Monografia Sania Correcoes
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ESCOLA DE ENGENHARIA
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TECNOLOGIA AMBIENTAL
Belo Horizonte
2010
Sânia Morena Freire Machado
Belo Horizonte
Escola de Engenharia da UFMG
2010
AGRADECIMENTOS
i
RESUMO
ii
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS........................................................................................................................... V
LISTA DE SIGLAS............................................................................................................................ VI
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................................1
2 OBJETIVOS ..................................................................................................................................3
2.1 OBJETIVO GERAL ......................................................................................................... 3
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................. 3
3 REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................................4
3.1 CONCEITUAÇÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................... 4
3.2 A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA EMPRESA ......................................................................... 8
3.3 EXEMPLOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL EM ALGUMAS EMPRESAS .................................... 12
4 MATERIAL E MÉTODOS ........................................................................................................15
4.1 EMPRESA A SER ESTUDADA ........................................................................................ 15
4.2 DEFINIÇÃO DO PÚBLICO-ALVO DAS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ....................... 16
4.3 DEFINIÇÃO DOS TEMAS A SEREM TRABALHADOS EM PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..
................................................................................................................................. 16
4.4 DEFINIÇÃO DA DINÂMICA DE TRABALHO ........................................................................ 16
4.5 AS PRÁTICAS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..................................................................... 16
4.5.1 Aula 1: Apresentação dos objetivos gerais: .....................................................................17
4.5.2 Aula 2: Tema: Economia de água ....................................................................................17
4.5.3 Aula 3: Tema: Economia de energia ................................................................................18
4.5.4 Aula 4: Tema: Coleta Seletiva ..........................................................................................18
4.5.5 Aula 5: Tema: Percepção da mineração como atividade modificadora do meio ambiente.
..........................................................................................................................................18
4.5.6 Aula 6: Tema: Fixação dos conteúdos ambientais trabalhados no programa ................19
5 RESULTADOS ............................................................................................................................20
5.1 AULA COM O TEMA: ECONOMIA DE ÁGUA ...................................................................... 20
5.2 AULA COM O TEMA: ECONOMIA DE ENERGIA ................................................................. 21
5.3 AULA COM O TEMA: COLETA SELETIVA......................................................................... 22
5.4 AULA COM O TEMA: PERCEPÇÃO DA MINERAÇÃO COMO ATIVIDADE MODIFICADORA DO MEIO
AMBIENTE. ......................................................................................................................... 23
5.5 AULA COM O TEMA: FIXAÇÃO DOS CONTEÚDOS AMBIENTAIS TRABALHADOS ....................24
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................................25
iii
LISTA DE FIGURAS
iv
LISTA DE TABELAS
Tabela 01: Dados gerais sobre a energia utilizada em cada etapa de produção em
uma empresa de mineração.
v
LISTA DE SIGLAS
vi
1 INTRODUÇÃO
De acordo com a Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999 (BRASIL, 1999) que dispõe
sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental:
2
2 OBJETIVOS
3
3 REVISÃO DA LITERATURA
Ainda de acordo com Sorrentino (2005), a urgente transformação social de que trata
a educação ambiental visa à superação das injustiças ambientais, da desigualdade
social, da apropriação capitalista e funcionalista da natureza e da própria
humanidade.
5
Dias (2004) enfatiza que a educação ambiental deve instituir os alicerces para a
compreensão holística da realidade, focada na concepção abrangente, técnica e
cultural, aliada ao direito à informação e ao acesso às tecnologias. A EA precisa
conseguir viabilizar o desenvolvimento sustentável na ótica local, regional e nacional,
além de permitir a superação dos obstáculos à utilização sustentada do meio (Figura
02).
Para Shimada (2009), o termo educação ambiental nada mais é do que a própria
educação, com objetivo final de melhorar a qualidade de vida da coletividade e
garantir a sustentabilidade.
O Brasil é o único país da América Latina que tem uma Política Nacional específica
para a Educação Ambiental, Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999 (BRASIL, 1999).
Sem dúvida, foi uma grande conquista política e essa não se deu esforço de
centenas de ambientalistas anônimos, do IBAMA, do Ministério do Meio Ambiente,
das universidades e membros de organizações não governamentais (DIAS, 2006).
6
A educação ambiental — EA — no Brasil se constituiu como um campo de
conhecimento e de atividade pedagógica e política a partir das décadas de 70 e,
sobretudo, de 80 do século passado (LIMA, 2009).
De acordo com a Lei nº 9.795 de 27 de abril de 1999 (BRASIL, 1999) que dispõe
sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental:
“Art. 1.º Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e
a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,
essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Art. 3º Como parte do processo educativo mais amplo, todos têm direito à educação
ambiental, incumbindo:
V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover programas
destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao controle efetivo sobre o
ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões do processo produtivo no meio
ambiente;
7
Art. 13. Entendem-se por educação ambiental não-formal as ações e práticas educativas
voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e
participação na defesa da qualidade do meio ambiente.
Fazem parte das práticas de educação ambiental não formal aquelas atividades que
não tem comprometimento com a escolarização, desvinculadas ou não do poder
oficial de ensino. A educação ambiental não formal permite uma flexibilidade de
métodos e conteúdos programáticos e são diversos e abundantes os locais para seu
exercício (VIEIRA, 2004).
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1) “empregados devem estar cientes do problema;
2) empregados devem ser informados a respeito das leis e regulamentos que
são aplicáveis às atividades da organização;
3) empregados devem ser instruídos em que etapas específicas poderiam
intervir para cumprir os procedimentos da companhia;
4) empregados devem ser motivados a seguir os procedimentos
estabelecidos.”
10
Observa-se que a educação ambiental, no âmbito das organizações empresariais,
vem sendo considerada como um dos indicadores de “responsabilidade social e
ambiental”. Desse modo, torna-se necessária a realização de uma investigação
científica que possibilite a discussão e a reflexão crítica em relação à existência ou
não no âmbito empresarial privado, de espaço para a efetivação de formas de
educação ambiental que expressem os princípios de uma formação para a cidadania
(NOGUEIRA, 2009).
Ainda de acordo com o autor, se uma empresa internalizar, de forma real e efetiva,
os princípios de educação ambiental em suas ações gerenciais, poderá despertar
cada funcionário para mudanças de atitude em relação ao ambiente, incentivando a
ação e a busca de soluções concretas para os problemas relacionados ao uso não
sustentável dos recursos naturais e da biodiversidade. Desta forma, o espaço
empresarial privado poderá constituir-se como um locus potencial de uma educação
ambiental no cotidiano de trabalho e, também, na comunidade, através de
instrumentos e tecnologias de gestão que concretamente incorporem o conceito de
gestão do ambiente de forma sustentável.
11
com maior inserção internacional, cujas práticas de educação ambiental e de
responsabilidade social se apresentam mais consistentes.
A Vale, empresa global sediada no Brasil, com mais de 60.000 empregados, entre
próprios e terceirizados, pesquisa, produz e comercializa minério de ferro e diversos
outros produtos. Desde 2001, a empresa está se organizando para estruturar um
programa que faça sentido para empregados, contratados e comunidades. A
empresa divulga que os projetos específicos em cada unidade operacional são
normalmente demandas vinculadas às liberações de licenças ambientais. Em 2002,
foram propostas as primeiras diretrizes para educação ambiental na empresa.
A MMX, empresa de mineração, foi criada em 2005 com projetos de minério de ferro
e de produtos siderúrgicos. A empresa divulga que busca a integração de práticas
sustentáveis que assegurem que todos os empregados estejam cientes de suas
responsabilidades individuais, através de informações e treinamento eficazes no
sistema de gerenciamento ambiental (SGA). A MMX busca procedimentos
operacionais seguros, que preservem a saúde da força de trabalho, reduzindo ao
máximo os riscos de acidentes e privilegiando práticas que incorporem o conceito de
ecoeficiência e o alto desempenho ambiental (MMX, 2010).
A ArcelorMittal opera com todos os aspectos da siderurgia moderna, bem como com
a operação de mineração de minério de ferro e carvão mineral associadas. A
empresa divulga que busca a melhoria contínua no desempenho ambiental, fazendo
uso do monitoramento sistemático e objetivando a prevenção da poluição. As
empresas ArcelorMittal Brasil mantêm programas de educação ambiental
conduzidos internamente com seus funcionários e para as comunidades onde se
localizam suas instalações (ARCELORMITTAL, 2010).
13
• atividades de educação ambiental para funcionários e prestadores de serviços
da CBMM - projeto denominado "De Olho no Futuro".
Segundo Vieira (2004), a prática tem demonstrado que ainda são poucas as
empresas que desenvolvem programas específicos de educação ambiental. De
acordo com a autora, projetos de educação ambiental específicos para os operários
ligados aos processos de produção mais limpos são ainda pouco expressivos.
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4 MATERIAL E MÉTODOS
Os temas definidos para o trabalho com educação ambiental foram sugeridos pela
própria empresa de acordo com as necessidades verificadas pela Gerência de Meio
Ambiente. São eles: economia de água, economia de energia e maior participação na
coleta seletiva já implantada na empresa.
A implantação do programa de educação ambiental será iniciada com uma série de seis
encontros previamente agendados com os funcionários. Esses encontros acontecerão
uma vez por semana, em horário comercial, com períodos de uma hora, nos dias
marcados pela empresa, considerando os diversos turnos de trabalho dos funcionários.
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• Palestras e atividades com temáticas ambientais que atendam á demanda
da empresa;
• Exposição de fotografias da área da empresa e do entorno;
• Confecção de mural ambiental.
Palestra com o título: Água: uma visão global para ações locais
Nesta aula será utilizado o texto “Situação atual da água”, do autor Dias (2006).
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4.5.3 Aula 3: Tema: Economia de energia
Nesta aula será utilizada a atividade sobre consumo e dependência de energia elétrica
do autor Dias (2006). Será feita uma contextualização do tema, com a utilização de um
texto distribuído aos funcionários. Após o momento de contextualização, serão feitos
alguns procedimentos visando identificação e análise do consumo energético da
empresa.
Os materiais reciclados, cuja magnitude de uso nas indústrias varia de acordo com o
estágio econômico de uma particular economia, necessitam, como regra geral, de
menos capital e gasto energético e mais mão-de-obra do que os empregados na
extração primária, a partir do minério. Também, em geral, exigem menores custos de
controle da poluição. Entretanto, a reciclagem se torna mais intensa com o aumento da
sofisticação da economia, pois que, então, quantidades apreciáveis de material a ser
reciclado se tornam disponível (ENSAIOS SOBRE A SUSTENTABILIDADE DA
MINERAÇÃO NO BRASIL, 2001).
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Para a realização desta atividade, será utilizada uma sala vazia dentro da empresa.
Nesta sala, serão afixadas as fotografias da área da empresa e de seu entorno, de forma
aleatória, de modo que os trabalhadores procurem identificar os locais fotografados.
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5 RESULTADOS
Texto-base (DIAS, 2006): Sem água potável, que é o alicerce da vida, a sociedade
humana desaparece. Na atualidade, das 203 nações do mundo, 60 estão em conflito
e 36 estão em guerra por causa da água. Apesar de o Brasil ser um dos países que
possui as maiores reservas de água do mundo, não podemos descuidar da
preservação das nossas nascentes e das práticas de uso que evitem ou, pelo
menos, reduzam o desperdício.
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5.2 Aula com o tema: Economia de energia
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Tabela 01: Dados gerais sobre a energia utilizada em cada etapa de produção em
uma empresa de mineração
Etapas de produção Energia (Mwh)/T*
Extração < 17,5
Processamento < 113,0
Fabricação <6
Manufatura <6
*energia por tonelada
FONTE: ENSAIOS SOBRE A SUSTENTABILIDADE DA MINERAÇÃO NO BRASIL, 2001.
Procedimentos:
• Utilizar contas pagas de energia elétrica da empresa e de diversas pessoas.
• Nessas contas, observar as informações sobre o consumo nos meses
anteriores.
• Identificar quais os meses do ano em que o consumo médio foi maior e
menor.
• Examinar as possíveis razões para a variação do consumo.
• Destacar quais equipamentos consomem mais energia elétrica.
• Listar as providências e mudanças de hábito capazes de reduzir o consumo.
• Listar os principais danos ambientais causados pela construção e operação
de uma usina hidrelétrica.
Após os procedimentos, será discutido com os funcionários a importância da correta
manutenção dos equipamentos elétricos da empresa.
Texto-base: Resíduo é todo material sólido que não tem uso direto e que
normalmente é descartado permanentemente. Os resíduos sólidos podem ser
classificados conforme sua origem como domiciliar, industrial, hospitalar, entre
outros. Atualmente, com novas preocupações ambientais inseridas no contexto da
empresa, muitas indústrias enfrentam problemas em relação ao grande volume de
lixo produzido e á disposição correta desses resíduos. Na busca de soluções para
esse problema, a literatura sugere que primeiramente a indústria trabalhe os
mecanismos de gestão conhecidos com 3 R’s:
22
• Reduzir: Redução do consumo e consumo racional.
• Reutilizar: Recuperar objetos, papéis e embalagens para outros usos.
• Reciclar: Reprocessamento dos materiais através da coleta seletiva.
23
a vida das pessoas. Tais tendências precisam ser identificadas, compreendidas e
examinadas as suas conseqüências (DIAS, 2006).
24
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
25
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUNTHER, Wanda Maria Risso; ARAUJO, Joyce Maria de. Educação Ambiental:
Abordagem institucional para a Gestão Ambiental. 1998. Disponível em:
<www.bvsde.paho.org> acesso em 08/05/2010.
26
LIMA, José Lindomar Alves. A Educação Ambiental e a Gestão dos Recursos
Humanos na Gestão Ambiental.
<http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./gestao/index.html&c
onteudo=./gestao/artigos/ea_grh.html>Acesso em 17/03/2010.
LIMA, Maria José Araújo. Ecologia humana: realidade e pesquisa. Petrópolis: Vozes,
1997. 87p.
27
VALLE, Cyro Eyer do. Como se preparar para as Normas ISO 14000: Qualidade
ambiental – O desafio de ser competitivo protegendo o meio ambiente. 3ª Ed. Atual.
São Paulo: Pioneira, 2000.
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ANEXOS
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Foto 03: Área de extração de minério de bruto (maio/2010).
30
Foto 05: Minério bruto (tom claro) e minério beneficiado (tom escuro devido ao alto teor de ferro)
(maio/2010).
Foto 06: Diferença de cor e granulometria dos produtos: Hematitinha (canto superior esquerdo),
Sinter Feed (canto superior direito) e PFF (recipiente circular, parte inferior) (maio/2010).
31
Foto 07: Vizinhança da empresa: propriedades rurais (maio/2010).
32
Foto 09: Última barragem de água: após esta etapa, a água é conduzida para reuso na produção
(maio/2010).
33
Foto 11: Base de comando das máquinas da área de beneficiamento com coletores para coleta
seletiva de lixo (maio/2010).
34
Foto 13: Abandono na área destinada aos materiais reaproveitáveis (maio/2010).
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