ADR2011 Parte7
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CAPÍTULO 7.1
DISPOSIÇÕES GERAIS
7.1.1 O transporte das mercadorias perigosas está submetido à utilização obrigatória de um material de transporte
determinado em conformidade com as prescrições do presente Capítulo e dos Capítulos 7.2 para o transporte
em volumes, 7.3 para o transporte a granel e 7.4 para o transporte em cisternas. Além disso, devem ser
observadas as prescrições do Capítulo 7.5 relativas à carga, à descarga e ao manuseamento.
As colunas (16), (17) e (18) do Quadro A do Capítulo 3.2 indicam as prescrições particulares da presente parte
aplicáveis às mercadorias perigosas específicas.
7.1.2 Para além das disposições da presente parte, os veículos utilizados para o transporte de mercadorias perigosas
devem estar conformes, na sua concepção, sua construção e, quando aplicável, sua aprovação, com as
prescrições pertinentes da Parte 9.
7.1.3 Os grandes contentores, as cisternas móveis e os contentores-cisternas que correspondam à definição de
"contentor" dada na CSC (1972), modificada ou nas Fichas UIC 591 (versão de 01.10.2007, 3ª edição), 592-2
(versão de 01.10.2004, 6ª edição), 592-3 (versão de 01.01.1998, 2ª edição) e 592-4 (versão de 01.05.2007,
3ª edição) só podem ser utilizados para o transporte de mercadorias perigosas se o grande contentor ou a
armação da cisterna móvel ou do contentor-cisterna corresponderem às disposições da CSC ou das Fichas UIC
591 e 592-2 a 592-4.
7.1.4 Um grande contentor só pode ser apresentado para transporte se estiver estruturalmente adequado para essa
utilização.
A expressão "estruturalmente adequado para essa utilização" significa que se trata de um contentor que não
apresenta defeitos importantes que afectem os seus elementos estruturais tais como, as longarinas superiores e
inferiores, as travessas superiores e inferiores, as soleiras e lintéis das portas, as travessas do piso, os montantes
de ângulo e as peças de canto. Por "defeitos importantes" entende-se qualquer reentrância ou dobra com mais de
19 mm de profundidade num elemento estrutural, qualquer que seja o comprimento dessa deformação, qualquer
fissura ou ruptura de um elemento estrutural, a presença de mais de uma união ou a existência de uniões mal
executadas (por exemplo por meio de sobreposição) nas travessas superiores ou inferiores ou nos lintéis das
portas ou de mais de duas uniões em qualquer das longarinas superiores ou inferiores, ou qualquer união numa
soleira de porta ou num montante de ângulo; o facto das charneiras das portas e as ferragens estarem
emperradas, torcidas, partidas, fora de serviço ou inexistentes; o facto das juntas e guarnições não serem
estanques, ou qualquer desalinhamento do conjunto suficiente para impedir o correcto posicionamento do
equipamento de manuseamento, a montagem e a estiva sobre os chassis ou os veículos.
Além disso, é inaceitável qualquer deterioração de um qualquer elemento do contentor, seja qual for o material
de construção, como a presença de partes enferrujadas de um lado ao outro das paredes metálicas ou de partes
desagregadas nos elementos de fibra de vidro. Contudo, são aceitáveis, o desgaste normal, incluindo a oxidação
(ferrugem), e a presença de pequenas amolgadelas e riscos superficiais, e outros danos que não tornem o
equipamento impróprio para o uso nem prejudiquem a sua estanquidade às intempéries.
Um contentor antes de ser carregado, deve ser examinado para se garantir que não contém nenhum resíduo de
uma carga precedente e que o piso e as paredes interiores não apresentam saliências.
7.1.5 Os grandes contentores devem satisfazer as prescrições relativas à caixa dos veículos que são impostas pela
presente parte, e quando aplicável, da Parte 9, para o respectivo carregamento; a caixa do veículo não terá, nesse
caso, de satisfazer estas prescrições.
Contudo, os grandes contentores transportados em veículos cujo piso apresente qualidades de isolamento e de
resistência ao calor que satisfaçam estas prescrições não têm, nesse caso, de satisfazer essas prescrições.
Esta prescrição é igualmente aplicável aos pequenos contentores no caso do transporte de matérias e objectos
explosivos da classe 1.
7.1.6 Salvaguardadas as disposições da última parte da primeira frase do 7.1.5 acima, o facto das mercadorias perigosas
estarem encerradas dentro de um ou vários contentores não afecta as condições impostas ao veículo por razão
da natureza e das quantidades de mercadorias perigosas transportadas.
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CAPÍTULO 7.2
DISPOSIÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE EM VOLUMES
7.2.1 Salvo prescrições em contrário nos 7.2.2 a 7.2.4, os volumes podem ser carregados:
a) em veículos fechados ou contentores fechados; ou
b) em veículos cobertos ou contentores cobertos; ou
c) em veículos descobertos (sem toldo) ou contentores abertos.
7.2.2 Os volumes cujas embalagens são constituídas por materiais sensíveis à humidade devem ser carregados em
veículos fechados ou cobertos ou contentores fechados ou cobertos.
7.2.3 (Reservado)
7.2.4 Sempre que elas são indicadas, para uma rubrica na coluna (16) do Quadro A do Capítulo 3.2, são aplicáveis as
disposições especiais seguintes:
V1 Os volumes devem ser carregados em veículos fechados ou cobertos ou contentores fechados ou
cobertos.
V2 (1) Os volumes só devem ser carregados em veículos EX/II ou EX/III conformes com as prescrições
pertinentes da Parte 9. A escolha do veículo depende da quantidade a transportar que está limitada
por unidade de transporte segundo as disposições relativas ao carregamento (ver 7.5.5.2).
(2) Os reboques, com excepção dos semi-reboques, que respondam às prescrições exigidas para os
veículos EX/II ou EX/III, podem ser traccionados por veículos a motor que não respondam a
essas prescrições.
Para o transporte em contentores, ver também 7.1.3 a 7.1.6.
Sempre que matérias ou objectos da classe 1, em quantidades que requerem uma unidade de
transporte composta de veículo(s) EX/III, são transportados em contentores com origem ou
destino num porto, numa estação de caminho de ferro ou num aeroporto de chegada ou de partida,
no âmbito de um transporte multimodal, pode ser utilizada uma unidade de transporte composta
de veículo(s) EX/II, na condição de que os contentores transportados estejam em conformidade
com as prescrições aplicáveis do Código IMDG, do RID ou das Instruções Técnicas da OACI.
V3 Para as matérias pulverulentas susceptíveis de escorrerem livremente bem como para os artifícios de
divertimento, o piso de um contentor deve comportar uma superfície ou um revestimento não metálico.
V4 (Reservado)
V5 Os volumes não podem ser transportados em pequenos contentores.
V6 Os grandes recipientes para granel (GRG) flexíveis devem ser carregados em veículos fechados ou
contentores fechados ou em veículos ou contentores cobertos. O toldo deve ser de material impermeável
não inflamável.
V7 (Reservado)
V8 (1) As matérias estabilizadas por regulação de temperatura devem ser expedidas de tal forma que as
temperaturas de regulação previstas, conforme o caso nos 2.2.41.1.17 e 2.2.41.4 ou 2.2.52.1.16 e
2.2.52.4, nunca sejam ultrapassadas.
(2) O meio de regulação da temperatura escolhido para o transporte depende de um certo número de
factores tais como:
- a ou as temperaturas de regulação da ou das matérias a transportar;
- a diferença entre a temperatura de regulação e a temperatura ambiente prevista;
- a eficácia do isolamento térmico;
- a duração do transporte; e
- a margem de segurança prevista para os atrasos no percurso em estrada.
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(3) São enumerados seguidamente, por ordem crescente de eficácia, os métodos apropriados para
impedir que seja ultrapassada a temperatura de regulação:
R1 Isolamento térmico, na condição de a temperatura inicial da ou das matérias ser
suficientemente baixa em relação à temperatura de regulação.
R2 Isolamento térmico com sistema de arrefecimento, na condição de:
- ser transportada uma quantidade suficiente de matéria frigorigénea não inflamável
(por exemplo azoto líquido ou neve carbónica), incluindo uma margem razoável para
fazer face a eventuais atrasos, a menos que seja possível assegurar o reabastecimento;
- não serem utilizados como matéria frigorigénea nem o oxigénio líquido nem o ar
líquido;
- o sistema de arrefecimento ter um efeito uniforme, mesmo quando a maior parte de
matéria frigorigénea se consumir; e
- a necessidade de ventilar a unidade de transporte antes de nela se entrar, estar
claramente indicada através de um aviso inscrito na porta ou portas.
R3 Isolamento térmico da unidade e refrigeração mecânica simples, na condição de serem
utilizados no compartimento de refrigeração ligadores eléctricos anti-deflagrantes,
EEx IIB T3, para as matérias com um ponto de inflamação inferior à temperatura crítica
aumentada de 5 °C, a fim de se evitar o risco de inflamação dos vapores libertados pelas
matérias;
R4 Isolamento térmico com sistema mecânico de refrigeração combinado com um sistema de
arrefecimento, na condição de:
- os dois sistemas serem independentes um do outro; e
- serem satisfeitas as prescrições dos métodos R2 e R3 acima referidas.
R5 Isolamento térmico com sistema duplo de refrigeração mecânica, na condição de:
- além do dispositivo geral de alimentação, os dois sistemas serem independentes um
do outro;
- cada sistema poder, por si só, manter uma regulação suficiente da temperatura; e
- serem utilizados no compartimento de refrigeração ligadores eléctricos anti-
deflagrantes, EEx IIB T3, para as matérias com um ponto de inflamação inferior à
temperatura crítica aumentada de 5 °C, a fim de se evitar o risco de inflamação dos
vapores libertados pelas matérias.
(4) Os métodos R4 e R5 podem ser utilizados para todos os peróxidos orgânicos e matérias auto-
reactivas.
O método R3 pode ser utilizado para os peróxidos orgânicos e matérias auto-reactivas dos tipos C,
D, E e F e, se a máxima temperatura ambiente prevista durante o transporte não for superior à
temperatura de regulação em mais de 10 °C, para os peróxidos orgânicos e matérias auto-reactivas
do tipo B.
O método R2 pode ser utilizado para os peróxidos orgânicos e matérias auto-reactivas dos tipos C,
D, E e F, quando a máxima temperatura ambiente prevista durante o transporte não for superior à
temperatura de regulação em mais de 30 °C.
O método R1 pode ser utilizado para os peróxidos orgânicos e matérias auto-reactivas dos tipos C,
D, E e F quando a máxima temperatura ambiente prevista durante o transporte for inferior à
temperatura de regulação em pelo menos, 10 °C.
(5) Se as matérias são transportadas em veículos ou contentores isotérmicos, refrigerados ou
frigoríficos, esses veículos ou contentores devem estar conformes com as prescrições do Capítulo
9.6.
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(6) Se as matérias estão contidas em embalagens de protecção cheias com um agente frigorigéneo,
devem ser carregadas em veículos fechados ou cobertos ou contentores fechados ou cobertos.
Sempre que os veículos ou contentores utilizados são cobertos ou fechados, devem ser ventilados
de forma adequada. Os veículos e contentores cobertos devem ser providos de taipais e de um
taipal traseiro de abrir. O toldo destes veículos e contentores deve ser constituído por um tecido
impermeável e dificilmente inflamável.
(7) Os dispositivos de comando e sensores de temperatura do sistema de refrigeração devem ser
facilmente acessíveis, e todas as conexões eléctricas devem estar protegidas contra as intempéries.
A temperatura do ar no interior da unidade de transporte deve ser medida por dois sensores
independentes e os dados devem ser registados de modo a poder detectar-se facilmente qualquer
variação de temperatura. Aquando do transporte de matérias com uma temperatura de regulação
inferior a +25 °C, a unidade de transporte deve ser equipada com um dispositivo de alarme óptico
e sonoro, com alimentação independente do sistema de refrigeração e regulado para funcionar a
uma temperatura igual ou inferior à temperatura de regulação.
(8) Deve estar disponível um sistema de refrigeração de socorro ou peças sobressalentes.
NOTA: A presente disposição V8 não se aplica às matérias visadas no 3.1.2.6 se a estabilização é efectuada por adição de
inibidores químicos de modo que a TDAA seja superior a 50 °C. Neste último caso, a regulação de temperatura pode
igualmente impor-se se a temperatura durante o transporte tenha riscos de ultrapassar 55 °C.
V9 (Reservado)
V10 Os GRG devem ser transportados em veículos fechados ou cobertos ou em contentores fechados ou
cobertos.
V11 Os GRG, que não são de metal ou de matéria plástica rígida devem ser transportados em veículos fechados
ou cobertos ou em contentores fechados ou cobertos.
V12 Os GRG do tipo 31HZ2 (31HA2, 31HB2, 31HN2, 31HD2 e 31HH2) devem ser transportados em veículos
fechados ou contentores fechados.
V13 Se a matéria for embalada em sacos 5H1, 5L1 ou 5M1, estes devem ser transportados em veículos fechados
ou contentores fechados.
V14 Os aerossóis transportados para reciclagem ou eliminação em conformidade com a disposição especial 327
do Capítulo 3.3 devem ser transportados em veículos ou contentores abertos ou ventilados.
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CAPÍTULO 7.3
DISPOSIÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE A GRANEL
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entre si, não devem ser carregadas em conjunto no mesmo contentor para granel, contentor ou veículo.
Entende-se como reacção perigosa:
a) uma combustão ou forte libertação de calor;
b) uma libertação de gases inflamáveis e/ou tóxicos;
c) a formação de líquidos corrosivos; ou
d) a formação de matérias instáveis.
7.3.1.13 Antes do enchimento de um contentor para granel, contentor ou veículo, deve proceder-se a uma inspecção
visual para verificar que o mesmo é estruturalmente adequado para essa utilização, que as paredes interiores, o
tecto e o piso não apresentam saliências ou defeitos e que os revestimentos interiores ou o equipamento de
retenção das matérias não apresentam rasgões, fendas ou danos susceptíveis de comprometer a capacidade de
retenção da carga. A expressão "estruturalmente adequado para essa utilização" significa que se trata de um
contentor para granel, contentor ou veículo que não apresenta defeitos importantes que afectem os seus
elementos estruturais tais como, as longarinas superiores e inferiores, as travessas superiores e inferiores, as
soleiras e lintéis das portas, as travessas do piso, os montantes de ângulo e as peças de canto. Por "defeitos
importantes" entende-se:
a) dobras, fissuras ou rupturas de um elemento estrutural ou de sustentação que afectem a integridade do
contentor para granel, do contentor ou da caixa do veículo;
b) a presença de mais de uma união ou a existência de uniões mal executadas (por exemplo por meio de
sobreposição) nas travessas superiores ou inferiores ou nos lintéis das portas;
c) mais de duas uniões em qualquer das longarinas superiores ou inferiores;
d) qualquer união numa soleira de porta ou num montante de ângulo;
e) charneiras das portas e ferragens emperradas, torcidas, partidas, fora de serviço ou em falta;
f) juntas e guarnições não estanques;
g) qualquer distorção da configuração do contentor para granel ou do contentor, suficiente para impedir o
correcto posicionamento do equipamento de manuseamento, a montagem e a estiva sobre os chassis ou
veículos;
h) qualquer deterioração das peças de elevação ou da interface do equipamento de manuseamento;
i) qualquer deterioração do equipamento de serviço ou de exploração.
7.3.2 Disposições suplementares para o transporte a granel sempre que se apliquem as disposições
do 7.3.1.1 a)
7.3.2.1 Os códigos BK1 e BK2 na coluna (10) do Quadro A do Capítulo 3.2 têm o significado seguinte:
BK1: é autorizado o transporte em contentor coberto para granel;
BK2: é autorizado o transporte em contentor fechado para granel.
7.3.2.2 O contentor para granel utilizado deve estar em conformidade com as disposições do Capítulo 6.11.
7.3.2.3 Mercadorias da classe 4.2
A massa total transportada num contentor para granel deve ser tal que a temperatura de inflamação espontânea
da carga seja superior a 55° C.
7.3.2.4 Mercadorias da classe 4.3
Estas mercadorias devem ser transportadas em contentores para granel estanques à água.
7.3.2.5 Mercadorias da classe 5.1
Os contentores para granel devem ser construídos ou adaptados de tal maneira que as mercadorias não possam
entrar em contacto com a madeira ou qualquer outro material incompatível.
7.3.2.6 Mercadorias da classe 6.2
7.3.2.6.1 É permitido o transporte em contentores para granel para as matérias de origem animal contendo matérias
infecciosas (Nºs ONU 2814, 2900 e 3373) caso sejam satisfeitas as seguintes condições:
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a) Os contentores para granel cobertos BK1 só são autorizados se não forem carregados à sua capacidade
máxima, de maneira a impedir que as matérias entrem em contacto com a cobertura. Os contentores para
granel ou veículos fechados BK2 são também autorizados;
b) Os contentores para granel fechados ou cobertos bem como as suas aberturas devem ser estanques, seja por
construção seja pela instalação de um revestimento adequado;
c) As matérias de origem animal devem ser cuidadosamente tratadas com um desinfectante apropriado antes de
serem carregadas para o transporte;
d) Os contentores para granel cobertos devem ser resguardados com uma cobertura adicional lastrada por um
material absorvente embebido de um desinfectante apropriado;
e) Os contentores para granel fechados ou cobertos não devem ser reutilizados antes de terem sido
cuidadosamente limpos e desinfectados.
NOTA: As autoridades nacionais de saúde competentes podem exigir a aplicação de disposições suplementares.
7.3.2.6.2 Resíduos da classe 6.2 (Nº ONU 3291)
a) (Reservado)
b) Os contentores para granel fechados, bem como as respectivas aberturas, devem ser estanques pela sua
concepção. Devem ter uma superfície interior não porosa e estarem desprovidos de fissuras ou de outros
defeitos que possam danificar as embalagens que estejam no seu interior, que possam impedir a desinfecção
ou que possam permitir uma fuga acidental dos resíduos;
c) Os resíduos do Nº ONU 3291 devem ser contidos, no interior do contentor para granel fechado, em sacos
de matéria plástica estanques hermeticamente fechados, de um modelo tipo ensaiado e aprovado UN, que
tenham sido submetidos com êxito aos ensaios apropriados para o transporte de matérias sólidas do grupo
de embalagem II e marcados em conformidade com o 6.1.3.1. Em matéria de resistência ao choque e ao
rasgamento, estes sacos de matéria plástica devem satisfazer as normas ISO 7765-1:1988 "Película e folha de
matéria plástica – Determinação da resistência ao choque pelo método de queda livre de projéctil - Parte 1:
Método dito de "escada" e ISO 6383-2:1983 "Matéria plástica – Película e folha – Determinação da
resistência ao rasgamento - Parte 2: Método de Elmendorf". Cada um destes sacos de matéria plástica deve
ter uma resistência ao choque de pelo menos 165 g e uma resistência ao rasgamento de pelo menos 480 g,
sobre planos perpendiculares e paralelos ao plano longitudinal do saco. A massa líquida máxima de cada
saco de matéria plástica deve ser de 30 kg;
d) Os objectos com mais de 30 kg, tais como os colchões sujos, podem ser transportados sem sacos de matéria
plástica com a autorização da autoridade competente;
e) Os resíduos do Nº ONU 3291 que contenham líquidos devem ser transportados em sacos de matéria
plástica que contenham um material absorvente em quantidade suficiente para absorver a totalidade do
líquido sem que este se derrame no contentor para granel;
f) Os resíduos do Nº ONU 3291 contendo objectos cortantes ou pontiagudos devem ser transportados em
embalagens rígidas de um modelo tipo ensaiado e aprovado UN, em conformidade com as disposições das
instruções de embalagem P621, IBC620 ou LP621;
g) Também podem ser utilizadas as embalagens rígidas mencionadas nas instruções de embalagem P621,
IBC620 ou LP621. Elas devem ser correctamente estivadas de modo a evitar danos nas condições normais
de transporte. Os resíduos transportados em embalagens rígidas e em sacos de matéria plástica, em
conjunto, no interior de um mesmo contentor para granel fechado, devem ser adequadamente separados uns
dos outros, por exemplo, por separadores rígidos, por redes ou grades metálicas, ou por outros meios de
estiva para evitar que as embalagens sejam danificadas nas condições normais de transporte;
h) Os resíduos do Nº ONU 3291 embalados em sacos de matéria plástica não devem ser
empilhados/comprimidos no interior do contentor para granel fechado de tal modo que os sacos possam
perder a sua estanquidade;
i) Depois de cada trajecto, os contentores para granel fechados devem ser inspeccionados para detectar
qualquer fuga ou qualquer derrame eventual. Se resíduos do Nº ONU 3291 saírem ou se derramarem no
interior de um contentor para granel fechado, este só pode ser reutilizado depois de uma limpeza minuciosa
e, se necessário, uma desinfecção ou uma descontaminação com um agente apropriado. Não pode ser
transportada nenhuma outra mercadoria com resíduos do Nº ONU 3291, com excepção de resíduos
médicos ou veterinários. Estes outros resíduos transportados no interior do mesmo contentor para granel
fechado devem ser inspeccionados para detectar uma eventual contaminação.
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7.3.2.7 Matérias da classe 7
Para o transporte de matérias radioactivas não embaladas, ver 4.1.9.2.3.
7.3.2.8 Mercadorias da classe 8
Estas mercadorias devem ser transportadas em contentores para granel estanques à água.
7.3.3 Disposições especiais para o transporte a granel sempre que se apliquem as disposições do 7.3.1.1 b)
Sempre que sejam indicadas para uma determinada rubrica, na coluna (17) do Quadro A do Capítulo 3.2, são
aplicáveis as seguintes disposições especiais:
VV1 É autorizado o transporte a granel em veículos fechados ou cobertos, em contentores fechados ou em
grandes contentores cobertos.
VV2 É autorizado o transporte a granel em veículos fechados de caixa metálica, em contentores fechados de
metal e em veículos e grandes contentores cobertos com um toldo não inflamável, e cuja caixa seja de
metal ou cujo fundo e as paredes estejam protegidas da matéria da carga.
VV3 É autorizado o transporte a granel em veículos e grandes contentores cobertos com uma ventilação
suficiente.
VV4 É autorizado o transporte a granel em veículos com caixa de metal, fechados ou cobertos, e em
contentores de metal fechados ou grandes contentores de metal cobertos.
Para os Nºs ONU 2008, 2009, 2210, 2545, 2546, 2881, 3189 e 3190, só é autorizado o transporte a
granel de resíduos sólidos.
VV5 É autorizado o transporte a granel em veículos e contentores especialmente adaptados.
As aberturas que permitem a carga e a descarga devem poder ser fechadas hermeticamente.
VV6 (Reservado)
VV7 Só é autorizado o transporte a granel em veículos fechados ou cobertos, em contentores fechados ou em
grandes contentores cobertos, quando a matéria está em pedaços.
VV8 É autorizado o transporte a granel por carregamento completo em veículos fechados, contentores
fechados ou veículos ou grandes contentores cobertos com um toldo impermeável não inflamável.
Os veículos e contentores devem ser construídos de tal modo que as matérias neles contidas não
possam entrar em contacto com a madeira ou qualquer outro material combustível, ou de modo que o
fundo e as paredes de madeira ou de material combustível estejam, em toda a sua superfície, protegidos
por um revestimento impermeável e incombustível ou por uma camada de silicato de sódio ou de um
produto similar.
VV9 É autorizado o transporte a granel por carregamento completo, em veículos cobertos, contentores
fechados ou grandes contentores com paredes completas cobertos;
Para as matérias da classe 8, a caixa dos veículos ou dos contentores deve ser provida de um
revestimento interior apropriado suficientemente sólido.
VV10 É autorizado o transporte a granel, por carregamento completo, em veículos cobertos, contentores
fechados ou grandes contentores com paredes completas cobertos.
A caixa dos veículos ou dos contentores deve ser estanque ou tornada estanque, por exemplo através de
um revestimento interior apropriado suficientemente sólido.
VV11 É autorizado o transporte a granel em veículos e contentores especialmente adaptados de tal modo que
se evitem riscos para os seres humanos, os animais e o ambiente, por exemplo carregando os resíduos
em sacos ou através de ligações estanques ao ar.
VV12 As matérias cujo transporte em veículos-cisternas, em cisternas móveis ou em contentores-cisternas, é
inadequado devido à temperatura elevada e à densidade da matéria, podem ser transportadas em
veículos ou contentores especiais em conformidade com as normas especificadas pela autoridade
competente do país de origem. Se o país de origem não é Parte Contratante do ADR, essas condições
fixadas devem ser reconhecidas pela autoridade competente do primeiro país Parte Contratante do
ADR a ser tocado pela expedição.
VV13 É autorizado o transporte a granel em veículos ou contentores especialmente equipados em
conformidade com as normas especificadas pela autoridade competente do país de origem. Se o país de
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origem não é Parte Contratante do ADR, essas condições fixadas devem ser reconhecidas pela
autoridade competente do primeiro país Parte Contratante do ADR a ser tocado pela expedição.
VV14 (1) Os acumuladores usados podem ser transportados a granel, em veículos ou contentores
especialmente equipados. Não são autorizados os grandes contentores de matéria plástica. Os
pequenos contentores de matéria plástica devem poder resistir, sem ruptura, em plena carga, a uma
queda de 0,8 m de altura, sobre uma superfície dura e à temperatura de -18 °C.
(2) Os compartimentos de carga dos veículos ou contentores devem ser de aço resistente às matérias
corrosivas contidas nos acumuladores. São autorizados aços menos resistentes se a parede for
suficientemente espessa, ou for provida de um forro ou de um revestimento de matéria plástica
resistente às matérias corrosivas.
Os compartimentos de carga dos veículos ou contentores devem ser concebidos de modo a resistir
a qualquer carga eléctrica residual e a qualquer choque devido aos acumuladores.
NOTA: Considera-se resistente um aço que apresente uma diminuição progressiva máxima de 0,1 mm por ano sob
a acção das matérias corrosivas.
(3) Os compartimentos de carga dos veículos ou contentores devem ser garantidos por construção
contra qualquer fuga de matéria corrosiva durante o transporte. Os compartimentos de carga
abertos devem ser cobertos com um material resistente às matérias corrosivas.
(4) Antes do carregamento, deve ser verificado o estado dos compartimentos de carga dos veículos ou
contentores, bem como o do seu equipamento. Não devem ser carregados os veículos ou
contentores cujo compartimento de carga esteja danificado.
A altura de carregamento dos compartimentos de carga dos veículos ou contentores não deve
ultrapassar o bordo superior das suas paredes laterais.
(5) Os compartimentos de carga dos veículos ou contentores não devem conter acumuladores que
encerrem diferentes matérias, nem outras mercadorias susceptíveis de reagir perigosamente entre si
(ver "Reacção perigosa" no 1.2.1).
Durante o transporte, não deve aderir ao exterior dos compartimentos de carga dos veículos ou
contentores qualquer resíduo perigoso das matérias corrosivas contidas nos acumuladores.
VV15 É autorizado o transporte a granel, em veículos fechados ou cobertos, contentores fechados ou grandes
contentores de paredes completas cobertos, das matérias ou misturas (tais como preparações ou
resíduos) que não contenham mais de 1 000 mg/kg da matéria à qual é afectado este Nº ONU.
As caixas dos veículos ou contentores devem ser estanques ou tornadas estanques, por exemplo através
de um revestimento interior apropriado suficientemente sólido.
VV16 O transporte a granel é permitido em conformidade com as disposições do 4.1.9.2.3.
VV17 O transporte a granel de SCO-I é permitido em conformidade com as disposições do 4.1.9.2.3.
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CAPÍTULO 7.4
DISPOSIÇÕES RELATIVAS AO TRANSPORTE EM CISTERNAS
7.4.1 Uma mercadoria perigosa só pode ser transportada em cisterna sempre que lhe esteja indicado um código-
cisterna nas colunas (10) ou (12) do Quadro A do Capítulo 3.2, ou sempre que uma autoridade competente
tenha emitido uma autorização nas condições indicadas no 6.7.1.3. O transporte deve respeitar as disposições
dos Capítulos 4.2 ou 4.3. Os veículos, quer se trate de veículos rígidos, veículos tractores, reboques ou semi-
reboques, devem responder às prescrições pertinentes dos Capítulos 9.1, 9.2 e 9.7.2 relativos ao veículo a utilizar,
como indicado na coluna (14) do Quadro A do Capítulo 3.2.
7.4.2 Os veículos designados pelos códigos EX/III, FL, OX ou AT segundo 9.1.1.2, devem ser utilizados como se
segue:
- Sempre que um veículo EX/III está prescrito, só pode ser utilizado um veículo EX/III;
- Sempre que um veículo FL está prescrito, só pode ser utilizado um veículo FL;
- Sempre que um veículo OX está prescrito, só pode ser utilizado um veículo OX;
- Sempre que um veículo AT está prescrito, podem ser utilizados veículos AT, FL e OX.
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CAPÍTULO 7.5
DISPOSIÇÕES RELATIVAS À CARGA, À DESCARGA E AO MANUSEAMENTO
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Etiquetas 1 1.4 1.5 1.6 2.1, 3 4.1 4.1 4.2 4.3 5.1 5.2 5.2 6.1 6.2 7A, 8 9
Nºs 2.2, +1 +1 7B,
2.3 7C
1 d b
1.5 b
1.6 b
2.1, 2.2, a X X X X X X X X X X X X
2.3
3 a X X X X X X X X X X X X
4.1 a X X X X X X X X X X X X
4.1 + 1 X
4.2 a X X X X X X X X X X X X
4.3 a X X X X X X X X X X X X
5.1 d a X X X X X X X X X X X X
5.2 a X X X X X X X X X X X X X
5.2 + 1 X X
6.1 a X X X X X X X X X X X X
6.2 a X X X X X X X X X X X X
7A, 7B, a X X X X X X X X X X X X
7C
8 a X X X X X X X X X X X X
9 b a b b X X X X X X X X X X X X
b
c
- 880 -
Grupo de compatibilidade A B C D E F G H J L N S
A X
B X a X
C X X X X b, c X
D a X X X X b, c X
E X X X X b, c X
F X X
G X X X X X
H X X
J X X
L d
N b, c b, c b, c b X
S X X X X X X X X X X
X Carregamento em comum autorizado.
a
Os volumes contendo objectos afectados ao grupo de compatibilidade B e os que contenham matérias ou objectos do grupo de
compatibilidade D podem ser carregados em comum no mesmo veículo ou no mesmo contentor, na condição de serem
efectivamente separados de forma a impedir qualquer transmissão da detonação de objectos do grupo de compatibilidade B a
matérias ou objectos do grupo de compatibilidade D. A segregação deve ser assegurada utilizando compartimentos separados
ou colocando um dos dois tipos de explosivo num sistema especial de contenção. Qualquer método de segregação deve ter sido
aprovado pela autoridade competente.
b
Não podem ser transportadas conjuntamente categorias diferentes de objectos da divisão 1.6, grupo de compatibilidade N,
como objectos da divisão 1.6, grupo de compatibilidade N, a menos que se demonstre por ensaio ou por analogia que não
existe qualquer risco suplementar de detonação por influência entre os referidos objectos. Caso contrário, devem ser tratados
como pertencendo à divisão de risco 1.1.
c
Sempre que são transportados objectos do grupo de compatibilidade N com matérias ou objectos dos grupos de
compatibilidade C, D ou E, os objectos do grupo de compatibilidade N devem ser considerados como tendo as características
do grupo de compatibilidade D.
d
Os volumes que contenham matérias e objectos do grupo de compatibilidade L podem ser carregados em comum no mesmo
veículo ou contentor com volumes que contenham o mesmo tipo de matérias ou objectos desse mesmo grupo de compatibilidade.
7.5.2.3 Para a aplicação das interdições de carregamento em comum num mesmo veículo, não serão tomadas em conta
as matérias contidas em contentores fechados com paredes completas. Contudo, as interdições de carregamento
em comum previstas no 7.5.2.1. relativas ao carregamento em comum de volumes munidos de etiquetas
conformes com os modelos Nºs 1, 1.4, 1.5 ou 1.6 com outros volumes, e no 7.5.2.2 relativas ao carregamento
em comum de matérias e objectos explosivos de diferentes grupos de compatibilidade aplicam-se igualmente
entre mercadorias perigosas encerradas num contentor e outras mercadorias perigosas carregadas no mesmo
veículo, quer estas últimas estejam encerradas ou não num ou em vários contentores diferentes.
7.5.3 (Reservado)
7.5.4 Precauções relativas aos géneros alimentares, outros objectos de consumo e alimentos para animais
Sempre que a disposição especial CV28 está indicada para uma matéria ou um objecto na coluna (18) do
Quadro A do Capítulo 3.2, devem ser tomadas as precauções seguintes relativas aos géneros alimentares, outros
objectos de consumo e alimentos para animais.
Os volumes, bem como as embalagens vazias, por limpar, incluindo as grandes embalagens e os grandes
recipientes para granel (GRG) munidos de etiquetas conformes com os modelos Nºs 6.1 ou 6.2 e os que estão
munidos de etiquetas conformes com o modelo Nº 9 que contenham mercadorias dos Nºs ONU 2212, 2315,
2590, 3151, 3152 ou 3245, não devem ser empilhados por cima, nem carregados na proximidade imediata, de
volumes que se sabe conterem géneros alimentares, outros objectos de consumo ou alimentos para animais
dentro dos veículos, dos contentores e nos locais de carga, de descarga ou de transbordo.
- 881 -
Sempre que esses volumes munidos das referidas etiquetas são carregados na proximidade imediata de volumes
que se sabe conterem géneros alimentares, outros objectos de consumo ou alimentos para animais, devem ser
separados destes últimos:
a) por meio de divisórias de paredes completas. As divisórias devem ter a mesma altura que os volumes
munidos das referidas etiquetas;
b) por meio de volumes que não estejam munidos de etiquetas conformes com os modelos Nºs 6.1, 6.2 ou 9
ou por meio de volumes munidos de etiquetas conformes com o modelo Nº 9 mas que não contenham
mercadorias dos Nºs ONU 2212, 2315, 2590, 3151, 3152 ou 3245; ou
c) por meio de um intervalo com, pelo menos 0,8 m;
a menos que esses volumes munidos das referidas etiquetas estejam providos de embalagem suplementar ou
inteiramente recobertos (por exemplo por uma folha, uma cobertura de cartão ou por outros meios).
- 882 -
c) Os explosivos embalados só devem ser transportados em compartimentos que satisfaçam as prescrições do
6.12.5.
d) Nenhuma outra mercadoria perigosa pode ser transportada no mesmo compartimento que o dos explosivos
embalados.
e) Os explosivos embalados só devem ser carregados no MEMU findo o carregamento das outras mercadorias
perigosas e imediatamente antes do transporte.
f) Quando o carregamento em comum de explosivos e de matérias da classe 5.1 (números ONU 1942 e 3375)
é autorizado, o conjunto deve ser considerado como formado por explosivos de mina da classe 1 para fins
da segregação, do carregamento e da carga máxima admissível.
7.5.5.3 A quantidade máxima de peróxidos orgânicos da classe 5.2 e de matérias auto-reactivas da classe 4.1 dos tipos B,
C, D, E ou F está limitada a 20 000 kg por unidade de transporte.
7.5.6 (Reservado)
a
As indicações relativas à estiva das mercadorias perigosas podem ser encontradas no documento “Orientações relativas às Melhores Práticas
Europeias para o Acondicionamento da Carga nos Transportes Rodoviários” publicado pela Comissão Europeia. Outras indicações estão
igualmente disponíveis junto das autoridades competentes e dos organismos da indústria.
- 883 -
7.5.8.2 Os veículos ou contentores que tenham recebido uma carga a granel de mercadorias perigosas devem, antes de
qualquer novo carregamento, ser convenientemente limpos, a menos que a nova carga seja composta da mesma
mercadoria perigosa que constituía a carga anterior.
- 884 -
CV12 Sempre que os objectos são carregados sobre paletes, e quando essas paletes são empilhadas, cada camada
de paletes deve ser repartida uniformemente sobre a camada inferior, intercalando, se necessário, um
material com uma resistência apropriada.
CV13 Sempre que se produzir uma fuga de matérias e estas se espalharem no interior do veículo ou do
contentor, estes só podem ser reutilizados depois de ter sido efectuada uma limpeza profunda e, se
necessário, desinfectados ou descontaminados. Todas as mercadorias e objectos transportados no mesmo
veículo ou contentor devem ser controlados quanto a uma eventual contaminação.
CV14 As mercadorias devem ser protegidas contra os raios solares directos e o calor durante o transporte.
Os volumes só devem ser armazenados em locais frescos e bem ventilados, afastados das fontes de calor.
CV15 Ver 7.5.5.3
CV16 (Reservado)
CV17 (Reservado)
CV18 (Reservado)
CV19 (Reservado)
CV20 Não se aplicam as disposições do Capítulo 5.3 e as disposições especiais V1 e V8 (5) e (6) do Capítulo 7.2,
na condição da matéria ser embalada conforme os métodos de embalagem OP1 ou OP2 da instrução de
embalagem P520 do 4.1.4.1, conforme o caso, e da quantidade total de matérias para as quais esta
derrogação se aplica não ser superior a 10 kg por unidade de transporte.
CV21 A unidade de transporte deve ser minuciosamente inspeccionada antes do carregamento.
Antes do transporte, o transportador deve ser informado:
- das instruções sobre o funcionamento do sistema de refrigeração incluindo, se necessário, uma lista
dos fornecedores das matérias frigorigéneas disponíveis durante o percurso;
- dos procedimentos a seguir em caso de falha da regulação de temperatura.
No caso de uma regulação de temperatura segundo os métodos R2 ou R4 da disposição especial V8(3) do
Capítulo 7.2, deve ser transportada uma quantidade suficiente de frigorigéneo não inflamável (por
exemplo azoto líquido ou neve carbónica), incluindo uma margem razoável para fazer face a eventuais
atrasos, a menos que seja possível assegurar o reabastecimento.
Os volumes devem ser estivados de modo a serem facilmente acessíveis.
A temperatura de regulação prescrita deve ser mantida durante o conjunto da operação de transporte,
incluindo a carga e a descarga bem como as eventuais paragens intermédias.
CV22 Os volumes devem ser carregados de tal modo que no interior do espaço reservado ao carregamento, a
livre circulação de ar assegure uma temperatura uniforme da carga. Se o conteúdo de um veículo ou de
um grande contentor ultrapassa 5 000 kg de matérias sólidas inflamáveis e/ou de peróxidos orgânicos, a
carga deve ser repartida em cargas de, no máximo 5 000 kg, separadas por espaços de ar com, pelo menos
0,05 m.
CV23 Durante o manuseamento dos volumes devem ser tomadas medidas especiais para evitar que os mesmos
entrem em contacto com água.
CV24 Antes do carregamento, os veículos e contentores devem ser cuidadosamente limpos e, em particular,
desembaraçados de todos os detritos combustíveis (palha, feno, papel, etc.) É proibido utilizar materiais
facilmente inflamáveis para acondicionar os volumes.
CV25 (1) Os volumes devem ser estivados de modo a serem facilmente acessíveis.
(2) Se os volumes tiverem de ser transportados a uma temperatura ambiente não superior a 15 °C ou
refrigerados, essa temperatura deve ser mantida durante a descarga ou durante o armazenamento.
(3) Os volumes só devem ser armazenados em locais frescos, afastados das fontes de calor.
CV26 As partes de madeira de um veículo ou contentor que tenham estado em contacto com estas matérias
devem ser retiradas e queimadas.
CV27 (1) Os volumes devem ser estivados de modo a serem facilmente acessíveis.
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(2) Se os volumes devem ser transportados refrigerados, a continuidade da cadeia de frio deve ser
assegurada durante a descarga ou durante o armazenamento.
(3) Os volumes só devem ser armazenados em locais frescos, afastados das fontes de calor.
CV28 Ver 7.5.4.
CV29 (Reservado)
CV30 (Reservado)
CV31 (Reservado)
CV32 (Reservado)
CV33 NOTA 1: Um "grupo crítico" é um grupo de pessoas do público razoavelmente homogéneo no que se refere à sua
exposição a uma dada fonte de radiação e a uma dada via de exposição e que é característico dos indivíduos que recebem a
dose efectiva mais elevada por esta via de exposição e originada por esta fonte.
NOTA 2: Uma "pessoa do público" é, no sentido geral, qualquer indivíduo da população, excepto quando esteja
submetido a exposição profissional ou médica.
NOTA 3: Um "trabalhador exposto" é qualquer pessoa que trabalha a tempo inteiro, a tempo parcial ou
temporariamente para um empregador e a quem são reconhecidos direitos e deveres em matéria de protecção radiológica
profissional.
(1) Segregação
(1.1) Os pacotes, sobrembalagens, contentores e cisternas com matérias radioactivas e matérias
radioactivas não embaladas devem ser separados durante o transporte:
a) dos trabalhadores empregados regularmente nas zonas de trabalho:
i) em conformidade com o Quadro A abaixo, ou
ii) por distâncias calculadas usando um critério para a dose de 5 mSv por ano e
modelo de parâmetros conservativos;
NOTA: Os trabalhadores que são objecto de uma vigilância individual com vista à protecção
radiológica não devem ser tomados em conta com vista à segregação.
b) das pessoas que façam parte de uma população crítica do público, nas zonas
normalmente acessíveis ao público:
i) em conformidade com o Quadro A abaixo, ou
ii) por distâncias calculadas usando um critério para a dose de 1 mSv por ano e
modelo de parâmetros conservativos;
c) da película fotográfica não revelada e dos sacos de correio:
i) em conformidade com o Quadro B abaixo, ou
ii) por distâncias calculadas usando um critério de exposição às radiações
dessas películas radioactivas de 0,1 mSv por envio de tal película; e
NOTA: Considera-se que os sacos de correio contêm películas e placas fotográficas não
reveladas e que devem consequentemente ser separados do mesmo modo das matérias
radioactivas.
d) das outras mercadorias perigosas em conformidade com 7.5.2.
- 886 -
Quadro A: Distâncias mínimas entre os pacotes da categoria II-AMARELA ou da
categoria III-AMARELA e as pessoas
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Quadro C: Limites de actividade para os veículos que contêm matérias LSA ou SCO
em pacotes industriais ou não embaladas
- 888 -
a) 10 mSv/h em qualquer ponto da superfície exterior de qualquer pacote ou
sobrembalagem e só pode ultrapassar 2 mSv/h se:
i) o veículo estiver equipado de um compartimento que, nas condições de
transporte de rotina, impede o acesso das pessoas não autorizadas ao interior
do compartimento;
ii) se forem tomadas disposições para imobilizar o pacote ou a sobrembalagem de
modo que se mantenha na mesma posição no compartimento do veículo nas
condições de transporte de rotina; e
iii) não houver operações de carga ou de descarga entre o início e o fim da
expedição;
b) 2 mSv/h em qualquer ponto das superfícies exteriores do veículo, incluindo as
superfícies superiores e inferiores, ou no caso de um veículo descoberto, em qualquer
ponto dos planos verticais elevados a partir dos bordos do veículo, da superfície
superior da carga e da superfície exterior inferior do veículo; e
c) 0,1 mSv/h em qualquer ponto situado a 2 m dos planos verticais representados
pelas superfícies laterais exteriores do veículo ou, se a carga é transportada num
veículo descoberto, em qualquer ponto situado a 2 m dos planos verticais elevados a
partir dos bordos do veículo.
(4) Segregação dos pacotes que contêm matérias cindíveis durante o transporte e a armazenagem em trânsito
(4.1) Qualquer grupo de pacotes, sobrembalagens ou contentores que contenham matérias
cindíveis armazenados em trânsito em qualquer área de armazenagem tem de ser limitado
de tal forma que a soma total dos ISC do grupo não ultrapasse 50. Cada grupo deve ser
armazenado de maneira a ficar distanciado de pelo menos 6 m de outros grupos deste
tipo.
(4.2) Sempre que a soma total dos índices de segurança-criticalidade num veículo ou num
contentor ultrapassar 50, nas condições previstas no quadro E acima, a armazenagem
deve ser feita de modo a manter um espaçamento de pelo menos 6 m em relação a outros
grupos de pacotes, sobrembalagens ou contentores que contêm matérias cindíveis ou de
outros veículos que contêm matérias radioactivas.
(5) Pacotes danificados ou apresentando fugas, pacotes contaminados
(5.1) Quando se constatar que um pacote está danificado ou com fuga, ou quando se suspeitar
que o pacote pode estar danificado ou ter fugas, deve ser condicionado o acesso ao
pacote e uma pessoa qualificada deve, logo que possível, avaliar a extensão da
contaminação e a intensidade de radiação do pacote daí resultante. A avaliação deve visar
o pacote, o veículo, os locais de carga e de descarga próximos e, se for o caso, todas as
outras matérias que foram transportadas no veículo. Em caso de necessidade, devem ser
tomadas medidas adicionais para reduzir o mais possível as consequências da fuga ou do
dano e remediá-las, visando proteger as pessoas, os bens e o ambiente, em conformidade
com as disposições estabelecidas pela autoridade competente.
(5.2) Os pacotes danificados ou cujas fugas do conteúdo radioactivo ultrapassem os limites
permitidos para as condições normais de transporte podem ser transferidos
provisoriamente, sob controlo, para um local aceitável, mas não devem ser encaminhados
enquanto não forem reparados ou descontaminados.
(5.3) Os veículos e os equipamentos utilizados habitualmente para o transporte de matérias
radioactivas devem ser verificados periodicamente para determinar o nível de
contaminação. A frequência destas verificações deve estar relacionada com a
probabilidade de contaminação e com a quantidade de matérias radioactivas
transportadas.
(5.4) Sob reserva das disposições do parágrafo (5.5), qualquer veículo, equipamento ou parte
destes, que foi contaminado para além dos limites especificados no 4.1.9.1.2, durante o
transporte de matérias radioactivas, ou cuja intensidade de radiação ultrapasse 5 Sv/h à
superfície, deve ser descontaminado logo que possível por uma pessoa qualificada, e só
deve ser reutilizado quando a contaminação radioactiva não fixa não ultrapassar os limites
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especificados no 4.1.9.1.2 e quando a intensidade de radiação resultante da contaminação
fixa sobre as superfícies, depois da descontaminação, for inferior a 5 Sv/h à superfície.
(5.5) Os contentores, cisternas, grandes recipientes para granel ou veículos utilizados
unicamente para o transporte de matérias radioactivas não embaladas em uso exclusivo
só estão isentos das prescrições enunciadas no 4.1.9.1.4 e no parágrafo (5.4) acima, no
que se refere às suas superfícies internas e enquanto estiverem afectos a esse uso
exclusivo particular.
(6) Outras disposições
Sempre que uma remessa não é susceptível de ser entregue, é preciso colocar essa remessa num
lugar seguro e informar a autoridade competente logo que possível pedindo-lhe instruções sobre
o seguimento a dar-lhe.
CV34 Antes do transporte de um recipiente sob pressão, deve ser assegurado que não houve um aumento de
pressão devido a uma eventual geração de hidrogénio.
CV35 Se forem utilizados sacos como embalagens simples, a distância que os separa deve ser suficiente para
permitir uma boa dissipação do calor.
CV36 Os volumes devem ser de preferência carregados em veículos descobertos ou ventilados ou em
contentores abertos ou ventilados. Se tal não for possível e os volumes forem carregados em veículos ou
contentores fechados, as portas de carregamento destes veículos ou contentores têm de ser marcadas
como segue, em caracteres com pelo menos 25 mm de altura:
"ATENÇÃO
ESPAÇO CONFINADO
ABRIR COM PRECAUÇÃO"
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