudá-lo à luz da abordagem variacionista, cabe-nos efetuar ―uma investigação
aprofundada na busca dos condicionamentos de um determinado fenômeno, busca esta
que muitas vezes não estabelece fronteiras entre os diversos níveis de análise (fonético,
prosódico, morfológico, sintático e discursivo)‖ (Callou et al., 1991, p. 20). Como faz
notar Pennington (1996, p. 2-3): ―since sounds are the basis of all higher linguistic units,
33

phonological differences can signal differences at several levels of language, e.g.


differences in:

 lexical meaning17;
 grammatical meaning18;
 utterance meaning19‖.

As correlações existentes entre os diferentes níveis lingüísticos são


intrínsecas a qualquer língua; porém, é preciso ressaltar que o método proposto visa
abranger o ensino da pronúncia da LI, tendo como foco as características do nível
fonético-fonológico da língua a ser ensinada. Os demais níveis só serão abordados
quando estabelecerem uma relação direta com o nível fonético-fonológico, isto é, quando
apontarem alterações na pronúncia do idioma em questão.
É fundamental que nosso objeto esteja claramente delimitado para que o
possamos inserir no ensino da LI como um todo. E, antes de passarmos à análise da LI e
de sua história, é indispensável se ter em mente o conceito de mudança lingüística.

2.1 A mudança lingüística

...change is the process of replacement, not the outcome


of that process. When we study the process directly we
are immediately confronted with the heterogeneous
character of linguistic systems. Change implies variation;
change is variation.
(Labov, 1982, p. 20)

17
The difference between pin and pen and that between pen and pan are lexical differences signaled by the
difference in pronunciation of the central sound of the words, i.e. the vowel sounds. Analogously, the
contrast in meaning of the lexical items tin and sin and of sin and shin is in each case signaled by the
difference in one sound — in these cases, the initial consonant sounds.
18
As an example of a grammatical difference signaled by phonology, consider the difference between the
verb use and the noun use. This is signaled by a difference in the last sound of the word. The same contrast
of final sounds differentiates advise and advice. To take a different sort of example, the difference between
the noun and verb forms of object is signaled by the amount of energy expended to produce the first part of
the word, the prefix ob-, as compared to the stem part, -ject. In the noun form of object, the prefix is more
forcefully pronounced than the stem; in the verb form, the stem is more forcefully pronounced than the
prefix. The same contrast in pronunciation of noun-verb pairs recurs in a large group of words in English.
19
Differences in sentence-level or utterance-level meaning can also be signaled by phonology. For
example, the difference between a statement and a question can often be indicated by a falling voice at the
end of an utterance, whereas a rise indicates questioning.
34

De acordo com Crystal (1997), o progresso na sociolingüística tem nos


permitido conhecer melhor as circunstâncias sociais e culturais que regem a mudança
lingüística.
Silva Neto (1979, p. 15) nos recorda que ―...a todo instante surgem
inovações, cujo destino vai depender da estrutura social, ou seja, no caso, da força com
que a língua, como instituição, se impõe aos indivíduos‖. Nesse sentido, o autor afirma
ainda que para que a mudança ocorra, de fato, não basta que exista a criação, é
necessário também que estas inovações passem por um processo de coletivização.
―Dessarte a mudança depende da sucessão e da combinação da iniciativa individual com
a aceitação coletiva‖ (Silva Neto, 1979, p. 15). Labov (1982, p. 46) corrobora as idéias
de Silva Neto, as quais também eram compartilhadas por Meillet, ao afirmar que: ―When
an individual makes a mistake or invents a new word, the language has not changed. It
is only when others agree to accept a new token as part of the arbitrary system for
transferring information, either by using the new token or understanding it, that the
language has changed‖.
Percebe-se, dessa maneira, que o conceito de mudança se constrói a partir da
existência de uma memória. Como bem define Meneses (1987, p. 185):

Sem memória, não há presente humano, nem tampouco futuro. Em


outras palavras: a memória gira em torno de um dado básico do
fenômeno humano, a mudança. Se não houver memória, mudança
será sempre fator de alienação e desagregação, pois inexistiria uma
plataforma de referência, e cada ato seria uma reação mecânica,
uma resposta nova e solitária a cada momento, um mergulho do
passado esvaziado para o vazio do futuro. É a memória que
funciona como instrumento biológico-cultural de identidade,
conservação, desenvolvimento, que torna legível o fluxo dos
acontecimentos.

E é nesse fluxo de acontecimentos que as línguas mudam e variam. Como


pontua Possenti (1996, p. 38): ―não há língua que permaneça uniforme. Todas as línguas
mudam. Esta é uma das poucas verdades indiscutíveis em relação às línguas, sobre a
qual não pode haver nenhuma dúvida‖.
Diante da veracidade da afirmação acima, passemos, então, à análise da
evolução histórica da LI, atentando para os processos de variação e mudança por ela
sofridos no espaço e no tempo.
35

3 A Língua Inglesa: Passado, Presente e Futuro

Mas a linguagem não é apenas uma coisa que cresça no


espaço, por assim dizer, — uma série de reflexos nos
cérebros individuais de uma mesma e única pintura
situada fora do tempo.
A linguagem move-se pelo tempo em [sic] fora num curso
que lhe é próprio.
Tem uma deriva.
(Sapir, 1954, p. 157)

Neste momento, gostaríamos de refletir um pouco sobre os processos


lingüísticos inerentes à linguagem humana pelos quais as línguas se transformam através
do tempo. Para isso, discorreremos acerca da deriva lingüística — valendo-nos das
lições deixadas por Sapir (1954) — e traçaremos um breve percurso histórico da LI,
passando pelo seu estado atual e ousando algumas considerações acerca de seu futuro.
De acordo com Störig (1990, p. 164), no desenvolvimento da LI distinguem-
se tradicionalmente três fases principais: o inglês antigo, o inglês médio e o inglês
moderno. O inglês antigo vai das invasões anglo-saxônicas (metade do século V) à
conquista normanda (metade do século XI) ; o inglês médio, desta data até 1500; o inglês
moderno, de 1500 até os dias de hoje.
Segundo Barber (1993), Crystal (1995) e Walter (1997), um breve percurso
da história da LI nos permite recordar que, no século V a.C., a Bretanha foi ocupada
pelas tribos Germânicas: Os Anglos, os Saxões e os Jutos. Devido a essa fusão, no
século VII a.C. o inglês já existia como uma língua distinta, tendo no seu léxico muitas
palavras de origem germânica. Muitas reviravoltas históricas foram necessárias para que
se desenvolvesse uma língua nova em solo estrangeiro, solo até então ocupado por povos
de língua céltica. Já no ano 597 d.C. (século VI), o cristianismo, que não tinha
conseguido sobreviver às invasões Saxônicas, retorna à Bretanha, trazendo não só o
Latim como também novas idéias de Roma. Do século IX ao XI os Vikings atacaram e
governaram a Bretanha. Com eles veio o Old Norsc, sua língua, que também influenciou
o inglês. A conquista Normanda em 1066 trouxe consigo o Francês que também gerou
empréstimos ao inglês. Nesse período o francês era falado pela elite, e apenas no século
XIV o inglês passou a ser falado normalmente por todos. No século XVI o
Renascimento trouxe novas palavras latinas. A partir desse século, a LI não só recebeu
empréstimos (novas palavras que vieram do espanhol devido à conquista da América)
como também se espalhou mundo afora, produzindo outras variedades. No século XVIII,
36

com a expansão do British Empire, outras variedades surgiram das colônias: Índia,
Austrália, etc.
O quadro abaixo, sugerido por Störig (1990, p. 163), nos fornece um
panorama das etapas mais importantes do desenvolvimento da LI.

Séculos V e VI Conquista e colonização dos anglos, saxões e jutos


Século VII Cristianização, com influência do latim
Século IX Invasões e colonização dos vikings
Século XI Início do domínio normando
Século XIV O inglês se torna língua dos tribunais
Século XV Começo da impressão na Inglaterra
Século XVI e XVII Florescimento do Renascimento, a Bíblia do Rei James
Século XVIII Dicionário de Samuel Johnson
Séculos XVII-XIX Migrantes levam o inglês para a América, Índia, Austrália, Nova
Zelândia, África do Sul

Pensando nos caminhos percorridos pela LI no mundo, fomos tomados de


curiosidade e surgiu, assim, o desejo de se traçar um paralelo entre o que faziam os
seguidores do movimento comparatista na primeira metade do século XIX na busca de
definir as famílias lingüísticas e os rumos que a LI tomará no mundo como língua
internacional.
Tal comparação é quase que um trabalho às avessas: enquanto os primeiros
buscavam reconstituir suas origens lingüísticas, nós, hoje, indagamos sobre o futuro da
LI como ponto de convergência entre as línguas do mundo.
Sendo assim, essa comparação constitui um jogo espetacular. A diferença é
que o passado, apesar de obscuro, deixou-nos provas consistentes para a investigação das
famílias lingüísticas, e o futuro não nos é possível prever. Cabe-nos somente efetuar
algumas especulações e elaborar hipóteses.
Nesse jogo espetacular, o próprio material de consulta constitui-se
metaforicamente frente aos nossos olhos. Isto é, para entendermos o que se pensava no
passado, recorremos a um livro de Sapir traduzido por Câmara Jr. cujas páginas, além de
amareladas pelo tempo, tiveram que ser separadas por um abridor de livros, devido ao
formato em que vinham os exemplares há até aproximadamente vinte anos atrás; e o
37

material de pesquisa para averiguar o futuro da LI foi adquirido pela Internet, sendo
livros novos, com páginas bem brancas, e artigos impressos em folhas avulsas.
Buscando falar sobre a passagem entre o passado histórico da LI e o seu
futuro que se encontra em crescente evolução, tornam-se muito interessantes as idéias de
Sapir (1954) acerca da deriva da língua, em seu capítulo intitulado ―A língua como
produto histórico: a deriva‖. Nesse capítulo Sapir, numa perspectiva sociolingüística
―avant la lettre‖, tenta discorrer acerca do como e do porquê as línguas sofrem mudanças
ao longo do tempo.
Sabe-se que a LI recebeu, ao longo de sua história, incontestáveis
empréstimos, tanto que é possível afirmar que 70% do seu vocabulário são de origem
latina. Sapir (1954, p. 170-171) comenta essa receptividade inglesa para as palavras
estrangeiras e levanta duas hipóteses plausíveis:

1 essa receptividade provém da exigência de criar o maior número possível de


áreas vocabulares independentes, ou, ao contrário;
2 essa receptividade provém da circunstância de que a imposição maquinal de
uma grande massa de empréstimos franceses e latinos obliterou o sentimento
lingüístico a favor das possibilidades dos recursos nativos.

Para Sapir (1954, p. 171), as duas hipóteses são procedentes e, ao mesmo


tempo, interdependentes. Porém, em sua opinião, os empréstimos vocabulares em inglês
não foram um processo tão maquinal e externo como parecem. Ele acredita ter havido
―...qualquer coisa na deriva da língua inglesa, no período imediatamente seguinte à
Conquista Normanda, que favoreceu as palavras importadas. Elas eram uma espécie de
compensação pelos recursos que se obliteravam no interior da língua‖ (Sapir, 1954, p.
171).20
Cientes de que a mudança e a variação são inerentes a todas as línguas,
analisemos o que tem ocorrido com a LI no mundo atual.

20
É relevante observar que Sapir, seguindo a tradição dos oitocentistas, chegava a superestimar os
empréstimos como desencadeadores de mudanças. Porém, após os estudos efetuados por Chomsky e
Labov na segunda metade do século XX, essas idéias passam a ser discutíveis.
38

3.1 O inglês hoje

It was not until the 17th century that the English language
began the geographical and demographic expansion
which was to lead to the situation in which it finds itself
today, with more non-native speakers than any other
language in the world, and more native speakers than
any other language except Chinese.
(Trudgill & Hannah, 1994, p. 4)

De acordo com o lingüista americano Kachru (apud Crystal, 1997, p. 53), a


população falante de LI no mundo atual pode ser dividida em três categorias, como ilustra
a Figura abaixo:

Expanding Circle

Outer circle

Inner circle
e.g.USA, UK
320-380 million

e.g. India, Singapore


150-300 million

e.g. China, Russia 100-1,000 milion

ex. Índia, Singapore


150-300 milhões
FIGURA 1 – Os três círculos da Língua Inglesa.
FONTE – Kachru apud Crystal, 1997, p. 54.
39

Kachru sugere que pensemos na expansão do inglês no mundo como três


círculos concêntricos que representam as diferentes maneiras pelas quais a LI foi
adquirida e está sendo usada atualmente.

— O círculo interno (inner circle) refere-se ao inglês falado como primeira


língua em países como: EUA, Reino Unido, Irlanda, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.
— O círculo medial (outer ou extended circle) refere-se ao inglês falado
como segunda língua em países tais como: Índia, Singapura, Malawi, entre inúmeros
outros.
— O círculo externo (expanding circle) refere-se à LI ensinada como LE em
países que reconhecem o inglês como língua internacional. Neste círculo incluem-se o
Brasil, a China, o Japão, a Grécia, a Polônia e um número crescente de países.

Obviamente estes três círculos fornecem um esboço, em linhas gerais, da


situação da LI no mundo, uma vez que algumas nações não se encaixam exatamente em
nenhuma das três categorias. Porém, esta representação mostra-se útil para um melhor
entendimento da expansão da LI neste início do século XXI.
A partir dessa representação, pode-se entender melhor o status adquirido pela
LI como língua internacional ou global.21 Uma língua que não se encontra circunscrita a
países isolados, tendo ultrapassado barreiras políticas e passado a pertencer ao mundo.
E, obviamente, uma conseqüência inevitável dessa situação é que a LI fica sujeita aos
mais distintos níveis de variação lingüística; fato que tem ocorrido desde os primórdios
da expansão colonial inglesa e que agora atinge proporções imprevisíveis, dada a
complexidade da utilização da LI no mundo. Essa vasta gama de variedades de LI passou
a ser denominada New Englishes (novos ingleses) e tem merecido inúmeros estudos.22
Acerca dessas variedades, Crystal (1997, p. 133) afirma: ―these new Englishes are
somewhat like the dialects we all recognize within our own country, except that they are
on an international scale, applying to whole countries or regions‖.

21
De acordo com Störig (1990, p. 163), outras línguas já foram denominadas ―universais‖, tais como: o
latim no ápice do poder romano, o grego na era dos diádocos e o francês como língua das cortes européias,
da nobreza, da diplomacia do século XVII ao XIX, porém apenas o inglês alcançou ressonância e difusão
autenticamente universais.
22
Dentre eles, ressalta-se o trabalho de Trudgill & Hannah (1994), International English: a guide to the
varieties of standard English.
40

Para um melhor entendimento das relações estabelecidas pela LI no mundo


atual e sobre o seu status de língua global, recorreremos ao percurso histórico da LI e às
análises feitas por Crystal (1997) em sua obra English as a global language. Como o
autor mesmo lembra, ―there has never been a language so widely spread or spoken by
many people as English‖ (Crystal, 1997, p. 139). Dada a sua expansão, o inglês tem
recebido alcunhas que comprovam esse status mundial, tal como vemos nos títulos das
seguintes obras: English as a World Language (Bailey & Görlach, 1982),
International English (Trudgill & Hannah, 1994), Phonology in English language
teaching: an international approach (Pennington, 1996), English as a Global
Language (Crystal, 1997), para citar apenas algumas dentre a vasta literatura em torno
deste tema.

3.2 O Inglês como língua global

It has all happened so quickly. In 1950, any notion of


English as a true world language was but a dim,
shadowy, theoretical possibility, surrounded by the
political uncertainties of the Cold War, and lacking any
clear definition or sense of direction. Fifty years on, and
World English exists as a political and cultural reality.
How could such a dramatic linguistic shift have taken
place, in less than a lifetime? And why has English, and
not some other language, achieved such a status?
(Crystal, 1997, preface)

O livro de Crystal (1997), English as a global language, procura dar


respostas a três questões: O que dá a uma língua o caráter de mundial? Por que a LI é
candidata a este posto? A LI vai prevalecer nesta posição?
Já no primeiro capítulo do livro, o autor introduz a discussão acerca da
afirmação: ‗o inglês é uma língua global‘. Nessa discussão surgem idéias como: para que
uma língua atinja genuinamente o status de global, ela precisa ter um papel reconhecido
em todos os países que a tenham ou não como língua global.
Crystal (1997) realiza um percurso histórico da LI e atribui o seu status no
mundo atual a dois fatores: à expansão colonial britânica que teve seu apogeu no final do
século XIX e ao surgimento dos EUA como potência econômica de liderança no século
XX.
41

Segundo os dados de Crystal, atualmente o inglês é tido como língua oficial


em mais de 70 países e é a língua mais ensinada como LE em mais de 100 países. O
autor (p. 24-25) lembra ainda que o motivo de o inglês ter se tornado uma língua global
tem razões geo-históricas e sócio-culturais. As primeiras evidenciam o avanço da LI no
mundo, sendo representada atualmente em todos os continentes; e as razões sócio-
culturais nos mostram que pessoas do mundo inteiro, pertencentes a classes sociais
distintas, dependem da LI em sua vida cotidiana, uma vez que esta atingiu os domínios
internacionais da vida política, dos negócios, da comunicação, do entretenimento, da
mídia, da tecnologia, dos programas de computador, da educação, etc. Dessa forma, a LI
desempenha, hoje, o papel de língua franca a serviço das relações humanas e das
necessidades globais.
Em suma, os caminhos através dos quais a LI passou a ser utilizada no
mundo moderno são os seguintes:

1 As relações internacionais
2 A mídia: — a imprensa
— a publicidade e a propaganda
— a previsão do tempo (broadcasting)
— o cinema
— a música
3 As viagens internacionais
4 O sistema de segurança na comunicação dos transportes internacionais
marítimos ou aéreos
5 A educação, através das áreas do conhecimento científico e tecnológico
6 A Comunicação internacional: — correspondências
— telefonemas
— redes eletrônicas

E, nesse sentido, havemos de convir que ―there is the closest of links between
language dominance and cultural power‖ (Crystal, 1997, p. 5). Como também confirma
Bagno (2000, p. 72), ―falar da língua é falar de política, e em nenhum momento esta
reflexão política pode estar ausente de nossas posturas teóricas e de nossas atitudes
práticas de cidadão, de professor e de cientista‖.
42

Neste contexto, surge um novo elemento cuja análise mostra-se necessária: a


questão da ―posse‖23.

3.2.1 Afinal, quem são os donos dessa língua global?

A essa altura, fica-se tentado a colocar a questão sobre


os direitos da língua étnica de um indivíduo: posso
pretender ser um(a) filho(a) verdadeiro(a) de uma nação,
se não falo a Língua? E ao contrário: se eu falo a
língua, posso, então pretender não fazer parte do grupo
étnico cuja língua eu falo? Quem é o dono da minha
língua, quem pode defini-la, e me definir, através dela?
(Mey, 1998, p. 73)

Como vimos anteriormente, a LI passou a ser utilizada em contextos


múltiplos por usuários incontáveis, que poderíamos até mesmo designar anônimos.
Passamos, então, a nos perguntar: — a quem pertence a LI no mundo atual?
O conceito tradicional de posse sobre uma língua tem sofrido alterações. A
LI, tal como se encontra hoje, não é mais propriedade de seus falantes nativos, nem
tampouco dos que a falam como segunda língua. O inglês, na conjuntura atual, passou a
pertencer ao mundo, e isso torna ainda mais complicada a escolha de um modelo para o
seu ensino, mesmo que seja apenas com propósitos educacionais. Passemos, agora a um
detalhamento do nosso objeto de pesquisa.

3.2.2 Natureza do objeto de pesquisa

Como dito anteriormente, nossa pesquisa consiste na criação de um método


que atenda às necessidades de aprendizado da pronúncia da LI por falantes do PB.
Conhecido esse objeto, constata-se a sua natureza bilateral no que concerne
ao ensino. Isto é, quando submetido ao ensino de pronúncia de um idioma, o aluno deve
se tornar apto a produzir oralmente esse idioma, assim como ser capaz de discriminá-lo
auditivamente. Dessa forma, a tarefa do professor engloba duas facetas distintas que, por
sua vez, exigirão maneiras específicas de tratamento. Essa distinção carecerá de uma

23
Aqui usada como ownership, nos termos de Widdowson. Cf. Jenkins (2000, p. 4). Esta questão foi
também abordada por Clemente (1998, p. 8-9) e Martins (1998, p. 11), sob o rótulo de ―pertença‖.
43

justificativa sociolingüística que auxiliará na escolha de um modelo que atinja os


objetivos propostos pelo método.
Nosso objeto encontra-se, pois, dividido em duas facetas, que na prática
constituirão:

1 o modelo de pronúncia para a produção oral dos alunos e


2 a capacidade de entendimento que estes alunos apresentarão frente a falantes diversos.

Na parte do trabalho que se segue, será enfatizada a faceta número um, a da


produção oral. Para isso, questionar-se-á a necessidade da escolha de um padrão para o
ensino de pronúncia.

4 Existe um Modelo de Pronúncia da Língua Inglesa para Fins Educacionais?24

When describing a national standard language such as


American, British or Australian English, it is important to
recognize the existence of both the generalized variety
and other more specific or localized varieties. A correct
description will refer to the most generalized form while
identifying the patterns of variation from this norm in
different varieties.
(Pennington, 1996, p. 16)

Ao se pensar na existência de um modelo de pronúncia da LI para fins


educacionais, faz-se imprescindível uma discussão acerca de qual é, em termos
lingüísticos, a verdadeira noção de ―erro‖.
De acordo com Possenti (1996, p. 78), ―a noção mais corrente de erro é a que
decorre da gramática normativa: é erro tudo aquilo que foge à variedade que foi eleita
como exemplo de boa linguagem‖. O autor nos recorda que há mudanças de padrão ao
longo do tempo, pontuando que ―não só há variação entre formas lingüísticas padrões e
populares ou regionais, mas há variação também no interior do padrão‖. Porém, como o
nosso objeto consiste no ensino da pronúncia da LI, a noção de erro que nos interessa é a
que está presente na gramática descritiva. Nessa perspectiva, ―só seria erro a ocorrência

24
O livro de Jenkins (2000), The phonology of English as an international language, traz idéias bastante
originais acerca deste tema, porém nosso objetivo é priorizar o ensino de pronúncia da LI na realidade
brasileira, para falantes do PB.
44

de formas ou construções que não fazem parte, de maneira sistemática, de nenhuma das
variantes de uma língua‖ (Possenti, 1996, p. 79).
Gostaríamos de acrescentar a essa discussão uma interessante citação de
Bagno (1999, p. 29):

Em hipótese alguma eu reivindicaria a substituição da variedade


padrão pela não-padrão como objeto de ensino na escola. A
existência de uma variedade padrão é desejável e necessária para
que exista um meio de expressão comum a todas as pessoas cultas
de um país. O que eu reivindico, sim, é que ela não seja ensinada
como a única variedade existente, mas como outra variedade, mais
uma que a pessoa poderá usar, enriquecendo assim sua bagagem
lingüística.

A noção de variedade lingüística referente à LI abarca as variedades: padrão,


pidgin e crioulo. Algumas das variedades de pidgin e crioulo que se encontram mais
distantes do inglês padrão chegam a não ser mutuamente inteligíveis. Este fato corrobora
a necessidade da escolha de um padrão para o ensino de inglês como LE.
Podemos fazer um paralelo da atual conjutura da LI no mundo com uma
situação hipotética sugerida por Downes (1984) e adaptada por Tarallo & Alkmin (1987).

FIGURA 2 – Um contínuo dialetal.


FONTE – Tarallo & Alkmin, 1987, p. 22.
45

A Figura acima se refere a uma região hipotética dividida em dez dialetos


geográficos distribuídos, e cada um dos círculos  de d1 a d10  é a representação de
um dialeto distinto. Sem, necessariamente, pensarmos em termos geográficos, quanto
mais distantes na distribuição, mais diferentes os dialetos. Sendo assim, os dialetos 1 e 6
seriam lingüisticamente os mais distintos um do outro. Nas palavras dos autores: ―d10,
de acordo com a Figura 2, é uma ramificação dialetal de d8, que, por sua vez, carrega
traços de d3, via d7. Assim, também d10 distingue-se, em princípio, radicalmente tanto
de d1 quanto de d6, os dois pólos dialetais no contínuo‖ (Tarallo & Alkmin, 1987, p. 23).
É nesse sentido que acreditamos ser necessário o ensino de uma modalidade padrão que
funcionasse quase que como uma língua franca entre os diferentes dialetos da LI.
Como vimos anteriormente, o inglês encontra-se inundado de variedades, as
quais podem ser designadas dialetos25, lembrando que estes vêm se constituindo ao longo
da história tanto pelos países pertencentes ao círculo central, como ao medial e ao
externo (cada vez mais em expansão). Estes dialetos registram identidades nacionais e
em muitos dos casos — sobretudo nos países do círculo externo — estão amplamente
marcados pela transferência fonético-fonológica da língua materna de seus falantes. Este
aspecto é relevante para nossa análise, uma vez que nosso objetivo é a criação de um
método adequado ao ensino da pronúncia da LI para falantes do português do Brasil.
Portanto, durante a pesquisa, deverão ser levadas em consideração a identidade brasileira
dos falantes e as possíveis transferências fonético-fonológicas do PB para a LI — as
quais serão analisadas com detalhe em capítulo à parte.
Além disso, ao abordarmos o ensino de línguas, sendo estas estrangeiras ou
maternas, estamos lidando de forma direta com a identidade de seus falantes. Façamos,
pois, um parêntese para reflexão acerca do problema da identidade lingüística.

25
Tradicionalmente o termo dialeto é usado para retratar ―uma forma de língua que tem o seu próprio
sistema léxico, sintático e fonético, e que é usado num ambiente mais restrito que a própria língua‖ (Dubois
et al., 1973, p. 184). Segundo Jota (1976, p. 104), a noção de dialeto abarca as dimensões geográfica e
social. Um dialeto geográfico ou horizontal é uma variedade regional de uma língua, enquanto que um
dialeto social ou vertical é uma variedade que se evidencia de acordo com o nível social da comunidade.
Garcia de Diego, em Problemas etimológicos, afirma que, ―a rigor, um dialeto ou uma língua é uma
estratificação de dialetos verticais, uma superposição de dialetos sociais‖ (Garcia de Diego apud Jota,
1976, p. 104).
46

4.1 Língua e identidade

O conceito de ―identidade‖ implica semelhança a si


próprio, formulada como condição de vida psíquica e
social. Nessa linha, está muito mais próximo dos
processos de ―re-conhecimento‖ do que de
conhecimento. A busca de uma identidade se alia mal a
conteúdos novos, pois o novo constitui uma ameaça,
sempre. Ao contrário, ela se alimenta do ritmo, que é
repetição; portanto, segurança. Trata-se, em suma, de
atitude conservadora, que privilegia o reforço em
detrimento da mudança.
(Meneses, 1987, p. 182-183)

De acordo com Mey (1998), um dos principais fatores para o estabelecimento


da identidade étnica, ou seja, de uma raça, é a língua. Sua afirmação é ilustrada com a
história bíblica dos gileaditas de King James nos seguintes termos:

E os gileaditas ocuparam as passagens do Jordão, antes dos


efraimitas: e assim é que quando aqueles efraimitas, que tinham
ocupado, diziam: Deixa-me passar: os homens de Gileade lhe
perguntavam: és tu um efraimita? Se respondia: Não; então lhe
retrucavam: Dize, pois, Shibboleth; e ele dizia Sibboleth: porque
não conseguia dizer a pronúncia certa. Então eles o pegavam e
matavam nas passagens do Jordão: e morreram, naquela ocasião,
dos efraimitas, quarenta e dois mil. (Mey, 1998, p. 71)

Mey (1998) conclui, então, que, para os gileaditas, a língua era considerada
um fator decisivo na determinação da identidade étnica de um indivíduo. E, neste caso,
podemos ver que não era a língua como um todo que era valorizada, mas sim um mero
detalhe de sua pronúncia.
Reforçando a influência dos aspectos fonético-fonológicos na constituição do
preconceito lingüístico, Bagno (1999, p. 29) afirma:

A diferença na forma como uma palavra é pronunciada é o que logo


nos chama a atenção e nos avisa de que uma pessoa fala uma
variedade diferente da nossa. Além disso, essas diferenças fonéticas
são as mais estigmatizadas. (...) São elas as que recebem a maior
carga de preconceito e rejeição por parte do ouvinte-falante.

Crystal (1997, p. 133-134) atribui à identidade o surgimento de novos


dialetos. A citação abaixo evidencia sua crença:
47

Dialects emerge because they give identity to the groups which own
them. If you wish to tell everyone which part of a country you are
from, you can wave a flag, wear a label on your coat, or (the most
convenient solution, because it is always with you) speak with
distinctive accent or dialect.

A presença da marca de identidade no uso da língua é um fator inevitável e a


investigação sociolingüística tem trazido um número significativo de estudos que
analisam estas marcas.26 Porém, ao se considerar a LI com propósitos de comunicação
global, há que se pensar em um equilíbrio do conflito entre identidade e inteligibilidade.
Pois, como nos lembra Mey (1998, p. 77), ―uma língua verdadeiramente ‗individual‘,
estritamente egocêntrica, não seria entendida por ninguém‖. A LI (assim como qualquer
língua) pode ser utilizada de acordo com convenções locais estabelecidas por um grupo
definido de falantes; porém, para propósitos internacionais, há que se seguir os
parâmetros aceitos e usados por uma gama bem maior da população.
Ao se tratar o ensino da pronúncia da LI sob uma abordagem variacionista,
podemos até mesmo proporcionar aos nossos alunos a oportunidade de falar uma
variedade de inglês altamente marcada pela identidade brasileira (tanto no que concerne à
pronúncia, à sintaxe e, até mesmo, ao léxico). Contudo, para fins internacionais, eles
terão que se valer de uma variedade que lhes permita ser compreendidos nas relações
com falantes não-brasileiros. É claro que esta segunda variedade ainda será marcada pela
identidade do falante, porém não lhe impedirá de se fazer entender. Como mostra
Pennington (1996, p. 4), o aluno tem que fazer o jogo da acomodação e da não-
acomodação à variedade eleita por ele.

When people adjust their pronunciation style towards that of


another speaker or social group, i.e. when their pronunciation
converges on that of the other speaker or group, they are said to be
accommodating themselves to a greater or lesser degree to those
speakers and their style of pronunciation. In the opposite case, that
of non-accommodation, a person diverges from the pronunciation
of the other speaker or group (Giles and Powesland 1975). On the
whole, people adopt the pronunciation of a certain social group less
through conscious choice and more through unconscious imitation
based on such feelings as empathy or admiration.

Uma vez ponderada a relação entre língua e identidade, voltemo-nos,


novamente, para a escolha de um modelo para o ensino de pronúncia.

26
É importante ressaltar, aqui, um trabalho que inaugurou a sociolingüística dita laboviana, que é o estudo
de Labov (1963) em Martha‘s Vineyard.
48

4.2 A escolha do modelo

Neste momento buscaremos responder a questões da seguinte natureza: Qual


pronúncia ensinar? Qual dialeto (sotaque) privilegiar? O americano, considerando a
língua inglesa como hegemônica graças às conquistas capitalistas? O britânico, pelo seu
caráter conservador e pelo seu status de língua-mãe? Uma mistura deles? Ou um outro
qualquer? Subsistirá a esse contexto um ―core English‖27 que ainda venha a apresentar
algum tipo de unidade?
Antes de apresentar o padrão por nós eleito para fins educacionais,
gostaríamos de recordar dois modelos da LI, com vistas à comunicação internacional,
sugeridos por autores de renome na atualidade: Jennifer Jenkins e David Crystal.

4.2.1 O modelo sugerido por Jenkins

O livro de Jenkins (2000) sugere uma abordagem do ensino de pronúncia da


LI que prioriza a inteligibilidade mútua entre falantes não-nativos. Nesse sentido, a
pronúncia de falantes nativos deixa de ser o foco das atenções. A autora propõe ―the
Lingua Franca Core‖, que vem a ser um programa de pronúncia baseado em pesquisas
que privilegiam os contextos sociolingüísticos em que a pronúncia da LI ocorre.
O modelo apresentado é, pois, uma abstração das diferentes variedades da LI
que se fazem inteligíveis. Sendo assim, sua aplicação nos parece um tanto abstrata e
distante de nossa realidade, qual seja: um método que privilegie, primeiramente, o
aprendizado de pronúncia da LI por parte dos falantes do PB. Lembrando que, no Brasil, o
ensino de LE se dá numa situação de não-imersão e muitas vezes via escrita.

4.2.2 O modelo sugerido por Crystal

Como padrão internacional, Crystal (1997) propõe a utilização de uma forma


de inglês por ele denominada ―World Standard Spoken English‖ (WSSE).

27
Uma longa discussão a respeito desse tema é feita em Jenkins (2000).
49

O autor afirma que, no contexto atual, a busca pela definição de um padrão


internacional é crescente, porém este está longe de ser estabelecido, se é que um dia o será,
uma vez que a velocidade da mudança lingüística depende de fatores alheios às vontades e
determinações humanas.
Crystal (1997) acredita que a variedade de inglês que mais influenciará o
desenvolvimento do WSSE será, provavelmente, a americana, muito mais do que a
britânica. Muitos artigos a respeito da variedade britânica contemporânea têm mostrado
que a influência do inglês americano é crescente sobre esta variedade, devido sobretudo à
influência da mídia. Por outro lado, o inglês como língua global tem recebido, também,
influência das variedades onde é falado como segunda língua.
O autor julga que o desenvolvimento do WSSE seja inevitável, uma vez que:

The concept of WSSE does not replace a national dialect: it


supplements it. People who can use both are in a much more
powerful position than people who can use only one. They have a
dialect in which they can continue to express their national identity;
and they have a dialect which can guarantee international
intelligibility, when they need it. (Crystal, 1997, p. 138)

O padrão sugerido pelo autor nos parece válido, porém, até certo ponto
desnecessário. É inevitável que falantes que compartilham o mesmo background,
lingüístico ou cultural, produzam uma fala marcada por elementos comuns a essa
comunidade. E, entre falantes de backgrounds distintos, surgirá a necessidade de um
modelo isento de marcas intracomunitárias. Assim sendo, para fins educacionais,
acreditamos que seja necessário enfatizar-se apenas o modelo ―neutro‖, pois o modelo
marcado pela identidade do falante surgirá naturalmente.

4.2.3 O modelo sugerido no método

I myself have always felt that theory can only be justified


if it fits the facts, and that some facts — the ones that
affect people's life chances — are more important than
others.
(Labov, 1997)
50

O conceito de comunidade de fala28 nos servirá de guia na escolha de um


possível modelo para o ensino de pronúncia da LI. Um modelo que, por sua vez, não
viole o conjunto de normas estabelecido e reconhecido por essa comunidade.
Visando satisfazer as necessidades do aluno quanto à sua produção oral, o
professor poderá fornecer-lhe um modelo, ou mesmo um padrão, que se encontre
largamente difundido no mundo como um todo, isto é, que abranja uma vasta
comunidade de fala. Para que este padrão seja adequado ao ensino de LI, é necessário
que seja amplamente difundido (e, por isso, altamente inteligível), constituindo assim um
modelo no qual os alunos possam se espelhar para a sua produção. Ao se utilizar as
palavras amplamente difundido para a caracterização do modelo, deve-se pensar numa
pronúncia que tenha atingido, de alguma forma, o maior número de falantes no mundo,
seja pela televisão, seja pelo cinema, seja pelas relações comerciais ou diplomáticas, etc.
A alternativa que nos parece mais oportuna, para o momento histórico da LI
no mundo e para o estágio de desenvolvimento metodológico do ensino de línguas, é a de
se optar por um modelo de língua falada que tenha prestígio ou que tenha status de
padrão, no que concerne ao ensino da produção oral dos alunos.
Esse tipo de abordagem mostra-se adequado para o ensino, por proporcionar
ao aluno a possibilidade de aprendizado de uma norma que goze de certo prestígio e da
qual se espera que se constitua numa variedade com alto nível de inteligibilidade em
termos mundiais.
Ao se optar por um modelo para o ensino da produção, é necessário se ter em
mente que, na atual globalização, fica clara a difusão da pronúncia americana nos mais
variados meios de comunicação e também nas relações comerciais. Como explica Bagno
(1999, p. 25), a variedade de prestígio atinge este posto ―por motivos que não são de
ordem lingüística, mas histórica, econômica, social e cultural‖.
Sobre esse mesmo assunto, lembremos as palavras de Pennington (1996, p.
17):

28
Segundo Labov (1974, p. 63), uma comunidade de fala pode ser definida como ―um grupo de pessoas
que compartilham um conjunto de normas comuns com respeito à linguagem, e não como um grupo de
pessoas que falam do mesmo modo‖.
51

No one variety of English is seen as inherently superior to any


other. Nevertheless, it must be noted that the variety of a language
which is spoken by those who are most educated and/or who hold
social and political power is often viewed as the most prestigious
variety and the one which non-native speakers would most like to
acquire. The definition of standard language in terms of this kind of
prestige is an important guidepost for many non-native speakers
who want to know the most generalized prestige form of the
language in the community where they live and work (or plan to live
and work in the future), i.e. the one that will have the greatest social
advantage for them. As in all teaching, it is important in planning
instruction to consider the student's expressed needs and desires.

Crystal (1997, p. 117) nos fornece um dado interessante que também pode vir
a justificar a escolha de um padrão para o ensino de inglês como LE:

Given that the USA has come to be the dominant element in so


many domains (…), the future status of English must be bound up
to some extent with the future of that country. So much of the
power which has fuelled the growth of the English language
during the twentieth century has stemmed from America. We have
already noted that the country contains nearly four times as many
mother-tongue speakers of English as any other nation. It has been
more involved with international developments in twentieth-
century technology than any other nation. It is in control of the
new industrial (that is, electronic) revolution. And it exercises a
greater influence on the way English is developing worldwide than
does any other regional variety — often, of course, to the
discomfiture of people in the UK, Australia, New Zealand, Canada
and South Africa, who regularly express worries in their national
presses about the onslaught of ‗Americanisms‘.

O autor acrescenta ainda: ―The USA has nearly 70 per cent of all English
mother-tongue speakers in the world (excluding creole varieties). Such dominance, with
its political and economic underpinnings, currently gives the Americans a controlling
interest in the way the language is likely to develop‖ (Crystal, 1997, p. 53).
Dentro desta estimativa percentual, sabe-se ainda que a variedade britânica da
LI, o RP29, é falada por menos de 3% de sua população.
Diante dos dados e fatos acima mencionados e visando à constituição do
método proposto, optaremos por enfatizar a pronúncia do inglês norte-americano como

29
De acordo com Wells (1982, p. 117), RP é a forma abreviada da expressão Received Pronunciation, que
se refere à variedade do inglês da BBC ou inglês britânico padrão. Sobre esta variedade, Romaine (1994,
p. 19) afirma: ―RP is the speech variety used by those educated at public (i.e. private) schools and is not
tied to any particular locality. It is sometimes also referred to as BBC English, Oxford English, and the
King's English, and is the accent taught to foreigners who are learning British rather than American
English‖.
52

modelo para a produção oral dos alunos. Contudo, essa ênfase se dará sem exclusividade,
comparando, sempre que possível e necessário, essa variedade com as outras, sobretudo
com a britânica — que tradicionalmente ocupou lugar de prestígio na história da LI. Essa
escolha insere-se em um recorte metodológico e é conseqüência das exigências impostas
pela realidade de sala de aula, onde se vê com clareza a necessidade de delimitação de um
padrão que sirva de modelo no processo ensino-aprendizagem da pronúncia da LI. Nesse
sentido, podemos afirmar que temos em mente o fato de que ―... a homogeneidade da
língua não é uma ‗qualidade real do fenômeno examinado‘, mas ‗uma conseqüência do
método empregado‘‖ (Mathesius apud Weinreich, Labov & Herzog, 1968, p. 167).
A escolha de uma variedade padrão para o ensino de pronúncia da LI, em
termos da produção oral dos alunos, parece estar justificada. Passemos, agora, à análise
da segunda faceta inserida neste contexto: a capacidade de entendimento que esses
alunos deverão apresentar frente a falantes diversos.

5 Privilegiando a Compreensão Auditiva dos Alunos

O sistema escolar pode, entretanto, fornecer informações


sobre a capacidade dos alunos em perceber as diferenças
entre as variantes standard e as não-standard.
A capacidade do aluno em ouvir a diferença entre duas
formas consistentemente está intimamente relacionada
com seu significado social.
(Labov, 1974, p. 81-82)

Possenti (1996, p. 89), refletindo sobre o ensino da norma culta (sobretudo


escrita), afirma: ―a escola deveria acreditar que a saída é ler muito, aumentar o repertório
do aluno, suas possibilidades de contato com mundos lingüísticos que ele ainda não
conhece através dos livros‖. Por analogia podemos concluir que, para o ensino da
pronúncia de uma LE, o caminho seria expor o aluno ao maior número possível de
material auditivo (obviamente, que possua as qualidades eleitas como modelo de ensino)
e deixar que as atividades voltadas para a discriminação auditiva desempenhem um papel
integrador e, ao mesmo tempo, catalisador de seu desempenho de compreensão.
Para suplantar os desafios apresentados pela segunda faceta, a da
discriminação (compreensão) auditiva, ao aluno terá que ser apresentada uma abordagem
53

discursiva da fonologia da língua inglesa30, isto é, uma abordagem de cunho altamente


variacionista. Somente assim, este aluno estará apto a entender os mais variados
sotaques apresentados pelos milhões de falantes de LI presentes no mundo atual, sejam
eles falantes nativos ou não desse idioma.
Refletindo sobre essas questões e à luz da sociolingüística, a alternativa mais
adequada para o incremento da discriminação auditiva dos alunos seria a de se optar por
uma abordagem da fonologia do inglês que exponha o aluno à vasta gama de variantes
lingüísticas presentes neste idioma. Essas variantes incluiriam as variedades onde o
inglês é falado como primeira língua (tal como as variedades canadense, norte-
americana, britânica, australiana, irlandesa, escocesa, etc.), como segunda língua
(indiana, africana, etc.) e como língua estrangeira (a variedade de inglês falada por
brasileiros, japoneses, espanhóis, franceses, alemães, portugueses, etc.).
Esse tipo de abordagem mostra-se conveniente ao ensino, já que permite ao
aluno a possibilidade de lidar, no que se refere à compreensão auditiva, com as mais
distintas e polimórficas variedades da LI.
Somente sob essa óptica, o aluno estará apto à compreensão quando se
deparar com as incontáveis variedades da LI presentes no mundo atual. Tudo isso
dependerá dos contatos estabelecidos pelos aprendizes. Suponhamos que um aluno
mantenha relações comerciais com empresas japonesas. Aos poucos, ele poderá se
especializar naquela variedade de pronúncia, a qual, naturalmente, trará marcas de
transferência dos padrões lingüísticos da língua japonesa.
No mundo em que vivemos, somente um método que preveja as diversas
possibilidades de utilização da LI poderá atingir as necessidades presentes ou futuras dos
alunos em geral.
Se em nossa língua materna somos multidialetais, isto é, somos capazes de
utilizar mais de um dialeto, e se ao menos as propostas para o ensino de língua materna
no Brasil já começam a privilegiar, mesmo que de forma incipiente, a variação
lingüística, por que não estendermos esta habilidade também para o ensino de língua
estrangeira?
Justificando uma abordagem variacionista para o aprimoramento da
compreensão auditiva do aluno, Pennington (1996, p. 18) sugere:

30
Esta visão foi discutida em minicurso intitulado A discoursive Approach to English Phonology,
ministrado por John Milton e Deusa Maria de Souza, por ocasião do XV ENPULI (Encontro Nacional de
Professores Universitários de Língua Inglesa), ocorrido na USP, São Paulo, em julho de 1998.
54

... it is advocated that learners be provided with multiple models of


English phonology and that they be actively involved in deciding
what they will learn and in developing their own learning process. A
major part of the language teacher's job then becomes one of
providing the students with a broad range of experiences within the
language and a diversity and quantity of input in the way of speech
samples on which to base their own phonology, under the principle
31
of ‗collection not correction‘ .

Após as razões apresentadas ao longo dessa seção, espera-se que esteja


justificada a utilização de uma abordagem variacionista para privilegiar o ensino da
discriminação auditiva dos alunos, visando, assim, ampliar a sua gama de entendimento
das diferentes variedades da LI.

6 Considerações Finais

Espera-se que os argumentos expostos no presente capítulo tenham alcançado


o objetivo de demonstrar a contribuição da sociolingüística para o ensino de pronúncia da
LI.
Buscou-se evidenciar o papel exercido pela teoria da variação tanto no que
concerne à compreensão como à produção oral dos aprendizes.
Para finalizar, cabe ainda pontuar que, ao se abordar o ensino da pronúncia da
LI, pôde-se notar que dois aspectos surgiram de forma recorrente:

— a questão da identidade e
— a questão da inteligibilidade.

Ao longo do trabalho, esperamos ter efetuado as considerações necessárias


acerca destes dois temas; porém, é necessário enfatizar que:

The balance between the competing demands of intelligibility and


identity is especially fragile, and can easily be affected by social
change, such as a swing in immigrant policy, new political
alliances, or a change in a country‘s population trends. (Crystal,
1997, p.139)

31
Esling (1987 apud Pennington, 1996, p. 18) foi quem primeiramente empregou a expressão ‗collection
not correction‘.
55

Não obstante, acreditamos que, enquanto subsistir o equilíbrio entre


identidade e inteligibilidade, isto é, enquanto as diversas variedades do inglês
permanecerem mutuamente inteligíveis, a LI, mesmo sofrendo mudanças, continuará
exercendo o papel de língua global.

In other words, linguistic change in English will continue, but it is


very unlikely indeed (barring prolonged world-wide catastrophes)
that this will lead to a decrease in the mutual intelligibility of
different varieties of English. That is, it is not legitimate to argue
that change in English is a bad thing because it will lead to a
breakdown in communication. It will not — so long as all English
speakers need and are able to keep in touch with each other.
(Trudgill & Hannah, 1994, p. 147-148)
56

CAPÍTULO II – O LUGAR DA PRONÚNCIA NO ENSINO DA


LÍNGUA INGLESA

Para se entender o papel da pronúncia em um contexto de Ensino de Inglês


como Língua Estrangeira  English as a Foreign Language (EFL) , primeiramente, é
necessário se definir qual o lugar ocupado pela pronúncia na Língua Inglesa quando vista
em toda a sua abrangência, isto é, levando-se em conta seus aspectos sintáticos,
semânticos, pragmáticos, fonéticos, fonológicos, dentre outros.
Ao se considerar a pronúncia de uma língua, vários aspectos são lembrados,
tais como: segmentos, acento, ritmo, entoação, qualidade da voz, etc. Tradicionalmente
os estudos fonéticos e fonológicos dividem esses aspectos em dois níveis: o segmental e
o supra-segmental. No nível segmental encontram-se os segmentos e no supra-segmental
enquadram-se o acento, o ritmo e a entoação.
A pronúncia, sendo de natureza fonética, expressa as organizações
fonológicas (abstratas) da língua. Ao se afirmar que a pronúncia abrange todo o
arcabouço fonético-fonológico de um idioma, surge, então, a pergunta: Como esse
aspecto, de vital importância, deve ser abordado no ensino de EFL?
Visando situar o lugar e o papel da pronúncia no ensino de EFL, há que se
lembrar, primeiramente, que esta deve ser vista como uma habilidade ligada à
comunicação oral. Tradicionalmente, as duas habilidades características da oralidade são
a fala (speaking) e a compreensão auditiva (listening). Localizaremos a pronúncia como
uma subárea dessas duas habilidades maiores e como responsável pelo desenvolvimento
57

tanto da fala como da compreensão auditiva dos aprendizes de LE. De acordo com
Murphy (1991, p. 51), a pronúncia, a habilidade oral e a habilidade auditiva são os três
componentes da comunicação oral, ou seja, eles formam o tripé da comunicação oral.
Murphy considera esses três elementos como processos da linguagem oral
reciprocamente interdependentes e sugere que a atenção a eles dispensada ocorra de
forma integrada. A partir desse ponto de vista, espera-se que a pronúncia, a habilidade
oral e a auditiva integrem todo e qualquer currículo que venha enfatizar a comunicação
oral.
Quanto à fala, Murphy (1991, p. 53-55) afirma:

Many student populations have significant spoken language needs


at the intermediate, advanced, and professional levels. (...) Teachers
need to make decisions concerning how to integrate these
alternative structures for speaking activities based upon knowledge
of their students‘ proficiency levels and educational needs.

Portanto, ao se enfatizar o ensino da habilidade oral, é importante se ter em


mente os objetivos dos alunos, quais sejam:

— O que os faz interessados em aprimorar sua habilidade comunicativa?


— Eles a utilizarão para o trabalho (dar aulas, falar em público, realizar transações
comerciais)?
— Farão uso dela para fins pessoais, tais como: turismo, relações interpessoais (contato
com estrangeiros), etc.?

Dentro dessa análise das necessidades dos alunos, além da fala, ocupa
também lugar de destaque a compreensão auditiva. Murphy (1991, p. 55) acredita que,
na maioria dos contextos educacionais, essa habilidade se constitui em um canal
fundamental para o aprendizado. E conclui: ―because it is a pervasive language
experience that operates in contexts ranging from simple conversations to academic
debates, the listening process merits careful consideration‖ (Murphy, 1991, p. 55).
As habilidades orais ganharam lugar de destaque no final do século XX,
dado o desenvolvimento das redes de comunicação, a penetração maciça da TV, do
cinema e de todos os meios de comunicação oral. Dessa maneira, o privilégio do
discurso oral ocasionou também um impacto dentro das diferentes metodologias do
ensino de LE.
58

Como previsto em 1991:

The ability to speak coherently and intelligibly on a focused topic is


generally recognized as a necessary goal for ESL students. Because
many of them aspire to professional careers in English-dominant
communities, the coming decade will see increasing pressure placed
upon ESL high school, college, and university graduates to possess
excellent skills in both speech and writing. (Murphy, 1991, p.52)

A partir dessa realidade, pode-se dizer que está havendo, recentemente, um


ressurgimento do interesse pelo ensino de pronúncia. Dessa forma, a pronúncia deixa de
ser ―the Cinderella of ELT‖32, como ressaltou Buckmaster (2001, p. 10).
E, para se entender o ensino de pronúncia hoje, faz-se necessário um breve
percurso pela sua trajetória histórica.
Ao longo da história do ensino de pronúncia, priorizou-se inicialmente o
nível segmental (nas décadas de 40 e 50, através do método Audiolingual). Nesse
período, o objetivo estabelecido para pronúncia era o de se atingir a pronúncia de um
falante nativo. ―During the audio-lingual period of language teaching (Fries, 1945) in
the United States, the pronunciation goal for adult learners was native-like speech‖
(Anderson-Hsieh, 1995, p. 17). Nessa fase o ensino de pronúncia destacava a
importância do nível segmental para a obtenção de uma boa pronúncia.
Posteriormente, na década de 80, com a abordagem comunicativa 
Communicative Language Teaching (CLT)  buscou-se enfatizar o nível supra-
segmental, acreditando ser esse o principal responsável pela inteligibilidade na
comunicação de falantes não-nativos da LI. A citação abaixo ilustra a opinião de alguns
teóricos defensores desse ponto de vista:

Gilbert, 1984; Pennington and Richards, 1986; Wong, 1987;


McNerney and Mendelsohn, 1987; and Kenworthy, 1987 have
discussed the relative importance of segmentals (consonants and
vowels) and suprasegmentals (stress, rhythm and intonation) in
intelligibility, and a consensus exists that, whereas both aspects of
pronunciation are important, the most critical area is that of
suprasegmentals. (Anderson-Hsieh, 1995, p. 17)

O surgimento da abordagem comunicativa ajudou a alterar o panorama do


ensino de pronúncia de LE. Começou-se a acreditar que a comunicação estivesse

32
Conforme Lista de Abreviaturas (p. 16), ELT refere-se a English Language Teaching.
59

privilegiando apenas as habilidades orais. Essa, porém, pode ser considerada uma
concepção errônea advinda de interpretações dessa abordagem. Como nos lembra
Thompson (1994, p. 7):

...it is also important to recognize that communication does not only


take place through speech; and also that it is not only the speaker
(or writer) who is communicating. Communication through
language happens in both the written and spoken medium; and it
involves at least two people. Learners reading a text silently to
themselves are taking part in communication just as much as
someone talking to their partner. CLT involves encouraging learner
to take part in  and reflect on  communication in as many
different contexts as possible (and as many as necessary, not only
for their future language-using needs but also for their present
language-learning needs).

Como evidencia esse autor, a abordagem comunicativa não se restringe


apenas às habilidades orais (a fala e a audição), mas abrange também a leitura e a escrita.
Nessa visão, as quatro habilidades estão plenamente inseridas no contexto de um ensino
comunicativo de línguas, no qual comunicar-se é sinônimo de fazer-se entender, seja na
fala, seja na escrita.
Durante este período, os objetivos para o ensino da pronúncia de uma LE
eram os de fazer com que o aprendiz atingisse um domínio suficiente da fonologia dessa
língua de modo a se fazer entender por falantes nativos.

Pronunciation goals have since become more realistic. It is now felt


that learners need only achieve sufficient mastery of the target
language phonology to be understood by native speakers. But this
more realistic goal has brought with it the new responsibility of
determining which aspects of pronunciation are the most critical for
intelligibility and therefore the most in need of being taught.
(Anderson-Hsieh, 1995, p. 17)

Nesse contexto, Anderson-Hsieh privilegia o ensino dos supra-segmentos,


definindo-os como principais responsáveis pela inteligibilidade. Esse artigo data de 1995
e traz inovações para o ensino de pronúncia, porém não menciona a idéia do inglês como
língua internacional33. Esse aspecto conduz a uma nova fase do ensino de pronúncia e
passa a ser de fundamental importância no panorama atual. Celani (1997, p. 155) declara:

33
Após a Segunda Guerra Mundial, a LI passou a ser utilizada mundialmente nas transações comerciais,
diplomáticas, científicas e tecnológicas. Com a proliferação do uso desse idioma por falantes de diferentes
países e backgrounds culturais, a LI deixou de ser falada apenas por seus falantes nativos e passou também
a ser utilizada, como LE, por povos das mais variadas nações. Surge, nesse contexto, o conceito de inglês
como língua internacional.
60

o papel do inglês como língua internacional e as implicações desse


fato no estabelecimento de uma política educacional é também
questão de análise e de debate, principalmente tendo em vista as
relações de hegemonia de uma língua e de poder.

No ensino da LI como língua internacional, todas as áreas envolvidas têm


que ser submetidas a um questionamento, e o seu ensino deve ser reavaliado. Uma das
áreas que sofrem bastante questionamento é o ensino da pronúncia, sobretudo no que se
refere à diversidade de variedades encontradas no contexto mundial. Ao se levar em
conta as considerações tecidas por Trim (1992, p. 261-271), pode-se perceber que o
objetivo do ensino da pronúncia sai do escopo da inteligibilidade (para um falante nativo)
para o enfoque de clareza de pronúncia (entre falantes diversos). Essa clareza tem por
objetivo possibilitar a comunicação entre diferentes usuários da LI que, no contexto
atual, são, em grande número34, falantes não-nativos desse idioma.
Na busca de clareza (inteligibilidade entre falantes nativos ou não-nativos do
idioma) no ensino de pronúncia, talvez se possa optar por qualquer um dos dialetos já
consagrados, tais como o americano ou o britânico; porém, enfatizando-se, ao mesmo
tempo, o caráter marcado pela diversidade da LI no mundo atual.
A LI como língua internacional é, antes de tudo, múltipla. Essa
multiplicidade abarca em si distintos modelos ou variedades  o inglês australiano, o
indiano, o africano, o britânico, etc. Para explanar este fato, Stevick (1982, p. 183),
considerando apenas o nível fonético-fonológico, afirma que:

Dialects within a language are made up of choices between


phonemes and between phonetic realizations of phonemes. A
‗foreign accent‘ is made up of non-native choices between
phonemes and non-native phonetic realizations of right phonemes.

Nesse sentido, quando a preocupação é o ensino da pronúncia, há que se


tomar os devidos cuidados:

Variation must remain within a certain band of tolerance if it is


not to hinder comprehension, that is, if the phonetic variants are
still to be recognizable to a listener familiar with that language as
manifestations of the same phoneme. (Rivers & Temperley, 1978,
p. 150)

34
Acerca do número crescente de falantes de inglês como segunda língua, cf. Kachru (1985), Crystal
(1997) e Jenkins (2000).
61

Considerando ainda o percurso histórico do ensino de pronúncia, pode-se


dizer que há hoje uma tendência à desvinculação do debate segmento/supra-segmento em
direção a um ensino integrado das características realmente relevantes à comunicação
oral. De acordo com Celce-Murcia et al. (1996, p. 10), essa visão balanceada do ensino
de pronúncia reconhece que tanto a incapacidade de distinguir fonemas com alto teor
contrastivo (como [] em list e [iy] em least) como a incapacidade de distinguir aspectos

supra-segmentais (como o ritmo e a entoação) podem ter um impacto negativo na


comunicação oral de falantes não-nativos do inglês.
Pennington & Richards (apud Murphy, 1991, p. 60) ratificam as idéias de
Celce-Murcia et al. e dão um passo adiante: ―practice on segmental as well as
suprasegmental levels of the sound system needs to be integrated with broader level
communicative activities in which speakers and listeners engage in a process of
exchanging meaningful information‖.
De acordo com Murphy (1991, p.60), a preocupação com um ensino
integrado dos aspectos da pronúncia é, em parte, uma resposta às idéias divulgadas pelo
Communicative Language Teaching, que enfatizam um uso significativo e pertinente da
língua nas aulas de LE.
No ensino de LE voltado para a comunicação oral predominam duas
correntes principais: uma que privilegia a correção fonológica (accuracy)35 e outra que
enfatiza aspectos mais amplos da comunicação interpessoal, ou seja, a fluência (fluency)
no falar e no ouvir. Os alunos podem tirar proveito de ambos os tipos de abordagem,
visando ampliar o seu nível de proficiência de acordo com seus objetivos sociais e
educacionais. O professor, por sua vez, deve evidenciar o papel fundamental da
pronúncia em contextos realistas de interação interpessoal.
Pensando em um ensino integrado das habilidades orais, Murphy (1991, p.
61) declara:

In the teaching of ESL, speaking, listening, and pronunciation need


to be placed within the broader context of oral communication.
Although attention to one or more of these areas sometimes is
neglected in the classroom, ESL teachers can highlight all three
when they are designing course curricula and/or classroom
activities.

35
Utilizaremos o termo correção para a tradução de accuracy, tal como empregado em Celani (1997, p.
156).
62

O contato com professores da LI, através de cursos de formação, tem nos


mostrado que, no contexto brasileiro, o ensino da pronúncia é negligenciado por grande
parte desses profissionais. Esses dados também podem ser confirmados na pesquisa de
Córdula (1999), em que se buscou verificar o papel da pronúncia no ensino de inglês
como língua estrangeira (LE) através de questionários respondidos por professores que
atuam nessa área. Na opinião desses professores, a pronúncia foi considerada um aspecto
fundamental no aprendizado de inglês e, portanto, seria ensinada por todos eles. A
maioria afirmou que adota uma abordagem implícita para o ensino de pronúncia, porém,
outras declarações indicaram que, na prática, os professores não a ensinam
sistematicamente (isto é, através de atividades, feedback e avaliações específicas).
Constatou-se, assim, que a abordagem chamada por eles de implícita é somente um
conjunto de observações esparsas dadas aos alunos sem qualquer direcionamento.
Apesar de a pronúncia, como componente da comunicação oral, estar
recebendo uma atenção, cada vez maior, na literatura sobre ensino de línguas, os livros
didáticos, em sua maioria, não refletem esse interesse. O que se encontra são atividades
voltadas para a fala ou para a compreensão auditiva e não para a pronúncia propriamente
dita. Nesse tipo de abordagem de ensino há o risco de se sacrificar a correção fonológica
em prol de uma ―fluência‖ conversacional.
A solução para esse impasse seria talvez a utilização de materiais e atividades
comunicativas que priorizassem a correção da LE, sem sacrificar a sua fluência, mas sim
aprimorando-a.
Uma atividade que poderia ser utilizada com esse intuito seria a seguinte: o
professor estabelece uma prática que privilegie a fluência, como, por exemplo, um tópico
para conversação. Ao mesmo tempo, o professor nomeia outros alunos para avaliar
diferentes tópicos na pronúncia dos colegas que estão praticando a fluência. Esses tópicos
podem ser os mais variados, tais como, a pronúncia dos -ed finais, dos -s finais, a
distinção entre [] e [] ou [] e [iy], ou até mesmo tópicos no nível supra-segmental,

como a entoação, o ritmo e o acento. Cada aluno pode se encarregar da verificação de um


tópico apenas, podendo voltar sua atenção para aquele aspecto definido. Após o exercício
de fluência, os alunos responsáveis pela avaliação expõem suas observações,
comentando-as. Ao longo do curso, deve haver um constante revezamento entre os
alunos, de forma que todos pratiquem e avaliem. Dessa forma, todos os alunos estarão
aprimorando a fluência e ao mesmo tempo atentando para os distintos aspectos da
63

ortofonia36 (isto é, características relativas tanto à ortoépia como à prosódia). Com esse
exercício, os alunos se habituarão a ouvir com maior discriminação e a atentar para os
seus próprios erros, podendo, assim, aprimorar o seu desempenho.
Dessa maneira, não só a pronúncia, a fala e a compreensão estariam
integrados, mas também os enfoques sobre correção e fluência seriam abordados em
conjunto, num tratamento de cooperação mútua, proporcionando o desenvolvimento da
proficiência lingüística oral dos alunos.
A comunicação oral é, pois, um composto de processos lingüísticos
interdependentes; e a ênfase dispensada a apenas um desses componentes, de forma
isolada, mostrar-se-á insuficiente.
Nesse sentido, não podemos nos desviar dos propósitos pessoais dos nossos
alunos para o aprendizado da LI. E será respeitando esses propósitos que encontraremos
um caminho mais coerente e mais bem direcionado.

36
O conceito de ortofonia aqui utilizado está de acordo com a definição de Jota (1976, p. 243-246) em seu
Dicionário de lingüística.
64

CAPÍTULO III – O FALANTE DO PORTUGUÊS E A PRONÚNCIA


DA LÍNGUA INGLESA: ALGUMAS DIFERENÇAS FONÉTICO-
FONOLÓGICAS ENTRE O PORTUGUÊS DO BRASIL E O
PORTUGUÊS EUROPEU

No presente capítulo, serão descritos alguns aspectos fonológicos


contrastivos da língua portuguesa falada no Brasil e em Portugal 37, que são relevantes
para o aprendizado da pronúncia da LI, isto é, será apresentada uma discussão acerca do
processo ensino-aprendizagem do inglês como LE frente às diferenças dialetais entre
falantes de uma mesma língua.
Para melhor caracterização desses dois dialetos, façamos uma averiguação
das manifestações da língua portuguesa em todo o mundo. Elia (1989) denomina
Lusitânia todo o espaço geolingüístico ocupado pela língua portuguesa e a divide, após a
Segunda Guerra Mundial, em cinco fases:

 Lusitânia Antiga (Portugal, Madeira e Açores),


 Lusitânia Nova (Brasil),
 Lusitânia Novíssima (Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e
São Tomé e Príncipe),

37
Conforme Lista de Abreviaturas (p. 16), ao longo do trabalho, nos remeteremos a essas duas
modalidades como PE (Português Europeu) e PB (Português do Brasil).
65

 Lusitânia Perdida (regiões da Ásia ou da Oceania onde já não há


esperança de sobrevivência para a língua portuguesa) e
 Lusitânia Dispersa (comunidades de fala portuguesa espalhadas pelo
mundo não lusófono, em conseqüência do afluxo de correntes
imigratórias).

Neste trabalho, serão abordadas apenas as duas primeiras: Lusitânia Antiga e


Nova, mais precisamente Portugal e Brasil, que constituem o objeto do presente estudo.
Para tal análise, faremos o seguinte recorte sociolingüístico: como
representante da Lusitânia Antiga, Portugal, selecionamos a variante culta utilizada nos
telejornais da cidade de Lisboa; e para representar a Lusitânia Nova, o Brasil, escolhemos
a variante culta expressa nos telejornais do eixo Rio-São Paulo.
Considerando a relevância dos aspectos supra-segmentais para a pronúncia,
lembremos algumas características importantes da língua portuguesa de Portugal, que
poderão influir, de alguma forma, no aprendizado da pronúncia da LI.
São dois os aspectos primordiais:

1 Como vemos em Avery & Ehrlich (1992, p. 148), o PE se assemelha ao padrão


rítmico do inglês, ou seja, apresenta um ritmo acentual. Esse aspecto de ordem
supra-segmental dispensará os portugueses da ênfase ao ritmo no ensino da LI, pois
eles poderão transportar para o inglês a estrutura rítmica a que já estão habituados.
Já entre os falantes do PB, podemos observar uma certa tendência à epêntese na
pronúncia de palavras como pneu [pinew], opção [opisw], etc.38 Essa tendência

trará implicações para o ritmo no momento da transferência lingüística do PB para a


LI. Com isso, os falantes do PB, geralmente, terão a sua pronúncia final da LI
afetada e tenderão, inclusive, a acrescentar sílabas onde não há. Exemplos disso
podem ser encontrados na pronúncia de palavras como hot, dog e shake, em que há,
entre os brasileiros, uma tendência à paragoge, pois, geralmente, serão pronunciadas
[hti], [dgi] e [eyki].
66

2 Um segundo aspecto é que no PE há um grau de redução vocálica bem mais


acentuado do que no PB. Considerando o papel da transferência lingüística, podemos
dizer que os falantes do PB tenderão a ter maior dificuldade na produção da redução
vocálica nas sílabas átonas e nas palavras gramaticais, e, com isso, a sua pronúncia
final da LI será afetada. Entre os falantes do PE, o grau de redução vocálica pode ser
tão elevado que poderá acarretar até mesmo uma queda de vogais em certos
contextos fonológicos. Essa familiaridade com a redução vocálica facilitará para os
portugueses a produção do schwa. Sendo o schwa o segmento de maior ocorrência
no inglês, os portugueses também sairão com vantagem nesse aspecto, pois os
brasileiros tendem a pronunciar os sons representados ortograficamente.
Lembremos um trecho de Avery & Ehrlich (1992, p. 145): ―Many of the
mispronunciations of Portuguese speakers can be traced to the influence of the
Portuguese spelling system rather than to an inability to produce particular sounds‖.
Este problema é, pois, uma questão de interpretação da estrutura fonológica e não
uma inabilidade fonética.

Foram mencionados dois aspectos relevantes do PB, porém é importante


notar que há vários outros fatores que interferem na pronúncia do inglês. Por exemplo,
no PE, quando a queda vocálica se dá de forma integral, no nível fonético, os falantes são
obrigados a produzir encontros consonantais, como vemos na transcrição das palavras
abaixo:39
 Portugal [prtugal]
 econômica [iknmik]

 Londres [lõdr]

 interessante [itrst]40

38
Note-se que no PE não ocorre epêntese neste mesmo contexto, porém este mesmo fenômeno pode ser
observado na pronúncia de palavras como snob (empréstimo do inglês), que muitas vezes é pronunciada
[sinb].
39
É importante notar que, no nível fonológico, os próprios portugueses não reconhecem a supressão de
vogais ou sílabas. Essas evidências, acerca da percepção dos falantes do PE, podem ser conferidas em
Delgado Martins (1986).
40
Palavras retiradas do corpus da pesquisa de Leite (1997, p. 159).
67

Esse aspecto, tão presente no PE, facilitará enormemente aos seus falantes a
produção dos diversos clusters encontrados na língua inglesa41, como mostram os
exemplos abaixo:

1 STRENGTHS 2 SCRATCH 3 SPLASH 4 STREAM


CCCVCCCC CCCVCCC CCCVCC CCCVVC

Um outro fator que beneficia os falantes do PE é a produção do l [l] pós


vocálico que coincide com o dark l do inglês, enquanto na maioria dos dialetos
brasileiros, a letra l em posição final soa como [w]. Segundo Silva (1999, p. 39), o
fonema [] ocorre em final de sílaba apenas em alguns dialetos (ou até mesmo idioletos)

do PB, podendo ocorrer com articulação alveolar ou dental, sendo esta é a pronúncia
corrente no PE. Porém, o que tipicamente se encontra no PB, na posição pós-vocálica, é
a forma vocalizada do fonema [l], isto é [w].
Silva (1999, p. 63), ao descrever este fenômeno, afirma que em posição final
de sílaba (cal, atol, alça, selva), o fonema [l] tem duas possibilidades de realização
fonética:

1 o fonema [l] pode ocorrer como uma lateral alveolar (ou dental) velarizada [].

Neste caso, uma palavra como ―cal‖ é transcrita foneticamente como: ['ka],

pronúncia de variedades do Sul do Brasil e de Portugal.


2 pode ocorrer a vocalização [w] do fonema [l]. Esta pronúncia é típica da maioria
dos dialetos do PB. Neste caso, a palavra ―cal‖ é transcrita como: ['kaw].

Pelas razões acima descritas, há uma tendência a que os brasileiros não


diferenciem palavras como: goal e go, old e ode, entre outras, as quais na pronúncia
padrão do inglês são nitidamente distintas:

goal [owl] go [ow]

old [owld] ode [owd]

41
Para um melhor detalhamento dos encontros consonantais presentes no PB, no PE e na LI, ver Bollela
(2001).
68

Os aspectos acima mencionados influirão não só na produção oral do inglês


mas também na sua percepção. Se levarmos em consideração apenas os itens aqui
discutidos, poderíamos até ousar inferir que os portugueses teriam, de modo geral, um
caminho mais curto a trilhar em direção à produção da LI falada, e por isso possuiriam
ferramentas mais adequadas para a sua percepção e entendimento.
No intuito de nos aproximarmos do nosso tópico de análise, faremos, a
seguir, uma descrição da redução vocálica no PB e no PE para verificarmos a existência
ou não do schwa nessas duas variedades do português.

1 A Redução Vocálica no Português do Brasil e no Português de Portugal

Iniciaremos recordando as idéias de Câmara Jr. (1976) acerca da classificação


das vogais do português. O autor se remete ao critério classificatório de Franco de Sá
para analisar a pronúncia das vogais do português, ressaltando que sua classificação ―está
na base de todas as descrições posteriores, até a atual Nomenclatura Gramatical
Brasileira‖. Para ele, o ponto alto dessa classificação é a atribuição de status próprio a
certos timbres específicos em determinadas posições átonas. Nessa classificação, Franco
de Sá define o <<e neutro>>, que é típico da fonologia lusitana, como sendo articulado
na parte central da boca com um ligeiro levantamento da língua, em divergência com a
classificação brasileira, onde se considera o <<e neutro>> como uma variante posicional
da vogal [e]. Esse autor, ao classificar as vogais, chamava de timbre ―surdo‖ o que
Gonçalves Viana passou a chamar de ―reduzido‖ para fugir da ambigüidade do termo
―surdo‖ em oposição a ―sonoro‖.
Câmara Jr. (1976, p. 21) lembra ainda que ―na fonologia brasileira, e e o
<<surdos>> ou <<reduzidos>> são na realidade [i] e [u] em certas posições átonas,
embora não tenham evidentemente o mesmo timbre que [i] e [u] tônicos‖.
Para a Língua Portuguesa, em geral, Câmara Jr. (1976, p. 23) descreve os 7
fonemas vocálicos que ocorrem em posição tônica, quais sejam: [a], [], [e], [i], [], [o],

e [u]. Porém, ressalta que:

Em posição átona esse quadro de oposições vocálicas se modifica


em dois sentidos: de um lado, há diferença fonética de timbre para
uma mesma vogal, quando em posição tônica ou em posição átona;
de outro lado, as distinções tendem a se reduzir por neutralização,
69

pelo menos na fonologia brasileira (pois é nas posições átonas que


se afirma a diferença de vocalismo entre Portugal e Brasil).

A afirmação de que é nas posições átonas que as vogais do PB e do PE se


diferenciam nos remete ao tema de nosso interesse — a existência do schwa na língua
portuguesa como resultado de processos de redução em sílabas átonas. A essa afirmação
de Câmara Jr., podemos acrescentar a contribuição de Elia (1976).
Elia (1976, p. 215) discorre sobre a caracterização das vogais átonas do PB.
Ao falar sobre as vogais átonas iniciais, o autor lembra que no PB ―há certa tendência
para a aférese, principalmente nos falares do interior do país: maginar (por imaginar), tá
(por está), gradecer (por agradecer), rancar (por arrancar), fasta! (por afasta!), Zidoro
(por Isidoro), etc.‖ Porém, o autor diz ainda que, apesar de a aférese do a ser muito
comum, na linguagem coloquial brasileira as átonas iniciais tendem a se manter.
Ao descrever as vogais átonas finais, o autor confirma que no PB, de um
modo geral, só se mantêm a vogal central A e as vogais extremas: I e U. Ele lembra
ainda que no dialeto sulino e e o átonos finais se mantêm devido, provavelmente, a um
arcaísmo de pronúncia e que essa mesma pronúncia se mantém no dialeto caipira.42 É
importante ressaltar que atualmente, até mesmo nesses contextos, é difícil encontrar esse
tipo de pronúncia. Encontramos ainda menção de que até princípios do século XVIII
essa foi também a pronúncia do PE. Após esse período, também em Portugal o o passou
para a pronúncia u, e o e passou para i e posteriormente ensurdeceu passando a e mudo.
Em Silva Neto (1979), encontramos uma apresentação bem abrangente das
características da pronúncia do -e final tanto no PB como no PE. O autor afirma que no
PE quase sempre se elide o -e final, como nas palavras mont', perdest', etc. Já no PB o -
e passa a -i, o que acarreta uma série de palatalizações em determinados contextos
fonológicos. Ilustraremos esse aspecto com os mesmos exemplos citados pelo autor:
fonti>fonti, morti>morti, poti>poti, podi>podi, verdadi>verdadi, etc. (Silva Neto,

1979, p. 162).
Silva Neto (1979, p. 162), assim como Elia, nos recorda que no PE, antes da
perda do -e final que agora se observa, verificou-se também a pronúncia do -i. A partir
dessa constatação, nota-se que o PE passou por um período em que o e mudo também

42
A permanência do -e e -o finais no falar do caipira vem corroborar a Tese A Arcaicidade da Língua
Popular Brasileira de Penha (1970), em que foi constatado que o linguajar do caipira brasileiro, na época
da pesquisa, apresentava sinais explícitos de arcaicidade, ou seja, o dialeto caipira mantinha características
do período antigo da língua portuguesa.
70

não existia. Porém, como este trabalho tem os olhos na atualidade, o que é relevante no
momento é verificar a ocorrência do schwa na variedade do PE atual e no PB.
A respeito dessa ocorrência, Mateus et al. (1990, p. 330), ao descrever os
segmentos fonológicos e as variedades do português, expressam a seguinte opinião:

Ao reconhecermos que [] e [] não fazem parte da matriz


fonológica do português encontramos justificação para uma das
grandes diferenças entre o português de Portugal e o do Brasil ao
nível fonético. Pode admitir-se que as regras que têm como
resultado essas duas vogais são específicas da gramática da
variedade portuguesa, e que a variedade brasileira possui outras
regras para este aspecto particular (as vogais tornam-se [+ altas], [i],
mas não [+ recuadas]; a vogal [a] átona mantém-se [+ baixa] em
quase todos os contextos).

A partir dessa citação, podemos dizer que fica autorizada a afirmação de que
o schwa ocorre no PE e não ocorre no PB. E esse aspecto será de inteira relevância para
o ensino da pronúncia da LI para falantes de PB.
Apresentaremos a seguir um quadro que ilustra o processo de elevação e de
recuo do vocalismo átono do PE. Este quadro nos servirá de confronto quando
apresentarmos as características das vogais átonas da LI.

+ alta i  u

- alta e o
- baixa

+ baixa  

- recuada + recuada

FIGURA 3 – Elevação e recuo das vogais átonas do PE.


FONTE – Mateus et al., 1990, p. 329.

Após as considerações acerca dos processos de redução na língua portuguesa,


passaremos à análise da redução vocálica na LI.
71

2 A Redução Vocálica na Língua Inglesa

Neste item, faremos o percurso da caracterização da redução vocálica na LI


para, então, chegarmos à origem da realização do seu fonema vocálico mais recorrente —
o schwa.
Uma redução pode ser entendida como qualquer processo no qual um
segmento ou uma seqüência de segmentos sofre, de alguma forma, um enfraquecimento.
No caso da redução vocálica o que, geralmente, ocorre é uma centralização ou perda de
vogais átonas, como se pode notar em palavras como: collect [klkt] e chocolate

[tklt].43

Kreidler (1997, p. 112) justifica a ocorrência da redução vocálica em línguas


como o inglês da seguinte maneira: ―It apparently takes less effort to pronounce a central
vowel, like //, than to move the tongue to a forward or back position‖.44 O autor

também enfatiza que a redução vocálica pode ocorrer na LI em sílabas fracas de palavras
lexicais e palavras gramaticais (function words) quando se encontram em posição átona
dentro da frase. Os exemplos citados pelo autor são bastante ilustrativos e fornecem, de
antemão, uma idéia da correlação entre o schwa e a redução vocálica na LI. Encontram-
se abaixo alguns exemplos citados por Kreidler (1997, p. 113) acerca da redução
vocálica:

Em sílaba inicial de palavras lexicais


[] or [] abstain, accelerate, admit, Atlantic

[i] or [] because, decide, prepare, receive

[] or [] eccentric, employ, example, except

[o] or [] occasion, opinion, potential, produce

43
Cf. Trask (1996, p. 303).
44
É importante ressaltar que a lei do mínimo esforço é sempre discutível. Como vimos no PE, os
processos de redução geram clusters, os quais, de um outro ponto de vista, chegam a ser mais difíceis de
produzir do que as formas originais (não reduzidas).
72

Em palavras gramaticais:
Do you need any help? [ni] > [ni], [ni]

We might as well. [z] > [z]

Look at that clown. [t] > [t]

You can do it. [kn] > [kn], [kn]

This is for you. [fr] > [f(r)]

a week or so [(r)] > [(r)]

You should be careful [d] > [d]

Na obra de Celce-Murcia et al. (1996), encontramos um interessante quadro


das vogais reduzidas que podem ocorrer em posição átona no inglês norte-americano —
North American English (NAE45).

FIGURA 4 – Posição das vogais não-reduzidas versus vogais reduzidas do NAE.


FONTE – Celce-Murcia et al., 1996, p. 109.

Como mostra a Figura acima, além de [] e [r] encontramos no NAE quatro

outras vogais reduzidas que ocorrem em sílabas átonas: [], [i], [o] e [u], sendo que as três

45
Optamos pela abreviatura inglesa NAE, por ser o seu uso tradicionalmente consagrado na literatura em
LI e pelo fato de ocorrer em citações ao longo do trabalho.
73

últimas são semelhantes a [iy], [ow] e [uw], porém sem os glides [y] e [w], e também são
mais centrais devido à atonicidade. Alguns exemplos mencionados por Celce-Murcia et
al. (1996, p. 109) para esses contextos encontram-se abaixo46:

· · · · ·
// /i/ /o/ /o/ /u/

music city meadow hotel into


reddish sassy narrow motel venue
sleeping candy shadow rosette menu

É importante lembrar que as vogais [], [i] e [] muitas vezes são usadas em

um mesmo contexto fonológico dependendo do falante, do dialeto ou do contexto. São


exemplos desta possível variação as palavras: because, belive, behind, begin, prefer, etc.
Além dos quatro sons mencionados no quadro das vogais reduzidas que
ocorrem em posição átona na LI, faz-se necessário lembrar que muitos foneticistas
consideram [] uma vogal reduzida em palavras como July, porém também aceitam a

variação com [] neste mesmo contexto: July [dlay] ou [dlay].

Cook (1991), afirma que a redução vocálica é um aspecto caracterizador da


pronúncia da LI. Essa autora acredita que não é suficiente produzirmos as tônicas de
maneira correta, se nos esquecermos da redução das átonas. Ela ilustra esse pensamento
com a seguinte frase: ―to have strong peaks, you will have to develop deep valleys‖
(Cook, 1991, p. 50).
Ainda sobre esse assunto, Cook (1991) alerta para a possibilidade de uma
overpronunciation, quando o falante não leva em conta a redução vocálica. Na opinião
da autora, somente as sílabas que estão no pico possuem sons fortes e mantêm a sua
pronúncia original. Já as sílabas que estão nos vales possuem sons vocálicos fracos e,
portanto, reduzidos. A autora chega até a aconselhar ―when you are not sure, reduce‖
(Cook, 1991, p. 51). Esta afirmação vem comprovar a importância da redução vocálica
na LI, ou seja, quando estivermos na dúvida é mais garantido reduzir do que acentuar.
Como também confirmam Celce-Murcia et al. (1996, p. 108): ―One of the more striking

46
Os símbolos  e · referem-se à pauta acentual dos vocábulos, sendo que o primeiro representa as
sílabas tônicas e o segundo, as sílabas átonas.
74

characteristics of English is the frequency with which reduced vowels occur in the
stream of speech‖.
A partir das considerações acima, pode-se notar que na configuração do
sistema fonético-fonológico da LI a redução vocálica desempenha um papel de grande
importância, acabando por gerar o schwa, como o fonema vocálico de maior ocorrência
na língua.
Nos capítulos subseqüentes, será analisada a inter-relação do schwa com
alguns dos elementos que constituem o nível segmental e supra-segmental do sistema
sonoro da LI.
75

CAPÍTULO IV – O PAPEL DO SCHWA NOS NÍVEIS SEGMENTAL


E SUPRA-SEGMENTAL DA LÍNGUA INGLESA

Para dar início ao presente capítulo, será utilizado o quadro de vogais


apresentado no alfabeto fonético internacional — IPA (International Phonetic Alphabet).
Nele pode-se visualizar com clareza o lugar ocupado pelo schwa em comparação com as
demais vogais existentes nas várias línguas do mundo.

FIGURA 5 – Quadro de vogais (IPA).


FONTE – http://www.arts.gla.ac.uk.
76

A partir da ampla visão fornecida pelo quadro de vogais descritas no IPA,


far-se-á, a seguir, uma análise do schwa nos níveis segmental e supra-segmental.

1 O Schwa como Som Isolado

No presente item, procuraremos proporcionar uma visão abrangente acerca


do schwa, descrevendo suas características mais relevantes sob o ponto de vista de
diferentes autores e a partir de distintos modelos de análise fonológica.
Para iniciar, gostaríamos de expor a definição apresentada no dicionário
Aurélio (2001), que não deixa de contribuir para uma visão panorâmica do schwa. Eis
como o verbete aparece descrito:

schwa
[Hebr., 'nada'.]
S. m. Ling.
1. Xuá1.
xuá
[Do hebr. schwa, 'nada'.]
S. m. Ling.
1. Vogal de timbre indistinto, produzido com uma elevação mínima da parte central da
língua, e que, no vocalismo do português europeu, corresponde ao chamado e neutro.
[Sin.: chevá.]

Crystal (1997, p. 241) caracteriza o schwa como um fonema vocálico e


descreve a posição dos articuladores no momento de sua produção da seguinte maneira:
―centre of tongue raised between half-close and half-open; lips neutrally spread; no firm
contact between rims and upper molars‖. Além disso, o autor nos lembra ainda que
existem algumas variantes regionais desse fonema, dizendo que o [] só ocorre na RP em

sílabas átonas. Porém, em muitos falares regionais o [] substitui o [] como uma vogal

tônica.
Cagliari (1997, p. 26) apresenta uma análise do schwa pela geometria de
traços. O autor assim o descreve: ―a vogal schwa [] tem os seguintes traços: [-open]

[+open1 -] [+open2 -] [+open3 +] [-lab] [-cor] [-dor]‖ ou, quando sub-especificado, esse
segmento tem os seguintes traços: ―[+open3 +] [-cor] [-dor]‖. No momento dessa
descrição, Cagliari se mostra mais flexível que Mateus et al (1990) e declara que o []

ocorre no PE mas não costuma ocorrer no PB.


77

Cook (1991, p. 79) descreve o schwa da seguinte maneira:

the schwa [] is the most common sound in American English. (...)
Spelling doesn‘t help identify it, because it can appear as any one
of the vowels, or a combination of them. It is a neutral vowel
sound, ―uh‖. It is usually in an unstressed syllable, though it can
be stressed as well. Whenever you find a vowel that can be
crossed out and its absence wouldn‘t change to pronunciation of
the word, you have probably found a schwa. (...) Because it is so
common, however, the wrong pronunciation of this one little sound
can leave your speech strongly accented.

Celce-Murcia et al. (1996, p. 108), como já apontado acima, nos fornecem a


seguinte definição de schwa:

One of the more striking characteristics of English is the frequency


with which reduced vowels occur in the stream of speech. Also
striking is the restricted number of vowels that tend to occur in
unstressed position. At the word level, the mid-central reduced
vowel //, which is often called schwa, is by far the most common
of the reduced NAE vowel sounds, especially if one includes with
schwa reduced vowels with a postvocalic /r/ as in father or
brother.47 Schwa, which is closest position to the stressed vowel
//, is produced with the muscles relaxed, the tongue in mid-
position in the mouth, and the jaw slightly open.

Kreidler (1997, p. 110) descreve um aspecto muito relevante acerca da


ocorrência do schwa nos diferentes dialetos da LI. De acordo com esse autor, nos
dialetos não-róticos (non-rhotic48) palavras como better, cover, western apresentam o []

na segunda sílaba, já nos dialetos róticos, o que se pronuncia é um schwa com R-


coloring, isto é, uma vogal que soa como [] porém com a língua um pouco afastada e

com uma certa retroflexão.


Em Roach (1991, p. 76), encontramos uma explicação bastante didática para
o termo schwa:

47
A essa altura, a autora insere a seguinte nota: ―Because // is also colored when followed by /r/, it is
sometimes transcribed //. Given that our alphabet is a pedagogical one, we will not use this convention,
and instead use /r/ to transcribe such combinations‖.
48
Encontramos, em Trask (1996, p. 242), a seguinte definição: ―Non-rhotic accent: Any accent of English
in which the historical /r/ has been lost everywhere except before a vowel. In such an accent, farther is
homophonous with father, miner is homophonous with mynah, star rhymes with Shah, and (usually) pore
is homophonous with paw. Non-rhotic accents are typical of the larger part of England, of Wales, of the
east coast and south of the United States, of parts of the West Indies, and of all Southern Hemisphere
varieties‖.
78

The  vowel (―schwa‖). The most frequently occurring vowel in


English is , which is always associated with weak syllables. In
quality it is mid (that is half-way between close and open) and
central (that is, half-way between front and back). It is generally
described as lax, that is, not articulated with much energy.

Para finalizar a conceituação e descrição do schwa, gostaríamos de apresentar


a definição do símbolo  e do termo schwa apresentada por Pullum & Ladusaw (1996, p.

48-49).

 SCHWA

IPA USAGE AMERICAN USAGE


Mid central unrounded vowel. Same as IPA.

OTHER USES
Used by Jerzy Kurylowicz, and by other Indo-Europeanists subsequently, to represent Saussure's
―laryngeals‖. Kurylowicz wrote <1>, <2>, etc., for distinct postulated laryngeals. See Polomé (1965)
for a thorough discussion and references to the literature.

COMMENTS
Used for a range of distinguishable non-peripherical vowels for which other symbols could also be used;
thus [] may represent in broad transcriptions a retracted and only slightly rounded [ ] in French, [] in
word-final position in British English, [ ] in stressed positions in British English, [ ] in many American
dialects, an so on.
There is a wide range of variation in the articulatory descriptions given to Schwa by
American phoneticians. Bloch and Trager (1942, 22) define it as mean-mid central. Pike (1947, 5) gives it
as upper-mid central. Smalley (1963, 363) shows it as lower-mid central. Gleason (1955, 8) does not
distinguish [] from [] and describes [] as mid central or back. On the distinction between [ ] and [],
see the unintendedly confusing note by Cartier and Todaro (1983, 17).
Following in this tradition, Chomsky and Halle (1968, 176) do not include [ ] in their chart
showing the feature composition of English segments, though they use the symbol [ ] throughout. This is
because they write [] for a totally unstressed vowel and deliberately take no position on the question of its
precise phonetic realization (59, note I; 245, note 7). Hence they espouse no phonetic description
corresponding to [], though they note (59, note I) that for many speakers it may be [ ]. Their feature
system apparently does not allow for the representation of a distinction between IPA [ ], [], and [].49

SOURCE
Roman alphabet lower-case e, turned (rotated 1800). The name schwa or shva (Hebrew sh'wa) comes form
traditional Hebrew grammar (Prokosch 1939 (p. 94)).

Optou-se por inserir a definição completa do verbete em virtude de sua


abrangência e da grande contribuição que trouxe para o nosso trabalho. Como se pode
ver, todos os comentários estão permeados de um rico levantamento bibliográfico acerca
da redução vocálica (schwa).

49
Chomsky & Halle (1968), dentro da linha da fonologia gerativa padrão, não poderiam inserir o schwa no
quadro de segmentos da língua inglesa, uma vez que este segmento não se encontra na forma de base das
79

Uma vez descrito o schwa no nível segmental, isto é como fonema isolado,
passemos agora para o nível supra-segmental, onde será avaliada a sua relação com o
acento, o ritmo e a entoação.

2 O Schwa e o Acento

Nesta parte do trabalho, far-se-á uma apresentação das possíveis relações


entre o schwa e o acento na LI.
Vimos no Capítulo III que o lugar ocupado pelo schwa na cadeia sonora está
vinculado à redução vocálica. As vogais reduzidas em contraste com as tônicas das
palavras definirão o padrão acentual da LI. Somente a partir da consciência desse
contraste o falante estará apto a reproduzir o padrão acentual da LI.
Podemos nos remeter, nesse momento, ao artigo de Wong (1996), no qual a
autora discorre sobre dois aspectos do ensino de pronúncia que muito auxiliariam os
professores de LI, quais sejam: o número de sílabas e o acento das palavras.
A partir de experiência pessoal no aprendizado de húngaro, a autora mostra
como pode ser frustrante tentar aprender os fonemas isolados e não conseguir produzir
uma simples palavra ou frase que faça sentido. Portanto, a autora sugere que, ao abordar
a pronúncia da LI, o professor comece trabalhando, por exemplo, o número de sílabas de
uma palavra e posteriormente o acento que essa palavra recebe, mostrando que esses dois
aspectos realmente interferirão na inteligibilidade. Para ilustrar esse fato, a autora
comenta que um engenheiro brasileiro só percebeu a necessidade de colocar as tônicas
das palavras no lugar certo quando foi para os Estados Unidos e constatou que as pessoas
tinham dificuldade em entendê-lo.
A autora conclui que o professor, ao ajudar o aluno nesses dois aspectos da
pronúncia da LI — o número de sílabas e o acento das palavras —, proporciona-lhe um
efeito significativo na sua habilidade de se comunicar claramente.
A opinião de Wong (1996) confirma, através de um outro enfoque  o da
tônica das palavras , a nossa idéia de que, durante a produção, temos de atentar para a
oposição entre as sílabas átonas e as tônicas. Dessa forma, complementamos a opinião

palavras. Se considerarmos o schwa como resultado de redução, este aparecerá apenas na forma de
superfície das palavras inglesas.
80

da autora mostrando que, ao se detectar a sílaba tônica e produzi-la, é imprescindível


produzir adequadamente as sílabas átonas, produzindo as reduções vocálicas e os schwas
onde for necessário.
É importante notar que Cook (1991, p. 51), como já ressaltado na descrição
da redução vocálica da LI, lembra que somente as sílabas que estão no pico possuem
sons fortes e mantêm a sua pronúncia original, já as sílabas que estão nos vales possuem
sons vocálicos fracos e, portanto, reduzidos.
A visão apresentada por Cook acerca dos picos e vales já aparece há bastante
tempo na fonética inglesa. Em relação ao ritmo, essa mesma visão é compartilhada por
Abercrombie (1967). E, em relação à entoação, esse tipo de abordagem foi enfatizado por
Halliday (1970), na descrição da entoação do inglês.
Odlin (1989, p. 117) afirma que o padrão acentual é crucial para a pronúncia,
uma vez que eles afetam as sílabas e os segmentos que as constituem. É o que se pode
verificar na alteração do acento em certos verbos e substantivos na LI, tais como em:50

Substantivos Verbos
REcord [rkrd] reCORD [rkrd]

COMbine [kmbayn] comBINE [kmbayn]

Na transcrição fonética dos exemplos acima pode-se notar que a diferença de


acento altera a qualidade das vogais, isto é o fonema varia de acordo com a proeminência
acústica da sílaba. Como enfatiza Odlin (1989, p. 117) essa interação tem implicações
importantes não apenas para a produção da fala como também para a compreensão.
Cutler (apud Odlin, 1989, p. 117) demonstra que o padrão acentual
desempenha um papel crucial no reconhecimento de palavras por parte dos ouvintes.
Esse autor afirma ainda que quando falantes não nativos não usam o padrão acentual tido
como norma na língua alvo, as vogais e as consoantes também podem variar de acordo
com a norma esperada, impossibilitando por completo a identificação das palavras por
parte do ouvinte. Bansal (apud Odlin, 1989, p. 117) corrobora essas idéias ao argumentar
que erros de acento são os que mais impedem inteligibilidade da pronúncia dos indianos
ao falarem inglês.

50
No quadro, as sílabas tônicas das palavras estão representadas, ortograficamente, com maiúsculas e as
transcrições que as sucedem foram sugeridas pela autora da tese.
81

Dois exemplos utilizados por Celce-Murcia et al. (1996, p. 110) servem para
ilustrar as relações estabelecidas pelo acento na estrutura fonológica da LI. Neles
evidencia-se o papel das vogais reduzidas — principalmente do schwa — no padrão
acentual da LI:

John has washed the car. [dnzwtkr]

He was coming to see us. [hiwzkmtsiys]

Nos dois proferimentos acima, pode-se notar que a natureza tipicamente


átona de certas vogais e palavras contribuirá tanto para o padrão acentual como rítmico
da LI.
Sendo assim, nos lançamos para o próximo tópico de análise: o schwa e o
ritmo.

3 O schwa e o Ritmo51

Appropriate rhythm, or the timing of syllables and


accents, is also important for intelligibility. A staccato,
syllable-timed rhythm is difficult for native speakers to
understand not only because it is out of step with English
rhythm but also because the unstressed syllables and
function words are not sufficiently reduced, making it
difficult for the listener to hear the content words and the
accents, which carry the major meaning.
(Anderson-Hsieh, 1995, p. 18)

Quando nos propomos discutir questões acerca do ritmo das línguas, temos
que ter consciência do fato de estarmos adentrando em um terreno bastante controverso.
O debate se faz complicado desde a sua origem, isto é, desde a própria concepção de

51
Para Massini-Cagliari (1992, p. 11) ―o significado da palavra RITMO, em lingüística, não se resume
apenas a padrões muito rígidos de repetição de acento ou durações, como nos tratados de metrificação,
mas abrange a maneira como as manifestações lingüísticas dos seres humanos são organizadas no tempo ao
serem pronunciadas. Por outro lado, também não se resume apenas a padrões quaisquer de repetição, mas
abrange a noção de expectativa de uma eventual repetição de algum parâmetro no tempo‖. Vejamos ainda
a definição de Trask (1996, p. 311) sobre o assunto: rhythm /'rm/ n. The perceptual pattern produced in
speech or poetry by the occurrence at regular intervals of prominent elements; these elements may be
stresses (as in English), syllables (as in Spanish), heavy syllables (as in Ancient Greek) or moras (as in
Japanese).
82

ritmo e das classificações, usualmente, a ele atribuídas. Em seguida, ao se entrar no


mérito de descrever o ritmo de línguas específicas, a questão se torna ainda mais
polêmica. É nesse âmbito que a classificação dos diferentes ritmos se mostra
insuficiente, pois dificilmente fornece instrumentos adequados para uma descrição
confiável do ritmo de uma língua.
Analisemos esse problema de forma mais palpável. Uma classificação
bastante difundida e utilizada na descrição das línguas, que foi cunhada por Pike (1947),
é a divisão entre ritmo silábico e ritmo acentual.52 Essa divisão prevê o seguinte: o ritmo
silábico ocorre nas línguas em que o tempo necessário para se produzir um proferimento
depende do seu número de sílabas e cada uma das sílabas tem aproximadamente a mesma
intensidade e duração, já nas línguas de ritmo acentual há uma isocronia53 na ocorrência
das sílabas tônicas (ou proeminentes) independentemente do número de sílabas átonas
entre elas, sendo as sílabas tônicas relativamente longas e proeminentes e as sílabas
átonas curtas e fracas.
Em Trask (1996), encontramos uma definição mais detalhada acerca dos
ritmos acentual e silábico, em que o autor recorda a origem destes termos e o início da
sua utilização. Vejamos:

stress-timing n. The type of speech rhythm in which stressed


syllables occurs at approximately equal intervals, with any number
of unstressed syllables allowed to occur between the stresses.
Stress-timing is often said to be characteristic of English, though
objective measurement shows that the occurrence of stresses at
equal intervals is more an ideal than a reality. (...) The term was
coined by Pike (1947a), but the idea goes back to Joshua Steele in
the eighteenth century. (Trask, 1996, p. 337)

syllable-timing (also isosyllabicity) A type of rhythm in which each


syllable in an utterance takes roughly the same amount of time to
produce. This sort of rhythm is reported for many languages, such
as Spanish and Vietnamese. (Trask, 1996, p. 346)

Para uma visão crítica acerca da dicotomia acentual/silábico, serão utilizadas


as idéias de Massini-Cagliari (1992). De acordo com a autora, ―a respeito do ritmo do
português do Brasil, pode-se observar que há uma predominância entre os autores no
sentido de classificar o português como língua de ritmo acentual‖ (p. 47). No entanto,

52
Dauer (1983) faz uma interessante análise acerca dessa dicotomia.
53
Característica de algo que se realiza com intervalos iguais, ou ao mesmo tempo.
83

estudos realizados com objetivo de se delinear o ritmo do PB obtiveram resultados


variados. Analisemos alguns deles:

1 Na pesquisa de Cagliari & Abaurre (1986), com falantes do PB, observou-se que
parte dos informantes apresentou um ritmo tipicamente acentual, porém com
flutuações, e outros, um ritmo predominantemente silábico, também com
flutuações.
2 Major (1981) buscou evidências instrumentais e fonológicas para afirmar que o
PB tem uma tendência ao ritmo acentual.
3 Moraes & Leite (1989), a partir de um estudo experimental usando trechos do
corpus do Projeto ―Gramática do Português Falado‖ e o conceito de ―pé-
compasso‖, concluem que:
 pés curtos e alguns pés médios possuem ritmo acentual,
 o restante dos pés longos possui ritmo silábico.

Comparando os três estudos supra-mencionados, concordamos com a


conclusão da autora de que não é possível estabelecer uma definição precisa para o ritmo
do PB. Portanto, pode-se perceber que a dicotomia ritmo acentual/ritmo silábico não é
suficiente para abarcar as peculiaridades de certas línguas, como o PB.
Encontram-se abaixo alguns levantamentos acerca do ritmo da LI. Através
destes relatos, chamaremos a atenção para o papel que o schwa desempenha na estrutura
rítmica desse idioma.
Para explicar o ritmo da LI, Kreidler (1989, p. 161) faz, primeiramente, a
seguinte descrição:

In each tone unit the accented syllable is most prominent, other


stressed syllables are less prominent, and unstressed syllables are
least prominent. The vowel of a stressed syllable is long, the
vowel of an unstressed syllable is short and it is often a schwa.
Sometimes this pronunciation of unstressed syllables is spoken of
as ‗slurring‘. (...) In spoken English, unstressed syllables are weak
an occupy less time than stressed syllables; consequently
unstressed syllables do not have the full vowels of stressed
syllables.

A partir do intróito dado pelo autor, pode-se perceber que, na LI, não é
possível se falar de ritmo sem se entender o papel do schwa. Ou seja, o ritmo está
relacionado à duração, esta depende da duração das vogais, a duração das vogais está
84

relacionada à tonicidade e atonicidade das vogais, as vogais átonas da LI, na sua maioria,
são pronunciadas como schwa.
Em Orion (1997, p. 23), a inter-relação entre o ritmo e a tonicidade das
sílabas é expressa da seguinte maneira:

In many words of two or more syllables, the unstressed vowel


sounds are reduced to // as in ―up‖ or // ―sit‖. When these
sounds are used in unstressed syllables, they sound almost alike
and may sometimes be interchangeable. There are a large number
of unstressed syllables in English. This unstressing (or weakening)
of vowel sounds in syllables is extremely important because it
helps make up the rhythm pattern of English.

Em conseqüência desse fato, para que a comunicação de um falante, de inglês


como LE, se torne mais efetiva, ele deve adquirir a estrutura rítmica da LI. Como já
discutimos no item anterior, a marcação da estrutura rítmica depende da contribuição das
vogais átonas, predominantemente do schwa.
Para resumir, Kreidler (1989, p. 175) apresenta o seguinte panorama acerca
do ritmo das línguas:

The rhythm of an utterance depends on the number of stressed


syllables it contains. English has stress timing, so that stressed
syllables are relatively long and prominent, unstressed syllables
are short an ‗slurred‘. In contrast, languages in which all syllables
are nearly equal in intensity and timing have syllable timing.

Como vemos, não é possível concebermos a idéia de ritmo sem antes se


compreender a relação de tonicidade e atonicidade entre as sílabas. Uma vez que, como
afirma Kreidler (1997, p. 102-103), na LI as sílabas átonas são fracas e curtas e por isso
ocupam menos tempo que as sílabas tônicas.
Uma opinião que vem corroborar essa caracterização do ritmo da LI é a de
Chela Flores (apud Celce-Murcia, 1996). Essa autora acredita que o ritmo, em particular
o alongamento apropriado das sílabas tônicas e a redução das sílabas átonas em inglês, é
o maior desafio, em termos de pronúncia, para falantes de outras línguas.
É interessante notar que no PB há uma forte tendência para o ritmo trocaico,
isto é um nítido revesamento entre forte e fraco (Massini-Cagliari, 1999a). Já na LI, o
número de sílabas átonas que podem ocorrer entre duas sílabas tônicas é, geralmente,
maior. Daí a importância de se atentar para a não transferência do ritmo trocaico para a
LI por parte dos falantes do PB.
85

Passemos, agora, ao terceiro e último item a ser analisado no nível supra-


segmental: a entoação.

4 O Schwa e a Entoação

Neste item, buscaremos averiguar a relação que a entoação estabelece com o


schwa na LI.
Os estudos de Halliday (1963, 1970) e Abercrombie (1967) demonstram que
para que haja uma entoação precisa é necessário que haja também um ritmo preciso. As
pesquisas de Todaka (1990), com vistas à análise da entoação inglesa de alunos
japoneses, confirmam esta inter-relação, isto é a de que a boa entoação depende de um
bom ritmo.
Apesar de a entoação parecer vinculada apenas aos aspectos relacionados à
intensidade e altura (pitch) da língua, vemos que seu estudo não pode ser desvinculado
do ritmo que, por sua vez, é vinculado ao padrão acentual da língua, que, no caso da LI,
mantém estreita relação com a redução vocálica.
Para ilustrar essa opinião, citaremos Cook (1991, p. 50) que caracteriza os
sons reduzidos como ―the down side of intonation‖ e diz que ―they are the principal
function of intonation and are truly indicative of the American sound‖.
Cook (1991) trata da pronúncia do inglês de modo geral, porém apresenta
interessantes sugestões acerca da aquisição do sotaque americano. Como esse livro foi
escrito para leigos, isto é, possíveis atores estrangeiros e estudantes estrangeiros nos
Estados Unidos, dentre outros, seu vocabulário é bastante acessível e livre do jargão
específico da área de fonética e fonologia. Porém, essa obra não deixa de ser uma
descrição interessante dos aspectos que de fato constituem a pronúncia do inglês norte-
americano (NAE). A partir da leitura de um mesmo texto em diferentes etapas da
aprendizagem, distintos aspectos da pronúncia vão sendo abordados gradativamente.
Dessa maneira, espera-se que a fluência do aprendiz vá se consolidando de forma
cumulativa. A pronúncia é, pois, tratada de forma globalizada, constituindo-se, assim,
numa abordagem coerente e eficaz.
86

A partir de uma visão sui generis dos diferentes aspectos da pronúncia do


NAE, Cook (1991, p. 50) apresenta a seguinte definição de entoação do inglês
americano:

American intonation is made up of peaks and valleys  tops of


staircases and bottoms of staircases. (…) These deep valleys
should be filled with all kinds of reduced vowels, one in particular
 the completely neutral schwa.

Esse capítulo se intitula Reduced sounds are ―valleys‖ e, como se pode notar,
a autora expõe sua visão de entoação relacionada à idéia de redução vocálica e de
revezamento entre picos e vales. Essa idéia nos parece a mais importante a respeito da
pronúncia da LI vista em sua totalidade. Nela estão inseridos vários aspectos da
pronúncia da LI, quais sejam: a concepção de atonicidade das sílabas (redução vocálica),
a noção do seu padrão acentual, a caracterização do seu ritmo acentual, e a idéia de
entoação levando em consideração a variação de pitch presente na LI.
Klein (1996, p. 69) faz referencia à relação entre palavras gramaticais, acento
e entoação ao afirmar que: ―this kind of stress tends to fall on content words rather than
function words, and words emphasized by raised pitch are ordinary more perceptually
salient than other words‖. A relação entre palavras gramaticais e redução vocálica será
discutida no capítulo subseqüente.
87

CAPÍTULO V – CONSIDERAÇÕES SOBRE O PAPEL DA


REDUÇÃO VOCÁLICA NO ENSINO DA PRONÚNCIA DA LÍNGUA
INGLESA

O schwa, como resultante fonética da aplicação de processos rítmicos de


redução vocálica, está presente em vários aspectos do sistema fonético-fonológico do
inglês, constituindo-se, dessa forma, em um aspecto fundamental para o entendimento de
sua pronúncia. Em virtude disso, podemos dizer que um aprendiz de LI só apresentará
um bom desempenho oral e auditivo se houver internalizado, de forma consciente ou
inconsciente, os contextos de realização do schwa e o papel que desempenha na
estruturação sonora desse idioma. Essa internalização não precisa ser obtida,
necessariamente, através do estudo sistematizado de pronúncia. Muitos alunos podem
apresentar sensibilidade o suficiente para descobrirem sozinhos, outros poderão com uma
simples conscientização começar a entender a pronúncia do inglês, porém, a prática tem
nos mostrado que a grande maioria dos alunos necessita de conscientização seguida de
treinamento e grande quantidade de insumo para penetrar na configuração fonético-
fonológica da LI. São comuns, por parte dos alunos, reclamações como as que se
seguem:

— Eu até consigo ler textos em inglês, mas eu não entendo nada quando eu ouço alguém
falando.
88

— Se for para falar devagarinho, eu até consigo, mas eu não consigo entender quando
uma pessoa fala depressa, como no cinema ou na televisão.
— Às vezes eu até entendo alguma coisa, mas na hora de falar não sai nada.

É claro que os problemas apresentados pelos alunos não acontecem apenas


em decorrência da sua não familiaridade com a pronúncia da língua inglesa; são
inúmeros os aspectos envolvidos, tais como: falta de vocabulário, desconhecimento
sintático, etc. Mas o desconhecimento de características fundamentais da organização
fonético-fonológico do inglês pode ser um dos grandes responsáveis por deficiências no
desempenho dos aprendizes.
Celce-Murcia et al. (1996, p. 25) nos alertam para o fato de que ainda
estamos carentes de pesquisas que de fato constatem as teorias acerca da aquisição
fonológica em aprendizes de LE. ―… More empirical evidence is needed to confirm
current thought on information processing and validate it as regards a learner‘s
phonological acquisition of a second language.‖
Nesse sentido, o nosso trabalho contribui para esse tipo de pesquisa, pois,
quando nos preocupamos com o aprendizado do schwa por falantes do PB estamos
inseridos no campo da aquisição fonológica de uma LE. Nesse campo temos que
considerar o papel exercido pela transferência lingüística da primeira língua do falante.
Vimos em Mateus et al. (1990, p. 330) que o schwa ocorre no PE e não
ocorre no PB. Como conseqüência dessa constatação, ousamos dizer que os portugueses,
quando comparados aos brasileiros, estão um passo à frente na aquisição da pronúncia da
LI. Buscaremos demonstrar, através deste trabalho, que o entendimento e o uso adequado
do schwa será de fundamental importância tanto para a discriminação auditiva quanto
para a produção oral do aprendiz.
Uma vez constatada a ausência de schwa no PB54 — como também nos
lembram Elia (1976), Mateus et al. (1990) e Cagliari (1997) —, o ensino da pronúncia do
inglês, sobretudo no Brasil, deve dar especial ênfase a esse aspecto, já que o schwa é o
som mais recorrente nesse idioma (ver Anexo A). Somente a partir da aquisição desse
tipo de redução vocálica é que o falante estará apto a acentuar as palavras e as frases
adequadamente e, só assim, incorporar o ritmo e a entoação da LI.

54
Apesar de Silva (1999, p. 81) utilizar [] para transcrição da pronúncia do a ortográfico em posições
átonas, esta não é a posição adotada nesta tese.
89

Estamos, aqui, contando com as contribuições advindas da análise contrastiva


que nos permitem a comparação entre os sistemas fonético-fonológicos  do português e
do inglês. Porém, não nos cabe assumir uma postura determinista em relação à produção e
à percepção do schwa, já que nem sempre a análise contrastiva nos fornece as previsões
corretas acerca dos possíveis erros na língua a ser aprendida.
Podemos então dizer que a não existência do schwa no sistema sonoro do PB
não exclui de seus falantes a capacidade de produzi-lo.
Lightbown & Spada (1993, p. 25) afirmam que a interferência da língua
materna na aquisição de LE é bastante complexa e qualquer asserção acerca dessa
transferência lingüística deve ser examinada com cautela:

… the influence of the learner's first language is not simply a


matter of habits, but a much more subtle and complex process of
identifying points of similarity, weighing the evidence in support of
some particular feature, and even reflecting (though not
necessarily consciously) about whether a certain feature seems to
‗belong‘ in the structure of the target language.

1 A Relevância das Palavras Gramaticais (Function Words) na Língua Inglesa e sua


Relação com a Realização Fonética do Schwa

Um capítulo a respeito do ensino da pronúncia da LI não poderia jamais


deixar de mencionar o lugar ocupado pelas palavras gramaticais. No inglês, essas
palavras denominam-se functions words por exercerem um papel gramatical na frase,
seja de artigo, pronome, verbo, auxiliar, preposição, conjunção ou particles55. Passemos,
então, à análise desse aspecto fundamental do ensino da pronúncia da LI e a sua relação
com o aparecimento do schwa, no nível fonético.
Para introduzir o tópico acerca das palavras gramaticais, faremos uso da
definição apresentada por Prator (1951, p. 25), na qual aparece a distinção entre palavras
lexicais e gramaticais.

Grammarians sometimes divide all words into two classes: (1) content words, which have meaning in
themselves, like mother, forget, and tomorrow; and (2) functions words, which have little or no meaning
other than the grammatical idea they express, such as the, of and will. In general content words are
stressed, but function words are left unstressed, unless the speaker wishes to call special attention to them.

55
Optou-se pela utilização do termo em inglês pelo fato de não haver no português uma forma equivalente.
90

Content words, usually stressed, include


1 Nouns.
2 Verbs (with the few exceptions listed under function words).
3 Adjectives.
4 Adverbs.
5 Demonstratives: this, that, these, those.
6 Interrogatives: who, when, why, etc.
Function words, usually unstressed, include
1 Articles: a, an, the.
2 Prepositions: to, of, in, etc.
3 Personal pronouns: I, me, he, him, it, etc.
4 Possessive adjectives: my, his, your, etc.
5 Relative pronouns: who, that, which, etc.
6 Common conjunctions: and, but, that, as, if, etc.
7 One used as a noun-substitute, as in ―the red dress and the blue one‖.
8 The auxiliary verbs*: be, have, do, will, would, shall, should, can, could, may, might, and must.
* Even when they are the principal verb in the sentence, they are usually unstressed.(...) On the other hand,
they are stressed when they come at the end of a sentence, and when they are used in reiterative formulas
such as didn't we and are they.

Klein (1996, p. 164) define as palavras gramaticais como aquelas que não
têm significado referencial e que servem para organizar o discurso.
Uma vez evidenciada a importância das palavras gramaticais no processo da
aquisição da linguagem, é necessário salientar o papel que elas desempenham na
estruturação do sistema fonológico da LI. Buscaremos demonstrar que o lugar por elas
ocupado influirá no padrão rítmico e entoacional do inglês, lembrando que só nos é
possível entender esse papel, se levarmos em conta a relação em cadeia abaixo.
As palavras gramaticais estão relacionadas com:

 o padrão entoacional, que está relacionado com o ritmo, que por sua vez, relaciona-
se com
 o padrão acentual, que está relacionado com
 a atonicidade presente nas palavras, que está relacionada com
 a redução vocálica, que na LI manifesta-se majoritariamente sob a forma de schwa.

Somente a partir dessa cadeia poderemos entender a grande incidência de


schwas na pronúncia das palavras gramaticais. Para ilustrar este fato, ao longo deste
capítulo, serão apresentados inúmeros exemplos de palavras que exercem a função de
palavras gramaticais na LI e que, em sua maioria, apresentam o schwa na forma fonética.
Klein (1996, p. 69-70) demonstra, através de exemplos do alemão, que existe
uma estreita relação entre as palavras gramaticais, a entoação e o acento. No exemplo por
ele utilizado fica evidente que o acento recai sobre as palavras lexicais e que as palavras
91

gramaticais aparecem geralmente em sua forma átona. Este mesmo autor afirma que
―function words tend to be shorter (typically one syllable), occur with greater frequency,
and usually carry less stress than content words‖ (Klein, 1996, 64).
Crystal (1997), ao tratar de formas fortes e fracas, afirma que o inglês contém
aproximadamente cinqüenta palavras gramaticais que podem ser pronunciadas de duas
maneiras diferentes, enunciadas com full vowels, que aqui chamaremos ―vogais plenas‖,
ou com vogais reduzidas, que na LI manifestam-se, na sua maioria, na forma de schwa.
Essas palavras gramaticais só serão pronunciadas em sua forma forte quando ditas
isoladamente ou em um contexto onde exerçam função focal, isto é, quando precisam ser
enfatizadas. Porém, em todos os outros contextos de ―connected speech‖, essas palavras
apresentarão sua forma fraca, onde suas vogais plenas serão substituídas por vogais
reduzidas, e poderá haver também queda de alguma consoante.
Crystal (1997, p. 247) nos apresenta a seguinte lista de palavras com as
correspondentes transcrições de suas formas fortes e fracas.

and nd n, n


that t t
his hz z
from frm frm
of v v, v, 
to tu: t, t
some sm sm, sm
there  
have hv v, v, 
were w: w
do du: d, d
must mst ms, mst

É interessante notar que na LI existe uma tendência a se transcrever as formas


fracas com uma ortografia distinta, como vemos em: ‗n (and), bacon ‗n eggs, o‘ (of), cup
o‘ coffee ou cuppa coffee. E, dentre essas, encontramos a forma já consagrada para
indicação da hora ―o‘clock‖, que os falantes do PB tendem a pronunciar [] ao invés de

[], provavelmente por desconhecerem as características das formas fracas do inglês.

Diante do quadro de palavras gramaticais apresentado por Crystal (1997),


faz-se necessário enfatizar dois fatores:
92

a) there, na função de advérbio de lugar, é sempre forte [r]; já quando vinculado ao

verbo to be com o sentido de existir é sempre fraco [r]  lembrando que esta é

uma questão de ritmo, pois, junto ao to be, there nunca será proeminente ;
b) formas distintas podem aparecer diante de vogal e de consoante, como vemos em [

pn] e [iy pl] para the; e you must stay [ms] e you must eat [mst] para must.

Ao se tratar de palavras gramaticais, é interessante lembrar as contribuições


de Celce-Murcia et al. (1996) a respeito das formas reduzidas. Para essas autoras há duas
situações em que uma vogal ocorre em posição átona: 1) em sílaba átona de palavras
polissílabas e 2) em monossílabos que apresentam uma citation form (palavra dita
isoladamente, fora de contexto) e uma forma reduzida (palavra dentro do discurso).
Citaremos abaixo uma lista de monossílabos, citados por Celce-Murcia et al.
(1996, p. 109), que podem ocorrer isolados (forma tônica) ou inseridos em um discurso
(forma átona).

Stressed or Unstressed or
Word citation form reduced form
a /ey/ //
an /n/ /n/
the /iy/ // before consonants
/i/ before vowels
on /n/, /n/ /n/
at /t/ /t/
is /z/ /z/, /z/
are /r/ /r/
was /wz/ /wz/
have /hv/ /(h)v/
has /hz/ /(h)z/
his /hz/ /(h)z, (h)z/
to /tuw/ /t/ before consonants
/tu/ before vowels

Na lista acima podemos notar que, das doze palavras mencionadas, todas
adotam o schwa como vogal átona das formas reduzidas, sendo que quatro delas também
aceitam uma segunda possibilidade, como vemos em:

the [] ou [i]

is [z] ou [s]
93

his [(h)z] ou [(h)z]

to [t] ou [tu]

sendo que the, to e is têm a pronúncia condicionada pelo fonema inicial das palavras que
os sucedem.
Celce-Murcia et al. (1996, p. 110) concluem seu capítulo fazendo uma
interessante observação acerca da atonicidade dessas palavras: ―The typically unstressed
nature of such words in the stream of speech contributes markedly to English stress and
rhythm‖. Essa observação vem confirmar as idéias por nós apresentadas no início deste
item.
Swan (1995, p. 617) realiza basicamente o mesmo percurso descrito por
Celce-Murcia et al.(1996) a respeito de formas fracas e fortes. Ele nos lembra que
algumas palavras da LI têm duas pronúncias: uma é usada quando as palavras são
acentuadas, e a outra quando elas não o são, tal como vemos em:

What are you looking at [t]?

I‘m looking at [t] you.

Além disso, Swan declara que os verbos principais e as formas negativas


contraídas sempre têm a pronúncia forte, tal como vemos em:

What did you have [hv] for breakfast?

can‘t [knt]

wasn‘t [wznt]

musn‘t [msnt]

Em seguida, Swan (1995, p. 617-618) nos fornece uma extensa lista de


palavras que apresentam na pronúncia duas formas: uma forte e uma fraca. É notável a
freqüência de schwas presentes nas formas fracas, observe:

Forma Fraca Forma Forte


a [] [e] (unusual)
am [()m)] [m]
94

an [n] [n] (unusual)


and [()n(d)] [nd]
are [(r)] [(r)]
as [z] [z]
at [t] [t]
be [b] [bi]
been [bn] [bin]
but [bt] [bt]
can [k()n] [kn]
could [kd] [kd]
do [d()] [du]
does [dz] [dz]
for [f(r)] [f(r)]
from [frm] [frm]
had [(h)d] [hd]
hás [(h)z] [hz]
have [(h)v] [hv]
he [(h)] [hi]
her [(h)(r)] [h(r)]
him [(h)m] [hm]
his [(h)z] [hz]
is [z, s] [z]
must [m()s(t)] [mst]
not [nt] [nt]
of [v] [v]
our [(r)] [a(r)]
Saint [s()nt] (GB only) [sent]
shall [()l] [l]
she [] [i]
should [()d] [d]
sir [s(r)] [s(r)]
some [s()m] [sm]
than [()n] [n] (rare)
that (conj.) [()t] [t]
the [, ] [i]
them [()m] [em]
there [(r)] [e(r)]
to [t] [tu]
us [s] [s]
was [w()z] [wz]
we [w] [wi]
were [w(r)] [w(r)]
who [h] [hu]
would [wd, d] [wd]
will [()l] [wl]
you [j] [ju]
your [j(r)] [j(r)]
95

Com Swan (1995), vimos uma lista das palavras gramaticais de forma
genérica, agora Celce-Murcia et al. (1996, p. 377-379) nos apresentam uma lista dessas
palavras classificadas por categorias gramaticais e seguidas de exemplos. Vejamos:

Palavras gramaticais geralmente reduzidas


I- Conjunções
And Long live rock and roll! [n]

She‘s footloose and fancy free. [n]

Eat your bread and butter. [n]

We got up bright and early. [n]

Or There are five or six people coming. [r]

You can either stay or leave. [r]

It‘s a life or death matter. [r]

Did you help him for love or money? [r]

As It‘s as cold as ice. [z]

The apartment is as clean as a whistle. [z]

Sue is as happy as a clam. [z]

He did it as quick as a wink. [z]

Than Are you taller than me? [n]

Alaska is bigger than Texas. [n]

Max is slower than molasses. [n]

She‘s nuttier than a fruitcake. [n]

II- Preposições
To Please talk to me. [t]

Let‘s get back to basics. [t]

The score is ten to two. [t]

He cut me to the quick. [t]

For Let‘s have one for the road. [fr]

You don‘t get more for less. [fr]

They‘re having a two for one sale. [fr]


96

You‘re looking for trouble. [fr]

Of That‘s the best of all. [v]

It‘s one of the best movies I‘ve seen! [v], []

Tom was born on the fifth of June. [v], []

It‘s the event of the century. [v], []

On Put it on the table. [n], [n]

Take it on faith. [n], [n]

He lives on Maple Street. [n], [n]

You get on my nerves! [n], [n]

From How soon will be fall from grace? [frm]

Ida sells cosmetics from door to door. [frm]

I mean it from the bottom of my heart. [frm]

The plane disappeared from sight. [frm]

At She made eyes at him. [t]

He‘s down at the heel. [t]

The star player is up at bat. [t]

Who‘s at the helm? [t]

In She‘s one in a million. [n], [n]

It‘s in the bag. [n], [n]

I‘ll do it in a jiffy. [n], [n]

He disappeared in a flash. [n], [n]

III- be cópula
Are How are you feeling? [r]

Why are your shoes unlaced? [r]

What are your earliest memories? [r]

Pat and Sam are coming. [r]

Am Why am I so blue? [m]

Who am I to tell you that? [m]

How am I doing? [m]


97

What am I missing? [m]

IV- Verbos auxiliares


Have The books have arrived. [v]

He was supposed to have finished it. [v]

The children have gone to bed. [v]

He must have done it! [v], []

Has Max has gone to New York. [z]

Chris has bought a computer. [z]

The tennis match has been cancelled. [z]

Where has my pen disappeared? [z]

Can I can do it for you. [kn]

What can you offer me? [kn]

How can I help you? [kn]

Now can you see it? [kn]

Do How do you do? [d]

Where do you live? [d]

Who do you work with? [d]

Why do you think that? [d]

Will Things will get better. [l]

Time will heal all wounds. [l]

Where will you go? [l]

What will you do? [l]

V- Pronomes
He What did he see? [i]
Where should he go? [i]
Why does he want to? [i]
How can he pay for it? [i]
You Do you mind? [y]

Are you going? [y]

He doesn‘t think you can do it? [y]


98

You should ask him for permission. [y]

His What is his problem? [z]

Do you have his address? [z]

How much did his new car cost? [z]

He packed his bags already. [z]

Her Did Jane give her the money? [r]

The book is in her room. [r]

We gave her free rein. [r]

Where did she put her car keys? [r]

Him Did the police book him? [m], [m]

She looked at him suspiciously. [m], [m]

Stella swept him off his feet. [m], [m]

Harold gave him a hand. [m], [m]

Them We invited them to the party. [m], [m]

I saw them yesterday. [m], [m]

Didn‘t she take them to lunch? [m], [m]

The accident frightened them to death. [m], [m]

Our It‘s our prerogative. [r]

He‘s our man. [r]

Did you see our new paintings? [r]

We can‘t seem to get our energy up. [r]

Your Everything is at your fingertips. [yr]

I saw your wife yesterday. [yr]

It isn‘t any of your business. [yr]

What‘s your hidden agenda? [yr]

That Alex said that he was leaving soon. [t]

It‘s a shame that she can‘t make it. [t]

It‘s so small that you can‘t see it. [t]

I made up my mind that I‘m going. [t]


99

VI- Artigos
The It‘s off the record. []

That‘s begging the question. []

You should turn the other cheek. [i]

We faced the eye of the storm. [i]

A, An It‘s a small world. []

I feel as weak as a kitten. []

He‘s an absolute idiot. [n]

Marvin is strong as an ox. [n]

Com esta lista de exemplos, acreditamos ter ilustrado suficientemente a


realização fonética do schwa na pronúncia das functions words e o importante papel que
elas exercem na estruturação do sistema fonético-fonológico da LI.
Para finalizar, gostaríamos de citar uma nota de Celce-Murcia et al. (1996, p.
49) a respeito da relação das palavras gramaticais e o ritmo da LI.

Reminder: The unstressed function words are said quickly in order to get them out in
time to maintain the rhythm of English.

À luz de todos os conceitos citados no trabalho até o momento, façamos uma


análise da relação do schwa e da discriminação auditiva para o aprendiz de LI.

2 O Lugar do Schwa na Discriminação Auditiva

No processo de aquisição da linguagem, o insumo disponível para o aprendiz


consiste, geralmente, em enunciados inseridos em um contexto situacional particular.
Segundo Klein (1996, p. 59) a informação recebida e processada pelo ouvinte pode ser de
dois tipos:

 uma seqüência complexa de sinais acústicos as quais constituem a informação


lingüística em si, e
100

 um conjunto de sinais visuais concorrentes, ao qual o autor denomina ‗informação


paralela‘.

Para que o enunciado seja processado pelo ouvinte, o contínuo sonoro deve,
segundo Klein (1996, p. 59), passar por uma análise, isto é, o ouvinte tem que segmentar
a cadeia de sinais acústicos em unidades constituintes, processando concomitantemente
as informações paralelas que constituem seu contexto situacional.
Na percepção do enunciado, há segmentos que são mais salientes. Portanto,
para que haja, por parte do ouvinte, uma compreensão global da produção oral, vemos
uma necessidade de se aliarem quatro aspectos: o ritmo, o acento frasal, o acento lexical e
a expectativa de se ouvir apenas as tônicas das palavras lexicais, tendo consciência da
atonicidade das demais sílabas.
Nesse sentido, a consciência da existência do schwa é imprescindível, ou seja,
é fundamental que o ouvinte esteja pronto para perceber que entre as tônicas existem
―lacunas‖, nas quais encontram-se as sílabas átonas (cujas vogais, na maioria das vezes,
manifestam-se foneticamente na forma de schwa). Portanto, para que o enunciado seja
compreendido, cabe ao ouvinte receber as ―lacunas‖ deixadas pelo falante da LI e
preenchê-las de significado.
O ouvinte não pode ter a expectativa de ouvir todas as palavras na sua forma
integral, e nem sequer só as content words na sua forma integral. O seu ouvido tem que
se estruturar de forma a procurar apenas por picos na fala do outro, como mostra a
ilustração:

The CaNAdians are Ordering some HAMburgers and COffee.

FIGURA 6 – Stressed versus unstressed syllables.


FONTE – Hagen & Grogan, 1992, p. 121.

Os bonecos menores, representados na ilustração, correspondem às sílabas


átonas, onde o schwa ocorre com grande freqüência. Essas ―lacunas‖ ficam abertas ao
ouvinte para que ele as preencha de significado.
Finalizamos esse tópico reapresentando uma interessante citação de Murphy
(1991, p. 55) a respeito da discriminação auditiva:
101

Within most classroom settings, listening serves as a primary


channel for learning. ... because it is a pervasive language
experience that operates in contexts ranging from simple
conversations to academic debates, the listening process merits
careful consideration.56

56
Esta citação foi também discutida na p. 57 desta tese.
102

CAPÍTULO VI – UMA PROPOSTA DE ENSINO DA PRONÚNCIA


DA LÍNGUA INGLESA COM ÊNFASE NOS PROCESSOS
RÍTMICOS DE REDUÇÃO VOCÁLICA

Este capítulo será dedicado à apresentação do método de ensino de pronúncia


sugerido nesta pesquisa.57 Possivelmente este método será publicado no futuro no
formato de livro. Sendo assim, ele será apresentado, a seguir, obedecendo ao formato e à
língua adequados para este tipo de publicação.

57
Note-se que o método aqui apresentado apenas fará menção às diferentes variedades do inglês sem,
contudo, abordá-las de forma detalhada. Maior ênfase foi dada à produção oral dos alunos, uma vez que o
tempo previsto para um curso que adote este livro como material didático é de três meses.
103

lrn nd tiyt

iyl prnnsiyeyn

LEARNING AND TEACHING

ENGLISH PRONUNCIATION

Maria Flávia Pereira Bollela


104

CONTENTS

Introduction
Key to the Phonetic Symbols

Unit 1 1 Building Awareness


2 Reference Text: The Our Father
3 What is Involved in Pronunciation?
4 Sounds in Isolation
5 Stress
6 Rhythm
7 Intonation
8 Getting to Know the Phonetic Alphabet
9 Homework

Unit 2 1 Reference Text: The Our Father


2 Homework Correction
3 Reviewing the Phonemes Studied
4 Getting to Know the Consonant Sounds
5 The Schwa []

6 Homework

Unit 3 1 Reviewing the Symbols


2 Reference Text
3 Homework Correction
4 -ed Pronunciation Rule
5 Homophones
6 Shadowing
7 Homework
105

Unit 4 1 Reference Text


2 Reviewing the -ed Rule
3 Story: The Lion and the Mouse
4 Adjectives Ending in -ed
5 Dialogue: -ed Ending Rule
6 Adjectives X Verbs (-ed endings)
7 Diagnostic Passage
8 Homework

Unit 5 1 Reference Text


2 Homework Correction
3 -s Ending Pronunciation Rule
4 Homework

Unit 6 1 Reference Text


2 Review
3 Words and Sentences
4 Reviewing the -s Ending Rule
5 Reading Passages
6 Homework

Unit 7 1 Reference Text


2 Homework Correction
3 Pronunciation of the Articles
4 Chart Review
5 Symbols and Key Words
6 Phonetic Transcription Correspondence
7 Comparison of Phonetic and Phonemic Alphabets Used to Represent
American English
8 Homework
106

Unit 8 1 Reference Text


2 Chart Review
3 Homework Correction
4 Silent -e Pronunciation Rule
5 Content X Function Words
6 Homework

Unit 9 1 Reference Text


2 Homework Correction
3 Nicknames
4 Silent Letters
5 Homework

Unit 10 1 Reference Text


2 Phonemics
3 Song
4 Features of Connected Speech
5 Homework

Unit 11 1 Reference Text


2 Homework Correction
3 Song
4 Homework

Unit 12 1 Reference Text


2 Correcting the Intonation Activities
3 Contrast Between [] and []

4 Intonation
5 Final Text

Appendix
107

INTRODUCTION

Learning and Teaching English Pronunciation provides an overview of English


sounds, stress, rhythm, and intonation, helping you build an awareness of English
pronunciation.

This book was, initially, thought to fit the needs of Brazilian students and teachers of
English as a foreign language. Nevertheless it can be also applicable to students of
English with any other background.

Learning and Teaching English Pronunciation is divided into 12 units, which are
described under the topic Contents.

Each unit provides the theory and explanation necessary to cover the topic being studied.
Along with the theoretical part, related exercise will be suggested aiming at the
memorization of each topic discussed. There are exercises to be done in class and others
assigned as homework.

The pronunciation described in this book is standard American English and, when
necessary, a description of British Received Pronunciation (RP) will be made.
Information about different English dialects will be provided, when relevant.

With this book, you will be encouraged to deal with different types of notations, i.e., the
different set of phonetic symbols adopted in various dictionaries.

The chart of phonetic symbols adopted in this book is an easy to memorize description
and classification of the English phonemes. The same phonetic symbols suggested here
are also adopted by Bowen (1975), Lane (1993), Prator & Robinett (1985), Orion (1997)
and Hewings & Goldstein (1998). The phonetic transcriptions will be presented in
brackets [ ]. In words of two or more syllables, a stress mark [  ] will be placed before

the stressed syllable.


108

Learning and Teaching English Pronunciation comes with a CD that contains all the

listening passages suggested by the symbol  throughout the text.

The explanation directed to the teacher will be presented in charts with discontinued
borders.
109

CHART ADOPTED IN THIS COURSE


110

KEY TO THE PHONETIC SYMBOLS58


(To the teacher only)
A. Consonant Sounds
PHONETIC INITIAL MEDIAL FINAL IPA (WHEN
SYMBOL DIFFERENT)
[p] pen opera top
[b] boy about rob
[t] ten after sat
[d] day candy mad
[k] cat second neck
[g] go again egg
[f] food before knife
[v] voice never believe
[s] see lesson bus
[z] zoo easy choose
[m] me amount come
[n] no animal soon
[l] like alive well
[r] red very door []
59
[w] walk away
59
[y] yes canyon [j]
59
[h] house behind
[] thin anything bath

[] the father bathe

[] she machine fish


60
[] pleasure sabotage

[t] child teacher speech

[d] job agent page


60
[] think king

58
This chart is adapted from Orion (1997, p. 7-8).
59
This sound does not occur in final position.
60
This sound does not occur in initial position.
111

B. Vowel Sounds

PHONETIC INITIAL MEDIAL FINAL IPA (WHEN


SYMBOL DIFFERENT)
[iy] each receive key [i]
[] if sit sunny61

[ey] able take pay [e]


59
[] egg bread
59
[] apple cat

[uw] ooze ruler do [u]


60 59
[] book

[ow] own boat no [o]

[] all ball law

[y] oil noise boy []

[] army not Ma

[ay] ice bite tie [a]

[aw] out house now [a]

[] up cut soda []62 and []63

[r] earn girl sister [ɝ]64 and []65

61
When in final position [iy] and [] are heard in standard American English.
62
[] In the IPA this symbol is used in stressed syllables.
63
[] In the IPA this symbol is used in syllables that are not stressed.
64
[ɝ] In the IPA this symbol is used in stressed syllables.
65
[] In the IPA this symbol is used in syllables that are not stressed.
112

Unit 1

1 Building Awareness

It is necessary to become aware of the importance of pronunciation before starting the


course, especially if you are an English teacher. Most students of English may only face
pronunciation for the first time when they are in advanced courses (many will not face it
at any time at all), but, at this moment, they really feel betrayed by their previous
teachers that did not teach them many aspects of pronunciation. Besides, they feel
frustrated by the idea that they have wasted time and money learning things wrongly or
improperly. You must bear in mind that it is your role to become prepared to deal with
pronunciation because your students deserve receiving this kind of knowledge, even if
you do not feel like doing it either because you do not like it or you do not feel secure
about it.

If you are aware of the importance of pronunciation, your commitment makes


improvement in pronunciation better.

2 Reference Text: The Our Father66


Every unit will be started with an exercise that emphasizes the listening and
production of the same piece of text/recording, which will enable you to notice your
own development throughout the course.

For this exercise, the prayer of The Our Father was chosen. Since every prayer has its
own rhythm and pace culturally established, by following it you can start getting rid of
your native language rhythm patterns.

 The Our Father (Without the transcript):

a) Listen to the prayer once.


b) Shadow the prayer while listening to it for the second time.

66
SCALLON, Fr. Kevin. The Rosary. Donnellson: Heartbeat, 1992. 1 fita cassette (90 min).
113

What is shadowing?

Shadowing is an exercise that consists of saying a text aloud at the same time you hear
the speaker. The repetition is not afterwards but at the same time. It is also necessary to
follow the rhythm and intonation patterns the speaker is producing in order to be able to
follow him/her. (P.S.: This is a good exercise for interpreters because it enhances the
ability of hearing and speaking at the same time).

It is important that you repeat it along with them at the beginning so that they feel secure to do it on their own.

3 What is Involved in Pronunciation?


The idea of pronunciation may be vague in your mind. Think about what is involved in
pronunciation in your opinion and share it with your classmates.

Brainstorming:
On the board, write all ideas suggested by the students, like: how to pronounce words correctly, intonation, features of
connected speech, different varieties of English, phonetics, rhythm, stress, and so on.
You must keep on asking them until they mention the most relevant aspects of pronunciation: sounds in isolation,
stress, rhythm and intonation. If your students do not come up with it, you can help them by giving some tips of what
you want them to say, and if it does not work, you add it yourself.
Now you must highlight the elements on which you are going to work explaining that these are the basic elements
studied in pronunciation: You must erase the other ideas mentioned so that they can really become aware of the basis
of pronunciation.

In this course, we are going to focus on four basic elements: sounds in isolation, stress,
rhythm and intonation. In the study of pronunciation, these four elements can be divided
in two levels:

 Segmental level: sounds in isolation


 Suprasegmental level: stress
rhythm
intonation

This division is easier to be shown from lower to higher level or vice-versa, but not mixing the order. E.g.: you may
start with the sounds in isolation and then you go to stress, which can be found in a word, and then rhythm and
intonation, which are found in the sentence level.
114

4 Sounds in Isolation
It is easier to perceive the sounds in isolation when you think of minimal pairs.

What is a minimal pair?

It is a pair of words in which all the phonemes are the same, except for one.

Examples:
bed bad
[bd] [bd]

sheep ship
[iyp] [p]
sheep cheap
[iyp] [tiyp]

Think of more examples of minimal pairs.

Always remember to say the words aloud and have the students repeat. Repetition will make them better at
pronunciation.

5 Stress
You can easily notice the difference in stress comparing homograph words from different
word classes. The stressed syllables are printed in boldface.

Examples:
to record (verb) to present (verb) to object (verb)
record (noun) present (noun) object (noun)

How is stress usually transcribed?

Dictionaries, in general, adopt two different kinds of stress mark:


 some use a  before the stressed syllable, like in the verb [rkrd];

 others use the  after the stressed syllable, like in the verb [r krd ].
115

6 Rhythm
The rhythm in the English language is based on the alternation of stressed and unstressed
syllables, unlike other languages which base their rhythm on every syllable.

The English speech, then, has its pace marked by the stressed syllables or prominences,
that is to say that the stressed syllables are said at regular time intervals. The unstressed
syllables, no matter how many, are squeezed in-between two stressed syllables.

Note that content words, the ones that carry meaning, are usually stressed while function
words, which express grammatical ideas, are usually unstressed.

Yet, it must be born in mind that the notion of rhythm helps a lot in listening. Sometimes
we do not understand an utterance because we are searching for hearing all the words the
speaker is saying and, since the English rhythm forces the speaker to squeeze some
words, the person who is listening may get lost.

Practicing the stress-timed rhythm67


 Clap your hands while saying the words in boldface. Remember that you must keep
the same pace until the end of the exercise.
 Insert each new word in the following line and produce them in an unstressed way
keeping the same pace. Note the contrast between strong and weak syllables and
especially that the pace is kept regular no matter the number of words or syllables
inserted in-between the stressed numbers.

67
This exercise is adapted from Underhill (1994, p. 71).
116

STRESSED X UNSTRESSED WORDS (RHYTHM)

1 2 3 4

1 and 2 and 3 and 4

1 and then 2 and then 3 and then 4

1 and then a 2 and then a 3 and then a 4

1 and then put a 2 and then put a 3 and then put a 4

1 and then you put a 2 and then you put a 3 and then you put a 4

1 and then you can put a 2 and then you can put a 3 and then you can put a 4

The exercise must be seen by all students (in a transparency or poster) so that they can follow it easily;
a) tell them that only the numbers are the stressed words in the sentences you and the students are going to read;
b) students should clap their hands in each number keeping the same pace. You must do it with them so that they do
not get lost;
c) repeat each sentence at once so that your students can follow it. After reading it through, you can repeat the
exercise again reading it all at once.

7 Intonation
This aspect of the English language is related to the different pitches the speech has. The
speakers of English rise and down their intonation depending on what they are willing to
say.

Greetings
Let‘s role-play the dialogue below:
DIALOGUE
JOHN: Hi, how are you?
MARY: I‘m fine thanks. How are you?
JOHN: I‘m fine.
117

Notice that we have two questions which are the same but the intonation pattern changes
from the first time we say How are you? to the second one. In the first question the
intonation rises in the word are and, in the second question, the intonation rises only in
the word you to show interest for the other speaker.

DIALOGUE
JOHN: Hi, how are you?
MARY: I‘m fine thanks. How are you?
JOHN: I‘m fine.

You must say the dialogue in Portuguese and then ask two volunteers to role-play it in English, so that you do not use
the English intonation before the students do so.

The dialogue above shows that the changes in pitch of an utterance help to convey
meaning.

8 Getting to Know the Phonetic Alphabet

 ABC‘s: Lullaby68

There is a famous ABC‘s song used to teach the alphabet to native children and foreign
learners of the English. Let‘s sing it together.

Play the song while students sing it along. Call your students attention to the rhythm of the song: a lullaby.
Since a lullaby is usually used to put children to sleep, tell your students you are going to teach them a more dynamic
way of singing the alphabet. In order to call their attention, besides the listening material, you are going to use a visual
aid: The Rainbow Alphabet

 The Alphabet Song (Rock and Roll69) and the Rainbow Alphabet

Let‘s have a look at the alphabet that follows. We have the same letters but they were
drawn with the colors of the rainbow.

68
Beall & Nipp (1977, side A).
69
Caudle & Caudle (1997b, side A).
118

By reviewing this song, you can link the common alphabet and the phonetic alphabet.
After reviewing the English alphabet, students should start viewing it in a different way so that they can learn a new
alphabet —the phonetic one. There is the rainbow alphabet in which all the letters are drawn with the colors of the
rainbow (different visual input), and an alphabet rock song which differs from the usual one in rhythm, at least
(different audio input).

Not only can the letters be drawn in different ways but also the alphabet song can be sung
in a different way. Let‘s listen to and sing this rock ABC song.

You must notice that the letter w can be read in two different ways.

Ask your students to listen to the rock alphabet following the rainbow chart (you can point out the letters while they
sing. In some parts of this song nobody sings but the rhythm is kept. Have yours students sing it by themselves in
these parts.
The purpose of this exercise is to show students that there are new ways of seeing the same thing. The alphabet can be
written.
They can noticed that the alphabet song can be sung in at least two different ways, the letters of the alphabet can be
found in different colors, and the sounds that we produce can be represented by different symbols. Therefore, they can
become more open to learn a new way of writing down the language they already know: through phonetic symbols.

Sounds and spelling


The alphabet we already know does not help much in pronunciation; it can be considered
just a signal of the sound. It is important to know, then, the sounds that the letters can
make, since the name of the letters do not help us a lot in pronunciation.
119

The problem of recognizing what sound is signaled by one letter also happens to native
speakers. There are even materials used to teach native children the sounds that can be
represented by the letters of the alphabet.

Let‘s have a look at one of the activities used to teach native children how to read.70

 Letter sounds 71

It is better to have a transparency so that your students can follow the CD easily. In a transparency you can cover the
other letters and make your students focus on the letter they are working on at the moment. Students are supposed to
repeat along with the CD reading the sounds the letter can make (following with the transparency).
After this, as a further practice, students are asked to repeat it again without the CD. To make the group work easier,
you say the name of the letter (to guide them and order the repetition) and students say the sound it represents and the
key word used in the transparency as it was done on the CD.

70
Caudle & Caudle (1997a, p. 2-8).
71
Caudle & Caudle (1997b, side A).
120
121

Phonetic alphabet
We already know that the common alphabet does not help in pronunciation, so we need
other symbols to represent the sounds that are produced in the English language. For
that, we have a phonetic alphabet to help us in pronunciation.

However, there are some different ways of representing the sounds, we can find different
patterns in the dictionaries. In this course we are going to use one set of phonetic
symbols but what can be done to help recognizing the symbols in different dictionaries is
to find the equivalence among the symbols used (see Phonetic Transcription
Correspondence, p. 164-167).

There is also a difference between American and British English, which appears in the
two phonetic alphabets that follow.

Compare the two charts and point out the different symbols you find between them.
122

The English Phonemes

British English
 i: j w t d

e : p t k l

  b d  r

 u: m n  h

 : f  s 

 : v  z 

e  a a

  e 

American English
iy   uw

  r 

 

ey
y ow

ay aw
p t k f  s  t

b d  v  z  d

m n  h l r w y
123

One difference that can be easily understood is the diphthong [w] that appears in the British English and [ow] that
appears in American English. Another great difference is the // which represents the stressed [] and which is not in
the alphabet we are using in this course. There is also the [r] which does not exist in British English because they do
not produce the [r] after a vowel at the end of a syllable.
You will need the phonetic chart during the whole course. It is a good idea to have it exposed in the classroom in a
way that all your students can follow it.

Vowels
The most important thing in relation to the phonetic alphabet is that students are able to read the symbol and produce
the sound represented by it. In order to make your students able to do so, whenever you have a phonetic transcription,
give the model first and have them repeat it after you until they are able to do it by themselves.
Read all vowels and have the students repeat after you.

The frontal ([iy], [], [], []), central ([], [r]) and back vowels ([uw], [], [], []) are

represented in the chart according to the place of articulation that they occur inside the
mouth.

You can explain it with your body by going forwards ([iy]), a little bit more central ([]), a little bit backwards ([]),
and more backwards ([uw]). Remember that students always repeat the sounds after you because it is the way they
learn how to link symbols and sounds.

The vowels are also classified according to the opening of the mouth as high ([iy], [],

[], [uw]), half-close or half-open ([], [], [r], []) and low vowels ([], []). This is

also shown in the chart: the lower the vowel appears in the chart, the lower the position
of the jaw when producing them.

In order to explain this vowel classification, you can show the movement of your jaw when saying the vowel sounds
(you must stand beside the chart and your mouth must be at the same position represented in the chart). You can also
use your hands, as if they were your mouth, opening and closing according to the vowel you are saying. E.g.: [iy]
mouth almost closed and hands closed; [] mouth and hands mid-closed, your jaw moves a little downwards; and []
mouth and hands very opened, your jaw moves downwards a lot. Do the same with the back vowels: [uw], [], [].
As regards the central vowel [] and [r], we still have to mention that [] is produced in a way that your mouth is
relaxed and [r] does not occur in British English.
While explaining that [] is pronounced in a relaxed way, you can show it by relaxing your entire body too. It makes
this information easier to be retrieved by the students.

Notice that, in British English, the postvocalic r at the end of a syllable is not
pronounced. Therefore a word like car would be pronounced [kr] in American English

but [k] in British English.


124

Read all the vowels again so that students can grasp the sounds.
Intensive repetition is very important for students because it enhances their pronunciation.

Diphthongs
The diphthongs are not problematic for Brazilian speakers of English and, only by
reading them, you will be able to understand the correspondence between symbols and
sounds.

It must be highlighted, however, that the diphthong [ow] corresponds to [w] in British

English. Moreover, the diphthong [aw] and [w] are interchangeable.

As it was done with the presentation of the vowels, have your students repeat each diphthong after you.

Writing the phonetic symbols


When writing down the phonetic symbols, you must pay attention to some of their
specific features:
 In the diphthongs, the [a] in [aw] or [ay] is different from the vowel [];

 In handwriting, we have to avoid writing a ―leg‖ in [] because it may look like the

symbol [a].

In order to make your symbols easy to understand, copy all the symbols bearing in mind
that the symbols are all lower case and appear between brackets [ ].

You must check each student‘s work to solve any doubt that may occur in writing down the phonetic symbols.

Key words
Finding a key word to each symbol makes it easier for you to memorize the
correspondence sound-phonetic symbol. It‘s better to use a very common word to
represent each symbol.
125

With a partner, find a key word for each of the phonetic symbols seen so far.

It is better to do this exercise in pairs so that students can feel free to check their understanding.
In order to check if they have chosen the key words correctly, correct this exercise on the board, writing all the key
words chosen by the students.
E.g.: [iy]: tea, sea, see
[]: ship, big, tip, kid
[uw]: you, flu, boot
After writing all the key words on the board, have your students repeat it.

Remember to have a copy of the phonetic chart in hand so that you can check the
symbols every time you want.

PHONETIC CHART
VOWELS
iy   uw

  r 

 

DIPHTHONGS
ey
y ow

ay aw (w)

CONSONANTS
p t k f  s  t

b d  v  z  d

n  h l r w y
126

9 Homework
 Write down the phonetic transcription of the minimal pairs listed below:
ship _________ sheep _________ done _________ Don _________
hill _________ heel _________ back _________ bike _________
sit _________ seat _________ hat _________ height_________
chicks _________ cheeks ________ van _________ vine _________
fill _________ feel _________ cat _________ kite _________
pants _________ pints _________
bill _________ bell _________
pin _________ pen _________ shot _________ shout _________
chicks_________ checks ________ Don _________ down _________
wrist _________ rest_________ R _________ hour _________
fill _________ fell _________ pond _________ pound _________
Scot _________ scout _________
pen _________ pain _________
wet _________ wait _________ buy _________ bow _________
tell _________ tail _________ aisle _________ owl _________
test _________ taste _________ tile _________ towel _________
pepper _________ paper _________ lied _________ loud _________

X _________ axe _________ far _________ fur _________


said _________ sad _________ star _________ stir _________
beg _________ bag _________ barn _________ burn _________
heart _________ hurt _________
cap _________ cup _________
hard _________ heard _________
bag _________ bug _________
sack _________ suck _________ shut _________ shirt _________
ban _________ bun _________ huts _________ hurts _________
rag _________ rug _________ bun _________ burn _________
bud _________ bird _________
hut _________ hot _________
gull _________ girl _________
cut _________ cot _________
cup _________ cop _________ lead ______ lid _______ lad _________
suck _________ sock _________ beat ______ bit _______ bat _________
run _________ Ron _________ seal ______ sill _______ Sal _________
luck _________ lock _________ dean ______ din _______ Dan _________

Further reading (only for a teachers group): if you are dealing with teachers, it is very important to make them aware of
the importance of pronunciation in English language teaching. Ask them to read the text: O lugar da pronúncia no
ensino da língua inglesa by the same author.130

130
Chapter II of this thesis will be photocopied to the students.
127

Unit 2

Be humble to learn pronunciation because every day you learn how to pronounce a new
word.

Let your students feel free to correct you and you correct them.

 1 Reference Text: The Our Father

a) shadow the prayer following the CD and your teacher.


b) repeat it, at least, twice.

If your students cannot do it, write the prayer on the board with their help.
Do the exercise together with the students in order to give them a model. They may not be able to do it by themselves
because of their difficulty in accompanying the recording or because of the level of their listening and speaking skills.

Reviewing the text O lugar da pronúncia no ensino da língua inglesa (For teachers group only)
 Write down the points of the text you find most relevant for the teaching of pronunciation.
Elicit from your students the most relevant aspects pointed out in the text. You can start this by asking about the title.
Below, you have a list of items cited in the text to help you check the understanding of the students about O lugar da
pronúncia no ensino de língua inglesa.
 Why pronunciation teaching?
Teachers have the illusion of teaching pronunciation implicitly and in fact they don‘t teach it at all. E.g.: one Spanish
teacher was asked if she used to teach English pronunciation and the answer was: [w ay downt ayd t] (Well, I

don‘t avoid it). She did not avoid teaching pronunciation but her answer had evident features of interference of the
Spanish phonological system. Because of this kind of interference, it is important to have authentic material, to be
used as input, in the English classes, so that your student have access to a reliable source;
 commitment to teaching English;
 pronunciation is placed as a basis for listening and speaking;
 the levels of pronunciation;
 the changes of emphasis in the teaching of pronunciation (first focus on segments, then suprasegments, and then a
combination of both);
 the changes of goal in the quality of pronunciation to be acquired (first native-like, then intelligible enough to be
understood by native speakers, and now to become intelligible among non-native speakers of English — taking
into account small features that can enhance communication, such as: knowing that the letter v in Spanish sounds
like [] and not like [v] or that Japanese use [u] as a ―vogal de apoio‖ in syllables closed with a consonant);
 the importance of balancing accuracy and fluency in the student‘s assessment (idea of students as monitors).

2 Homework Correction

Have your students write, on the board, the transcription they prepared as homework. Each student can write one set of
words.
Read the transcription while correcting them, students must read them after you. It is better to read the minimal pairs
and not the word sets.
128

If there are corrections to be made, do it by using a chalk of a different color so that students are able to see the
correction easily among so many symbols.
Also correct the way the symbols are written like: lower case [a] in diphthongs, instead of [], and so on.

When studying the minimal pairs, we can easily find some hints on spelling and
pronunciation. These clues can help when you are in doubt among a few sounds.
 When you are in doubt if the sound to be produced is [iy] or []:

if there is a diphthong in writing, the tendency is to use the long [iy] (e.g.: cheap), if
there is no diphthong, the tendency is to use the shorts [i] (e.g.: chip);
 When you are in doubt if the sound to be pronounced is [] or []:

the words written with an e alone tend to have the [] sound (e.g.: pen). If the letter a

is alone, the probable sound for it is [] (e.g.: pan);

 If there is a diphthong in the written form, the most probable sounds are [] or [iy]

and never [] or [] (e.g.: said [sd], leave [liyv], respectively);

 The letters x stands for either [ks] or [gz] usually following the rule below:

Ex- Pronunciation131
 /ks/+ C or V (stressed syllable) excellent, exit, exercise, expert

 /ks/+C (unstressed syllable) excuse, exception, extreme, express

 /z/+V (unstressed syllable) example, exist, exact, exotic

Call your students attention to the fact that the pronunciation of ex- changes according to the syllable stress.

3 Reviewing the Phonemes Studied


a) The teacher will read all the vowels and diphthongs from the chart.
b) Repeat each sound after him.
c) Read all the sounds from the chart without the teacher‘s help.

131
Extracted from Castro (1981, p. 175).
129

Have the students repeat all the phonemes as many times as necessary for them to be able to say them by themselves.
Highlight the importance of the schwa sound for the English vowel reduction system.

4 Getting to Know the Consonant Sounds


The consonants are not usually a problem for Brazilian learners of English.

Note:
 The phoneme [] is a bit difficult to be understood, but we just have to remember that

it stands for the nasal sound sometimes found in the Portuguese word banco.
 The phoneme [h] is just a blow of air passing through your throat, there is no
vibration of your vocal cords.

In order to present the consonant sounds, you should read the first and the second lines together saying the pairs of
voiced and voiceless consonants which have the same place of articulation. Students repeat after you:
E.g.: [p] — [b]
[t] — [d]
and so on.
After comparing the voiced and voiceless sounds, you can go to the third line, which has only one voiceless consonant:
the [h] sound. First, you read the symbol and then you have your students repeat after you.

5 The Schwa []

The schwa is the most recurrent vowel sound in English, so it is very important for
learners to know how to produce it or recognize it when listening to speakers of English.

The schwa is used in unstressed syllables, then it is very useful when we are dealing with
words of two or more syllables.

6 Homework
4 a) Write down a key word for each consonantal phoneme studied.
5 b) Write the transcription of the following prepositions:
130

PREPOSITIONS
1. about 11. behind 21. off
2. above 12. below 22. on
3. after 13. between 23. over
4. against 14. close to 24. since
5. along 15. for 25. than
6. around 16. from 26. through
7. at 17. in 27. under
8. of 18. in front of 28. with
9. because of 19. to 29. within
10. before 20. toward(s) 30. without

Since prepositions are usually unstressed words within a sentence, the students will find many occurrence of [] in the
transcription. By asking them to do this exercise on prepositions, you are making your students aware of the presence
of the schwa in unstressed words or syllables.
131

Unit 3

1 Reviewing the Symbols


Some vowel sounds may still be difficult for you to produce. Below there are some
features of the English vowels or hints that can help in the production of these sounds,
which are considered a difficult aspect of the English pronunciation:
 [] — it is very tense and very frontal, it is not like the Portuguese ―é‖ which is more

relaxed and a bit longer;


 [] — it is more relaxed and more towards the central part of the mouth, if compared

to the position of [];

 [] — it is round;

 [] — it is back (note that the Brazilian a is usually central);

 [] — pronounce the Portuguese letter e [e], keep your mouth in this position and try

to say the letter i. Another possibility is start saying [iy] but do not complete it;
 [] — pronounce the Portuguese letter o [o], keep your mouth in this position and try

to say the letter u. Another possibility is start saying [uw] but do not complete it;
 []  it is the most relaxed and central sound.

[], [], [] — draw a chart with these three sounds keeping the same position they have in the complete vowel chart
and make your students repeat them intensively.
Before reading the special features of the vowel sounds above, ask the students to read the vowel chart by themselves
so that you can check their understanding and production and also see what difficulties they have in producing certain
sounds.
a) ask one student at a time to say one of the vowel symbols — helping or correcting when necessary;
b) say all the vowel sounds again while the group repeats it;
c) ask the students to read the symbols you point at random.
 point to the symbol you want the student to read following the sequence of students in the class; or
 follow the order of the vowels in the chart but ask students at random to read the symbols you are pointing at.
d) read now the diphthongs.
Note: when reading the chart, check the main difficulties your students have:
 remembering the correspondence between sound and symbol;
 producing some of the sounds.

2 Reference Text

 The Our Father

This time, you are going to shadow the prayer following the transcription.
132

a) Repeat the prayer with the CD;


b) Read it without the CD, but with the teacher.

THE OUR FATHER


OUR FATHER, who art in heaven, hallowed be Thy name: Thy kingdom come: Thy
will be done on earth as it is in heaven. Give us this day our daily bread: and forgive us
our trespasses as we forgive those who trespass against us. And lead us not into
temptation: but deliver us from evil. Amen.

3 Homework Correction
a) Key words:
Consonant key words
Check with your colleagues the key words they found out for the consonant sounds and
pay attention to the following special features the English consonant sounds have:

The key words for the consonant sounds are easy for your students to find, but use these examples to highlight some
small features of the English consonants.
First of all, do as you did with the vowel key words: ask for the ones the students found and write all of them on the
board.
 [p]: pen, pocket;
 [b]: ball, bay, bill;
 [t]: toy;
 [d]: day, distance.

 T and D in some contexts are pronounced in a different way as in the words city and
lady in American English. American people call it a quick ―d‖, which is the closest
sound for them. So it is a bit different from the [] Brazilian speakers of English tend

to use in this place. The transcription for this occurrence is [ t ] or [ d ].

 The [t] is often replaced by a [] — glottal stop.

The glottal stop may be used as an allophone132 of the phoneme /t/ in certain
positions. This is known as ―glotalling‖ or ―glottal replacement‖. This use of [] is

132
According to Trask (1996, p. 16), ―Allophone is one of two or more phonetically distinct segments
which can realize a single phoneme in varying circumstances. (...) For two phones to be classed as
allophones of a single phoneme, they must exhibit phonetic similarity, and they must not be in contrastive
distribution‖.
133

not recommended by many people. Nevertheless, it is increasingly heard, especially


in British English.
Note, however, that [] is found as an allophone of /t/ only:

- at the end of a syllable;


- when the preceding sound is a sonorant (= vowel, diphthong, liquid, or nasal).
According to Wells (1990), in both British and American English, the glottal stop is
widely used where the following syllable begins with a nasal:
- atmospheric [tmsfrk] > [msfrk]

- button [btn] > [bn]

 [k]: kid, kiss;


 [g]: go, goal.

 [p], [b], [t], [d], [k], [g]

In order to explain one feature of the consonants cited above, you have to explain the difference between voiced and
voiceless sounds.
a) before giving the theory, ask your students what the difference is between the first two consonant lines of the
chart;
b) in the first line, consonants are voiceless, that is, when they are produced there is no vibration of the vocal cords;
the consonants in the second line are all voiced, i.e., when they are produced, the vocal cords vibrate;
c) if you put your hands on your neck you will feel if your vocal cords are vibrating or not; you can also close the
ears with your hands and produce the sounds, if you hear it inside our mouth, you are producing a voiced sound.
Note: the phoneme must be said alone, that is, with no vowel following it because all vowels are voiced and you will
not be able to distinguish voiced from voiceless consonants.

Voiced and voiceless sounds


When you pronounce voiced sounds, your vocal cords will vibrate. When
you pronounce voiceless sounds, your vocal cords will not vibrate. The
vibration of the vocal cords is easy to be checked. Place your fingers on
your throat and feel the difference: the vocal will only vibrate when you
produce voiced phonemes.

VOICELESS X VOICED
vocal cords do not vibrate vocal cords do vibrate
134

Practice
Repeat all the consonants, checking if they are voiced or voiceless by placing your
fingers on your throat.

This classification of voiced or voiceless consonants is not just theory but a very
important aspect of the consonants and, if you know it, it will help you a lot in
pronunciation.

Aspiration Rule
The voiceless plosives133 in English (i.e. [p], [t], [k] — the sounds that appear in the
Portuguese word ―peteca‖) are produced with aspiration only when they start a stressed
syllable.

After the explanation, repeat only the voiceless plosives with aspiration.

If you say the voiceless consonants [p], [t], [k] without aspiration, speakers of English
will hear their voiced correspondent. This will certainly hinder communication. One
example of this is the world people which has already been understood by native
speakers as [biybow].

 [f]: friend;
 [v]: vet;
 []: thin, think, thanks;
 []: there, then, than, that, the, this.

Attention to the pronunciation of the words below:


their there they‘re
These three words can be considered homophones, that is they can be pronounced in the
same way: [r].

133
According to Trask (1996, p. 281), Plosive is a oral stop consonant, ―whose articulation involves a
complete closure of the vocal tract held long enough for air pressure to build up, followed by a sudden
release of the trapped air‖, they are: /p/, /b/, /t/, /d/, /k/, //.
135

Note that they‘re can also be pronounced [eyr] and there, when unstressed, can be

pronounced [r].

To practice and memorize this pronunciation, remember the following statement:


They‘re there on their seats.

 [s]: son, sun, sister, silver;


 [z]: zoo, zebra;
 []: sharp, she, shout;
 []: pleasure.

 [], this sound does not occur in initial position.

 [t]: chip, cheese;


 [d]: college, jump, jingle;
 [m]: man, room, moon, mom;
 [n]: nice, nine, sun, noun.

 [m], [n], []

Brazilian speakers tend to nasalize the vowel that precedes [m] or [n], but in English this
nasalization does not happen. There is a difference between [m] and [n] when they are at
the end of a word in English.

Compare:
team teen
[tiym] [tiyn]
and not [tiy]

In order to avoid the nasalization of the vowel that precedes the nasal sounds, you have to
say the vowel and then add the nasal consonant. Follow the example:
green > [riy] + [n]

 []: song, thing.


136

NG Pronunciation Rules134

There may be some confusion about the sound the letters ng represent. The following
rules may help to make it clear.

Rule 1
When a word ends in the spelling ng or ngue, the sound represented is always one sound,
[], as in king.
1. strong [str]
2. sing [s]
3. bring [br]
4. tongue [t]

Rule 2
When a suffix (for example, -s, -er, -ly, -ed, -ing, -ster, -ish) is added to a word ending in
the sound [] as in king, the letters ng are pronounced [], with a few exceptions.
1. sings [sz]
2. singing [s]
3. singer [sr]
4. youngster [ystr]
5. kingly [kliy]
6. youngish [y]
7. banged [bd]

Exceptions to this rule: In comparative and superlative forms of the following adjectives,
ng represents two sounds, [] + [g] = [g].

ADJECTIVE COMPARATIVE SUPERLATIVE


long [l] longer [lgr] longest [lgst]
young [y] younger [ygr] youngest [ygst]
strong [str] stronger [strgr] strongest [strgst]

Rule 3
When the spelling ng occurs in the middle of the stem or root of a word, it is represented
by two sounds, [g], with a few exceptions.
1. finger [fgr]
2. mingle [mgl]
3. single [sgl]
4. anger [gr]

Exceptions to this rule:


Proper Names: Washington [wtn]

134
These rules are adapted from Orion (1997, p. 320-322).
137

Farmingdale [frmdeyl]
Springfield [sprfiyld]
Words: gingham135 [gm]
strength [strk] or [str] (alternate pronunciation)
length [lk] or [l] (alternate pronunciation]

Rule 4
When n is immediately followed by c, x, or k, it is usually pronounced [k], two sounds.
1. anchor [kr]
2. anxious [ks]
3. link [lk]
4. thank [k]

Rule 5
The spelling nge in medial or final position usually represents two sounds, [n] + [d] =
[nd].
1. strange [streynd]
2. change [teynd]
3. arrange [reynd]
4. orange [rnd]

 [h]: hot, hand, horse, hotel.

 [h]: the word human can be pronounced either [hyuwmn] or [yuwmn].

 [l]: long, lock, laundry, bill.


The [l] at the end of words is a bit difficult for Brazilian students to produce, so it is better to give more examples such
as while, tall, etc.

 [l]: attention to this sound when it appears at the end of a word like in while, tall, bill,
etc.

 [r]136: rabbit, rat, run.


It is important to highlight that the sound we produce in these words are different from the [h] students usually
produce. E.g.: rat [rt].and not hat [ht].

135
Gingham: a cotton material that has a pattern of squares.
136
Note that in the IPA this type of [r] would be transcribed as [].
138

 [r]: Brazilian speakers must always remember that the [r] in English is different from
the [h], which is produced in Portuguese when there is a letter r in a word.
 [w]: wolf, water, way;
 [y]: yellow, you, yak, yet, young, youth.

 [w], [y]: both [w] and [y] are called glides because they are brief versions of [i]
and [u] and never occupy the syllable nucleus.

In order to help your students in the production of these glides you can use this device.
a) On the board, write the following:
y a w a
e e
i i
o o
u u
b) read each line emphasizing that [y] is not an i, but a glide to the vowels. You can use your hands to help in the
assimilation of the glide (move your hand from a downward position to an upward one, making a wave and not a
line — the movement must be fast to show that these sounds do not take long to be produced);
c) call attention to the production of [y] plus the vowel i in the chart, because it is what happens in words like year;
the same must be pointed out with [w] plus u, like in woods.

Read all the consonants again, having in mind the notion of voiced and voiceless sounds
that you have just learned. Repeat the consonants, placing your fingers on your throat.

At this time, you can review the sounds repeating with them. It is also important to bear in mind that, in the first line
of the chart, we have voiceless sounds; in the second, voiced ones and, in the third, voiced ones, except for [h].

b) Prepositions

Students take turns going to the board to write the transcription. Follow the procedure of correction given in unit 2.

Some prepositions present different pronunciations. Since prepositions are function


words, it is better to pronounce the unstressed form (usually with a schwa), because the
stressed form, in some contexts, would sound artificial.

Keep the transcription with the schwa on the board in order to call attention to connected speech and not to the sound
of the word in isolation.

There are also some other details to be mentioned:


 [] and [] are interchangeable;
139

 against: [ntst] or [nst] (native speakers tend to say the first form);

 close as an adverb is transcribed as [klows], the verb is [klowz];


 in connected speech, some sounds undergo changes. E.g.:
close your this year
[klouz] [yr] [s] [yr]

[klouyr] [yr]

 in American English, on is very commonly said [n];

 with in certain conditions is [w] and in others [w];

 toward(s) [trd(z)], [twrdz] or [twrdz]; forward [frwrd];

 minimal pair: than then


[n] [n].

4 -ed Pronunciation Rule

a) first of all, you have to review the voiceless and the voiced sounds since this distinction is essential to the
comprehension of this rule;
b) then, start the presentation of the rule. It is very useful to use the board so that students can have a clear view of
the rule;
c) write the name of the rule and tell them that the pronunciation of the –ed ending is one of the biggest problem for
Brazilian speakers even for proficient speakers of English;
d) ask your students: ―When do we add -ed in English words?‖ According to their answer, write on the board: we use
the –ed ending rule with the past tense of regular verbs;
e) tell them that the –ed ending has three different pronunciations: [d], [d] and [t];
f) explain that this rule is based on sounds and not on spelling.
Note: While explaining the rules, ask your students for examples because they already know the voiceless and voiced
sounds.
 if a verb ends in a voiced sound, we add only [d] to it because [d] is also voiced (learn [lrn] > learned [lrnd]);
 when the verb ends in a voiceless sound, we add only [t] since it is also a voiceless sound (kiss [ks] > kissed
[kst]);
 and if the verb ends in [d] or [t], we add [d] to help the production as it would be impossible to say [dd] or [tt]
(need [niyd] > needed [niydd]; want [wnt] > wanted [wntd]);
 then you add that a voiced sound, except [d], is followed by [d] and the voiceless sound, except [t], is followed by
[t];
 on the board, the rule would be like the one they have on their textbook.

[d] — after [t] or [d]

-ed [d] — after voiced sounds except [d]


[t] — after voiceless sounds except [t]

Note: this rule is based on pronunciation and not in spelling.


140

One important point of this rule that also helps in the production is:
 you do not add a syllable when you add [d] or [t]:
call > called look > looked
1 1 1 1
 but you do add a syllable when you add [d]:

need > needed


1 2

In the end, if you are not sure about the correct pronunciation, it is better not to add an
extra syllable because it is a fact that hinders communication.

g) read the rule with them.

PRONUNCIATION OF THE -ed ENDING

The regular past endings –ed is pronounced as follows:

a) [d] after vowels and voiced consonants: [b], [g], [v], [], [z], [], [d], [m], [], [l], [r]

(except [d]).
tried [trayd]
used [yuwzd]

b) [t] after voiceless consonants: [p], [k], [f], [], [s], [], [t] (except [t]).

passed [pst]

worked [wrkt]

c) [d] after [d] and [t].

ended [ndd]

started [strtd]
141

5 Homophones
There are some of these regular past verbs that have homophones 137, so it is very useful
to know these similarities because it helps in memorization. (See correction at Appendix B.)

[d] [t] [d]


sighted
allowed bussed sited
aloud bust cited
banned chased waited
band chaste weighted
bawled guessed
bald guest
bowled leased
bold least
bowed missed
bode mist
bored passed
board past
brewed paced
brood paste
billed
build
cowered
coward
invade
inveighed
fined
find
mined
mind
mowed
mode
purveyed
pervade
sighed
side
stayed
staid
straightened
straitened

137
According to Trask (1996, p. 172), homophones are ―either of two or more words which have different
meanings but identical pronunciations; homophones may or may not be spelled differently. Examples:
flour/flower; bear ‗large animal‘/bear ‗support‘/bare; tide/tied‖.
142

swayed
suede
tied
tide
weighed
wade
wheeled
wield

Each student reads one block of homophones and, as homework, they can transcribe them. Note that there will be only
one transcription for each block since they are homophones.

6 Shadowing

 Texts:  Diagnostic Passage and Accent Checklist

 What Must the Sun Above Wonder About?

a) Listen to the rendition of the texts done by native speakers of English.

b) Along with the CD, try to shadow the recording. Remember to follow the pace,
rhythm and intonation of the recorded speaker.

According to Geddes et al. (1991, p. 6), shadow exercises help you:


 improve your pronunciation and intonation;
 speak with more expression;
 speak more flowingly.

7 Homework
a) Transcribe the list of homophones provided.

b) Write the phonetic transcription for the following words. Remember to use the
symbols from the chart.
143

Model: home [howm] house [haws]


1. banana 16. always
2. three 17. dough
3. Paul 18. full
4. John 19. should
5. people 20. musician
6. rhythm 21. pounds
7. build 22. young
8. woman women 23. mouth
9. man men 24. doubt
10. says 25. whistle
11. chocolate 26. Wednesday
12. sequence 27. together
13. nervous 28. island
14. talk 29. bored
15. beat bit bait bet bat 30. wings
144

Unit 4

1 Reference Text

 The Our Father

a) say the prayer along with the CD;


b) say the prayer without the CD;
c) repeat once again with the CD.
As time goes by, the prayer does not seem to be as difficult/fast as it was at the beginning
of the course.

2 Reviewing the -ed Rule

Ask students to review the rule and write the possible endings on the board. Follow the steps on the students‘
textbook.

Think of an example, for each rule, different from the ones used in the previous class.

While they think of an example, write the following on the board:


[t]
verb [d] verb +ed
[d]
Using the examples given by the students, do the following exercise:
 first student say one verb;
 second student say the ending we should add to this verb ([d], [t] or [d]);
 third student say the verb in the past tense.
(You have to remind them that when the ending is [t] or [d], we do not add an extra syllable to the verb.)
Keep doing the exercise until the verbs they suggested are over.

3 Story: The Lion and the Mouse138


a) tell them that they are going to hear a story and ask them if they have any idea of what kind of story they are
going to hear;
b) ask them how we call the stories that mothers tell to their children (answer: bedtime story);
c) ask them to explain the expression bedtime story (answer: a story that puts you to sleep; it is not a story to go to
bed or to make you sleep);
d) play the story once (the explanation of bedtime story is given by the narrator);
e) ask them to open their books and fill in the blanks in the transcript;
f) play the story at least three times.

138
This story is told by Lewis (1986, side A).
145

Fill in the blanks in the story below while listening to the recorded material.

 Bedtime story

THE LION AND THE MOUSE

One day a mouse was walking near a ________ layer, ________ what

they call a lion’s cave. He ________ his home in there.

The lion sprang upon the mouse, ________ it in his ________. The big

cat ________ the little mouse and ________ up his ________. The mouse said:

some day, Sir, you may need a favor, too. And if you’re kind to me right now,

then I’ll be kind to you.

The lion ________, you’re much too small to be of use to me, but, on a

whim, he put him down. OK, he ________. You’re free. The little mouse said:

Thank you, Sir. __________ out aside. Do you know the day came when the

mouse ________ he was right. For the lion was caught in a ________ net and

he ________: “Oh me! Oh my!”. The mouse out with the wife and ______

________to be strolling by. The mouse ________ a hole in the ________ net so

big, I’m telling you, an entire troop of __________ could have gotten through.

From that day on the lion and the mouse were the closest ________.

They ________ happily ever after.

And ________ the way the story _______.


146

g) correction:
 have one student write the answers on the board;
 each student reads the text stopping at the word missing and say it to the colleague who is on the board.
Note: If students do not get the correct missing word, play the CD again so that they have another chance to grasp it.
h) Answer key: lion‘s, that‘s, makes, grabbed, paws, sniffed, opened, jaws, laughed, smiled, Scampered, proved,
hunter‘s, roared, kids, happened, chewed, hunter‘s, elephants, friends, lived, that‘s, ends;
i) after the correction, students shadow the story with the CD;
j) repeat all the verbs in the past (they all have only one syllable);
k) each student can repeat one verb, this can be done in a row.

-ed ending practice


Say the past tense of the verb supplied by the teacher.

Oral exercise
a) read the base form of a verb, e.g.: prefer;
b) one student says the past form of the verb, e.g.: preferred;
c) all students repeat.
 If a student makes a mistake, write the transcription on the board in order to help them.
 You can also add some irregular verbs to the exercise.
 In Pronunciation Games (Hancock, 1995, p. 23), there is a list of verbs that can be used in this exercise: worry,
remove, divide, become, forget, prefer, invite, behave, attract, respect, observe, appear, wonder, explain, suffer,
repeat, enjoy, report, support, offer and so on.

4 Adjectives Ending in -ed


The adjectives ending in -ed follow the same rule as the regular verbs, but there are some
exceptions.

ADJECTIVES ENDING IN -ED: PRONUNCIATION139


A few adjectives ending in -ed have a special pronunciation: the last syllable is
pronounced [] instead of [] or []. They are:

aged [y] (=very old) naked [y]

beloved [] ragged []

blessed [] rugged []

crooked [] sacred [y]

cursed [r] wicked []

dogged [] wretched []

learned [r] one/three/four legged []

139
Extracted from Swan (1995, p. 8).
147

Note that aged is pronounced [y] when it means ‗years old‘ (as in He has a daughter

aged ten), or when it is a verb.


Other adjectives ending in -ed always have the normal pronunciation, with [] only after

[] or [].

tired [yr] hunchbacked [] undecided [y]

a) ask one student to read the explanation;


b) read the examples and students repeat;
c) give examples of usage:
beloved [blvd] son
aged [eydd] wine
d) now, you can compare the pronunciation of the regular verbs in the past and the adjectives, pronouncing both
forms:
v. [eydd] adj. [eydd]
e) students repeat after you.

5 Dialogue: -ed Ending Rule


Work in pairs and transcribe the underlined letters. There are some verbs and some
adjectives ending in -ed.
-ED ENDING EXERCISE140
Directions: With your partner, discuss the pronunciation of the -ed endings in the words below.
Then write the correct pronunciation in the diagonal marks provided: [t], [d], and [d]. Practice
reading the dialogue, focusing particularly on the correct pronunciation of the endings.

Sam: So, you visited the marital counselor I recommended?


[ ] [ ]
Laura: Yes, we visited him, and wasted fifteen minutes of our valuable time!
[ ] [ ]
Larry: Not to mention the fact that he charged us an arm and a leg!
[ ]
Laura: For once, I agree with you. We were definitely ripped off!
[ ]
Larry: Well, I warned you it would be a waste of time, but you insisted we go.
[ ] [ ]
Laura: I insisted? You dragged me there!
[ ] [ ]

140
This exercise was suggested by Celce-Murcia et al. (1996. p. 263).
148

Sam: Laura, Larry, control yourselves!


You should be ashamed, fighting like a pack of four-legged animals.
[ ] [ ]
Larry: She started it.
[ ]
Laura: No, he did. He claimed it was my fault.
[ ]
Sam: Let‘s stick to the naked facts. Tell me exactly what Dr. Otter talked to you about.
[ ] [ ]
Laura: Not a blessed thing! We waited over an hour in the reception room,
[ ] [ ]
and then his secretary ushered us into the office.
[ ]
Larry: Then after five minutes, he glanced at his watch and stated that he had another
[ ] [ ]
appointment.
Laura: What wretched treatment! I‘ve never been so offended!
[ ] [ ]
Larry: I warned you it would be a waste of time, didn‘t I?
[ ]
Laura: You warned me? Who called and made the appointment?
[ ] [ ]

Have your students read the dialogue in the following way:


a) each student is going to read one line of the dialogue, repeat the word asked to be transcribed and then the -ed
ending sound, e.g.:
Student: so, you visited the marital counselor I recommended?
visited
[d]
recommended
[d]
b) do the same thing up to the end of the text correction.
After the correction, have your students repeat, after you, all the verbs and adjectives ended in -ed from the dialogue.
Note:
 If a student makes a mistake, supply the write pronunciation writing the transcription on the board and have all the
students repeat the correct form.
 Also call their attention to the fact that what matters in the end of the verb is the sound not the spelling. E.g.: to
state — finishes in e, a vowel, but the final sound is [t] so the -ed ending is [d].
149

6 Adjectives X Verbs (-ed endings)

 Mother Mary

You are going to listen to a song called Mother Mary. Pay attention to a regular past
verb and an adjective ending in -ed that are said in the song. Which word is said as an
adjective ending in -ed and which is said as the past tense of a regular verb?

The word blessed is the answer for the question above. Have your students repeat it after you, once as a verb and once
as an adjective, so that they can see the difference in pronunciation.
Play the song again and ask them to focus on the word blessed said in two different ways.

7 Diagnostic Passage

 Below you will find the transcript of the text you have heard in Unit 3.

Diagnostic Passage and Accent Checklist141


If English is not your native language, people may have noticed that you come from
another country because of your ―foreign accent‖. Why do people usually have an accent
when they speak a second language? Several theories address this issue. Many people
believe that only young children can learn a second language without an accent, but
applied linguists have reported cases of older individuals who have mastered a second
language without an accent. Another common belief is that your first language
influences your pronunciation in a second language. Most native speakers of English
can, for example, recognize people from France by their French accents. They may also
be able to identify Spanish or Arabic speakers over the telephone, just by listening
carefully to their pronunciation. Does this mean that accents can‘t be changed? Not at
all! But old habits won‘t change without a lot of hard work, will they? In the end, the
path to learning to speak a second language without an accent appears to be a
combination of hard work, a good ear, and a strong desire to sound like a native speaker.
You also need accurate information about the English sound system and lots of exposure
to the spoken language. Will you manage to make progress, or will you just give up?
Only time will tell, I‘m afraid. Good luck, and don‘t forget to work hard!

141
Suggested by Celce-Murcia et al. (1996, p. 398).
150

a) Listen to the recording and, meanwhile, take notes of any kind of observations related
to pronunciation. You must pay attention to sounds in isolation, intonation, liaison or
any other pronunciation features you want to.
b) Listen to it again and check your notes.
c) Shadow the text.

8 Homework
Transcribe the words and sentences you read in the first recording, before the course
began.

WORDS
1 elephant 12 from
2 us 13 common
3 another 14 across
4 neighbor 15 jealous
5 the 16 person
6 circus 17 sofa
7 was 18 original
8 about 19 again
9 computer 20 cupboard
10 her 21 machine
11 Canada 22 Statue of Liberty
SENTENCES
1 He was coming to see us.
2 The neighbor gave us another stupid answer.
3 There was a common elephant in the circus across the street.
4 Tell her about your computer from Canada.
5 Sara was a very famous person and Thomas was very jealous of her.
6 The original cupboard was much bigger and the sofa was more spacious.
7 He said it wasn‘t enough to trouble us.
151

Unit 5
1 Reference Text

 The Our Father

a) Say the prayer without the CD, paying attention to the pronunciation of the words we
have in The Our Father.

At this time, your students will pray by themselves because the aim of this exercise is to check the pronunciation of
each word in the prayer.
One pronunciation feature that occurs a lot in this prayer, and that is a problem for Brazilian speakers of English, is the
th sound — // or //. In order to grasp the difference between them, it is advisable to show which are the phonemes
we usually use to replace them.
a) call your students attention to the words in the prayer that have th in spelling;
b) tell them that we usually replace the phones // and //, which are found in words with a th in spelling, by the
following sounds:
 // — [t], [f], [s]
 // — [d]
c) explain that we, Brazilian speakers of English, replace them with a phoneme with the same voicing, so it is easier
to notice when I have to use // or //;
d) ask them to repeat the prayer, but this time stressing the ―th‖ sound;
e) play the CD and ask your students to say it along with the recording.
Note:
 whenever you have the chance to practice the phonemes, as in the previous explanation, not only say the
phonemes yourself but also ask your students to reproduce them. The more you practice, the better.
 ask your students to learn the prayer by heart (in order to have a better fluency focusing primarily on
pronunciation).

b) Shadow the prayer following the recording.

2 Homework Correction
Some notes on the correction of the words to be transcribed:
a) Paul — be careful with this pronunciation. Brazilian speakers tend to say [pow] instead of [pl];
b) John — [dn] is a possible pronunciation, but Americans prefer [dn];
c) people — attention to the pronunciation of the final [l], because in Brazil people tend to say it like [piypow],
which sounds very strange to the American speaker. Another important point to highlight is the aspiration in the
first syllable: [phiyp()l];
d) woman — there is a glide /w/ at the beginning of this word and then the vowel sound //. Instead of producing
this sequence [w], sometimes Brazilians tend to use the vowel /uw/ at the beginning of this word;
e) says — remember the spelling rules:
 a alone in spelling tends to be pronounced as //, e.g.: man,
 e alone in spelling tends to be pronounced as //, e.g.: men,
 diphthongs in spelling tend to be pronounced as //, e.g.: says;
f) chocolate — pay attention to the pronunciation of this word. Note that there is no diphthong in the pronunciation
of this word, so the correct form is [tklt] or [tklt], but never [tkleyt];
g) nervous — attention to the –ous ending, which is always pronounced like [s] and students usually produce it as
[ows], which is not a correct pronunciation;
h) beat, bit, bait, bet, bat — are minimal pairs;
152

i) always — attention to the // at the beginning of this word and the /l/ right after it. Students tend to pronounce
this pair of phonemes as [w]. Other examples are: also, although;
j) dough — Americans usually play with the spelling but the pronunciation does not change: doughnut or donut
have the same pronunciation [downt], the same happens with night/nite and light/lite;
k) should — the modals should, could, would follow the same pattern, only changing the first phoneme;

should 
could k d
would w

 note that we do not pronounce the l in these words;


If your students find it difficult to pronounce the modals, write the chart above on the board and cross the l from the
words on the board so that students visualize the silent l.
l) Wednesday — this word has two syllables only: [wnzdey];
m) island — the word land is [lnd] but, in island, -land is an unstressed syllable; so we have to use the schwa
[lnd]; this rules also applies to less [ls] and sugarless [grls], and other nouns made with the suffix – less;
n) bored — is a homophone of board and it has only one syllable.
When correcting transcriptions, students must be able to see them. Therefore, you can either use the board or the
Overhead Projector (OHP). If you choose to use the OHP, follow the following procedures:
a) ask your students to pronounce the words transcribed at home: they say the word and you show the right
transcription for it;
b) after correcting everything, say each word and ask your students to repeat after you.
Note:
 if your students pronounce one word incorrectly, keep repeating until they are able to produce the right
pronunciation.

3 -s Pronunciation Rule

Have your students make the -s ending rule with you.


a) highlight the contexts where this rule can be applied: plural forms, third person singular, possessives and
contractions;
b) ask what the possible pronunciations for the -s ending are: [s], [z], [z];
c) ask them what ending follows a voiceless sound: [s], because it is also voiceless;
d) ask for an example;
e) write the singular form on the board and then add the -s ending, reading both: the singular and the plural forms,
e.g.: book > books;
f) write the transcription on the board to show the ending in [s];
g) ask for the phoneme that would follow a voiced sound: [z], because it is also voiced;
h) follow the same steps for the first rule: ask for an example, write on the board (singular and plural), read them and
write the transcription;
i) call the attention for this ending because it is very difficult for Brazilian speakers to produce this [z] at the end of a
word, in Portuguese this only happens when we have the -s ending between two voiced sounds:
casas > [kzs]
casas amarelas > [kazazamalas] or casas beges [kazazbes]
j) as in the rule for spelling in which we add -es when the word finishes in -sh, -s, -ch, -x; in pronunciation, we add
[z] after sibilants — /s, z, , , t, d/;
k) ask for an example and follow the same procedure of the previous rules;
l) finally, we will have the following rule on the board, which is the same as the one in the textbook.

-[z] after voiced sounds

-s -[s] after voiceless sounds


s  t
-[z] after sibilants z  d
153

PRONUNCIATION OF THE -S ENDING142

Form many plurals, possessives, and contractions by adding -s to a noun. Form the s form
of a verb by adding -s to the base form. This ending has three different pronunciations.

The pronunciation of -s depends on which sound comes before it.


a) When a word ends in the voiceless consonants /p/, /t/, /k/, /f/, and //, pronounce -s as

[s], as in see.
b) When a noun ends in the voiced consonants /b/, /d/, /g/, /v/, //, /m/, /n/, //, /l/, or /r/,

pronounce -s as [z], as in zoo. (Remember that all vowels and diphthongs are voiced.
Thus, when a noun ends in a vowel sound, -s is pronounced [z]).
c) When a noun ends in /s/, /z/, //, //, /t/ or /d/, pronounce -s or -es as [z].

Pronounce [z] as a separate syllable.

In order to make this rule very clear, have your students read the entire explanation above:
b) ask one student to read it;
c) repeat all the examples supplied, calling attention to the extra syllable which is added only when we add [z] at the
end of a word;
d) ask the students to think of one example for each rule;
e) one student at a time reads his/her example. (If it is a noun, first in the singular and then in the plural form. If it is
a verb, the base form first and then the third person singular);
f) after that, all the class repeats the example with the -s ending;
g) finally, highlight the contexts where this rule can be applied.

Note:

We apply the -s ending rule in the following contexts:


 plurals;
 3rd person singular;
 possessives ( ‘s );
 contractions.

4 Homework
On a cassette, record the entire list and submit it to the teacher‘s correction.

142
Adapted from Orion (1997, p. 259-262).
154

WORDS ENDED IN -S

[s] [z]
abyss as
across does
actress is
bias has
bis his
boss lens
bus Mars
gas ours
its these
kiss was
less AIDS
loss
mass
mess
moss
pass
plus
press
this
thus
toss
us
yes
Zeus
(-ss)
-ess
-less
-ness
-ous

Only for groups of English teachers:


a) record 20 words said by your students with the wrong pronunciation. First record the wrong form and then the
correct form;
b) on a sheet of paper, write all the words followed by their transcriptions.
155

Unit 6

1 Reference Text

 The Our Father

This time, you are going to say the prayer right after you hear it (in chunks). This
exercise is very useful for interpreters because it allows you to speak and pay attention to
what is being said by the speaker at the same time.
a) do this exercise while following the CD;
b) do it again but now following one friend of yours;
c) finally, shadow the prayer as you did in the previous units.

Ask your students to memorize the prayer, because it helps them get a better fluency.

2 Review

Homophones
a) ask your students to write some of their answers on the board;
b) after some of then had written their transcriptions on the board, start the correction by asking the whole class to
read the transcription. Supply the correct form when there is a mistake.
Note:
During the correction, be careful with the stressed syllables and the way students write the symbols (people tend to use
capital letters in the phonetic transcription, so it is necessary to keep in mind that all these symbols are lower case).

Review: Vowel Sounds


a) firstly, ask your students to read the vowel symbols you are pointing at;
b) if you notice that the production is not good enough, point to the symbol saying the correct pronunciation and ask
your students to repeat after you;
c) students say the sounds once again by themselves;
d) then, ask each student to read a sound. The students go on reading one after the other.

Review: Consonant Sounds


a) in order to review the consonants, ask your students to read only the voiceless consonants on the chart (first line
and the [h] in the last line);
b) ask them to read the voiced ones (second and third lines, except [h]);
c) now, ask them to read the paired phonemes, i.e. the ones that differ only in voicing, such as: [p], [b]; [t], [d]; [k],
[] and so on;
d) students read the last line including the [h].
156

3 Words and Sentences

The words that were read in the first recording, before the course began, are commonly
mispronounced words. Pay a lot of attention to their pronunciation.

Follow the procedures for the homophone correction.


Note:
The objective of this exercise is to make students aware of the presence of the schwa in unstressed syllables. For that,
you have to call their attention to the distinction stressed X unstressed syllables.
a) after the correction, read all the words and students repeat after you;
b) say the number of the word and the students say the word;
c) each student read one word.
Note:
The words from the list are very commonly mispronounced. Have your students practice them as much as you can.

In the sentences, we have a combination of function and content words.

a) ask your students to put the transcriptions of the sentences on the board;
b) ask your students to read the transcriptions and check there correctness;
c) now, explain that there are content and function words in the sentences.

Function words are the ones that express the grammatical idea of the sentence. They are:
and, the, of, and so on. In the stream of speech, function words are unstressed, usually
having a schwa in their pronunciation.
Content words are the ones which carry the meaning. They are usually stressed in the
stream of speech.

After the correction of the transcription, circle all the functions words you find in the
sentences.

a) ask them to point out the unstressed words in the first sentence and circle them;
b) read the sentence, emphasizing the distinction between stressed and unstressed words;
c) have your students repeat after you, bearing in mind the unstressed words.
Note:
At this moment, you can ask your students to repeat it as much as it is necessary to produce the unstressed and stressed
words correctly, because Portuguese speakers know how to produce stressed syllables when speaking English but they
have difficulty in reducing them. The important thing is that we make weak vowels weak, producing the schwa in
unstressed syllables.
157

4 Reviewing the -s Ending Rule

Have your students answer the following questions:


a) In what contexts do we add an s to the end of a word?
b) What are the possible pronunciations for the -s ending?
c) When does s sound like [s], [z] or [z]?
While they answer, write all the right answers your students give on the board. Doing so, all the students can be
reminded of the rule: either by your questions, by the students‘ answer or by the written rule on the board.

 Sweet Baby James143

You are going to listen to part of the song by James Taylor: Sweet Baby James. Fill in
the blanks while following the recording.

Directions: With your partner, discuss the pronunciation of the -(e)s endings in the words
bellow. Then write the correct pronunciation in the diagonal marks provided: /s/, /z/ or
/z/. Listen to the recording and check your predictions. Now practice singing or reading
the song, focusing particularly on the correct pronunciation of these endings.

SWEET BABY JAMES


There is a young cowboy, he lives on the range
/ /
His horse and his cattle are his only companions
/ /
He works in the saddle and he sleeps in canyons
/ / / / / /
Waiting for summer, his pastures to change
/ /
And as the moon rises he sits by his fire
/ / / /
Thinking about women and glasses of beer
/ /
And closing his eyes as the doggies retire
/ / / /
He sings out a song which is soft but it‘s clear
/ / / /
As if maybe someone could hear.

a) play the song three times;


b) for the correction, ask each student to read one line, repeating the highlighted words (ending in [s], [z] or [z])
right after the sentence;
c) read the entire song with the students emphasizing the -s ending;
d) the whole class can sing along with the CD now.

143
Worksheet suggested by Celce-Murcia (1997, p. 250) for predicting pronunciation of -s endings.
158

5 Reading Passages

 Diagnostic Passage and Accent Checklist

a) students shadow without the text right after the recording;


b) students shadow with the text along with the CD.

Follow along with the text supplied in Unit 4.

 What Must the Sun Above Wonder About?

a) students shadow without the text right after the CD;


b) students shadow with the text, this time along with the CD.

Follow along with the text supplied below.

WHAT MUST THE SUN ABOVE WONDER ABOUT?144


Some pundits proposed that the sun wonders unnecessarily about sundry and assorted
conundrums. One cannot but speculate what can come of their proposal. It wasn't
enough to trouble us, but it was done so underhandedly that hundreds of sun lovers
rushed to the defense of their beloved sun. None of this was relevant on Monday,
however, when the sun burned up the entire country.

6 Homework
In Unit 5 you were asked to record a list of words ended in –s. Now, you are supposed to
make the phonetic transcriptions for that same list.

144
Text suggested by Cook (1991, p. 85) for the oral practice of words which contain the schwa sound.
159

Unit 7

1 Reference Text

 The Our Father

a) pray The Our Father without the CD and without reading it;
b) the class should be divided in two groups and each of them pray one part of the
prayer;
c) pray it once again along with the CD.

2 Homework Correction
Transcription of the text ―What Must the Sun Above Wonder About?‖

Transcription of the words ended in -s

a) on the board, each student should write the transcription of one or more words;
b) correct the students‘ transcription with them;
c) read all the words and have them repeat after you.
Some notes on the correction:
 in the words that we have o alone in spelling, we have to remember that the American pronunciation privileges the
//;
 yes: just one syllable;
The following endings are used as a suffix to form distinct words:
 -ess: e.g.: princess, countess;
 -less: e.g.: stainless;
 -ness: e.g.: goodness;
 -ous: e.g.: courageous, nervous — students must be called attention to this suffix because it is very common for
Brazilian speakers to read it as [ows] and not as [s] — the only possible pronunciation for the suffix -ous.

3 Pronunciation of the Articles


a) ask your students for the articles we have in English (the, a, an);
b) remind your students that the articles are usually function words and we must bear in mind that they are produced
in reduced forms, i.e. it is more common to hear [], [n] instead of [ey] or [n] for indefinite articles;
c) start your explanation with the definite article — the:
 The is pronounced as [] when it occurs before a consonant sound: the car > [ kr];
 When the comes before a vowel sound it sounds like [iy]: the apple > [iy pl].
Note: what matters is the sound and not the spelling: the hour > [iy awr].
d) then, explain that a very similar rule is applied to the indefinite article — a, an — but the distinction is also seen
in spelling:
 a appears before a word which starts with a consonant sound: a car;
 an appears before a word which starts with a vowel sound: an apple.
e) read the explanation with them and answer the doubts that may occur.
160

 Pronunciation of the definite article

THE145

The is pronounced [iy] before a vowel and [] before a consonant. Compare:

the ice [iy ays] the snow [ snow]

The choice between [iy] and [] depends on pronunciation, not spelling.

We pronounce [iy] before a vowel sound, even if it is written as a consonant.

the hour [iy awr] the MP [iy m piy]

And we pronounce [] before a consonant sound, even if it is written as a vowel.

the university [e yuwnvrstiy]

the one-pound coin [e wn pawnd kyn]

We sometimes pronounce a stressed [iy] before a hesitation, or when we want to stress

the following word, even if it begins with a consonant.

145
Adapted from Swan (1995. p. 59).
161

 Pronunciation of the indefinite article

A and An146

We do not normally pronounce the sound [] before a vowel. So before a vowel, the
article a ([]) changes to an. Compare:

a rabbit a lemon
an elephant an orange

The choice between a and an depends on pronunciation, not spelling.


We use an before a vowel sound, even if it is written as a consonant.

an hour [n awr] an MP [n m piy]

And we use a before a consonant sound, even if it is written as a vowel.

a university [ yuw…] a one-pound coin [ wn…]

Some people say an, not a, before words beginning with h if the first syllable is
unstressed.

an hotel (a hotel is more common)


an historic occasion (a historic... is more common)
(BUT NOT an housewife  the first syllable is stressed.)

A is sometimes pronounced [ey] before a hesitation, when we want to emphasize the


following word, or when we want to make a contrast with the.
It‘s a [ey] reason  It‘s not the only reason.

Note that as is usually pronounced [z].

4 Chart Review
This time, you point at the symbol and students read it.
Note: in cases of doubt, say the sound and ask them repeat after you.

5 Symbols and Key Words


The following list has the consonant and vowel sounds with key words in all the
positions that these phonemes can appear in the English language (initial, medial and
final positions).147

146
Adapted from Swan (1995, p. 61).
147
This chart is adapted from Orion (1997, p. 7-8).
162

A. Consonant Sounds

PHONETIC INITIAL MEDIAL FINAL IPA (WHEN


SYMBOL DIFFERENT)
[p] pen opera top
[b] boy about rob
[t] ten after sat
[d] day candy mad
[k] cat second neck
[g] go again egg
[f] food before knife
[v] voice never believe
[s] see lesson bus
[z] zoo easy choose
[m] me amount come
[n] no animal soon
[l] like alive well
[r] red very door []
148
[w] walk away
90
[y] yes canyon [j]
90
[h] house behind
[] thin anything bath

[] the father bathe

[] she machine fish


149
[] pleasure sabotage

[t] child teacher speech

[d] job agent page


91
[] think king

148
This sound does not occur in final position.
149
This sound does not occur in initial position
163

B. Vowel Sounds
PHONETIC INITIAL MEDIAL FINAL IPA (WHEN
SYMBOL DIFFERENT)
[iy] each receive key [i]
[] if sit sunny150

[ey] able take pay [e]


90
[] egg bread
90
[] apple cat

[uw] ooze ruler do [u]


91 90
[] book

[ow] own boat no [o]

[] all ball law

[y] oil noise boy []

[] army not Ma

[ay] ice bite tie [a]

[aw] out house now [a]

[] up cut soda []151 and []152

[r] earn girl sister [ɝ]153 and []154


Read everything with your students (you read each key word and they repeat after you).

6 Phonetic Transcription Correspondence


The following table presents different phonetic alphabets commonly adopted in
dictionaries.
a) ask one student to stand by the chart (adopted in the course) to point at the correspondent symbol for the ones
found in other dictionaries;
b) read the table, line by line, and have the student point to the correspondent symbol.
Note: students must focus on the key words. If the key word given to the symbol they have in their dictionary fits the
one used in the table, this is the correspondent symbol.

150
When in final position [iy] and [] are heard in standard American English.
151
[] In the IPA this symbol is used in stressed syllables.
152
[] In the IPA this symbol is used in syllables that are not stressed.
153
[ɝ] In the IPA this symbol is used in stressed syllables.
154
[] In the IPA this symbol is used in syllables that are not stressed.
164

Consonant and Vowel Sounds in the Dictionary155


Consonants: Commonly Used Symbols
Key word Sound Longman Webster’s Longman Horizon Your
Advantage Dictionary Ninth New Dictionary of Ladder Dictionary
of Collegiate Contemporar Dictionary
American Dictionary y English of the
English English
Language
1. put p p p p p
2. bus b b b b b
3. ten t t t t t
4. do d d d d d
5. cat k k k k k
6. game g g g g g
7. fun f f f f f
8. very v v v v v
9. think   th  

10. them   th  

11. say s s s s s
12. zoo z z z z z
13. ship   sh  s

14.measure   zh  z
15. choose t t ch t c

16. jet d d j d j

17. room r r r r r
18. luck l l l l l
19. move m m m m m
20. not n n n n n
21. sing     

22. yes y y y y y
23. want w w w w w
24. hope h h h h h

155
This chart was suggested by Hagen & Grogan (1992, p. xv-xvi).
165

Vowels: Commonly Used Symbols


Key word Sound Longman Webster’s Longman Horizon Your
Advantage Dictionary Ninth New Dictionary of Ladder Dictionary
of Collegiate Contemporary Dictionary
American Dictionary English of the
English English
Language
1. keep iy iy e i:/i iy

2. sit     

3. take ey ey a e ey

4. get   e e e

5. bad   a  

6. bird r r r :/ r

7. cut  /  / 

8. stop a  ä :/ a

9. move uw uw ü u: uw
10. good   u  u

11. go ow ow o  ow

12. born   o :/ 

13. night ay a  a ay

14. town aw a au a aw

15. boy oy  o  oy

7 Comparison of Phonetic and Phonemic Alphabets Used to Represent American


English

Now you have a table with different phonetic symbols but, this time, only for North
American English (NAE).
166

COMPARISON CHART: A PHONETIC ALPHABET FOR NAE156


Key word Celce- International Oxford Longman Prator Bowen Avery
Murcia, Phonetic Student’s Dictionary & (1975b) &
Brinton Alphabet Dictionary of Robinet Ehrlich
& (Jones 1991) of American t (1895) (1992)
Goodwin American English
(1996) English (1983)
(1986)
The NAE consonants
1. pen p p p p p p p
2. back b b b b b b b
3. ten t t t t t t t
4. dive d d d d d d d
5. cart k k k k k k k
6. go       

7. chin t t t t ts ch t

8. jam d d d d dz j d

9. fit f f f f f f f
10. vat v v v v v v v
11. thin      th 

12. then      dh 

13. set s s s s s s s
14. zoo z z z z z z z
15. shoe     s sh 

16. beige     z zh 

17. how h h h h h h h
18. mat m m m m m m m
19. net n n n n n n n
20. ring      n 

21. win w w w w w w w
22. when (h)w (h)w (h)w hw hw hw w
23. late l l l l l l l
24. red r r r r r r r
25. yes y y y y y y y

156
This chart is adapted from Celce-Murcia et al. (1996, p. 371-372).
167

COMPARISON CHART: A PHONETIC ALPHABET FOR NAE (cont.)


Key word Celce- International Oxford Longman Prator Bowen Avery
Murcia, Phonetic Student’s Dictionary & (1975b) &
Brinton Alphabet Dictionary of Robinet Ehrlich
& (Jones 1991) of American t (1895) (1992)
Goodwin American English
(1996) English (1983)
(1986)
The NAE Stressed Vowels
1. beat iy i: i iy iy iy iy
2. pit       

3. date ey e ei ey ey ey ey

4. set  e e    

5. mat       

6. pot   a  a  a

7. bought  :     

8. so ow  ou ow ow ow ow

9. good       

10. boot uw u: u uw uw uw uw
11. time ay a ai a ay ay ay

12. how aw a au a aw aw aw

13. boy y  i  y oy oy

14. some       

15. bird r : r r r r r

The NAE Unstressed Vowels


16. about       

17. butter r  r r r r r

18. city i  i iy  iy iy

19. music       

20. hotel o  ou ow ow ow ow

21. into u , u:,  , u , , uw , uw , uw , uw


168

 Observing this table, we can notice that the symbols adopted in this course are the
most recurrent ones found in different books and dictionaries that describe NAE.
 The only exception is the stressed schwa which appears in a rate of about fifty-fifty
between the uses of [] and []. The [] was chosen as a matter of economy. Since

the most recurrent symbol for the unstressed form is [] (schwa), it would be

unnecessary to have two different symbols ([], []) for the same sound, which differ

only in stress.

We find it unnecessary to make a distinction between the symbols adopted to represent


stressed and unstressed forms  [, ] , since in NAE this distinction is not felt in the

segmental level, it is only a matter of stress which is actually described in the


suprasegmental level.

8 Homework
a) Transcribe the list of words below. Note that Portuguese speakers tend to have
difficulties in realizing whether the -s- in these words is pronounced as [s] or [z].

1. NASA 11. use 21. loose


2. abuse 12. goose 22. house
3. grease 13. mouse 23. purpose
4. blouse 14. casino 24. courtesy
5. episode 15. basic 25. Joseph
6. analysis 16. sesame 26. basis
7. basin 17. dismiss 27. besides
8. close 18. esoteric 28. Paris
9. disguise 19. basilica 29. contagious
10. Theresa 20. mason 30. this

b) Transcribe the text What Must the Sun Above Wonder About?, placing the stressed
syllable in the words of more than one syllable and circling the function words.

c) As we have already seen, the phonetic symbols differ a lot among the dictionaries,
especially the vowels and diphthongs. As homework, prepare a xerox copy of the
phonetic table of the dictionary you feel most familiar with. This copy will be used
to write the correspondence between the phonetic symbols used in the dictionary
chosen by you and the ones adopted in this course.
169

Unit 8

1 Reference Text

 The Our Father

a) listen to the CD once;


b) say the prayer by heart.

2 Chart Review

Remember that you have to know how to make the correspondence between the phonetic
transcription we use and the different ones we find in dictionaries, so that you are able to
use any kind of dictionary and understand any set of symbols. Always use, as a
reference, the key words the dictionaries give for each symbol.

a) use a British chart to contrast with the chart adopted in this course;
b) write one of the symbols on the board and say the key word for this symbol;
c) students say the correspondent symbol in our chart;
d) ask one student to stand by our chart and point at the correspondent symbol;
e) after this activity is done, students should have a look at the correspondence found in their textbook.

Look at the correspondence below:


 —

 i — iy

 e—

 a — 

 

 

  —  (r)

 

Note: the post vocalic r disappears in British English.


 e — ey

 a  aw
170

  — ow

 a  ay

   y

Note: in the pairs above, besides the difference in the way it is transcribed ( — y,  —

w), there is also a difference in the quality of the semi-vowels.


  — iy()r

()r

 e — ()r

  — uw()r

()r

 all the consonants are the same, except: j — y.

3 Homework Correction
List of words written with -s- in the medial position.

a) you can use the overhead projector (OHP) for the correction;
b) when using an OHP, cover the answers and wait for the students to say them. Then show the correct form in the
transparency;
c) after correcting all the words, have your students repeat them again;
d) tell them that Brazilian speaker tend to pronounce these words with [z] but the write pronunciation is with [s].
Some notes on the correction:
 2, 3, 8, 11, 22 — they are all pronounced with [s], except when they are verbs, e.g.: abuse (noun) > [byuws],
(verb) > [byuwz];
 6, 26 — both have the singular form with -is [s] and the plural form in -es [iyz], e.g.: analysis (singular), analyses
(plural);
 9 — the prefix dis- is always pronounced [ds];
 10 — this proper name has many possible pronunciations;
 11 — the noun usage is derived from the noun use, so it is pronounced [yuwsd]. Note that the suffix –age is
always pronounced as [d];
 13 — Mickey mouse is pronounced [mkiy maws]. Note that the ending -ey in final unstressed syllables is always
pronounced [iy];
 16 — ―sesame seed bread‖ is the name of the bread used by MacDonald's;
 30 — the plural form these is pronounced like [iyz].

What Must the Sun Above Wonder About?

a) each student writes the transcription of one sentence on the board;


b) one student reads one of the sentence (preferably the one he wrote on the board, so that you can check the
correspondence between sounds and transcription);
c) correct the transcription;
d) with the help of your students, circle the unstressed words and check their function (pronouns, adjectives, adverbs
and so on) in the chart supplied in the next page (Content X Function Words);
171

e) repeat this procedure with all the sentences;


f) read everything again calling their attention to the unstressed words.

Dictionary correspondence of symbols


a) correct the correspondence of each student;
b) ask them to cut the xerox copy in the same size of their dictionary sheet and laminate it in order to make the
symbols more accessible and easier to use.

4 Silent -e Pronunciation Rule157

 You are going to hear the explanation for the silent -e pronunciation rule. After that,

follow along the CD reading the words below.

at  ate can  cane cap  cape


cub  cube cut  cute bit  bite
dim  dime fad  fade hid  hide
hop  hope kit  kite mad  made
not  note pan  pane pet  Pete
pin  pine plan  plane rid  ride
rip  ripe rob  robe slid  slide
tap  tape tot  tote tub  tube

a) play the CD with the explanation and the song;


b) students sing along, they can start in line 3 so that they have time to see the model in lines 1 and 2;
c) on the board write the English vowels and ask for their names, writing them next to the letter, as follows:
cat [] — a — [ey] made
bet [] — e — [iy] Pete
bit [] — i — [ay] bite
pot [] — o — [ow] note
cut []/ — u — [yuw] tube
 the vowels are in the middle;
 on the left, we have the sounds that these vowels usually represent followed by one example of each;
 on the right, we have the transcription of the names of the vowels followed by the words that belong to the rule (in
which we have a silent -e, i.e., the letter e is not pronounced).

157
Caudle & Caudle (1997b, side A).
172

5 Content X Function Words


The following text, suggested by Prator (1951, p. 25), gives us an idea of the distinction
between content and function words.

Grammarians sometimes divide all words into two classes: (1) content words, which
have meaning in themselves, like mother, forget, and tomorrow; and (2) functions words,
which have little or no meaning other than the grammatical idea they express, such as
the, of and will. In general content words are stressed, but function words are left
nunstressed, unless the speaker wishes to call special attention to them.

Content words, usually stressed, include:


7 Nouns;
8 Verbs (with the few exceptions listed under function words);
9 Adjectives;
10 Adverbs;
11 Demonstratives: this, that, these, those;
12 Interrogatives: who, when, why, etc.

Function words, usually unstressed, include:


8 Articles: a, an, the;
9 Prepositions: to, of, in, etc.;
10 Personal pronouns: I, me, he, him, it, etc.;
11 Possessive adjectives: my, his, your, etc.;
12 Relative pronouns: who, that, which, etc.;
13 Common conjunctions: and, but, that, as, if, etc.;
14 One used as a noun-substitute, as in ―the red dress and the blue one‖;
15 The auxiliary verbs: be, have, do, will, would, shall, should, can, could, may, might,
and must.
Even when they are the principal verb in the sentence, they are usually unstressed. (...)
On the other hand, they are stressed when they come at the end of a sentence, and when
they are used in reiterative formulas such as didn't we and are they.

Read it and solve any doubt that may come up.


173

6 Homework
Answer the evaluation sheet below.

I – TRANSCRIBE THE WORDS BELOW USING THE SYMBOLS FROM THE


CHART. Follow the model:

LOOK /l  k/

PLAYED ________________ WINGS ________________


BRUSHED ________________ PASSED ________________
PLAN ________________ PLANE ________________
WATCHES ________________ AUTUMN ________________
WAITED ________________ DICK'S ________________
WALK ________________ USAGE ________________
BEAT ________________ BIT ________________
KNEEL ________________ PAST ________________

II – WHAT IS INVOLVED IN THE STUDY OF PRONUNCIATION?


_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
174

Unit 9

1 Reference Text

 The Our Father

At this moment, try to say the prayer in a very fast way. In order to do so, you have to
pay attention to a very important aspect of pronunciation: connected speech158.

When thinking about the features of connected speech, focus on what happens in
between the words.
Examples:
 what time is not pronounced as two separate words but there is a fusion of the two ts
and the final pronunciation is [wtaym];

 in the expression idea of it there is an intrusive [r] between the two vowels and the
final pronunciation is [].

a) Say the prayer a bit faster, trying to notice what happens in between the words;
b) From now on, try to grasp what happens between in the words when you hear an
English speech. (This topic will be discussed in the next unit.)

2 Homework Correction
Question 2 of the evaluation sheet

a) ask your students to read their answers to question 2 in the evaluation sheet;
b) write the items cited by the students on the board, such as:
 Intonation;
 Features of connected speech;
 Varieties of English;
 Phonetics;
 Rhythm;
 Stress;
 Accuracy;
 Articulation;
 Levels (segmentals — sounds in isolation — and suprasegmentals);
 Listening.

In the correction, mention some very important points:

158
Connected speech is when the words blend together in a stream of speech.
175

1 Articulation is the starting point when we study pronunciation because it is very useful to know how a sound is
articulated inside our mouth. knowing articulation is also important to teach the students how a sound is made,
showing the shape of the lips when producing a sound or the place of articulation (e.g.: tip of the tongue touches
the gum ridge when we say the phoneme /t/);
2 Varieties of English — it is important to get closer to a native like pronunciation and also prepare our students to
be able to understand the varieties of English so that they can face any situation, once we do not know who we are
going to speak with or what situation we are going to face outside the classroom;
3 Listening is involved in pronunciation as much as recognition is. Knowing the sounds and what happens in
speech makes non-native speakers of English expect the right sounds and, eventually, understand oral speech
better and develop their listening skills.

Question 1
This exercise contains words that represent the rules we have seen so far:
a) played, brushed (-ed ending rule)  as play ends in a voiced sound the -ed ending will sound like [d] and as
brush ends in a voiceless sound the same ending will sound like [t].
b) brushed — the sound mostly expressed by the letter u is []. The student may think that the sound for u is [] but
as we have seen the [] usually occurs in American English when we have the letter o in spelling like in Boss
([bs]). And when we have the letter a in spelling, we may obtain the sound [] like in always ([lweyz]). This
does not happen when the letter r follows a or o in spelling. When this happens, a usually stands for [] and o for
[] as in car ([kr]) and door ([dr]).
Note:
It is very important to say that this is the standard and that there are other possibilities, but up to know, as we do not
have an entire inventory on which to base, the students must rely on the standard to avoid pronouncing things that do
not really exist.
a) the word plan is there to be contrasted with plane having in mind the silent e rule since the sound for the vowel
that precedes the silent e changes from [] to [ey] which is the name for the letter a.
b) Beat and bit are there as a minimal pair since they have only one sound that differentiates one word from another.
In these two words, however, we can see another rule: that a diphthong in spelling usually generates the [iy] and
the i alone generates [].
c) Walk, kneel and autumn are all examples of words which have silent letters.
d) Passed is a homophone of past and also follows the -ed ending rule.
e) Wings and Dick‘s are examples of the -s ending rule. In the word wings it is also very important to be careful in
order not to nasalise the vowel that precedes the nasal consonant sound. This may happen in Portuguese but not
in English.
f) usage is an example of a word that can be mispronounced by a Brazilian speaker of English because of the context
in which the letter s appears. Brazilian speakers would expect a [z] sound and the right sound for this context is
[s].
Note:
It is important not only to transcribe the words correctly but also to pronounce them correctly. Have your students
repeat after you all the words analyzed in the evaluation sheet.

3 Nicknames
NICKNAMES Jeff  Jeffrey / Jefferson
Andy  Andrew (André) Jerry  Gerald, Gerard, Jerome
Bill, Will  William Jess  Jesse
Bob, Rob, Robin  Robert Jim  James (Tiago)
Chris  Christian, Christiana, Christine, Jody, Jodi, Jodie  Judith
Christopher Joe  Joseph
Chuck  Charles (Carlos) John Doe = fulano de tal
Dick  Richard Kate, Kathy, Kathie, Cathy, Cathie  Katherine
Dolly, Doll  Dorothy Lucy  Lucia (Lúcia / Luzia)
Don  Donald Marge, Margie, Marj, Margot  Margaret
Ed, Eddie, Ned  Edward / Edgard / Edwin (Margarida)
Edie  Edith Mike, Micky, Mickey  Michael
Jackie  Jacqueline Nick  Nicholas
Jack  John Pat  Patricia / Patrick
176

Pete  Peter Carol = Carlos


Phil  Phillip Caroline, Carolyn, Carolina = Carolina
Rita  Margarita Cecile, Cécile, Cecilia, Cecily = Cecília
Sam  Samuel Dawn = Aurora
Henry / Harry = Henrique
Sally  Sarah
Marc, Mark, Marcus = Marcos or Marco
Steve  Stephen / Steven
Marcia, Marsha = Márcia
Tim  Timothy
Marilyn, Marylynne, Mia  dim. Mary
Tom  THOmas / ToMAS Ralph = Raul
Tony  Anthony
Tom, Dick and Harry = fulano, sicrano e
beltrano PRONUNCIATION
Tom Thumb = Pequeno Polegar Douglas [dls]
Vic, Vicky, Vickie  Victoria
Paul [pl]

NAMES
Andrea = Andrea JACK COMPOUNDS
Adrian = Adriano jack-of-all-trades
Ann, Anna, Anne = Ana jack-o‘-lantern
Annie  dim. Ann jack-in-the-box
Carol / Carole = Carla

Some comments on the list above:


 Joe [dow], but Joey [dowiy];
 Tom [tm]
 Douglas [dls] and Doug [dg];
 James = Tiago in Portuguese;
 Jack-in-the-box = caixa de surpresa, Jack-of-all-trades = ―pau para toda obra‖, Jack o‘ lantern = moranga do dia
das bruxas;

Read the nicknames with them and then have they repeat after you.

4 Silent Letters
Silent letters are letters that are not pronounced at all. Can you remember any? Which are
they?

If your students do not remember any, there are some examples in the evaluation sheet and we have already seen the
silent -e rule. Tell them that these letters are called silent simply because they are not pronounced.

In the next page, we have a selection of the most used words that contain silent letters.
Besides reading the words, have a look at Appendix A for a comprehensive list of this
type of word.

a) read each word from the list so that your students can have a model to rely on;
b) have students repeat after you;
c) after solving some doubts about meaning, have your students repeat all the words by themselves.
It is better if you read this selection in sections (first the ones which contain the silent b, then the ones with the silent ch
and so on). This procedure will help your students memorize the words better.
177

SILENT LETTERS
NO SOUND FOR “B” rhythm NO SOUND FOR “P”
bomb shepherd cupboard
climb silhouette pneumonia
comb spaghetti psalm
debt Thai pseudo
doubt Thomas pseudonym
dumb vehicle psychiatrist
lamb psychologist
limb NO SOUND FOR “GH” raspberry
numb although receipt
plumber caught
subtle doughnut NO SOUND FOR “S”
thumb fight aisle
tomb fought island
height
NO SOUND FOR “C” neighbor NO SOUND FOR “T”
muscle night ballet
Connecticut taught castle
thorough Christmas
NO SOUND FOR “D” thought listen
handkerchief through mortgage
handsome mustn‘t
Wednesday NO SOUND FOR “K” often
knee whistle
NO SOUND FOR “G” kneel
campaign knew NO SOUND FOR “W”
designer knife answer
diaphragm know wreath
foreign knowledge
reign NO SOUND FOR “L” sword
resign behalf toward
sign calm two
chalk who
NO SOUND FOR “H” could whoever
exhaust half whole
exhibition Lincoln whom
ghost palm whose
heir salmon wrap
herb should wreck
honest talk wrinkle
honor would wrist
hour write
John NO SOUND FOR “N” wrong
Pittsburgh autumn wrote
rhyme column
178

5 Homework
Make the transcription of the words below and explain the concept or pronunciation rule that they
represent.
1.
BEAT BIT

2.
PLAN PLANE

3.
WING WINGS
WATCH WATCHES
DICK DICK'S

4.
PLAY PLAYED
BRUSH BRUSHED
WAIT WAITED

5.
PASSED PAST

6.
WALK BOMB
KNEEL AUTUMN
179

Unit 10

1 Reference Text

 The Our Father

a) listen to the CD;


b) listen to the teacher‘s saying of the prayer;
c) say the prayer paying attention to the speed.

This procedure is adopted now because students already know the prayer by heart and can have a faster pace when
praying it. Tell them to try to get very close to the original pace by listening to it and saying it afterwards, copying the
model. In order to make they feel secure, they are going to have two models: the recording and you.
Note:
Although the point here is to make the speech faster, pronunciation errors must be corrected so that they do not forget
the sounds in isolation that were already seen.

2 Phonemics
We have already studied the sounds in isolation and we are now starting to pay attention
to what happens in between the words, i.e. to the features of connected speech.

In order to understand the changes that occur in connected speech, we are going to make
use of a theory called Phonemics159.

Articulators
First of all, it is necessary to understand how the sounds are made and, to do so, we have
to know about the articulators — which are the parts of the vocal tract that are
responsible for the production of the sounds. So, at this moment, you are going to pay
attention to the vocal tract and understand what happens in the speech.

Have a look at the illustration that follows, which was suggest by Orion (1997, p. 10) to
present a visual description of the vocal tract:

159
According to Cagliari (1997, p. 8), phonemics is a structural methodology that was proposed by
Kenneth Lee Pike and developed by many linguists. In this regard, Silva (1999, p. 118) states that one of
the central objectives of phonemics is to supply its users with an instrument for the conversion of oral
language into a written code. (Translated by the author.)
180

Description:
The lungs, which are not considered part of the articulators, are important to be
mentioned because it is from them that the air comes out to make the sounds. In other
words, we speak using the air that comes from the lungs and not with the lungs
themselves.

The air comes from the lungs and passes through the two vocal cords160 we have in our
throat.

After passing through the vocal folds the air usually finds an obstruction which can
happen in several parts of the mouth. The parts of the body that help in the production of
the sounds are called articulators, which are:
 jaw;
 lips;
 teeth;

160
The scientific name for vocal cords is vocal folds.
181

 tongue, which is divided in four parts: tip, front, center and back. (This division
helps us in describing the sounds and placing the tongue correctly when producing
the speech sounds.);
 roof of the mouth, which is divided in three parts: gum ridge (alvéolos), hard palate
(palato duro) and soft palate161 (véu palatino);
 Glottis.

Consonant classification
All the notions presented above will help us classify the consonants.
There are three ways of classifying the consonants of the English language. They can be
classified concerning voicing, manner of production and place of articulation.

a) voicing
As we saw in Unit 3, the consonants can be classified as voiced or voiceless. Remember
that: when pronouncing voiced sounds, the vocal cords vibrate and when you pronounce
voiceless sounds, the vocal cords do not vibrate.

We already discussed the difference between voiced and voiceless consonants. So the students are able to say what the
difference is between these two kinds of consonants.
If they do not remember the difference, call attention to what happens in the vocal cords trying to make them see that
the difference in voicing is related to the vibration of the vocal cords when the air passes through it in the production of
a sound.

b) manner of production
The classification based on the manner of production is concerned with the way the air
comes out from the mouth. This classification is shown on the chart used in this course
by the colors in which the symbols are printed. The explanation of the classification is
the following:
 Stop-plosives: the air is first blocked and then released;
 Nasal: the air comes out through the nose;
 Fricatives: this name reminds us of friction, so the fricatives are produced when the
air comes out from the mouth with friction;
 Affricates: they are easy to understand because they are a mixture of a stop-plosive
and a fricative;

161
The pronunciation of the word palate is [plt].
182

 Liquids: the air comes out through the sides of your tongue;
 Glides: the sounds [y] and [w] are brief versions of [i] and [u] and, in English, they
function as consonants.
In Portuguese, the glides are considered semi-vowels, i. e., they are not the nucleus of the
syllable.

When explaining this classification, you can say the phoneme first and then say what happens in the mouth, giving the
classification afterwards. Another possibility is to say the phoneme and ask the students for the explanation. For
example, say /p/, /t/ and so on and explain that the air stops and is then released, that‘s why they are called stop-
plosives. Then say /m/, /n/, // and ask: What happens to the air?, etc.

c) place of articulation
When we classify a consonant having in mind its place of articulation, we are worried
about the contact in between the articulators inside the mouth in order to produce the
sound.

Have a look at the chart bellow to have an idea of the classification of the Portuguese
consonants as regards to the place and manner of articulation.162

Articulação Dental
Bilabial Labiodental ou Alveopalatal Palatal Velar Glotal
Lugar Maneira Alveolar
Oclusiva desv p t k
voz b d g
Africativa desv t
voz d
Fricativa desv f s  X h
voz v z   
Nasal voz m n  (y)
Tepe voz 
Vibrante voz r
Retroflexa voz 
Lateral voz l ()  (l)

You can provide the following information to your students:


 bilabial: the place of articulation is the two lips;
 labiodental: the place of articulation is the lower lip and the upper teeth;
 alveolar or dental: the place of articulation is the tongue and the gum ridge (or the teeth);
 alveopalatal: the place of articulation is the tongue and the region between the gum ridge and the hard palate;
 velar: the place of articulation is the tongue and the soft palate;
 glottal163: the place of articulation is the glottis (throat passage).

162
This chart was extract from Silva, 1999, p. 37.
163
The pronunciation is /ltl/.
183

Whenever you give a new explanation, ask your students to pronounce the sounds so that they can feel the place of
articulation of these sounds.
Since this topic is very theoretical and most of the students do not have a background in linguistics, the explanation on
the places of articulation may be given in Portuguese to make it easier for the students to understand.

If we know these three aspects of a consonant  voicing, manner and place of


articulation  we know exactly which consonant we are referring to. So if we say that it
is a stop-plosive, bilabial and voiced, we can only talking about /b/.

You can use the table of classification to make it clear to your students. If you consider the stop-plosives, you will be
faced with six different phonemes: /p, b, t, d, k, /. If we add to this classification the place of articulation, for
example, bilabial, we will find two phonemes only: /p, b/. And if we say that this consonant is voiced, it can only be
/b/.

Summary
In order to classify the consonants, you have to consider:
 manner of production (air);
 place of articulation (articulators);
 voicing (VL: voiceless / VD: voiced).

3 Song

 Kiss from a Rose (Seal)

Listen to the song and answer the following question:


Are the words in this song said in isolation or are they linked somehow?

As we are going to deal with a lot of theory, the analysis of the features of connected speech will be done with the help
of a song to make these features clear.
Call your students‘ attention for the fact that the words in the song are not said in isolation.

In order to understand what happens in between the words, the rules applied to connected
speech will be presented.
184

4 Features of Connected Speech


Introduction

By features of connected speech we understand all the phenomena present in word


boundaries in any given language. In this respect, Underhill (1994) says that words
undergo some modifications when they are embedded in connected speech and these
modifications are fairly systematic. Celce-Murcia et al. (1996, p. 159) state that ―even in
the most rudimentary of English language lessons, we cannot ignore the changes in
pronunciation that occur within and between words due to their juxtaposition with
neighboring sounds‖.

Though adjustments in connected speech may occur within and between words, here we
will only focus on word boundaries in the English language.

It is important to remember that, according to Celce-Murcia et al. (1996, p. 158) ―the


main function of the most of the adjustments we discuss here is to promote the regularity
of English rhythm — that is, to squeeze syllables between stressed elements and facilitate
their articulation so that regular timing can be maintained‖.

It is relevant to note that knowing the aspects of connected speech can help the students
to pronounce English statements in a more natural way and mainly make it easier for
them to understand English native speakers speech. In this regard, Roach (1991, p. 130)
remind us that ―learners of English must be very clearly aware of the problems that they
will meet in listening to colloquial, connected speech‖.

Celce-Murcia et al. (1996, p. 158) state that ―the amount of linking that occurs in native-
speaker speech will depend on a number of factors, such as the informality of the
situation, the rate of speaking, and of course the individual speech profile (or idiolect) of
the speaker. Thus, the amount of linking that occurs is not entirely predictable‖.

Learners of English do not necessarily have to reproduce the features of connected


speech in their talks but they do need to be able to perceive them in other people's
speech; otherwise their listening comprehension will be affected.
185

The features of connected speech may constitute a challenge for teachers of English
pronunciation. The goal of this following explanations is to present the theory related to
this aspect and provide a class activity that may facilitate its learning.

In order to demonstrate the theory that undergoes the features of connected speech in the
English language, four aspects will be discussed. They are:
 Linking;
 Assimilation;
 Elision and
 Contraction.

When describing the four aspects above, examples extracted from Celce-Murcia et al.
(1996), Gimson (1962), Roach (1991), and Underhill (1994) will be presented.

The aspects will be described in the mentioned order.

Linking (liaison)

Linking is concerned with the way sounds are fused together at word boundaries. There
are five general types of linking in the English language. The examples below illustrate
them. Note that V stands for vowel and C, for consonant in word boundaries.

1 ---V+V---
 Linking with a glide164 (/y/ or /w/):

/iy/ y V /uw/ w V
/ey/ y V /ow/ w V
/ay/ y V /aw/ w V
/y/ y V

164
Since all the vowels analyzed are actually diphthongs (i.e. they have a glide in its constitution), these
glides become ambisyllabic with the next word. Therefore, we cannot say that what happens is an insertion
of a glide but it is a case of spreading of the glide quality to the next syllable.
186

/y/ glides /w/ glides


/iy/ + V: be y able, /uw/ + V: blue w ink,

/ey/ + V: say y it, /ow/ + V: no w art,

/ay/ + V: my y own, /aw/ + V: how w is it.

/y/ + V: toy y airplane.

 Linking /r/:
Underhill states that in RP the letter r in the spelling of a word is not pronounced unless
it is followed by a vowel sound. But in connected speech the final spelling r of a word
may be pronounced if the first sound of the next word is a vowel.

Examples: her  English car  engine brother  and sister

(Note that the notion of linking /r/ is redundant in rhotic varieties of English that
typically pronounce all ‗r‘s occurring in the spelling form.)

 Intrusive /r/:

// r V // r V // r V

media event spa owners saw Ann


[miydr·vnt] [spr·own(r)] [sr·n]
187

2 ---C+V---
∟produced intervocalically (ambisyllabicity)

6 C(labial) + 7 C(dental) 8 C(alveolar) 9 C(palatal) + 10 C(velar) +


V +V +V V V
stop  it 11 with  it 12 washed  it 13 cash  out 14 back  out

grab  it breathe  it played  on camouflage  it drag  out

came  in run  around march  in sing  it

laugh  about pass  out rage  on

leave  early carves  up

fool  around

fair  enough

3 - - - C/C + V - - -
∟resyllabification

nd hand out [hn·dawt]

st last offer [ls·tfr]

st next up [nks·tp]

ft left out [lf·tawt]

4 C + C → identical

C: (geminated)
stop pushing rob Bill
[p:] [b:]
short time bad dog
[t:] [d:]
quick cure big gap
[k:] [g:]
188

Assimilation

According to Celce-Murcia et al. (1996), assimilation occurs when a given sound takes
on the characteristics of a neighboring sound.

See below the different kinds of assimilation described by Roach (1991), where C f stands
for final consonant and Ci, for initial consonant.

Types de assimilation:

 Regressive: - - - Cf  Ci- - - (Cf changes to become like Ci)

 Progressive: - - -Cf  Ci - - -(Ci changes to become like Cf)

 Coalescent: - - - Cf  Ci - - - (reciprocal assimilation)

Celce-Murcia et al. (1996, p. 162) state:

coalescent assimilation is a type of reciprocal assimilation: The first


sound and second in a sequence come together and mutually
condition the creation of a third sound with features from both
original sounds.

Sound A + Sound B

Sound C

Assimilation may cause change in:


1 the place of articulation;
2 the manner of articulation; or
3 voicing.
189

1 Change in the place of articulation of alveolar consonants.


Gimson consider this feature a consequence of the instability of the final alveolars. Only
regressive assimilation will take place.

 Regressive assimilation:

/t/ → /p/ before bilabials /p, b, m/


/t/ before dentals /, /

/k/ before velars /k, /

hit man [ht·mn] [hp·mn]

/d/→ /b/ before bilabials /p, b, m/


/d/ before dentals /, /

// before velars /k, /

good boy [d·by] [b·by]

good girl [d·r] [·rl]

/n/→ /m/ before bilabials /p, b, m/


/n/ before dentals /, /

// before velars /k, /

I can believe it. [ay·km·bliyv·t] n→m

I can go. [ay·k·ow] n→

/s/ or /z/ + // → /:/ geminated

/s/ + // /z/ + //

Swiss chalet his shirt


[:] [:]
190

2 Change in the manner of articulation. Regressive as well as progressive assimilation


will take place.

 Regressive assimilation:
Stop-plosives may become fricatives or nasals in the following contexts:
/t/ → /s/ that side [t·sayd] → [s·sayd]

/d/ → /n/ good night [d·nayt] → [n·nayt]

 Progressive assimilation:
// → /n/ in the [n·] → [n·n]

→ /t/ get them [t··m] → [t·tm]

→ /d/ read these [riyd·iyz] → [riyd·diyz]

3 Change in voicing. Only regressive assimilation will take place.

C voiced → C voiceless before C voiceless :


mid term [md·trm] → [mt·trm]

Note that C voiceless  C voiced will never become C voiced:


black dog [blk·d] → [bl·d]*
* this kind of pronunciation can be noticed in non-native's speech.

4 Palatalization (Coalescent Assimilation)

Rules Examples
/s/ // He‘s coming this year.

/z/ // Does your mother know?

/t/ +/y/→ /t/ Is that your dog?

/ts/ /t/ She lets your dog in.

/d/ /d/ Would you mind moving?

/dz/ /d/ She needs your help.


191

Deletion

Regarding elision, Celce-Murcia et al. (1996, p. 162) state that ―an even more radical
form of adjustment in connected speech is deletion (also known as elision, ellipsis, or
omission): the process whereby sounds disappear or are not clearly articulated in certain
contexts‖.

The three most common contexts for elision in word boundaries are described below.

1 C cluster ended in /d/ or /t/ + C


/t/ or /d/ will be elided

Deletion of /t/
next please [nks·pliyz]

I don‘t know [ay·down·now]


post the letter [pows··ltr]

Deletion of /d/
old man [owl·mn]

you and me [yuw·n·miy]

stand there [stn·r]

2 Loss of final v in of /v/ before consonants:

losts of them waste of money


[lts··m] [weyst··mniy]

3 Loss of initial /h/ and // in pronominal forms:

tell her I saw him tell them


/tl·r/ [ay·s·m] [tl·m]
192

Contractions

Underhill (1994, p. 65) explains contractions in the following way:

In the stream of speech a weak form can occur together with another word in such a way
that it undergoes another reduction and the two words are pronounced as one, often
occupying only a single syllable. This is a contraction, which has the following
characteristics:

 two single-syllable words usually combine into one syllable;


 an elision (omission) of sounds occurs;
 an omission of one or two letter also occurs in the written form; their place
marked by an apostrophe. This is a special case of elision in that it is indicated
in the written form.

Common instances of contraction are personal pronoun + auxiliary verb and verb + not.
For example:
I‘m, I‘ve, I‘ll, they‘re, they‘ve, they‘ll, they‘d, etc.
can‘t, couldn‘t, don‘t, hasn‘t, wasn‘t, etc.
wouldn‘t‘ve, can‘t‘ve, etc.

Conclusion

The two statements that follow  the first by Underhill (1994, p. 60) and the second by
Celce-Murcia et al. (1996, p. 166)  perfectly highlight the importance of the present
topic:

When learners become aware that a number of phonemes they might


expect to hear are not actually produced, and when they discover
that they can make these sounds disappear in their own speech, they
begin to gain an insight which helps them when they listen to rapid
connected English. Learners of English often remark on the way
English speakers seem to ‗swallow‘ the sounds. Usually what they
are observing is the combined action of assimilation, elision and
vowel reduction.
193

Learners often attempt to pronounce each individual word so clearly


that they fail to blend words within a single thought group smoothly.
This can cause their speech to sound choppy. All languages have
some rules concerning adjustments in connected speech; however,
no other language has exactly the same rules as English, and
teaching the conventions specific to English is the pedagogical
challenge.

In order to make the explanation clear, it is important that you give the model by reading the examples. The students
must, then, repeat the examples after you and then by themselves to check understanding. If necessary, give then more
examples to make the features of connected speech very clear, once this aspect of pronunciation is very important to
enhance their listening skills. As students stop expecting to listen to words in isolation, when being aware of the
features of connected speech, they will be able to understand more of an oral English production.
After explaining the text about features of connected speech, play the song again while the students follow the lyrics,
which have the features of connected speech marked on it. (See item 3 Song in Unit 11.)
Note: at this time the students are just going to see the features of connected speech in context (a song). In the next
unit, they are going to analyze them line-by-line. Note that with the features of connected speech highlighted it
becomes easier to sing it along.

 Kiss from a Rose (Seal)

Listen to the song once again. This time, try to find out what happens in between the
words, according to the theory you have just learned.

5 Homework
Find the features of connected speech in a text that you are very familiar with: The Our
Father.
194

Unit 11

1 Reference Text

 The Our Father

a) listen to the CD and to your teacher saying the prayer;


b) say the prayer paying attention to the speed;
c) now, check your speed, saying the prayer along with the CD.

2 Homework Correction

As the prayer was part of the homework, students will help in its correction. One can write the prayer on the board
putting the two parts of it in different parts of the black board so that two other students can mark the features of
connected speech while they listen to the recorded prayer. The rest of the class can pray along to practice intonation.

a) listen to the prayer for several times;


b) with your teacher‘s help, find all the contexts in which the features of connected
speech could happen;
c) put a mark in all the possible contexts;

Check your students‘ ability to explain the contexts in which the features occur (like: consonant+vowel, vowel+vowel,
etc.) and which is the feature (linking, assimilation, and so on).

d) listen to the prayer again and check your predictions;


e) erase the features of connected speech that were marked but did not appear in the
recorded prayer.
195

THE OUR FATHER

Our Father, whow art  in heaven, hallowed be Thy name: Thy kingdom come: Thy will

be done on  earth as  it  is  in heaven. Give  us this day our daily bread: and forgive  us 

our trespasses as we forgive those who trespass  against  us. And lead  us not165 into

temptation: but166 deliver  us from  evil. Amen.

3 Song

 Kiss from a Rose (Seal)

At this time the aim is to check each one of the features of connected speech marked in
the song.

Before starting this activity, it is advisable to review the concepts studied last class asking the students for help: Which
are the features of the connected speech? What do those names mean? Give examples of the features you can
remember.
The song is heard line by line so that students can check the features of connected speech in it.
It is important to highlight the contexts in which a feature of connected speech could have appeared but it did not. For
example, in line two, we have the phrase: the light on the dark, in which we could have linking between the words light
and on, on and the, but the singers preferred not to do it.
After checking the features of connected speech, have your students sing along with the CD and feel how much better
they can sing it.

The following table should be used as a guide for the students to mark the features of
connected speech which are found in the song that follows.
(Note that, for the purpose of the method, the song is already appropriately marked.)

165
Between the words not and into, we have an ambissylabic t, i.e. the [t] belongs to both syllables.
166
The [t] between the words but and deliver is unreleased.
196

FEATURES OF CONNECTED SPEECH

CLASSIFICATION

LINKING

ASSIMILATION

PALATALIZATION

ELISION

CONTRACTION
197

Kiss From A Rose (Seal 1994)

There used to be a greying tower alone on the sea.

You became the light on the dark side of me.

Love remained a drug that's the high and not the pill.

But did you know,

That when it snows,

My eyes become large and

the light that you shine can't be seen.

Baby, I compare you to a kiss from a rose on the grey.

Ooh, The more I get of you,

(The) stranger it feels, yeah.

Now that your rose is in bloom.

A light hits the gloom on the grey.

. . . There is so much a man can tell you,

So much he can say.

You remain,

My power, my pleasure, my pain, baby

To me you're like a growing addiction that I can't deny.

Won't you tell me is that healthy, baby? ...


198

I've been kissed by a rose n the grey (4x) . . . . . .

4 Homework
Make a research about intonation and bring an activity to be done in class (make use of
recorded material, hand-outs, posters, etc.).
199

Unit 12

1 Reference Text

 The Our Father

a) listen to the CD;


b) say the prayer paying attention to the features of connected speech;
c) now, check your pronunciation, saying the prayer along with the CD.

2 Correcting the Intonation Activities

Have your students present what they prepared at home for the discussion of this topic.

 Intonation Sample

One example of intonation activity is presented below:


a) Listen to the dialogue between Timothy and his teacher;
c) Follow the transcript found in Appendix C;
d) Listen to it one more time and give special attention to the intonation patterns
adopted in the question tags167;

Explain the difference in the intonation patterns found in the dialogue.

3 Contrast Between [] and []

Sometimes we question ourselves: Why is the word past pronounced [pst] in American

English and [pst] in British English, and why a word like cat is pronounced [kt] in

both varieties? 168

167
Extracted from Spratt (1998, p. 134-135).
168
When we say American English, we are referring to the General American English, which is the
standard for the U.S. The standard British English is known as Received Pronunciation (RP or BBC
English).
200

There are some rules that make it easier to find out if the word is said with [] or [].

Constrast between [] and []169

There are two groups of words where RP has [] and General American and other near-

RP accents have []:

a) words in which RP has [] where orthographic a is followed by the voiceless

fricatives [f], [], or [s]: laugh, path, grass;

b) words in which RP has [] where orthographic a is followed by the nasal clusters

[nt], [ns], [nt], [nd], and [mp]: plant, dance, branch, demand, sample.

In order to make it easier for students to understand and memorize these rules, ask them to read the text, one of them
reads it aloud and then the teacher writes a diagram on the board, as follows:
a) [] / [f]
[]
[s]
b) [] / [nt]
[ns]
[nt]
[nd]
[mp]

4 Intonation
There are two basic patterns of intonation:

 rising intonation and  falling intonation

Intonation can be related to melody. But prominence also has to be considered.

Read the examples which highlight different prominences in one sentence, according to
what the speaker wants to emphasize:

169
Examples extracted from Trudgill & Hannah (1994, p. 12).
201

____ ____ ____ Mary loves him.

____ ____ ____ Mary loves him.

____ ____ ____ Mary loves him.

As we can see, intonation is not only the melody, but also the prominence. In other
words, when we think of intonation we have to think not only about rising or falling
intonation, but also about prominence.

We will adopt a unit proposed by Orion (1997, p. 62-65) to study intonation in detail.

Note that the symbols used in this unit are:


a) stress: bold letters
b) prominence: 

c) intonation: (arrows)
202

 Intonation

I - Rising and Falling Intonation


Intonation creates the melody of the language we speak. (Each language has its own
melody.) Our voices rise and fall in tones like notes in a musical scale, from high to low
to high. The different notes we produce are called pitches. This upward and downward
movement of the voice produces the melody. Different pitches may indicate different
meanings for the same utterance.170 Different pitches help us express our feelings:
happiness, sadness, curiosity, surprise, annoyance, anger, and so on. Intonation makes
speeches meaningful.

English has two basic intonation patterns: rising and falling.

RISING INTONATION FALLING INTONATION

Is Mr. Jones in? No, he‘s not in.

―Is Mr. Jones in?‖ has rising intonation. The pitch of the voice goes up at the end of the
utterance. The speaker is asking a question. ―No, he‘s not in‖ has falling intonation.
The pitch of the voice goes down at the end of the utterance. The speaker is answering a
question.

II - Falling Intonation
Intonation and stress work together to express meaning. Usually, the last word or the
next to last word in an utterance is stressed. The pitch of your voice goes down at the
end of an utterance. But, before it goes down (or glides 171 down), it rises on the vowel
sound of the most important word that is stressed.

170
Utterance: an oral expression that may be one word, a phrase, or a sentence
171
Glide: move easily and quickly over a surface.
203

a) Use falling intonation with statements and commands. A downward arrow ( )


indicates falling intonation. Listen and repeat.

Examples: a. He wants some chicken.

b. I said to do it.

1. I‘m studing. 5. She‘s going home.

2. I‘m studying English. 6. She‘s going home tomorrow.

3. Do it today. 7. I‘ll call the doctor.

4. Do it later today. 8. I‘ll call Dr. Chen.

b) Use falling intonation with wh-questions. Wh-questions begin with such words as
―when‖, ―what‖, ―where‖, ―why‖, ―how‖, ―who‖, ―whose‖, and ―which‖. Listen and
repeat.
1. Who‘s coming to dinner? 5. How do we get to the place?

2. Where is it being held? 6. Where should we wait?

3. Why are we going there? 7. Who‘s giving us a ride?

4. When should we be ready? 8. Whose car is it?

Reminder: The speaker‘s voice rises with the most important stressed word and falls at
the end of the utterance. This rising-falling pattern is very common in American English.

III - Rising Intonation


a) Use rising intonation at the end of an utterance when you ask yes-no questions. Yes-
no questions require ―yes‖, or ―no‖ for an answer. Here, the pitch of the voice goes
up (or glides up) at the end of the utterance. It rises on the vowel sound (of the
stressed syllable) of the most important word and continues to rise. Listen and
repeat.
204

Examples: a. Did you see him?

b. Do you like the shirt?

1. Is it new? 5. Is it snowing?

2. Do you like it? 6. Is it snowing hard?

3. Do I have to tell you? 7. Do you go out in the snow?

4. Can I tell you later? 8. Would you like to make a snowman?

b) Use rising intonation when naming items on a list or when offering choices, except
for the last item or choice. For the last item or choice, use falling intonation. Listen
and repeat.
1. He went to England, France, Spain, and Russia.

2. The children want pens, pencils, paper, and glue.

3. Do you want water or soda?

4. You can come with us, or you can stay home.

5. I‘d like blue, red, brown, and yellow crayons.

6. He spoke with John, Mary, Tom, and Steve.

7. I took out the garbage and fed the cat.

8. I‘m studying philosophy, biology, calculus, and English.

Reminder:
 Use rising intonation when ask yes-no questions.
 Use rising intonation when list items or when you give choices. For the last item or
choice, use falling intonation.

IV - Tag Questions

A tag question is a short question that is added to a statement. Many times it is used to
start a conversation. Use falling intonation when the speaker expects the listener to
205

agree. Use rising intonation when the speaker may not be sure of the answers he or she
will get. Listen and repeat.

SPEAKER IS SURE SPEAKER IS NOT SURE


LISTENER WILL AGREE LISTENER WILL AGREE

Examples: Nice day, isn‘t it? Nice day, isn‘t

it?
1. They‘re rich, aren‘t172 they? They‘re rich, aren‘t they?

2. He‘s funny, isn‘t he? He‘s funny, isn‘t he?

3. You remember her, don‘t you? You remember her, don‘t you?

4. The movie begins at eight, The movie begins at eight,

doesn‘t it? doesn‘t it?

5. She talks a lot, doesn‘t she? She talks a lot, doesn‘t she?

Reminder:
 When you make a statement and follow it with a short question, and you expect the
listener to agree, use falling intonation.
 When you make a statement and follow it with a short question, and you may not be
sure of the answer, use rising intonation.

V - Check Your Listening


Listen to each following sentences. Mark the rising or falling intonation with arrows (
). Remember to listen to tag questions and lists of items or choices offered.)
Examples: a. She went shopping for gloves.
b. What time is it?
c. Are you coming home, or are you going to the office?
d. You‘re coming home, aren‘t you?
1. You‘re coming to my party, aren‘t you?

172
―Aren‘t‖ has two pronunciations: [rnt] and [rnt].
206

2. Yeah, sure. What are you celebrating?


3. I moved to a new apartment.
4. Oh, you‘re having a housewarming173?
5. Yeah. Do me a favor, will you?
6. Sure. No problem. I‘d be glad to.
7. Please get some apples, oranges, bananas, and a dessert.
8. Would you like apple pie or chocolate cake?
9. I‘d like apple pie, wouldn‘t you?
10. Well, not really. I like chocolate cake.
Reminder: Stress and intonation work together to express meaning.

VI – Speaker Attitude
a) In the sentences below, the same words are spoken but communicate different
meanings. A stress mark (  ) indicates the important word in each sentence.

SENTENCE MEANING
Example:
a. John loves me. (John does, not Paul.)

b. John loves me. (Me, not you.)

c. John loves me. (It is really true?)

1a. I speak English. (I do, but he doesn‘t.)

b. I speak English. (But I don‘t read it.)

c. I speak English. (Not another language.)

2a. Who wants to go? (Who?)

173
Housewarming: a party given when someone moves in to a new apartment or house.
207

b. Who wants to go? (Who really wants to?)

c. Who wants to go? (Normal question.)

3a. Don‘t go there. (Do not.)

b. Don‘t go there. (Any place but there.)

c. Don‘t go there? (Why not?)

b) A Broadway producer is auditioning actors for a play. The only thing he asks you to
do is to say the word ―hello‖ five different ways. Take turns saying the words below
five different ways. Some of the emotions you may want to express are disgust,
doubt, surprise, disbelief, happiness, sadness, uncertainly, or anger. Students in the
class have to guess what emotion the speaker is expressing.

1. Yes 2. No 3. Oh 4. OK 5. Hello

c) Work with a partner.


1. Place a stress mark over the most important word in each sentence.

2. Indicate the intonation pattern with arrows ( ) for rising and falling intonation.

3. Write your meaning for each statement.

4. Take turns reading the sentences and asking your partner to guess what you mean.

SENTENCE MEANING
1. I told him I was going. ______________________________

2. I told him I was going. ______________________________

3. I told him I was going. ______________________________

4. I told him I was going. ______________________________


208

5. I told him I was going. ______________________________

6. I told him I was going. ______________________________

7. I told him I was going? ______________________________

d) Work with a partner. Place a stress mark over the most important word(s) in each
sentence and indicate the intonation pattern with arrows ( ) for rising and
falling intonation.
1. Read the sentences in each column aloud. All the sentences in column A have falling
intonation; all the sentences in column B have rising intonation.
2. Compare the sentences in column A with those in column B. Discuss how they differ
in meaning.

A B

FALLING INTONATION RISING INTONATION

1. The man‘s crazy. The man‘s crazy?

2. He‘d like a drink. He‘d like a drink?

3. They‘ll take the bus. They‘ll take the bus?

4. She‘d like some coffee. She‘d like some coffee?

5. When are they coming? When are they coming?

One student can read the text, while you give explanations when necessary. The CD is also a special device to be used.
Besides the explanations provided, other comments on pronunciation should be supplied, such as:
a) when, what, why, who, whose, which are words that can be pronounced either with [h] or without it. The speaker
on the CD pronounces some of the above words with [h] and others without it.
b) in yes/no questions the intonation pattern is  at the end of the sentence but in British English the pattern is 
in the same place.
c) there is an exercise in which students are asked to check their listening. In order to make it easier for them, the
teacher asks them to focus on the last prominent word. If the next word after the last prominent word is falling,
we have a falling intonation. If we have a rising word after the last prominent word, we have a rising intonation.
d) You can also remind them that we always have to emphasize what is unknown (the new information). For
example, in the following dialogue:
A: WHAT would you LIKE?
B: I THINK I‘ll have SALAD. GREEN salad.
A: And HOW about DESERT?
B: I‘ll HAVE some PIE. APPLE pie.
209

e) In the section Speakers attitudes there is no recorded material, so ask the students to guess the differences in
pronunciation derived from the difference in meaning. Read the meaning and the students try to pronounce it
correctly according to the symbols in the book. If necessary, correct it. After the correction, students repeat the
sentences again.
f) In order to do exercise B, use the activity suggested below.
g) After that, students will be able to perform exercise B. One student says the word yes in different ways, while the
others try to guess what he meant. Students take turns in doing it with different words.

 Intonation Activity

It’s not what you say, but how you say it 174

On the cassette you can hear a conversation between a husband and his wife.

1 As you listen, draw a line through her words to illustrate the intonation pattern and the
pitch range she uses each time she speaks.

2 Think about pace. In which ‗yes, dear‘ is the pace quickest? And in which is it
slowest?

3 Listen again. This time pause after each ‗yes, dear‘, and guess what the wife is really
‗saying‘.

Play the CD and have the students hear the dialogue. On their notebooks, have them write the sentence Yes, dear four
times. After that, they listen to the CD again writing down the intonation pattern of each sentence. Correct it on the
board, while listening to the CD once again. What can be noticed is that it is not only the rising or falling patterns that
matter but the intensity of it too. The pace in which the sentences are said is also important to carry the meaning (the
first sentence, for example, is the quickest one while the last one is the fastest).

 5 Final Text

The type of text selected brings the theme of friendship, which is very adequate for the
end course. Besides that, the text is suitable for shadow reading, since it is clearly
emotional and the intonation pattern, the pace and the rhythm is easily noticeable.

174
Extracted from Geddes et al. (1991, p. 19).
210

About Friends175

The good thing about friends


is not having to finish sentences.
I sat a whole summer afternoon with my friend once
on a river bank, basking heels on the baked mud
and watching the small chunks slide into the water
and listening to them – plop plop plop.
He said ‗I like the twigs when they...you know...
like that‘. I said ‗There‘s that branch...‘
We both said ‗Mmmm‘. The river flowed and flowed
and there were lots of butterflies, that afternoon.

I first thought there was a sad thing about friends


when we met twenty years later.
We both talked hundreds of sentences,
taking care to finish all we said,
and explain it all very carefully,
as if we‘d been discovered in places
we should not be, and were somehow ashamed.

I understood then what the river meant by flowing.

175
Suggested by Geddes et al. (1991, p. 23).
211

APPENDIX A
212

SILENT LETTERS

Trask (1996, p. 322) defines silent letter as ―a debt [


letter in the conventional spelling of a word doubt [
which has no overt phonetic realization‖, i. e. a and in the word subtle []
letter that exists in the written form but is not
pronounced.
C
According to Celce-Murcia et al. (1996, p. 280),
―there are two possible reasons for these silent  c is silent in the combination sc before the
consonants: (1) the sounds that they represent letters i, e, and y at the beginning of a word:
have been lost through historical sound changes, scene [
or (2) the letters represent foreign borrowings scenery [
with initial clusters that are not part of the scent [
consonant cluster inventory for English and have scepter [
therefore been modified to reflect English science [
pronunciation‖.
scientist [] [
The following letters can be silent in the
pronunciation of some words: a, b, c, ch, d, e, g, scissors [
gh, h, k, l, n, p, s, t, w, x. ―In most cases, scythe [say]
whether or not a letter is silent depends on its but not sceptic [
relationship to the letters that surround it and the  c is usually silent in the combination sc in
position of the letters in the word‖. (Cambridge, the middle of a word:
2000, p. 799). descend [
discipline []
A
fascinating [
 a is usually silent in –ically at the end of a
word: miscellaneous []
basically [] (but not in conscience [kn],
physically [ \conscious [kns],
practically [] fascism [fzm],
radically [ luscious [ls]).
specifically [  c is also silent in scle at the end of a word:
corpuscle [
B muscle [msl]
 b is silent in the combination mb but not in muscular * [msky]
 at the end of the word:  and c is silent in one or two exceptional
aplomb [plm] words:
bomb [] Connecticut []
climb [ indict []
comb [] CH
crumb []  ch is silent in:
dumb [] yacht [y]
lamb [
limb [] D
 in certain positions d can be elided. In some
numb [
words the elided pronunciation is now
succumb [skm] established, so that d is now usually silent
thumb [ in:
tomb [ handkerchief [
womb [ handsome []
 and in word-medial position: sandwich []
plumber * [] Wednesday [e]
but not in bombard * [,
crumble * [, E
thimble * [].  ―e is silent at the end of a word when it
 b is also silent in bt at the end of a word: follows a single consonant, as in bite or
213

shine. The final e changes the vowel in the deign [


middle of the word from a short to a long design [d
sound: a is pronounced [] as in pale, e is designer [
[] as in Pete, i is [] as in fine, o is (...) ensign []
[] as in note, and u is [] as in flute or foreign [
[ as in use‖. (Cambridge, 1995, p. foreigner []
1338). impugn [m]
 ―e is usually silent at the end of a word (but
malign [m] – malignant*[ml
not, for example, in maybe [).
reign [
Notice that when it follows a single
consonant in a word consisting of one resign []
syllable, as in bite [ or smile [ sign [] – signify * [
(or in a stressed syllable at the end of a and in the word champagne [m
word, as in decide [d), the final e  g is also silent in gm at the end of a word or
often changes the sound of the vowel before stem:
the consonant‖. (Cambridge, 2000, p.799). diaphragm [daym]
Examples: paradigm [pr]
make [] phlegm []
life [ but not in
these [ diaphragmatic * [daygmtk],
notice [s] paradigmatic * [prdgmtk],
orange [r] phlegmatic * [flgmtk]
face [
huge [] GH
collapse [kl]  both g and h are usually silent in the
twelve [ combination gh in the middle or at the end
of a word:
(In this position e may have the function of
indicating that the vowel before the consonant is
although []
long (make, life, these); or that c or g is ―soft‖
(notice, orange); or both of these (face, huge), bought [bt]
or neither (collapse, twelve).) brought [t]
 e can also be silent in the middle of some caught [kt]
words: dough []
camera [ doughnut [downt]
evening [] eight [
every [] fight [
vegetable [ fought [ft]
height [
G high [hay]
 g is silent in gn ** at the beginning or end of light [
a word or stem:
might [
gnarled []
neighbor [
gnash [n]
night [
gnat []
sigh [say]
gnaw [n]
taught [tt]
gnome [
thorough [row]
gnostic [nk] — agnostic *[gnk]
thought [t]
through []
 g is also silent in gn at the end of a word or
stem: throughout [ruw
align [ weight [weyt]
assign [] but not, for example, in cough [kf],
benign [b enough [nf],
campaign [k laugh [lf],
consign [kn] rough [rf].
214

tough [tf]. whine [


whinge [
H whip [
h is silent in a number of cases: whiskey [
 h is silent in rh at the beginning of a word:
whisper []
rhetoric [rtrk]
whistle [
rheumatism [t]
white [
rhinoceros [raynsrs]
why [
rhyme []
 h may be silent, in most cases, when it is at
rhythm [rm]
the beginning of a weak-vowelled syllable,
 h is also silent in gh at the beginning of a as in the WEAK FORMS of:
word: he [iy]
ghastly [g her [r]
ghetto [gt] him [m]
ghost [ his [z]
 h is silent at the beginning of the exceptional has [z]
words and their derivates: have [v]
annihilate [nay
 and sometimes h is silent in words such as:
exhaust [
historic []
exhausted [
hotel [owtl]
exhibition [
human [yuwmn]
heir [r]
honest [ K
honor [nr]  k is silent in kn ** at the beginning of a
hour [] word:
John [dn] knee []
Pittsburgh [] kneel [
scheme [] knew []
scholarship [] knife []
school [] knit [nt]
shepherd [ knock [nk]
silhouette [slt] knot [nt]
spaghetti [gt know []
Thai [] knowledge [nld]
Thomas [tms] but not in acknowledge * [knld]
vehicle []
also, in AmE only, in herb [; L
 l is silent in the combinations:
 at the end of a word after a vowel letter, as
 alf and alv:
in:
behalf [bhf]
hurrah [hr]
calf [kf]
oh []
calves [kvz]
 h may be also silent in the combination wh
at the beginning of a word before the letters half []
a, e, i and y: halves [hvz]
whale [ but not in elf [lf] and solve [slv]
what [ [wt]  alk:
wheat [ balk [bk]
wheel [ chalk [tk]
when [] stalk [k]
where [] talk []
which [ walk [wk]
while []  olk:
whimper [ folk [
215

yolk [ pseudo []


but not in elk [lk], silk [slk], bulk [blk] pseudonym []
 ould: psychiatrist [
could [] psychic [k]
should [] psychologist []
would [] psychology [saykld
 alm176: psychopath [p]
almond [m psychosis [say]
balm [bm] psychotic [sayktk]
calm [km] ptomaine [
palm [pm]  p is silent in these words, too:
salmon [] corps [kr]
but not in film [flm] and helm [hlm] coup [kuw]
 and in the word Lincoln [ cupboard [kbrd]
raspberry [rzbriy] or [rzbriy]
N receipt []
 n is silent in the combination mn ** at the
end of a word, and in the corresponding S
inflected forms:  s is silent in:
autumn [tm] island []
column []  s is also silent in several words of French
(columned [d], origin:
columns [z]) aisle [ayl]
condemn [] Arkansas [rkns]
(condemned [], bourgeois [brw]
condemns [z], corps []
condemning []). debris [d
damn [dm] Grosvenor [r]
(damned [dmd], Illinois [ln
damns [dmz], précis [prey
damning [dm]). viscount []
hymn [hm]
(hymned [hmd], T
hymns [hmz],  t is silent in words ending in -sten, -stle, -
ften:
hymning [hm]). castle [
solemn [slm] chasten [tn]
(solemnly [slmliy]) christen [sn]
but hymnal [], fasten [fsn]
autumnal * [tl], glisten [sn]
damnation * [dmn], hasten [n]
condemnation * [kmn], listen [l]
solemnity * [slt]. moisten [misn]
often177 [fn]
P
soften [sfn]
 p is normally silent at the beginning of a
word before s, n, t, as in: thistle [l]
pneumatic **[nuwmtk] whistle [
pneumonia **[nuwmowny] wrestle [r
psalm [sm]
177
Many people pronounce the t in often as a
176
Due to dialectal variation or spelling spelling pronunciation and say the word as it is
pronunciation, some native speakers pronounce spelled rather than preserving the historical
the l in calm, balm, palm, almond. sound change.
216

 t is also silent in some words ending in et wrote [rowt]


that are borrowed from French, in these  w is also silent in the combination who at
words et is pronounced [ey]. In British the beginning of many words:
English, the first syllable of these words is who []
stressed; in American English, the final whoever [vr]
syllable with et is stressed: whole [howl]
ballet [b wholly [
beret [b whom []
bidet [b whore [hr]
bouquet [bkey] whose [
buffet [bfey] but not, for example, in whopper [pr],
cabaret [kb whoopee [ or whoosh []
cachet [k (the first [h] may be silent in these words)
chalet [l]  also in the exceptionally spelled words:
crochet [] answer []
croquet [key] knowledge [nld]
duvet [ sword [srd]
filet [f toward [trd]
gourmet [g] or [gr two []
parquet [prkey]
ricochet [rk X
sorbet [ or [  x is silent in certain words borrowed from
French:
 t is also silent in these words:
prix []
Christmas [
debut []
* ―Under certain conditions, some of these
depot [ ―silent‖ consonant letters are pronounced in
mortgage [ word-medial position, thus changing the syllable
mustn’t [ structure of the word. This resyllabification
rapport [rpr] or [rpr] typically occurs when derivational affixes are
 the sound [t] is often elided when t is added. In such cases, the first letter of the
preceded by s in words such as: diagraph represents the sound that ends the first
syllable, and the second letter of the diagraph
postcard [powstkrd]
represents the sound that begins the next
postman [n] syllable. Retaining such consonants in the
spelling — even when they are not pronounced
W — serves to link words morphologically and
 w is always silent in wr at the beginning of a etymologically.‖ (Celce-Murcia et al., 1996, p.
word or stem: 281).
rewrite [] ** ―When an initial consonant immediately
wraith [] precedes n, ignore the initial consonant when
wrap [rp] you pronounce the word and simply produce
wrath [r] /n/‖. (Kreidler 1972 apud Celce-Murcia et al.,
1996, p.280).
wreath []
wreck []
wrench [r] BIBLIOGRAFIA
wrestle [r CAMBRIDGE dictionary of American English.
wretched [rtd] Cambridge: Cambridge University Press, 2000.
1069 p.
wring [r]
wrinkle [ CAMBRIDGE international dictionary of
wrist [ English. Cambridge: Cambridge University
writ [rt] Press, 1995. 1774 p.
write [
writhe [ray] CELCE-MURCIA, Marianne, BRITON, Donna
M., GOODWIN, Janet M. Teaching
wrong [r]
pronunciation: a reference for teachers of
217

English to speakers of other languages. New TRASK, R. L. A dictionary of phonetics and


York: Cambridge University Press, 1996. 435 p. phonology. London: Routledge, 1996. 424 p.

KREIDLER, C. Teaching English spelling and WELLS, J. C. Longman pronunciation


pronunciation. TESOL Quarterly, 6(1), p. 3-12. dictionary. Essex: Longman, 1990. 802 p.

KREIDLER, Charles W. Describing spoken


English: an introduction. New York: Routlege,
1997. 236 p.
218

APPENDIX B
219

[d] [t] [d]


sighted
allowed bussed sited
aloud [lawd] bust [bst] cited [saytd]
banned chased waited
band [bnd] chaste [teyst] weighted [weytd]
bawled guessed
bald [bld] guest [gst]
bowled leased
bold [bowld] least [liyst]
bowed missed
bode [bowd] mist [mst]
bored passed
board [brd] past [pst]
brewed paced
brood [bruwd] paste [peyst]
billed
build [bld]
cowered
coward [kawrd]
invade
inveighed [nveyd]
fined
find [faynd]
mined
mind [maynd]
mowed
mode [mowd]
purveyed
pervade [prveyd]
sighed
side [sayd]
stayed
staid [steyd]
straightened
straitened [streyt()nd]
swayed
suede [sweyd]
tied
tide [tayd]
weighed
wade [weyd]
wheeled
wield [wiyld]
220

APPENDIX C
221

Intonation Activity120

Interviewer: Timothy. All right. And how old are you Timothy?
Timothy: Five and three-quarters.
I: Mm. Do you go to school?
T: Yes.
I: Mm. Are there lots of boys and girls in your class?
T: Quite a lot.
I: And can you tell me the names of some of your friends?
T: Thomas, Jamie, Thomas and Guy; Sam, um, Harry.
I: Yes?
T: That's all.
I: All of those are boys.
T: And Maria and Clare and, I don't know, I haven't got any more.
I: So you normally play with boys more than girls?
T: Yes.
I: Why's that?
T: I like boys best (do you?). I'm a boy, I'm a boy myself (laughter).
I: And do you think girls and boys are different?
T: Yes.
I: In what kind of way?
T: Um, girls, boys can't do, have babies, girls can and um, not much, um,
lady polices, is there?
I: Not many lady police (mm). No. Do you think girls and boys are
different as people?
T: Yes, why, why um men um can fight in um dangerouser ways than girls,
can't they?
I: Do you think so? (Yes, do you?) I suppose it's true; why do you think
that is?
T: Why, um, um God made it like that, didn't he?
I: Mm. And let me see, so who do you think are faster, boys or girls?

120
Extracted from Spratt (1994. p.134-135).
222

T: Um sometimes girls when they have, um when they are older (mm) and
what else?
I: OK, who do you think's cleverer?
T: Boys sometimes.
I: And sometimes girls?
T: Yes.
I: All right. Who do you think's stronger?
T: Boys.
I: Always?
T: Of course.
I: Why of course?
T: Why they do the powerfullest fighting.
I: Mm. And who do you think's nicer?
T: The girls.
I: The girls are nicer?
T: Yes.
I: And why are the girls nicer?
T: Why they are.
I: And who talks more, boys or girls?
T: Girls.
I: And who do you think is gentler?
T: Um of course girls are nicer, girls, girls are nice so, so girls won't fight,
(mm) will they?
I: I don't know.
T: Some do, don't they?
I: But not really?
T: No.
I: They're much, they're, they're more gentle, are they? Who's better
behaved, boys or girls?
T: Girls are better behaved.
I: Do you think so?
T: Yes.
I: OK.
223

CAPÍTULO VII – APLICAÇÃO DO MÉTODO DE ENSINO DE


PRONÚNCIA PARA PROFESSORES DE INGLÊS

No presente capítulo serão descritos os caminhos percorridos para se chegar à


forma final da aplicação do método de ensino de pronúncia por nós elaborado.
Inicialmente, realizou-se uma pesquisa de campo no intuito de servir como
pré-teste para a pesquisa em si. Neste pré-teste, fez-se uma análise da produção do schwa
por parte dos alunos em dois momentos: antes de serem submetidos à nossa proposta de
ensino de pronúncia e depois de serem a ela submetidos. Ao final, os resultados obtidos
foram comparados.

1 Pesquisa de Campo: Pré-teste

Para a definição do corpus e delineamento do perfil do informante, a serem


utilizados nesta pesquisa, realizou-se inicialmente um pré-teste. Para viabilizar o pré-
teste, foi elaborado um corpus para fins de amostragem. Esse corpus foi submetido à
leitura por parte de 70 indivíduos. A partir da análise dessa leitura, foi feito um
levantamento da produção do schwa nestes 70 informantes — pessoas que, em alguma
fase de suas vidas, estudaram inglês e que foram escolhidas aleatoriamente.
A pesquisa compreendeu duas etapas, quais sejam:
224

1 o preenchimento de um formulário com dados pessoais referentes, principalmente, ao


nível de exposição à LI, e
2 a leitura do corpus propriamente dito.
Elaborou-se um formulário fundamentado nas concepções da sociolingüística
com vistas a traçar o perfil do informante. Como o nosso foco de interesse é sobretudo o
contato do informante com a LI, várias questões, que buscam evidenciar este aspecto,
foram utilizadas.
A seguir, encontra-se o formulário tal como foi apresentado aos informantes:

Nome: _____________________________________________________________________

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ______ anos

Cidade e Estado onde nasceu: ________________________________________________

Cidade e Estado onde mora atualmente:_______________________________________

Profissão: ( ) Professor(a) de Inglês ( ) Outros

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo121
( ) superior incompleto ou cursando
( ) superior completo
( ) pós-graduação

Idade com que começou a estudar Inglês: _______ anos

Você ainda estuda Inglês?


( ) Sim. Há quanto tempo? ___________________
(...) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: ( ) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?

121
Evitou-se o uso da atual nomenclatura Ensino Fundamental e Médio devido ao fato de que a maioria
dos informantes, provavelmente, não estaria familiarizada com estes termos e, conseqüentemente, teria
dúvidas ao preencher o formulário.
225

(...) Não
(...) Sim. Qual país? _________________________ Por quanto tempo? ____________

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
( ) Sim. Por quanto tempo consecutivo? __________________

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever ( ) ouvir ( ) falar

Após o preenchimento do formulário acima, solicitou-se aos informantes que


lessem o seguinte corpus para gravação:

PALAVRAS
23 about 33 common
24 decadence 34 minus
25 psychiatrist 35 successful
26 sofa 36 suspect
27 enclose 37 substantial
28 emergency 38 evolution
29 evil 39 spacious
30 episode 40 neighbor
31 original 41 politician
32 computer 42 cupboard

FRASES
8 There was an elephant in the circus.
9 Sara was a very nervous person, but Thomas loved her anyway.
10 I don‘t want to hear another stupid answer ever again.
11 He was coming to see us.

MÚSICA
Yesterday, all my troubles seemed so far away.
Now it seems as though they‘re here to stay.
Oh, I believe in yesterday.
226

Como se pode verificar, o corpus continha palavras isoladas, palavras em


contexto — frases — e frases em forma de uma música. Nessas três instâncias
encontram-se palavras em que há a ocorrência do schwa.
No conjunto das palavras, tentou-se selecionar alguns termos cognatos e
outros não-cognatos, a fim de se verificar a interferência desse aspecto na produção do
schwa. Assim tentou-se analisar a influência da transferência lingüística do português
para o inglês.
No nível das frases, buscou-se a utilização de palavras com grande incidência
do fonema schwa.
Já a música foi escolhida para que se pudesse averiguar a influência da
discriminação auditiva na produção oral. Portanto, a escolha de uma música amplamente
conhecida foi proposital. Ainda nesse nível, a nossa preocupação foi a produção ou não
do schwa.

1.1 Alteração do corpus

Uma análise dos dados coletados evidenciou os aspectos do corpus que


deviriam ser alterados. Chegou-se, então, ao seguinte formato:

WORDS:
1 elephant
2 us
3 another
4 neighbor
5 the
6 circus
7 was
8 about
9 computer
10 her
11 Canada
12 from
13 common
14 across
227

15 jealous
16 person
17 sofa
18 original
19 again
20 cupboard

SENTENCES:
1 He was coming to see us.
2 The neighbor gave us another stupid answer.
3 There was a common elephant in the circus across the street.
4 Tell her about your computer from Canada.
5 Sara was a very famous person and Thomas was very jealous of her.
6 The original cupboard was much bigger and the sofa was more spacious.
7 He said it wasn't enough to trouble us.

SONGS
My Heart Will Go On (Celine Dion)
Every night in my dreams
I see you, I feel you,
That is how I know you go on

Far across the distance


And spaces between us
You have come to show you go on.

Un-Break My Heart (Tony Braxton)


Un-break my heart
Say you'll love again
Undo this hurt you caused
when you walk out the door
and walk out of my like
Un-cry these tears
I cried so many nights
Un-break my heart.
228

2 Tentativa de Aplicação do Método

Esse corpus modificado foi utilizado nas gravações efetuadas por dois grupos
distintos, para os quais foram aplicados o método de ensino de pronúncia por nós
proposto.
Esses dois grupos eram, na verdade, duas turmas de alunos concluintes da
graduação. Uma constituída de alunos do 4º ano do curso de Letras com habilitação em
Português e Inglês e respectivas Literaturas, e a outra formada por alunos do 4º ano do
curso de Tradutor e Intérprete, ambas da mesma universidade.
Com esses dois grupos, efetuou-se uma gravação no início do ano letivo e
outra ao final. Durante todo o ano, os alunos foram submetidos ao processo de ensino-
aprendizagem da pronúncia da língua inglesa através de nosso método.
Concomitante à aplicação do método, foi elaborado um relatório contendo a
descrição de cada aula dada e as conclusões delas decorrentes.
A aplicação e a experimentação do método com duas turmas distintas de
professores potenciais durante todo um ano letivo possibilitaram inúmeras
reestruturações no formato e no conteúdo do método.
Com o término do ano letivo e com a realização da gravação final por parte
de todos os alunos, iniciou-se a análise dos dados presentes nas gravações iniciais e
finais. Somente neste momento pôde-se verificar que a heterogeneidade do grupo
chegava a impedir um levantamento estatístico dos dados levantados.122 Após análise dos
dados, constatou-se a impossibilidade de se chegar a conclusões consistentes devido à
discrepância no nível de conhecimento dos alunos. Além disso, pode-se notar que o
período estabelecido para a aplicação do método, i.e. um ano letivo, foi por demais
extenso para se constituir em objeto de análise científica, uma vez que inúmeras
vicissitudes interferiram no processo.

122
Embora o grupo fosse constituído de alunos concluintes dos cursos de Letras e Tradutor e Intérprete,
ainda foi possível verificar um alto grau de heterogeneidade, uma vez que, em geral, os alunos chegam à
universidade apresentando níveis nitidamente desiguais de domínio da LI e este desnível nem sempre é
suplantado durante a graduação.
229

3 Aplicação do Método

Diante da impossibilidade de análise dos dados, partiu-se em busca de um


grupo que fosse homogêneo o bastante para proporcionar um levantamento de dados
consistente, que pudesse, inclusive, ser submetido à análise estatística de cunho
qualitativo e quantitativo.

3.1 Escolha de um grupo homogêneo

Buscou-se, então, um grupo que apresentasse uma homogeneidade quanto ao


nível de conhecimento em língua inglesa e que, ao mesmo tempo, possuísse um perfil
adequado à aplicação do método. Levando-se em consideração estes dois pré-requisitos,
optou-se por um grupo de professores de uma única escola de idiomas da cidade de
Franca, SP.
Uma das características do centro de idiomas em questão era a preferência
por professores com alto nível de fluência conversacional, uma vez que o método por
eles adotado priorizava a conversação e, portanto, os distintos aspectos da oralidade.
A escola selecionada oferecia cursos de 5 idiomas distintos e o grupo para
qual o método foi aplicado era composto de 11 docentes, os quais totalizavam o número
de professores de língua inglesa da escola. Entre eles, um também exercia a função de
coordenador pedagógico e outra era diretora-proprietária da escola. Na época, estavam
todos atuando como professores, com exceção da diretora-proprietária que não se
encontrava em exercício docente naquele semestre, apesar de ter o maior tempo de
experiência no magistério de todo o grupo.
O grupo de professores foi submetido a um curso intensivo de Pronúncia da
Língua Inglesa. As aulas tinham duração de duas horas com 10 minutos de intervalo e
ocorreram semanalmente durante 3 meses. O curso se deu nos meses de abril a junho do
ano 2001.
Antes do início do curso e após o seu término, foram efetuadas gravações
individuais com cada professor. Todos eles preencheram e assinaram um termo de
consentimento, cujo modelo encontra-se no Anexo B. Essas gravações puderam,
230

finalmente, se constituir em nosso objeto de análise. Além da realização dessas


gravações, os professores preencheram um formulário de dados pessoais relevantes para
a pesquisa. O formulário a eles apresentado sofreu apenas pequenas alterações se
comparado com o que foi utilizado no pré-teste.

3.2 O perfil do grupo de docentes

Para obter a caracterização do perfil do grupo de professores, fez-se uso do


formulário que se segue:

Nome: _____________________________________________________________________

Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Idade: ______ anos

Cidade e Estado onde nasceu: ________________________________________________

Cidade e Estado onde mora atualmente:_______________________________________

Profissão: ( ) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? __________________


( ) Outros. Qual? ___________________

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _____________
( ) superior completo. Qual curso? _____________
( ) pós-graduação. Qual curso? _____________

Idade com que começou a estudar Inglês: _______ anos

Você ainda estuda Inglês?


( ) Sim. Há quanto tempo? ___________________
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: ( ) Americano ( ) Britânico


231

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


( ) Não
( ) Sim. Qual país? _________________________ Por quanto tempo? ____________

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
( ) Sim. Por quanto tempo consecutivo? __________________

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever ( ) ouvir ( ) falar

Todos os formulários, devidamente preenchidos pelos professores,


encontram-se transcritos no Anexo C. Após o preenchimento do formulário, os dados
obtidos foram computados em um quadro para melhor visualização do perfil docente.
Encontra-se a seguir o quadro referido:
232
233

Como nos mostra o Quadro 1, o conjunto de formulários preenchidos


possibilitou a caracterização do perfil do grupo como um todo.
Uma análise do quadro nos fornece as seguintes conclusões:
 8 pessoas são do sexo feminino e 3, do sexo masculino.
 A faixa etária varia de 23 a 43 anos, tendo como média a idade de 29 anos.
 Apesar de 5 pessoas terem nascido em outras cidades, todas residem em Franca.
 Quanto à profissão, todos são professores de inglês, sendo que 5 deles também
exercem uma função paralela.
 O tempo de experiência no magistério de inglês varia de 1 ano e meio a 24 anos e
meio, sendo a média 6 anos e meio.
 Em relação à escolaridade, 8 pessoas possuem curso superior completo, dentre as
quais duas já possuem pós-graduação. As outras 3 completaram o 2º Grau.
 Das que possuem curso superior, apenas três delas têm formação em Letras, das quais
somente uma possui especialização em Língua Inglesa.
 Todas as pessoas do grupo começaram a estudar inglês na adolescência — entre 10 e
19 anos, com exceção de 1 pessoa que iniciou seus estudos aos 22 anos. A média, do
grupo como um todo, para o início dos estudos do idioma é a idade de 14 anos e
meio.
 O período médio de estudo de inglês é de 13 anos. Sendo o período mínimo 6 anos e
o máximo 30 anos.
 Dos 11 membros do grupo, 10 consideram-se falantes da variedade americana de
inglês e 1, da variedade britânica.
 6 pessoas do grupo estiveram em países de língua inglesa. Dentre elas, 3 residiram
por pelo menos 1 ano em um desses países e 3 permaneceram aí por menos de 1 mês.
As outras 5 pessoas do grupo jamais visitaram um desses países.
 5 pessoas tiveram contatos eventuais com falantes nativos do inglês, 4 conviveram
com esses falantes por pelo menos 1 ano consecutivo, e 2 jamais estabeleceram
contato com falantes nativos do inglês.
 82% do grupo, isto é 9 pessoas, acreditam que ouvir seja a habilidade que apresenta
maior nível de dificuldade na língua inglesa, enquanto os outros 18%, 2 pessoas,
acreditam que escrever seja a habilidade mais árdua.
234

Os dados acima relatados fundamentarão a análise dos resultados obtidos nas


gravações. As conclusões advindas deste cruzamento serão apresentadas em capítulo
subseqüente.

3.3 Constituição final do corpus

O corpus apresentado aos 11 alunos para efeito de gravação dispunha de


cinco tipos de contexto para análise de pronúncia. Houve uma tentativa de se fazer uma
gama variada de contextos onde diferentes aspectos da pronúncia da LI pudessem se
manifestar de forma variada. Dessa maneira, o corpus em sua versão final foi constituído
de figuras, palavras, frases, textos e descrição espontânea de uma estória.
Seis figuras foram apresentadas aos alunos no intuito de que as palavras
contidas nas ilustrações fossem proferidas sem a sua referência ortográfica. Estas
mesmas palavras, acrescidas de outras, foram posteriormente lidas pelos alunos. Em
seguida, houve a leitura de sete frases, que também continham algumas das palavras que
foram lidas isoladamente. Buscando maior naturalidade na leitura, foi pedida a leitura de
dois textos. O texto 1 caracterizou-se pela incidência de schwa em quase todas as
palavras e o texto 2, sugerido por Celce-Murcia et al. (1996, p. 398), foi elaborado com
vistas a diagnosticar problemas de pronúncia em falantes de inglês como LE. Para
finalizar o corpus, acrescentou-se ainda uma fala espontânea dos alunos em que foi
pedido para que se contasse uma estória a partir de uma seqüência de ilustrações.
As gravações inicial e final obedeceram à seguinte seqüência:

a) Figuras
b) Texto 1
c) Contando uma estória
d) Palavras e frases
e) Texto 2

Os itens constituintes do corpus encontram-se expostos a seguir:


235

a) Figuras

Statue of Liberty elephant

computer sofa

machine cupboard

b) Texto 1
What Must The Sun Above Wonder About?123
Some pundits proposed that the sun wonders unnecessarily about sundry and assorted conundrums. One
cannot but speculate what can come of their proposal. It wasn't enough to trouble us, but it was done so
underhandedly that hundreds of sun lovers rushed to the defense of their beloved sun. None of this was
relevant on Monday, however, when the sun burned up the entire country.

123
Extraído de Cook (1991, p. 85).
236

c) Contando uma estória

d) Palavras e frases
WORDS:
1 elephant
2 us
3 another
4 neighbor
5 the
6 circus
7 was
8 about
9 computer
10 her
237

11 Canada
12 from
13 common
14 across
15 jealous
16 person
17 sofa
18 original
19 again
20 cupboard
21 machine
22 Statue of Liberty

SENTENCES:
1 He was coming to see us.
2 The neighbor gave us another stupid answer.
3 There was a common elephant in the circus across the street.
4 Tell her about your computer from Canada.
5 Sara was a very famous person and Thomas was very jealous of her.
6 The original cupboard was much bigger and the sofa was more spacious.
7 He said it wasn't enough to trouble us.

e) Texto 2
Diagnostic Passage and Accent Checklist
If English is not your native language, people may have noticed that you come from another country
because of your ―foreign accent‖. Why do people usually have an accent when they speak a second
language? Several theories address this issue. Many people believe that only young children can learn a
second language without an accent, but applied linguists have reported cases of older individuals who
have mastered a second language without an accent. Another common belief is that your first language
influences your pronunciation in a second language. Most native speakers of English can, for example,
recognize people from France by their French accents. They may also be able to identify Spanish or
Arabic speakers over the telephone, just by listening carefully to their pronunciation. Does this mean that
accents can't be changed? Not at all! But old habits won't change without a lot of hard work, will they?
In the end, the path to learning to speak a second language without an accent appears to be a combination
of hard work, a good ear, and a strong desire to sound like a native speaker. You also need accurate
information about the English sound system and lots of exposure to the spoken language. Will you manage
to make progress, or will you just give up? Only time will tell, I'm afraid. Good luck, and don't forget to
work hard!

A análise das gravações referentes ao corpus acima exposto será apresentada


no capítulo subseqüente.
Além das gravações, optou-se pela utilização de um questionário de
aproveitamento que pudesse refletir as alterações conscientemente sofridas pelos alunos.
238

4 O Uso de um Questionário de Aproveitamento

Primeiramente, pensou-se em realizar somente uma coleta de depoimentos


espontâneos dos professores acerca das transformações verificadas em decorrência do
curso. Após análise do formulário com dados pessoais, verificou-se que apenas 27% dos
professores possuíam formação em Letras e, portanto, não se poderia esperar que seus
depoimentos trouxessem uma reflexão de cunho lingüístico que proporcionasse
elementos suficientes para uma análise como a esperada.
A necessidade da coleta de depoimentos origina-se no fato de a gravação, em
si, poder refletir apenas a produção dos sujeitos, podendo não revelar aspectos intelectivos
do aprendizado, além de não apresentar as alterações no desempenho dos professores em
sua prática docente. Elaborou-se, então, um questionário com o intuito de verificar alguns
aspectos não contemplados pela gravação, tais como: o nível de conhecimento adquirido
sobretudo no que tange à discriminação auditiva, assim como a auto-imagem e o grau de
conscientização dos professores.

4.1 Aplicação do questionário de aproveitamento

Após a conclusão do curso, foi pedido aos professores que respondessem um


questionário acerca do seu aproveitamento durante o curso. Esse questionário, em forma
de auto-avaliação, foi aplicado individualmente para cada professor, logo após a
gravação diagnóstica final.
Além da justificativa discutida no item anterior, o questionário foi elaborado
com vistas a responder à seguinte questão: ―O trabalho com a redução vocálica (schwa
como alvo da pronúncia) é importante para o ensino da pronúncia da LI?‖
O questionário apresentou as seguintes questões:
239

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTO

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento, adquirido durante o


curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado abaixo:

Nível segmental:
 segmentos ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech124 ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do-s final ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética ( ) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no entendimento dos
aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim ( ) não
 ritmo ( ) sim ( ) não
 entoação ( ) sim ( ) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim ( ) não

124
Alguns termos foram utilizados em inglês a fim de facilitar o entendimento dos professores. Uma vez
que todo o curso foi ministrado em língua inglesa, a tradução de alguns termos específicos poderia não ser
do conhecimento de todos os professores.
240

 pronúncia do -s final ( ) sim ( ) não


 silent letters ( ) sim ( ) não
 listening (compreensão) ( ) sim ( ) não
 transcrição fonética ( ) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da língua inglesa,
listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim ( ) não
 ritmo ( ) sim ( ) não
 entoação ( ) sim ( ) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim ( ) não
 pronúncia do -s final ( ) sim ( ) não
 silent letters ( ) sim ( ) não
 listening (compreensão) ( ) sim ( ) não
 transcrição fonética ( ) sim ( ) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua habilidade de
lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem, junto aos seus alunos?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim ( ) não
 ritmo ( ) sim ( ) não
 entoação ( ) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim ( ) não
 pronúncia do -s final ( ) sim ( ) não
241

 silent letters ( ) sim ( ) não


 listening (compreensão) ( ) sim ( ) não
 transcrição fonética ( ) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim ( ) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim ( ) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela pronúncia da língua
inglesa?
1 _________________________________________________________________________
2 _________________________________________________________________________
3 _________________________________________________________________________
4 _________________________________________________________________________
5 _________________________________________________________________________

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


( ) sim ( ) não
Por quê?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

Das 8 questões apresentadas, apenas a de número 7 foi aberta e a de número


8, parcialmente aberta.
Optou-se por questões fechadas, em que o professor teria apenas que marcar
com um X a alternativa apropriada, para que se pudesse obter um levantamento
estatístico do nível de aproveitamento de cada professor e da classe em geral.
Os itens apresentados como alternativas eram de pleno conhecimento dos
professores e consistem em aspectos altamente relevantes da fonologia da LI, os quais
foram explanados durante o curso.
242

Os questionários respondidos encontram na íntegra no Anexo D.


Os resultados obtidos com a aplicação do questionário, assim como a análise
das gravações, serão apresentados e discutidos no capítulo que se segue.
243

CAPÍTULO VIII – RESULTADOS DA PESQUISA

No presente capítulo serão analisados e comparados todos os resultados


provenientes da pesquisa, seja em forma de questionário, seja em forma de gravação.
Com essa análise, visamos avaliar a eficácia do método adotado e paralelamente detectar
os aspectos da pronúncia da LI que apresentam maior dificuldade para os falantes do PB.
Nesse sentido, nossa expectativa não se restringe à verificação de uma melhoria no nível
de produção dos alunos, e sim à constatação de deficiências, as quais servirão de indício
dos aspectos que devem ser mais cuidadosamente trabalhados em um curso de pronúncia
para esse tipo de falante.
A seguir, serão apresentados os resultados da aplicação do questionário
seguidos da análise das gravações efetuadas. Em seguida, será feito um confronto entre
esses dois resultados.

1 Resultados da Aplicação do Questionário

Os dados obtidos a partir do preenchimento do questionário de avaliação por


parte dos alunos encontram-se dispostos a seguir em forma de tabelas e gráficos. Para a
exposição dos resultados optou-se por obedecer à seqüência das questões contidas no
próprio questionário. As respostas fornecidas pelos alunos podem ser identificadas nas
244

tabelas e gráficos obedecendo à seqüência A1-A11 (A1 refere-se ao professor 1, A2


refere-se ao professor 2 e assim sucessivamente).
Cada uma das cores utilizada nos gráficos representa um aluno. Em todos os
gráficos, a mesma correspondência será mantida.
Os valores atribuídos às respostas da Questão 1 variaram de 0 a 3, tal como
exposto na seqüência abaixo:

0 = nenhum;
1 = baixo;
2 = médio;
3 = alto.

Para as questões de 2 a 8, com exceção da 7, atribui-se apenas o valor 0 para


não e 1 para sim.
O TOTAL ao final da tabela corresponde à soma dos resultados por aluno e o
Total à direita da tabela corresponde à soma dos resultados por aspecto analisado.
Na confecção dos gráficos foram utilizadas as porcentagens advindas dos
itens analisados, sendo que o gráfico com várias cores corresponde ao desempenho de
cada aluno e o gráfico na cor azul corresponde ao desempenho do grupo em relação a
cada aspecto analisado.
Nas páginas que se seguem estão dispostas, em letra menor, as perguntas do
questionário de avaliação seguidas das tabelas, em que foram computadas as respostas, e
seu(s) respectivo(s) gráfico(s). Entre os gráficos, em letra maior, encontram-se os
comentários provenientes da análise das respostas obtidas.
245

Questionário de Avaliação

Questão 1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento, adquirido


durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado abaixo:

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8
A 9 A 10 A 11 Total %
segmentos 2 3 3 1 2 2 3 2 3 3 226 79%
acento 2 3 2 1 2 2 3 2 3 2 325 76%
ritmo 1 2 2 2 3 2 3 2 3 2 325 76%
entoação 1 2 2 2 2 2 2 2 3 1 322 67%
connected speech 2 2 2 1 2 3 3 3 3 2 225 76%
pronúncia do -ed final 2 3 3 1 3 1 3 2 3 2 326 79%
pronúncia do –s final 2 2 2 2 1 3 3 3 3 3 226 79%
silent letters 2 3 2 3 3 2 2 2 3 3 227 82%
listening (compreensão) 1 3 1 3 3 2 2 2 3 2 224 73%
transcrição fonética 2 3 2 2 2 3 3 2 3 3 328 85%
33
TOTAL 17 26 21 18 23 22 30 25 27 22 23 254
% 57% 87% 70% 60% 77% 73% 100% 83% 90% 73% 77%

Nível de conhecimento adquirido


100%
100% 90%
87% A1
90% 83%
77% 77% A2
80% 70% 73% 73%
A3
70% 60%
57% A4
60%
A5
50%
A6
40%
A7
30%
A8
20%
A9
10%
A 10
0%
A 11
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11

O gráfico acima ilustra a variação de 57% a 100% no nível de conhecimento


adquirido pelos alunos, segundo a sua própria opinião, sendo que a média atingida pelo
grupo foi de 77%. O menor nível foi apresentado pelo Aluno 1, enquanto o nível máximo
de aproveitamento foi atingido pelo Aluno 7.
246

Nível de conhecimento por aspecto


segmentos 79%

acento 76%
ritmo 76%
entoação 67%
connected speech 76%

pronúncia do -ed final 79%


pronúncia do -s final 79%
silent letters 82%

listening (compreensão) 73%


transcrição fonética 85%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Sendo 77% a média do nível de conhecimento adquirido por aspecto, em


relação ao gráfico disposto acima, pode-se afirmar que a entoação atingiu menor nível
(apenas 67%), enquanto que o aspecto de que os alunos acreditam ter obtido maior
domínio foi a transcrição fonética (85%).

Questão 2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no entendimento
dos aspectos abaixo?

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11 Total %
segmentos 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 100%
acento 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 100%
ritmo 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 10 91%
entoação 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 1 8 73%
connected speech 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 10 91%
pronúncia do -ed final 0 1 0 0 0 0 1 1 0 1 0 4 36%
pronúncia do –s final 1 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 5 45%
silent letters 0 0 1 1 0 0 1 1 0 1 1 6 55%
listening (compreensão) 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 10 91%
transcrição fonética 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 100%
11
TOTAL 7 7 9 7 5 7 10 10 6 10 8 86
% 70% 70% 90% 70% 50% 70% 100% 100% 60% 100% 80%
247

Contribuição do schwa para o entendimento dos aspectos


100% 100% 100%
100% 90% A1
90% 80% A2
80% 70% 70% 70% 70% A3
70% 60% A4
60% 50% A5
50%
A6
40%
A7
30%
A8
20%
10% A9
0% A 10
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11 A 11

Segundo a auto-avaliação dos alunos, o trabalho com a pronúncia do schwa


como resultado da redução vocálica contribui sobremaneira para o entendimento dos
aspectos analisados. A média fornecida pelos alunos foi de uma contribuição geral de
78%, sendo que apenas na visão dos alunos 5 e 9 essa média ficou abaixo de 70% e na
opinião dos alunos 7, 8 e 10 a importância desse trabalho chega a atingir 100%.

Relação schwa/aspecto no entendimento

segmentos 100%
acento 100%
ritmo 91%
entoação 73%
connected speech 91%
pronúncia do -ed final 36%
pronúncia do -s final 45%
silent letters 55%
listening (compreensão) 91%
transcrição fonética 100%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

O gráfico acima nos permite verificar com clareza a função que o schwa
exerce no entendimento de cada aspecto, segundo a avaliação dos alunos. Dos 10
aspectos analisados, apenas 3 ficaram com uma média abaixo de 70%, tendo atingido a
pronúncia do -ed final a menor média (36%), seguido da pronúncia do -s final (45%) e
248

das silent letters (55%).125 A entoação apresentou uma média razoável (73%), os
aspectos ritmo, connected speech e listening atingiram 91%, e os aspectos segmentos,
acento e transcrição fonética atingiram a média máxima (100%).

Questão 3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da língua
inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução vocálica (schwa)?

A1 A2 A3 A4 A5 A 6 A 7 A 8 A 9 A 10 A 11 Total %
segmentos 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 9%
acento 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 9%
ritmo 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 1 9%
entoação 0 1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 3 27%
connected speech 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%
pronúncia do -ed final 1 0 1 1 1 1 0 0 1 0 1 7 64%
pronúncia do -s final 0 1 0 1 1 1 0 0 1 0 1 6 55%
silent letters 1 0 0 0 1 1 0 0 1 0 0 4 36%
listening (compreensão) 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 9%
transcrição fonética 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0%

TOTAL 2 2 2 2 6 3 1 0 4 0 2 24
% 20% 20% 20% 20% 60% 30% 10% 0% 40% 0% 20%

Entendimento dos aspectos independentemente do schwa

100% A1
90% A2
80% A3
70% 60% A4
60%
A5
50% 40% A6
40% 30%
A7
30% 20% 20% 20% 20% 20%
A8
20% 10%
10% A9
0% 0%
0% A 10
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11 A 11

125
De fato a pronúncia do -ed final e a do -s final têm pouca relação com a redução vocálica, quando
comparadas com os outros itens analisados. Já, a pronúncia das silent letters não estabelece qualquer tipo
de relação com a redução vocálica.
249

Os dados apresentados no gráfico acima nos revelam uma coerência nas


respostas dadas a esta questão quando comparadas à questão anterior. Segundo a
avaliação dos alunos, seria possível atingir um entendimento dos aspectos
independentemente da prática da pronúncia do schwa em um nível de 22%. Se
compararmos esta média com a atingida na questão anterior, encontraremos exatamente
78%, sendo a soma das duas 100%.

Independência da Relação schwa/aspecto


segmentos 9%

acento 9%

ritmo 9%

entoação 27%

connected speech 0%

pronúncia do -ed final 64%

pronúncia do -s final 55%

silent letters 36%

listening (compreensão) 9%

transcrição fonética 0%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Se compararmos a média fornecida pelo gráfico acima com a média atingida


no segundo gráfico da questão anterior, também chegaremos a um resultado
complementar, isto é 22% e 78% respectivamente, sendo a sua soma 100%. Em cada
aspecto analisado, o nível de complementaridade foi bastante alto, sendo que 6 deles 
ritmo, entoação, pronúncia do -ed final, pronúncia do -s final, listening e transcrição
fonética  alcançaram exatamente 100% de complementaridade. Essa compatibilidade
de resultados vem mostrar que o papel desempenhado pela redução vocálica no sistema
fonológico da LI encontra-se claramente delineado na percepção dos alunos.
250

Questão 4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem, junto aos seus alunos?

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A 9 A 10* A 11 Total %
A7 A8
segmentos 1 1 1 0 1 1 11 1 1 9 90%
acento 1 1 1 0 0 1 11 1 1 8 80%
ritmo 1 1 1 1 1 1 11 1 1 10 100%
entoação 1 1 1 1 1 1 11 1 1 10 100%
connected speech 1 1 1 0 0 1 11 1 0 7 70%
pronúncia do -ed final 1 1 1 1 1 1 11 1 1 10 100%
pronúncia do -s final 1 1 1 1 0 1 11 1 1 9 90%
silent letters 1 1 1 1 1 1 11 1 0 9 90%
listening (compreensão) 0 1 1 1 1 1 11 1 1 9 90%
transcrição fonética 1 1 1 0 1 1 11 1 1 9 90%
10
TOTAL 9 10 10 6 7 10 10 10 10 8 90
% 90% 100% 100% 60% 70% 100% 100% 100% 100% 0% 80%

Melhoria no desempenho do professor


100% 100% 100% 100% 100% 100%
100% 90% A1
90% 80% A2
80% 70% A3
70% 60% A4
60%
A5
50%
A6
40%
A7
30%
A8
20%
10% A9
0%*
0% A 10
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11 A 11

A resposta fornecida pelos alunos a esta questão talvez seja a mais relevante,
uma vez que evidencia a melhoria no desempenho de cada aluno no que se refere a sua
prática docente. Como descrito na tabela e no gráfico acima, o aluno 10 não se
encontrava no exercício do magistério durante a pesquisa; sendo assim, podemos analisar
a média dos 10 alunos restantes. Dentre estes, 6 afirmaram ter obtido uma melhoria de
100% em seu desempenho docente, enquanto que os outros 4 declararam ter melhorado
90, 80, 70 e 60%, o que nos fornece uma média de 90% de melhoria. Esse número é

*
Esse aluno não se encontrava no exercício do magistério no momento da pesquisa.
251

deveras significativo e vem ao encontro dos objetivos propostos nesta tese, uma vez que
os indivíduos que participaram da pesquisa são professores, sendo portanto
multiplicadores do conhecimento que adquirem e também referência de pronúncia
adequada para cada um de seus alunos.

Melhoria no desempenho para cada aspecto


segmentos 90%

acento 90%

ritmo 90%

entoação 90%

connected speech 100%

pronúncia do -ed final 70%

pronúncia do -s final 100%

silent letters 100%

listening (compreensão) 80%

transcrição fonética 90%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

O gráfico acima nos mostra que, segundo a auto-avaliação dos alunos, os


itens mais significativos no que se refere à melhoria em seu desempenho docente foram
connected speech, pronúncia do -s final e silent letters, tendo os três atingido 100%. Em
segundo lugar, com 90% de melhoria, encontram-se cinco outros aspectos: segmentos,
acento, ritmo, entoação e transcrição fonética. Em terceiro e quarto lugares, estão
listening e pronúncia do -ed final, com 80% e 70% respectivamente.
Este gráfico também nos mostra que não existe uma correlação entre a melhoria
no desempenho docente e a melhoria no desempenho apresentado para cada aspecto nas
gravações. Talvez o aspecto que melhor evidencie discrepância seja a pronúncia do -s
final que atingiu o nível máximo de melhoria no desempenho docente (100%) e
apresentou o menor nível de melhora entre os aspectos analisados nas gravações, apenas
3%. Este fato nos permite concluir que mesmo o aluno atingindo amplo conhecimento e
habilidade para ensinar um determinado aspecto, isto não lhe garantirá automaticamente
uma produção oral correta.
252

Questão 5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?

A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11 Total %
Curso prévio de pronúncia 0 0 0 0 0 1 0 0 1 1 0 3 27%
0% 0% 0% 0% 0% 100% 0% 0% 100% 100% 0%

Curso prévio de pronúncia


A1
100% 100% 100%
100% A2
90% A3
80% A4
70%
A5
60%
50% A6
40% A7
30% A8
20%
A9
10% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0%
A 10
0%
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11 A 11

A tabela e o gráfico acima nos mostram que apenas 3 dos 11 alunos já


haviam feito algum curso de pronúncia anteriormente. É interessante notar que, de
acordo com o perfil dos alunos apresentado no capítulo VII, são exatamente os mesmos
que fizeram curso de graduação em Letras. Todos os outros, isto é 64%, apesar de se
encontrarem em pleno magistério da LI, não haviam jamais recebido qualquer tipo de
treinamento em pronúncia. Se pensarmos nestes números no contexto nacional, a
situação se torna um tanto preocupante, pois o grupo analisado compreende o total de
professores de LI de uma escola de idiomas, o que nos leva a crer que, em geral, existe
uma relevante ausência de embasamento lingüístico entre os professores de LI.

Questão 6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?

A 1 A 2 A 3 A 4 A 5 A 6 A 7 A 8 A 9 A 10 A 11 Total %
Conhecimento da abordagem 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 9%
0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 100% 0% 0%
253

Conhecimento da abordagem utilizada


A1
100% A2
100%
90% A3
80% A4
70% A5
60%
A6
50%
A7
40%
30% A8
20% A9
10% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% A 10
0%
A 11
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11

Os dados acima revelam que apenas um aluno já possuía conhecimento da


abordagem utilizada, sendo que este conhecimento foi adquirido nos cursos de graduação
em Letras e de especialização em Língua Inglesa em que a autora desta tese ministrou
aulas, realizando experimentos desta abordagem.

Questão 7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela pronúncia da
língua inglesa?126

Esta pergunta foi elaborada apenas com o intuito de se conhecer os aspectos


da pronúncia da LI que mais despertam a atenção e a curiosidade dos alunos. As
respostas aqui obtidas poderão ser exploradas em cursos futuros.

Questão 8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?

Essa pergunta foi colocada no encerramento do questionário pelo fato de


representar o objetivo central do método proposto. A resposta a essa pergunta nos
permitirá avaliar a eficácia ou não do método de acordo com a opinião dos alunos.

126
A questão 7 refere-se a uma pergunta aberta.
254

A 1 A 2 A 3 A 4 A 5 A 6 A 7 A 8 A 9 A 10 A 11 Total %
Importância do schwa 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 11 100%
100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%

Importância do trabalho com a redução vocálica (schwa )


100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% A1
100%
A2
90%
A3
80%
A4
70%
A5
60%
A6
50%
A7
40%
A8
30%
A9
20%
A 10
10%
A 11
0%
A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8 A9 A 10 A 11

A tabela e o gráfico dispostos acima confirmam, com uma margem de 100%


de confiabilidade, a crença dos alunos de que o trabalho com a redução vocálica é
imprescindível para o processo ensino-aprendizagem da pronúncia da LI.
Esta resposta nos permite concluir que o método proposto foi aceito e
aprovado pelo grupo de professores na sua totalidade.
O gráfico abaixo vem apenas ilustrar as respostas apresentadas às questões 5,
6 e 8, levando-se em consideração o grupo de alunos como um todo.

Questões 5, 6 e 8

Curso prévio de
27%
pronúncia

Conhecimento da
9%
abordagem

Importância do trabalho
com a redução vocálica 100%
(schwa)

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%
255

Para finalizar, traçaremos um perfil do grupo de professores tal como se


encontrava no final do curso, isto é, após ter sido submetido à aplicação do método de
pronúncia durante três meses. Para isso, faremos uso das médias obtidas em cada uma
das questões apresentadas ao grupo. Partindo deste contexto, podemos afirmar que o
grupo de professores declarou ter adquirido 77% de conhecimento em relação aos
aspectos de pronúncia trabalhados durante o curso. Este grupo considerou que o schwa,
como característica da redução vocálica na LI, auxilia em 78% no entendimento os
aspectos analisados e que 22% destes aspectos podem ser compreendidos sem se levar
em conta o papel exercido pela redução vocálica. Os professores afirmaram ter tido uma
melhora de 90% em seu desempenho docente, isto é, em sua habilidade de lidar com os
distintos aspectos de pronúncia no processo ensino-aprendizagem junto aos seus alunos.
Apenas 27% do grupo haviam feito algum curso de pronúncia anteriormente e, dentre
estes, apenas 9% tinham conhecimento da abordagem utilizada. Finalmente, o grupo
considerou altamente relevante o trabalho com a redução vocálica (schwa) no ensino de
pronúncia da LI, atribuindo a esta questão uma resposta unânime que atingiu o nível de
100%.
Todos os dados analisados acima vêm ratificar a importância do questionário
como um segundo instrumento de avaliação do aproveitamento dos alunos.
Passamos, a seguir, à análise das gravações.

2 Análise das Gravações

Uma vez concluídas as gravações finais  isto é, após o término do curso 


deu-se início à análise dos dados obtidos.
Já que o corpus definido para efetuar as gravações foi bastante diversificado,
tivemos que optar pela análise de aspectos pontuais da pronúncia da LI. Após
verificação das possibilidades, optou-se pela averiguação de alguns aspectos que fizeram
parte do questionário de avaliação de aproveitamento. Dessa maneira, poder-se-ia cruzar
os dados obtidos nas gravações com os resultados do questionário respondido pelos
professores.
Os itens presentes no relatório de aproveitamento eram: segmentos, acento,
ritmo, entoação, features of connected speech, pronúncia do -ed final, pronúncia do -s
256

final, silent letters, listening e transcrição fonética. Naturalmente, os dois últimos


aspetos  listening e transcrição fonética  não puderam ser avaliados por meio de
gravação. Portanto, optou-se pela análise dos oito itens restantes.

2.1 Materiais e métodos para a análise das gravações

As gravações foram efetuadas em fitas cassetes em um aparelho de som


portátil de boa qualidade. Em seguida, todas essas fitas foram remasterizadas, em um
processo de retirada de ruídos, e gravadas em CD por um profissional de áudio.
A partir do CD remasterizado, deu-se início a análise das gravações com
auxílio do programa computacional Sound Forge 5.0. Esse programa permite isolar,
acelerar, tornar mais lentas quaisquer unidades de fala do corpus, além de permitir a
marcação em forma cronometrada do momento em que a unidade analisada ocorreu.
Dessa forma, paralelamente ao resultado qualitativo e quantitativo da análise, obteve-se
também um registro dos minutos e segundos da ocorrência das unidades analisadas. Os
quadros referentes à marcação do tempo de cada aspecto examinado encontram-se no
Anexo E.

2.2 Resultados obtidos

Todos os resultados obtidos nessa análise foram computados e discriminados


em quadros do programa Excel, e é nessa forma que serão apresentados nesta pesquisa.
Os dados foram tabulados através da utilização de números, tal como ilustra a
seqüência abaixo:

1 = pronúncia adequada
0,5 = pronúncia aproximada
0 = pronúncia inadequada
257

Além desses números, utilizou-se um travessão () para designar omissão


de palavra ou segmento por parte do falante.
Nas tabelas, os professores estão representados pelos números de 1 a 11. A
gravação inicial e a gravação final estão expressas nas formas (1a.) e (2a.).
Para cada item, referente aos aspectos da pronúncia da LI, serão apresentadas
as partes do corpus de onde foram retirados os trechos a serem analisados. Os trechos
em questão serão destacados em negrito.
A seguir, encontram-se os resultados advindos da análise realizada.

2.2.1 Análise dos segmentos

Para uma averiguação no nível dos segmentos, optou-se pela análise de


palavras que continham o schwa em sua forma fonética e que foram proferidas em três
contextos distintos, tal como mostram as partes do corpus que se seguem:

Figuras:
Statue of Liberty, elephant, computer, sofa, machine, cupboard.

Palavras:
elephant, us, another, neighbor, the, circus, was, about, computer, her, Canada, from, common, across,
jealous, person, sofa, original, again, cupboard, machine, Statue of Liberty.

Frases:
1 He was coming to see us.
2 The neighbor gave us another stupid answer.
3 There was a common elephant in the circus across the street.
4 Tell her about your computer from Canada.
5 Sara was a very famous person and Thomas was very jealous of her.
6 The original cupboard was much bigger and the sofa was more spacious.
7 He said it wasn't enough to trouble us.

A tabela a seguir apresenta o registro dos dados obtidos através da análise das
gravações no que se refere à produção do schwa em três contextos. A primeira linha de
cada gravação refere-se à produção oral das figuras, a segunda, das palavras isoladas e a
terceira, das palavras em contexto (frases).
258

Tabela 1 – Análise do schwa nos três contextos


Schwa nos Três Contextos
Aluno Gravação elephant computer sofa cupboard Total
1 1 a. 1 0 1  2
0 0 1 1 2
0 0 1 1 2
2 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4

2 1 a. 1 0 1 1 3
1 1 1 1 4
1 0 1 1 3
2 a. 1 1 1 1 4
0 1 1 1 3
1 1 1 1 4

3 1 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
2 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4

4 1 a. 0 0 1  1
0 1 1 1 3
0 0 0 1 1
2 a. 1 1 1 1 4
0 1 1 1 3
1 0 1 1 3

5 1 a. 0 1 1  2
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4

2 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4

6 1 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
2 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4

7 1 a. 1 0 1  2
1 0 1 1 3
1 0 1 1 3
2 a. 1 0 1 1 3
1 0 1 1 3
1 0 1 1 3
259

Tabela 1 – Análise do schwa nos três contextos (continuação)


0 Schwa nos Três Contextos
Aluno Gravação elephant computer sofa cupboard Total
8 1 a. 0 1 1  2
0 1 1 1 3
0 1 1 1 3
2 a. 0 1 1  2
0 1 1 1 3
0 1 1 1 3

9 1 a. 0 1 1 1 3
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
2 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4

10 1 a. 1 1 1  3
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
2 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4

11 1 a. 1 1 1  3
0 1 1 1 3
0 1  1 2
2 a. 1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
1 1 1 1 4
Resultado 1a. 2a. Melhora
Subtotal 7 (64%) 9 (82%) 2 (18%)
7 (64%) 8 (73%) 1 (9%)
7 (64%) 10 (91%) 3 (27%)

Total 21 (64%) 27 (82%) 6 (18%)

É importante ressaltar que as quatro palavras escolhidas são da mesma classe


gramatical, isto é, substantivos e, independentemente do contexto em que ocorrerem,
serão proferidas como palavras lexicais, recebendo, portanto, o acento frasal.
Pode-se observar nos resultados da Tabela 1 que, independentemente do
contexto (i.e. figuras, palavras isoladas ou palavras em contexto), o nível de acerto na
primeira gravação foi de 64%. Já na segunda gravação houve melhora no nível de acerto
em todos os contextos, tendo atingido maior porcentagem as palavras inseridas na frase
(91%). Pode-se perceber, ainda, que a menor porcentagem de melhora se deu no nível
das palavras isoladas. No total houve um salto qualitativo de 18%, isto é os alunos
passaram de 64% de acerto na primeira gravação para 82% na segunda.
260

Se pensarmos apenas no nível de dificuldade apresentado por cada uma das


palavras independentemente da gravação, podemos afirmar que:

 a palavra sofa apresentou uma maior nível de acerto (97%), tendo apenas 1,5% de
erro e 1,5% de omissão;
 o termo cupboard obteve 88% de acerto e 12% de omissão, podendo assim ser
considerada a palavra mais desconhecida por parte dos alunos;
 a palavra computer apresentou 79% de acerto e 21% de erros;
 nem último lugar está a palavra elephant com apenas 74% de acerto e 26% de erros.

Os erros apresentados pelos alunos podem ter ocorrido em decorrência da


influência da ortografia, mais precisamente da transferência das relações entre letras e
sons do PB para a LI. O fato de três das quatro palavras analisadas serem cognatas pode
ter reforçado esta influência. Observou-se, por exemplo, que as palavras computer e
elephant, quando pronunciadas incorretamente, não apresentaram as vogais átonas
devidamente reduzidas, isto é, no lugar de [kmpyuwtr], pronunciou-se [kompyuwtr]

e no lugar de [lfnt], encontrou-se a pronúncia [lefnt] ou [lefant]. Já a palavra

sofa, mesmo cognata, apresentou um alto nível de acerto. Este fato vem, possivelmente,
confirmar a tendência de redução das átonas finais no português, descrita por Câmara Jr.
(1970, p. 34). Em contrapartida, segundo Massini-Cagliari (1992, p. 25-28):

Esta tendência a levantar e/ou centralizar as vogais átonas, por


outro lado, não ocorre da mesma maneira nas sílabas pré- e pós-
tônicas. De maneira geral, a qualidade das vogais pré-tônicas
assemelha-se muito mais à qualidade das vogais tônicas do que das
pós-tônicas.

Talvez esta característica da língua nativa dos alunos seja uma justificativa
para a pronúncia incorreta da palavra [kompyuwtr], em que a qualidade vocálica do

português foi mantida na pré-tônica.


261

2.2.2 Análise do acento

Para averiguar a produção oral dos alunos no que se refere ao padrão acentual
de palavras da LI, foram selecionadas para análise apenas as palavras que apresentaram
maior índice de pronúncia inadequada na primeira gravação. As palavras analisadas
encontram-se destacadas no corpus abaixo:

Texto 1: What Must The Sun Above Wonder About?


Some pundits proposed that the sun wonders unnecessarily about sundry and assorted conundrums. One
cannot but speculate what can come of their proposal. It wasn't enough to trouble us, but it was done so
underhandedly that hundreds of sun lovers rushed to the defense of their beloved sun. None of this was
relevant on Monday, however, when the sun burned up the entire country.

Texto 2: Diagnostic Passage and Accent Checklist


If English is not your native language, people may have noticed that you come from another country
because of your ―foreign accent‖. Why do people usually have an accent when they speak a second
language? Several theories address this issue. Many people believe that only young children can learn a
second language without an accent, but applied linguists have reported cases of older individuals who
have mastered a second language without an accent. Another common belief is that your first language
influences your pronunciation in a second language. Most native speakers of English can, for example,
recognize people from France by their French accents. They may also be able to identify Spanish or
Arabic speakers over the telephone, just by listening carefully to their pronunciation. Does this mean that
accents can't be changed? Not at all! But old habits won't change without a lot of hard work, will they?
In the end, the path to learning to speak a second language without an accent appears to be a combination
of hard work, a good ear, and a strong desire to sound like a native speaker. You also need accurate
information about the English sound system and lots of exposure to the spoken language. Will you manage
to make progress, or will you just give up? Only time will tell, I'm afraid. Good luck, and don't forget to
work hard!

Para visualização das sílabas tônicas das palavras destacadas nos textos,
apresentamos abaixo uma adaptação das transcrições sugeridas por Wells (1990) e
Cambridge (2000).

 conundrums [knndrm]

 linguists [lwsts]

 influences [nfluwnsz]

 recognize [rknayz]

 Arabic [rbk]

 accurate [kyrt]
262

A tabela abaixo apresenta o resultado da análise dos dados obtidos na


produção oral dos alunos no que se refere ao acento vocabular.

Tabela 2 – Análise do acento


Acento
Aluno Gravação conundrums linguists influences recognize Arabic accurate Total
a
1 1. 1 1 1 0 0 0 3
2 a. 1 1 1 0 0 1 4

2 1 a. 0 0 1 1 1 1 4
2 a. 1 0 1 1 1 1 5

3 1 a. 1 0 1 0 0 0 2
2 a. 1 1 1 0 1 1 5

4 1 a. 1 0 0 0 0 0 1
2 a. 1 0 0 0 0 0 1

5 1 a. 0 1 0 1 0 0 2
2 a. 1 0 0 0 0 1 2

6 1 a. 0 1 1 0 0 1 3
2 a. 1 1 1 0 0 1 4

7 1 a. 1 1 1 1 0 1 5
2 a. 1 1 1 1 1 1 6

8 1 a. 0 0 0 1 0 1 2
2 a. 1 0 0 1 0 1 3

9 1 a. 1 1 1 1 0 1 5
2 a. 1 1 1 1 1 1 6

10 1 a. 0 1 1 1 0 1 4
2 a. 1 1 1 1 1 1 6

11 1 a. 1 1 0 1 0 1 4
2 a. 1 1 0 0 0 0 2
Resultado 1a. 2a. Melhora
Total 35 (53%) 44 (67%) 9 (14%)

A Tabela 2 nos mostra que o nível de acerto na primeira gravação foi de 53%
chegando a 67% na segunda gravação. Ao compararmos as gravações, podemos
observar uma melhora de 14% na produção oral dos alunos no que se refere ao padrão
acentual das palavras analisadas.
Encontram-se abaixo as palavras dispostas de acordo com o nível de
dificuldade (do maior para o menor) apresentado pelos alunos. À frente de cada palavra
(em parênteses) está a porcentagem de erros observada.
263

 Arabic (72%);
 recognize (45%);
 influences (36%);
 linguists (34%);
 accurate (27%);
 conundrums (23%).

Uma descrição mais detalhada das palavras, tais como foram produzidas
pelos alunos em ambas gravações, encontra-se abaixo. Para melhor visualização, as
palavras foram divididas em sílabas mantendo as tônicas em negrito e colocou-se um X
abaixo da sílaba acentuada pelo aluno no momento da produção oral.

Tabela 3 – Produção do acento vocabular


1ª Grav. conundrums linguists influences recognize Arabic accurate
Aluno co nun drums lin guists in flu ences rec og nize Ar a bic ac cu rate
1 x x x x x x
2 x x x x x x
3 x x x x x x
4 x x x x x x
5 x x x x x x
6 x x x x x x
7 x x x x x x
8 x x x x x x
9 x x x x x x
10 x x x x x x
11 x x x x x x
Total 1 6 4 7 4 7 3 1 7 0 4 1 10 0 7 4 0

2ª Grav. co nun drums lin guists in flu ences rec og nize Ar a bic ac cu rate
1 x x x x x x
2 x x x x x x
3 x x x x x x
4 x x x x x x
5 x x x x x x
6 x x x x x x
7 x x x x x x
8 x x x x x x
9 x x x x x x
10 x x x x x x
11 x x x x x x
Total 0 11 0 7 4 7 3 1 5 0 6 6 5 0 9 2 0
264

Das seis palavras analisadas, cinco apresentam cognatos na língua portuguesa


 linguists = ‗lingüistas‘, influences = ‗influencia‘, recognize = ‗reconhecer‘, Arabic =
‗arábico‘ e accurate = ‗acurado‘  ficando‘ apenas a palavra conundrums sem um
correspondente em nossa língua. Diante disso, não se pode ignorar o papel exercido pela
transferência do padrão acentual do português para o inglês. A tabela acima evidencia
que, em alguns casos, os erros cometidos pelos alunos podem ser atribuídos a uma
possível transferência lingüística, como vemos, por exemplo, na pronúncia da palavra
Arabic que apresentou uma grande incidência de colocação do acento na segunda sílaba,
tal como no português. Na palavra linguists, a margem de erro também foi considerável,
podendo ter havido uma tentativa, por parte dos alunos, de reproduzir o padrão acentual
do português, em que o acento recai sobre a segunda sílaba. Já na palavra recognize
pode-se notar que os alunos optaram por acentuar a sílaba mais pesada  nize [nayz] 
do ponto de vista fonético e fonológico. Porém, este tipo de acentuação viola a relação
do padrão acentual com a estrutura morfológica do vocábulo na LI, ou seja, o sufixo -ize
não atrai o acento primário. Por outro lado, no português, segundo Cagliari (1999, p.
59), ―a grande maioria dos sufixos é tônica e carreia o acento principal nas palavras‖,
sendo assim, ―nas palavras derivas como sufixos tônicos, o acento cairá na sílaba tônica
do sufixo‖. Esta característica do português nos leva a levantar a hipótese de que os
alunos podem ter interpretado o sufixo -ize como tônico e, por isso, o acentuaram
erroneamente. Na palavra influences o acento primário recai sobre o prefixo latino in-.
Porém, no português, o prefixo –in é átono  in + constante = inconstante  e, segundo
Cagliari (1999, p. 57), ―os prefixos átonos não modificam a atribuição do acento primário
à palavra‖. Neste contexto, chega a ser compreensível a não acentuação deste prefixo
por alguns dos alunos, se considerarmos a transferência de padrões morfológicos que
influem na acentuação, do PB à LI.
Ao se considerar a única palavra não-cognata, é surpreendente notar que se
atingiu 100% de acerto na segunda gravação, o que nos conduz a pensar que, em um
contexto onde a possibilidade de transferência lingüística é menor, uma vez aprendida a
pronúncia correta, esta parece fixar-se. É também relevante constatar que a tendência
apresentada pelos alunos na primeira gravação, quando da pronúncia incorreta, foi a de se
acentuar a última sílaba e não a antepenúltima. Este fato pode ser explicado por uma
possível influência do padrão acentual do PB. Como nos lembra Massini-Cagliari
(1999a, p. 125), ―o PB possui apenas três tipos de palavras quanto à acentuação:
265

oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas‖, sendo que a regra default para o acento em


português é: quando a última sílaba é pesada, há uma oxítona e quando a última sílaba é
leve, há uma proparoxítona. Sendo assim, de acordo com o padrão acentual do português,
a palavra conundrums, por possuir a última sílaba pesada, seria uma oxítona, podendo ser
esta uma justificativa para o tipo de erro cometido pelos alunos na primeira gravação.
Neste sentido, o fato de conundrums não ser uma palavra cognata e ser pouco utilizada
na LI pode ter levado os alunos a aplicar o padrão acentual da sua língua materna, que
possivelmente é a sua referência mais forte.

2.2.3 Análise da redução vocálica nas function words

Optou-se pela averiguação do nível de redução vocálica nas function words


atingido na produção oral dos alunos, uma vez que esta é resultado de processos rítmicos
na LI. A fim de efetuar essa análise, foram selecionadas algumas palavras gramaticais
que apresentam o schwa em sua forma átona ou reduzida. As palavras selecionadas estão
destacadas no trecho que se segue:

Texto 1: What Must The Sun Above Wonder About?


Some pundits proposed that the sun wonders unnecessarily about sundry and assorted conundrums. One
cannot but speculate what can come of their proposal. It wasn't enough to trouble us, but it was done so
underhandedly that hundreds of sun lovers rushed to the defense of their beloved sun. None of this was
relevant on Monday, however, when the sun burned up the entire country.

A tabela abaixo apresenta o resultado da análise dos dados obtidos na


produção oral dos alunos acerca da pronúncia das function words. Além dos valores 0 e
1 já utilizados nas tabelas anteriores, atribuiu-se, ainda, o valor 0,5 para os casos em que
o aluno produziu vogais com qualidade e altura adequadas, ou seja próximas ao schwa,
porém com duração e intensidade mais elevadas do que o esperado para estes contextos,
isto é em que as palavras gramaticais deveriam aparecer como formas fracas (weak
forms).
266

Tabela 4 – Análise da redução vocálica nas function words


Function Words
Aluno Gravação and can to of on Total
1 1 a. 1 0 0,5 0 0 1,5
2 a. 1 1 1 0 0 3

2 1 a. 1 0 1 0 0 2
2 a. 1 1 1 1 0 4

3 1 a. 0 0 1 0 0 1
2 a. 0,5 0,5 1 0 1 3

4 1 a. 0 0 1 0 0 1
2 a. 1 0 0 0 0 1

5 1 a. 1 1 1 0 1 4
2 a. 1 1 1 0 1 4

6 1 a. 1 0 1 0 0 2
2 a. 1 0 1 0 0 2

7 1 a. 0 0 1 0 0 1
2 a. 1 0 1 0 0 2

8 1 a. 0 1 1 0 0,5 2,5
2 a. 1 0 1 0 0,5 2,5

9 1 a. 1 0 1 0 1 3
2 a. 0 1 1 0 1 3

10 1 a. 1 1 1 0 1 4
2 a. 1 0,5 1 0 0 2,5

11 1 a. 0 0 0 0 0 0
2 a. 1 1 1 1 1 5
Resultado 1a. 2a. Melhora
Total 22 (40%) 34 (62%) 12 (22%)

A Tabela 3 nos mostra que, na primeira gravação, o nível de redução vocálica


apresentado nas palavras gramaticais foi baixo, atingindo apenas 40% de acerto. Já na
segunda gravação esse nível subiu para 62%, apresentando uma melhora total de 22%.
Listaremos a seguir as palavras de acordo com o nível de dificuldade
apresentado pelos alunos. À frente de cada palavra está a porcentagem de erros
observada.
267

 of (91%);
 on (64%);
 can (59%);
 and (30%);
 to (11%).

Para análise dos resultados apresentados neste item, lançaremos mão de um


estudo detalhado realizado por Watkins (2001), em que se fez uma investigação da
variação no uso de vogais reduzidas no inglês falado por brasileiros. O autor chega a
afirmar que mesmo os falantes mais fluentes usam às vezes uma vogal forte em contextos
em que um falante nativo usaria obrigatoriamente uma vogal reduzida, o que pode levar a
uma diminuição da compreensibilidade. Para efetuar sua análise, Watkins se restringiu à
análise dos padrões de redução das preposições to, at, of e for, chegando às seguintes
conclusões:

 a preposição to foi reduzida com relativa freqüência;


 of e for se mostraram mais resistentes à redução;
 os resultados da preposição at não foram significantes, tendo sido excluída da análise
final;
 a redução foi inibida quando a preposição se encontrava no início de um grupo tonal
ou quando era seguida de uma palavra iniciada por /h/;
 a redução foi favorecida quando a preposição precedia uma palavra iniciada por
vogal;
 pode haver uma influência adicional de fatores psicológicos relacionados à atenção,
ao planejamento e à dimensão afetiva.

Ao compararmos os resultados acima com a análise efetuada nesta pesquisa,


podemos verificar quatro coincidências notáveis. Nesta pesquisa, a preposição to foi
também a que apresentou maior freqüência de redução (89%), além disso, a preposição of
apresentou maior resistência à redução, apenas 9%. Apesar de and não ter feito parte das
análises de Watkins (2001), um aspecto relevante a se considerar é o fato de esta
preposição encontrar-se diante de uma palavra iniciada por vogal no contexto analisado
(and assorted). Nesse caso, mais uma vez, nossa pesquisa vem corroborar a tese acima,
uma vez que and atingiu a segunda maior freqüência de redução na fala dos alunos
268

(70%). Para análise da preposição on, a qual obteve um nível razoavelmente baixo de
redução (36%), recorreremos à noção de grupo tonal. De acordo com o proposto por
Halliday (1963, 1970 apud Massini-Cagliari, 1999b, p. 119), a partir do enunciado None
of this was relevant on Monday, podem ser formados grupos tonais distintos, tal como
ilustrado a seguir:

a) // None of this was relevant on Monday //


|______________________________|
Grupo Tonal

b) // None of this // was relevant // on Monday //


|__________| |__________| |_________|
Grupo Tonal Grupo Tonal Grupo Tonal

Se considerarmos a possibilidade de os alunos terem produzido o enunciado tal como


disposto em (b), em que a preposição on se encontra no início do grupo tonal,
encontramos uma possível causa para a baixa freqüência de redução apresentada, visto
que, de acordo com Watkins (2001), a localização da preposição no início de um grupo
tonal consiste em um fator inibidor da redução.
Quanto à palavra can, podemos afirmar que esta atingiu um nível
intermediário de redução (41%). Uma das possíveis causas para essa freqüência talvez
seja o fato de essa palavra gramatical ser um verbo modal, o que pode ter confundido o
falante, uma vez que, de acordo com Prator (1951, p. 25), ―the auxiliary verbs (…) are
stressed when they come at the end of a sentence, and when they are used in reiterative
formulas such as didn't we and are they‖.

2.2.4 Análise da entoação

Para análise da entoação, foram selecionadas cinco frases que possuem um


padrão entoacional marcadamente previsível na estrutura prosódica da LI. Para efetuar
nossa análise, fundamentamo-nos no que prevê a teoria (Orion, 1997, p. 62-65) e na
gravação feita por um falante nativo do texto a ser analisado.
269

Texto 2: Diagnostic Passage and Accent Checklist


If English is not your native language, people may have noticed that you come from another country
because of your ―foreign accent‖. Why do people usually have an accent when they speak a second
language? Several theories address this issue. Many people believe that only young children can learn a
second language without an accent, but applied linguists have reported cases of older individuals who
have mastered a second language without an accent. Another common belief is that your first language
influences your pronunciation in a second language. Most native speakers of English can, for example,
recognize people from France by their French accents. They may also be able to identify Spanish or
Arabic speakers over the telephone, just by listening carefully to their pronunciation. Does this mean that
accents can't be changed? Not at all! But old habits won't change without a lot of hard work, will they?
In the end, the path to learning to speak a second language without an accent appears to be a combination
of hard work, a good ear, and a strong desire to sound like a native speaker. You also need accurate
information about the English sound system and lots of exposure to the spoken language. Will you
manage to make progress, or will you just give up? Only time will tell, I'm afraid. Good luck, and don't
forget to work hard!

Abaixo serão listadas as cinco frases de acordo com o padrão entoacional


previsto na LI.127 As entoações ascendente e descendente serão representadas por flechas
( ).

A) Why do people usually have an accent when they speak a second language?

B) Does this mean that accents can‘t be changed?

C) But old habits won‘t change without a lot of hard work, will they?

D) …a combination of hard word, a good ear, and a strong desire to sound like a native
speaker.

E) Will you manage to make progress, or will just give up?

A tabela abaixo apresenta o conjunto dos resultados obtidos na análise das


duas gravações. Atribuiu-se o valor 0,5 quando o aluno produziu corretamente o padrão
entoacional em apenas parte da frase em questão. As letras A, B, C, D e E correspondem
às cinco frases analisadas (ver seqüência acima).

127
Cf. Orion (1997, p. 62-65).
270

Tabela 5 – Análise da entoação


Entoação
Frases
Aluno Gravação A B C D E Total
1 1 a. 0 0 1 0 0,5 1,5
2 a. 0 1 0 1 0,5 2,5

2 1 a. 1 1 0 0 0,5 2,5
2 a. 1 1 0 0 1 3

3 1 a. 1 0 0 0 1 2
2 a. 1 1 0 0 1 3

4 1 a. 1 1 0 0 1 3
2 a. 1 1 0 0 1 3

5 1 a. 1 0 0 0,5 0,5 2
2 a. 1 1 0 0 0,5 2,5

6 1 a. 0 1 0 0 0,5 2
2 a. 1 1 0 0 1 3

7 1 a. 1 0 1 0 0,5 2,5
2 a. 1 0 1 0 0,5 2,5

8 1 a. 1 0 0 0 1 2
2 a. 1 1 0 0,5 1 3,5

9 1 a. 1 0 0 0 0,5 1,5
2 a. 0 1 0 1 1 3

10 1 a. 1 1 0 0 1 3
2 a. 1 1 0 0 1 3

11 1 a. 1 0 0 0 0,5 1,5
2 a. 1 1 0 0 1 3
Resultado 1a. 2a. Melhora
Total 23 (42%) 32 (58%) 9 (16%)

Nas frases analisadas, os alunos apresentaram um nível de acerto que partiu


de 42% na primeira gravação e atingiu 58% na segunda, obtendo assim uma melhora de
16%.
271

As frases C e D apresentaram um alto nível de dificuldade, coincidindo em


um total de 86% de erros observados. Em seguido lugar está a frase B com um nível de
36% de erros. Em seguida, encontra-se a frase E com 23% de erros e, finalmente, a frase
A foi a que apresentou o menor nível de dificuldade, apenas 16% de erros.
O tópico Entoação foi o último a ser trabalhado durante o curso, portanto,
acredita-se que os alunos tiveram um contato mais exíguo com a matéria e pouca
oportunidade de coloca-la em prática. Sendo assim, pode ter havido uma maior
influência dos padrões entoacionais da língua portuguesa, visto que, indiscutivelmente, a
língua materna é uma forte referência para aprendizes de qualquer idioma, quando LE.
Com o intuito de se obter uma visão mais nítida das possíveis causas para os erros
cometidos pelos alunos, analisemos os tons e padrões entoacionais característicos do PB,
sugeridos por Massini-Cagliari & Cagliari (2001, p. 118-119).

Quadro 2 – Tons primários do português:


Tom Padrão Significado Exemplo

1 ----║---- – declaração, asserção Ontem choveu muito.

2 -- interrogação Está chovendo?


----║--

3 --- ║---- incompleto Ela disse: (fique quieto)


4 –-- -- surpresa interrogativa Eu não sei?!


-║- -

5 - - asserção enfática Mas eu entreguei o trabalho!?


–-- ║ --–

6 ------ ―certas‖ frases relativas Foi ela quem me disse.


║ -
272

Quadro 3 – Tons secundários do português:


Tom Padrão Significado Exemplo

1a ----║--- – declaração enfática Ontem choveu muito.

1b ----║ asserção forte, impaciência Ontem choveu muito!...

1c ----║---- repetição, impaciência Isso não é verdade!!!

1d -- enumeração Manga, figo, uva e abacaxi.


–-–-║ -–

2a --
----║ -- interrogação fraca Você comprou a lâmpada?

Os dois quadros acima mostram que, de acordo com Massini-Cagliari &


Cagliari (2001, p. 117-118), o sistema entoacional do português apresenta seis tons
primários, cada qual podendo ter variantes, chamadas de tons secundários.
Façamos uma análise das frases proferidas pelos alunos, considerando o
padrão entoacional que estas apresentariam no PB.

A) Why do people usually have an accent when they speak a second language?
Ao contrário do que ocorre na LI, no PB esta frase seria de tom 2, com entoação
ascendente.

B) Does this mean that accents can‘t be changed?


Tal como no LI, no PB, esta frase seria de tom 2, com entoação ascendente.

C) But old habits won‘t change without a lot of hard work, will they?
No PB, a primeira oração seria de tom1, com entoação descendente, e a segunda, de tom
2, com entoação ascendente.
273

D) …a combination of hard word, a good ear, and a strong desire to sound like a native
speaker.
Como no inglês, no PB, esta frase apresentaria um tom secundário 1d, com entoação
ascendente, ascendente e descendente.

E) Will you manage to make progress, or will just give up?


No PB, esta frase teria um padrão entoacional semelhante ao da LI, ou seja, ascendente-
descendente.

O confronto acima nos evidencia que as línguas podem atribuir significados


distintos aos tons. Mostra-nos, ainda, que não podemos atribuir um valor significativo ao
papel desempenhado pela transferência lingüística, uma vez que não observamos uma
relação direta entre a facilidade apresentada pelos alunos e a semelhança dos padrões
entoacionais, ou entre a dificuldade apresentada e a divergência dos padrões entoacionais
em ambas as línguas. O quadro abaixo ilustra este fato:

Frase A B C D E
Porcentagem 84% 64% 14% 14% 77%
de acerto
Padrão diferente igual diferente igual igual
entoacional

2.2.5 Análise das features of connected speech

Para análise das features of connected speech foram selecionados oito


encontros vocabulares. Em cada um deles há a possibilidade de ocorrência de um
aspecto característico da junção vocabular da LI. Os encontros analisados encontram
destacados no texto que se segue:

Texto 1: What Must The Sun Above Wonder About?


Some pundits proposed that the sun wonders unnecessarily about sundry and assorted conundrums. One
cannot but speculate what can come of their proposal. It wasn't enough to trouble us, but it was done so
underhandedly that hundreds of sun lovers rushed to the defense of their beloved sun. None of this was
relevant on Monday, however, when the sun burned up the entire country.
274

Os tipos de junção que podem ser observados nestes contextos são:

 sun above [snbv] = linking C+V (sendo C ambissilábica128);


 wonder about [wndrbawt] = linking C+V (sendo C ambissilábica);
 and assorted [ndsrtd] = linking CC+V (ressilabificação129);
 can come [kkm] = assimilação regressiva;
 rushed to [rt] = geminação;
 none of [nnv] = linking C+V;
 when the [wnn] = assimilação progressiva;
 burned up [brndp] = linking CC+V (ressilabificação).

Na tabela a seguir, além dos símbolos previamente utilizados, valemo-nos


das formas [] e [n] para designar pronúncias diferenciadas. No contexto wonder about,

um dos alunos efetuou o linking com a produção de um tepe e não com o r retroflexo
característico da pronúncia padrão da LI; nesse caso houve a indicação []. A utilização

deste fonema é, provavelmente, decorrência de transferência lingüística do português,


uma vez que, segundo Cagliari (1981, p. 111), em todos os dialetos do PB somente o tepe
ocorre em ambiente de juntura130 (como realização fonética do arquifonema /R/). Veja
abaixo a pronúncia de palavras isoladas e em ambiente de juntura em distintos dialetos
do português, conforme sugerido por (1981, p. 111) e Silva (1999, p. 143):

128
Segundo Collischonn (1996, p. 108), ―o termo ‗ambissilabicidade‘ foi empregado por foneticistas e
fonólogos para descrever consoantes que são consideradas como pertencendo, ao mesmo tempo, tanto à
sílaba precedente, quanto à sílaba seguinte‖. Esta noção também foi explorada, seguida de outros
exemplos, no item dedicado a features of connected speech na Unidade 10 do método proposto nesta tese.
129
Segundo Collischonn (1996, p. 123), a ressilabificação ou ―ressilabação das consoantes pode ser
explicada pela tendência universal de uma seqüência C V ser silabada como .CV., isto é, tautosilábica.
Mesmo que C e V estejam ligadas a sílabas diferentes, elas acabam formando uma nova sílaba para
satisfazer esta tendência universal‖.
130
De acordo com Cagliari (1981, p. 110), ―Quando a última sílaba de uma palavra terminar por uma
consoante e a sílaba inicial da palavra seguinte começar por uma voga, na fala contínua sem pausa, ocorre
o fenômeno de liaison ou juntura‖.
275

Ambiente Exemplo Belo Horizonte Rio de Janeiro Caipira Portugal


Final de palavra Mar [h] [X] [] []
Juntura Mar aberto [] [] [] []

Já no contexto and assorted, alguns alunos realizaram o linking, porém com o


apagamento do fonema [d] (também prevista na estrutura fonológica da LI); nesse caso
houve a indicação [n]. Uma provável razão para este apagamento seja talvez uma
tentativa, por parte dos alunos de se desfazer a coda complexa, ou cluster131, [nd],
tornado-a simples [n].

Tabela 6 – Análise das features of connected speech


Features of Connected Speech
sun wonder and can rushed none when burned
Aluno Gravação above about assorted come to of the up Total
1 1 a. 1 1 1 0 0 1 0 0 4
2 a. 1 1 1 0 0 1 0 1 5

2 1 a. 1 1 0 0 0 1 0 0 3
2 a. 1 1 1 0 1 1 0 1 6

3 1 a. 1 1 1 0 0 1 0 1 5
2 a. 1 1 1 0 0 1 0 1 5

4 1 a. 1 1 1 0 0 1 0 0 4
2 a. 1 1 1 0 0 1 0 0 4

5 1 a. 0 0 1 [n] 1 0 1 0 1 4
2 a. 0 1 1 [n] 0 1 1 0 1 5

6 1 a. 1 1 1 [n] 0 0 1 0 0 4
2 a. 1 1 1 [n] 1 0 1 0 1 6

7 1 a. 1 1 0 0 0 1 0 1 4
2 a. 1 1 1 [n] 0 1 1 0 1 6

8 1 a.   0 0 1 1 0 0,5 2,5
2 a. 1 1 1 0 1 1 0 0,5 5,5

9 1 a. 1 1 1 [n] 0 0 1 0 0 4
2 a. 1 1 1 [n] 1 1 1 0 1 7

131
Segundo Bollela (2001), ―os Clusters podem ser definidos como encontros consonantais tautossilábicos,
isto é, o conjunto de duas ou mais consoantes presentes numa mesma sílaba‖.
276

Tabela 6 – Análise das features of connected speech (continuação)


Features of Connected Speech
sun wonder and can rushed none when burned
Aluno Gravação above about assorted come to of the up Total
10 1 a. 1 1 [] 1 1 0 1 0 0 4
a 1 []
2. 1 1 [n] 0 0 1 0 1 5

11 1 a. 1 0 0 0 0 1 0 0 2
2 a. 1 1 1 0 0 1 0 0 4
Resultado 1a. 2a. Melhora
Total 40,5 (46%) 58,5 (66%) 18 (20%)

Pode-se observar, na Tabela 5, uma melhora de 20% na produção oral dos


alunos no que tange aos aspectos das features of connected speech. Na primeira
gravação, os alunos obtiveram um total de 46% de acerto, porcentagem que atingiu 66%
na segunda gravação.
Para melhor entendimento do nível de dificuldade apresentado pelos alunos
na produção dos contextos de junção, analisaremos, a seguir alguns aspectos relevantes
da fonotática132 do português com o intuito de se avaliar as possibilidades de
transferência lingüística no que concerne o aspecto em questão.
Se considerarmos apenas as consoantes133, podemos afirmar que no
Português do Brasil podem ocorrer até duas consoantes no onset e até duas consoantes na
coda, como ilustram os três últimos padrões, sugeridos por Cagliari (1981, p. 106) e,
apresentados no quadro abaixo:

Padrão Forma Exemplo


Silábico Ortográfica
V é []
eu [ew]
CV pé [p]
teu [tew]
qual [kwaw]
CCV cru [ku]
creu [kew]

132
De acordo com Bollela (2001), ―toda língua tem restrições em relação a quais consoantes e vogais
podem ocorrem numa seqüência. Afirmações acerca de quais seqüências de fonemas são possíveis e quais
são impossíveis numa língua constituem a fonotática dessa língua‖.
133
Seqüências de consoantes tendem a seguir uma escala de sonoridade com a presença de fonemas mais
soantes em direção do núcleo da sílaba e com fonemas menos soantes em direção às suas extremidades
(onset e coda). A escala de sonoridade apresentada por Selkirk é: menos soante  oclusivas desvozeadas
(1) – oclusivas vozeadas (2) – fricativas desvozeadas (3) – fricativas vozeadas (4) – nasais (5) – líquidas
(6) – tepes (7) – vogais altas (8) – vogais médias (9) – vogais baixas (10)  mais soante
277

VC és [s]
eis [eis]
VCC ruins [xuis]
leões [leois]
CVC pés [ps]
teus [tews]
quais [kwais]
CVCC perspectiva [pespekitiva]
mães [mis]
saguões [sagwoi s]
CCVC plástico [plastiku]
umbrais [umbais]
CCVCC trens [teis]
cobrões [kbois]

Com base nos dados acima e de acordo com Bollela (2001), pode-se dizer
que a estrutura máxima de uma sílaba no PB é: C1C2VV‘C3C4 ou C1C2V‘VC3C4, sendo
C1, C2, C3 e C4 segmentos consonantais opcionais, V‘ segmento vocálico correspondente
ao glide (que pode ser pré-vocálico ou pós-vocálico) e V segmento vocálico (que é
núcleo da sílaba). Pode-se ainda afirmar que apenas os fonemas consonantais /N+S/ e
/R+S/ ocorrem em coda de sílaba nesta língua, sendo que o /S/, por ser um fonema
flexional,é considerado extra-silábico quando em final de palavra, isto é, não faz parte da
constituição básica da sílaba. Para melhor detalhamento deste tópico, vejamos abaixo
restrições impostas as consoantes pós-vocálicas do português, tal como elaboradas por
Silva (1999, p. 164):

Restrições impostas às consoantes pós-vocálicas:


a. A ocorrência de C3 e/ou C4 é opcional.
b. Quando C3 ocorre, esta consoante deve ser um dos segmentos: /S/, /R/, /l/, /N/ (cf.
/'paS/ ―paz‖; /'maR/ ―mar‖; /'kal/ ―cal‖ e /'laN/‖ ou ―lã‖ ou /'paSta/ ―pasta‖; /'maRka/
―marca‖; /'kalma/ ―calma‖ e /'laNe/ ―lanche‖). Geralmente apenas uma consoante –

ou seja C3 – é permitida em posição pós-vocálica em português.


c. Quando C4 ocorre, esta consoante deve ser /S/ e o segmento correspondente à
consoante C3 será um dos segmentos: /l/, /R/, /N/ (cf. /solS'tisio/ ―solstício‖;
/peRSpek'tiva/ ―perspectiva‖ e /traNS'toRno/ ―transtorno‖).
278

Na descrição da fonotática da LI, Kreidler (1989, p. 78) admite três


consoantes no onset e até três consoantes na coda, afirmando, porém,. que são incomuns
as codas de três consoantes, como nas palavras: jinx [dks], tempt [tmpt], text [tkst] e

next [nkst].134 Já, para Celce-Murcia et al. (1996), na LI, a sílaba pode ser constituída

de no mínimo uma vogal, e no máximo de três consoantes no onset e quatro consoantes


na rima. As autoras não fazem distinção entre os tipos de fonemas consonantais. Para
elas, os fonemas advindos de formação de plural (/s/ ou /z/) e os fonemas advindos da
conjugação dos verbos regulares no passado (/d/ ou /t/) são considerados como qualquer
outro. A partir desse ponto de vista, a configuração máxima da sílaba na língua inglesa
seria: C 30 V C 04 . Segundo essas autoras, alguns exemplos de palavras com quatro

consoantes na coda são: thirsts [irsts], texts [tksts], worlds [wrlds] e twelfths

[twlfs].

A partir da análise dos padrões fonotáticos de ambas as línguas, acreditamos


poder compreender com mais clareza a produção oral das features of connected speech,
ou contextos de junção, realizada pelos alunos.
Os contextos analisados encontram-se dispostos abaixo de acordo com o
nível de dificuldade apresentado pelos alunos.

Contexto Tipos de Junção Grau de Dificuldade


when the assimilação progressiva (100%)
can come assimilação regressiva (82%)
rushed to geminação (73%)
burned up linking CC+V (45%)
and assorted linking CC+V (2%)
sun above linking C+V (1%)
wonder about linking C+V (1%)
none of linking C+V (0%)

134
Note-se que, para Hogg e McCully (1987, p. 35), a estrutura máxima da sílaba na LI é CCVVCC,
citando como exemplo a palavra grind [raynd].
279

Os dados acima evidenciam um maior domínio na produção de certos


contextos quando comparados a outros. Se levarmos em consideração o papel da
transferência lingüística e compararmos os processos de juntura vocabular do PB e da LI,
podemos concluir que os dados evidenciam maior dificuldade por parte dos alunos
exatamente nos contextos que não ocorrem no PB, sobretudo devido a baixa incidência
de clusters em posição de coda na língua portuguesa. Os alunos demonstraram maior
capacidade de produção nos contextos de linking C + V, seguido do contexto CC +V. O
linking do tipo C+V foi o mais facilmente produzido pelos alunos, com níveis de erro de
0 a 1%. Como descrito anteriormente, este tipo de juntura também ocorre no português.
É importante ressaltar, porém, que, na LI, 21 fonemas consonantais podem ocorrer na
coda, enquanto, no português, apenas quatro (/N/, /L/, /R/ e /S/) ocorrem nesta posição,
lembrando ainda que, desses quatro, apenas dois são passíveis de juntura, isto é,
conforme Cagliari (1981, p. 110), ―a consoante final passa a pertencer à palavra seguinte
e a divisão silábica não mais coincide com a divisão de palavras‖. O linking do tipo
CC+V (com ressilabificação) foi facilmente produzido em um dos casos (2% de erro) e
razoavelmente produzido no outro caso (45% de erro). Esta facilidade pode talvez ser
explicada devido ao fato de as codas complexas serem desfeitas neste contexto, indo ao
encontro do padrão fonotático do PB. O contexto onde se esperava a produção de uma
consoante geminada apresentou um alto nível de dificuldade (73% de erro), muito
provavelmente, devido ao fato de no português não existirem consoantes geminadas. Já
os casos de assimilação foram os que apresentaram maior dificuldade para os alunos; a
assimilação regressiva, do contexto [n + k], obteve 82% de erros e a assimilação
progressiva, do contexto [n + ], atingiu 100% de erros. Considerando-se que estes dois

tipos de assimilação são inexistentes no PB, levando-se em conta o papel da transferência


lingüística e admitindo-se que este seja um fator preponderante na produção oral de
alunos brasileiros na aquisição dos aspectos fonético-fonológicos da LI., este nível de
dificuldade não chega a ser surpreendente.
280

2.2.6 Análise do -ed final

Para análise do -ed final optou-se por selecionar todos os verbos e adjetivos
terminados em -ed presentes no Texto 2.

Texto 2: Diagnostic Passage and Accent Checklist


If English is not your native language, people may have noticed that you come from another country
because of your ―foreign accent‖. Why do people usually have an accent when they speak a second
language? Several theories address this issue. Many people believe that only young children can learn a
second language without an accent, but applied linguists have reported cases of older individuals who
have mastered a second language without an accent. Another common belief is that your first language
influences your pronunciation in a second language. Most native speakers of English can, for example,
recognize people from France by their French accents. They may also be able to identify Spanish or
Arabic speakers over the telephone, just by listening carefully to their pronunciation. Does this mean that
accents can't be changed? Not at all! But old habits won't change without a lot of hard work, will they?
In the end, the path to learning to speak a second language without an accent appears to be a combination
of hard work, a good ear, and a strong desire to sound like a native speaker. You also need accurate
information about the English sound system and lots of exposure to the spoken language. Will you manage
to make progress, or will you just give up? Only time will tell, I'm afraid. Good luck, and don't forget to
work hard!

De acordo com a transcrição presente nos dicionários Wells (1990) e


Cambridge (2000), as formas fonéticas adequadas para as palavras destacadas no texto
são as seguintes:

 noticed ['nowtst] ou ['nowtst];

 applied ['playd];

 reported [r'prtd];

 mastered ['mstrd];

 changed [teyndd].

Na tabela que se segue estão expostos os resultados de ambas as gravações


no que se refere à produção do -ed final. O valor 0,5 foi atribuído para os casos em que o
aluno acertou a escolha do fonema correspondente ao -ed na forma ortográfica ([t], [d] ou
[d]), porém produziu o número incorreto de sílabas, lembrando que apenas na pronúncia

[d] ocorre o acréscimo de uma sílaba à palavra.


281

Tabela 7 – Análise do -ed final


-ed Final
Aluno Gravação noticed applied reported mastered changed Total
a
1 1. 1 0 1 1 0 3
2 a. 1 1 1 1 1 5

2 1 a. 0,5 0 1 1 0 2,5
2 a. 0,5 1 1 1 1 4,5

3 1 a. 0 1 0,5 1 0 2,5
2 a. 1 1 1 1 0,5 4,5

4 1 a. 1 0 1 1 0 3
2 a. 1 1 1 1 0 4

5 1 a. 0,5 1 1 1 0,5 4
2 a. 1 1 1 1 1 5

6 1 a. 0,5 1 0 1 0 2,5
2 a. 1 1 1 1 1 5

7 1 a. 1 1 1 1 1 5
2 a. 1 0 1 1 1 4

8 1 a. 1 1 1 1 1 5
2 a. 1 1 1 1 1 5

9 1 a. 0 1 1 1 1 4
2 a. 1 1 1 1 1 5

10 1 a. 1 1 1 1 1 5
2 a. 0,5 1 1 1 1 4,5

11 1 a. 1 0 1 1 0 3
2 a. 1 1 1 1 0 4
Resultado 1a. 2a. Melhora
Total 39,5 (72%) 50,5 (92%) 11 (20%)

A Tabela 6 nos mostra que os alunos partiram de 72% de acerto na primeira


gravação e chegaram a 92% na segunda. Esses dados conferem uma melhora de 20% no
desempenho dos alunos no que se refere à produção do -ed final. É importante ressaltar
que o nível de acerto atingido na segunda gravação aproximou-se de 100%.
Para melhor visualização dos contextos finais das palavras e com o intuito de
se analisar as prováveis causas do desempenho apresentado, vejamos o quadro que se
segue:
282

Pronúncia Adequada Contexto Final da Palavra Porcentagem de Erro


applied ['playd] VV + [d] 23 %

noticed ['nowtst] ou ['nowtst] [s + t] 20 %

reported [r'prtd] [t + d] 7%

changed [teyndd] [d + d] 4%

mastered ['mstrd] [r + d] 0%

Pode-se verificar que, apesar do alto nível de acerto, as palavras applied e


noticed apresentaram um certo grau de dificuldade, atingindo respectivamente um nível
de erros de 23% e 20%. Mesmo em se considerando que todos os exemplos, aqui
analisados, apresentam uma oclusiva na coda, fato que nunca ocorre no PB, uma
provável causa para o baixo desempenho na produção oral das palavras applied e noticed
talvez seja o fato de que os padrões silábicos destas palavras  ditongo seguido de
consoante diferente de -s ou nasal e coda complexa [st]  inexistem no PB. Já as
palavras reported e changed tiveram uma margem de erro de apenas 7% e 4%
respectivamente. Uma provável explicação para este alto desempenho é o fato de que, na
palavra reported, o ―possível‖ cluster [td] já vem dissolvido pela vogal epentética desde
a estrutura fonológica da LI e o encontro consonantal [dd] da palavra changed pode ser

interpretado como [d + i] no nível fonológico no PB, o que ―mascararia‖ a complexidade


da coda. E finalmente a palavra mastered obteve 0% de erro, fato que também encontra
um tipo de explicação na transferência lingüística, pois, a primeira vogal da coda
complexa é um /R/, que é uma das quatro consoantes passíveis de ocorrência na coda do
PB.

2.2.7 Análise do -s final

Para análise do -s final, foram selecionadas seis palavras terminadas em -s


presentes no Texto 2.
283

Texto 2: Diagnostic Passage and Accent Checklist


If English is not your native language, people may have noticed that you come from another country
because of your ―foreign accen‖. Why do people usually have an accent when they speak a second
language? Several theories address this issue. Many people believe that only young children can learn a
second language without an accent, but applied linguists have reported cases of older individuals who
have mastered a second language without an accent. Another common belief is that your first language
influences your pronunciation in a second language. Most native speakers of English can, for example,
recognize people from France by their French accents. They may also be able to identify Spanish or
Arabic speakers over the telephone, just by listening carefully to their pronunciation. Does this mean that
accents can't be changed? Not at all! But old habits won't change without a lot of hard work, will they?
In the end, the path to learning to speak a second language without an accent appears to be a combination
of hard work, a good ear, and a strong desire to sound like a native speaker. You also need accurate
information about the English sound system and lots of exposure to the spoken language. Will you manage
to make progress, or will you just give up? Only time will tell, I'm afraid. Good luck, and don't forget to
work hard!

Das seis palavras selecionadas, duas apresentam a forma fonética [s], duas [z]
e duas [z].

As palavras analisadas encontravam-se no seguinte contexto:

 theories address ['rz 'drs];

 cases of ['keysz v];


 individuals who [nd'vduwlz hwu];
 influences your ['nfluwnsz yr] or ['nfluwnsr];
 accents can‘t ['ksnts knt];
 lots of [l'ts v] or [l'tzv].

Na tabela abaixo constam os resultados provenientes da análise dos dados


referentes à produção do -s final em ambas as gravações. Além dos símbolos descritos
no item Análise das gravações, utilizou-se as formas abreviadas c/p e s/p para designar
os enunciados emitidos com pausa e sem pausa respectivamente. Verificou-se a
ocorrência de pausa entre a palavra analisada e a subseqüente. Sendo assim, só nos
interessou registrar a presença de linking entre as palavras terminadas com s seguidas de
palavras iniciadas por vogais.
284

Tabela 8 – Análise do -s final


-s Final
Aluno Gravação theories cases individuals influences accents lots Total
1 1 a. 0 c/p 1 s/p 0 0 1 1 s/p 3
2 a. 0 c/p 0 c/p 0 0 1 1 s/p 2

2 1 a. 1 s/p 1 s/p 0 1 1 1 s/p 5


2 a. 1 s/p 0 c/p 0 1 0135 1 c/p 3

3 1 a. 0 c/p 1 c/p 0 1 1 1 s/p 4


2 a. 1 s/p 1 s/p 0 0 1 1 s/p 4

4 1 a. 0 c/p 0 c/p 0 0 1 1 c/p 2


2 a. 0 c/p 0 c/p 0 0 1 1 c/p 2

5 1 a. 0 c/p 0 s/p  0 1 1 s/p 2


2 a. 1 s/p 1 s/p 0 0 1 1 s/p 4

6 1 a. 1 s/p 0 s/p 0 1 1 1 s/p 4


2 a. 1 s/p 0 s/p 0 1 1 1 s/p 4

7 1 a. 1 s/p 0 s/p 0 1 1 1 s/p 4


2 a. 1 s/p 1 s/p 0 0 1 1 s/p 4

8 1 a. 0 c/p 1 s/p 0 0 1 1 s/p 3


2 a. 1 s/p 1 s/p 0 1 1 1 s/p 5

9 1 a. 1 s/p  0 1 1 1 s/p 4
2 a. 1 s/p 1 s/p 1 0 1 1 s/p 5

10 1 a. 1 s/p 1 s/p 0 0 1 1 s/p 4


2 a. 0 s/p 1 s/p 0 0 1 1 s/p 3

11 1 a. 0 s/p  0 0 1 1 s/p 2
2 a. 0 c/p 1 s/p 0  1 1 s/p 3
Resultado 1a. 2a. Melhora
Total 37 (56%) 39 (59%) 2 (3%)

De todos os resultados analisados, o aspecto pronúncia do -s final foi o que


atingiu a menor porcentagem de melhora, apenas 3%. Apesar do nível de acerto ter
variado entre 56% na primeira gravação e 59% na segunda, índice tido como razoável,
uma melhora tão insignificante evidencia a dificuldade dos falantes de PB frente a este
aspecto da pronúncia da LI.

135
Omissão de /t/ = /-nz/
285

Encontram-se, abaixo, as palavras listadas por ordem de dificuldade, seguidas


da porcentagem de erros cometidos pelos alunos.

 individuals (91%);
 influences (59%);
 theories (45%);
 cases (36%);
 accents (4,5%);
 lots (0%).

Um melhor detalhamento da presença ou não de pausas após as palavras


analisadas encontra-se na tabela que se segue.

Tabela 9 – Resultado da análise do -s final de acordo com o contexto


Palavras theories cases individuals influences accents lots
erros c/p 35% 18%
s/p 10% 18%
total 45% 36% 9% 59% 5% 0%

acertos c/p 0% 4% 14%


s/p 55% 50% 86%
total 55% 54% 5% 36% 95% 100%

omissões total 0% 10% 5% 5% 0%

A Tabela 9 nos permite concluir que os acertos em contexto de linking nas


palavras theories e cases estão diretamente relacionados à ausência de pausa, fenômeno
que pode ser explicado pela transferência lingüística, uma vez que no português o
fonema final /s/ transforma-se em [z] diante de vogal, como no clássico exemplo casas
amarelas ['kazazama'las]. Além disso, percebe-se uma facilidade na produção do fone

desvozeado [s] para o contexto de final de palavra (accents e lots), obedecendo também
ao padrão natural do português, isto é o s ortográfico em final de palavra apresenta a
forma fonética [s] diante de pausa ou de consoante desvozeada.
286

2.2.8 Análise das silent letters

Optou-se por não se analisar a produção da silent letters devido a dois


fatores: como mencionado na análise da Questão 2 do Questionário de Avaliação, este
item não apresenta relação com a redução vocálica e as gravações contêm apenas um
número insignificante de palavras com esta característica. Em todo o corpus produzido
pelos informantes, as únicas palavras nas quais ocorriam silent letters eram: neighbor,
cupboard, foreign e listening. Como se pode notar, cupboard é provavelmente a única
palavra a conter um certo grau de dificuldade para falantes da LI de nível avançado. As
outras três foram naturalmente produzidas na sua forma correta desde a primeira
gravação, dada a ampla ocorrência desses termos no vocabulário da LI.

2.2.9 Resultado geral das gravações

Visando fornecer um panorama dos resultados obtidos nas gravações,


apresentaremos abaixo um quadro-resumo das análises acima descritas. A partir desse
quadro, será possível a visualização do perfil do grupo de professores no que se refere às
modificações observadas em decorrência da aplicação do método de pronúncia.

Tabela 10 – Quadro-resumo da análise das gravações


Connected
Aspectos Segmentos Acento FunctionWords Entoação Speech -ed Final -s Final Média
1a. Grav. 64% 53% 40% 42% 46% 72% 56% 53%
2a. Grav. 82% 67% 62% 58% 66% 92% 59% 69%
Melhora 18% 14% 22% 16% 20% 20% 3% 16%

O quadro acima nos mostra que, se considerarmos os resultado geral da


aplicação do método, houve uma melhora de 16% no nível de acerto dos alunos quando
comparadas as gravações. Para uma análise dos aspectos por ordem descendente de
melhora, vejamos a classificação que se segue:
287

1o. lugar Function Words 22%


o
2 . lugar Connected Speech e -ed Final 20%
o
3 . lugar Segmentos 18%
4o. lugar Entoação 16%
5o. lugar Acento 14%
6o. lugar -s Final 3%

A classificação acima nos permite afirmar que o grupo analisado apresentou


maior facilidade para o domínio oral das Function Words e grande facilidade para a
produção das Features of Connected Speech e do -ed Final. O grupo apresentou ainda
uma melhora razoável no domínio dos Segmentos, da Entoação e do Acento, e uma
notável dificuldade na produção oral do -s Final.
Esse tipo de classificação, além de assinalar as dificuldades e habilidades
apresentadas pelos alunos, revela-nos os aspectos que precisam ser mais bem explorados
e trabalhados em um método de ensino de pronúncia da LI para falantes do PB. Como
enfatiza Baptista (2000, p. 108), as regras e estratégias específicas encontradas em
pesquisas de interfonologia precisam ser exploradas no nível pedagógico, uma vez que ―a
maioria das sugestões para o ensino feitas a partir dos resultados dessas pesquisas são de
práticas raras ou inexistente nos manuais de pronúncia e não discutidas nos livros sobre o
ensino‖.

2.2.9.1 Análise estatística

Uma vez que as gravações foram efetuadas em dois momentos  antes e


depois da aplicação do método , foi-nos possível efetuar uma análise estatística com os
dados delas obtidos. Para realizar esta análise aplicamos aos resultados o Teste dos
Sinais. Segundo Siegel (1975), esse teste estatístico não-paramétrico aplica-se, entre
outras coisas, à comparação de proporções de ocorrências de um determinado evento em
grupos pareados, isto é, amostras dependentes. Justifica-se a aplicação de tal estatística
nesta pesquisa uma vez que os grupos experimentais foram observados medindo-se a
proporção de determinadas ocorrências (produção oral de: segmentos, acento, function
words, entoação, connected speech, -ed final e -s final), antes e após uma intervenção (a
288

aplicação do método de ensino de pronúncia da LI com ênfase nos processos rítmicos de


redução vocálica). Consideramos, ainda, que a aplicação do método tenha sido o único
fator externo introduzido no processo.
O procedimento estatístico aqui proposto consiste na proposição de uma
hipótese nula que afirma não existir diferença significativa nas proporções antes e depois
da intervenção. A ela se contrapõe a hipótese estatística que afirma existir diferença nas
proporções antes e depois de tal intervenção. Em termos estatísticos, p é a probabilidade
de rejeitarmos a hipótese nula quando esta for verdadeira e, como critério de decisão para
rejeição de tal hipótese, estabeleceu-se o nível de significância de 0,05 (5%). Toda vez
que o valor de p exceder esse nível, aceitaremos a hipótese como verdadeira e
concluiremos que as possíveis diferenças entre as proporções são meramente casuais, isto
é, não podem ser atribuídas a uma causa externa (a aplicação do método). Quando o
valor de p ficar abaixo de 0,05, rejeitaremos a hipótese nula e concluiremos que as
diferenças não são casuais e que, portanto, podem ser atribuídas a um fator externo ao
processo (no caso, a aplicação do método). Então, quanto menor for o valor de p, menor
a probabilidade de estarmos cometendo um erro nas conclusões, ou seja, rejeitar uma
hipótese verdadeira que deveria ser aceita.
No experimento em questão, quanto menor for o valor de p, mais
significativa é a diferença entre as proporções manifestadas na produção oral dos alunos
(antes e depois da aplicação do método), isto é, maior o efeito do método como fator
causador desta diferença.
Encontra-se abaixo o levantamento estatístico dos dados obtidos através da
análise das gravações:

Tabela 11 – Levantamento estatístico


Proporção Proporção Diferença Significância de p Valor
antes depois
Segmentos 0,640 0,820 0,180 significante p = 0,027
Acento 0,530 0,670 0,140 significante p = 0,044
Function Words 0,400 0,620 0,220 significante p = 0,019
Entoação 0,420 0,580 0,160 significante p = 0,043
Connected Speech 0,460 0,660 0,200 significante p = 0,023
-ed Final 0,720 0,920 0,200 significante p = 0,023
-s Final 0,560 0,590 0,030 não significante p = 0,063
Média Geral 0,530 0,690 0,160 significante p = 0,043
289

Os dados apresentados acima nos permitem concluir que a aplicação do


método foi significante (p < 0,05) para 6 dos 7 itens analisados, não tendo apresentado
nível suficiente de significância apenas para o aspecto -s Final (p = 0,063). Ao
analisarmos o método como um todo, com a somatória de todos os itens analisados, o
nível de significância atingido pelo p é de 0,043, o que vem a comprovar a eficácia do
método proposto nesta tese.

3 Confronto entre os Dados do Questionário e o Resultado das Gravações

Para o confronto entre os dados do questionário e o resultado das gravações,


optamos por analisar a possível correlação entre as questões 1, 2, 4 e 5 e a porcentagem
de melhora no desempenho oral atingido por cada aluno.
Na tabela que se segue estão dispostos os níveis de conhecimento do aluno
antes do início do curso e após o seu término, seguidos da porcentagem de melhora no
seu desempenho como um todo.

Tabela 12 – Nível de melhora nas gravações


Aluno 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
1a. Gravação 45% 59% 53% 40% 57% 57% 62% 53% 66% 74% 40%
2a. Gravação 68% 76% 75% 49% 70% 73% 70% 64% 84% 73% 67%
Melhora 23% 17% 22% 9% 13% 16% 8% 11% 18% -1% 27%

É interessante notar que a menor média referente à melhora foi apresentada


pelo Aluno 10 (-1%) que é exatamente aquele que não se encontrava em exercício docente
durante o curso.136 Isso nos leva a pensar que uma possível causa para este resultado tenha
sido o fato de que este aluno pode não ter tido oportunidade de colocar em prática os
conhecimentos que estavam sendo adquiridos durante o curso. Além disso, estudos de
aquisição da linguagem têm evidenciado a existência de diferenças individuais tanto no
processo de aquisição de língua materna como no processo de aquisição de língua

136
Cf. gráfico referente à melhoria no desempenho do professor (p. 130) apresentado como resultado da
Questão 4 do Questionário de Avaliação.
290

estrangeira.137 Essas diferenças podem ser atribuídas a inúmeros fatores, tais como: idade,
nível de exposição ao insumo138, motivação, dentre outros.
O que nos interessa, porém, é confrontar a melhora sofrida pelos alunos ao
final do curso com os dados referentes ao Questionário de Avaliação do Aproveitamento,
na qual os alunos puderam avaliar o nível de conhecimento adquirido durante o curso em
relação a diversos aspectos da pronúncia da LI. A tabela que se segue apresenta este
confronto.

Tabela 13 – Melhora versus Questão 1


Aluno 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Melhora 23% 17% 22% 9% 13% 16% 8% 11% 18% -1% 27%
Conhecimento.Adquirido 57% 87% 70% 60% 77% 73% 100% 83% 90% 73% 77%

Questão 1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento, adquirido


durante o curso.

A tabela acima nos leva a pensar que não existe correlação entre a melhora
apresentada no desempenho oral dos alunos e o resultado da auto-avaliação acerca do
nível de conhecimento por eles adquirido durante o curso. Porém, a tabela que se segue
revela um certo grau de correlação entre o nível atingido pelos alunos na segunda
gravação e o conhecimento adquirido de acordo com a auto-avaliação de cada um deles.

Tabela 14 – Nível da segunda gravação versus conhecimento adquirido


Aluno 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Nível atingido na 2a.grav. 68% 76% 75% 49% 70% 73% 70% 64% 84% 73% 67%
Conhecimento Adquirido 57% 87% 70% 60% 77% 73% 100% 83% 90% 73% 77%

Os dados da Tabela 14 evidenciam um certo nível de compatibilidade entre


os resultados comparados, mesmo assim não se pode dizer que há uma uniformidade os
resultados. Quando comparadas as porcentagens referentes ao conhecimento adquirido
com o nível atingido na segunda gravação, pode-se observar que seis dos onze alunos
apresentaram maior porcentagem na auto-avaliação, três, menor e dois apresentaram
porcentagens equivalentes entre os itens analisados.

137
Acerca de diferenças individuais na aquisição de língua estrangeira ou segunda língua, cf. Krashen &
Terrell (1983), Lightbown & Spada (1993), Munro et al. (1996) e Flege (2000).
138
Na área de Lingüística Aplicada ao ensino de LE , tem-se adotado o termo insumo como tradução da
palavra inglesa input.
291

Através dos dados acima concluímos que os instrumentos de avaliação


utilizados neste trabalho forneceram diferentes perspectivas de análise, desempenhando,
ambos, papéis fundamentais para o entendimento das características apresentadas pelo
grupo de falantes do PB no aprendizado da pronúncia da LI. Com o Questionário de
Avaliação obtivemos um perfil do grupo de professores, passando a conhecer a imagem
que fazem do seu próprio conhecimento, do seu desempenho docente e do papel exercido
pela redução vocálica na estrutura fonológica da LI. Além disso, o questionário
evidenciou, mesmo que em forma de auto-avaliação, os ganhos qualitativos relacionados
à discriminação auditiva dos professores, aspecto que não poderia ser avaliado através
das gravações. Por outro lado, as gravações evidenciaram o papel desempenhado pela
transferência lingüística na produção oral dos alunos e proporcionaram um diagnóstico
das facilidades e dificuldades apresentadas pelos professores em relação a aspectos
fundamentais da estrutura fonético-fonológica da LI.
292

CONCLUSÃO

Para concluir, retomaremos os tópicos mais relevantes do trabalho em virtude


do objetivo proposto. Além disso, efetuaremos uma comparação de nossas hipóteses
iniciais com os resultados obtidos na pesquisa,.
Esta tese, sob o tema Uma proposta de ensino da pronúncia da língua
inglesa com ênfase nos processos rítmicos de redução vocálica, teve como objetivo
apresentar uma descrição da relevância dos processos rítmicos de redução vocálica no
sistema sonoro da LI e demonstrar que a consciência de sua existência é um fator
decisivo no processo ensino-aprendizagem da pronúncia desse idioma. Visando atingir
este objetivo, ao longo da tese, abordamos os seguintes aspectos:

 discorremos acerca do papel da redução vocálica no sistema fonético-fonológico da


LI;
 por intermédio do método por nós elaborado e proposto no Capítulo VI desta tese,
buscamos elucidar os procedimentos pedagógicos que possibilitam o ensino da
pronúncia da LI a partir da exploração dos processos rítmicos de redução vocálica;
 demonstramos, através da aplicação do método e da avaliação de seus resultados, a
relevância do schwa no ensino da pronúncia da LI para falantes do PB;
 através da análise dos resultados obtidos nas gravações e no questionário de
avaliação, evidenciamos os ganhos qualitativos ocorridos na produção oral dos
293

alunos e em seu desempenho docente, após a tomada de consciência do papel da


redução vocálica na estrutura fonológica da LI.

A análise das gravações permitiu-nos chegar a inúmeras conclusões. Dentre


elas, gostaríamos de destacar:
 o fato de o único aluno a não apresentar melhora ser o também aquele que não se
encontrava no exercício do magistério durante o curso de pronúncia leva-nos a crer
que para que haja uma melhora na produção oral é necessário que o aprendizado do
curso seja colocado em prática, pois a simples consciência de novos conhecimentos
parece não surtir efeito no que tange à produção oral do aluno;
 dentre os sete aspectos analisados  segmentos, acento, function words, entoação,
connected speech, -ed final e -s final , os que obtiveram melhor porcentagem de
desempenho por parte dos alunos, após o curso, foi a produção correta das function
words (22%) seguida das Features of connected speech e do -ed Final (ambos com
20%), e o aspecto apresentou menor domínio por parte dos alunos foi a pronúncia do
-s final (apenas 3%);
 os efeitos do método no desempenho oral dos alunos foram estatisticamente
comprovados.

Os dados obtidos através das respostas fornecidas pelos alunos ao


Questionário de Avaliação nos possibilitaram a construção do perfil do grupo de
professores no que tange à auto-avaliação dos efeitos produzidos pelo curso de pronúncia
sobre o seu conhecimento e desempenho docente. Este perfil nos mostrou que o grupo:
a) adquiriu 77% de conhecimento dos aspectos de pronúncia tratados durante o curso, b)
considerou que o papel exercido pela redução vocálica (schwa) auxilia em 78% no
entendimento os aspectos analisados, c) afirmou ter obtido uma melhora de 90% em seu
desempenho docente e d) considerou de total importância (100%) o trabalho com a
redução vocálica (schwa) no ensino de pronúncia da LI.
As gravações e o Questionário de Avaliação, como instrumentos de análise,
mostraram-se imprescindíveis para o entendimento das potencialidades e limitações
apresentadas pelo grupo de falantes do PB no aprendizado da pronúncia da LI.
Na parte introdutória, lembramos alguns aspectos sobre os quais nos
propusemos discorrer ao longo do trabalho. Acreditamos ter logrado tal meta e, portanto,
para finalizar gostaríamos de retomar esses aspectos. Visamos descrever:
294

a) o lugar ocupado pela redução vocálica na pronúncia da LI  e o fizemos sobretudo


nos Capítulos III, IV e V ;
b) o papel desempenhado pela redução vocálica no processo ensino-aprendizagem da
pronúncia do inglês  o qual foi evidenciado ao longo do método proposto
(Capítulo VI) ;
c) os efeitos dessa aprendizagem na produção oral e na discriminação auditiva dos
alunos.  Os efeitos referentes à produção oral puderam ser comprovados através
das análises dos resultados apresentadas no Capítulo VIII. Já os efeitos relativos à
discriminação auditiva foram avaliados apenas no Questionário de Aproveitamento,
no qual os alunos afirmaram ter atingido um nível de conhecimento de 73% no que
se refere ao aspecto listening.

Na Introdução deste trabalho, manifestamos nossa crença de que o aluno, ao


tomar consciência do papel desempenhado pelo schwa, praticar a sua correta pronúncia e
fazer uma reflexão consciente de sua função no sistema fonológico da LI, tornar-se-ia
capaz de contemplar a pronúncia desse idioma como um todo coerente, passando a
perceber a inter-relação entre os segmentos, o acento, o ritmo e a entoação. No Anexo F
encontra-se um comentário feito pelo coordenador pedagógico do grupo de professores
após a conclusão do curso que vem ao encontro dessa nossa crença inicial.
Ao longo da tese, descrevemos os processos rítmicos de redução vocálica em
inglês e relatamos suas implicações no ensino da pronúncia da LI para falantes do PB. A
escolha de falantes nativos do PB foi fomentada pelo desejo de que este trabalho viesse
contribuir para a melhoria do ensino da LI no contexto nacional. De acordo com os
dados da auto-avaliação do grupo de professores submetidos ao método  em que se
constatou uma melhora de 90% no desempenho docente  , abonados pelos testes
estatísticos aplicados aos resultados das gravações, acreditamos ter demonstrado que uma
abordagem de ensino da pronúncia da LI que tem como aspecto central a função
desempenhada pela redução vocálica tem comprovação científica e pode se constituir em
um forte instrumento à disposição do professor.
295

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABERCROMBIE, D. Elements of general phonetics. Edinburgh: Edinburgh University


Press, 1967.

ADAMSON, H. D. Variation theory an second language acquisition. Washington,


D.C.: Georgetown University Press, 1988.

ANDERSON-HSIEH, Janet. Pronunciation factors affecting intelligibility in speakers of


English as a foreign language. Speak Out!, [s.l.], n. 16, p. 17-19, Aug. 1995.

AURÉLIO século XXI. São Paulo: Editora Nova Fronteira/Lexikon Informática, 2001.
(versão eletrônica 3.0).

AVERY, Peter; EHRLICH, Susan. Teaching American English pronunciation.


Oxford: Oxford University Press, 1992.

BAGNO, M. A língua de Eulália: novela sociolingüística. 4. ed. São Paulo: Contexto,


1999.

BAGNO, M. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. 3. ed. São Paulo: Loyola,
2000.

BAILEY, R. W.; GÖRLACH, M. (Ed.). English as a world language. Cambridge:


Cambridge University Press, 1982.

BAKER, Ann; GOLDSTEIN, Sharon. Pronunciation pairs. Cambridge: Cambridge


University Press, 1990.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1979.

BAPTISTA, Barbara, O. A pesquisa na interfonologia e o ensino da pronúncia:


procurando a interface. In: FORTKAMP, M. B. M.; TOMITCH, L. M. B. (Org.).
Aspectos da lingüística aplicada: estudos em homenagem ao professor Hilário Inácio
Bohn. Florianópolis: Insular, 2000. p. 93-113.

BARBER, Charles. The English language: a historical introduction. Cambridge:


Cambridge University Press, 1993. (Cambridge Approaches to Linguistics).

BEALL, Pamela Conn; NIPP, Susan Hagen. Wee sing: children's songs and fingerplays.
Newberg: PSS, 1977. 1 fita cassete (60 min).

BOLLELA, Maria Flávia de F. P. Encontros consonantais no português do Brasil, no


português europeu e na língua inglesa: análise das dificuldades de aprendizado do inglês
como língua estrangeira. Estudos Lingüísticos, Marília, n. XXX, 2001. CD-ROM.

BOWEN, J. D. Patterns of English pronunciation. Rowley: MA: Newbury House,


1975.
296

BRIGHT, W. Dialeto social e história da linguagem. Tradução de Luiza Leite Bruno


Lobo. In: FONSECA, M. S. V.; NEVES, M. F. (Org.). Sociolingüística. Rio de Janeiro:
Eldorado, 1974a. p. 41-47. (Coleção Enfoque).

BRIGHT, W. As dimensões da sociolingüística. Tradução de Elizabeth Neffa Araújo


Jorge. In: FONSECA, M. S. V.; NEVES, M. F. (Org.). Sociolingüística. Rio de Janeiro:
Eldorado, 1974b. p. 17–23. (Coleção Enfoque).

BUCKMASTER, Robert. The language we teach. IATEFL Issues, Whitstable, n. 159, p.


10, Feb.-Mar. 2001.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Fonologia do português: análise pela geometria de traços


(Parte I). Campinas: Edição do autor, 1997. (Coleção Espiral, 2).

CAGLIARI, Luiz Carlos. Elementos de fonética do português brasileiro. Campinas,


1981. Tese (Livre Docência) – Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Acento em português. Campinas: Edição do autor, 1999.


(Coleção Espiral, 4).

CAGLIARI, Luiz Carlos & ABAURRE, Bernadete M. Elementos para uma investigação
instrumental das relações entre padrões rítmicos e processos fonológicos no português
brasileiro. Cadernos de Estudos Lingüísticos, Campinas: Unicamp/IEL, n. 10, 1986.

CALLOU, D. M. I.; OMENA, N.; SILVA, V. P. Teoria da Variação e suas relações com
a Semântica, a Pragmática e a Análise do Discurso. Cadernos de Estudos Lingüísticos,
Campinas, n. 20, p. 17-21, jan./jun. 1991.

CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Estrutura da língua portuguesa. Petrópolis: Vozes,


1970.

CÂMARA JR., Joaquim Mattoso. Problemas de lingüística descritiva. 8. ed.


Petrópolis: Vozes, 1976.

CAMBRIDGE dictionary of American English. Cambridge: Cambridge University Press,


2000.

CAMBRIDGE international dictionary of English. Cambridge: Cambridge University


Press, 1995.

CASTRO, José Ribamar de. Uma proposta de recursos didáticos na acentuação


tônica da língua inglesa para um curso de fonologia. São Paulo, 1981. Dissertação
(Mestrado) - Pontifícia Universidade Católica.

CAUDLE, Brad; CAUDLE, Richard. Rock'n learn: letter sounds. Conroe: Rock'N
Learn, 1997a.

CAUDLE, Brad; CAUDLE, Richard. Rock'n learn: letter sounds. Conroe: Rock'N
Learn, 1997b. 1 fita cassete (60 min).
297

CELANI, Maria Antonieta Alba. (Org.) Ensino de língua inglesa: redescobrindo as


origens. São Paulo: Educ, 1997.

CELCE-MURCIA, Marianne; BRITON, Donna M., GOODWIN, Janet M. Teaching


pronunciation: a reference for teachers of English to speakers of other languages. New
York: Cambridge University Press, 1996.

CHELA FLORES, B. On acquisition of English rhythm: theoretical and practical issues.


Lenguas Modernes, n. 20, p. 151-164, 1993.

CHOMSKY, N.; HALLE, M. The sound pattern of English. New York: Harper & Row
Publishers, 1968.

CLEMENTE, Elvo. Língua portuguesa do Brasil. Jornal do alfabetizador, Porto


Alegre: Kuarup/PUC-RS, ano X, n. 56, p. 8-9, 1998.

COLLISCHONN, Gisela. A sílaba em português. In: BISOL, Leda (Org.). Introdução a


estudos de fonologia do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996. p. 95-
126.

COOK, Ann. American accent training: a guide to speaking and pronouncing


American English for everybody who speaks English as a second language. Hauppauge:
Barron‘s, 1991.

CÓRDULA, Maíra S. M. The role of pronunciation in TEFL to adult beginners.


Franca: Universidade de Franca, 1999. Trabalho de Conclusão de Curso (Letras) –
Universidade de Franca, 1999.

CRYSTAL, David. The Cambridge encyclopedia of the English language.


Cambridge: Cambridge University Press, 1995.

CRYSTAL, David. English as a global language. Cambridge: Cambridge University


Press, 1997.

DAUER, R. M. Stress–timing and syllable–timing reanalyzed. Journal of Phonetics, n.


11, p. 51-62, 1983.

DELGADO MARTINS, Maria Raquel. Sept etudes sur la perception. Lisboa: Instituto
Nacional de Investigação Científica, 1986. (Lingüística, 10).

DELLAR, H. General English is Spoken English. New Routes, São Paulo, n. 11, p. 30-
32, Oct. 2000.

DUBOIS, Jean et al. Dicionário de lingüística. São Paulo, Cultrix, 1973.

ELIA, Sílvio. Ensaios de filologia e lingüística. 3. ed. Rio de Janeiro: Grifo, 1976.

ELIA, Sílvio. A língua portuguesa no mundo. São Paulo: Ática, 1989.


298

FLEGE, James Emil. Trabalho apresentado no New Sounds 2000 (4º Simpósio
Internacional de Aquisição Fonológica em Segunda Língua), realizado na University Van
Amsterdam, Holanda, 4-7 de set. 2000.

FRY, Dennis Butler. The physics of speech. Cambridge: Cambridge University Press,
1979.

GEDDES, Marion; STURTRIDGE, Gill; BEEN, Sheila. Advanced conversation. [S.l.]:


Phoenix ELT, 1991.

GIMSON, A. C. An introduction to the pronunciation of English. London: Edward


Arnold, 1962.

HAGEN, Stacy A.; GROGAN, Patricia E. Sound advantage: a pronunciation book.


New Jersey: Regents/Prentice Hall, 1992.

HALLIDAY, Michael A. K. The tones of English. Archivum Linguisticum, n. 15, p. 1-


28, 1963.

HALLIDAY, Michael A. K. A course in spoken English: Intonation. London: Oxford


University Press, 1970.

HEWINGS, Martin & GOLDSTEIN Sharon. Pronunciation Plus: Practice through


interaction. Cambridge: Cambridge University Press, 1998.

HOGG, R.; McCULLY, C. B. Metrical phonology. Cambridge: Cambridge University


Press, 1987.

JENKINS, Jennifer. The phonology of English as an international Language: new


models, new norms, new goals. Oxford: Oxford University Press, 2000.

JOTA, Zélio dos Santos. Dicionário de lingüística. Rio de Janeiro: Presença, 1976.
(Coleção Linguagem, 2).

KACHRU, B. B. Standards, codification and sociolinguistic realism: the English


language in the outer circle. In: QUIRK, R.; WIDDOWSON, H. G. (Eds.) English in the
world: teaching and learning the language and literatures. Cambridge: Cambridge
University Press, 1985.

KLEIN, Wolfgang. Second language acquisition. New York: Cambridge University


Press, 1996. (Cambridge Textbooks in Linguistics).

KRASHEN, Stephen D.; TERRELL, Tracy. The natural approach. Hayward: Alemany
Press, 1983.

KREIDLER, Charles W. The pronunciation of English: a course book in phonology.


Cambridge: Blackwell, 1989.

KREIDLER, Charles W. Describing spoken English: an introduction. New York:


Routlege, 1997.
299

KREIDLER, Charles W. Teaching English spelling and pronunciation. TESOL


Quarterly, 6 (1), p. 3-12.

LABOV, W. The social motivation of a sound change. Word, n. 19, p. 273-309. 1963.

LABOV, W. The logic of non-standard English. Georgetown Monograph on


Languages and Linguistics, n. 22, p. 1-44, 1969.

LABOV, W. Estágios na aquisição do inglês standard. Tradução de Luiza Leite Bruno


Lobo. In: FONSECA, M. S. V.; NEVES, M. F. (Org.). Sociolingüística. Rio de Janeiro:
Eldorado, 1974. p. 49-85. (Coleção Enfoque).

LABOV, W. Building on empirical foundations. Amsterdam/Philadelphia: John


Benjamins, 1982. (Current Issues in Linguistic Theory, 24).

LABOV, W. How I got into linguistics, and what I got out of it (Oct. 1, 1997).
Disponível em: <http://www.ling.upenn.edu/~labov/Papers/HowIgot. html>. Acesso em:
2 fev. 2001.

LANE, Linda. Focus on pronunciation: principles and practice for effective


communication. New York: Addison-Wesley, 1993.

LEITE, Fernando. Vogais silenciosas? Atas do XII Encontro Nacional da Associação


Portuguesa de Lingüística, Lisboa, v. 1, p. 157-163, jun. 1997.

LEWIS, Shari. One-minute bedtime stories. New York: Caedmon, 1986. 1 fita cassete
(60 min).

LIGHTBOWN, Patsy M.; SPADA, Nina. How languages are learned. Oxford: Oxford
University Press, 1993.

MAJOR, Roy C. Stress-timing in Brazilian Portuguese. Journal of Phonetics, v. 9, n. 3,


p. 343-352, 1981.

MARTINS, Guilherme D‘Oliveira. Pertenças, hospitalidade e língua. Jornal de Letras,


Artes e Idéias, v. Educação, p. 11, abr. 1998.

MASSINI-CAGLIARI, Gladis. Acento e ritmo. São Paulo: Contexto, 1992. (Coleção


Repensando a língua portuguesa).

MASSINI-CAGLIARI, Gladis. Do poético ao lingüístico no ritmo dos trovadores: três


momentos da história do acento. Araraquara: FCL Laboratório Editorial UNESP; São
Paulo: Cultura Acadêmica, 1999a. (Coleção Letras).

MASSINI-CAGLIARI, Gladis. O conceito de pé como unidade rítmica: trajetória. In:


SCARPA, Ester Mirian (Org.). Estudos de Prosódia. Campinas: Editora da Unicamp,
1999b. p. 113-132.
300

MASSINI-CAGLIARI, Gladis; CAGLIARI, Luis Carlos. Fonética. In: MUSSALIM,


Fernanda; BENTES, Anna Cristina (Org.). Introdução à lingüística: domínios e
fronteiras. São Paulo: Cortez, 2001. p. 105-146.

MATEUS, M. H. M.; ANDRADE, Amália; VIANA, Maria do Céu & VILLALVA,


Alina. Como explicar as relações entre os segmentos. In: ______. Fonética, fonologia e
morfologia do português. Lisboa: Universidade Aberta, 1990. p. 330.

MEILLET. A. Linguistique historique et linguistique générale. Paris: Librairie


Ancienne Honoré Champion, 1921.

MENESES, U. B. Identidade Cultural e Arqueologia. In: BOSI, A. (Org.). Cultura


brasileira: temas e situações. São Paulo: Ática, 1987. p. 182-190. (Série Fundamentos,
18).

MEY, J. L. Etnia, identidade e língua. Tradução de Maria da Glória de Moraes. In:


SIGNORINI, I. (Org.). Lingua(gem) e identidade. Campinas: Mercado de Letras, 1998.
p. 69-88. (Letramento, Educação e Sociedade).

MILTON, John; SOUZA, Deusa M. A discoursive approach to English phonology.


São Paulo, 1998. Minicurso realizado no XV ENPULI (Encontro Nacional de
Professores Universitários de Língua Inglesa), USP, em jul. 1998.

MORAES, J. A & LEITE, Y. Ritmo e velocidade da fala na estratégia do discurso: uma


proposta de trabalho. Comunicação apresentada no III Seminário do Projeto ―Gramática
do Português Falado‖, 1989. Águas de Lindóia, 20 a 25 de novembro de 1989.

MORTIMER, Colin. Elements of pronunciation: intensive practice for intermediate and


more advanced students. Cambridge: Cambridge University Press, 1985.

MUNRO, M. J.; FLEGE, J. E. & MACKAY, R. A. The effects of age of second


language learning on the production of English vowels. Applied Psycholinguistics, v. 3,
n. 17, p. 313-334, 1996.

MURPHY, John M. Oral communication in TESOL: integrating speaking, listening, and


pronunciation. TESOL Quarterly, New York, v. 25, n. 1, p. 51-75, Spring 1991.

ODLIN, Terence. Language transfer: cross-linguistic influence in language learning.


Cambridge: Cambridge University Press, 1989. (The Cambridge Applied Linguistics
Series).

ORION, Gertrude F. Pronouncing American English: sounds, stress, and intonation. 2.


ed. Boston, Heinle & Heinle Publishers, 1997.

PENHA, João Alves Pereira. A arcaicidade da língua popular brasileira. Franca,


1970. Tese (Doutorado em Língua Portuguesa) – Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras, Universidade Estadual Paulista.

PENNINGTON, M. C.; RICHARDS, J. C. Pronunciation revisited. TESOL Quarterly.


New York, v. 20, n. 2, p. 207-226, 1986.
301

PENNINGTON, M. C. Phonology in English language teaching: an international


approach. London and New York: Longman, 1996.

PIKE, Kenneth L. Phonemics: a technique for reducing languages to writing. Ann Arbor:
The University of Michigan Press, 1947.

POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: ALB/Mercado


de Letras, 1996. (Coleção Leituras no Brasil).

PRATOR, Clifford H. Manual of American English pronunciation. 2. ed. New York:


Rinehart & Company, 1951.

PRATOR, C. H. & ROBINETT, B. J. A manual of American English pronunciation.


4. ed. New York: Holt, Rinehart & Winston, 1985.

PULLUM, Geoffrey K.; LADUSAW, William A. Phonetic symbol guide. 2. ed.


Chicago: The University of Chicago Press, 1996.

RIVERS, Wilga M., TEMPERLEY, Mary S. A practical guide to the teaching of


English: as a second or foreign language. New York: Oxford University Press, 1978.

ROACH, Peter. English phonetics and phonology: a practical course. 2. ed. Cambridge:
Cambridge University Press, 1991.

ROMAINE, S. Language in society: an introduction to sociolinguistics. Oxford: Oxford


University Press, 1994.

ROST, Michael. Listening in language learning. London: Longman, 1990.

SAPIR, E. A linguagem: introdução ao estudo da fala. Tradução de Joaquim Mattoso


Câmara Jr. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1954.

SCALLON, Fr. Kevin. The Rosary. Donnellson: Heartbeat, 1992. 1 fita cassete (90
min).

SIEGEL, Sidney. Estatística não-paramétrica. Tradução de Alfredo Alves de Faria.


São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975.

SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e fonologia do português: roteiro de estudos e guia


de exercícios. São Paulo: Contexto, 1999.

SILVA NETO, Serafim da. História da língua portuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro:
Presença, 1979. (Coleção Linguagem, 11).

SPRATT, Mary. English for the teacher: a language development course. Cambridge:
Cambridge University Press, 1994. (Cambridge Teacher Training and Development
Series).
302

STEVICK, Earl W. Teaching and learning languages. Cambridge: Cambridge


University Press, 1982.

STÖRIG, Hans Joachim. A aventura das línguas: uma viagem através da história dos
idiomas do mundo. Tradução de Glória Paschoal de Camargo. 3. ed. São Paulo:
Melhoramentos, 1990.

SWAN, Michael. Practical English usage. 2. ed. Oxford: Oxford University Press,
1995.

TARALLO, Fernando; ALKMIN, Tania. Falares crioulos: línguas em contato. São


Paulo: Ática, 1987. (Série Fundamentos, 15).

TAYLOR, Linda P. Pronunciation in action. New Jersey: Prentice Hall, 1993.

THOMPSON, Geoff. Some misconceptions about communicative language teaching.


Liverpool, 1994. Mimeografado.

TODAKA, Y. An error analysis of Japanese students’ intonation and its pedagogical


applications. Los Angeles, 1990. Dissertação (Mestrado) – University of California.

TRASK, R. L. A dictionary of phonetics and phonology. London: Routledge, 1996.

TRIM, J. Where have all the phoneticians gone? In: ESSEN, Arthur von; BUCKART, E.
Homage to W.R. Lee: essays in English as a foreign or second language. [s.l.]: Foris,
1992. p. 261-271.

TRUDGILL, P. & HANNAH J. International English: a guide to the varieties of


standard English. 3. ed. London: Arnold, 1994.

UNDERHILL, Adrian. Sound foundations. Oxford: Heinemann, 1994. (The Teacher‘s


Development Series).

WALTER, Henriette. A aventura das línguas no ocidente: origem, história e geografia.


2. ed. São Paulo: Mandarim, 1997.

WATKINS, Michael Alan. Variability in vowel reduction by Brazilian speakers of


English. Florianópolis, 2001. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa
Catarina.

WEINREICH, U.; LABOV W. & HERZOG. Empirical foundations for a theory of


language chance. In: LEHMANN, W. P. & MALKIEL, Y. (Ed.). Directions for
historical linguistics. Austin: University of Texas Press, 1968.

WELLS, J. C. Accents of English I: an introduction. Cambridge: Cambridge University


Press, v. 1, 1982.

WELLS, J.C. Longman pronunciation dictionary. Essex: Longman, 1990.


303

WONG, Rita. The fear of teaching pronunciation. Braz-Tesol Newsletter, São Paulo, v.
10, n. 3, p. 6-7, Sep., 1996.
304

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

ADAMSON, H. D. Variation theory an second language acquisition. Washington,


D.C.: Georgetown University Press, 1988.

AZEVEDO, Milton M. A contrastive phonology of Portuguese and English.


Washington D.C.: Georgetown University Press, 1981.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

BRADFORD, Barbara. The essential ingredients of a pronunciation programme. Speak


Out!, [s.l.], July, 1990.

BRITTO, Luiz Percival Leme. À sombra do caos: ensino de línguas x tradição


gramatical. Campinas: ALB-Mercado de Letras, 1997. (Coleção Leituras do Brasil).

BROWN, Gillian; YULE, George. Teaching the spoken language: an approach based
on the analysis of conversational English. Cambridge: Cambridge University Press,
1983.

BRUMFIT, C. J.; JOHNSON, K. (Eds.) The communicative approach to language


teaching. Oxford: Oxford University Press, 1979.

CLARK, John; YALLOP, Collin. An introduction to phonetics and phonology.


Blackwell: Cambridge, 1995.

COUTO, Hildo H. do. O que é português brasileiro. 4. ed. São Paulo: Brasiliense,
1988. (Coleção Primeiros Passos, 164).

DALTON, C.; SEIDLHOFER, B. Pronunciation. Oxford: Oxford University Press,


1994.

DEWEY, Godfrey. Relativ frequency of English speech sounds. London: Cambridge


Harvard University Press, 1923.

FAERCH, Claus; KASPER, Gabriele. Perspectives on language transfer. Applied


Linguistics, London, v. 8, n. 2, p. 111-136, Summer, 1978.

HALLE, Morris; KEYSER, Samuel Jay. English stress: its form, its growth, and its role
in verse. New York: Harper & Row Publishers, 1971.

HALLIDAY, M.; MCINTOSH, A; STREVENS, P. As ciências lingüísticas e o ensino


de línguas. Petrópolis: Vozes, 1974.

HANCOCK, Mark. Pronunciation Games. Cambridge: Cambridge University Press,


1995.
305

HERNANDORENA, Carmen L. M. Teorias fonológicas e aquisição fonológica.


Trabalho apresentado no XLIX GEL (Grupo de Estudos Lingüísticos do Estado de São
Paulo), realizado na Fundação de Ensino ―Eurípedes Soares da Rocha‖ de Marília, em
2001.

HOLLIDAY, Adrian. Appropriate methodology and social context. Cambridge:


Cambridge University Press, 1994.

HOOKE, R. & ROWELL, J. A handbook of English pronunciation. [s.l]: Arnold,


1982.

JONES, Daniel. An outline of English phonetics. New York: E. P. Dutton & Co. Inc.,
1957.

KENWORTHY, Joanne. Teaching English pronunciation. New York: Longman, 1987.

LADEFOGED, P. A. A course in phonetics. New York: Harcourt Brace Jovanovich,


1975.

LARSEN-FREEMAN, D. & LONG, M. H. An introduction to second language


acquisition. London: Longman, 1991.

MATEUS, M. H. M. Aspectos da fonologia portuguesa. Lisboa: [s.c.p], 1982.

McCARTHY, Michael. Discourse analysis for language teachers. Cam bridge:


Cambridge University Press, 1991.

McLAUGHLIN, B. The monitor model: some methodological considerations. Language


Learning, v. 28, p. 309-332, 1978.

PIKE, Kenneth L. The intonation of American English. Ann Arbor: University of


Michigan Press, 1945.

RICHARDS, Jack C. Listening comprehension: approach, design, procedure. TESOL


Quarterly, [s.l.], v. 17, n. 2, p. 219-240, June, 1983.

SCHMIDT, Richard W. The role of consciousness in second language learning. Applied


Linguistics, [s.l], v.11, n. 2, p. 129-158, June, 1990.

SHEPHERD, David. Portuguese speakers. In: SWAN & SMITH. Learn English: a
teacher‘s guide to interference and other problems. New York: Cambridge University
Press, 1987.

SILVA, Ademar da. O monitor do monitor. Contexturas: ensino crítico de língua


inglesa, Taubaté, n. 3, p. 75-84, 1996.

SILVA NETO, Serafim da. Introdução ao estudo da língua portuguesa no Brasil. 3.


ed. Rio de Janeiro: Presença/MEC, 1976. (Coleção Linguagem, 1).
306

SLOBIN, Dan I. Cognitive prerequisites for the development of grammar. In:


FERGUSON, C. A.; SLOBIN, D. I. (Eds.). Studies of child language development.
New York: Holt, Rinehart & Winston, 1973. p. 175-208.

SOUZA, Cláudia N. R. Fatores Fonológicos. In: MOLLICA, M. C. (Org.) Introdução à


sociolingüística variacionista. (Cadernos Didáticos UFRJ). Rio de Janeiro: UFRJ, 1992.
p. 39-66.

STEINBERG, Martha. Pronúncia do inglês: norte-americano. 2. ed. São Paulo: Ática,


1986.

SWAN, Michael. Integrating pronunciation into the general language class. Speak Out,
[s.l.], n. 11, p. 5-9, Jan., 1993.

WETZELL, W. Brett. Toward understanding the role of rhythm in dialect: an empirical


study. NewWAVE 28 Abstracts, Toronto, p. 154, Oct., 1999.
307

ANEXO A – Freqüência dos fonemas do inglês


308

Quadro 4 – Freqüência dos fonemas do inglês


Chart of Frequencies of English Phonemes
Vowels Consonants
Phoneme Frequency Phoneme Frequency
// 10.74% /n/ 7.58%
// 8.33% /t/ 6.42%
// 2.97% /d/ 5.14%
/a/ 1.83% /s/ 4.81%
// 1.75% /l/ 3.66%
/e/ 1.71% // 3.56%
/i/ 1.65% /r/ 3.51%
// 1.51% /m/ 3.22%
// 1.45% /k/ 3.09%
// 1.37% /w/ 2.81%
// 1.24% /z/ 2.46%
/u/ 1.13% /v/ 2.00%
// 0.86% /b/ 1.97%
// 0.79% /f/ 1.79%
/a/ 0.61% /p/ 1.78%
// 0.52% /h/ 1.40%
// 0.34% // 1.15%
// 0.21% // 1.05%
// 0.14% // 0.88%
// 0.06% /j/ 0.88%
/d/ 0.60%
/t/ 0.41%
// 0.37%
// 0.10%
FONTE: Taylor, 1993.
309

ANEXO B – Modelo de termo de consentimento


310

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu, _______________________________________________________,
R.G. _____________________, residente em ______________________________ ( ),
Rua ________________________________________________________, _________,
Bairro (__________________________________), CEP _______________________,
autorizo a Profa. Maria Flávia de Figueiredo Pereira Bollela a efetuar gravações da
minha fala em sala de aula, estando consciente de que também responderei a um
questionário acerca dos meus conhecimentos em Língua Inglesa.
Os resultados dessas gravações poderão ser utilizados em pesquisa
científica.

Observação: Reservo-me o direito de não efetuar as gravações quando


julgar conveniente.

Franca, _____ de ________________ de ________.

_____________________________________________
Assinatura do Aluno
311

ANEXO C – Formulários com dados pessoais


312

Professor 1
Sexo: ( ) Masculino (X) Feminino Idade: 26 anos

Cidade e Estado onde nasceu: Araxá, MG

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP ( 8 anos)

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 2 anos


(X) Outros. Qual? Digitadora

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso?_________
(X) superior completo. Qual curso? Economia
( ) pós-graduação. Qual curso? __________

Idade com que começou a estudar Inglês: 19 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 7 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


(X) Não
( ) Sim. Qual país?__________________________Por quanto tempo? ___________

Você já teve contato com um falante nativo?


(X) Não
( ) Sim. Por quanto tempo consecutivo? __________________

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
313

Professor 2
Sexo: ( ) Masculino (X) Feminino Idade: 25 anos

Cidade e Estado onde nasceu: Franca, SP

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 6 anos e meio


( ) Outros. Qual? ___________________

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
(X) superior completo. Qual curso? Direito
( ) pós-graduação. Qual curso? _____________

Idade com que começou a estudar Inglês: 11 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 14 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


( ) Não
(X) Sim. Qual país? Canadá. Por quanto tempo? 20 dias

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? Eventualmente

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler (X) escrever ( ) ouvir ( ) falar
314

Professor 3
Sexo: ( ) Masculino (X) Feminino Idade: 38 anos

Cidade e Estado onde nasceu: São Paulo, SP

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP (15 anos)

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 6 anos


( ) Outros. Qual? ___________________

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
(X) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
( ) superior completo. Qual curso?______________
( ) pós-graduação. Qual curso? _______________

Idade com que começou a estudar Inglês: 15 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 23 anos (interrompido por 10 anos)
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


(X) Não
( ) Sim. Qual país?__________________________Por quanto tempo?____________

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? eventualmente

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
Professor 4
315

Sexo: ( ) Masculino (X) Feminino Idade: 28 anos

Cidade e Estado onde nasceu: Franca, SP

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 8 anos


( ) Outros. Qual? ___________________

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
(X) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
( ) superior completo. Qual curso?______________
( ) pós-graduação. Qual curso? _______________

Idade com que começou a estudar Inglês: 13 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 15 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


( ) Não
(X) Sim. Qual país? Estados Unidos. Por quanto tempo? 1 ano

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? 2 anos

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler (X) escrever ( ) ouvir ( ) falar
Professor 5
Sexo: (X) Masculino ( ) Feminino Idade: 24 anos
316

Cidade e Estado onde nasceu: Franca, SP

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 2 anos e meio


( ) Outros. Qual? ___________________

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
(X) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
( ) superior completo. Qual curso? _____________
( ) pós-graduação. Qual curso? ______________

Idade com que começou a estudar Inglês: 10 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 14 anos (interrompido por 4 anos)
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: ( ) Americano (X) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


( ) Não
(X) Sim. Qual país? Inglaterra. Por quanto tempo? + ou – 2 anos

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? 1 ano e meio

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
Professor 6
Sexo: (X) Masculino ( ) Feminino Idade: 36 anos
317

Cidade e Estado onde nasceu: Sacramento, MG

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 12 anos


(X) Outros. Qual? Psicodramatista

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
(X) superior completo. Qual curso? Letras
(X) pós-graduação. Qual curso? Especialização em Educação e em
Psicodrama
Idade com que começou a estudar Inglês: 22 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 14 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


( ) Não
(X) Sim. Qual país? Inglaterra. Por quanto tempo? 10 dias

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? Eventualmente

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
Professor 7
Sexo: ( ) Masculino (X) Feminino Idade: 25 anos

Cidade e Estado onde nasceu: Franca, SP


318

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 2 anos e meio


( ) Outros. Qual? ___________________

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
(X) superior completo. Qual curso? Direito
( ) pós-graduação. Qual curso? ______________

Idade com que começou a estudar Inglês: 14 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 11 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


( ) Não
(X) Sim. Qual país? Estados Unidos e Europa. Por quanto tempo? 1 ano

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? 1 ano

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
Professor 8
Sexo: (X) Masculino ( ) Feminino Idade: 23 anos

Cidade e Estado onde nasceu: Franca, SP


319

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 1 ano e meio


(X) Outros. Qual? Músico

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
(X) superior completo. Qual curso? Publicidade
( ) pós-graduação. Qual curso? _____________

Idade com que começou a estudar Inglês: 17 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 6 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


(X) Não
( ) Sim. Qual país?__________________________Por quanto tempo? ____________

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? Eventualmente

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
Professor 9
Sexo: ( ) Masculino (X) Feminino Idade: 23 anos

Cidade e Estado onde nasceu: Natal, RN

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP (há 20 anos)


320

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 4 anos e meio


( ) Outros. Qual? ___________________

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
(X) superior completo. Qual curso? Letras (Port.–Inglês)
(X) pós-graduação. Qual curso? Especialização em Língua Inglesa

Idade com que começou a estudar Inglês: 12 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 11 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


(X) Não
( ) Sim. Qual país?___________________________Por quanto tempo?____________

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? 3 anos

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
321

Professor 10
Sexo: ( ) Masculino (X) Feminino Idade: 43 anos

Cidade e Estado onde nasceu: Elói Mendes, MG

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP ( há 41 anos)

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 24 anos e meio


(X) Outros. Qual? Diretora

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
(X) superior completo. Qual curso? Letras
( ) pós-graduação. Qual curso? _____________

Idade com que começou a estudar Inglês: 13 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 30 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


( ) Não
(X) Sim. Qual país? USA . Por quanto tempo? 15 dias

Você já teve contato com um falante nativo?


( ) Não
(X) Sim. Por quanto tempo consecutivo? eventualmente

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
Professor 11
322

Sexo: ( ) Masculino (X) Feminino Idade: 26 anos

Cidade e Estado onde nasceu: Franca, SP

Cidade e Estado onde mora atualmente: Franca, SP

Profissão: (X) Professor(a) de Inglês. Há quanto tempo? 1 ano


(X) Outros. Qual? Engenheira de Alimentos

Escolaridade: ( ) 1o. grau incompleto ou cursando


( ) 1o. grau completo
( ) 2o. grau incompleto ou cursando
( ) 2o. grau completo
( ) superior incompleto ou cursando. Qual curso? _________
(X) superior completo. Qual curso? Engenharia Alimentos
( ) pós-graduação. Qual curso? ______________

Idade com que começou a estudar Inglês: 15 anos

Você ainda estuda Inglês?


(X) Sim. Há quanto tempo? 11 anos
( ) Não. Por quanto tempo estudou? __________Há quanto tempo parou?______

Variedade de Inglês que fala: (X) Americano ( ) Britânico

Você já visitou ou morou em um país de língua inglesa?


(X) Não
( ) Sim. Qual país? __________________________ Por quanto tempo?__________

Você já teve contato com um falante nativo?


(X) Não
( ) Sim. Por quanto tempo consecutivo? ____________________

Na sua opinião, o que é mais difícil na Língua Inglesa?


( ) ler ( ) escrever (X) ouvir ( ) falar
323

ANEXO D – Questionários de aproveitamento


324

Aluno 1

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
325

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

5 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
326

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim (X) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 Intonation
2 Phonemics (Articulation)
3 Features of connected speech
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________
327

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Este fonema é intensamente usado na língua inglesa; às vezes uma mesma
palavra, em funções gramaticais diferentes, podem ou não ter o ―schwa‖. Podemos
também identificar uma palavra com função ―function‖ e ―Content‖ na frase, o que leva
a um perfeito ―Rhythm‖ e ―Intonation‖.
É um fonema ―pau pra toda obra‖.
328

Aluno 2

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
329

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
330

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim (X) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 Transcrição fonética
2 Entoação
3 Listening
4 Pronúncia
5 _____________________________________________________________________
331

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Acredito que o schwa sob muitos aspectos funciona como um foco. Sua
interferência, não só em palavras isoladas mas em textos, faz a leitura fluir mais
facilmente. Facilitando a fluência, a pronúncia e o "listening" são automaticamente
melhorados.
332

Aluno 3

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação ( ) sim (X) não
333

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação (X) sim ( ) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
334

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim (X) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 Aprendizagem dos fonemas
2 Aprendizagem do ―ed‖ final
3 Aprendizagem do ―s‖ final
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________
335

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Sim, é importante saber onde o schwa pode ser usado, pois com ele a pronúncia
das palavras, o acento e entonação das frases melhora muito; com isto podemos ter uma
aproximação maior do falante nativo.
336

Aluno 4

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum
 ritmo ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
337

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
338

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim (X) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 Segments
2 intonation
3 rhythm
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________
339

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Porque é um fonema central e a partir dele é possível alcançar os outros
fonemas, sendo muito utilizado na maioria das palavras.
340

Aluno 5

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum
 silent letters (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não
341

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em
sua habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-
aprendizagem, junto aos seus alunos?
342

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim (X) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 Pronúncia
2 Ritmo e entoação
3 Listening
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________
343

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Porque penso que há fonemas ou pronuncias em inglês que não estamos
acostumados a usar e quando falamos palavras nesta língua, às vezes temos problemas
para saber como realmente se pronuncia certas palavras e o schwa nos ajuda muito.
344

Aluno 6

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto (X) médio (X) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
345

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em
sua habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-
aprendizagem, junto aos seus alunos?
346

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


(X) sim ( ) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 O estudo de "features of connected speech‖ permite a compreensão dos aspectos
lógicos que envolvem alguns fenômenos como a assimilação e a palatização. Tais
fenômenos dificilmente seriam compreendidos e aplicados se não fossem corretamente
descritos.
2 O ensino-aprendizagem da entonação a partir das ―content‖ e ―function words‖
permitindo naturalidade, fluência e conseqüentemente, compreensibilidade do que se diz.
347

3 O aspecto sistematizado e prático do curso conscientiza os participantes de que


pronúncia deve ser ensinada tendo-se um planejamento que leve em conta as estratégias,
os objetivos e divisões de conteúdo.
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Sendo o som mais recorrente da língua, serve de parâmetro para a produção
certa dos sons vocálicos. Sendo bem empregado (o ―schwa‖), obtém-se fluidez na fala e
melhora-se a acuidade auditiva, a entonação tende a melhorar e a influência da língua
materna diminui no que tange à produção oral.
A aprendizagem dos sons vocálicos específicos do inglês ficou mais fácil a partir
da utilização correta do ―schwa‖.
348

Aluno 7

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
349

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
350

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim (X) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 A boa vontade da professora
2 O fato de que as palavras mudam quando faladas em conjunto (features of connected
speech).
3 A consciência de que é necessário pelo menos um conhecimento básico de pronúncia
pra ensinar outras pessoas a falarem o idioma.
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________
351

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Porque só admitindo a existência dessa redução vocálica na fala é que
conseguimos transcrever e, principalmente, entender (listening) exatamente com
perfeição o que está sendo falado.
352

Aluno 8

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
353

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
354

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim (X) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 desenvolvimento da fluência com relação à pronúncia
2 o uso correto da pronúncia, entonação, etc.
3 _____________________________________________________________________
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________
355

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Por ser um elemento que está presente na maioria das palavras, da fonética, da
língua Inglesa. Além disso, o ―schwa‖ permite um registro de som muito comum a ser
identificado pelo falante.
356

Aluno 9

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação ( ) sim (X) não
357

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação (X) sim ( ) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
358

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


(X) sim ( ) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


(X) sim ( ) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 Durante as aulas, além de aprendermos pronúncia já aprendemos como podemos
ensinar a pronúncia de maneira clara.
2 Houve muito treino em sala de aula o que ajudou bastante e era incentivador porque
as dúvidas já eram tiradas na hora e a prática não ficava muito dependente do estudo
―solitário‖ e sem parâmetro.
359

3 Utilizar um mesmo fragmento em todas as aulas (The our father) foi estimulante,
porque analisamos o trecho em cada aspecto da pronúncia inglesa e notávamos em sala
de aula o nosso progresso.
4 Tinha sempre um exemplo ou um fim prático em cada explicação como a música na
qual estudamos ―features of connected speech‖ o que facilita a fixação e, logo, é
incentivador.
5 O quadro fonético adotado simplificou, pelo menos para mim, o entendimento. As
comparações com outros quadros foi essencial.

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Primeiramente, porque o schwa é um dos sons mais recorrentes na língua inglesa
então é importante que saibamos produzi-lo. Ele também é muito importante no acento
e ritmo. Como, no português, falamos quase todas as vogais sem reduzi-las, em inglês
torna-se difícil manter o ritmo sem notar a presença do schwa nas sílabas não
acentuadas. Finalmente, conhecer o schwa e quando ele ocorre facilita muito no
entendimento oral, porque aprendemos a não esperar que o falante da língua inglesa
produza todos os sons de cada palavra.
360

Aluno 10

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
361

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
362

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim ( ) não
 ritmo ( ) sim ( ) não
 entoação ( ) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim ( ) não
 pronúncia do -s final ( ) sim ( ) não
 silent letters ( ) sim ( ) não
 listening (compreensão) ( ) sim ( ) não
 transcrição fonética ( ) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


(X) sim ( ) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 Uso do (schwa) em sílabas átonas
2 Features of connected speech (Theory and Practice)
3 Silent letters
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________
363

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
Por quê?
Através do curso, pudemos perceber claramente a grande freqüência do uso da
redução vocálica (schwa) na língua inglesa. Portanto é imprescindível o trabalho com a
mesma no ensino da pronúncia.
364

Aluno 11

1 Classifique, de acordo com as alternativas apresentadas, o nível de conhecimento,


adquirido durante o curso, em cada item da pronúncia da língua inglesa discriminado
abaixo:

Nível segmental:
 segmentos (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

Nível suprasegmental:
 acento ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 ritmo ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 entoação ( ) alto ( ) médio (X) baixo ( ) nenhum

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -ed final ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 pronúncia do -s final (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 silent letters (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 listening (compreensão) ( ) alto (X) médio ( ) baixo ( ) nenhum
 transcrição fonética (X) alto ( ) médio ( ) baixo ( ) nenhum

2 O schwa, como característica da redução vocálica na língua inglesa, auxilia no


entendimento dos aspectos abaixo?

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
365

Outros aspectos:
 features of connected speech (X) sim ( ) não
 pronúncia do -ed final ( ) sim (X) não
 pronúncia do -s final ( ) sim (X) não
 silent letters (X) sim ( ) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

3 Você acredita que poderia ter tomado conhecimento dos aspectos da pronúncia da
língua inglesa, listados abaixo, ignorando o papel desempenhado pela redução
vocálica (schwa)?

Nível segmental:
 segmentos ( ) sim (X) não

Nível suprasegmental:
 acento ( ) sim (X) não
 ritmo ( ) sim (X) não
 entoação ( ) sim (X) não

Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) ( ) sim (X) não
 transcrição fonética ( ) sim (X) não

4 Após freqüentar o curso, você, como professor, pôde verificar uma melhoria em sua
habilidade de lidar com os aspectos abaixo, no processo de ensino-aprendizagem,
junto aos seus alunos?
366

Nível segmental:
 segmentos (X) sim ( ) não

Nível suprasegmental:
 acento (X) sim ( ) não
 ritmo (X) sim ( ) não
 entoação (X) sim ( ) não
Outros aspectos:
 features of connected speech ( ) sim (X) não
 pronúncia do -ed final (X) sim ( ) não
 pronúncia do -s final (X) sim ( ) não
 silent letters ( ) sim (X) não
 listening (compreensão) (X) sim ( ) não
 transcrição fonética (X) sim ( ) não

5 Você já havia feito algum curso de pronúncia?


( ) sim (X) não

6 Você já conhecia a abordagem utilizada no curso ministrado?


( ) sim (X) não

7 Mencione alguns aspectos do curso que possam ter ampliado o seu interesse pela
pronúncia da língua inglesa?
1 Os símbolos usados na transcrição fonética (mais simplificados).
2 A metodologia usada ampliou meu interesse pela pronúncia da língua inglesa.
3 _____________________________________________________________________
4 _____________________________________________________________________
5 _____________________________________________________________________

8 O trabalho com a redução vocálica (schwa) é importante no ensino de pronúncia?


(X) sim ( ) não
367

Por quê?
Funciona como um suporte para a pronúncia. É muito importante para ―features
of connected speech‖, ―silent letters‖ e ―listening‖.
368

ANEXO E – Tempo das gravações


369

Schwa nos Três Contextos


Alunos Gravações elephant computer sofa cupboard
1 1 a. 00:08 00:10 00:12 
02:06 02:11 02:20 02:22
02:35 02:40 02:49 02:49
1 2 a. 00:16 00:19 00:12 00:23
01:24 01:33 01:43 01:47
02:00 02:25 02:14 02:14
2 1 a. 00:15 00:19 00:35 00:44
02:38 02:47 02:57 03:02
03:00 03:14 03:30 03:30
2 2 a. 00:18 00:20 00:23 00:28
02:07 02:19 02:30 02:34
02:48 02:55 03:14 03:14
3 1 a. 00:29 00:31 00:19 00:50
03:00 03:11 03:24 03:29
03:44 03:49 03:59 03:59
3 2 a. 00:21 00:24 00:15 00:27
02:18 02:29 02:41 02:47
03:05 03:10 03:19 03:19
4 1 a. 00:27 00:28 00:20 
02:55 03:03 03:10 03:13
03:24 03:30 03:40 03:40
4 2 a. 00:11 00:14 00:17 00:23
02:31 02:43 02:55 03:00
03:15 03:21 03:34 03:34
5 1 a. 00:23 00:25 00:29 
04:16 04:30 04:40 04:45
05:01 05:06 05:17 05:17
5 2 a. 00:31 00:33 00:36 00:44
03:25 03:45 04:00 04:05
04:21 04:26 04:37 04:37
6 1 a. 00:17 00:20 00:28 00:54
03:15 03:23 03:32 03:35
03:47 03:51 04:00 04:00
6 2 a. 00:15 00:18 00:23 00:35
02:30 02:40 02:50 02:54
03:07 03:11 03:20 03:20
7 1 a. 00:19 00:21 00:29 
02:52 03:02 03:10 03:04
03:29 03:34 03:44 03:44
7 2 a. 00:23 00:25 00:19 00:29
01:23 01:38 01:50 01:55
02:10 02:15 02:26 02:26
370

Schwa nos Três Contextos (continuação)


Schwa nos Três Contextos
Alunos Gravações elephant computer sofa cupboard
8 1 a. 00:27 00:28 00:35 
04:05 04:15 04:23 04:26
04:43 04:47 04:58 04:58
8 2 a. 00:11 00:13 00:15 
02:39 02:51 03:01 03:04
03:18 03:22 03:33 03:33
9 1 a. 00:13 00:17 00:22 00:27
02:00 02:13 02:25 02:32
02:51 02:57 03:10 03:10
9 2 a. 00:18 00:20 00:14 00:27
02:07 02:20 02:33 02:38
02:55 03:04 03:14 03:14
10 1 a. 00:17 00:25 00:32 
03:27 03:34 03:43 03:47
04:03 04:08 04:19 04:19
10 2 a. 00:25 00:27 00:21 00:29
02:32 02:44 02:55 02:59
03:16 03:21 03:37 03:37
11 1 a. 00:31 00:33 00:25 
02:59 03:08 03:17 03:20
03:33 03:37 03:46 03:46
11 2 a. 00:21 00:23 00:17 00:26
02:29 02:41 02:51 02:54
03:09 03:14 03:24 03:24
371

Acento
Alunos Gravações conundrums linguists influences recognize Arabic accurate
1 1 a. 00:43 03:36 03:49 03:57 04:04 04:43
2 a. 00:45 03:01 03:15 03:23 03:33 04:10

2 1 a. 01:03 04:14 04:30 04:39 04:48 05:24


2 a. 00:51 04:01 04:16 04:23 04:37 05:14

3 1 a. 01:15 04:53 05:07 05:16 05:25 06:00


2 a. 00:48 04:03 04:15 04:23 04:32 05:02

4 1 a. 01:14 04:24 04:38 04:47 04:55 05:33


2 a. 00:47 04:23 04:38 04:49 04:58 05:34

5 1 a. 01:25 06:07 06:20 06:28 06:36 07:12


2 a. 01:05 05:26 05:40 05:49 05:58 06:31

6 1 a. 01:25 04:40 04:51 04:58 05:05 05:34


2 a. 00:57 04:01 04:12 04:19 04:25 04:55

7 1 a. 01:18 04:28 04:42 04:50 04:59 05:33


2 a. 00:51 03:13 03:27 03:35 03:44 04:16

8 1 a. 01:38 05:55 06:06 06:14 06:24 06:57


2 a. 00:48 04:21 04:33 04:43 04:51 05:22

9 1 a. 00:46 04:11 04:22 04:31 04:38 05:14


2 a. 00:48 03:57 04:10 04:17 04:25 04:53

10 1 a. 01:21 05:08 05:23 05:31 05:38 06:12


2 a. 00:51 04:33 04:48 05:00 05:12 06:08

11 1 a. 01:21 04:44 04:57 05:07 05:17 05:54


2 a. 00:45 04:12 04:24 04:32 04:40 05:13
372

Function Words
Alunos Gravações and can to of on
1 1 a. 00:40 00:52 00:58 01:04 01:11
2 a. 00:43 00:49 00:53 00:59 01:08

2 1 a. 01:01 01:08 01:12 01:20 01:28


2 a. 00:50 00:55 00:59 01:05 01:13

3 1 a. 01:11 01:22 01:27 01:32 01:40


2 a. 00:47 00:51 00:55 00:59 01:06

4 1 a. 01:12 01:21 01:24 01:30 01:40


2 a. 00:43 00:51 00:55 01:00 01:09

5 1 a. 01:24 01:33 01:37 01:43 01:51


2 a. 01:04 01:11 01:14 01:22 01:29

6 1 a. 01:23 01:29 01:33 01:38 01:46


2 a. 00:56 01:00 01:04 01:09 01:16

7 1 a. 01:16 01:22 01:26 01:33 01:40


2 a. 00:50 00:54 00:59 01:03 01:10

8 1 a. 01:35 01:42 01:45 01:52 02:00


2 a. 00:47 00:52 00:55 01:00 01:06

9 1 a. 00:44 00:50 00:55 01:00 01:08


2 a. 00:46 00:51 00:55 00:58 01:04

10 1 a. 01:18 01:26 01:30 01:38 01:47


2 a. 00:50 00:59 01:02 01:09 01:20

11 1 a. 01:20 01:26 01:30 01:36 01:44


2 a. 00:44 00:49 00:52 00:58 01:05
373

Entoação
Frases
Alunos Gravações A B C D E
1 1 a. 03:19 04:12 04:18 04:33 04:54
2 a. 02:44 03:42 03:47 04:00 04:20

2 1 a. 03:57 04:56 05:02 05:15 05:35


2 a. 03:43 04:45 04:51 05:05 05:23

3 1 a. 04:37 05:32 05:38 05:50 06:09


2 a. 03:38 04:38 04:42 04:53 05:09

4 1 a. 04:09 05:04 05:09 05:22 05:45


2 a. 04:06 05:06 05:11 05:25 05:44

5 1 a. 05:47 06:45 06:50 07:02 07:22


2 a. 05:10 06:05 06:11 06:24 06:41

6 1 a. 04:26 05:12 05:16 05:27 05:40


2 a. 03:48 04:34 04:38 04:48 05:02

7 1 a. 04:12 05:06 05:12 05:25 05:41


2 a. 02:58 03:51 03:56 04:08 04:24

8 1 a. 05:36 06:31 06:37 06:49 07:09


2 a. 04:04 04:59 05:03 05:14 05:31

9 1 a. 03:55 04:46 04:53 05:06 05:22


2 a. 03:43 04:32 04:36 04:46 05:00

10 1 a. 04:50 05:46 05:52 06:05 06:21


2 a. 04:14 05:26 05:37 05:51 06:16

11 1 a. 04:26 05:25 05:32 05:45 06:04


2 a. 03:57 04:47 04:51 05:05 05:22
374

Features of connected speech


Alunos Gravações sun above wonder about and assorted can come rushed to none of when the burned up
1 1 a. 00:32 00:33 00:40 00:52 01:05 01:09 01:17 01:18
2 a. 00:35 00:36 00:43 00:49 01:01 01:06 01:11 01:12

2 1 a. 00:52 00:53 01:01 01:08 01:21 01:26 01:29 01:30


2 a. 00:41 00:42 00:50 00:55 01:08 01:11 01:14 01:15

3 1 a. 01:03 01:04 01:11 01:22 01:34 01:38 01:41 01:42


2 a. 00:39 00:40 00:46 00:51 01:00 01:04 01:08 01:09

4 1 a. 01:03 01:04 01:12 01:21 01:32 01:39 01:42 01:43


2 a. 00:35 00:36 00:43 00:51 01:02 01:07 01:11 01:12

5 1 a. 01:16 01:17 01:24 01:34 01:45 01:49 01:54 01:55


2 a. 00:56 00:57 01:04 01:11 01:24 01:28 01:31 01:32

6 1 a. 01:16 01:17 01:23 01:29 01:40 01:44 01:48 01:49


2 a. 00:48 00:49 00:56 01:01 01:11 01:14 01:18 01:19

7 1 a. 01:07 01:08 01:16 01:22 01:35 01:39 01:43 01:44


2 a. 00:42 00:43 00:49 00:55 01:05 01:09 01:12 01:13

8 1 a.   01:35 01:42 01:54 01:58 02:02 02:03


2 a. 00:40 00:41 00:47 00:51 01:01 01:04 01:07 01:08

9 1a. 00:33 00:36 00:44 00:51 01:02 01:06 01:09 01:10


2a. 00:39 00:40 00:46 00:51 01:00 01:03 01:05 01:06

10 1 a. 01:09 01:10 01:18 01:25 01:40 01:44 01:49 01:50


2 a. 00:41 00:42 00:50 00:58 01:11 01:18 01:21 01:22

11 1 a. 01:10 01:12 01:20 01:27 01:38 01:42 01:46 01:47


2 a. 00:36 00:37 00:44 00:49 01:00 01:04 01:07 01:08
375

-ed Final
Alunos Gravações noticed applied reported mastered changed
1 1 a. 03:13 03:35 03:38 03:41 04:16
2 a. 02:38 03:01 03:03 03:07 03:45

2 1 a. 03:50 04:13 04:18 04:21 04:59


2 a. 03:37 04:00 04:02 04:07 04:48

3 1 a. 04:31 04:53 04:55 04:58 05:35


2 a. 03:43 04:02 04:05 04:08 04:40

4 1 a. 04:04 04:23 04:26 04:30 05:06


2 a. 04:00 04:22 04:25 04:29 05:08

5 1 a. 05:40 06:06 06:08 06:12 06:47


2 a. 05:05 05:26 05:28 05:32 06:09

6 1 a. 04:20 04:40 04:41 04:44 05:14


2 a. 03:42 04:01 04:03 04:05 04:36

7 1 a. 04:06 04:27 04:30 04:34 05:08


2 a. 02:51 03:12 03:15 03:18 03:53

8 1 a. 05:31 05:52 05:55 05:59 06:33


2 a. 03:59 04:18 04:23 04:26 05:01

9 1 a. 03:49 04:10 04:12 04:15 04:50


2 a. 03:38 03:57 03:58 04:01 04:33

10 1 a. 04:43 05:08 05:10 05:14 05:49


2 a. 04:06 04:32 04:34 04:38 05:28

11 1 a. 04:20 04:43 04:45 04:49 05:29


2 a. 03:50 04:11 04:13 04:17 04:49
376

-s Final
Alunos Gravações theories cases individuals influences accents lots
1 1 a. 03:24 03:38 03:40 03:49 04:15 04:47
2 a. 02:50 03:04 03:06 03:15 03:45 04:14

2 1 a. 04:04 04:18 04:20 04:29 04:58 05:29


2 a. 03:50 04:04 04:06 04:16 04:46 05:19

3 1 a. 04:43 04:56 04:57 05:06 05:34 06:05


2 a. 03:53 04:06 04:07 04:15 04:39 05:06

4 1 a. 04:14 04:27 04:28 04:38 05:05 05:37


2 a. 04:12 04:26 04:27 04:37 05:07 05:39

5 1 a. 05:53 06:09 06:10 06:19 06:46 07:17


2 a. 05:16 05:29 05:31 05:40 06:07 06:35

6 1 a. 04:31 04:42 04:43 04:51 05:13 05:37


2 a. 03:53 04:03 04:04 04:11 04:35 04:59

7 1 a. 04:18 04:31 04:32 04:42 05:07 05:37


2 a. 03:03 03:16 03:17 03:27 03:52 04:20

8 1 a. 05:42 05:57 05:58 06:06 06:33 07:01


2 a. 04:10 04:24 04:25 04:33 05:00 05:27

9 1 a. 04:00 04:12 04:14 04:22 04:47 05:18


2 a. 03:48 03:59 04:00 04:09 04:33 04:57

10 1 a. 04:56 05:11 05:12 05:23 05:48 06:16


2 a. 04:22 04:35 04:36 04:48 05:23 06:12

11 1 a. 04:32 04:46 04:48 04:57 05:26 05:59


2 a. 04:02 04:14 04:15 04:24 04:48 05:18
377

ANEXO F – Depoimento do Coordenador Pedagógico


378

O depoimento a seguir foi dado pelo Coordenador Pedagógico da escola de


idiomas onde o curso foi ministrado. Nele, são expressas as opiniões e impressões do
coordenador a respeito do curso e acerca da alteração constatada no desempenho dos
professores.139
É importante ressaltar que este coordenador ministra um curso preparatório
para exame de proficiência para o mesmo grupo de professores. Além disso, faz um
acompanhamento do trabalho de cada docente em sala de aula.

Você gostaria de fazer algum comentário a respeito do curso?


O curso foi muito bom, muito coeso, uma seqüência de assuntos muito bem feita, onde
dava para perceber a relação de um com o outro. O que eu achei legal foi isso, o jeito
que você trouxe e foi desenvolvido o curso, muito didático. Então deu para aprender
muita coisa.
Com relação ao resultado nos professores, quando eu dou aula para o pessoal no outro
curso, eu percebi que eles melhoraram realmente, não só praticamente: lendo melhor,
falando melhor, fazendo melhor as ligações, a entoação também melhorou bastante. E o
que eu percebo também é que eles estão mais conscientes e isto que é interessante.
Então, às vezes, eles lêem uma palavra e eles mesmos voltam para corrigir a pronúncia
da palavra.

Eles estão conseguindo se monitorar melhor?


Exatamente. Então eles estão se monitorando melhor, porque a gente percebe que a
pronúncia não muda de repente. Então precisa ser uma coisa trabalhada e,
principalmente, o pessoal que morou fora, que já tem muitos vícios, que aprendeu, quer
dizer, ouviu errado e trouxe esse erro, quer dizer, aquele sotaque Português forte. Então
é difícil corrigir, mas eles já estão conscientes dos erros. Então eu achei isso muito bom
mesmo e praticamente foi muito bom também, melhorou demais a pronúncia,
principalmente do pessoal que começou trabalhar com a gente há menos tempo. Achei
que eles tiveram um desenvolvimento fantástico em termos de pronúncia, muito bom.

139
Em itálico encontra-se a fala do Coordenador e em negrito, os comentários da autora desta tese.
379

Você mudaria alguma coisa no curso? Tem alguma coisa que você acha que não
podia ter faltado e faltou? Alguma coisa que ficou de fora mesmo? Seja pelo tempo,
seja por eu ter priorizado outras coisas?
Não eu não saberia fazer essa avaliação. A minha avaliação é como eu te disse: para
mim foi muito bom. Em um prazo razoavelmente curto, porque não foi assim tão longo,
você trouxe informações muito importantes, muito relevantes. Na minha opinião parece
que foram abordados praticamente todos os assuntos com relação a isso, a estas
questões, alguns assuntos sim, eu acho que poderia haver um aprofundamento maior.
Como, por exemplo, a entonação com as ―WH Questions‖, que não houve, mesmo as
―Tag Questions‖ poderia, assim, a gente viu, mas não praticou tanto por falta de tempo,
mas eu achei muito bom dentro do prazo que foi programado. Não teria nada a
acrescentar.

E quando você fala que foi coeso, olhando de fora, o que você acha que deu essa
coerência para o curso? Olhando de fora assim: você não é eu, não como professor,
como aluno. Você está falando que o curso foi coeso, essa é uma intenção minha
mesmo, de coerência, mas nos seus olhos o que você acha que dá essa coerência?
Olha, eu não sei, porque essa coesão e coerência ela é muito difícil, porque depende
muito de quem está trabalhando, de quem está dando a aula. Então eu já tinha feito
algumas coisas, assim, na área, mas muito jogado. Então tratava de um assunto e depois
não estabelecia uma relação. Então o que eu achei legal foi que você ia falando de uma
coisa e trazendo as outras. Entendeu? Então você falava de um assunto, mas não
deixava de trazer outros assuntos. Então dessa forma ia fazendo sentido na organização
da aprendizagem, do conhecimento. É nesse sentido que eu falo que foi coeso. Eu não
sei se isso tem a ver, por exemplo, com a sua preparação das aulas ou o seu jeito de
trabalhar. Entendeu? Eu não sei se foi realmente preparado detalhadamente nesse
sentido ou se é você que já tem esse jeito de trabalhar que vai puxando uma coisa e
juntando com a outra.

Mas o resultado o impacto foi produtivo?


Muito produtivo nesse sentido. Eu acho isso muito difícil, por isso que foi uma coisa que
me chamou muito a atenção. Porque eu acho complicado isso e se não fizer isso com
pronúncia, na minha opinião, o resultado não é tão positivo, porque é como se você não
acomodasse o conhecimento, quando você não consegue fazer isso. Você dá uma
380

informação, a informação fica e pronto. Aquilo passa para uma outra e não consolida,
nem produz. Não gera produção. Uma coisa é você ter a informação e até consolidar a
informação, outra coisa é você produzir, por isso que a gente fica nervoso quando tem
que ler de novo, porque "production" é outra história.
Eu achei muito coeso, muito prático. Eu achei muito bom, cada vez que a gente vinha, a
gente aprendia e saía com a sensação de que aprendemos, que consolidou. Eu acho que
talvez tenha sido exatamente isso que fez a diferença, porque nós já havíamos visto
isoladamente algumas coisas, mas eu não via isso, o resultados práticos não foi tão bom.
Às vezes a gente até falava: por que que não sai? Parece que ficava jogado e não fazia
efeito, não produzia efeito. Exatamente. Então eu achei muito bom. Esse aspecto foi um
aspecto que me chamou muito a atenção, é um aspecto que sempre me chama atenção.
Normalmente me chama atenção. Quando as coisas conseguem ter uma certa coesão e
dessa forma ser coerente.

Você também pode gostar