Suinos PDF
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(Unidade 2)
NOVEMBRO - 04
VIÇOSA - MG
Instalações para suínos Construções Rurais e Ambiência (DEA –UFV) Valmir Sartor et al.
1. INTRODUÇÃO
2. SISTEMAS DE CRIAÇÃO
a) Extensivo: os animais são criados à solta, basicamente sem práticas de higiene ou uso de
instalações. A alimentação é simples (apenas milho, por exemplo).
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A disposição das instalações deve ser racional, com o que se conseguirá maior
rendimento da mão-de-obra, boa movimentação dos insumos ou produtos finais, bom destino
final dos subprodutos a conseqüentemente maiores lucros.
Quando da seleção de áreas para implantação de uma exploração pecuária devem ser
observados os seguintes aspectos:
- proximidade dos centros de consumo;
- infra-estrutura relacionada à meios de comunicação, disponibilidade de insumos (ração,
matrizes), de energia elétrica, abastecimento d'água, facilidade de crédito, de assistência
técnica médico-veterinária), etc;
- clima, no que se refere às condições adequadas de temperatura e umidade relativa do ar,
ventilação, radiação, etc. Normalmente, são estabelecidas condições próprias para cada raça
idade e na maioria das vezes, é preferível instalar a granja em locais de temperaturas médias e
com boa ventilação natural;
- O local deve apresentar boas condições de salubridade no que se refere à drenagem do solo,
insolação, espaço físico, topografia (terreno com inclinação mais suave), vias de acesso
apropriadas para períodos chuvosos a secos, controle de trânsito;
- Enfim, o próprio espaçamento entre galpões é fator de suma importância, o que justifica a
preocupação com o espaço físico disponível. Normalmente, para evitar a transmissão de
doenças, galpões que abrigam animais de mesma idade são espaçados entre si 10, 20 ou 30
metros e os que abrigam animais de idades diferentes, 100 a 200 metros.
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6. OUTRAS CONSIDERAÇÕES
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Figura 2 – sistema de isolamento das construções utilizado para evitar entrada de doenças
pelo ar.
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7. INSTALAÇÕES
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100 x 2,4 x 6
5 x 52 = 6 baias coletivas
É comum prever o espaço para os machos próximo das fêmeas, pois isto estimula nas
fêmeas o aparecimento e exteriorização mais rápida do cio, facilitando detectar e acelerando o
processo de cobrição.
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fêmeas
macho
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Pé-direito: 3,0 a 4,0m para cobertura com telhas de cimento amianto e 2,5 a 3,5 m para telhas
de barro, dependendo da largura.
Estrutura do telhado: tesouras ou pórticos (madeira, metal, ou concreto armado).
Beiral: 1,0 a 1, 5m dependendo do pé-direito.
Declividade: 2% a partir do corredor central em direção as laterais no sentido da largura e 1%
no sentido do comprimento (fosso).
Coleta dos Dejetos; fosso dotado de grelha na parte mais baixa da baia.
Comedouros: podem ser de concreto simples com os cantos arredondados com o uso de
argamassa deixando a superfície interna lisa (largura de 0,50m e altura na frente de 0,20m).
Bebedouro: tipo concha ou chupeta (um por baía).
comedouro
fosso
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- período de uso da baia => da confirmação da prenhez até uma semana antes do parto = 12
semanas;
- n° fêmeas/baia = recomenda-se utilizar baias coletivas para 4 a 6 fêmeas com área de 2,5 m2
por cabeça, ou gaiolas individuais de 2,2 x 0,6 x 1,1 m (comp.x larg.x alt.).
a) 100 x 2,4 x 12
5 x 52 = 12 baias coletivas
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corredor
fosso
gaiolas
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fosso
comedouro
corredor
portão
baia
Figura 10 – esquema em planta baixa de um prédio com baias coletivas, possíveis de se usar
para animais em crescimento e porcas em gestação
III. MATERNIDADE
Nesta unidade, as porcas permanecem desde uma semana antes do parto até terminar a
fase de aleitamento. O local que abriga os leitões não deve ter umidade (fezes, urina, água) e
nem calor ou frio em excesso. Os leitões devem estar protegidos contra o esmagamento, estar
sob uma fonte de calor (elétrica, gás, etc.) a recebendo água de forma continua. Deve permitir
bom escoamento de dejetos. Esta fase pode ser conduzida em baias convencionais (2,5x2,5 m)
feitas de alvenaria, piso de concreto, dotadas de escamoteador para abrigar os leitões a de
proteção contra esmagamento, feita de madeira ou metal (barra ou tubo) a 25 cm do piso e a
25 cm da parede, popularmente conhecida como “banca”. Entretanto normalmente os
criadores preferem as gaiolas de parição, pela proteção proporcionada aos leitões.
a) 100 x 2,4 x 5
1 x 52 = 24 gaiolas de parição
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a) 100 x 2,4 x 10 x 8
20 x 52 = 20 baias
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Podem ser considerados dois métodos de condução destas fases: com mudança de
baia, recria em um galpão alojando animais com 25 a 60 kg de peso corporal e terminação em
outro galpão para animais de 60 a 100 kg de peso corporal; e a recria e terminação em baia
única (25 a 100 kg de peso corporal.
a) 100 x 2,4 x 10 x 7
20 x 52 = 16 baias (crescimento)
A área disponível por animal nas baias de crescimento, para o sistema de mudança de
baia, deve ser de 0,50 m2 , se o piso for totalmente ripado, 0,65 m2 se for parcialmente ripado
a 0,75 m2 se for totalmente compacto. Logo, para a opção de fosso de dejetos sob o piso
(parcialmente ripado), tem-se:
A área disponível por animal nas baias de acabamento, para o sistema de mudança de
baia, deve ser de 0,85 m2 se for parcialmente ripado a 1,00 m2 se for totalmente compacto.
A área disponível por animal nas baias de crescimento a acabamento, para o sistema
sem mudança de baia, deve ser de 0,70 m2, se o piso for totalmente ripado, 0,80 m2 se for
parcialmente ripado a 1,00 m2 se for totalmente compacto. Logo, o dimensionamento pode ser
feito da mesma forma anterior.
As divisórias das baias podem ser feitas de madeira ou alvenaria até a altura de 90 cm
e o galpão que contém as baias pode ser totalmente aberto e ter cortinas para fechamento para
proteção contra chuva. Pode ter também sistema de ventilação mecânica (ventiladores ou
exaustores) para atenuar o problema da grande formação de gases a calor que normalmente
ocorre nestas instalações, devido ao grande número de animais e volume de dejetos. Com
aproximadamente cinco meses de idade, 100 a 110 kg de peso vivo, as fêmeas já estão aptas
para a reprodução, quando então são selecionadas pelas suas boas características, como por
exemplo, número a qualidade de tetas, a seguem para a unidade de reprodução. Nessa mesma
idade a peso, os machos também são selecionados para reprodução ou são abatidos.
Caso exista abatedouro este deve ser azulejado, total ou meia parede, dotado de pia,
bancada, canais escoadouros com saídas apropriadas, ganchos, varais, pontos de água a luz,
etc. O piso não deve ser escorregadio.
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Dependendo da idade, o suíno pode produzir de 1,1 a 18,8 kg de dejetos por dia.
Para os sistemas de confinamento, nos quais os animais não dispõem de piquetes para
distribuir suas dejeções, elas podem ser reaproveitadas como fertilizante, alimento para peixes
ou podem passar por processo de degradação biológica.
A opção mais econômica para a disposição dos dejetos da granja de suínos é a
utilização de um depósito para retenção da parte sólida dos dejetos, provido de sistema de
drenagem para a parte líquida, a qual pode ser conduzida para a lagoa de criação de peixes.
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BIBLIOGRAFIA
CAVALCANTI, S. S. Produção de suínos. Ed. Gráfica Rabelo Ltda., B.H. 1980, 272 p.
COSTA, P.M.A. Planejamento de uma criação comercial de suínos. ESA., UFV, 1970,
Viçosa, M.G.
PEREIRA, M.F. Construções rurais. Nobel. 2a ed. Campinas, Instituto Campineiro de Ensino
Agrícola, 1986.
ROPPA, L. A suinocultura em números. Suinocultura Industrial, Porto Feliz, SP, v. 10, n. 120,
1996. p. 24-34.
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