Diret Bovinos Novos
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SUMÁRIO
I. OBJETIVO
II. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
III. OBJETIVOS DA UTILIZAÇÃO ADEQUADA DOS RESÍDUOS EM SOLOS AGRÍCOLAS
IV. ASPECTOS LOCACIONAIS DAS ÁREAS DE CRIAÇÃO DE BOVINOS E DE APLICAÇÃO
DE RESÍDUOS
V. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE CRIAÇÃO
VI. MANEJO DOS RESÍDUOS
VII. TRATAMENTO E UTILIZAÇÃO DE RESÍDUOS
VIII. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE APLICAÇÃO DOS RESÍDUOS ESTABILIZADOS
ANEXO 1
ANEXO 2
OBJETIVO
DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA
Evitar a poluição de mananciais hídricos, considerando o uso das águas superficiais e subterrâneas da
região.
2 Aproveitamento potencial dos resíduos como fertilizante, com maior qualidade, após tratamento
anaeróbio ou aeróbio.
3 Evitar a contaminação da cadeia alimentar.
1
4 Proporcionar a conservação do solo.
5 Minimizar a poluição do ar.
6 Garantir o bem estar do empreendedor e vizinhança.
As áreas de criação e de aplicação de resíduos devem ser de uso rural e devem estar em conformidade
com as diretrizes de zoneamento do município, definidas pelas suas respectivas leis (Plano Diretor
/ Lei de Diretrizes Urbanas) e pelo Código Sanitário – Lei Nº 6.503/72 e Decreto Estadual Nº
23.430/74.
As áreas de criação devem se situar a uma distância mínima de corpos hídricos, fixada no item V
(Tabelas 4 e 5) destes critérios, e o lençol freático estar a, no mínimo, 1,5 m de profundidade da
superfície do solo, na situação de maior precipitação pluviométrica. Com relação à esterqueira, o
lençol freático deverá ficar a, no mínimo, 1,5 metro de profundidade abaixo da linha da base
inferior da mesma.
As áreas de criação deverão situar-se a uma distância mínima de 200 metros de núcleos populacionais
e 20 metros de frentes de estradas*, da casa do empreendedor ou de funcionários e das divisas da
propriedade. Estas distâncias poderão ser modificadas pela FEPAM, de acordo com o zoneamento
da região, tomada de medidas mitigadoras e a direção predominante dos ventos de forma a garantir
o bem estar da população residente.
*Conforme o Código Sanitário ou conforme a faixa de domínio estabelecida pelos órgãos rodoviários
(solicitar certidão à autoridade competente).
A localização da área de criação, bem como das estruturas de armazenagem e/ou tratamento dos
dejetos, em relação às habitações de terrenos vizinhos e construções de uso coletivo, deverá
obedecer aos distanciamentos mínimos descritos nas Tabelas 1 e 2.
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PORTE TIPO DE MANEJO DOS DISTÂNCIA (m)
DEJETOS
MÍNIMO E PEQUENO 50
MÉDIO E GRANDE SOBRE “CAMA” 100
EXCEPCIONAL 200
As áreas de aplicação devem estar localizadas a uma distância mínima de habitações de terrenos
vizinhos, das construções de uso coletivo e das frentes das estradas, conforme descrito a seguir:
6.1 Quando houver aplicação de dejetos líquidos, observadas as condições descritas nos itens
VI, VII e VIII destes critérios, a distância mínima a ser seguida deverá ser de 100 m.
6.2 Quando houver aplicação de dejetos sólidos, observadas as condições descritas nos itens
VI, VII e VIII destes critérios, a distância mínima a ser seguida deverá ser de 50 m.
Todos os empreendimentos que utilizam manejo de dejetos líquidos devem ter estruturas de
armazenagem (biodigestor, esterqueira, tanque ou lagoa de retenção) impermeabilizadas e com
capacidade compatível com o volume de dejetos gerados, de acordo com o número de animais e o
tipo de sistema de produção utilizado. O tipo de produção e a quantidade de dejetos gerados são
apresentados na Tabela 3. Acrescer os valores em 20 % como margem de segurança.
*A produção de dejetos foi calculada em função da média da quantidade total de resíduos líquidos
produzidos “em galpão”, com acréscimo de 20 % como margem de segurança.
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Tabela 4 – Distanciamento mínimo das instalações em relação aos corpos hídricos, a ser somado
ao distanciamento previsto no Código Florestal Federal, conforme o porte do
empreendimento e o tipo de produção, no caso da utilização de manejo de dejetos
líquidos.
* Conforme tabela de enquadramento da FEPAM, para criação de bovinos, Anexo 2. Caso haja
alteração dos critérios de porte, as distâncias mínimas serão revisadas.
OBS: para propriedades de até 4 módulos rurais, explorada em regime de agricultura familiar,
devidamente comprovada por entidade setorial, as distâncias poderiam ser reduzidas em até 50% para
os portes mínimo, pequeno e médio, mediante medidas compensatórias aprovadas pelo órgão
ambiental, desde que fiquem , no mínimo, a 30/50 metros ou outras distâncias d’água (rios, ...
nascentes, de acordo com o Código Florestal).
Tabela 5 – Distanciamento mínimo das instalações em relação aos corpos hídricos, a ser somado
ao distanciamento previsto no Código Florestal Federal, conforme o porte do
empreendimento e o tipo de produção, no caso da utilização de manejo de cama seca
para posterior compostagem.
* Conforme tabela de enquadramento da FEPAM, para criação de bovinos, Anexo 2. Caso haja
alteração dos critérios de porte, as distâncias mínimas serão revisadas;
* a definição do porte é dada pelo número de animais adultos: nº de matrizes e outros;
* o enquadramento, em casos mistos, é dado pela categoria mais poluente.
OBS: para propriedades de até 4 módulos rurais, explorada em regime de agricultura familiar,
devidamente comprovada por entidade setorial, as distâncias poderiam ser reduzidas em até 50% para
os portes mínimo, pequeno e médio, mediante medidas compensatórias aprovadas pelo órgão
ambiental, desde que fiquem , no mínimo, a 30/50 metros ou outras distâncias d’água (rios, ...
nascentes, de acordo com o Código Florestal).
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4 Manter as condições de higiene das instalações para a criação, evitando a proliferação de vetores,
através de medidas como:
4.1 limpeza periódica dos pisos, das baias, divisórias e canaletas internas e externas;
4.3 compostagem dos excrementos sólidos dos bovinos a fim de evitar a deposição destes nos canais
de coleta dos dejetos;
4.4 Manejo e acondicionamento adequado da ração, em local seco, ventilado e de modo a não atrair
vetores.
5 Outros cuidados:
5.1 os solos devem ter boa drenagem interna e lençol freático com profundidade de, no mínimo, 1,5
metros na situação de maior precipitação pluviométrica para a deposição dos dejetos.
5.2 As áreas de preservação permanente deverão permanecer isoladas do gado bovino e de outras
criações, por cercas, com exceção de corredores de acesso para dessedentar os animais e pontos de
travessia dos animais.
1 No caso de dejetos líquidos, o sistema de armazenagem dos dejetos (esterqueira, fossa séptica,
tanque ou lagoa de retenção) deve observar os seguintes aspectos:
1.1 ser dimensionado para um período de 120 dias e de acordo com o plano de retirada e distribuição
dos resíduos e também de modo a garantir, como margem de segurança, um volume adicional de
armazenagem de 20%;
1.2 possuir dispositivo de contenção de vazamentos e dispositivos que evitem a entrada de água de
escorrimento (pluviais) no sistema;
1.3 apresentar impermeabilização para evitar a contaminação de águas subterrâneas;
1.4 no caso de esterqueira escavada no solo, a base inferior da mesma deve estar, no mínimo, a 1,5 m
de distância vertical em relação ao lençol freático, na situação crítica de maior precipitação
pluviométrica;
1.5 o sistema de armazenagem ser dotado de estrutura que utilize mecanismos que evitem a
proliferação de vetores através das seguintes medidas:
1.5.1 usar canaletas e/ou canos/tubos dimensionados de maneira que haja escoamento total dos
dejetos para a esterqueira;
1.5.2 fazer a limpeza periódica das canaletas/canos/tubos internos e externos. Manter lâmina d’água
nas canaletas;
1.5.3 apresentar alternativas para o projeto construtivo, de forma a garantir que não haja
transbordamento nem formação de crosta nas instalações;
1.6 as estruturas de armazenagem (esterqueira, tanque ou lagoa de retenção) e/ou de tratamento dos
resíduos devem estar distantes de corpos hídricos, conforme o distanciamento mínimo previsto
no item V (tabela 4) destes critérios;
1.7 utilizar procedimentos que evitem a propagação de odores e dispersão de poeiras;
1.8 utilizar equipamentos de coleta e transporte dos resíduos até a área de aplicação que devem ser
dotados de dispositivos que impeçam a perda de material;
1.9 No manejo das águas servidas, provenientes da limpeza das instalações da bovinocultura de
leite, utilizar tanques apropriados ou, alternativamente, lagoas de retenção ou esterqueiras
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impermeabilizadas, para a coleta, tratamento e homogeneização desse material, que é
acompanhado de esterco líquido. Esse material poderá ser usado em fertirrigação.
1.10 As águas servidas da limpeza de equipamentos de ordenha deverão ser destinadas para sistema
de fossa séptica e sumidouro;
2 Em condições excepcionais, por falta de alternativa de destinação agrícola, o efluente final gerado,
no caso de tratamento dos resíduos, poderá ser lançado em cursos d’água, desde que sejam
atendidos os padrões de emissão fixados pela FEPAM, com base na Resolução CONSEMA Nº
0128 e 129/2006, de 24.11.06
3 Os dejetos secos, fibrosos ou pastosos, como dejetos em camas, deverão ser compostados em
leiras, protegidos de águas pluviais (telhados, lonas, valetas de proteção no entorno, piso sobre o
solo, galpão, etc) com impermeabilização.
Os animais mortos e resíduos afins deverão ser colocados em composteiras, ou em leiras
com escavação do solo, pilhas de compostagem, em locais altos, bem drenados,
impermeabilizados (compactação, geomantas, lonas, etc) e protegidos das águas de chuvas.
No caso da utilização dos resíduos, em pastagens e culturas hortigranjeiras, estes devem ser
“estabilizados” a fim de promover a redução de patógenos.
As doses a serem aplicadas de esterco líquido estabilizado, devem ser calculadas com base nos teores
de nutrientes presentes nestes resíduos, além das necessidades das culturas, considerando-se a
resistência a impactos ambientais do tipo de solo, descrita no “ANEXO 1”. As doses a serem
aplicadas também devem considerar as recomendações da Comissão de Fertilidade do Solo RS/SC
– Recomendações de Adubação e Calagem para os Estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina
(1995) adaptadas por Oliveira (1993).
Quando forem utilizados resíduos secos compostados, as quantidades a serem aplicadas devem
considerar as recomendações da Comissão de Fertilidade de Solo (1995) que determina a
metodologia utilizada pela Rede Oficial de Laboratórios de Análises de Solos (ROLAS).
1 A área de aplicação deverá ser selecionada observando a classificação do solo quanto à resistência
a impactos ambientais descrita no “ANEXO Nº 1”.
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2 Os solos devem ter boa drenagem interna e não serem sujeitos a inundações periódicas.
3 Os solos devem ter profundidade igual ou superior a 0,50 m, excetuando-se a aplicação dos
resíduos na forma sólida, mas ainda assim respeitando as recomendações de uso do solo.
4 Usar patamares, terraceamento, plantio direto, plantio em curvas de nível, cordões de vegetação
permanente, cobertura morta e demais práticas de conservação do solo, impedindo o escorrimento
superficial, conforme recomendações técnicas.
5 Aplicar resíduos líquidos somente em áreas com declividade menor ou igual a 30º, respeitando as
práticas conservacionistas, citadas no item nº 4.
6 Aplicar resíduos sólidos somente em áreas com declividade menor ou igual a 45º, respeitada a
aptidão de uso do solo (fruticultura e silvicultura) e as práticas conservacionistas, citadas no item
4.
7 No caso de plantio direto, quando forem utilizados resíduos líquidos estabilizados e resíduos
sólidos compostados, aplicar anteriormente ao tombamento da adubação verde.
8 Quando forem utilizadas outras formas de plantio ou cultivo mínimo, deverá ser feita a
incorporação imediata dos resíduos no solo nas faixas adubadas.
9 O lençol freático deve estar a pelo menos 1,5 m da superfície do solo, na situação crítica de maior
precipitação pluviométrica.
ANEXO 1
Alto das Canas, Durox, Erechim, Estação, PVd3, LVdf1, LVaf, NVdfl,
Farroupilha, Gravataí, Júlio de Castilhos, CHa2, PVd4, PVAa3, PVAd5,
ALTA
Matarazo, Passo Fundo, Rio Pardo. Santo LVd3, PVd5. LVdf2, NVdf2,
Ângelo, São Borja, São Jerônimo e PVd7 e LBa1
Vacaria
7
Bom Jesus, Bom Retiro, Caldeirão, CHa1, PVd1, PVAe2, PVAd4
MÉDIA Camaquã, Cambaí, Cerrito, Cruz Alta, TCo, LVd1, LVd2, LBa2,
Erval Grande, Livramento, Pituva, Santa PVAa1, PVd6, PVe e PVAa2
Tecla e Vera Cruz
ANEXO 2